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UMC*ENGENHARIA CIVIL*GERENCIAMENTO DE OBRAS*ANOTAÇÕES DE AULA

PROF. CARLOS ROBERTO GODOI CINTRA

CANTEIRO DE OBRAS

Acidente em obras do Metrô em S.Paulo.


Definição:

Canteiro de obras é o conjunto de áreas de trabalho fixas ou temporárias, destinada


a execução e apoio dos trabalhos da industria da construção, dividindo-se em áreas
operacionais e áreas de vivência, que se desenvolvem operações de apoio à obra
para construção de uma determinada edificação. (NBR - 12284)
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Portanto é o local em que se dá a produção das obras de construção e, como tal, exige
análise prévia e criteriosa de sua implantação, à luz dos conceitos de qualidade,
produtividade e segurança.

1. O canteiro é o cartão de visitas de toda obra, portanto vale a pena projetá-lo em


conformidade com a imagem de sua empresa.
O canteiro é a praça de relacionamento de sua empresa com a vizinhança da obra,
clientes, fornecedores e funcionários.
2. Projete as edificações sempre em conformidade com as normas, visando
estabilidade estrutural, conforto ambiental e segurança.
3. Implante o canteiro em local que permaneça o maior tempo possível, pois
desmobilizações durante a obra causam muito transtorno.
4. Encontre um local que não interfira com as movimentações horizontais e verticais
de material e pessoal, e que ao mesmo tempo lhe assegure controle da obra e
facilidade de acesso para funcionários e visitantes.
5. Sempre que possível leve em consideração a insolação e ventilação para contribuir
com o conforto dos usuários.
6. Ao planejar as edificações de apoio, estabeleça um programa de necessidades,
com definições claras de tamanhos de salas, localização e fluxos. Se possível,
projete o mobiliário para evitar falta ou excesso de espaço.
7. Ao planejar as instalações sanitárias, considere 01 chuveiro para cada grupo de 10
trabalhadores e um conjunto de lavatório, vaso sanitário e mictório para cada grupo
de 20 trabalhadores.
8. Os alojamentos devem ter pé-direito de:
- 2,50m para cama simples;
- 3,00m para beliches.
É proibido instalá-los em subsolos ou porões.
9. No refeitório, calcule aproximadamente 1,00m2/trabalhador para o local de
refeições. O refeitório não pode estar situado em subsolos ou porões, nem ter
comunicação direta com as instalações sanitárias.
O pé-direito mínimo é de 2,80m, ou conforme o código de obras do município da
obra.
10. Sempre que houver trabalhadores alojados, as áreas de vivência deverão dispor de
alojamentos, lavanderia e área de lazer.
11. Toda obra com 50 ou mais trabalhadores alojados deverá ter um ambulatório.
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Vista parcial de um canteiro de obras. Fonte: CD Votorantim.

Detalhe do lay out para execução de argamassas e concretos. Fonte: CD Votorantim

1. Ligação de água e energia elétrica: Fazer pedido de ligação à concessionária local


com previsão de consumo mensal. Consta de poste padrão de 6 ou 7 m, dependendo
do lado da rede, com bengalas, cabos e soquetes ao lado da caixa padronizada
conforme o tipo de ligação (bifásica, trifásica etc), seguindo o croqui fornecido pela
empresa.
2. Ligação de água e esgoto: Fazer pedido à concessionária local, deixando as ligações
de espera conforme croquis fornecido. Para a ligação de água: cavalete com
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hidrômetro e registro e registro do passeio. Quando não há rede de água é necessário


fazer poço lençol freático, que deve estar situado (em geral nos fundos do terreno)
distante pelo menos a 17 metros da fossa (situada em geral na frente do terreno para
limpeza), longe das fundações , obras vizinhas, e transito pesado da obra. Para o
esgoto é necessário fazer uma caixa de inspeção no passeio com 60x60x60cm com a
ligação de espera atravessando a guia do passeio e estocar as manilhas ou canos
para que se faça a ligação à rede. Quando não há rede de esgotos deve ser feita
fossa séptica (normalmente sob o wc) deixando tudo de respiro, e seguindo as regras
do poço.
3. Área para armazenamento de materiais não perecíveis:
Areia e Pedra: Material: Areia grossa para concreto e média para argamassas. Brita 1
(ou 1 e 2) para concreto. Área necessária: 2m 2/m3 de material. Local: evitar o trânsito
pesado dentro da obra, próximo da pedra, da betoneira (a areia , que se consome
mais, deve estar mais próxima que a pedra) e guincho, de preferência no local de uso
(para não precisar remover posteriormente). Quantidade estocada: 1,5 viagem (para
quando gastar 1 viagem Ter 0,5 viagem para aguardar a próxima). Pode-se comprar
conforme o uso.

Prédio com paredes em concreto. Detalhe dos andaimes de ferro (armazenados e montados) e
bandejas. Fonte: Construtora Inpar.
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Mesma obra da figura anterior em outro ângulo. Fonte: Construtora Inpar.

Detalhe das gruas (2) e bandejas com suporte. Fonte: Construtora Inpar.
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Caminhões betoneira e baias de armazenamento ao lado. Fonte: Construtora Inpar.

Retroescavadeira sobre esteiras e lança para concreto em canteiro de difícil acesso


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detalhes: tela de proteção, ferros de espera dos pilares sem gabarito e tacos para escoramento.
Ao fundo edificação vizinha com telhado em shed.

Portões para entrada de materiais e grua no canteiro de obras.

Portão de acesso exclusivo para baia de areia. Detalhe tela inclinada para peneiramento e pintura em
cores contrastantes.
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Madeira: Material: tábuas brutas de 2 a. qualidade (cedrinho, cambará ou canafístola),


com largura de 30, 25 ou 20cm com espessura de 2,5 cm, sarrafos com largura de 15,
10 ou 5 cm, caibros com seção de 6 x 6 cm ou 8 x 8 cm . Todas as peças apresentam
comprimento máximo de 6 metros, pontaletes roliços e mesa de engravatamento. Área
necessária: 2 a 2,5 m de largura x 8 m de comprimento. Local: procurar estocar nos
corredores da obra (grande comprimento e pequena largura) e junto com a serra
circular e a mesa de engravatamento. Separar as peças por bitolas e comprimento de
preferência tabicadas ou gradeadas coberta com lona plástica (ou cobertura). A perda
da madeira é de 30% por utilização (uso tradicional). Pode-se comprar conforme o
uso.

Serra circular com aspirador de serragem. Detalhe do aspirador de serragem.

Bancada para serra circular. Detalhe: pontaletes roliços de eucalipto.

Aço: Material: feixes de aço dobrado com 6 m de comprimento ou retos com 10 a 12


m, com bitolas de 63 ,8,10,125 ,16, 20, 22, 25 e 28mm, do tipo CA25 ou CA 50 A ou B.
Área necessária: 2 a 2,5 m de largura por 8 m de comprimento. Local: semelhante à
madeira, próximo à serra policorte, grampos de montagem e bancada de dobramento.
Separar por bitolas. A estocagem pode durar muito tempo (+ de 1 ano) desde que não
forme crostas nos ferros que possam prejudicar a sua aderência no concreto. Pode-se
comprar conforme o uso.
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Bancada para dobragem e montagem das ferragens. Ao lado gerica para carregar concreto.

Amarração dos estribos com arame recozido nº 18 (torcido). Ferros longitudinais com estrias para
melhorar a aderência com o concreto.

Corte e dobra de aço em canteiro


Colaboração: Luís Otávio Cocito de Araújo, professor-doutor da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, autor
da tese de doutorado "Método para a proposição de diretrizes para a melhoria da produtividade da mão-de-obra na produção de
armaduras", engenheiro César Monari, da Monari Engenharia, e Gerdau

Confira os procedimentos para evitar perda de resistência e produtividade


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Conferência

Verificar se o carregamento condiz com a especificação


e se atende aos requisitos estabelecidos nas NBRs
7480/96 e 7841/90. Recomenda-se pesar o veículo
antes e após o descarregamento, sendo a diferença
igual ao peso da carga indicado em nota fiscal, e checar
as etiquetas de identificação dos feixes, conferindo
diâmetro, formato, dimensões e quantidades.

Estocagem

O terreno deve ser plano e a base onde serão


depositadas as barras deve impedir o contato
do aço com o solo e com impurezas. É
interessante, ainda, prever dispositivos que
permitam organizar as barras de acordo com
o diâmetro. A separação deve se dar em
função dos elementos estruturais ou
pavimentos de destino.

Descarregamento

Prefira o uso de gruas ou guindastes.


As peças devem ser envoltas pelo cabo
de aço – sem extremidades soltas –
para maior segurança no transporte.
Verificar se as barras estão agrupadas
em feixes condizentes com a
capacidade da grua. Os feixes devem
ser espaçados por pontaletes,
permitindo que o cabo que irá envolvê-
los seja posicionando com rapidez e segurança.

Corte

O sistema de corte deve considerar os materiais a


trabalhar e o volume de serviço, considerando os
custos dos equipamentos. As bancadas de corte
apresentam, em sua maioria, 14 m de
comprimento x 0,80 m de largura e 1,05 m de
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altura. A bancada deve ser posicionada próxima à baia de estocagem. Os


equipamentos mais comuns são a guilhotina (foto), manual, e a serra elétrica
policorte, que permite cortar várias barras ao mesmo tempo.

Dobra

Para evitar a ocorrência de fissuração na


parte tracionada da barra é necessário
respeitar as características do aço
empregado, definindo, com base na NBR
6118, o diâmetro do pino principal de
dobramento, que varia em função do
diâmetro e da classe do aço. É interessante
iniciar o dobramento no período da tarde,
evitando as baixas temperaturas, ou efetuar a
dobra vagarosamente.

Pinos

Os diâmetros dos pinos suporte não


devem ser muito pequenos em relação
ao diâmetro das barras a serem
dobradas, pois as nervuras das barras
de aço podem agarrar nos pinos de
suporte e travar o processo de
dobramento, provocando quebras,
trincas e fissuras.
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Tijolos: Material: blocos cerâmicos 9 ou 14 ou 19x19 / blocos de concreto 9 ou


19x19x39. Devem ser estocados 1,5 viagem (cada viagem 2500 blocos) em pilhas
com 1,5 m de altura no máximo. Local: evitar o trânsito pesado onde não seja preciso
remanejamento. Área necessária: 1 x 9 m.

4. Construções:

Barracão para depósito: Material: cal, e cimento (separados), em tabuleiro de


madeira a 30 cm do solo e das paredes, com pilha máxima de 15 sacos, canalizações,
ferramentas e quando não houver escritório mesa para plantas e relógio de ponto (se
houver).

Local para chapeira (relógio de ponto), almoxarifado e escritório.


Banheiros: Área necessária 1 x 1,5 m, sendo 1 wc para cada 17 pessoas (NR18),
sobre a fossa ou ligado à rede, longe da construção, porém próximo do refeitório e
alojamento.
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Escritório: Para obras de maior porte, local para estudo de plantas, contratos e
controle dos funcionários. Deve conter mesa p/ engenheiro e técnico e relógio de
ponto.

Baixo: almoxarifado, ponto e refeitório. Cima: escritórios e banheiros.


Refeitório: Segue NR18, área necessária 1 m 2/empregado. Local: em geral nos limites
do terreno para ganhar tapumes.
Alojamento: Segue a NR18, área necessária: 4 m 2/empregado, aos moldes do
refeitório.

Padrão VELOX - Rapidez e economia na obra

Especificações Técnicas
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Fundações: Blocos de cimento, assentes com argamassa de cimento e areia.


Contra piso e piso: contra piso em concreto magro e argamassa de piso alisado a colher
e queimado com pó de cimento.
Paredes externas: Painéis estruturais em madeira tipo pinus com 1,22m de largura por
2,50m de altura e revestidos externamente com chapas planas e lisas de madeira
(parede simples).
Divisórias internas: Painéis em madeira tipo pinus com 1,22m de largura por 2,50m de
altura e revestidos com chapas planas e lisas de madeira em um dos lados.
Estrutura da cobertura: Tesouras em pinus, com conectores de garra metálicos.
Telhamento: Telhas de fibrocimento (ou conforme projeto).
Forro: Módulos de chapas planas e lisas de madeira, com 6mm.
Portas: Lisas Duradoor.
Janelas: De madeira tipo guilhotina, medindo 1,00m X 1,00m.
Vidros: Lisos ou fantasias, com 3mm.
Fechaduras: Externas de cilindro e internas do tipo comum.
Instalações hidráulicas: Completas internamente, externamente não são executadas.
Instalações elétricas: Internamente aberta sobre o forro e aparente nas paredes, com
interruptores e tomadas de sobrepor. Externamente não são executadas.
Pintura: As paredes externas são pintadas com duas demãos de tinta. Internamente, o
revestimento dos painéis externos, as divisórias, o forro e o quadro estrutural não serão
pintados.
Imunização: Toda madeira é imunizada contra ataque de microorganismos

Padrão STANDARD - Detalhes de conforto

Especificações Técnicas
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Fundações: Blocos de cimento assentes com argamassa de cimento e areia.


Contra piso e piso: contra piso em concreto magro e argamassa de piso alisado a colher
e queimado com pó de cimento.
Paredes externas: Painéis estruturais em madeira tipo pinus, com 1,22m de largura por
2,50m de altura e revestidos com chapas planas e lisas de madeira (parede dupla).
Divisórias internas: Painéis em madeira com 1,22m de largura por 2,50m de altura e
revestidos com chapas Duratex.
Estrutura da cobertura: Tesouras em madeira de lei, com conectores de garra
metálicos.
Telhamento: Telhas de fibrocimento (ou conforme projeto).
Forro: Chapas de Duratex (ou lâminas de pinus).
Portas: Lisas Duradoor.
Janelas: De madeira tipo guilhotina medindo 1,00m X 1,00m.
Vidros: Lisos ou fantasias, com 3mm.
Fechaduras: Externas de cilindro e internas do tipo comum.
Instalações hidráulicas: Completas internamente, externamente não são executadas.
Instalações elétricas: Internamente aberta sobre o forro e conduzida em canaletas
sistema "X" da Pial nas paredes. Externamente não são executadas.
Pintura: As paredes externas são pintadas com duas demãos de tinta texturizada, as
paredes internas e o forro com tinta a óleo na cor gelo.
Imunização: Toda madeira é imunizada contra ataques de microorganismos.

Padrão PLUS - Algo mais na construção

Especificações Técnicas
Fundações: Blocos de concreto assentes com argamassa de cimento e areia.
Contra piso e piso: Contra piso em concreto magro e argamassa de piso alisado a
colher e queimado com pó de cimento (ou conforme projeto).
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Paredes externas: Painéis estruturais em madeira de lei, com 1,22m de largura por
2,50m de altura, revestidos externamente com aduelas maciças de madeira de lei tipo
macho/fêmea, e internamente em chapas lisas de madeira (parede dupla).
Divisórias internas: Painéis em madeira, com 1,22m de largura por 2,50m de altura,
revestidos em ambas as faces com chapas planas e lisas de madeira.
Estrutura da cobertura: Tesouras em madeira de lei, com conectores de garra
metálicos.
Telhamento: Telhas de fibrocimento (ou conforme projeto).
Forro: Lambris de Pinus.
Portas: Lisas Duradoor.
Janelas: De ferro, tipo Maxim-ar, medindo 0,80m X 1,40m (ou conforme projeto).
Vidros: Lisos ou fantasia, com 4mm de espessura.
Fechaduras: Externas e internas, com cilindro.
Instalações hidráulicas: Completas internamente. Externamente não são executadas.
Instalações elétricas: Internamente abertas sobre o forro e conduzidas em canaletas
sistema "X" da Pial nas paredes. Externamente não são executadas.
Pintura: Paredes externas pintadas com duas demãos de tinta esmalte ou verniz,
paredes internas pintadas com tinta esmalte e o forro em verniz.
Imunização: Toda madeira imunizada contra ataque de microorganismos.

Sistemas construtivos (Revista O Canteiro)

Através de método construtivo racionalizado, com painéis e tesouras auto-portantes, a


Canteiro adapta todo tipo de projeto ao conceito de paredes secas (dry wall), e entrega a
obra chave-na-mão.

Um escritório completo (incluindo as instalações hidráulicas e elétricas) com 300 metros


quadrados de área, fica pronto em 15 dias.
Empresas em expansão, prefeituras e autarquias utilizam os serviços da Canteiro.
Com avançada técnica na produção de painéis modulados, as edificações Canteiro
utilizam menos mão-de-obra, reduzem o tempo de construção e aliam versatilidade e
economia a um retorno mais imediato de seus investimentos.
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O sistema construtivo Canteiro foi desenvolvido para unir as vantagens da


industrialização da construção à personalização dos seus projetos.
Construções para fins diversos:
Almoxarifado; Ambulatório; Carpintaria/armação; Chapeira; Escola; Laboratório;
Hóspedes; Lazer; Oficina; Residência; Sanitário/vestiário e Treinamento.

5. Máquinas e Equipamentos:
Betoneira: próximo da areia, pedra e guincho
Serra circular: próximo da madeira, deve ser protegida
Serra policorte: próximo da bancada de dobramento do aço
Guincho: (carretilha, monta carga ou grua) : em local de fácil distribuição do material,
próximo da betoneira.

Pá carregadeira

Retro escavadeira.
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Serra policorte; guilhotina para corte de vergalhão e serra para concreto.

Vibrador de imersão para concreto e bomba d´água (para água suja).


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Detalhe da grua e badejas com suportes metálicos

Detalhe do canteiro de obras com 2 torres em execução simultâneas e 1 defasada, por conveniência do
gerenciamento, com torre de monta carga central.
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Guincho descarregando escoramentos tubulares em aço.

Compactador manual à gasolina em 2 modelos (sapo ou perereca), ao fundo vibrador de imersão e


mangote.
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Acabadora de piso com motor (bambolê). Este equipamento entra em ação, depois de um
endurecimento superficial da laje, após a pega do concreto. Há peças com 2 acabadoras e volante
(banbolê duplo).

Grua em canteiro de obra. Ao fundo pilares aguardando concretagem para montagem do tabuleiro da laje.
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Silo para transporte aéreo de concreto.

6. Diversos:

Segurança:

EPI: Equipamento de proteção individual (NR 18).

Tapumes:
Necessários para dar à obra, prevenir invasões, segurança, privacidade e melhoria do
visual. Feitos usualmente em chapas de madeira compensada (resinadas ou
plastificadas), com altura de 2,20m de altura com 10 mm de espessura (mínimo).
Podem ser fixos ou móveis (para facilitar a descarga de materiais). É comum fazer-se
uma mureta de 0,80 m de altura, na base para que o tapume de madeira tenha maior
durabilidade. Podem ser feitos também em telhas metálicas ou mesmo em alvenaria
de blocos de concreto, quando se prevê maior duração para a obra. O tapume pode
ser produzido para fazer parte do marketing da empresa, divulgando o nome da
construtora, da incorporadora ou detalhes do projeto ou empreendimento.
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Tapume com divulgação do empreendimento.

Detalhe de tapume mostrando quebra da geometria e a sua utilização como instrumento de marketing
na divulgação do empreendimento.
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Tela plástica desenvolvida para utilização em obras e áreas de risco, com a função de sinalização,
proteção de corpo e delimitação de obra. (Plásticos Primavera)

Bandejas com guarda corpo: Segue a NR18. devem ser colocadas uma a cada 3
andares do prédio, com largura de 2 m.

Alojamento no canteiro, portão de entrada de materiais (areia e brita) e bandeja.

Bandejas e balancins com guarda corpo


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Balancim em madeira. Detalhe: suportes metálicos para bandeja, escoramento metálico e laje colméia

Balancim metálico com guarda corpo e guincho para içamento


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Detalhe da bandeja pronta e do suporte para montagem. Ao fundo cubetas plásticas para laje colméia, e
área de armazenamento de aço e madeiras para formas e blocos para alvenaria.

Portão de entrada: Dever ser de largura suficiente para a entrada de um caminhão (4


m) e deve estar defronte ao corredor principal da obra, ao lado da guarita.
Guarita: Dimensões 1 x 1 m. Ao lado do portão principal para controle de recebimento
de materiais.
Telas de proteção: Telas de plástico interligadas para evitar a queda de objetos em
transeuntes.

Detalhe da tela de proteção no prédio em construção


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Local para stand de vendas, estacionamento para empregados da obra e


clientes (compradores): Dimensões: do stand em geral: módulo 4 x 4 e para os
carros: 2,5 x 5,0 m para cada carro com as portas abertas.

Acima e abaixo, maquetes do empreendimento em exposição no stand. Fonte: Construtora Inpar

TIPOLOGIA DOS CANTEIROS


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Segundo Tommelein apud Gitahy et al (1992), os objetivos que um bom


planejamento de canteiro deve atingir estão divididos em duas categorias principais:

Objetivos de Alto Nível


 Introdução de operações eficientes e seguras, além de promover e manter
elevados índices de motivação dos empregados.

Objetivos de baixo nível


 Prever mínimas distâncias de transporte e tempo de movimentação pessoal e
materiais, bem como evitar obstruções a essa movimentação.

A seguir apresenta-se uma outra classificação dos componentes de um canteiro de


obra (Fundacentro/Gitahy et al)

CANTEIROS DE OBRA – Tipologia:


- Containers, - Módulos, - Painéis, - Construções Existentes, - Barracos

a.) Instalações Provisórias:

 Tapumes;
 Acessos;
 Guarita/Portaria;
 Escritório;
 Almoxarifado;
 Refeitório;
 Vestiário;
 Instalações Sanitárias;
 Área de Lazer;
 Alojamento.

b.) Sistemas de Movimentação e


Armazenagem de Materiais:
 Vias de Circulação ;
 Áreas de Carga e Descarga;
 Guincho;
 Armazenagem de Materiais:
- Cimento;
- Agregados e Argamassa;
- Blocos e Tijolos;
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- Aço;
- Tubos e Sistemas;
- Central de Concreto;
-Equipamentos e Ferramentas.

c.) Segurança na Obra:


 Vias de Circulação orizontal e Vertical:
 Escadas;
 Escadas de Mão;
 Poço do Elevador;
 Elevador da Obra;
 Andaimes Suspensos;
 Guincho e Grua;
 Bandeja Guarda Vidas;
 Sinalização Visual;
 Equipamentos de Proteção Individual e Coletivo;
 Proteção contra Incêndio.

Tela de proteção, bandeja e escoramento em laje maciça.


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Bandeja e tela de proteção.

Baia de areia com placa sinalizadora. Detalhe: operários em fase de montagem de ferragens na laje.
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Detalhe do stand de vendas com estacionamento.Ao fundo torres com gabarito.

DOWNLOADS DE PROJETOS PARA CONSTRUÇÕES NOS CANTEIROS (REVISTA “CANTEIRO”)


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GABARITO OU REQUADRO
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Definição: O gabarito ou requadro é um sistema de eixos cartesianos utilizado para a


locação da edificação no terreno uma construção provisória, que serve para a
demarcação dos eixos da infra-estrutura da edificação, utilizados para a marcação das
fundações como: locação de estacas, sapatas, vigas baldrames, arranques de pilares e
destaque das paredes. É composto de tábuas (2 5x30, 25 ou 20cm) ou sarrafos (25x15cm)
corridos (emendas sobrepostas) de madeira, nivelados, pregados em estacas (caibros
6x8cm) ou pontaletes roliços de eucalípto ou pregados em tábuas encostadas em
paredes divisórias. Nas tábuas ou sarrafos corridos são demarcados os eixos das
fundações, vigas baldrames, pilares e paredes, através de notações (A; B; C ou 1; 2; 3) e
pregos e linhas de nylon ou arame cruzados e prumo de centro. O gabarito pode ser feito
também com pontaletes quando o terreno for muito acidentado ou construção muito
extensa.
O gabarito deve ficar afastado das paredes externas aproximadamente 1 metro,
permitindo a circulação do pessoal e a altura do gabarito deve ser tal que as linhas não
dificulte o movimento da mão de obra. Em terrenos acidentados o gabarito é feito em
cavalete em degraus.
É comum colocar pontaletes inteiros (3 m de altura) para suporte das tábuas ou sarrafos
do gabarito. Quando as paredes são destacadas já não há mais necessidade do gabarito
e os pontaletes são aproveitados como andaimes, onde são pregadas as travessas na
altura dos peitoris das janelas.
UMC*ENGENHARIA CIVIL*GERENCIAMENTO DE OBRAS*ANOTAÇÕES DE AULA
PROF. CARLOS ROBERTO GODOI CINTRA

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