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MÓDULO 1
TEMA I
Homem – Natureza,
uma relação
sustentável
Apontamentos das aulas
1ºs Anos
Ano Letivo 2021/2022
Tema I – Homem – Natureza, uma relação sustentável
A Terra é a nossa casa comum, proporcionando-nos os recursos que necessitamos para viver.
É, então, da nossa responsabilidade cuidar dela para que possamos continuar a usufruir de tudo
o que ela nos pode dar.
Seattle foi um chefe índio norte-americano, cujo nome foi dado à cidade do estado de
Washington. Em 1854, escreveu uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Franklin Pierce,
como resposta a uma proposta de compra de uma vasta extensão de terras, com o
compromisso de criar uma "reserva" destinada a preservar a segurança e integridade cultural
do povo Suquamish. Esta carta é considerada um dos mais belos documentos até hoje
escritos a respeito da defesa do meio ambiente.
🢩 Mathis Wackernagel e William Rees criaram em 1990 a Pegada Ecológica, uma forma de
calcular a quantidade de terra ou oceano necessária para manter o padrão de consumo e
absorver o lixo gerado por ano.
Ao medir a Pegada de uma população podemos saber qual é a pressão desta sobre o
planeta, possibilitando uma análise ecológica mais consciente e, a partir dos resultados, tomar
decisões pessoais ou coletivas que possam levar a um consumo de recursos naturais que não
comprometa as gerações futuras ➔ DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.
A Pegada Ecológica da humanidade ultrapassou a biocapacidade total da terra na década
de 80 e desde então continua a aumentar.
Área de Integração 1
Módulo 1
Tema I – Homem – Natureza, uma relação sustentável
As agressões à natureza, que observamos com frequência nos nossos dias, têm provocado
situações de DEGRADAÇÃO AMBIENTAL que ameaçam a nossa sobrevivência.
Em Portugal:
➔ Incêndios Florestais
Os incêndios florestais são das catástrofes naturais mais graves em Portugal, não só pela
elevada frequência com que ocorrem e extensão que alcançam, como pelos efeitos destrutivos
que causam. Para além dos prejuízos económicos e ambientais, podem constituir uma fonte de
perigo para as populações e bens.
São considerados catástrofes naturais mais pelo facto de se desenvolverem na Natureza e
porque a sua possibilidade de ocorrência e características de propagação dependem fortemente
de fatores naturais, do que por serem causados por fenómenos naturais.
A intervenção humana pode desempenhar um papel decisivo na sua origem e na limitação
do seu desenvolvimento. A importância da ação humana nestes fenómenos distingue os
incêndios florestais das restantes catástrofes naturais.
A propagação de um incêndio depende das condições meteorológicas: direção e intensidade
do vento; humidade relativa do ar; temperatura; do grau de secura e do tipo do coberto vegetal;
orografia do terreno; acessibilidades ao local do incêndio; tempo de intervenção (tempo entre
o alerta e a primeira intervenção no ataque ao fogo, vulgarmente designada como ataque
inicial); etc. (Fonte: Autoridade Nacional de Proteção Civil)
Fonte dos dados: Sistema de Gestão de Informação sobre Fogos Florestais (SGIF).
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As causas dos incêndios florestais são das mais variadas. Têm, na sua grande maioria, origem
humana, quer por negligência e acidente (queimadas, queima de lixos, lançamento de foguetes,
cigarros mal apagados, linhas elétricas, etc), quer intencionalmente.
Os incêndios de causas naturais (ex: trovoadas) correspondem a uma pequena percentagem
do número total de ocorrências.
Algumas medidas podem ser intensificadas por forma a minimizar este problema:
- maior sensibilização e esclarecimento das populações para a gestão do fogo;
- alteração da estrutura das florestas: criação de florestas mistas, compostas de
espécies folhosas – retardadoras dos incêndios – e não folhosas.
- limpeza e conservação das florestas.
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Outro problema que assola Portugal, bem como o resto do mundo, é a degradação das águas
dos rios, ribeiras e outros cursos de água, como os lençóis freáticos. Para além da destruição de
um ecossistema complexo, este problema afeta também o abastecimento de água às
populações.
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Sabemos que muitos recursos naturais são bens finitos. Já outros, se não forem devidamente
preservados e utilizados com responsabilidade, podem por em risco a própria sobrevivência da
humanidade. Com o aumento brutal da população mundial – que atinge agora os 7 bilhões –
aumenta a pressão sobre a utilização dos recursos. Este consumo exacerbado provoca um
efeito dominó que se reflete também no meio ambiente que já não suporta a carga de tanta
poluição e lixo produzida por nós.
Recursos naturais:
A crescente intensidade das atividades humanas é responsável pela probabilidade, cada vez
maior, do esgotamento dos recursos naturais:
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As reservas de combustíveis fósseis são limitadas, isto devido à sua lenta capacidade de
renovação. Mais, a própria natureza tem uma capacidade limitada em absorver os resultados da
sua combustão. Esta combustão traduz-se no reforço da emissão de gases com efeito de estufa,
responsáveis pelas alterações climáticas do planeta.
Carvão: apesar de existir em quantidade considerável, o seu uso será limitado pela
capacidade que a atmosfera tem em absorver o CO2 produzido pela sua utilização.
Petróleo: se a gestão do uso deste recurso não for repensada, este poderá vir a
esgotar-se durante este século. Esta gestão torna-se ainda mais importante como forma de
controlar os efeitos da sua combustão sobre o meio ambiente: reforço do efeito de estufa.
Gás natural: ainda que seja o combustível fóssil menos poluente, o aumento da sua
utilização poderá levar ao seu esgotamento num prazo relativamente curto.
Mesmo que seja pouco provável que esgotemos os combustíveis fósseis, a ameaça da
alteração climática força-nos a reduzir o seu uso drasticamente enquanto grandes reservas estão
ainda no subsolo.
Alterações na política tecnológica e nas técnicas no uso de combustíveis, poderão provocar
grandes diferenças nas emissões de dióxido de carbono se seguirmos três vias principais:
- aumentar a eficiência da energia;
- modificar a mistura de hidrocarbonos utilizados, descendo a níveis mais baixos o conteúdo
em carbono;
- introduzir e promover ativamente as energias renováveis.
A passagem dos combustíveis fósseis para as fontes de energia renovável, trará uma
reestruturação fundamental da economia, impulsionada por mudanças de política tanto ao nível
nacional como internacional. Se o ajuste for bem-sucedido, resultará não apenas na redução de
emissões dos gases que produzem o efeito de estufa, mas proporcionará também uma solução
a longo prazo para o problema das necessidades de energia dos países em desenvolvimento.
Adaptado de Cuidar o Futuro, Comissão Independente População e Qualidade de Vida. In Área I – A Pessoa, p.243,
2007, Plátano Ed.
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Formas de Poluição
Poluição atmosférica
Origens:
- Atividade industrial, através do lançamento de gases e poeiras em quantidades superiores
à capacidade de absorção do meio ambiente;
- Circulação rodoviária, através da utilização intensiva de combustíveis fósseis.
🖑 Consequências da poluição atmosférica
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🢩 Chuvas ácidas: resultam da dissolvência dos poluentes (ex.: dióxido de enxofre ou óxido
de azoto) nas nuvens e nas gotas de chuva, formando-se ácido sulfúrico e ácido nítrico. Esta
chuva provoca efeitos nocivos sobre as florestas, os solos e a agricultura, os ecossistemas, bem
como sobre as pessoas e animais.
Fontes de Poluição
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Tema I – Homem – Natureza, uma relação sustentável
O crescimento económico acentuado que se tem verificado nos dois últimos séculos tem
vindo a causar agressões graves sobre o ambiente, colocando em perigo a capacidade da
natureza continuar a oferecer os recursos indispensáveis à nossa vida.
Na sociedade capitalista, caracterizada pelo consumo indiscriminado e irrefletido, o
desenvolvimento assenta, principalmente, em modelos de crescimento económico que têm
levado à delapidação dos recursos naturais e à degradação ambiental. Só na década de 70 do
século passado se começa a tomar consciência da questão ambiental, sobretudo devido à
ocorrência de desastres naturais provocados pelo Homem, como a maré negra, provocada pelo
petroleiro Torrey Canyon em 1967.
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Tema I – Homem – Natureza, uma relação sustentável
(WCED,1991)
Adaptado de O Nosso Futuro Comum. WCED. (1991). In Área I – A Pessoa, p.256, 2007, Plátano Ed.
Não temos mais escolha. Ou a humanidade adapta o seu comportamento para dar suporte
ao desenvolvimento sustentável – o que significa parar de poluir o ambiente, permitindo a
renovação dos recursos naturais e contribuindo para melhorar o bem-estar de todos – ou assina
a sua própria, mais ou menos iminente, sentença de morte.
A educação desempenha um papel crucial no treino dos cidadãos.
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