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Sistemas de Distribuição

O Sistema de Distribuição de alta, média e baixa tensão

Prof. Cleverson Luiz da Silva Pinto


UFPR Universidade Federal do Paraná
Curso de engenharia elétrica
O sistema Elétrico
Usina SE de Transmissão
≥ 230 kV

Linha de
Transmissão
69 kV a 138 kV
Pode ser 34,5 kV

13,8 kV
ou
34,5 kV

Subestação de
Distribuição

220/127 V ou 380/220 V
O sistema de subtransmissão
• Características:
• Linhas trifásicas, operando com 69 kV ≤ tensão ≤ 138 kV
• Operação normalmente em anel. Também pode operar de maneira radial,
mas sob perda de confiabilidade da linha.
• Capta energia do sistema de transmissão e transfere para as subestações de
distribuição.
• Os consumidores nesta rede são, usualmente, grandes instalações industriais.
O sistema de subtransmissão

Rede de 69 kV
Arranjos típicos de redes de subtransmissão
Arranjos típicos de redes de subtransmissão

• Rede 1
• Configuração de rede radial
• Menor custo de instalação.
• Utilizado para subestações de menor porte.
• Baixa confiabilidade, pois depende do trecho de rede de subtransmissão
• A chave de entrada, visa, unicamente a proteção do transformador.
• Muitas vezes, esta chave é um elo fusível
Arranjos típicos de redes de subtransmissão

• Rede 2
• Configuração em anel
• Para defeitos na rede de subtransmissão, o suprimento de carga não é
interrompido
• As chaves de entrada são, geralmente, disjuntores, e tem por função evitar
que defeitos na subestação provoquem desligamento das rede de
subtransmissão.
Arranjos típicos de redes de subtransmissão

• Rede 3
• Neste arranjo, o barramento da subestação passa a fazer parte da rede de
subtransmissão.
• Um defeito na subestação pode ocasionar a abertura da chave e o
seccionamento da rede, pela abertura das duas chaves de entrada.
• Este inconveniente é eliminado instalando-se uma chave de seccionamento,
que opera normalmente aberta.
Arranjos típicos de redes de subtransmissão

• Rede 4
• Este arranjo tem confiabilidade e custo menores que para o caso 3.
• É utilizável em regiões com vários centros de carga com baixa densidade de
carga.
• Um defeito na subestação pode derrubar a proteção da rede elétrica.
Arranjo típico de subestações de distribuição
• As subestações de distribuição (SE), são supridas pelas rede de
subtransmissão e as responsáveis pela transformação da tensão de
subtransmissão em tensão primária de distribuição.
Subestações com barra simples
• Conta com uma única linha de
suprimento (a).
• Para aumentar a confiabilidade, pode ter
duas linhas de suprimento, porém
continuam sendo radiais (b).
• Se houver interrupção do alimentador em
serviço, a alimentação da SE passa para
segunda linha, de maneira automática ou
não.
• Problemas no transformador, causam
interrupção no barramento do secundário
do transformador.
• Para manutenção do disjuntor ou
religador de saída, é necessário a
transferência de carga pela rede elétrica.
Subestações com barra simples seccionada
• Maior confiabilidade e flexibilidade
operacional.
• Dois transformadores.
• No caso de falha ou manutenção
de um dos transformadores, abre
as chaves a montante e a jusante,
fecha a interligação da barra e não
há interrupção de energia no
barramento do secundário.
• Cada um dos transformadores deve
ter capacidade de suportar a carga
dos dois em contingência.
Subestação com barramento duplicado
• Maior flexibilidade operacional,
permitindo maior flexibilidade na
transferência de carga entre eles.
• No caso de falha ou manutenção
de um dos transformadores, abre
as chaves a montante e a jusante,
fecha a interligação da barra e não
há interrupção de energia no
barramento do secundário.
• Cada um dos transformadores deve
ter capacidade de suportar a carga
dos dois em contingência.
Subestação com barra principal e
transferência
• Aumenta bastante a flexibilidade
operacional da subestação.
• O barramento principal é
mantido energizado e o de
transferência desenergizado.
Energia Firme
O sistema de distribuição primário
(média tensão)
• Características:
• Derivam das subestações de distribuição e operam, no caso de redes aéreas, de
forma radial.
• Podem ter possibilidade de transferência de carga para atender as necessidades
operacionais em contingência, e evitar desligamentos.
• A carga pode ser transferida na subestação ou na rede elétrica, através de chaves NA.
• Atendem aos consumidores primários, aos transformadores de distribuição e as
estações transformadoras (ET) que transformam a tensão primária em secundária,
ou seja, a média tensão em baixa tensão.
• Dentre os consumidores destacam-se: indústrias de porte médio, conjuntos
comerciais, shopping center e outros.
• Podem ser aéreas ou subterrâneas, sendo mais comum as primeiras, pelo seu custo.
O sistema primário de distribuição
• As redes primárias aéreas apresentam as seguintes configurações:
• Primário radial com socorro
• Primário seletivo

• As redes subterrâneas podem ser de três tipos:


• Primário seletivo
• Primário operando em malha aberta
• Spot network
Rede aérea - Primário Radial
• As redes primárias contam com um
tronco principal do qual derivam
ramais, que usualmente são
protegidos por elos fusíveis. Dispõe
de chaves de seccionamento, que
operam na condição NF, que se
destinam a isolar blocos de carga
para permitir manutenção
corretiva ou preventiva.
• É usual instalar chaves NA que
podem ser fechadas para auxiliar
nas manobras de transferência de
carga.
Primário seletivo
• Este arranjo se aplica a redes
aéreas ou subterrâneas.
• A linha é construída em circuito
duplo e os consumidores são
ligados a ambos através de
chaves de transferência, isto é,
chaves que na condição normal
de operação conectam o
consumidor e um dos circuitos e
em contingência, transferem
para o outro.
Primário seletivo
• Estas chaves usualmente são de transferência automática, contando
com relés que detectam a existência de defeito na rede do
consumidor e comandam a transferência automática do consumidor
para outro circuito.
• O outro circuito deve ser capaz de suportar o acréscimo de em
contingência.
Primário seletivo
• Uma variante comum de primário seletivo é quando o consumidor
(ou grupo de consumidores) é suprido por duas subestações
diferentes.

SE D NF Consumidor NA D SE
Redes subterrâneas – primário operando em
malha aberta
• Geralmente aplicado somente a
redes subterrâneas.
• Apresenta custo mais elevado
que o do primário seletivo
• Aplicável somente em locais com
alta densidade de carga e grande
número de consumidores.
Rede subterrânea – Spot Network
• Neste arranjo, cada transformador
de distribuição, com potência
nominal de 0,5 a 2,0 MVA, é
suprido por dois ou três circuitos.
Os circuitos que compõe este
arranjo podem derivar de uma
única SE ou de SE distinta.
• A confiabilidade é alta, porém o
custo é elevado, justificando-se em
áreas de grande densidade de
carga (Rede do Plano Piloto de
Brasília).
Estações Transformadoras (ET)
• As ET são constituídas por
transformadores que reduzem a
tensão primária (média tensão)
para tensão secundária (baixa
tensão).
• No primário, geralmente utilizam
para-raios, para proteção contra
sobretensão e elo fusível para
proteção contra sobrecorrente.
• No secundário, deriva a rede de
baixa-tensão, usualmente sem
proteção nenhuma.
• Na rede aérea, utiliza-se
geralmente transformadores
trifásicos instalados em poste
Estações Transformadoras (ET)
• No Brasil, a tensão de distribuição
primária está padronizada em
220/127 V e 380/220 V.
• A primeira é mais comum nos
estados da região sul/sudeste e a
segunda no restante do país.
• Há diversas configurações, mas a
mais comum é transformador
trifásico, com ligação delta/estrela
aterrado.
• Utiliza-se também transformadores
monofásicos formando banco de
transformadores monofásicos.

Fonte: PD - 4.001 Redes de Distribuição Urbana 15 kV


www.aeseletropaulo.com.br
Estações Transformadoras (ET)
• Na rede subterrânea, a ET utiliza • Ver artigo O Setor Elétrico:
transformadores trifásicos, que • Redes Subterrâneas em
podem ser do tipo pad-mounted loteamentos e condomínios
ou em cubículo subterrâneo particulares
(transformador submersível)
Redes de distribuição secundárias (baixa
tensão)
• Da ET, deriva a rede de BT, 220/127 V ou
380/220 V.
• Há outras tensões em operação no país.
• Alimenta pequenos consumidores, tais
como: consumidores residenciais,
pequenos comércios ou indústrias.
• Os consumidores podem ser
monofásicos, bifásicos ou trifásicos.
• O circuito tem comprimento de centenas
de metros.

Redes secundárias aéreas


• Podem ser radiais ou em malha.
Rede reticulada - Subterrânea
• Rede subterrânea que é constituída
por um conjunto de malhas que
são supridas por transformadores
trifásicos, com seus terminais de BT
inseridos diretamente nos nós do
reticulado.
• Rede de altíssima confiabilidade.
• Alto custo.
• Justifica-se em áreas com alta
densidade de carga, como nas
áreas centrais de São Paulo, Rio de
Janeiro e Curitiba.
Sistema de 34,5 kV da COPEL DIS

Fonte:www.copel.com – ETC : RA MONO SIM 25 kV – 1 RELIGAMENTO


Sistema de 13,8 kV da COPEL DIS

Fonte:www.copel.com – ETC : RA MONO SIM 25 kV – 1 RELIGAMENTO


Características

Fonte:www.copel.com – NTC 800027 – Transformadores de Distribuição

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