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12.2 — Na secção 13 são indicados os princípios fun- correntes de defeito devem poder suportar essas corren-
damentais. Dado que as regras estão, face à evolução téc- tes sem atingirem temperaturas demasiado elevadas.
nica, sujeitas a modificações, não são referidas regras téc- 131.6 — Protecção contra as sobretensões.
nicas pormenorizadas naquela secção. 131.6.1 — As pessoas, os animais e os bens devem ser
12.3 — Nas partes 3 a 8 das presentes Regras Técnicas protegidos contra as consequências prejudiciais de um de-
são indicadas as regras técnicas que devem ser verifica- feito entre partes activas de circuitos a tensões diferen-
das por forma a que seja garantida a conformidade das tes.
instalações eléctricas com os princípios fundamentais in- 131.6.2 — As pessoas, os animais e os bens devem ser
dicados na secção 13. protegidos contra as consequências prejudiciais das so-
13 — Princípios fundamentais. bretensões devidas a causas diferentes das indicadas na
131 — Protecção para garantir a segurança. secção 131.6.1 quando essas sobretensões forem suscep-
131.1 — Generalidades. tíveis de se produzir (fenómenos atmosféricos, sobreten-
As regras indicadas na secção 13 destinam-se a garan- sões de manobra, etc.).
tir a segurança das pessoas, dos animais e dos bens con- 132 — Concepção das instalações eléctricas.
tra os perigos e os danos que possam resultar da utiliza- 132.1 — Generalidades.
ção das instalações eléctricas nas condições que possam As instalações eléctricas devem ser concebidas com
ser razoavelmente previstas. vista a garantir:
131.2 — Protecção contra os choques eléctricos. a) A protecção das pessoas, dos animais e dos bens,
131.2.1 — Protecção contra os contactos directos. de acordo com o indicado na secção 131;
As pessoas e os animais devem ser protegidos contra b) O funcionamento da instalação eléctrica de acordo
os perigos que possam resultar de um contacto com as com a utilização prevista.
partes activas da instalação. Esta protecção pode ser ga-
rantida por um dos métodos seguintes: As indicações necessárias para a concepção das insta-
a) Medidas que impeçam a corrente de percorrer o cor- lações eléctricas são indicadas nas secções 132.2 a 132.5.
po humano ou o corpo de um animal; As regras relativas à concepção das instalações eléctri-
b) Limitação da corrente que possa percorrer o corpo a cas são indicadas nas secções 132.6 a 132.12.
um valor inferior ao da corrente de choque. 132.2 — Características da alimentação.
132.2.1 — Natureza da corrente:
131.2.2 — Protecção contra os contactos indirectos. Alternada ou contínua.
As pessoas e os animais devem ser protegidos contra
os perigos que possam resultar de um contacto com as 132.2.2 — Natureza e número de condutores:
massas, em caso de defeito. Esta protecção pode ser ga-
rantida por um dos métodos seguintes: a) Corrente alternada:
a) Medidas que impeçam a corrente de defeito de per- • Condutor(es) de fase;
correr o corpo humano ou o corpo de um animal; • Condutor neutro;
b) Limitação da corrente de defeito que possa percor- • Condutor de protecção;
rer o corpo a um valor inferior ao da corrente de choque;
c) Corte automático, num tempo determinado, após o b) Corrente contínua:
aparecimento de um defeito susceptível de, em caso de • Condutores equivalentes aos indicados na alínea an-
contacto com as massas, ocasionar a passagem através do terior.
corpo de uma corrente de valor não inferior ao da corren-
te de choque. 132.2.3 — Valores característicos e tolerâncias:
131.3 — Protecção contra os efeitos térmicos. a) Tensões e tolerâncias;
A instalação eléctrica deve ser realizada por forma a b) Frequências e tolerâncias;
excluir os riscos de ignição de produtos inflamáveis em c) Corrente máxima admissível;
consequência das temperaturas elevadas ou dos arcos d) corrente presumida de curto-circuito.
eléctricos. Além disso, em serviço normal, as pessoas e
os animais não devem correr riscos de queimadura. 132.2.4 — Esquemas de ligações à terra inerentes à ali-
131.4 — Protecção contra as sobreintensidades. mentação e outras condições relativas à protecção.
As pessoas, os animais e os bens devem ser protegi- 132.2.5 — Exigências particulares do distribuidor de
dos contra as consequências prejudiciais das temperatu- energia eléctrica.
ras muito elevadas ou das solicitações mecânicas devidas 132.3 — Natureza do fornecimento.
às sobreintensidades susceptíveis de se produzirem nos O número e os tipos de circuitos necessários para a
condutores activos. Esta protecção pode ser garantida por iluminação, o aquecimento, a força motriz, o comando, a
um dos métodos seguintes: sinalização, as telecomunicações, etc., são determinados
com base nas indicações seguintes:
a) Corte automático antes que a sobreintensidade atin-
ja um valor perigoso, tendo em conta a sua duração; a) Localização dos pontos de consumo da energia eléc-
b) Limitação da sobreintensidade máxima a um valor trica;
seguro, tendo em conta a sua duração. b) Carga prevista nos diferentes circuitos;
c) Variação diária e anual do consumo;
131.5 — Protecção contra as correntes de defeito. d) Condições particulares;
Com excepção dos condutores activos, os restantes e) Instalações de comando, de sinalização, de teleco-
condutores e as outras partes destinadas à passagem de municação, etc.
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132.4 — Alimentação de segurança ou de substituição. (eléctricas ou não), resultantes de avarias ou das suas
A alimentação de segurança ou de substituição é ca- condições normais de exploração.
racterizada por: 132.12 — Acessibilidade dos equipamentos eléctricos.
a) Fontes (natureza e características); Os equipamentos eléctricos devem ser colocados por
b) Circuitos alimentados pela fonte de segurança. forma a permitir, na medida do possível:
a) Espaço suficiente para executar a instalação inicial e
132.5 — Condições ambientais. a posterior substituição dos seus componentes;
As condições ambientais são indicadas na secção 32 e b) Acessibilidade para fins de funcionamento, de veri-
na Norma IEC 60721. ficação, de manutenção e de reparação.
132.6 — Secção dos condutores.
A secção dos condutores deve ser determinada em fun-
ção: 133 — Selecção dos equipamentos eléctricos.
133.1 — Generalidades.
a) Da temperatura máxima admissível nos condutores; Os equipamentos eléctricos utilizados nas instalações
b) Da queda de tensão admissível; eléctricas devem obedecer aos requisitos de segurança
c) Das solicitações electromecânicas susceptíveis de se previstos nos artigos 3.º a 6.º do Decreto-Lei n.º 117/88, de
produzirem em caso de curto-circuito; 12 de Abril (Directiva da Baixa Tensão). Relativamente à
d) De outras solicitações mecânicas às quais os con- referência a normas de equipamentos eléctricos em qual-
dutores possam ficar submetidos; quer secção das presentes Regras técnicas, veja-se a sec-
e) Do valor máximo da impedância que permita garantir
ção 511.2.
o funcionamento da protecção contra os curtos-circuitos.
133.2 — Características.
132.7 — Modo de instalação das canalizações. As características dos equipamentos eléctricos devem
A selecção do modo de instalação das canalizações de- corresponder às condições e às características definidas
pende: para a instalação eléctrica (veja-se 132) e ainda às regras
indicadas nas secções 133.2.1 a 133.2.4.
a) Da natureza dos locais; 133.2.1 — Tensão.
b) Da natureza das paredes e dos outros elementos da Os equipamentos eléctricos devem ser compatíveis com
construção que suportam as canalizações; o valor máximo da tensão (valor eficaz em corrente alter-
c) Da acessibilidade das canalizações às pessoas e aos
nada) à qual são alimentados em regime normal, assim
animais;
como às sobretensões susceptíveis de se produzir.
d) Da tensão;
e) Das solicitações electromecânicas susceptíveis de se 133.2.2 — Corrente.
produzirem em caso de curto-circuito; Os equipamentos eléctricos devem ser seleccionados
f) De outras solicitações às quais as canalizações po- tendo em conta o valor máximo da intensidade da corren-
dem ficar submetidas durante a execução da instalação te (valor eficaz em corrente alternada) que os pode per-
eléctrica ou em serviço. correr em serviço normal. Deve, ainda, considerar-se a
corrente susceptível de os percorrer em condições anor-
132.8 — Dispositivos de protecção. mais, tendo em conta a duração da sua passagem e os
As características dos dispositivos de protecção devem eventuais dispositivos de protecção.
ser determinadas de acordo com a função a desempenhar, 133.2.3 — Frequência.
como por exemplo, a protecção contra os efeitos: Caso a frequência tenha influência nas características
a) Das sobreintensidades (sobrecargas e curtos-circui- dos equipamentos eléctricos, a frequência estipulada des-
tos); tes deve ser compatível com a frequência susceptível de
b) Das correntes de defeito à terra; ocorrer no circuito.
c) Das sobretensões; 133.2.4 — Potência.
d) Dos abaixamentos e das faltas de tensão. Os equipamentos eléctricos, seleccionados com base
nas suas características de potência, devem poder ser
Os dispositivos de protecção devem funcionar para utilizados à potência máxima absorvida em serviço, tendo
valores de corrente, de tensão e de tempo, adaptados às em conta os factores de utilização e as condições normais
características dos circuitos e aos perigos susceptíveis de de serviço.
ocorrerem. 133.3 — Condições de instalação.
132.9 — Dispositivos para corte de emergência. Os equipamentos eléctricos devem ser seleccionados
Se for necessário, em caso de perigo, interromper tendo em conta as solicitações e as condições ambientais
imediatamente um circuito, deve ser instalado um disposi-
particulares do local onde forem instalados e a que pos-
tivo de corte facilmente reconhecível e rapidamente ma-
sam ficar sujeitos (veja-se 132.5). Contudo, se um equipa-
nobrável.
132.10 — Dispositivos de seccionamento. mento eléctrico não tiver, por construção, as característi-
Com vista a possibilitar a manutenção, a verificação, a cas correspondentes ao local da sua instalação, pode ser
localização dos defeitos e as reparações, devem ser pre- utilizado desde que seja dotado de uma protecção com-
vistos dispositivos que permitam o seccionamento da ins- plementar apropriada que faça parte integrante da instala-
talação eléctrica, dos circuitos ou dos dispositivos indivi- ção.
duais. 133.4 — Prevenção dos efeitos prejudiciais.
132.11 — Independência da instalação eléctrica. Os equipamentos eléctricos devem ser seleccionados de
A instalação eléctrica deve ser concebida por forma a modo a não causarem, em serviço normal, perturbações
não causar perturbações às outras instalações do edifício quer aos outros equipamentos quer à rede de alimentação,
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incluindo as resultantes de manobras. Entre as causas pos- Para efeitos de aplicação das presentes Regras Técni-
síveis de perturbação, referem-se: cas, as instalações eléctricas estão limitadas, a jusante, por:
a) O factor de potência; a) Terminais de alimentação dos aparelhos de utiliza-
b) A variação da corrente provocada pela entrada em ção ou dos equipamentos eléctricos alimentados por ca-
serviço dos equipamentos; nalizações fixas;
c) O desequilíbrio das fases; b) Tomadas, nos outros casos.
d) As harmónicas.
2 — Definições.
134 — Execução e verificação das instalações eléctricas A presente parte das Regras Técnicas destina-se, em
antes da entrada em serviço. complemento das restantes partes, a definir os termos re-
134.1 — Execução. lativos às instalações indicadas na Parte 1.
134.1.1 — É essencial que a execução das instalações 21 — Características das instalações.
eléctricas seja feita de forma cuidada por pessoal qualifi- 211 — Características gerais.
cado e utilizando equipamentos apropriados. 211.1 — Instalação eléctrica (de edifícios) (826-01-01);
134.1.2 — As características dos equipamentos eléctri- Instalação eléctrica (de utilização) (de edifícios).
cos, determinadas de acordo com o indicado na secção 133, Conjunto de equipamentos eléctricos associados com
não devem ficar comprometidas pela montagem. vista a uma dada aplicação e possuindo características
134.1.3 — Os condutores devem ser identificados de coordenadas.
acordo com o indicado na Norma IEC 60446. 211.2 — Rede de distribuição.
134.1.4 — As ligações dos condutores entre si e a ou- Instalação eléctrica de baixa tensão destinada à trans-
tros equipamentos eléctricos devem ser executadas de missão de energia eléctrica a partir de um posto de trans-
modo a garantir contactos seguros e duráveis. formação ou de uma central geradora, constituída por ca-
134.1.5 — Os equipamentos eléctricos devem ser insta- nalizações principais e ramais.
lados de modo a garantir as condições de arrefecimento 211.3 — Origem de uma instalação eléctrica (826-01-02);
previstas. Origem de uma instalação eléctrica (de utilização).
134.1.6 — Os equipamentos eléctricos susceptíveis de Ponto de entrega da energia eléctrica a uma instalação
ocasionar temperaturas elevadas ou de produzir arcos eléc- eléctrica.
tricos devem ser montados ou protegidos de modo a ex- 212 — Grandezas.
cluir o risco da ignição dos produtos inflamáveis. As par- 212.1 — Valor estipulado (151-04-03).
tes externas dos equipamentos eléctricos cuja temperatura Valor de uma grandeza fixado, em regra, pelo fabricante
seja susceptível de causar danos às pessoas devem ser para um dado funcionamento especificado de um compo-
montadas ou protegidas de modo a impedirem os contac- nente, de um dispositivo ou de um equipamento.
tos fortuitos. 213 — Instalações diversas.
134.2 — Verificação antes da entrada em serviço. 213.1 — Instalações temporárias.
As instalações eléctricas devem ser verificadas antes da Instalações de duração limitada pelas circunstâncias que
sua entrada em serviço, assim como por ocasião de modi- as motivaram, podendo distinguir-se as definidas nas sec-
ficações importantes, com vista a garantir a sua conformi- ções 213.1.1 a 213.1.4.
dade com as presentes Regras Técnicas. 213.1.1 — Instalações para reparações.
14 — Limites das instalações. Instalações temporárias necessárias à resolução de um
141 — Origem das instalações. incidente de exploração.
Considera-se que as instalações eléctricas objecto das 213.1.2 — Instalações para trabalhos.
presentes Regras Técnicas têm por origem um dos pon- Instalações temporárias realizadas com o fim de permi-
tos indicados nas alíneas seguintes: tirem a remodelação ou a transformação de instalações sem
lhes interromper a exploração.
a) Nas instalações alimentadas directamente por uma
213.1.3 — Instalações semi-permanentes.
rede de distribuição (pública) em baixa tensão:
Instalações temporárias destinadas a utilizações de du-
— Os ligadores de saída da portinhola; ração limitada não incluídas nas actividades habituais dos
— Os ligadores de entrada do quadro de colunas, no locais respectivos, ou instalações que se repitam periodi-
caso de não existir portinhola; camente.
— Os ligadores de entrada do equipamento de conta- 213.1.4 — Instalações de estaleiros.
gem ou os do aparelho de corte da entrada, quando este Instalações temporárias, destinadas à execução de tra-
estiver a montante do equipamento de contagem, no caso balhos de construção de edifícios e análogos.
de não existir portinhola nem quadro de colunas. 214 — (Disponível.)
215 — Alimentações.
b) Nas instalações alimentadas por um posto de trans- 215.1 — Alimentação (para serviços) de segurança (826-
formação privativo, os ligadores de entrada do(s) -01-05); Alimentação de emergência.
quadro(s) de entrada (veja-se 801.1.1.4). Alimentação prevista para manter em funcionamento os
Nas instalações alimentadas por uma fonte autónoma equipamentos essenciais à segurança das pessoas.
de energia em baixa tensão, essa fonte faz parte integran- 215.2 — Alimentação de socorro (826-01-06); Alimenta-
te da instalação. ção de reserva; Alimentação de substituição.
Alimentação prevista para manter em funcionamento
142 — Limite (a jusante) das instalações. uma instalação ou partes desta em caso de falta da ali-
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QUADRO 22A
Domínios das tensões em corrente alternada (valores eficazes)
I U d 50 U d 50 U d 50
II 50 U d 600 50 U d 1000 50 U d 1000
U - Tensão nominal da instalação, em volts.
(*) - Se o neutro for distribuído, os equipamentos alimentados entre fase e neutro devem ser seleccionados por forma a que a seu isolamento corresponda à
tensão entre fases (veja--se 512.1.1).
QUADRO 22B
Domínios das tensões em corrente contínua
Parte activa que pode, em certas condições de influên- e limitado pela superfície que uma pessoa pode, sem
cias externas, provocar um choque eléctrico. meios especiais, alcançar com a mão em todas as direc-
232.6 — Partes simultaneamente acessíveis (826-03-10). ções.
Condutores ou partes condutoras que podem ser toca- 235.2 — Pavimentos e paredes isolantes.
das, simultaneamente, por uma pessoa ou por animais. Os pavimentos, as paredes e demais elementos da cons-
232.7 — Parte intermédia. trução dos edifícios podem ser considerados isolantes
Parte condutora inacessível, que está fora de tensão em quando a sua resistência eléctrica for suficientemente ele-
serviço normal, mas que pode ficar em tensão em caso de vada para limitar a corrente de defeito que eles possam
defeito. transmitir a um valor não perigoso.
232.8 — Massa (826-03-02). 235.3 — Protecção por limitação da corrente permanen-
Parte condutora de um equipamento eléctrico susceptí- te ou da carga eléctrica (826-03-16).
vel de ser tocada, em regra, isolada das partes activas mas Protecção contra os choques eléctricos garantida pela
podendo ficar em tensão em caso de defeito. concepção dos circuitos ou dos equipamentos por forma
232.9 — Elemento condutor (estranho à instalação eléc- a que a corrente e a carga sejam, em condições normais
trica) (826-03-03). ou de defeito, limitadas a um valor não considerado peri-
Elemento susceptível de introduzir um potencial, em re- goso.
gra o da terra, e que não faz parte da instalação eléctrica. 235.4 — Invólucro (826-03-12).
233 — Defeitos. Elemento que garante a protecção dos equipamentos
233.1 — Defeito. contra certas influências externas e, em todas as direcções,
Falha do isolamento de uma parte activa que produza a protecção contra os contactos directos.
uma redução do nível de isolamento e que possa provo- 235.5 — Barreira (826-03-13).
car uma ligação acidental entre dois pontos a potenciais Elemento que garante a protecção contra os contactos
diferentes. directos em todas as direcções habituais de acesso.
233.2 — Impedância da malha defeito. 235.6 — Obstáculo (826-03-14).
Impedância total que é apresentada à passagem da Elemento que impede um contacto directo fortuito mas
corrente em consequência de um defeito. que não se opõe a uma acção deliberada.
233.3 — Corrente de defeito. 236 — Isolamentos.
Corrente resultante de um defeito do isolamento ou de 236.1 — Isolamento.
um contornamento do isolamento. Conjunto de isolantes que entram na construção de um
233.4 — Corrente de defeito à terra. equipamento, destinado a isolar as partes activas ou gran-
Corrente de defeito que se escoa para a terra. deza que caracteriza um equipamento ou uma instalação
233.5 — Corrente de fuga (numa instalação) (826-03-08). quanto ao seu isolamento.
Corrente que, na ausência de defeito, se escoa para a 236.2 — Isolamento principal (826-03-17).
terra ou para elementos condutores. Isolamento das partes activas cuja falha pode provocar
233.6 — Corrente diferencial-residual (826-03-09); Corren- um risco de choque eléctrico.
te residual. 236.3 — Isolamento suplementar (826-03-18).
Soma algébrica dos valores instantâneos das correntes Isolamento independente, previsto para além do isola-
que percorrem todos os condutores activos de um circui- mento principal, com vista a garantir a protecção contra
to num dado ponto da instalação eléctrica. os choques eléctricos em caso de falha do isolamento
234 — Tensões. principal.
234.1 — Tensão de defeito. 236.4 — Duplo isolamento (826-03-19).
Tensão que, em caso de defeito do isolamento, apare- Isolamento constituído, simultaneamente, por um isola-
ce entre uma massa e um eléctrodo de terra de referência mento principal e por um isolamento suplementar.
(isto é, um ponto cujo potencial não é modificado pela 236.5 — Isolamento reforçado (826-03-20).
passagem da corrente de defeito correspondente). Isolamento das partes activas que garante uma protec-
234.2 — Tensão de contacto (826-02-02). ção contra os choques eléctricos não inferior ao conferi-
Tensão que, em caso de defeito do isolamento, apare- do por um duplo isolamento.
ce entre partes simultaneamente acessíveis. 236.6 — Impedância de protecção.
234.3 — Tensão de contacto presumida (826-02-03). Componente ou conjunto de componentes, de impedân-
Tensão de contacto mais elevada susceptível de apare- cia, de construção e fiabilidade tais que possam ser liga-
cer numa instalação eléctrica em caso de um defeito de dos entre as partes activas (ou partes susceptíveis de
impedância desprezável. ficarem em tensão em caso de defeito) e as partes condu-
234.4 — Tensão limite convencional de contacto (sím- toras acessíveis e destinados a limitar o risco de choque
bolo UL) (826-02-04). eléctrico a um nível pelo menos igual ao conferido por um
Valor máximo da tensão de contacto que é admissível duplo isolamento.
poder manter-se indefinidamente em condições especifica- 236.7 — Nível de isolamento de uma instalação.
das de influências externas. Tensão suportável à frequência industrial do elemento
234.5 — Tensão de passo (símbolo Up) (195-05-12). mais fraco de uma instalação.
Tensão entre dois pontos à superfície da Terra, distan- 237 — Classificação dos equipamentos relativamente à
ciados de 1 m. protecção contra os choques eléctricos.
235 — Diversos. 237.1 — Equipamento da classe 0.
235.1 — Volume de acessibilidade (a contactos) Equipamento em que a protecção contra os choques
(826-03-11). eléctricos é garantida, apenas, pelo isolamento principal.
Volume situado em volta de qualquer ponto da super- Para os equipamentos da classe 0 não é prevista qualquer
fície onde possam estar ou circular habitualmente pessoas medida para a ligação das eventuais partes condutoras
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acessíveis a um condutor de protecção que faça parte das Eléctrodos de terra suficientemente afastados uns dos
canalizações fixas da instalação. A protecção, em caso de outros para que a corrente máxima susceptível de ser es-
defeito do isolamento principal, é garantida pelas carac- coada por um deles não modifique, de forma significativa,
terísticas do local onde o equipamento se encontrar insta- o potencial dos outros.
lado. 243 — Diversos.
237.2 — Equipamento da classe I. 243.1 — Instalação de ligação à terra.
Equipamento em que a protecção contra os choques Conjunto de um ou de vários eléctrodos de terra inter-
eléctricos não é garantida, apenas, pelo isolamento princi- ligados e dos condutores de protecção e de terra corres-
pal. Para os equipamentos da classe I é prevista uma pondentes.
medida de segurança complementar, por meio da ligação 243.2 — Terminal principal de terra (826-04-08); Barra
das partes condutoras acessíveis a um condutor de pro- principal de terra.
tecção ligado à terra e que faça parte das canalizações Terminal ou barra previstos para ligação aos dispositi-
fixas, por forma a que as partes condutoras acessíveis não vos de ligação à terra dos condutores de protecção, in-
possam tornar-se perigosas em caso de defeito do isola- cluindo os condutores de equipotencialidade e, eventual-
mento principal. mente, os condutores que garantem uma ligação à terra
237.3 — Equipamento da classe II. funcional.
Equipamento em que a protecção contra os choques 243.3 — Resistência global de terra (826-04-03).
eléctricos não é garantida, apenas, pelo isolamento princi- Resistência entre o terminal principal de terra e a terra.
pal. Para os equipamentos da classe II são previstas me- 244 — Ligações equipotenciais.
didas complementares de segurança, tais como o duplo 244.1 — Ligação equipotencial (826-04-09).
Ligação eléctrica destinada a colocar ao mesmo poten-
isolamento ou o isolamento reforçado.
cial, ou a potenciais aproximadamente iguais, massas e
Estas medidas não incluem meios de ligação à terra de
elementos condutores.
protecção e não dependem das condições de instalação.
244.2 — Condutor de equipotencialidade (826-04-10).
237.4 — Equipamento da classe III.
Condutor de protecção que garante uma ligação equi-
Equipamento em que a protecção contra os choques potencial.
eléctricos é garantida por meio de uma alimentação à ten- 25 — Circuitos eléctricos.
são reduzida de segurança (TRS) ou à tensão reduzida de 251 — Termos gerais.
protecção (TRP) e no qual não são originadas tensões 251.1 — Circuito (eléctrico) (de uma instalação) (826-05-01).
superiores às do limite do domínio I. Conjunto dos equipamentos eléctricos de uma instala-
24 — Ligações à terra. ção alimentados a partir da mesma origem e protegidos
241 — Termos gerais. contra as sobreintensidades pelo ou pelos mesmos dispo-
241.0 — Terra (826-04-01). sitivos de protecção.
Massa condutora da Terra, cujo potencial eléctrico é, 251.2 — Circuito de distribuição (de edifícios) (826-05-02).
em cada ponto, considerado, por convenção, igual a zero. Circuito que alimenta um quadro de distribuição.
241.1 — Condutor de protecção (Símbolo PE) (826-04-05). 251.3 — Circuito final (de edifícios) (826-05-03).
Condutor prescrito em certas medidas de protecção Circuito ligado directamente a aparelhos de utilização ou
contra os choques eléctricos e destinado a ligar electrica- a tomadas.
mente algumas das partes seguintes: 251.4 — Protecção eléctrica contra as sobreintensidades.
Protecção eléctrica destinada a evitar que os equipa-
a) Massas;
mentos eléctricos sejam percorridos por correntes que lhes
b) Elementos condutores;
sejam prejudiciais ou que prejudiquem o meio envolvente
c) Terminal principal de terra; e que inclui:
d) Eléctrodo de terra;
e) Ponto de alimentação ligado à terra ou a um ponto a) A detecção de sobreintensidades;
neutro artificial. b) O corte em carga do circuito.
262.3 — Caminho de cabos (Ref.ª 12, 13) (826-06-07). Equipamento usado na produção, na transformação,
Suporte constituído por uma base contínua, dotada de na distribuição ou na utilização da energia eléctrica,
abas e sem tampa. como por exemplo, motores, transformadores, aparelha-
262.4 — (Disponível.) gem, aparelhos de medição, dispositivos de protecção,
262.5 — Conduta (termo geral) (Ref.ª 1, 2, 3, 4, 5, 22, 23, elementos constituintes de uma canalização, aparelhos
24) (826-06-03); Tubo (conduta de secção circular). de utilização, etc.
Invólucro fechado, de secção recta circular ou não, 270.2 — Aparelho de utilização (826-07-02).
destinado à instalação ou à substituição de condutores Equipamento usado na transformação da energia eléc-
isolados ou de cabos por enfiamento nas instalações eléc- trica numa outra forma de energia, como por exemplo, na
tricas. luminosa, na calorífica ou na mecânica.
262.6 — Travessia. 270.3 — Aparelhagem (826-07-03).
Elemento que envolve uma canalização e lhe confere Equipamentos destinados a serem ligados a um circui-
uma protecção complementar na passagem de canalizações to eléctrico com vista a garantir uma ou mais das funções
através de elementos de construção (paredes, tectos, di- de protecção, de comando, de seccionamento ou de co-
visórias, pavimentos, etc.). nexão.
262.7 — Ducto. 271 — Possibilidades de deslocamento.
271.1 — Aparelho de utilização móvel (826-07-04).
Espaço fechado para alojamento de canalizações, não
Aparelho de utilização que pode ser deslocado durante
situado no pavimento ou no solo, com dimensões que não
o seu funcionamento ou que, mantendo-se ligado ao cir-
permitam a circulação de pessoas mas no qual as cana-
cuito de alimentação, pode ser facilmente deslocado.
lizações instaladas sejam acessíveis em todo o seu percurso.
271.2 — Aparelho de utilização portátil (empunhável)
262.8 — Galeria (826-06-06).
(826-07-05).
Compartimento ou corredor, contendo suportes ou es- Aparelho de utilização móvel previsto para ser manu-
paços fechados apropriados para canalizações e suas li- seado em utilização normal e em que o eventual motor faz
gações e cujas dimensões permitem a livre circulação de parte integrante do aparelho.
pessoas em todo o seu percurso. 271.3 — Aparelho de utilização fixo (826-07-06).
262.9 — Calha (coberta) (Ref.ª 31 a 34) (826-02-04). Aparelho de utilização instalado de forma fixa ou apa-
Invólucro fechado por tampa, que garante uma protec- relho não dotado de pega para o transporte, com uma
ção mecânica aos condutores isolados ou aos cabos, os massa tal que não seja possível deslocá-lo facilmente.
quais são instalados ou retirados por processo que não 271.4 — Aparelho de utilização inamovível (826-07-07).
inclua o enfiamento, e que permite a adaptação de equi- Aparelho de utilização fixo de forma permanente a uma
pamentos eléctricos. superfície de apoio (chumbado) ou fixo de outro modo num
263 — Diversos. local bem determinado.
263.1 — Consolas (Ref.ª 14) (826-06-09). 28 — Seccionamento e comando.
Suportes horizontais para cabos, fixos numa das suas 281 — Termos gerais.
extremidades, dispostos espaçadamente e sobre os quais 281.1 — Seccionamento (826-08-01).
os cabos assentam. Função destinada a garantir a colocação fora de ten-
263.2 — (Disponível.) são de toda ou de parte de uma instalação, separando-a,
263.3 — Roço. por razões de segurança, das fontes de energia eléctrica.
Abertura longa e estreita, feita num elemento da cons- 281.2 — Desconexão para manutenção mecânica (826-
trução (parede, tecto ou pavimento) para instalação de -08-02).
condutas ou de certos tipos de canalizações e tapada após Acção destinada a cortar a alimentação de energia eléc-
a instalação destes. trica a um equipamento, por forma a evitar, durante a rea-
263.4 — Vala (ou trincheira). lização de trabalhos não eléctricos, os perigos que não
Abertura feita no terreno para colocação de cabos e sejam os devidos a choques ou a arcos eléctricos.
tapada após a instalação destes. 281.3 — Desconexão de emergência (826-08-03); Corte de
263.5 — Oco da construção (Ref.ª 21, 22, 23) (826-06-02). emergência.
Espaço existente na estrutura ou nos elementos da Acção destinada a suprimir, tão rapidamente quanto
construção de um edifício e acessível apenas em certas possível, os perigos que possam ocorrer de uma forma
zonas. imprevista.
263.6 — Escada (para cabos) (Ref.ª 16) (826-06-08). 281.4 — Paragem de emergência (826-08-04).
Desconexão de emergência destinada à paragem de um
Suporte para cabos, constituído por travessas horizon-
movimento que se tornou perigoso.
tais espaçadas, fixas rigidamente a montantes principais.
281.5 — Manobra funcional (826-08-05); Comando fun-
263.7 — Braçadeiras (Ref.ª 15) (826-06-11); Cerra-cabos.
cional.
Suportes dispostos espaçadamente e que fixam, meca- Acção destinada a garantir o fecho, a abertura ou a
nicamente, um cabo ou uma conduta. regulação da alimentação em energia eléctrica de toda ou
263.8 — Canalização pré-fabricada. de parte de uma instalação para fins de funcionamento
Conjunto montado em fábrica contendo, numa conduta normal.
ou num invólucro, barras condutoras separadas e supor- 281.6 — Circuito de comando.
tadas por elementos isolantes. Circuito utilizado para comandar a manobra de um ou
27 — Equipamentos. de vários equipamentos.
270 — Termos gerais. 29 — Competência das pessoas.
270.1 — Equipamento eléctrico (826-07-01); Material eléc- 291 — Termos gerais.
trico (desaconselhável, neste sentido). 291.1 — Pessoa qualificada (826-09-01).
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(11)
Pessoa com conhecimentos técnicos ou com experiên- Os sistemas de distribuição devem ser determinados em
cia suficiente que lhe permitam evitar os perigos que pos- função dos tipos de esquemas:
sam advir da electricidade. a) Dos condutores activos;
291.2 — Pessoa instruída (826-09-02); Pessoa preve- b) Das ligações à terra.
nida.
Pessoa suficientemente informada, ou vigiada por pes- 312.1 — Tipos de esquemas dos condutores activos.
soas qualificadas, com vista a evitar os perigos que pos- Os esquemas dos condutores activos considerados no
sam advir da electricidade. âmbito das presentes Regras Técnicas, são os indicados
291.3 — Pessoa comum (826-09-03); Pessoa do público. nos quadros seguintes:
Pessoa não qualificada nem instruída.
3 — Determinação das características gerais das insta- Corrente alternada Corrente contínua
lações.
A presente parte das Regras Técnicas destina-se, em Monofásico 2 condutores 2 condutores
complemento das restantes a indicar as regras a respeitar
Monofásico 3 condutores 3 condutores
com vista a garantir a conformidade das instalações eléctri-
cas com os princípios fundamentais enunciados na Parte 1. Bifásico 3 condutores
300.1 — Generalidades.
Trifásico 3 condutores
Na selecção das medidas de protecção para garantir a
segurança (veja-se a parte 4) e na selecção e instalação Trifásico 4 condutores
dos equipamentos (veja-se a parte 5) deve ser feita uma
avaliação das características da instalação a seguir mencio- Tetrafásico 5 condutores
nadas (o número indicado entre parêntesis é o da secção
correspondente da presente parte das Regras Técnicas): 312.2 — Tipos de esquemas das ligações à terra.
Os esquemas das ligações à terra, no âmbito das pre-
a) A utilização prevista para a instalação, a sua estru- sentes Regras Técnicas, são os indicados nas sec-
tura global e as suas alimentações (31); ções 312.2.1 a 312.2.4.
b) As influências externas a que a instalação pode fi- 312.2.1 — Esquema TN em corrente alternada.
car submetida (32); O esquema TN tem um ponto ligado directamente à ter-
c) A compatibilidade dos seus elementos constituintes ra, sendo as massas da instalação ligadas a esse ponto por
(33); meio de condutores de protecção. De acordo com a dispo-
d) A sua manutibilidade (34). sição do condutor neutro e do condutor de protecção,
consideram-se os três tipos de esquemas TN seguintes:
31 — Alimentação e estrutura das instalações.
a) Esquema TN-S — onde um condutor de protecção
311 — Potência a alimentar e factor de simultaneidade.
(distinto do condutor neutro) é utilizado na totalidade do
311.1 — Para uma concepção económica e segura de uma esquema (veja-se a figura 31A);
instalação, nos limites de temperatura e de queda de ten- b) Esquema TN-C-S — onde as funções de neutro e de
são, é essencial a determinação da potência a alimentar. protecção estão combinadas num único condutor numa
311.2 — Na determinação da potência a alimentar de uma parte do esquema (veja-se a figura 31B);
instalação, ou de parte de uma instalação, pode-se consi- c) Esquema TN-C — onde as funções de neutro e de
derar a não simultaneidade. protecção estão combinadas num único condutor na tota-
312 — Tipos de sistemas de distribuição. lidade do esquema (veja-se a figura 31C).
L1
L2
L3
N
Condutores neutro e de protecção
PE separados em todo o esquema
L1 L1
L2 L2
L3 L3
PEN N PEN
PE
Fig. 31B — Esquema TN-C-S em corrente alternada (ac) Fig. 31C — Esquema TN-C em corrente alternada (ac)
L1 L1
L2 L2
L3 L3
N
PE PE
Eléctrodo de terra Massa Eléctrodo de terra Eléctrodo de terra Massa Eléctrodo de terra
da alimentação das massas da alimentação das massas
O neutro pode ser ou não distribuído
L1 L1
L2 L2
L3 L3
N
Impedância (*)
Impedância (*) PE PE
Eléctrodo de terra Massa Eléctrodo de terra Eléctrodo de terra Massa Eléctrodo de terra
da alimentação das massas da alimentação das massas
O neutro pode ser ou não distribuído (*) - O esquema pode ser isolado da terra
Fig. 31E — Esquema IT em corrente alternada (ac)
L+
PEN(dc)
L-
PE
(esquema a)
PEN(dc) M
L-
PE
(esquema b)
O condutor activo ligado à terra (por exemplo L) do esquema a) ou o condutor médio (M) ligado à terra do
esquema b) está separado do condutor de protecção em todo o esquema.
Fig. 31F — Esquema TN-S em corrente contínua (dc)
L+
PEN(dc)
(esquema a)
L+
PEN(dc)
L-
(esquema b)
L+
PEN(dc)
L-
PE
(esquema a)
L+
PEN(dc) PE
L-
(esquemab)b)
(esquema
As funções de condutor activo ligado à terra (por exemplo L) do esquema a) ou do condutor médio ligado à terra (M) do esquema b) e a do
condutor de protecção estão combinadas num único condutor PEN(dc) numa parte do esquema.
L+
L-
(esquema a) a)
(esquema
PE
L+
M
L-
(esquema b) b)
(esquema
PE
L+
L-
(esquema a) a)
(esquema
PE
(esquema
(esquemab) b)
PE
Referência
Código Classificação Características
(secções)
321.3 — Altitude.
Referência
Código Classificação Características (secção)
AC1 baixa d 2 000 m 512.2
AC2 alta ! 2 000 m
Referência
Código Classificação Características
(secções)
Referência
321.7.2 — Vibrações.
Referência
Código Classificação Características
(secções)
Referência
Código Classificação Características
(secção)
Referência
Código Classificação Características
(secção)
Referência
Código Classificação Características
(secções)
aceleração (a):
AP1 Desprezáveis a d 30 gal 512.2
AP2 Fracos 30 a d 300 gal e
AP3 Médios 300 a d 600 gal 522.12
AP4 Fortes a ! 600 gal.
(1 gal = 1 cm/s²)
Referência
Código Classificação Características
(secções)
velocidade (v):
AR1 Fracos v d 1 m/s 512.2
AR2 Médios 1 m/s v d 5 m/s e
AR3 Fortes 5 m/s v d 10 m/s 522.13
321.15 — Vento.
velocidade (v):
AS1 Fraco v d 20 m/s
AS2 Médio 20 m/s v d 30 m/s
AS3 Forte 30 m/s v d 50 m/s
322 — Utilizações.
322.1 — Competência das pessoas.
Referência
Código Classificação Características
(secção)
Referência
Código Classificação Características
(secções)
Referência
Código Classificação Características
(secções)
Referência
Código Classificação Características
(secções)
Referência
Código Classificação Características
(secções)
Referência
Código Classificação Características
(secções)
Referência
Código Classificação Características
(secções)
c) Com interrupção de fornecimento curta: alimentação desde que sejam respeitadas as condições indicadas na
automática que fica disponível num tempo não superior a secção 362.
0,5 s; As instalações para reparação, para trabalhos ou semi-
d) Com interrupção de fornecimento médio: alimentação -permanentes devem ser protegidas, na sua origem, con-
automática que fica disponível num tempo não superior a tra as sobreintensidades nas condições indicadas na sec-
15 s; ção 43.
e) Com interrupção de fornecimento longa: alimentação 361.3 — As instalações temporárias não devem dificul-
automática que fica disponível num tempo superior a 15 s. tar nem impedir a circulação das pessoas.
361.4 — Quando se utilizarem cabos prolongadores,
353 — Fontes de segurança e fontes de socorro. devem ser tomadas as precauções adequadas por forma a
Para alimentação dos equipamentos de segurança ou evitar que os seus elementos possam separar-se aciden-
como fontes de socorro podem ser utilizadas as fontes talmente.
seguintes: 362 — Instalações para reparações.
Nas instalações para reparações podem não ser aplica-
a) Baterias de acumuladores; das as presentes Regras Técnicas, desde que a duração
b) Grupos geradores accionados por motores de com- dessas instalações seja reduzida ao mínimo indispensável
bustão, independentes da alimentação normal que tenham e que se tomem medidas compensatórias ou precauções
características adequadas para arrancarem num tempo es- apropriadas às regras não cumpridas.
pecificado; 363 — Instalações para trabalhos.
c) Fonte exterior efectivamente independente da alimen- Às instalações para trabalhos podem ser aplicadas der-
tação normal, desde que esteja garantido que as duas ali- rogações às regras seguintes:
mentações não são susceptíveis de falharem simul-
taneamente. a) Fixação dos equipamentos (veja-se 531.4);
b) Limites das quedas de tensão (veja-se 525);
36 — Instalações temporárias. c) Vizinhança de canalizações eléctricas e não eléctri-
361 — Generalidades. cas (veja-se 528);
361.1 — Às instalações para reparação, para trabalhos d) Condições de instalação das canalizações;
ou semi-permanentes podem ser aplicadas as derrogações e) Instalação de cabos flexíveis fixados aos elementos
às regras indicadas, respectivamente, nas secções 362, 363 da construção.
e 364.
Não são admitidas derrogações nos locais que apresen- 364 — Instalações semi-permanentes.
tem: 364.1 — Às instalações semi-permanentes podem ser
aplicadas as derrogações indicadas na secção 363.
a) Riscos de incêndio (BE2); 364.2 — Se as instalações semi-permanentes se repeti-
b) Riscos de explosão (BE3). rem periodicamente, devem ser integralmente desmontadas
entre cada período de utilização.
361.2 — Não são admitidas derrogações às regras da Os dispositivos de protecção dessas instalações devem
parte 4, com excepção das instalações para reparação e ser colocados em quadros estáveis.
ANEXO I
CORRENTE ALTERNADA
Trifásico
Monofásico
3 condutores
2 condutores
(triângulo ou estrela
sem neutro)
Monofásico
2 condutores
Trifásico
4 condutores
(estrela com neutro)
Monofásico
3 condutores
6682-(22) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
Bifásico Tetrafásico
3 condutores 5 condutores
CORRENTE CONTÍNUA
2 condutores 3 condutores
ANEXO II
ANEXO III
Classes
Agente Uni - AG1/AH1 AG2/AH2 AG3/AH3
ambiental dades 3M1(*) 3M2(*) 3M3(*) 3M4(*) 3M5(*) 3M6(*) 3M7(*) 3M8(*)
4M1(**) 4M2(**) 4M3(**) 4M4(**) 4M5(**) 4M6(**) 4M7(**) 4M8(**)
Vibrações estacionárias sinusoidais
Frequência
Espectro tipo L ⇒ Duração 22 ms
Espectro tipo I ⇒ Duração 11 ms
Espectro tipo II ⇒ Duração 6 ms
411.1.4.2 — As massas dos equipamentos eléctricos não b) Não puderem ser verificadas todas as prescrições
devem ser ligadas intencionalmente: indicadas na secção 411.1 relativas à TRS ou à TRP;
c) Não for necessária uma TRS ou uma TRP.
a) À terra;
b) A condutores de protecção ou a massas de outras
A combinação destas medidas de protecção designa-
instalações;
-se por tensão reduzida funcional (TRF).
c) A elementos condutores (para aparelhos que, em
411.3.2 — Protecção contra os contactos directos.
virtude da sua instalação, estejam ligados a elementos
Na medida de protecção por TRF deve ser garantida
condutores, esta medida continua válida se houver a ga-
uma protecção contra os contactos directos por um dos
rantia que esses elementos condutores não podem atingir
meios seguintes:
um potencial superior à tensão nominal indicada na sec-
ção 411.1.1). a) Barreiras ou invólucros que satisfaçam às regras in-
dicadas na secção 412.2;
411.1.4.3 — Quando a tensão nominal do circuito for b) Isolamento correspondente à tensão mínima exigida
superior a 25 V em corrente alternada (valor eficaz) ou a para o circuito primário.
60 V em corrente contínua «lisa», a protecção contra os
contactos directos deve ser garantida por um dos meios É permitido alimentar pelo circuito TRF equipamentos
seguintes: cujo isolamento corresponda, por fabrico, a uma tensão de
ensaio inferior à tensão mínima exigida para o circuito
a) Barreiras ou invólucros que tenham um código IP
primário, desde que o isolamento das partes acessíveis
não inferior a IPXXB;
não condutoras seja reforçado, aquando da instalação, de
b) Isolamento que possa suportar uma tensão alterna-
modo a poder suportar uma tensão de ensaio de 1 500 V
da de 500 V (valor eficaz) durante 1 min.
em corrente alternada (valor eficaz) durante 1 min.
411.3.3 — Protecção contra os contactos indirectos.
Em regra, quando a tensão nominal não for superior a
Na medida de protecção por TRF deve ser garantida
25 V em corrente alternada (valor eficaz) ou a 60 V em
uma protecção contra os contactos indirectos por um dos
corrente contínua «lisa», não é necessária qualquer pro-
meios seguintes:
tecção contra os contactos directos, podendo, no entan-
to, ser necessária essa protecção para algumas condições a) Ligação das massas dos equipamentos do circuito
de influências externas (em estudo). TRF ao condutor de protecção do circuito primário, des-
411.1.5 — Regras (complementares) para circuitos liga- de que este circuito satisfaça a uma das medidas de pro-
dos à terra (TRP). tecção por corte automático da alimentação indicadas na
Quando os circuitos forem ligados à terra e não for secção 413.1 (o que não impede que um condutor activo
exigido que a TRS satisfaça ao indicado na secção 411.1.4, do circuito TRF seja ligado ao condutor de protecção do
devem ser verificadas as regras indicadas nas sec- circuito primário);
ções 411.1.5.1 e 411.1.5.2. b) Ligação das massas dos equipamentos do circuito
411.1.5.1 — A protecção contra os contactos directos TRF ao condutor de equipotencialidade, não ligado à ter-
deve ser garantida por um dos meios seguintes: ra, do circuito primário quando, neste último, for aplicada
a medida de protecção por separação eléctrica, de acordo
a) Barreiras ou invólucros que tenham um código IP
com o indicado na secção 413.5.
não inferior a IPXXB;
b) Isolamento que possa suportar uma tensão alterna-
411.3.4 — Fichas e tomadas.
da de 500 V (valor eficaz) durante 1 min.
As fichas e as tomadas para circuitos TRF devem sa-
tisfazer, simultaneamente, às regras seguintes:
411.1.5.2 — A regra indicada na secção 411.1.5.1 pode
ser dispensada se os equipamentos estiverem situados na a) As fichas não devem poder entrar em tomadas ali-
zona de influência de um uma ligação equipotencial e se mentadas a tensões diferentes;
a tensão nominal não for superior a: b) As tomadas devem impedir a introdução de fichas
concebidas para tensões diferentes.
a) 25 V em corrente alternada (valor eficaz) ou 60 V em
corrente contínua «lisa», se os equipamentos forem, em
412 — Protecção contra os contactos directos.
regra, apenas utilizados em locais secos e se não apre-
412.1 — Protecção por isolamento das partes activas.
sentarem grandes superfícies de partes activas susceptí-
As partes activas da instalação devem ser completamen-
veis de contacto com o corpo humano;
te revestidas por um isolamento que apenas possa ser
b) 6 V em corrente alternada (valor eficaz) ou 15 V em
retirado por destruição.
corrente contínua «lisa» nos outros casos.
Para os equipamentos montados em fábrica, o isolamen-
to deve satisfazer às regras correspondentes relativas a
411.2 — Protecção por limitação da energia de descar-
estes equipamentos.
ga (em estudo).
Para os outros equipamentos, a protecção deve ser
411.3 — Protecção por tensão reduzida funcional (TRF).
garantida por um isolamento capaz de suportar, de forma
411.3.1 — Generalidades.
durável, as solicitações a que possa vir a ser submetido
Devem ser usadas como medidas de protecção comple-
(tais como, as influências mecânicas, químicas, eléctricas
mentar contra os contactos directos e indirectos as indi-
e térmicas). De um modo geral, não se considera que as
cadas nas secções 411.3.2 e 411.3.3, quando:
tintas, os vernizes, as lacas e os produtos análogos cons-
a) Se utilizar, por questões de funcionalidade, uma ten- tituam isolamento suficiente no âmbito da protecção con-
são do domínio I; tra os contactos directos.
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(27)
412.2 — Protecção por meio de barreiras ou de invólu- cio nesse obstáculo. Na vertical, o volume de acessibili-
cros. dade é limitado a 2,50 m a partir da superfície S sobre a
412.2.1 — As partes activas devem ser colocadas den- qual permaneçam ou circulem as pessoas (veja-se 235.1),
tro de invólucros ou por detrás de barreiras que tenham, sem se considerarem os obstáculos intermédios que apre-
pelo menos, um código IP2X; no entanto, se durante a sentem um código IP inferior a IP2X.
substituição de certas partes (tais como, suportes de lâm- 412.4.3 — Nos locais em que objectos condutores de
padas, fichas, tomadas e fusíveis) ou para permitir o bom grande comprimento ou de grande volume sejam manipu-
funcionamento dos equipamentos de acordo com as regras lados habitualmente, as distâncias indicadas nas sec-
que lhes são aplicáveis, resultarem aberturas superiores às ções 412.4.1 e 412.4.2 devem ser aumentadas de acordo
correspondentes a este código, deve verificar-se, simulta- com as dimensões desses objectos.
neamente, o seguinte: 412.5 — Protecção complementar por dispositivos de
protecção sensíveis à corrente diferencial-residual (abre-
a) Serem tomadas as precauções apropriadas para im-
viadamente dispositivos diferenciais).
pedir que as pessoas ou os animais possam tocar aciden-
412.5.1 — O emprego de dispositivos diferenciais, de
talmente nas partes activas;
corrente diferencial estipulada não superior a 30 mA, é
b) Ser, sempre, garantido que as pessoas estejam cons-
reconhecido como medida de protecção complementar em
cientes do facto de as partes que fiquem acessíveis pela
caso de falha de outras medidas de protecção contra os
abertura são partes activas e que não devem ser tocadas
contactos directos ou em caso de imprudência dos utili-
voluntariamente.
zadores.
412.5.2 — A utilização dos dispositivos referidos na
412.2.2 — As superfícies superiores das barreiras ou
secção 412.5.1 não é reconhecida como constituindo, por
dos invólucros horizontais que sejam facilmente acessíveis
devem ter um código IP não inferior a IP4X. si só, uma medida de protecção completa e não dispensa,
412.2.3 — As barreiras e os invólucros devem ser fixa- de modo algum, o emprego de uma das medidas de pro-
dos de forma segura e terem robustez e durabilidade sufi- tecção indicadas nas secções 412.1 a 412.4.
cientes para manter os códigos IP exigidos e permitirem 413 — Protecção contra os contactos indirectos.
uma separação suficiente das partes activas nas condições 413.1 — Protecção por corte automático da alimentação.
conhecidas de serviço normal, tendo em conta as condi- 413.1.1 — Generalidades.
ções de influências externas. 413.1.1.1 — Corte da alimentação.
412.2.4 — Quando for necessário suprimir as barreiras, Deve existir um dispositivo de protecção que separe
abrir os invólucros ou retirar partes desses invólucros, tal automaticamente da alimentação o circuito ou o equipa-
só deve ser possível numa das situações seguintes: mento quando surgir um defeito entre uma parte activa e
uma massa.
a) Com a ajuda de uma chave ou de uma ferramenta; Esta medida de protecção contra os contactos indirec-
b) Depois de se terem colocado sem tensão as partes tos destina-se a impedir que, entre partes condutoras si-
activas assim protegidas, só podendo restabelecer-se a multaneamente acessíveis, possam manter-se, durante um
tensão depois de as barreiras ou de os invólucros terem tempo suficiente para criar riscos de efeitos fisiopatológi-
sido recolocados; cos perigosos para as pessoas, tensões de contacto pre-
c) Se for interposta uma segunda barreira com um có- sumidas superiores às tensões limites convencionais (UL)
digo IP não inferior a IP2X, que apenas possa ser retirada seguintes:
com a ajuda de uma chave ou de uma ferramenta e que
impeça qualquer contacto com as partes activas. a) 50 V em corrente alternada (valor eficaz);
b) 120 V em corrente contínua lisa.
412.3 — Protecção por meio de obstáculos.
412.3.1 — Os obstáculos devem impedir: Para tempos de corte não superiores a 5 s, podem-se
admitir, em certas circunstâncias dependentes do esque-
a) A aproximação física, não intencional, às partes ac- ma das ligações à terra (veja-se 413.1.3.5), outros valores
tivas; para a tensão de contacto.
b) Os contactos não intencionais com as partes acti- 413.1.1.2 — Ligações à terra.
vas durante as intervenções nos equipamentos em tensão, As massas devem ser ligadas a condutores de protec-
durante a exploração. ção nas condições especificadas para cada um dos esque-
mas de ligações à terra (veja-se 413.1.3 a 413.1.5).
412.3.2 — Os obstáculos podem ser desmontáveis sem As massas simultaneamente acessíveis devem ser liga-
necessidade de utilização de uma ferramenta ou de uma das, individualmente, por grupos ou em conjunto, ao mes-
chave e devem ser fixados de modo a impedir a sua reti- mo sistema de ligação à terra.
rada involuntária. 413.1.2 — Ligações equipotenciais.
412.4 — Protecção por colocação fora de alcance. 413.1.2.1 — Ligação equipotencial principal.
412.4.1 — As partes simultaneamente acessíveis que se Em cada edifício devem ser ligados à ligação equipo-
encontrem a potenciais diferentes não devem situar-se no tencial principal os elementos condutores seguintes:
interior do volume de acessibilidade.
412.4.2 — Quando o espaço no qual permaneçam ou a) O condutor principal de protecção;
circulem normalmente as pessoas for limitado, na horizon- b) O condutor principal de terra ou o terminal principal
tal, por um obstáculo (por exemplo, fita ou corrente de de terra;
protecção, parapeito ou painel de rede) com um código IP c) As canalizações metálicas de alimentação do edifício
inferior a IP2X, o volume de acessibilidade tem o seu iní- e situadas no interior (por exemplo, de água e gás);
6682-(28) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
d) Os elementos metálicos da construção e as canaliza- 413.1.3.4 — Para os circuitos terminais que alimentem
ções metálicas de aquecimento central e de ar condicionado aparelhos móveis ou portáteis da classe I, directamente ou
(sempre que possível). por meio de tomadas, considera-se que os tempos de cor-
Quando estes elementos condutores tiverem a sua ori- te máximos indicados no Quadro 41A satisfazem as regras
gem no exterior do edifício, esta ligação deve ser feita tão indicadas na secção 413.1.1.1.
perto quanto possível do seu ponto de entrada no edifício. 413.1.3.5 — Para os circuitos terminais que alimentem
Os condutores da ligação equipotencial principal devem apenas aparelhos fixos, são admissíveis tempos de corte
satisfazer às regras indicadas na secção 54. superiores aos indicados no quadro 41A, mas não superi-
Devem, também, ser ligadas à ligação equipotencial prin- ores a 5 s, desde que, aos restantes circuitos terminais
cipal as bainhas metálicas dos cabos de telecomunicações, (ligados ao quadro de distribuição ou ao circuito de dis-
desde que os proprietários e os utilizadores destes cabos tribuição que alimenta aqueles circuitos terminais) sejam
o autorizem. aplicados os tempos de corte indicados no quadro 41A e
413.1.2.2 — Ligação equipotencial suplementar. seja satisfeita uma das condições seguintes:
Se as condições de protecção indicadas na sec-
ção 413.1.1.1 não puderem ser verificadas numa instalação ou a) A impedância do condutor de protecção (ZPE ≅ RPE)
numa parte da instalação, deve-se fazer uma ligação local de- entre o quadro de distribuição e o ponto de ligação do
signada por ligação equipotencial suplementar (veja-se 413.1.6). condutor de protecção à ligação equipotencial principal
413.1.3 — Esquema TN. verifique a condição seguinte:
413.1.3.1 — Todas as massas da instalação devem ser 50
ligadas ao ponto da alimentação ligado à terra, próximo R PE d Zs
do transformador ou do gerador da alimentação da insta- Uo
lação, por meio de condutores de protecção. em que:
O ponto de alimentação ligado à terra é, em regra, o
Uo e Zs têm o significado indicado na secção 413.1.3.3.
ponto neutro. Se não existir um neutro ou se este não
estiver acessível, deve ser ligado à terra um condutor de
b) Uma ligação equipotencial suplementar interligue ao
fase, não podendo, em caso algum, este condutor ser uti-
lizado como condutor PEN. quadro de distribuição os mesmos tipos de elementos
413.1.3.2 — Nas instalações fixas, pode-se utilizar um só condutores que a ligação equipotencial principal e satis-
condutor com as funções de condutor de protecção e de faça as regras indicadas na secção 413.1.2.1.
condutor neutro (condutor PEN) desde que sejam verificadas
simultaneamente as condições indicadas na secção 546.2. Para os circuitos de distribuição é admissível um tem-
413.1.3.3 — As características dos dispositivos de pro- po de corte convencional não superior a 5 s.
tecção (veja-se 413.1.3.8) e as impedâncias dos circuitos 413.1.3.6 — Se as condições indicadas nas sec-
devem ser tais que, se se produzir, em qualquer ponto, um ções 413.1.3.3 a 413.1.3.5 não puderem ser verificadas com
defeito de impedância desprezável entre um condutor de dispositivos de protecção contra as sobreintensidades,
fase e o condutor de protecção ou uma massa, o corte deve ser feita uma ligação equipotencial suplementar nas
automático seja efectuado num tempo não inferior ao va- condições indicadas na secção 413.1.2.2. Em alternativa, a
lor especificado, por forma a que se verifique a condição protecção pode ser garantida por meio de dispositivos
seguinte: diferenciais.
Z xI dU 413.1.3.7 — Nos casos excepcionais, em que possa ocor-
s a o
rer um defeito entre um condutor de fase e a terra (por
em que: exemplo, em linhas aéreas), para que o condutor de pro-
Zs é a impedância da malha de defeito (incluindo a fon- tecção e as massas que a ele estão ligadas não possam
te de alimentação, o condutor activo até ao ponto do de- apresentar, relativamente à terra, uma tensão superior à
feito e o condutor de protecção entre o ponto de defeito tensão convencional (UL) de 50 V, deve ser verificada a
e a fonte de alimentação), em ohms; condição seguinte:
Ia é a corrente que garante o funcionamento do dispo-
sitivo de corte automático no tempo indicado no Qua- RB 50
d
dro 41A ou nas condições indicadas na secção 413.1.3.5 RE Uo 50
num tempo não superior a 5 s, em amperes (quando se em que:
utilizarem dispositivos diferenciais, I a é a corrente RB é a resistência global de todos os eléctrodos de ter-
diferencial-residual estipulada IΔn); ra em paralelo (incluindo o da rede de alimentação), em
Uo é a tensão nominal entre fase e terra (valor eficaz ohms;
em corrente alternada), em volts. RE é a resistência mínima de contacto com a terra dos
QUADRO 41A elementos condutores não ligados ao condutor de protec-
ção, através dos quais se pode produzir um defeito entre
Tempos de corte máximos no esquema TN
uma fase e a terra, em ohms;
Tensão nominal Tempos de corte Uo é a tensão nominal em relação à terra (valor eficaz
Uo t
(V) (s) em corrente alternada), em volts.
120 0,8
230 0,4
413.1.3.8 — No esquema TN, podem ser utilizados os
277 0,4
dispositivos de protecção seguintes:
400 0,2
a) Dispositivos de protecção contra sobreintensidades;
>400 0,1
b) Dispositivos diferenciais.
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Devem ser, no entanto, consideradas as limitações se- 413.1.4.4 — No esquema TT, devem ser utilizados os
guintes: dispositivos de protecção seguintes:
— No esquema TN-C, não devem ser utilizados dispo- a) Dispositivos de corrente diferenciais (preferencial-
sitivos diferenciais; mente);
— No esquema TN-C-S, quando se utilizarem dispositi- b) Dispositivos de protecção contra as sobreintensi-
vos diferenciais não deve existir condutor PEN a jusante dades.
destes dispositivos.
413.1.5 — Esquema IT.
A ligação do condutor de protecção ao condutor PEN 413.1.5.1 — No esquema IT, as partes activas devem ser
deve ser feita a montante do dispositivo diferencial. isoladas da terra ou ligadas a esta através de uma impe-
Para garantir a selectividade podem-se ligar, em série, dância de valor suficientemente elevado; esta ligação deve
dispositivos diferenciais do tipo S com dispositivos dife- ser feita no ponto neutro da instalação ou num ponto
renciais do tipo geral. neutro artificial, que pode ser ligado directamente à terra
413.1.3.9 — Quando for utilizado um dispositivo diferen- se a impedância homopolar correspondente tiver um valor
cial para fazer o corte automático de um circuito fora da adequado. Quando não existir ponto neutro, pode ser li-
zona de influência da ligação equipotencial principal, as gada uma fase através de uma impedância.
massas não devem ser ligadas aos condutores de protec- Desde que se verifique a condição indicada na sec-
ção do esquema TN mas sim a um eléctrodo de terra que ção 413.1.5.3, o corte não é obrigatório quando ocorrer um
tenha uma resistência apropriada à corrente de funciona- único defeito (à massa ou à terra), dado que a corrente
mento do dispositivo diferencial. O circuito assim protegi- de defeito resultante é de reduzido valor. No entanto, no
do deve, então, ser considerado como sendo em caso de ocorrer um segundo defeito, devem ser tomadas
esquema TT e devem ser-lhe aplicadas as condições indi- as medidas adequadas por forma a evitar riscos de efei-
cadas na secção 413.1.4. tos fisiopatológicos perigosos para as pessoas que pos-
413.1.4 — Esquema TT. sam ficar em contacto com partes condutoras simultanea-
413.1.4.1 — Todas as massas dos equipamentos eléctri- mente acessíveis.
cos protegidos por um mesmo dispositivo de protecção 413.1.5.2 — (Disponível.)
devem ser interligadas por meio de condutores de protec- 413.1.5.3 — As massas devem ser ligadas à terra, in-
ção e ligadas ao mesmo eléctrodo de terra. Quando existir dividualmente, por grupos ou por conjuntos, devendo
mais do que um dispositivo de protecção (em série) esta verificar-se a condição seguinte:
regra aplica-se, separadamente, a todas as massas prote- R A u Id d 50
gidas pelo mesmo dispositivo. em que:
O ponto neutro ou, se este não existir, uma fase de cada
transformador ou de cada gerador deve ser ligado à terra. RA é a soma das resistências do eléctrodo de terra e
413.1.4.2 — No esquema TT, deve verificar-se a condi- dos condutores de protecção das massas, em ohms;
ção seguinte: Id é a corrente de defeito no caso de um primeiro defei-
to franco entre um condutor de fase e uma massa, em
RA xIa d 50 amperes (no valor de Id, há que ter em conta as correntes
em que: de fuga e a impedância global de ligação à terra da insta-
lação eléctrica).
RA é a soma das resistências do eléctrodo de terra e
dos condutores de protecção das massas, em ohms; 413.1.5.4 — Deve ser previsto um controlador permanen-
Ia é a corrente que garante o funcionamento automáti- te de isolamento para sinalizar o aparecimento de um pri-
co do dispositivo de protecção, em amperes. meiro defeito entre uma parte activa e a massa ou a terra,
que accione um sinal sonoro ou um sinal visual.
Quando este dispositivo for diferencial, Ia é a corrente 413.1.5.5 — Quando ocorrer um segundo defeito e o
diferencial-residual estipulada IΔn. primeiro defeito ainda não tiver sido eliminado, a alimen-
Quando este dispositivo for um dispositivo de protec- tação deve, consoante o modo de ligação das massas à
ção contra sobreintensidades, Ia é a corrente que: terra, ser interrompida nas condições seguintes:
a) Garante o funcionamento automático num tempo não a) Quando as massas estiverem ligadas à terra, indivi-
superior a 5 s, quando o dispositivo tiver uma caracterís- dualmente ou por grupos, o esquema da instalação (IT)
tica de tempo inverso; transforma-se num esquema TT, sendo-lhe aplicáveis as
b) Garante o funcionamento instantâneo, quando o dispo- regras de protecção indicadas na secção 413.1.4
sitivo tiver uma característica de funcionamento instantâneo. (exceptuando-se o segundo parágrafo da secção 413.1.4.1,
que não é aplicável);
Quando for necessário garantir a selectividade, podem- b) Quando as massas estiverem interligadas, o esque-
-se utilizar dispositivos diferenciais do tipo S em série com ma da instalação (IT) transforma-se num esquema TN,
dispositivos diferenciais do tipo geral. Nos circuitos de sendo-lhe aplicáveis as condições indicadas nas sec-
distribuição, a selectividade é garantida com os dispositi- ções 413.1.5.6 e 413.1.5.7.
vos diferenciais do tipo S para tempos de funcionamento
não superiores a 1 s. 413.1.5.6 — Deve ser verificada a condição seguinte:
413.1.4.3 — Quando a regra indicada na secção 413.1.4.2 a) Instalação com o neutro não distribuído:
não puder ser respeitada, deve ser feita uma ligação equi-
3 u Uo
potencial suplementar nas condições indicadas na sec- Zs d
ção 413.1.2.2. 2 u Ia
6682-(30) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
ou de uma chave, todas as partes condutoras que ficarem pontos de medição e nas condições indicadas na sec-
acessíveis quando a porta ou a tampa estiverem abertas ção 612.5, uma resistência não inferior a:
devem ser protegidas por uma barreira isolante que tenha
a) 50 kΩ, para instalações de tensão nominal não su-
um código IP não inferior a IP2X. Esta barreira isolante,
destinada a impedir que as pessoas possam tocar aciden- perior a 500 V;
talmente nessas partes condutoras, só deve poder ser b) 100 kΩ, para instalações de tensão nominal superior
retirada com a ajuda de uma ferramenta. a 500 V.
413.2.7 — As partes condutoras protegidas por um in-
vólucro isolante não devem estar ligadas a qualquer con- 413.3.5 — As medidas que forem adoptadas devem ser
dutor de protecção. No entanto, podem ser tomadas me- duráveis (no tempo), não devem poder ser tornadas inefi-
didas para a ligação de condutores de protecção que cazes e devem garantir a protecção dos aparelhos móveis
tenham que passar necessariamente através do invólucro. quando necessário.
No interior desse invólucro, estes condutores, bem como 413.3.6 — Devem ser tomadas as medidas adequadas
os respectivos terminais, devem ser isolados como partes para evitar que os elementos condutores possam propa-
activas, e os terminais devem ser marcados de modo ade- gar potenciais perigosos para fora do local considerado.
quado. 413.4 — Protecção por ligações equipotenciais locais
As partes condutoras acessíveis e as partes intermédi- não ligadas à terra.
as não devem ser ligadas a qualquer condutor de protec- 413.4.1 — Todas as massas e todos os elementos con-
ção, excepto se as regras de fabrico do equipamento cor- dutores simultaneamente acessíveis devem ser ligados a
respondente o previrem. condutores de equipotencialidade.
413.2.8 — O invólucro não deve prejudicar as condições 413.4.2 — A ligação equipotencial local não deve ser
de funcionamento do equipamento por ele protegido. ligada à terra, nem directamente nem através de massas
413.2.9 — A instalação dos equipamentos indicados na ou de elementos condutores.
secção 413.2.1.1 (fixação, ligação dos condutores, etc.) 413.4.3 — Devem ser tomadas as medidas adequadas
deve ser feita por forma a não prejudicar a protecção ga- para garantir o acesso de pessoas ao local considerado
rantida por fabricação daqueles equipamentos. sem que possam ficar sujeitas a uma diferença de poten-
413.3 — Protecção por recurso a locais não condutores. cial perigosa (como é o caso, nomeadamente, de pavimen-
413.3.1 — As massas devem ser dispostas por forma a tos condutores, isolados do solo e ligados à ligação equi-
que, nas condições normais, as pessoas não possam con- potencial local).
tactar, simultaneamente, com: 413.5 — Protecção por separação eléctrica.
413.5.1 — A protecção por separação eléctrica deve ser
a) Duas massas; garantida para todas as regras indicadas nas sec-
b) Uma massa e qualquer elemento condutor, se estes ções 413.5.1.1 a 413.5.1.5, e ainda as indicadas:
elementos forem susceptíveis de se encontrarem a poten-
ciais diferentes no caso de um defeito do isolamento prin- a) Na secção 413.5.2, se o circuito separado alimentar
cipal das partes activas. um único equipamento;
b) Na secção 413.5.3, se o circuito separado alimentar
413.3.2 — Nos locais não condutores não deve ser pre- mais do que um equipamento.
visto qualquer condutor de protecção.
413.3.3 — Consideram-se como cumpridas as regras in- 413.5.1.1 — O circuito deve ser alimentado por uma das
dicadas na secção 413.3.1 se o local possuir paredes e fontes de alimentação de separação seguintes:
pavimentos isolantes e se for verificada, pelo menos, uma a) Transformador de separação;
das condições seguintes: b) Fonte de alimentação que garanta uma segurança
a) Afastamento das massas e dos elementos conduto- equivalente à do transformador de separação, (como, por
res, bem como das massas entre si (este afastamento é exemplo, um grupo gerador com enrolamentos que confi-
considerado suficiente se a distância entre dois elemen- ram uma separação equivalente).
tos for não inferior a 2 m, podendo, fora do volume de
As fontes de separação móveis ligadas a uma rede de
acessibilidade, esta distância ser reduzida a 1,25 m);
alimentação devem ser seleccionadas e instaladas de acor-
b) Interposição de obstáculos eficazes entre as massas
do com as regras indicadas na secção 413.2.
e os elementos condutores (estes obstáculos são consi-
As fontes de separação fixas devem satisfazer a uma
derados suficientemente eficazes se, pela sua colocação,
das condições seguintes:
a distância entre dois elementos for não inferior aos valo-
res indicados na alínea a), não devendo, esses obstácu- • Serem seleccionadas e instaladas de acordo com as
los, serem ligados nem à terra nem às massas e, sempre regras indicadas na secção 413.2;
que possível, serem de material isolante); • Serem realizadas por forma a que o circuito secundá-
c) Isolamento dos elementos condutores ou de agrupa- rio seja separado do circuito primário e do invólucro por
mento desses elementos (o isolamento deve ter uma rigi- um isolamento que satisfaça às regras indicadas na sec-
dez mecânica suficiente, suportar uma tensão de ensaio não ção 413.2; se essa fonte alimentar mais do que um equi-
inferior a 2 000 V e ter uma corrente de fuga não superior pamento, as massas desses equipamentos não devem ser
a 1 mA nas condições normais de utilização). ligadas ao invólucro metálico da fonte.
413.3.4 — Os elementos da construção (paredes, pavi- 413.5.1.2 — A tensão nominal do circuito separado não
mentos e tectos) isolantes devem apresentar, em todos os deve ser superior a 500 V.
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413.5.1.3 — As partes activas do circuito separado não c) a redução da segurança de funcionamento dos equi-
devem ter pontos comuns a outros circuitos nem pontos pamentos eléctricos instalados.
ligados à terra.
A fim de evitar os riscos de defeito à terra, deve ser 422 — Protecção contra incêndios.
dada especial atenção ao isolamento destas partes em 422.1 — Os equipamentos eléctricos não devem consti-
relação à terra, nomeadamente, no que se refere aos ca- tuir causa de incêndio para os materiais próximos.
bos flexíveis. Para além do indicado nas presentes Regras Técnicas,
As medidas que forem tomadas devem garantir uma devem ser respeitadas as instruções fornecidas pelo fa-
separação pelo menos equivalente à que existe entre os bricante.
circuitos primário e secundário de um transformador de 422.2 — Quando as temperaturas exteriores dos equipa-
separação. mentos eléctricos fixos puderem atingir valores susceptí-
413.5.1.4 — Os cabos flexíveis susceptíveis de sofrerem veis de causarem incêndio nos materiais próximos, os
danos mecânicos devem ser visíveis ao longo do seu equipamentos devem satisfazer a uma das condições se-
percurso e devem ser de tipo adequado. guintes:
413.5.1.5 — Recomenda-se a utilização, para os circuitos
a) Serem instalados sobre ou no interior de materiais
separados, de canalizações distintas das de outros circui-
de baixa condutibilidade térmica, capazes de suportar aque-
tos. Quando tal não for possível, devem empregar-se ca-
las temperaturas;
bos multicondutores sem revestimentos metálicos ou con-
b) Serem separados dos elementos da construção por
dutores isolados montados em calhas ou em condutas,
materiais de baixa condutibilidade térmica, capazes de su-
isolantes, desde que, simultaneamente:
portarem aquelas temperaturas;
a) Estes cabos e condutores sejam especificados para c) Serem instalados a uma distância suficiente dos ma-
uma tensão não inferior à tensão mais elevada que possa teriais cujas características possam ser comprometidas por
surgir; aquelas temperaturas, permitindo uma dissipação eficaz do
b) Todos os circuitos estejam protegidos contra as calor. Os suportes dos equipamentos devem ter baixa con-
sobreintensidades. dutibilidade térmica.
413.5.2 — Quando um circuito separado alimentar um 422.3 — Os equipamentos ligados de modo permanen-
único equipamento, as massas desse circuito não devem te, susceptíveis de produzirem arcos ou faíscas em servi-
ser ligadas a condutores de protecção ou a massas de ou- ço normal, devem satisfazer a uma das condições seguin-
tros circuitos. tes:
413.5.3 — Se forem tomadas precauções para proteger
a) Serem completamente envolvidos por materiais resis-
o circuito secundário contra danos ou falhas do isolamento,
tentes aos arcos;
pode ser utilizada uma fonte de alimentação que satisfaça
b) Serem separados dos elementos da construção so-
ao indicado na secção 413.5.1.1, para alimentar mais do que
bre os quais os arcos possam ter efeitos prejudiciais por
um equipamento, desde que sejam cumpridas todas as
meio de écrans feitos em material resistente aos arcos;
regras indicadas nas secções 413.5.3.1 a 413.5.3.4.
c) Serem instalados a uma distância suficiente dos ele-
413.5.3.1 — As massas do circuito separado devem ser
mentos da construção sobre os quais os arcos e as faís-
ligadas entre si por condutores de equipotencialidade iso-
cas possam ter efeitos prejudiciais, permitindo a extinção
lados e não ligados à terra. Essas massas não devem ser
segura do arco e das faíscas.
ligadas a condutores de protecção, a massas de outros
circuitos ou a elementos condutores.
Os materiais resistentes aos arcos utilizados para cum-
413.5.3.2 — As tomadas devem ter um contacto de ter-
primento desta medida de protecção devem ser incombus-
ra ligado ao condutor de equipotencialidade indicado na
tíveis, ter uma baixa condutibilidade térmica e apresentar
secção anterior.
uma espessura adequada, que garanta a sua estabilidade
413.5.3.3 — Os cabos flexíveis que não alimentem equi-
mecânica.
pamentos da classe II devem ter um condutor de protec-
422.4 — Os equipamentos fixos que tenham um efeito
ção utilizado como condutor de equipotencialidade.
de focalização ou de concentração do calor devem estar
413.5.3.4 — No caso de surgirem dois defeitos francos
suficientemente afastados dos objectos fixos e dos elemen-
que afectem duas massas, alimentadas por dois conduto-
tos da construção por forma a que estes não possam fi-
res de polaridade diferente, deve existir um dispositivo de
car submetidos, em condições normais, a temperaturas
protecção que garanta o corte num tempo não superior ao
indicado no quadro 41A. perigosas.
42 — Protecção contra os efeitos térmicos em serviço 422.5 — Quando equipamentos eléctricos instalados no
normal. mesmo local contiverem uma quantidade importante de lí-
421 — Generalidades. quido inflamável, devem ser tomadas as medidas adequa-
das para impedir que o líquido inflamado e os seus pro-
As pessoas, os equipamentos fixos e os objectos fixos
dutos de combustão (chamas, fumos, gases tóxicos, etc.)
que se encontrem nas proximidades dos equipamentos
se propaguem a outras partes do edifício.
eléctricos devem ser protegidos contra os efeitos térmi-
422.6 — Os materiais dos invólucros colocados nos
cos perigosos resultantes do funcionamento dos equipa-
equipamentos eléctricos durante a instalação devem po-
mentos eléctricos ou contra os efeitos das radiações tér-
der suportar as temperaturas mais elevadas que sejam
micas, nomeadamente:
susceptíveis de se produzirem nesses equipamentos.
a) A combustão ou a degradação dos materiais; Os materiais combustíveis não devem ser utilizados no
b) As queimaduras; fabrico destes invólucros, excepto se forem tomadas me-
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(33)
didas preventivas contra a inflamação (tais como revesti- pessoas. Os limites dessas temperaturas são os indicados
mentos feitos em matérias incombustíveis ou dificilmente no quadro 42A. devendo as partes da instalação suscep-
combustíveis e de baixa condutibilidade térmica). tíveis de atingir, em serviço normal, mesmo durante perío-
423 — Protecção contra queimaduras. dos curtos, temperaturas superiores a estas serem prote-
As partes acessíveis dos equipamentos eléctricos ins- gidas contra os contactos acidentais.
talados no volume de acessibilidade não devem atingir Os valores indicados no quadro 42A não são aplicáveis
temperaturas susceptíveis de provocarem queimaduras às aos equipamentos que satisfaçam às respectivas Normas.
QUADRO 42A
Temperaturas máximas em serviço normal das partes acessíveis dos equipamentos eléctricos
no volume de acessibilidade
432.4 — Características dos dispositivos de protecção. dispositivo com um poder de corte apropriado. Neste caso,
As características tempo/corrente dos dispositivos de as características dos dois dispositivos devem ser coor-
protecção contra as sobreintensidades devem satisfazer às denadas por forma a que a energia que o dispositivo si-
regras estabelecidas nas respectivas normas. tuado a montante deixa passar não seja superior às ener-
433 — Protecção contra as sobrecargas. gias suportáveis pelo dispositivo situado a jusante e pelas
433.1 — Generalidades. canalizações protegidas.
Devem ser previstos dispositivos de protecção que in- 434.3.2 — O tempo de corte da corrente resultante de
terrompam as correntes de sobrecarga dos condutores dos um curto-circuito que se produza em qualquer ponto do
circuitos antes que estas possam provocar aquecimentos circuito não deve ser superior ao tempo necessário para
prejudiciais ao isolamento, às ligações, às extremidades ou elevar a temperatura dos condutores até ao seu limite
aos elementos colocados nas proximidades das canalizações. admissível.
433.2 — Coordenação entre os condutores e os dispo- Para os curtos-circuitos de duração não superior a 5 s,
sitivos de protecção. o tempo necessário para que uma corrente de curto-
As características de funcionamento dos dispositivos -circuito eleve a temperatura dos condutores da tempera-
de protecção das canalizações contra as sobrecargas de- tura máxima admissível em serviço normal até ao valor li-
vem satisfazer, simultaneamente, às duas condições seguintes: mite pode ser calculado, numa primeira aproximação,
através da fórmula seguinte:
1) IB d In d I z
S
2) I d 145
, Iz t k
2
I
cc
em que: em que:
IB é a corrente de serviço do circuito, em amperes; t é o tempo, em segundos;
Iz é a corrente admissível na canalização (veja-se 523), S é a secção dos condutores, em milímetros quadrados;
em amperes; Icc é a corrente de curto-circuito efectiva (valor eficaz),
In é a corrente estipulada do dispositivo de protecção, em amperes, isto é, a corrente de um curto-circuito fran-
em amperes; co verificado no ponto mais afastado do circuito consi-
I2 é a corrente convencional de funcionamento, em derado;
amperes (veja-se 254.2A). k é uma constante, cujo valor é igual a:
Na prática I2 é igual: 115 para os condutores de cobre isolados a policloreto
de vinilo;
— À corrente de funcionamento, no tempo convencio-
134 para os condutores de cobre isolados a borracha
nal, para os disjuntores;
para uso geral ou a borracha butílica;
— À corrente de fusão, no tempo convencional, para
143 para os condutores de cobre isolados a polietileno
os fusíveis do tipo gG.
reticulado ou a etileno-propileno;
433.3 — Protecção de condutores em paralelo. 76 para os condutores de alumínio isolados a policlo-
Quando um dispositivo de protecção proteger vários reto de vinilo;
condutores em paralelo, o valor de Iz a considerar é a soma 89 para os condutores de alumínio isolados a borracha
das correntes admissíveis nos diferentes condutores, des- butílica;
de que a corrente transportada por cada um deles seja 94 para os condutores de alumínio isolados a polietile-
sensivelmente a mesma. no reticulado ou a etileno-propileno;
433.4 — Protecção de circuitos terminais em anel (em 115 para as ligações soldadas a estanho aos conduto-
estudo). res de cobre (correspondendo a uma temperatura de
434 — Protecção contra os curtos-circuitos. 160°C).
434.1 — Generalidades.
Devem ser previstos dispositivos de protecção que in- 434.4 — Protecção contra os curtos-circuitos nos con-
terrompam as correntes de curto-circuito antes que estas dutores em paralelo.
se possam tornar perigosas em virtude dos efeitos térmi- Um mesmo dispositivo de protecção pode proteger
cos e mecânicos que se produzam nos condutores e nas contra os curtos-circuitos vários condutores em paralelo,
ligações.
desde que as características de funcionamento do dispo-
434.2 — Determinação das correntes de curto-circuito
sitivo e o modo de colocação dos condutores em paralelo
presumidas.
As correntes de curto-circuito presumidas devem ser sejam coordenados (para a selecção do dispositivo de
determinadas, por cálculo ou por medição, em todos os protecção, veja-se a secção 53).
pontos das instalações julgados necessários. 435 — Coordenação entre a protecção contra as sobre-
434.3 — Características dos dispositivos de protecção cargas e a protecção contra os curtos-circuitos.
contra os curtos-circuitos. 435.1 — Protecções garantidas pelo mesmo dispositivo.
Todos os dispositivos que garantam a protecção con- Se o dispositivo de protecção contra as sobrecargas
tra os curtos-circuitos devem satisfazer, simultaneamente, obedecer ao indicado na secção 433 e tiver um poder de
às condições indicadas nas secções 434.3.1 e 434.3.2. corte não inferior à corrente de curto-circuito presumida
434.3.1 — O poder de corte não deve ser inferior à cor- no ponto de instalação, considera-se que este dispositivo
rente de curto-circuito presumida no ponto em que o dis- garante, também, a protecção contra os curtos-circuitos da
positivo for instalado, excepto se existir, a montante, um canalização situada a jusante desse ponto.
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Tensão de esforço admissível nos equipamentos 442.3 — Regras aplicáveis à ligação à terra nos postos
de transformação.
Tensão de esforço admissível nas Duração As regras indicadas nas secções 442.4 e 442.5 podem
instalações de baixa tensão (s)
(V) ser consideradas como satisfeitas se for verificada, pelo
menos, uma das regras indicadas na secção 442.3.1 ou a
1,5 U
n !5
regra indicada na secção 442.3.2. Em caso de não serem
1,5 U + 750 d5
n
satisfeitas estas regras mínimas, devem ser verificadas as
Un - tensão nominal entre fase e terra da rede de baixa tensão regras indicadas nas secções 442.4 e 442.5.
6682-(36) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
442.3.1 — O posto de transformação deve ser ligado por ligado a um eléctrodo de terra electricamente distinto (veja-
um dos meios seguintes: -se TT-b da figura 44C), sendo aplicáveis as regras indi-
cadas na secção 442.5.1.
a) Cabos de alta tensão com armaduras, blindagens ou
bainhas metálicas, ligadas à terra; U1 U2
b) Cabos de baixa tensão com armaduras, blindagens
ou bainhas metálicas, ligadas à terra; AT L1 BT
L2
c) Combinação de cabos de alta e de baixa tensão com L3
PEN
armaduras, blindagens ou bainhas metálicas, ligadas à terra.
U2 = R x Im + U,
Im Uf
R Id RA
a impedância da ligação do neutro à terra da instalação
de baixa tensão, se existir, pode ser ligada ao eléctrodo
de terra das massas do posto de transformação (veja-se a
figura 44E). Se esta regra não for verificada, a impedância
da ligação do neutro à terra deve ser ligada a um eléctro- U1 = U U2 = R x Im + U Uf = RA x Id d UL
do de terra electricamente distinto (vejam-se as figuras 44F 2 - Primeiro defeito na BT
e 44H), sendo aplicáveis as regras indicadas na sec-
ção 442.5.2. Fig. 44E — Esquema IT, exemplo «b»
U1 U2 U1 U2
AT L1 BT AT L1 BT
L2 L2
L3 L3
Im Uf Im Uf
R R Z RA
U1 = U0 U2 = U1 = U0 Uf = R x Im U1 = R x Im + U0 U2 = U0 Uf = 0
1 - Ausência de defeito na BT 1 - Ausência de defeito na BT
U1 U2 U1 U2
AT L1 BT AT L1 BT
L2 L2
L3 L3
Im Uf Im Id Uf
R R Z RA
U1 = U U2 = U1 = U Uf = R x Im U1 = R x Im + U U2 = U Uf = RA x Id d UL
2 - Primeiro defeito na BT 2 - Primeiro defeito na BT
Fig. 44D — Esquema IT, exemplo «a» Fig. 44F — Esquema IT, exemplo «c1»
6682-(38) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
U1 U2 U1 U2
AT L1 BT AT L1 BT
L2 L2
L3 L3
Im Uf Im Uf
R RA R Z
U1 = R x Im + U0 U2 = U0 Uf = 0 U1 = R x Im + U0 U2 = U1 = R x Im + U0 Uf = R x Im
1 - Ausência de defeito na BT 1 - Ausência de defeito na BT
U1 U2
U1 U2
AT L1 BT
L2 AT L1 BT
L3 L2
L3
Im Id Uf
R RA Im Uf
R Z
U1 = R x Im + U U2 = U Uf = RA x Id d UL U1 = R x Im + U U2 = U1 = R x Im + U Uf = R x Im
2 - Primeiro defeito na BT 2 - Primeiro defeito na BT
Fig. 44G — Esquema IT, exemplo «c2» Figura 44J - Esquema IT, exemplo «e1»
U1 U2 U1 U2
AT L1 BT AT L1 BT
L2 L2
L3 L3
Im Uf Im Uf
R Z R
U1 = R x Im + U0 U2 = U0 Uf = 0 U1 = R x Im + U U2 = U1 = R x Im + U Uf = R x Im
1 - Ausência de defeito na BT 1 - Ausência de defeito na BT
U1 U2 U1 U2
AT L1 BT AT L1 BT
L2 L2
L3 L3
Im Uf Im Uf
R Z R
U1 = R x Im + U U2 = U Uf = 0 U1 = R x Im + U U2 = U1 = R x Im + U Uf = R x Im
2 - Primeiro defeito na BT 2 - Primeiro defeito na BT
Figura 44H - Esquema IT, exemplo «d» Figura 44K - Esquema IT, exemplo «e2»
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(39)
442.5 — Limitação da tensão de esforço nos equipamen- as sobretensões a montante da origem da instalação e das
tos de baixa tensão do posto de transformação. características da alimentação de baixa tensão.
442.5.1 — Esquemas TN e TT. Esta secção indica ainda os casos em que a protecção
Quando, nos esquemas TN e TT, o eléctrodo de terra contra as sobretensões é obrigatória e os casos em que é
do condutor neutro for electricamente distinto do das recomendada. Quando a protecção não for feita de acor-
massas do posto de transformação (veja-se TN-b na figu- do com as regras indicadas nesta secção, a coordenação
ra 44B e TT-b na figura 44C), a relação entre a tensão de do isolamento não é garantida, devendo ser avaliado o
esforço, obtida por meio da expressão: risco resultante das sobretensões.
443.2 — Medidas a considerar na origem da instalação.
U 1 = R x I m + Uo 443.2.1 — Quando uma instalação for alimentada por
uma rede subterrânea de baixa tensão, não é exigível, na
e o tempo de corte deve ser compatível com o nível de origem da instalação, qualquer protecção suplementar con-
isolamento dos equipamentos de baixa tensão do posto tra as sobretensões dado que o nível das sobretensões
de transformação. transitórias é, em regra, reduzido.
442.5.2 — Esquema IT. 443.2.2 — Quando uma instalação for alimentada por um
Quando, no esquema IT, o eléctrodo de terra das mas- cabo subterrâneo de comprimento suficiente, ligado a uma
sas da instalação e a eventual impedância de ligação do linha aérea de baixa tensão, não é exigida, na origem da
neutro à terra forem electricamente distintas do das mas- instalação, qualquer protecção suplementar, uma vez que
sas do posto de transformação (vejam-se as figuras 44F, as sobretensões transitórias são atenuadas.
44G e 44H), a relação entre a tensão de esforço, obtida 443.2.3 — Quando uma instalação for alimentada por
por meio da expressão: uma linha aérea de baixa tensão e quando as condições
de influências externas forem AQ1, não é exigida, na ori-
U 1 = R x Im + U gem da instalação, qualquer protecção suplementar con-
tra as sobretensões de origem atmosférica.
e o tempo de corte deve ser compatível com o nível de 443.2.4 — Quando uma instalação for alimentada por
isolamento dos equipamentos de baixa tensão do posto uma linha aérea de baixa tensão e quando as condições
de transformação. de influências externas forem AQ2, devem-se considerar,
443 — Sobretensões de origem atmosférica e sobreten- em função do nível de sobretensões transitórias presumi-
sões de manobra. do para a origem da instalação, os casos seguintes:
443.1 — Generalidades. a) Se este nível de sobretensões transitórias for inferi-
Nesta secção são indicadas as regras relativas à pro- or à tensão suportável ao choque exigida para o nível
tecção das instalações eléctricas contra as sobretensões indicado no quadro 44C para os circuitos de distribuição
transitórias de origem atmosférica, transmitidas pelas re- e para os circuitos finais, não é exigida, na origem da ins-
des de distribuição e contra as sobretensões de mano- talação, qualquer protecção suplementar contra as sobre-
bra produzidas pelos equipamentos da instalação. Para tensões de origem atmosférica;
tal, devem ser consideradas as sobretensões que pos- b) Se este nível de sobretensões transitórias não for in-
sam surgir na origem da instalação, o nível cerâunico ferior à tensão suportável ao choque exigida para o nível
presumido, a localização e as características dos dispo- indicado no quadro 44C para os circuitos de distribuição
sitivos de protecção contra as sobretensões, por forma e para os circuitos finais e não for superior ao nível de
a que a probabilidade de incidentes devidos a sobre- referência indicado no quadro 44B, recomenda-se prever
tensões seja reduzida a um nível aceitável para a segu- uma protecção contra as sobretensões de origem atmos-
rança das pessoas e dos bens e para a continuidade férica na origem da instalação;
de serviço desejada. c) Se este nível de sobretensões transitórias for supe-
Os valores das sobretensões transitórias dependem da rior ao nível de referência indicado no quadro 44B, deve
natureza da rede de alimentação (subterrânea ou aérea) e ser prevista uma protecção contra as sobretensões de
da presença eventual de dispositivos de protecção contra origem atmosférica na origem da instalação.
QUADRO 44B
Níveis de referência das sobretensões transitórias na origem da instalação
Tensão nominal da instalação(1) Nível de referência das sobretensões transitórias na origem da instalação
(V) (categoria de sobretensões IV)
- 120/240 4
(2)
230/400 - 6
(3) (2)
277/480 - 6
400/690 - 8
1 000 - 12
(1) - Estes valores estão de acordo com a Norma HD 472. Para outros valores, veja-se o Anexo IV
(2) - Para alimentação em triângulo com uma fase à terra veja-se o Anexo IV.
(3) - Este valor de tensão não deve ser usado conjuntamente com os valores 230/400 V ou 400/690 V.
6682-(40) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
QUADRO 44C
400/690 6 4 2,5
1 000 8 6 4
(1) - Estes valores estão de acordo com a Norma HD 472. Para outros valores veja-se o Anexo IV.
(2) - Para alimentações em triângulo com uma fase à terra veja-se o Anexo IV.
(3) - Este valor de tensão não deve ser usado conjuntamente com os valores 230/400 V ou 400/690 V.
443.3.2 — Quando uma parte da instalação incluir linhas mento dos equipamentos por eles protegidos admitir, sem
aéreas, devem ser utilizados equipamentos da categoria de perigo, uma interrupção ou um abaixamento de tensão de
sobretensões IV ou protecções contra as sobretensões de curta duração.
acordo com o nível de referência de sobretensão transitó- 451.3 — Se forem utilizados contactores, o retardamen-
ria indicado no quadro 44B. to à abertura e à religação não deve impedir o corte ins-
443.3.3 — Podem ser utilizados equipamentos que te- tantâneo provocado pelos dispositivos de comando e pro-
nham tensões suportáveis ao choque estipuladas infe- tecção.
riores ao nível presumido de sobretensões desde que a 451.4 — As características dos dispositivos de protec-
coordenação do isolamento não tenha que ser garanti- ção contra os abaixamentos de tensão devem ser compa-
da e tenham sido avaliadas as consequências daí resul- tíveis com as regras indicadas nas normas relativas à en-
tantes. trada em serviço e à utilização do equipamento.
45 — Protecção contra os abaixamentos de tensão.
451.5 — Quando a religação de um dispositivo de pro-
451 — Regras gerais.
tecção for susceptível de criar uma situação de perigo, o
451.1 — Quando a falta de tensão e o seu restabeleci-
mento possam pôr em perigo as pessoas e os bens e uma rearme não deve ser automático.
parte da instalação ou um equipamento puderem sofrer 46 — Seccionamento e comando.
avarias em consequência de um abaixamento de tensão, 460 — Introdução.
devem ser tomadas as precauções apropriadas. Nesta secção são indicadas as medidas de secciona-
Não é obrigatório prever dispositivos de protecção mento e de comando não automático, local ou à distân-
contra os abaixamentos de tensão se as avarias causa- cia, utilizadas para evitar ou para suprimir os perigos re-
das na instalação ou nos equipamentos constituírem um sultantes das instalações eléctricas ou dos aparelhos e
risco aceitável e não representarem perigo para as pes- das máquinas alimentados pela energia eléctrica.
soas. 461 — Generalidades.
451.2 — Os dispositivos de protecção contra os abai- 461.1 — Todos os dispositivos previstos para o seccio-
xamentos de tensão podem ser retardados se o funciona- namento ou para o comando devem, de acordo com as
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(41)
funções pretendidas, satisfazer às regras correspondentes -se que um mesmo dispositivo possa comandar mais do
indicadas na secção 536. que um equipamento.
461.2 — No esquema TN-C, o condutor PEN não deve O órgão de manobra do dispositivo de corte de emer-
ser nem seccionado nem cortado. No esquema TN-S o gência deve ser facilmente identificável e rapidamente aces-
condutor neutro não pode ser nem seccionado nem corta- sível.
do se as condições de alimentação forem tais que o con- 464.6 — Quando os movimentos produzidos por equi-
dutor neutro passe a ser considerado como estando efec- pamentos mecânicos alimentados por energia eléctrica
tivamente ao potencial da terra. puderem provocar perigos, devem ser previstos sistemas
461.3 — As regras indicadas na secção 46 não substi- de paragem de emergência.
tuem as medidas de protecção indicadas nas secções 41 464.7 — Quando a paragem de emergência incluir o corte
a 45. de emergência, os sistemas de paragem de emergência
462 — Seccionamento. devem ser realizados nas condições indicadas nas sec-
462.1 — Todos os circuitos devem poder ser secciona- ções 464.1 a 464.5.
dos em cada um seus dos condutores activos, com excep- 465 — Comando funcional.
ção do condutor PEN, conforme o indicado na sec- 465.1 — Generalidades.
ção 461.2. 465.1.1 — Deve-se prever um dispositivo de comando
Quando as condições de serviço o permitirem, pode ser funcional para todos os elementos do circuito que neces-
usado um mesmo dispositivo para o seccionamento de um sitem de ser comandados independentemente das outras
conjunto de circuitos. partes da instalação.
462.2 — Devem ser previstos meios adequados para 465.1.2 — Os dispositivos de comando funcional podem
impedir a colocação intempestiva de qualquer aparelho em não cortar todos os condutores activos de um circuito.
tensão. No condutor neutro não devem ser instalados disposi-
462.3 — Quando um equipamento ou um invólucro ti- tivos de comando unipolar. Esta regra pode não ser apli-
verem partes activas alimentadas por mais do que uma cada aos circuitos de comando.
fonte, devem ser colocados painéis de aviso por forma a 465.1.3 — Em regra, para os equipamentos que necessi-
que as pessoas que tenham acesso às partes activas se- tem de ser comandados devem-se utilizar dispositivos de
jam prevenidas da necessidade de as seccionar das dife- comando funcional apropriados, podendo estes dispositi-
rentes alimentações, excepto se tiverem sido previstos vos comandar vários equipamentos que possam funcionar
dispositivos de encravamento que garantam o secciona- simultaneamente.
mento de todos os circuitos afectados (antes de se poder 465.1.4 — As fichas e as tomadas podem garantir o
aceder às partes activas). comando funcional, se a respectiva corrente estipulada
462.4 — Se necessário, devem ser previstos meios ade- não for superior a 16 A.
quados para garantir a descarga da energia eléctrica ar- 465.1.5 — Os dispositivos de comando funcional que
mazenada. garantam a comutação das fontes de alimentação devem
463 — Corte para manutenção mecânica. cortar todos os condutores activos e não devem permitir
463.1 — Quando a manutenção mecânica de equipamen- o funcionamento das fontes em paralelo, excepto se a ins-
tos mecânicos alimentados por energia eléctrica puder talação tiver sido especialmente concebida para esta si-
apresentar riscos de danos corporais, devem ser previs- tuação.
tos meios de corte da respectiva alimentação. Em qualquer dos casos, os condutores PE e PEN não
463.2 — Devem ser previstos meios adequados para devem ser cortados.
impedir o funcionamento intempestivo do equipamento 465.2 — Circuitos de comando.
durante a manutenção mecânica, excepto se os meios de Os circuitos de comando devem ser concebidos, insta-
corte estiverem sob vigilância contínua de todas as pes- lados e protegidos por forma a limitar os perigos resul-
soas que efectuem essa manutenção. tantes de um defeito entre o circuito de comando e as
464 — Corte de emergência, incluindo paragem de emer- outras partes condutoras susceptíveis de provocar um mau
gência. funcionamento do equipamento comandado (como, por
464.1 — Para as partes da instalação em que possa ser exemplo, as manobras intempestivas).
necessário comandar a alimentação com vista a suprimir 465.3 — Comando dos motores.
um perigo inesperado, devem ser previstos sistemas de 465.3.1 — Os circuitos de comando dos motores devem
corte de emergência. ser concebidos por forma a impedir um arranque automá-
464.2 — O dispositivo de corte de emergência deve tico de um motor após uma paragem em consequência de
cortar todos os condutores, excepto os condutores PE e um abaixamento ou de uma falta de tensão, se esse arran-
PEN, que nunca devem ser cortados. que for susceptível de causar perigo.
464.3 — Os sistemas de corte de emergência devem ain- 465.3.2 — Quando a travagem de um motor for feita por
da actuar tão directamente quanto possível sobre os con- corrente inversa (contra-corrente), devem ser tomadas as
dutores de alimentação afectados, devendo o corte dessa medidas adequadas por forma a evitar a inversão do sen-
alimentação ser efectuado numa única manobra. tido de rotação no final da travagem, se essa inversão
464.4 — O sistema de corte de emergência deve ser tal causar perigo.
que o seu funcionamento não provoque qualquer outro 465.3.3 — Quando a segurança depender do sentido
perigo nem interfira com a operação completa necessária de rotação de um motor, devem ser tomadas as medi-
para suprimir o perigo. das adequadas por forma a evitar o funcionamento em
464.5 — O dispositivo de corte de emergência deve ser sentido inverso provocado, por exemplo, pela falta de
instalado no mesmo piso que os equipamentos, admitindo- uma fase.
6682-(42) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
47 — Aplicação das medidas de protecção para garan- b) Postes de betão armado, cujas armaduras não sejam
tir a segurança. acessíveis;
470 — Generalidades. c) Massas que, em virtude das suas reduzidas dimen-
470.1 — As medidas de protecção indicadas na sec- sões (cerca de 50 mm x 50 mm) ou da sua colocação, não
ção 47 aplicam-se a toda a instalação, a partes da instala- sejam susceptíveis de serem agarradas ou de ficarem em
ção e aos seus equipamentos. contacto com uma superfície significativa do corpo huma-
470.2 — A selecção e a aplicação das medidas de pro- no, desde que a ligação a um condutor de protecção seja
tecção devem satisfazer às regras indicadas na secção 48, dificilmente realizável ou pouco fiável;
de acordo com as condições de influências externas. d) Condutas ou outros invólucros, metálicos de protec-
470.3 — A protecção deve ser garantida por um dos ção de equipamentos que satisfaçam às regras indicadas
meios seguintes: na secção 413.2.
a) Pelo próprio equipamento; 471.2.3 — Quando a protecção for garantida por meio
b) Pela aplicação de uma medida de protecção durante do corte automático da alimentação, as tomadas de cor-
a sua instalação; rente estipulada não superior a 20 A situadas no exterior,
c) Pela combinação dos meios indicados nas alíneas bem como as tomadas susceptíveis de alimentarem equi-
anteriores. pamentos móveis utilizados no exterior, devem ser prote-
gidas por meio de dispositivos diferenciais de corrente
470.4 — Devem ser tomadas precauções para evitar que diferencial estipulada não superior a 30 mA.
medidas de protecção diferentes adoptadas numa mesma 471.2.4 — A protecção contra os contactos indirectos
instalação ou numa mesma parte de uma instalação pos- de instalações não vigiadas permanentemente e alimenta-
sam influenciar-se ou anular-se mutuamente. das pela rede de distribuição (pública) de baixa tensão
471 — Medidas de protecção contra os choques eléc- deve ser garantida por uma das medidas seguintes:
tricos.
471.1 — Protecção contra os contactos directos. a) Alimentação da instalação (ou de parte da instala-
Aos equipamentos eléctricos deve ser aplicada uma das ção) através de um transformador de separação (da
medidas de protecção contra os contactos directos, indi- classe II, por construção ou por instalação), ligado imedia-
cadas nas secções 411 e 412. tamente a jusante do disjuntor de entrada, que não deve
471.2 — Protecção contra os contactos indirectos. ter função diferencial. A parte da instalação situada a ju-
471.2.1 — Aos equipamentos eléctricos deve ser apli- sante do transformador de separação deve ser protegida
cada uma das medidas de protecção contra os contactos por um dos meios seguintes:
indirectos indicadas nas secções 411 e 413, nas condi- — Separação eléctrica, de acordo com as regras indica-
ções especificadas nas secções seguintes 471.2.1.1 a das na secção 413.5, se esta parte não for muito extensa e
471.2.1.3, com excepção dos casos mencionados na sec- alimentar um número reduzido de equipamentos (de prefe-
ção 471.2.2. rência, um único);
471.2.1.1 — A medida de protecção por corte automáti- — Cumprimento das regras relativas aos esquemas TN
co da alimentação (veja-se 413.1) deve ser aplicada à tota- ou IT.
lidade da instalação, com excepção das partes da instala-
ção a que tenham sido aplicadas outras medidas de As restantes partes da instalação devem ser dotadas
protecção. de protecção diferencial, que satisfaça à regra da selecti-
471.2.1.2 — Quando as medidas indicadas na vidade entre dispositivos diferenciais (veja-se 539.3).
secção 413.1forem irrealizáveis ou não forem recomendá- O disjuntor de entrada e o transformador de separação
veis, pode ser aplicada, a certas partes da instalação, uma devem estar contidos num mesmo invólucro ou serem li-
das medidas de protecção seguintes: gados por meio de canalizações da classe II;
a) Recurso a locais não condutores (veja-se 413.3); b) Protecção por meio de um disjuntor de entrada dife-
b) Ligações equipotenciais locais não ligadas à terra rencial do tipo S (veja-se 531.2.4). A parte da instalação ou
(veja-se 413.4). o equipamento cuja alimentação tenha que ser mantida
devem ser ligados directamente a este disjuntor. A res-
471.2.1.3 — As medidas de protecção a seguir indica- tante parte da instalação deve ser protegida, total ou par-
das podem ser aplicadas à totalidade das instalações em- cialmente, por meio de um ou mais dispositivos diferen-
bora, em regra, sejam aplicadas apenas a equipamentos ou ciais (sem serem do tipo S) colocados a jusante do
a partes da instalação: disjuntor de entrada de acordo com as regras da selecti-
vidade entre dispositivos diferenciais (veja-se 539.3), excep-
a) Tensão reduzida TRS ou TRP (veja-se 411.1); to nos circuitos em que tenha sido adoptada outra medi-
b) Utilização de equipamentos da classe II ou com iso- da de protecção (como, por exemplo, utilização de
lamento equivalente (veja-se 413.2); equipamentos da classe II);
c) Separação eléctrica (veja-se 413.5). c) protecção por meio de um disjuntor de entrada dife-
rencial com rearme automático, desde que:
471.2.2 — As medidas de protecção contra os contac-
tos indirectos são dispensadas nos casos seguintes: — A instalação não seja destinada à habitação;
— O dispositivo de rearme possa ser neutralizado en-
a) Postaletes metálicos e partes metálicas que lhes es- quanto se encontrarem pessoas no local, por forma a se-
tejam ligadas electricamente, desde que estas partes não rem mantidas as condições de protecção contra os con-
se encontrem no volume de acessibilidade; tactos indirectos.
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(43)
dutores de fase, desde que sejam verificadas, simultanea- que corte todos os condutores activos do conjunto da
mente, as condições seguintes: instalação. Nas instalações realizadas segundo o esque-
ma TN-C, estes dispositivos não devem cortar o
a) Existir, a montante ou ao mesmo nível, uma protec-
condutor PEN.
ção diferencial que provoque o corte de todos os condu-
48 — Selecção das medidas de protecção em função das
tores de fase;
influências externas.
b) Não ser distribuído o condutor neutro (ainda que a
481 — Protecção contra os choques eléctricos.
partir de um ponto de neutro artificial) nos circuitos situa-
481.1 — Generalidades.
dos a jusante do dispositivo de protecção diferencial con-
siderado na alínea a). 481.1.1 — Na secção 481.2 indicam-se as medidas de
protecção contra os choques eléctricos (definidas na sec-
473.3.2 — Protecção do condutor neutro. ção 41) que devem ser aplicadas em função das condições
473.3.2.1 — Instalações em esquemas TT ou TN. de influências externas mais significativas.
Na protecção do condutor neutro nas instalações em 481.1.2 — Quando, para uma dada combinação de influ-
esquemas TT ou TN devem ser verificadas as condições ências externas, forem admitidas várias medidas de pro-
seguintes: tecção, a selecção da medida adequada deve ter em conta
as condições locais e a natureza dos equipamentos alimen-
a) Quando a secção do condutor neutro não for inferi- tados.
or (ou for equivalente) à dos condutores de fase, não é 481.2 — Medidas de protecção contra os contactos di-
necessário prever detecção de sobreintensidades nem dis- rectos.
positivo de corte no condutor neutro; 481.2.1 — As medidas de protecção por isolamento das
b) Quando a secção do condutor neutro for inferior à partes activas (veja-se 412.1) e por meio de barreiras ou
dos condutores de fase, é necessário prever uma detec- de invólucros (veja-se 412.2) são aplicáveis em todas as
ção de sobreintensidades no condutor neutro adequada à condições de influências externas.
sua secção, devendo esta detecção provocar o corte dos 481.2.2 — As medidas de protecção por meio de obstá-
condutores de fase mas não, necessariamente, o do con- culos (veja-se 412.3) ou por colocação fora do alcance
dutor neutro. No entanto, esta detecção pode ser dispen- (veja-se 412.4) só são admitidas nos locais acessíveis ape-
sada se forem verificadas, simultaneamente, as condições nas a pessoas instruídas (BA 4) ou a pessoas qualifica-
seguintes:
das (BA 5) e se forem, simultaneamente, verificadas as
— O condutor neutro estiver protegido contra os condições seguintes:
curtos-circuitos pelo dispositivo de protecção dos condu-
a) A tensão nominal nestes locais não for superior ao
tores de fase dos circuitos;
limite do domínio II das tensões (veja-se 222 e 223);
— A corrente máxima susceptível de percorrer o con-
b) As regras indicadas nas secções 481.2.4.1 e 481.2.4.3
dutor neutro for, em serviço normal, nitidamente inferior
forem verificadas;
ao valor da corrente admissível neste condutor.
c) Os locais forem assinalados claramente e de forma
473.3.2.2 — Instalações em esquema IT. modo visível por meio de sinalização adequada.
Quando, numa instalação em esquema IT, for necessá-
rio distribuir o condutor neutro, deve ser prevista uma 481.2.3 — Nos locais apenas acessíveis a pessoas ins-
detecção de sobreintensidades neste condutor em todos truídas (BA 4) ou a pessoas qualificadas (BA 5), devida-
os circuitos, devendo essa detecção provocar o corte de mente instruídas para o efeito, não é exigida a protecção
todos os condutores activos do circuito considerado (in- contra os contactos directos se forem verificadas, simul-
cluindo o condutor neutro). Esta medida não é necessária taneamente, as condições seguintes:
se se verificar um dos casos seguintes: a) Os locais forem sinalizados claramente e de modo
a) O condutor neutro considerado estiver efectivamen- visível por meio de sinalização adequada e o acesso a
te protegido contra os curtos-circuitos por meio de um estes locais apenas for possível com o auxílio de meios
dispositivo de protecção colocado a montante (por exem- especiais;
plo, na origem da instalação) que satisfaça ao indicado na b) As portas de entrada nestes locais permitirem uma
secção 434.3.2; saída fácil para o exterior e poderem ser abertas sem cha-
b) O circuito considerado estiver protegido por um dis- ve do interior (mesmo quando estiverem fechadas à cha-
positivo diferencial com uma corrente diferencial-residual ve do exterior);
estipulada não superior a 15% da corrente admissível no c) As zonas de passagem tiverem as cotas mínimas in-
condutor neutro considerado, devendo este dispositivo dicadas nas secções 481.2.4.2 e 481.2.4.3.
cortar todos os condutores activos desse circuito, inclu-
indo o condutor neutro. 481.2.4 — Nas passagens para serviço ou para manu-
tenção devem ser respeitadas as distâncias mínimas indi-
473.3.3 — Corte do condutor neutro. cadas nas secções 481.2.4.1 a 481.2.4.3.
Quando for obrigatório o corte do condutor neutro, este 481.2.4.1 — Quando a protecção for garantida por meio
nunca deve ser desligado antes dos condutores de fase e de uma das medidas indicadas na secção 412.3, devem ser
deve ser ligado em simultâneo com estes ou antes destes. respeitadas as distâncias seguintes (veja-se a figura 48A):
474 — (Disponível.)
475 — (Disponível.) a) Largura da passagem entre obstáculos (ou órgãos
476 — Comando e seccionamento. de comando) ou entre obstáculos (ou órgãos de coman-
Na origem das instalações, deve ser colocado um dis- do) e os elementos da construção: 700 mm;
positivo de comando e um dispositivo de seccionamento b) Altura de passagem sob os painéis: 2000 mm.
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(45)
Partes activas
Painel
Obstáculos
)c
m .24
b) m .2
m 1. 00 .1
m 4. 3
00 2. 2 48(
0 18
2 4(
Fig. 48A — Passagem para serviço ou para manutenção nas instalações com protecção por meio de obstáculos
481.2.4.2 — Nas passagens para serviço ou para manu- 2) Passagem livre entre os órgãos de comando (punhos,
tenção onde não tenha sido prevista qualquer medida de etc.):
protecção, devem ser respeitadas as distâncias seguintes:
i) Passagem para manutenção: 900 mm;
a) Passagem com partes activas não protegidas de um ii) Passagem para serviço: 1100 mm.
só lado (veja-se a figura 48B):
c) Altura das partes activas acima do solo: 2300 mm.
1) Largura da passagem entre a parede e as partes ac-
tivas não protegidas: 1000 mm;
2) Passagem livre na frente dos órgãos de comando
(punhos, etc.): 700 mm. Partes activas
b) Passagem com partes activas não protegidas dos dois
)c
lados (veja-se a figura 48C): m 2.
700 mm m 4.
1) Largura da passagem entre as partes activas: 00 2.
3 18
(481.2.4.2 a)2) 2 (4
i) Passagem destinada exclusivamente à manutenção e
em que são colocadas barreiras antes do início dos traba-
lhos de manutenção: 1000 mm;
ii) Passagem destinada exclusivamente à manutenção e
em que não são colocadas barreiras antes do início dos 1 000 mm 1 000 mm
trabalhos de manutenção: 1500 mm;
(481.2.4.2 a)1) (481.2.4.2 a)1)
iii) Passagem utilizada simultaneamente para serviço e
para manutenção e em que são colocadas barreiras: Fig. 48B — Passagens para serviço ou para manutenção
1200 mm. nas instalações com partes activas de um só lado, sem protecção.
Partes activas
(*) (**)
)c
.2
m .4
m .2
00 .1
3 84
2 (
(*) - Com colocação de barreiras adicionais antes do início dos trabalhos de manutenção
(**) - Sem colocação de barreiras adicionais antes do início dos trabalhos de manutenção
Fig. 48C — Passagens para serviço ou para manutenção nas instalações com partes activas dos dois lados, sem protecção.
6682-(46) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
481.2.4.3 — As passagens para manutenção ou para utilizada uma das regras indicadas nas secções 481.3.1.1,
serviço com um comprimento superior a 20 m devem ser para a totalidade de uma instalação ou 481.3.1.2, para par-
acessíveis nas duas extremidades. tes de uma instalação.
481.3 — Selecção das medidas de protecção contra os 481.3.1.1 — Às instalações para as quais a tensão limi-
contactos indirectos. te convencional de contacto seja limitada a 25 V em cor-
481.3.1 — A medida de protecção por corte automático rente alternada (valor eficaz) ou a 60 V em corrente contí-
da alimentação (veja-se 413.1) é aplicável a todas as ins- nua «lisa» (veja-se a Parte 7), devem ser verificadas as
talações. regras seguintes:
Às instalações ou às partes das instalações para as
quais a tensão limite convencional de contacto seja limi- a) Os tempos de corte máximos indicados nos
tada a 25 V em corrente alternada (valor eficaz) ou a 60 V quadros 41A e 41B para os esquemas TN e IT, devem ser
em corrente contínua «lisa» (veja-se a Parte 7), deve ser substituídos pelos tempos indicados no quadro 48A.
QUADRO 48A
Esquema TN Esquema IT
580 0,02
(1) 580/1 000 0,02(1) 0,08
(1) - Quando este tempo de corte não puder ser garantido, é necessário adoptar outras medidas de
protecção, como por exemplo, ligações equipotenciais suplementares
b) A condição indicada na secção 413.1.4.2 para o 481.3.4 — A medida de protecção por ligações equipo-
esquema TT, deve ser substituída pela condição seguinte: tenciais locais não ligadas à terra (veja-se 413.4) apenas
RA x Ia < 25 pode ser utilizada na condição de influências externas BC1
(veja-se 322.3).
c) A condição indicada na secção 413.1.5.3 para o 481.3.5 — A medida de protecção por separação eléc-
esquema IT, deve ser substituída pela condição seguinte: trica (veja-se 413.5) pode ser utilizada em todas as situa-
ções, devendo, na condição de influências externas BC4
RA x Id < 25
(veja-se 322.3), ser limitada à alimentação de um único
481.3.1.2 — Às partes de uma instalação para as quais aparelho móvel por cada transformador.
a tenção limite convencional de contacto seja limitada a 481.3.6 — A utilização da TRS (veja-se 411.1.4) ou da
25 V em corrente alternada (valor eficaz) ou a 60 V em TRP (veja-se 411.1.5) é considerada como sendo uma me-
corrente contínua «lisa», podem ser aplicadas as regras dida de protecção contra os contactos indirectos em to-
indicadas na secção 413.1, desde que seja utilizada uma das as situações.
das medidas de protecção complementares seguintes: 481.3.7 — Para certas instalações (ou partes de uma
a) Ligações equipotenciais suplementares satisfazendo instalação), tais como as situadas em locais onde as pes-
às condições indicadas na secção 413.1.6.1 (sendo o va- soas possam estar imersas na água, as Partes 7 e 8 indi-
lor 50 da condição indicada na secção 413.1.6.2 substituído cam medidas de protecção particulares.
por 25); 482 — Protecção contra o incêndio.
b) Dispositivos diferenciais de corrente diferencial- 482.0 — Generalidades.
-residual estipulada não superior a 30 mA.
As regras indicadas nas secções 482.1 a 482.4 (para
481.3.2 — As medidas de protecção por utilização de certas condições de influências externas) devem ser apli-
equipamentos da classe II ou por isolamento equivalente cadas em conjunto com as indicadas na secção 42.
(veja-se 413.2) podem, com excepção de algumas instala- 482.1 — Condições de evacuação em caso de emer-
ções indicadas nas Partes 7 e 8, ser aplicadas em todas gência.
as situações. 482.1.1 — Recomenda-se que as canalizações eléctricas
481.3.3 — A medida de protecção por locais não con- estabelecidas em locais classificados quanto às influências
dutores é admitida nas condições indicadas na sec- externas como BD2, BD3 e BD4 (veja-se 322.4) não pas-
ção 413.3. sem pelos caminhos de evacuação. Quando tal não for
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(47)
possível, essas canalizações devem satisfazer, simulta- tardamento de propagação da chama (vejam-se as Normas
neamente, às condições seguintes: HD 405-1 e HD 405-3).
Nos locais a que o público tenha acesso e que sejam
a) Ser providas de bainhas ou de invólucros que não
classificados quanto às influências externas como BE2,
contribuam para o desenvolvimento ou para a propagação
os condutores e os cabos devem, ainda, ao arderem, não
do incêndio, nem atinjam temperaturas suficientemente
emitir fumos densos (veja-se a Norma HD 606) nem ga-
elevadas susceptíveis de inflamar os materiais vizinhos
ses tóxicos ou corrosivos que possam causar danos às
durante o tempo prescrito na regulamentação relativa aos
pessoas, aos animais e aos bens (veja-se a Norma
materiais de construção utilizados nas saídas de evacua-
HD 602).
ção (veja-se 422) ou durante 2 h, no caso de não estarem
482.2.6 — As canalizações eléctricas que atravessem os
abrangidos por essa regulamentação;
locais com risco de incêndio (BE2) e que não sejam ne-
b) Estar fora do volume de acessibilidade ou ter uma
cessárias à exploração dos mesmos devem satisfazer, si-
protecção contra as acções mecânicas que se possam pro-
multaneamente, às condições seguintes:
duzir durante uma evacuação;
c) Ser tão curtas quanto possível. a) Serem realizadas de acordo com as regras indicadas
na secção 482.2.5;
482.1.2 — Em locais de densidade de ocupação impor- b) Não terem qualquer ligação ao longo de todo o seu
tante (BD3 e BD4), os dispositivos de comando e de pro- percurso no interior destes locais, excepto se essas liga-
tecção, com excepção de certos dispositivos que facilitem ções estiverem colocadas no interior de um invólucro re-
a evacuação, devem estar acessíveis apenas a pessoas sistente ao fogo e que apresente o mesmo grau de resis-
autorizadas. tência ao fogo que os restantes equipamentos instalados
Se existirem dispositivos de comando e de protecção no mesmo local;
nos caminhos de evacuação, estes devem apresentar, por c) Estarem protegidas contra as sobreintensidades de
construção ou por protecção complementar, pelo menos, acordo com as regras indicadas na secção 482.2.11.
o mesmo grau de resistência ao fogo que os outros equi-
pamentos eléctricos situados no mesmo local. 482.2.7 — Para as instalações de aquecimento por ar
482.1.3 — Em locais de densidade de ocupação impor- forçado, a expiração do ar deve ser feita fora dos locais
tante (BD3 e BD4) e nos caminhos de evacuação, é proi- onde existam poeiras combustíveis e a temperatura de saída
bida a utilização de equipamentos eléctricos que contenham do ar não deve ser susceptível de provocar um incêndio
líquidos inflamáveis. no local.
482.2 — Natureza dos produtos tratados ou armazena- 482.2.8 — Os motores (com excepção dos servomoto-
dos que apresentem riscos de incêndio. res de serviço reduzido) que sejam comandados automa-
482.2.1 — Os equipamentos eléctricos devem ser limi- ticamente, à distância ou não vigiados em permanência,
tados aos estritamente necessários à exploração dos lo- devem ser protegidos contra as temperaturas excessivas
cais com risco de incêndio (BE2), exceptuando as canali- por meio de dispositivos de protecção sensíveis à tem-
zações estabelecidas nas condições indicadas na peratura.
secção 482.2.6. 482.2.9 — As luminárias devem ser adequadas aos lo-
482.2.2 — Quando, sobre os invólucros que contenham cais com risco de incêndio (BE2) e devem ser colocadas
aparelhagem eléctrica, for previsível a acumulação de po- no interior de invólucros que apresentem um código IP
eiras em quantidade suficiente para reduzir a dissipação não inferior a IP4X.
do calor e apresentar um risco de incêndio, devem ser Nos locais em que as lâmpadas e os restantes elemen-
tomadas as medidas adequadas por forma a impedir que tos das luminárias sejam susceptíveis de sofrerem danos
esses invólucros atinjam temperaturas excessivas. mecânicos, esses equipamentos devem ser protegidos
482.2.3 — Os equipamentos eléctricos devem ser se- contra as solicitações a que possam ficar submetidos. Esta
leccionados e instalados por forma a que o seu aqueci- protecção pode ser conseguida, por exemplo, por meio de
mento normal ou previsível, em caso de defeito, não tampas plásticas, de grelhas ou de tampas de vidro, sufi-
possa provocar um incêndio. As medidas podem ser cientemente robustos. Estas protecções não devem ser
tomadas na fabricação dos equipamentos ou na sua montadas em suportes, excepto nos casos previstos du-
instalação. rante a construção.
Não é necessária qualquer medida especial quando a 482.2.10 Quando for necessário, do ponto de vista dos
temperatura das superfícies não for susceptível de provo- riscos de incêndio, limitar as consequências da circula-
car a inflamação dos produtos que se encontrem nas suas ção de correntes de defeito nas canalizações, o circuito
proximidades. correspondente deve satisfazer a uma das condições se-
482.2.4 — Os dispositivos de protecção, de comando guintes:
e de seccionamento devem ser colocados fora dos locais a) Ser protegido por meio de um dispositivo diferen-
que apresentem risco de incêndio (BE2), excepto se fo- cial de corrente diferencial-residual estipulada não supe-
rem colocados em invólucros com um código IP não in- rior a 0,5 A;
ferior a IP4X. b) Ser vigiado por meio de um controlador permanente
482.2.5 — Quando as canalizações não estiverem embe- de isolamento que accione, em caso de defeito, um sinal
bidas em materiais incombustíveis, devem ser tomadas as acústico ou um sinal luminoso.
medidas adequadas para que estas canalizações não pro-
paguem facilmente a chama. Na canalização do circuito correspondente, pode ser
Para o cumprimento desta regra, os condutores e os incorporado um condutor de vigilância não isolado. Esta
cabos devem, nomeadamente, satisfazer ao ensaio de re- função pode ser garantida por um condutor de protecção,
6682-(48) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
excepto se a canalização tiver um revestimento metálico tas partes do invólucro puderem ser abertas sem necessi-
ligado a esse condutor de protecção. dade de uma chave ou de uma ferramenta, as partes acti-
482.2.11 — Os circuitos que alimentem ou atravessem lo- vas nuas que ficarem acessíveis após a abertura do in-
cais com risco de incêndio (BE2) devem ser protegidos vólucro devem estar protegidas contra qualquer contacto
contra as sobrecargas e contra os curtos-circuitos por fortuito por meio de obstáculos que apenas possam ser
dispositivos de protecção colocados a montante desses desmontados por meio de uma chave ou de uma ferra-
locais. menta.
482.2.12 — Para além das regras indicadas na sec- B — Colocação das partes activas no interior de um in-
ção 411.1.4.3, nos circuitos de tensão reduzida (TRS ou vólucro de tipo diferente do indicado em A. Neste caso,
TRP), as partes activas devem satisfazer a uma das con- há que distinguir as três situações seguintes:
dições seguintes: 1 — As partes activas pertencem a equipamentos da
a) Estarem colocadas no interior de invólucros com um classe II ou considerados equivalentes (como, por exem-
código IP não inferior a IP2X; plo, aparelhagem moldada equipada com terminais dotados
b) Serem dotadas de um isolamento que suporte uma de tampa, e cabos considerados como sendo da
tensão de ensaio de 500 V durante 1 min, independente- classe II — veja-se 522.15), para os quais não é necessá-
mente do valor da tensão nominal do circuito. ria qualquer medida suplementar.
2 — As partes activas estão dotadas, apenas, de um iso-
482.2.13 — Os condutores PEN não são admitidos nos lamento principal (como, por exemplo, condutores isolados
locais com risco de incêndio (BE2), excepto os dos circui- sem bainha e terminais de ligação isolados), as quais de-
tos que os atravessem. vem estar separadas do invólucro por um isolamento su-
482.3 — Construções combustíveis. plementar, (feito, por exemplo, com suportes isolantes com
482.3.1 — Devem ser tomadas as medidas adequadas espessura não inferior a 3 mm ou por calhas ou condutas
para evitar que os equipamentos eléctricos possam origi- isolantes, que possam suportar uma tensão de ensaio di-
nar a inflamação dos elementos da construção (paredes, eléctrico de 2500 V durante 1 min).
tectos e pavimentos). 3 — As partes activas nuas (como, por exemplo, barra-
482.4 — Estruturas propagadoras de incêndio. mentos e terminais de ligação não isolados), as quais de-
482.4.1 — Nas estruturas cuja forma e dimensões facili- vem satisfazer a uma das condições seguintes:
tem a propagação do incêndio, devem ser tomadas medi- a) Serem revestidas por um isolamento duplo ou por
das para que as instalações eléctricas não propaguem fa- um isolamento reforçado, que possa suportar uma
cilmente o incêndio (por exemplo, efeito de chaminé). tensão de ensaio dieléctrico de 4000 V durante 1 min, de-
vendo as linhas de fuga e as distâncias no ar serem não
ANEXO I
inferiores a duas vezes os valores indicados na sec-
Protecção por isolamento suplementar realizada ção 536.2.1.1;
durante a instalação b) Estarem separadas de todas as partes condutoras por
A protecção por isolamento suplementar realizada du- uma distância não inferior a 20 mm; se o invólucro puder
rante a instalação e que confere um nível de segurança ser aberto sem a necessidade de uma chave ou de uma
equivalente ao dos equipamentos da classe II, pode ser ferramenta, as partes activas nuas que ficarem acessíveis
feita, na prática, por um dos processos seguintes: após a abertura do invólucro devem estar protegidas con-
tra contactos fortuitos por meio de obstáculos que só
A — Colocação das partes activas no interior de um in- possam ser desmontados por meio de uma chave ou de
vólucro por forma a obter-se um conjunto com as carac- uma ferramenta.
terísticas definidas na Norma EN 60 439-1 para a classe II.
Em regra, este invólucro só deve poder ser aberto por meio A figura I.3.1 ilustra a forma como estas medidas po-
de uma chave ou de uma ferramenta. No entanto, se cer- dem, na prática, ser realizadas:
a t 20 mm b = 2d
em que:
a é a menor distância no ar entre uma parte activa e qualquer condutor ou elemento condutor.
b é a menor distância no ar entre uma parte intermédia e qualquer ponto de apoio condutor ou elemento condutor.
d é a distância indicada na secção 536.2.1.1.
Fig. I.3.1 — Medidas de protecção por isolamento suplementar em quadros com barramentos nus
e dotados de invólucro condutor acessível
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(49)
f + e > 2d
em que:
e é a espessura da anilha.
f é a distância entre o perfil NP 2901 e o bordo da anilha.
d é a distância indicada na secção 536.2.1.1.
QUADRO I.2
Resistência ao fogo dos elementos da construção
ANEXO III
Subterrânea (443.2.1) 0 0
Linha aérea e cabo subterrâneo com comprimento 0 0
suficiente (443.2.2)
Linha aérea U d Uc 0 (443.2.3) 0 (443.2.4 a))
Linha aérea Uc U d UB 0 (443.2.3) R (443.2.4 b))
Linha aérea U ! UB 0 (443.2.3) X (443.2.4 c))
U - Nível de sobretensões transitórias na origem da instalação;
Uc- Nível de sobretensões transitórias dos circuitos de distribuição e finais (quadro 44C)
UB- Nível de referência das sobretensões transitórias (quadro 44B)
0 - Não é obrigatória protecção suplementar, excepto se a instalação alimentar equipamentos particularmente sensíveis perto da origem
da instalação;
R - É recomendável uma protecção suplementar, excepto se os equipamentos da instalação suportarem tensões aos choques não inferiores
ao valor apropriado indicado no quadro 44B;
X - É obrigatória uma protecção suplementar, (por exemplo, descarregadores de sobretensões).
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(51)
ANEXO IV
Redes
Redes monofásicas
trifásicas com ponto
médio
120/208 110-120
- 120-240 115, 120, 127 110, 120
127/220(1) 120-240
127/220
220/380 220, 230, 240,
230/400 230/400 260, 277, 347,
- 220 220-440
277/480 240/415 380, 400, 415,
260/440 440, 480
227/480
347/600,
380/660 347, 380, 400(2)
400/690 - 400/690, 415, 440, 480(2) 480 480-960
417/720 500, 577, 600
480/830
600,
1 000 - - 690, 720 1 000 -
830, 1 000
(1) - Utilizado nos Estados Unidos da América e no Canadá.
(2) - Apenas para as alimentações em triângulo com uma fase à terra.
ANEXO V
Selecção das medidas de protecção contra os choques eléctricos para os equipamentos instalados
nos conjuntos de aparelhagem
No quadro 47GR são indicadas as classes de isolamento contra os choques eléctricos admitidas para os equipamen-
tos eléctricos instalados nos conjuntos de aparelhagem (quadros de distribuição, mesas de comando, canalizações pré-
-fabricadas, etc.).
QUADRO 47GR
Nas figuras 47GS a 47GU são indicados exemplos de aplicação destas situações, onde, por exemplo, um quadro de
distribuição metálico da classe I ligado à terra pode ter uma parte da classe II desde que sejam verificadas as medidas
indicadas no anexo I (Protecção por isolamento suplementar realizada durante a instalação).
6682-(52) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
DE
DR
DE — Disjuntor de entrada, não diferencial;
DR — Dispositivo diferencial (no esquema TT);
DP — Dispositivo de protecção contra as sobreintensidades (fusí-
DP vel ou disjuntor).
DE
DE
QUADRO 51A(AA)
Características dos equipamentos em função da temperatura ambiente a que podem ficar submetidos
Código Classe das influências externas Características dos equipamentos e sua instalação
QUADRO 51A(AB)
Características dos equipamentos em função das condições climáticas a que podem ficar submetidos
Código Classe das influências externas Características dos equipamentos e sua instalação
QUADRO 51A(AC)
Código Classe das influências externas Características dos equipamentos e sua instalação
QUADRO 51A(AD)
Características dos equipamentos em função da presença de água a que podem ficar submetidos
Código Classe das influências externas Características dos equipamentos e sua instalação
QUADRO 51A(AE)
Código Classe das influências externas Características dos equipamentos e sua instalação
QUADRO 51A(AF)
Código Classe das influências externas Características dos equipamentos e sua instalação
AF2 Atmosférica De acordo com a natureza dos agentes (por exemplo, a conformidade ao
ensaio em nevoeiro salino)
AF3 Intermitente ou acidental Protecção contra a corrosão definida nas especificações dos equipamentos
AF4 Permanente Equipamentos especialmente concebidos para o efeito, (de acordo com a
natureza dos agentes)
QUADRO 51A(AG)
AG - Impactos (321.7.1)
Código Classe das influências externas Características dos equipamentos e sua instalação
AG1 Fracos
AG2 Médios (em estudo)
AG3 Fortes
QUADRO 51A(AH)
Código Classe das influências externas Características dos equipamentos e sua instalação
AH1 Fracas
AH2 Médias (em estudo)
AH3 Fortes
6682-(56) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
QUADRO 51A(AJ)
Código Classe das influências externas Características dos equipamentos e sua instalação
AJ - (em estudo)
QUADRO 51A(AK)
Código Classe das influências externas Características dos equipamentos e sua instalação
QUADRO 51A(AL)
Características dos equipamentos em função da presença de fauna
a que podem ficar submetidos
Código Classe das influências externas Características dos equipamentos e sua instalação
QUADRO 51A(AM)
Características dos equipamentos em função das influências electromagnéticas,
electrostáticas ou ionizantes a que podem ficar submetidos
Código Classe das influências externas Características dos equipamentos e sua instalação
QUADRO 51A(AN)
Código Classe das influências externas Características dos equipamentos e sua instalação
AN1 Fracas
AN2 Médias (em estudo)
AN3 Fortes
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(57)
QUADRO 51A(AP)
Código Classe das influências externas Características dos equipamentos e sua instalação
QUADRO 51A(AQ)
Código Classe das influências externas Características dos equipamentos e sua instalação
QUADRO 51A(AR)
Características dos equipamentos em função dos movimentos do ar
a que podem ficar submetidos
AR - Movimentos do ar (321.14)
Código Classe das influências externas Características dos equipamentos e sua instalação
AR - (em estudo)
QUADRO 51A(AS)
AS - Vento (321.15)
Código Classe das influências externas Características dos equipamentos e sua instalação
AS - (em estudo)
QUADRO 51A(BA)
B - Utilizações (322)
Código Classe das influências externas Características dos equipamentos e sua instalação
QUADRO 51A(BB)
B - Utilizações (322)
Código Classe das influências externas Características dos equipamentos e sua instalação
QUADRO 51A(BC)
Características dos equipamentos em função dos contactos das pessoas,
que os possam utilizar, com o potencial da terra
B - Utilizações (322)
BC - Contactos das pessoas com o potencial da terra (322.3)
Código Classe Classes dos equipamentos de acordo com a IEC 60536
dos contactos 0 e 0I I II III
BC1 Nulos A Y A A
BC2 Reduzidos A A A A
BC3 Frequentes X A A A
BC4 Contínuos (em estudo)
A - permitida a instalação de equipamentos (desta classe)
X - proibida a instalação de equipamentos (desta classe)
Y - permitida a instalação de equipamentos se estes forem utilizados como da classe 0
QUADRO 51A(BD)
B - Utilizações (322)
Código Classe das influências externas Características dos equipamentos e sua instalação
QUADRO 51A(BE)
Características dos equipamentos em função da natureza dos produtos tratados
ou armazenados a que podem ficar submetidos
B - Utilizações (322)
QUADRO 51A(CA)
Código Classe das influências externas Características dos equipamentos e sua instalação
QUADRO 51A(CB)
Código Classe das influências externas Características dos equipamentos e sua instalação
CB2 Propagação de incêndio Equipamentos que retardem a propagação do incêndio; barreiras corta-
-fogo
513 — Acessibilidade dos equipamentos eléctricos. 514.3 — Identificação dos condutores neutro e de pro-
513.1 — Generalidades. tecção.
Os equipamentos eléctricos, incluindo as canalizações, 514.3.1 — Os condutores neutro e de protecção, quan-
devem ser colocados de modo a facilitar a sua manobra, a do forem separados, devem ser identificados de acordo
sua inspecção, a sua manutenção e o acesso às suas li- com o indicado na Norma IEC 60446.
gações. Estas possibilidades não devem ser reduzidas, no- 514.3.2 — Os condutores PEN, quando forem isolados,
meadamente, pela montagem de aparelhos no interior de devem ser identificados pela coloração verde amarela em
invólucros ou de compartimentos. todo o seu comprimento, devendo também, nas extremida-
513.2 — Controlo e substituição dos condutores e dos des, ser colocadas marcas de cor azul clara.
cabos. 514.4 — Dispositivos de protecção.
Os condutores e os cabos devem ser colocados de Os dispositivos de protecção, que podem ser agrupa-
modo a que se possa, em qualquer momento, controlar o dos em quadros, devem ser colocados e marcados por
seu isolamento e localizar os defeitos. forma a que, facilmente, se identifiquem os circuitos por
As canalizações devem ser instaladas de modo a que eles protegidos.
se possam substituir os condutores deteriorados. Esta 514.5 — Esquemas.
condição não é exigida para os condutores e cabos blin- 514.5.1 — Quando for necessário, devem ser feitos es-
dados com isolamento mineral nem para as canalizações quemas, diagramas ou tabelas satisfazendo ao indicado na
enterradas. Norma NP 2453, onde sejam indicados, nomeadamente:
514 — Identificação e marcação.
514.1 — Generalidades. a) A natureza e a constituição dos circuitos (pontos de
A aparelhagem deve possuir placas identificadoras ou utilização a alimentar, número e secção dos condutores,
outros meios apropriados de identificação que permitam natureza das canalizações);
reconhecer a sua finalidade, excepto se não houver pos- b) As características necessárias à identificação dos
sibilidade de confusão. dispositivos que garantem as funções de protecção, de
Se o funcionamento de uma dada aparelhagem não seccionamento e de comando e a sua localização.
puder ser observado pelo operador e daí puder resultar
perigo, deve ser colocado um dispositivo de sinalização Para as instalações simples, estas informações podem
de modo visível ao operador e que satisfaça às Normas ser indicadas sob a forma de listagem.
EN 60073 e EN 60447. 514.5.2 — Os símbolos utilizados nos esquemas devem
514.2 — Identificação e marcação das canalizações. satisfazer às Normas NP 1129, NP 1849, NP 1883, NP 1850,
As canalizações eléctricas devem ser estabelecidas ou NP 1851 e NP 1852.
marcadas de modo a permitir a sua identificação aquando 515 — Independência dos equipamentos eléctricos.
das verificações, dos ensaios, das reparações ou das al- 515.1 — Os equipamentos devem ser seleccionados e
terações da instalação. instalados por forma a que não exerçam qualquer influên-
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cia prejudicial para as instalações (eléctricas e não eléc- montagem, no caso de esta superfície ser combustí-
tricas). vel.
Os equipamentos que não tenham face posterior não
devem ser instalados sobre os elementos da construção 515.2 — Quando os equipamentos, percorridos por cor-
do edifício, excepto se forem verificadas, simultaneamen- rentes de natureza diferente ou alimentados a tensão dife-
te, as condições seguintes: rentes, estiverem agrupados num mesmo conjunto (qua-
dro, armário, mesa de comando, aparelho de manobra, etc.),
a) Seja impedida a propagação de potenciais aos ele-
devem ser, efectivamente, separados todos os equipamen-
mentos da construção;
tos pertencentes ao mesmo género de corrente ou à mes-
b) Seja previsto, entre o equipamento e os elementos
ma tensão, por forma a evitar, tanto quanto possível, as
da construção, quando combustíveis, uma separação con-
influências mútuas prejudiciais.
tra o fogo.
52 — Canalizações.
520 — Generalidades.
Se os elementos da construção não forem metálicos ou
520.1 — Na selecção e na instalação das canalizações
combustíveis, não são necessárias quaisquer condições
deve ter-se em conta os princípios fundamentais enun-
adicionais para a instalação. Caso o sejam, as condições
ciados na secção 13, no que respeita aos condutores e
indicadas nas alíneas anteriores, podem ser verificadas por
aos cabos, às suas ligações, às suas extremidades, às suas
meio de uma das medidas seguintes:
fixações e aos seus invólucros ou aos métodos de pro-
• Ligação da superfície de montagem ao condutor de tecção contra as influências externas.
protecção (PE) ou ao condutor de equipotencialidade da 521 — Tipos de canalizações.
instalação (veja-se 413.1.6 e 547.1.2), no caso de essa 521.1 — No quadro 52F são indicados os modos de
superfície ser metálica; instalação das canalizações em função do tipo de condu-
• Utilização de um separador de material isolante da tor ou de cabo, devendo as influências externas estar
categoria de inflamabilidade FH1 (segundo a Norma adequadas às regras das Normas aplicáveis a esses con-
HD 441) entre o equipamento e a sua superfície de dutores ou cabos.
QUADRO 52F
Selecção das canalizações
Modos de instalação
Caminhos de cabos, escadas
Condutas circulares (tubos)
Sobre isoladores
auto-suportados
Fixação directa
não circulares
Sem fixação
Condutores
e consolas
Condutas
Calhas
Cabos
cabos
Condutores nus - - - - - - + -
Condutores isolados - - + + + - + -
Cabos multicondutores(1) + + + + + + 0 +
Cabos monocondutores(1) 0 + + + + + 0 +
- - Interdito
+ - Permitido
521.2 — No quadro 52G são indicados os modos de instalação das canalizações em função da sua situação parti-
cular.
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(61)
QUADRO 52G
Modos de instalação
Caminhos de cabos,
Condutas circulares
Sobre isoladores
auto-suportados
Fixação directa
não circulares
Sem fixação
Condutas
consolas
escadas
Situação
(tubos)
Calhas
Cabos
e
Ocos de construção 21,25, 0 22,73, - 23 12,13,14, - -
73,74 74 15,16
Enterradas 62,63 0 61 - 61 0 - -
Imersas 81 81 0 - 0 0 - -
- - Interdito
QUADRO 52H
1 2 3 4
1 2 3 4
E ou F [4] ou
Cabos mono ou multicondutores (com ou 14 [5](2)(3)
sem armadura) em consolas G
1 2 3 4
B2 para:
1,5DedV5De
Cabos mono ou multicondutores em ocos 21
B para:
da construção
5DedV50De
(4)
B2 para:
Condutores isolados em condutas
1,5DedV20De
circulares (tubos) em ocos da construção 22
B para:
20DedV50De
(4)
B2 para:
Condutores isolados em condutas não 1,5DedV20De
circulares em ocos da construção 23 B para:
20DedV50De
(4)
B2 para:
Cabos mono ou multicondutores em tectos 1,5DedV5De
falsos ou suspensos 25 B para:
5DedV50De
(4)
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(5) - Os valores das correntes admissíveis indicados para o método de referência B são válidos para um único circuito;
quando se utilizar mais do que um circuito, devem ser aplicados os factores de correcção indicados no quadro 52E1,
mesmo se houver divisórias ou separadores.
(6) - Recomenda-se limitar a utilização destes modos de instalação aos locais acessíveis apenas a pessoas autorizadas.
(7) - Em estudo; provisoriamente aplica-se o método D do Anexo III.
(8) - Para os cabos multicondutores utilizar o método de referência B2.
(9) - Quando a construção destas calhas for termicamente equivalente às utilizadas nos métodos de instalação 31 e 32,
podem ser usados os métodos de referência B e B2 (veja-se a nota 7).
521.4 — As canalizações pré-fabricadas devem satisfa- 521.9.5 — Nos ocos da construção, as canalizações
zer à Norma EN 60439-2 e devem ser instaladas de acordo devem ser constituídas por cabos mono ou multiconduto-
com as instruções do seu fabricante. Nessa instalação res ou por condutores isolados protegidos por condutas,
devem ser observadas as regras indicadas nas secções 522 os quais devem poder ser colocados ou retirados sem
(com excepção das secções 522.1.1, 522.3.3, 522.8.1.6, necessidade de intervenção sobre quaisquer elementos da
522.8.1.7 e 522.8.1.8), 525, 526, 527 e 528. construção do edifício. Os condutores, os cabos e as
521.5 — Os condutores dos circuitos em corrente alter- condutas que sejam colocados directamente nos ocos da
nada colocados dentro de invólucros em material ferromag- construção devem ser não propagadores das chamas.
nético devem ser instalados por forma a que todos os As dimensões dos ocos da construção devem ser tais
condutores de cada circuito se encontrem dentro do mes- que as condutas possam penetrar livremente no seu inte-
mo invólucro. rior.
521.6 — Numa conduta ou numa calha pode ser insta- No caso de serem usados cabos (mono ou multicon-
lado mais do que um circuito desde que todos os condu- dutores), estes podem ser colocados directamente nos es-
tores sejam isolados para a tensão nominal mais elevada paços ocos, isto é, sem condutas, se a menor dimensão
dos circuitos em causa. transversal desse espaço for não inferior a 20 mm em
521.7 — A protecção contra as influências externas con- todo o seu comprimento. Além disso, a secção ocupada
ferida pelo modo de instalação deve ser garantida, de for- pelos cabos (incluindo quaisquer elementos de protec-
ma continua, em todo o percurso da canalização, nomea- ção), não deve ser superior a 1/4 da secção do oco da
damente, nos ângulos e junto às entradas nos aparelhos. construção.
As descontinuidades devem garantir, se necessário, a 521.9.6 — Nas canalizações enterradas, apenas podem
estanquidade (por exemplo, por meio de bucins). ser utilizados cabos que satisfaçam a uma das condições
521.8 — Nos atravessamentos dos elementos da cons- seguintes:
trução, as canalizações que possuam condutas com códi- a) Cabos dotados de armadura em aço e de uma bai-
go IK inferior a IK07 devem ser dotadas de uma protec- nha estanque colocada sob essa armadura (que podem ser
ção mecânica suplementar (travessia). instalados directamente no solo);
521.9 — Nas secções 521.9.1 a 521.9.8 são indicadas b) Cabos sem armadura mas dotados de uma bainha de
regras particulares a aplicar aos diferentes modos de ins- espessura adequada (que podem ser instalados directa-
talação. mente no solo, desde que seja colocada uma protecção
521.9.1 — As condutas que sejam propagadoras das mecânica independente contra os impactos mecânicos re-
chamas (reconhecíveis pela coloração alaranjada) não po- sultantes de ferramentas metálicas portáteis — código IK
dem ser instaladas à vista. não inferior a IK08);
521.9.2 — Nas instalações embebidas, as condutas de c) Outros cabos (que devem ser protegidos por condu-
código IK não superior a IK07 só podem ser instaladas tas ou por outros dispositivos equivalentes contra impac-
antes da execução dos elementos da construção se não tos mecânicos — código IK não inferior a IK08).
ficarem sujeitas a acções mecânicas importantes durante
os trabalhos de construção. As condutas de código IK Nas canalizações enterradas, os cabos devem ser
superior a IK07 podem ser instaladas antes ou depois da protegidos contra as deteriorações causados pelos aba-
execução dos elementos da construção. timentos do terreno, contra o contacto de corpos du-
Nas instalações embebidas, as condutas que sejam pro- ros, contra os impactos provocados pelas ferramentas
pagadoras das chamas (reconhecíveis pela coloração ala- portáteis em valas, assim como contra as acções quími-
ranjada) devem ficar completamente envolvidas em mate- cas provocadas pelo terreno. Para fazer face aos efei-
riais incombustíveis. tos dos abatimentos do terreno, os cabos devem ser
521.9.3 — As ranhuras dos rodapés em madeira devem enterrados em terreno normal a, pelo menos, 60 cm da
ter dimensões suficientes para que os condutores se pos- superfície do solo. Esta distância deve ser aumentada
sam alojar livremente no seu interior. para, pelo menos, 1 m nas travessias de vias acessíveis
Nos rodapés em madeira, só deve ser instalado um a veículos automóveis e numa extensão de 50 cm para
condutor por ranhura, excepto se os diversos condutores cada lado dessas vias. Estas profundidades podem ser
pertencerem a um mesmo circuito. diminuídas no caso de terrenos rochosos ou quando
A parte inferior das calhas (incluindo os rodapés) deve forem tomadas medidas para evitar que os cabos supor-
ficar a, pelo menos, 10 cm acima do pavimento acabado. tem directamente o peso do terreno, como por exemplo,
521.9.4 — Nas calhas em que as tampas sejam desmon- protegendo-os por meio de condutas de código IK não
táveis sem auxílio de ferramentas, não são permitidas liga- inferior a IK08.
ções excepto se as calhas possuírem dispositivos de pro- A distância mínima entre duas canalizações enterradas
tecção suplementar. que se cruzem deve ser, em regra, de 20 cm. Igual distân-
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cia deve ser respeitada entre os pontos mais próximos 522.3.2 — Devem ser tomadas as medidas adequadas
(paralelismo ou cruzamento) das canalizações eléctricas e para garantir a evacuação da água que se possa acumular
das condutas de água, de gás, de hidrocarbonetos, de ar ou condensar nas canalizações.
comprimido ou de vapor, quando enterradas. Esta distân- 522.3.3 — Para conferir uma protecção suplementar às
cia pode ser reduzida desde que as canalizações sejam canalizações que possam estar sujeitas à acção das va-
separadas por meio de dispositivos de protecção com gas de água (AD6) deve-se usar um ou mais dos méto-
segurança equivalente. dos indicados nas secções 522.6, 522.7 e 522.8.
As canalizações enterradas devem ser sinalizadas por 522.4 — Presença de corpos sólidos (AE) (veja-se 321.5).
meio de um dispositivo não degradável, colocado a, pelo 522.4.1 — As canalizações devem ser seleccionadas e
menos, 10 cm acima destas. instaladas por forma a limitar os perigos provenientes da
521.9.7 — Os invólucros das canalizações pré- penetração de corpos sólidos, devendo apresentar um
-fabricadas devem garantir uma protecção contra os con- código IP adequado ao local onde forem instaladas.
tactos directos em serviço normal e ter um código IP não 522.4.2 — Nos locais onde existam poeiras (AE4 a AE6)
inferior a IP2X. Quando for necessário abrir esse invólu- devem-se tomar precauções suplementares a fim de impe-
cro, deve ser respeitada uma das condições indicadas na dir a acumulação de poeiras ou de outras substâncias em
secção 412.2.4. quantidades tais que possam afectar a dissipação do ca-
521.9.8 — As regras indicadas nesta secção aplicam-se lor das canalizações.
às linhas aéreas exteriores estabelecidas em condutores 522.5 — Presença de substâncias corrosivas ou poluen-
nus, às de condutores dotados de um isolamento resis- tes (AF) (veja-se 321.6).
tente às intempéries ou às em condutores isolados em 522.5.1 — Quando a presença de substâncias corrosivas
feixe (torçadas) e montadas em postes de madeira, em ou poluentes (incluindo a água) for susceptível de provo-
poste de betão armado, em postes de ferro ou em posta- car corrosão ou qualquer outro tipo de degradação, todas
letes metálicos. Estas regras não se aplicam às cercas elec- as partes das canalizações devem ser convenientemente
trificadas. protegidas ou fabricadas com materiais resistentes a es-
Os locais com riscos de explosão (BE3) não devem ser sas substâncias.
alimentados por meio de linhas aéreas. A alimentação 522.5.2 — Não devem ser colocados em contacto metais
desses locais deve ser feita por meio de canalizações en- diferentes susceptíveis de formarem pares electroquímicos,
terradas numa distância não inferior a 20 m, estabelecidas excepto se forem tomadas medidas particulares destinadas
nas condições indicadas na secção 521.9.6. a evitar as consequências desses contactos.
As linhas aéreas exteriores devem, ainda, satisfazer, na 522.5.3 — Não devem ser colocados em contacto mate-
parte aplicável, às regras indicadas no Regulamento de riais que possam provocar deteriorações mútuas ou indi-
Segurança de Redes de Distribuição de Energia Eléctrica viduais ou ainda degradações perigosas.
em Baixa Tensão, aprovado pelo Decreto Regulamentar 522.6 — Impactos (AG) (veja-se 321.7).
n.º 90/84, de 26 de Dezembro. 522.6.1 — As canalizações devem ser seleccionadas e
522 — Selecção e instalação em função das influências instaladas por forma a limitar os danos provenientes das
externas. solicitações mecânicas (choque, penetração ou compres-
522.1 — Temperatura ambiente (AA) (veja-se 321.1). são).
522.1.1 — As canalizações devem ser seleccionadas e 522.6.2 — Nas instalações fixas onde se possam produ-
instaladas por forma a estarem adaptadas à temperatura zir impactos médios (AG2) ou fortes (AG3), a protecção
ambiente local mais elevada e a garantir que a temperatu- pode ser garantida por um dos meios seguintes (ou pelas
ra limite indicada no Quadro 52A (veja-se 523.1.1) não seja suas combinações):
ultrapassada.
522.1.2 — Os elementos das canalizações, incluindo os a) Selecção das canalizações com características mecâ-
cabos e os seus acessórios, devem ser instalados ou nicas adequadas;
manipulados dentro dos limites de temperatura fixados nas b) Selecção adequada do local;
Normas correspondentes ou indicados pelos respectivos c) Utilização de uma protecção mecânica complementar
fabricantes. (local ou geral).
522.2 — Fontes externas de calor.
522.2.1 — As canalizações devem ser protegidas contra 522.7 — Vibrações (AH) (veja-se 321.7.2).
os efeitos do calor emitido por fontes externas por meio 522.7.1 — As canalizações suportadas por estruturas ou
dos métodos a seguir indicados (ou de outros igualmente fixadas nestas ou a equipamentos submetidos a vibrações
eficazes): médias (AH2) ou fortes (AH3) devem ser apropriadas para
essas condições, nomeadamente, no que respeita aos ca-
a) Utilização de écrans de protecção; bos e às suas ligações.
b) Afastamento suficiente das fontes de calor; 522.8 — Outras solicitações mecânicas (AJ) (veja-se
c) Selecção da canalização tendo em conta os aqueci- 321.7.3).
mentos adicionais que se possam produzir; 522.8.1 — As canalizações devem ser seleccionadas e
d) Reforço local ou substituição do material isolante. instaladas de forma a impedir, durante a instalação, a uti-
lização e a manutenção, quaisquer danos nas bainhas dos
522.3 — Presença da água (AD) (veja-se 321.4). seus cabos, no isolamento dos seus condutores e nas
522.3.1 — As canalizações devem ser seleccionadas e suas terminações.
instaladas por forma a que não sofram danos devidos à 522.8.1.1 — Os condutores e os cabos só devem ser
penetração da água, devendo apresentar um código IP enfiados nas condutas embebidas em roços nos elemen-
adequado ao local onde forem instalados. tos da construção após a colocação destas.
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522.8.1.2 — O raio de curvatura de uma canalização deve ser seleccionadas em conformidade com esse risco ou deve-
ser tal que os condutores e os cabos não possam ser -se usar um dos meios seguintes (ou as suas combinações):
danificados.
a) Selecção das canalizações com as características
522.8.1.3 — Quando os condutores e os cabos não fo- mecânicas adequadas;
rem suportados, em todo o seu comprimento, por supor- b) Selecção adequada dos locais;
tes ou outros meios relativos ao seu modo de instalação, c) Utilização de protecção mecânica complementar (lo-
devem ser suportados por meios apropriados em interva- cal ou geral).
los suficientes, por forma a que não possam ser danifica-
dos pelo seu próprio peso. 522.11 — Radiação solar (AN) (veja-se 321.11).
522.8.1.4 — Quando as canalizações forem sujeitas a 522.11.1 — Quando se preveja risco de radiação solar
tracções permanentes (por exemplo, devidas ao seu pró- importante (AN2 ou AN3) devem ser seleccionadas e ins-
prio peso, em percursos verticais), deve ser usado um tipo taladas canalizações apropriadas a estas condições ou
apropriado de cabo ou de condutor com uma secção e um deve ser previsto um écran adequado.
modo de instalação adequados por forma a evitar quais- 522.12 — Efeitos sísmicos (AP) (veja-se 321.12).
quer danos nos cabos e nos seus elementos de fixação. 522.12.1 — As canalizações devem ser seleccionadas e
522.8.1.5 — As canalizações em que os condutores e os instaladas tendo em conta o risco sísmico do local da
cabos tenham que ser enfiados e desenfiados devem pos- instalação.
suir meios de acesso apropriados que permitam essas 522.12.2 — No caso de o risco sísmico conhecido não
operações. ser desprezável (AP2 ou superior) deve-se ter particular
522.8.1.6 — As canalizações embebidas nos pavimentos atenção:
devem ser devidamente protegidas contra os danos cau-
a) Às fixações das canalizações à estrutura dos edifícios;
sados pela utilização prevista para o pavimento. b) Às ligações entre as canalizações fixas e todos os
522.8.1.7 — O percurso das canalizações embebidas em equipamentos essenciais, tais como os relativos à segu-
roços e que sejam fixadas rigidamente aos elementos da rança, que devem ser seleccionados de acordo com as suas
construção deve ser vertical, horizontal ou paralelo às características de flexibilidade.
arestas das superfícies de apoio. No caso de canalizações
embebidas no betão, pode seguir-se o percurso prático 522.13 — Movimentos do ar (AR) (veja-se 321.14).
mais curto. 522.13.1 — Para os movimentos do ar (AR) vejam-se as
522.8.1.8 — Os cabos flexíveis devem ser instalados por secções 522.7 — vibrações (AH) e 522.8 — outras solici-
forma a evitar os esforços de tracção excessivos sobre os tações mecânicas (AJ).
condutores e sobre as ligações. 522.14 — Estrutura dos edifícios (CB) (veja-se 323.2).
522.9 — Presença de flora ou de bolores (AK) (veja-se 522.14.1 — Quando houver risco de movimentos da
321.8). estrutura (CB3), os suportes dos cabos e os sistemas de
522.9.1 — Quando as condições conhecidas ou previsí- protecção devem permitir o movimento relativo daquela, a
veis representarem risco (AK2), as canalizações devem ser fim de evitar que os condutores e os cabos fiquem sub-
seleccionadas por forma a ter-se em conta esse risco ou metidos a solicitações mecânicas excessivas.
devem ser tomadas medidas de protecção apropriadas. 522.14.2 — Nas estruturas flexíveis ou instáveis (CB4),
522.10 — Presença de fauna (AL) (veja-se 321.9). devem ser utilizadas canalizações flexíveis.
522.10.1 — Quando, nas condições conhecidas ou pre- 522.15 — Resistência eléctrica do corpo humano (BB)
visíveis, puder existir risco (AL2), as canalizações devem (veja-se 322.2).
522.16 — Contactos das pessoas com o potencial da terra (BC) (veja-se 322.3).
BC1 Nulos
Sem limitações de emprego.
BC2 Reduzidos
QUADRO 52A
Temperaturas máximas de funcionamento para os isolamentos
523.1.2 — Considera-se cumprida a regra indicada na 523.5.3 — Os condutores com funções exclusivamente
secção 523.1.1 quando a corrente nos condutores isola- de protecção não devem ser considerados para efeito da
dos e nos cabos sem armadura não for superior aos valo- determinação do número de condutores carregados de um
res correspondentes indicados nos quadros do anexo III. circuito. Os condutores PEN devem, quando exclusivamen-
Para os outros tipos de cabos, as correntes admissíveis te utilizados para este efeito, ser considerados como con-
devem ser determinadas de acordo com o indicado na dutores neutros.
secção 523.1.3. 523.6 — Condutores em paralelo.
523.1.3 — Para cumprimento das regras indicadas na Quando forem ligados em paralelo vários condutores da
secção 523.1.1, os valores das correntes admissíveis e os
mesma fase ou da mesma polaridade, devem-se tomar
factores de correcção podem ser determinados por um dos
medidas para garantir que a corrente se reparta igualmen-
meios seguintes:
te entre eles.
a) Métodos preconizados na Norma IEC 60287; Considera-se que esta regra é cumprida se os conduto-
b) Ensaios; res forem do mesmo material, tiverem a mesma secção,
c) Cálculos, utilizando um método reconhecido, desde aproximadamente o mesmo comprimento, não tiverem qual-
que exacto. quer derivação ao longo do seu comprimento e se verifi-
car uma das condições seguintes:
Pode ser necessário ter em conta as características da
carga. a) Os condutores em paralelo pertencerem ao mesmo
523.2 — Temperatura ambiente. cabo multicondutor ou forem condutores isolados ou ca-
523.2.1 — O valor da temperatura ambiente a usar é o bos monocondutores, agrupados em feixe (torçadas);
da temperatura do meio que envolve o cabo ou o condu- b) Os condutores e os cabos monocondutores não in-
tor, quando não carregados. cluídos na alínea a), em paralelo, de secção superior a
523.2.2 — (Disponível.) 50 mm², se de cobre, ou a 70 mm², se de alumínio, forem
523.2.3 — (Disponível.) colocados em triângulo ou em linha e tiverem sido toma-
523.2.4 — (Disponível.) das as medidas adequadas a cada caso.
523.3 — (Disponível.) 523.7 — Variações das condições de instalação num
523.4 — (Disponível.) dado percurso.
523.5 — Número de condutores carregados num circuito.
Quando as condições de arrefecimento dos condutores
523.5.1 — O número de condutores a considerar num
circuito é o correspondente ao dos efectivamente percor- ou dos cabos variarem ao longo do percurso onde esti-
ridos pela corrente. Nos circuitos polifásicos equilibrados, verem instalados, as correntes admissíveis devem ser de-
com excepção do indicado na secção 523.5.2, o neutro não terminadas para o troço que apresentar as condições mais
deve ser considerado para este efeito. desfavoráveis.
523.5.2 — Quando o condutor neutro transportar uma 524 — Secção dos condutores.
corrente sem a correspondente redução devida à carga dos 524.1 — As secções dos condutores de fase nos circui-
condutores de fase, aquele condutor deve ser considera- tos de corrente alternada e dos condutores activos nos
do para a determinação do número de condutores carre- de corrente contínua não devem ser inferiores aos valo-
gados. res indicados no Quadro 52J.
QUADRO 52J
Secções mínimas dos condutores
Condutores
Natureza das canalizações Utilização do circuito
Material Secção (mm²)
524.2 — O eventual condutor neutro deve ter a mesma tuais harmónicas, não for superior à corrente admissível
secção que os condutores de fase: correspondente à da secção reduzida do condutor neu-
a) Nos circuitos monofásicos a 2 condutores, seja qual tro;
for a sua secção; b) O condutor neutro estiver protegido contra sobrein-
b) Nos circuitos monofásicos a 3 condutores e nos cir-
tensidades de acordo com as regras indicadas na sec-
cuitos polifásicos cujos condutores de fase tenham sec-
ção não superior a 16 mm², se de cobre, ou a 25 mm², se ção 473.3.2;
de alumínio. c) A secção do condutor neutro não for inferior a
16 mm², se de cobre, ou a 25 mm², se de alumínio.
524.3 — Nos circuitos polifásicos com condutores de
fase de secção superior a 16 mm², se de cobre, ou a
25 mm², se de alumínio, o condutor neutro pode ter uma 525 — Quedas de tensão.
secção inferior à secção dos condutores de fase se forem A queda de tensão entre a origem da instalação e qual-
verificadas, simultaneamente, as condições seguintes: quer ponto de utilização, expressa em função da tensão
a) A corrente máxima susceptível de percorrer o con- nominal da instalação, não deve ser superior aos valores
dutor neutro em serviço normal, incluindo a das even- indicados no quadro 52O.
QUADRO 52O
Quedas de tensão máximas admissíveis
526 — Ligações. 526.6 — Com excepção dos casos das linhas aéreas e
526.1 — As ligações entre condutores e entre estes e das linhas de contacto que alimentam aparelhos móveis,
os equipamentos devem garantir uma continuidade eléc- as ligações dos condutores entre si e aos equipamentos
trica durável e apresentar uma resistência mecânica ade- não devem estar submetidas a esforços de tracção ou de
quada. torção.
526.2 — Na selecção dos meios de ligação devem ter- 526.7 — Devem ser tomadas medidas para evitar que os
-se em conta: condutores coloquem em tensão uma parte normalmente
isolada das partes activas.
a) O material das almas condutoras e do seu isola- 526.8 — As ligações devem poder suportar as solicita-
mento; ções devidas às correntes admissíveis e às correntes de
b) O número e a forma das almas condutoras; curto-circuito previsíveis em função dos dispositivos de
c) A secção dos condutores; protecção utilizados. Além disso, não devem sofrer modi-
d) O número de condutores a ligar. ficações inadmissíveis, resultantes do aquecimento, do
envelhecimento dos materiais isolantes ou das vibrações
526.3 — As ligações devem ser acessíveis para efeitos que possam ocorrer em serviço normal, com particular
de verificação, ensaio e manutenção, excepto nos casos destaque para a influência que as temperaturas atingidas
seguintes: possam ter na resistência mecânica dos materiais.
a) Junções de cabos enterrados; 526.9 — A repicagem dos condutores, isto é, a ligação,
b) Junções embebidas num composto ou encapsuladas; aos terminais de um equipamento, de condutores destina-
c) Ligações entre as junções frias e os elementos aque- dos a alimentar outros equipamentos, só é permitida nos
cedores dos sistemas de aquecimento dos pavimentos e terminais das tomadas de corrente, das luminárias com
dos tectos. lâmpadas fluorescentes e das calhas electrificadas para
iluminação, se forem cumpridas, simultaneamente, as con-
dições seguintes:
526.4 — Se necessário, devem ser tomadas precau-
ções para evitar que a temperatura atingida pelas li- a) Os terminais forem especialmente previstos para esse
gações em serviço normal possa afectar o isolamento fim (como é o caso de certas tomadas) ou forem dimensi-
dos condutores que lhes estão ligados ou que as su- onados para receber a secção total dos condutores a eles
portam. ligados;
526.5 — As ligações devem ter um código IP mínimo b) A corrente estipulada desses terminais não for infe-
IP2X, por construção ou por montagem. rior à corrente de serviço do circuito a montante.
6682-(72) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
527 — Selecção e instalação com vista a limitar a pro- 527.3 — Influências externas.
pagação do fogo. 527.3.1 — As obturações previstas nas secções ante-
527.1 — Precauções no interior de compartimentos fe- riores devem ser adequadas às influências externas a que
chados. possam estar sujeitas as canalizações correspondentes e
527.1.1 — O risco de propagação do fogo deve ser li- devem, além disso:
mitado por meio da selecção dos equipamentos apropria-
dos e de uma instalação segundo o indicado na sec- a) Resistir aos produtos da combustão nas mesmas
ção 522. condições que os elementos da construção nos quais são
527.1.2 — As canalizações devem ser montadas por for- colocados;
ma a não alterarem as características da resistência mecâ- b) Apresentar o mesmo código IP relativamente à pe-
nica da estrutura do edifício e a segurança contra incên- netração de líquidos que o prescrito para os elementos da
dios. construção nos quais são colocados;
527.1.3 — Os cabos que satisfaçam ao ensaio de não c) Estar protegidas contra as gotas de água que pos-
propagação da chama e as condutas que possuam o ne- sam escorrer ao longo da canalização ou que se possam
cessário comportamento ao fogo podem ser instalados sem acumular em volta da obturação, excepto se os materiais
precauções especiais. usados forem resistentes à humidade após a sua instalação.
527.1.4 — Os cabos que não satisfaçam ao ensaio de
não propagação da chama devem ser usados apenas em A condição indicada na alínea c) também se aplica às
comprimentos curtos, em ligações dos equipamentos às canalizações.
canalizações fixas e, em qualquer dos casos, não devem 527.4 — Condições de instalação.
passar de um compartimento para o outro. 527.4.1 — Durante a instalação de uma canalização, pode
527.1.5 — Com excepção dos cabos, as restantes par- ser necessário prever uma obturação temporária.
tes das canalizações que não satisfaçam ao ensaio de não 527.4.2 — Após as modificações da instalação a que
propagação das chamas devem ser completamente envol- eventualmente seja necessário proceder, as obturações
vidas por materiais da construção apropriados, não com- devem ser restabelecidas tão rapidamente quanto pos-
bustíveis. sível.
527.2 — Barreiras corta-fogo. 527.5 — Verificação e ensaios.
527.2.1 — Sempre que uma canalização atravessar ele- 527.5.1 — As obturações devem ser verificadas por for-
mentos da construção (pavimentos, paredes, tectos, telha- ma a garantir que satisfaçam às instruções de instalação
dos, etc.), as aberturas que ficarem após a colocação da constantes do certificado do ensaio de tipo para o produ-
canalização devem ser obturadas de acordo com o grau to em causa (veja-se 527.2.3).
de resistência ao fogo prescrito para o elemento atraves- 527.5.2 — A verificação feita nos termos do indicado
sado (veja-se a Norma ISO 834). na secção 527.5.1 dispensa a realização de quaisquer en-
527.2.2 — Os elementos das canalizações, tais como, saios.
as condutas, as calhas e as canalizações pré-fabricadas 528 — Vizinhança com outras canalizações.
que penetrem em elementos da construção que possuam 528.1 — Vizinhança com canalizações eléctricas.
uma resistência ao fogo especificada, devem ser obtura- Os circuitos dos domínios de tensão I e II não devem
dos interiormente de acordo com o grau de resistência
ser incluídos nas mesmas canalizações eléctricas, excepto
ao fogo do elemento correspondente antes de serem atra-
se cada cabo for isolado para a maior das tensões exis-
vessados e, exteriormente, como se indica na secção
tentes na canalização ou se for adoptada uma das medi-
anterior.
das seguintes:
527.2.3 — As regras indicadas nas secções 527.2.1 e
527.2.2 consideram-se cumpridas se a obturação da cana- a) Cada condutor de um cabo multicondutor for isola-
lização for de um tipo homologado. do para a maior das tensões existentes no cabo;
527.2.4 — As condutas e as calhas em material que b) Os cabos forem isolados para a tensão do circuito
satisfaça ao ensaio de não propagação da chama definido respectivo e forem instalados num compartimento separa-
na Norma NP 1071 e que tenham uma secção interior não do de uma calha ou de uma conduta;
superior a 710 mm2 podem não ser obturadas interiormen- c) Os circuitos forem colocados em condutas sepa-
te desde que satisfaçam, simultaneamente, às condições radas.
seguintes:
a) Tenham um código IP não inferior a IP33; 528.2 — Vizinhança com canalizações não eléctricas.
b) Tenham, nas extremidades, um código IP não infe- 528.2.1 — As canalizações eléctricas não devem ser
rior a IP33, quando estas terminarem num compartimento colocadas na vizinhança de canalizações não eléctricas
separado, por construção, do compartimento no qual pe- que produzam calor, fumo ou vapor que possam danificar
netrem as condutas ou as calhas. as canalizações eléctricas, excepto se forem protegidas por
meio de écrans dispostos por forma a não afectarem a
527.2.5 — Nenhuma canalização deve penetrar nos ele- dissipação do calor.
mentos resistentes da construção, excepto quando as ca- 528.2.2 As canalizações eléctricas não devem ser colo-
racterísticas desses elementos forem mantidas após a pe- cadas por debaixo de outras canalizações que possam
netração (veja-se a ISO 834). originar condensações (tais como canalizações de água, de
527.2.6 — As obturações indicadas nas secções 527.2.1 vapor ou de gás), excepto se forem tomadas medidas para
e 527.2.3 devem satisfazer às regras indicadas na Norma proteger as canalizações eléctricas dos efeitos nocivos
respectiva e às regras indicadas na secção 527.3. dessas condensações.
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(73)
528.2.3 — Quando houver necessidade de instalar cana- activas e os elementos da construção, uma distância no
lizações eléctricas na vizinhança de outras não eléctricas, ar não inferior à que corresponde à tensão suportável ao
devem ser tomadas as necessárias precauções para evitar choque, indicada no quadro 53A (veja-se 536.2.1.1).
que qualquer intervenção previsível numa delas (eléctrica 530.4.3 — A aparelhagem para montagem embebida,
ou não) possa ocasionar danos nas outras. deve ficar alojada em caixas de aparelhagem fixas aos ele-
528.2.4 — Quando uma canalização eléctrica estiver co- mentos da construção e fabricadas em materiais não pro-
locada na proximidade imediata de uma canalização não pagadores da chama.
eléctrica, devem verificar-se, simultaneamente, as condições 530.4.4 — Quando a aparelhagem for montada numa
seguintes: calha (rodapé, prumo ou arquitrave), deve ficar solidária
com a base desta.
a) As canalizações devem ser protegidas conveniente-
531 — Dispositivos de protecção contra os contactos
mente contra os perigos que possam resultar da presença
indirectos por corte automático da alimentação.
das outras canalizações em utilização normal;
531.1 — Dispositivos de protecção por máximo de cor-
b) A protecção contra contactos indirectos deve ser
rente.
garantida de acordo com as regras indicadas na sec-
531.1.1 — Esquema TN.
ção 413, devendo as canalizações metálicas não eléctricas
No esquema TN, os dispositivos de protecção contra
ser consideradas como elementos condutores estranhos.
as sobreintensidades devem ser seleccionados e instala-
529 — Selecção e instalação em função da manutenção dos nas condições indicadas nas secções 473.2, 473.3 e
(incluindo a limpeza). 533.3 relativas aos dispositivos de protecção contra os
529.1 — Na selecção e na instalação das canalizações curtos-circuitos, devendo ainda satisfazer às regras indi-
deve-se ter em conta a experiência e os conhecimentos das cadas na secção 413.1.3.3.
pessoas susceptíveis de garantirem a manutenção. 531.1.2 — Esquema TT.
529.2 — Quando for necessário suprimir uma determina- No esquema TT, os dispositivos de protecção contra
da medida de protecção para se efectuarem operações de sobreintensidades por máximo de corrente são, na prática,
manutenção devem-se tomar as necessárias precauções por pouco utilizados pois é necessário que a resistência RA
forma a que do restabelecimento da medida de protecção do eléctrodo de terra das massas satisfaça à condição
suprimida não resulte uma redução do grau de protecção seguinte:
previsto inicialmente. 50
RA d
529.3 — Devem-se tomar medidas com vista a garantir Ia
a acessibilidade segura e adequada às canalizações que em que:
possam necessitar de operações de manutenção. Ia é a corrente de funcionamento do dispositivo de
53 — Aparelhagem (protecção, comando e secciona- protecção para um tempo não superior a 5 s.
mento).
530 — Generalidades e regras comuns. Deve ser considerado um valor inferior ao calculado
As regras constantes desta secção complementam as para RA, por forma a ter em conta as eventuais variações
regras comuns indicadas na secção 51. da resistência do eléctrodo de terra (veja-se 542).
530.1 — Nos aparelhos multipolares, os contactos mó- 531.1.3 — Esquema IT.
veis de todos os pólos devem estar ligados mecanica- Quando as massas estiverem interligadas, os dispositi-
mente por forma a garantir a abertura e o fecho, simultâ- vos de protecção contra as sobreintensidades que garan-
neos, dos contactos de fase do circuito, podendo os tem a protecção ao segundo defeito devem ser seleccio-
contactos destinados ao neutro fechar antes e abrir de- nados de acordo com as condições indicadas na
pois dos das fases. secção 531.1.1, atendendo ainda às regras indicadas na
530.2 — Nos circuitos polifásicos não devem ser insta- secção 413.1.5.
lados aparelhos unipolares no condutor neutro, com ex- 531.2 — Dispositivos de protecção sensíveis à corrente
cepção dos casos indicados na secção 536.2.4. diferencial-residual (abreviadamente designados por dispo-
Nos circuitos monofásicos não devem ser instalados sitivos diferenciais ou por DR).
aparelhos unipolares no condutor neutro, com excepção 531.2.1 — Condições gerais de instalação.
dos casos de circuitos que tenham dispositivos diferen- Nos esquemas em corrente contínua (dc), os dispositi-
ciais a montante e que satisfaçam ao indicado na sec- vos diferenciais devem ser especificamente concebidos
ção 413.1. para a detecção de correntes diferenciais contínuas e para
530.3 — Quando os dispositivos garantirem mais do o corte das correntes do circuito nas condições normais
que uma função, cada uma delas deve satisfazer às res- e nas situações de defeito.
pectivas regras indicadas nas presentes Regras Técnicas. 531.2.1.1 — Os dispositivos diferenciais devem garantir
530.4 — Na fixação da aparelhagem devem ser observa- o corte de todos os condutores activos do circuito. No
das as regras indicadas nas secções 530.4.1 a 530.4.4. esquema TN-S, o condutor neutro pode não ser cortado
530.4.1 — Com excepção da aparelhagem especialmente se as condições de alimentação forem tais que este con-
concebida para ser ligada a canalizações móveis, a restan- dutor possa ser considerado como estando, seguramente,
te aparelhagem deve ser fixa por forma a que as suas li- ao potencial da terra.
gações às canalizações não fiquem submetidas a esforços 531.2.1.2 — Pelo interior do circuito magnético de um
de tracção ou de torção, ainda que decorrentes da sua uti- dispositivo diferencial não deve passar qualquer condu-
lização normal. tor de protecção.
530.4.2 — Na aparelhagem para montagem saliente, deve 531.2.1.3 — A selecção dos dispositivos diferenciais e
existir, por construção ou por instalação, entre as partes a divisão dos circuitos eléctricos devem ser feitas por
6682-(74) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
forma a que qualquer corrente de fuga à terra susceptível 531.2.6 — Utilização de dispositivos diferenciais de alta
de ocorrer durante o funcionamento normal dos equipa- sensibilidade (IΔn ≤ 30 mA).
mentos alimentados não possa provocar disparos intem- 531.2.6.1 — A utilização de dispositivos diferenciais de
pestivos do dispositivo de protecção. alta sensibilidade é imposta nalgumas secções das partes 7
531.2.1.4 — Quando os equipamentos eléctricos sus- e 8, nomeadamente quando as condições de influências
ceptíveis de produzirem correntes contínuas estiverem externas forem particularmente severas ou quando os ris-
instalados a jusante de um dispositivo diferencial, devem cos de humidade poderem prejudicar o bom isolamento
ser tomadas precauções para que, em caso de defeito à dos equipamentos.
terra, as correntes contínuas não perturbem o funciona- 531.2.6.2 — A utilização de dispositivos diferenciais de
mento dos dispositivos diferenciais nem comprometam a alta sensibilidade é ainda necessária para garantir a pro-
segurança. tecção contra os contactos indirectos quando a resistên-
531.2.1.5 — A utilização de dispositivos diferenciais, cia do eléctrodo de terra das massas tiver um valor eleva-
ainda que de corrente diferencial-residual estipulada IΔn do, por exemplo superior a 500 Ω.
não superior a 30 mA, em circuitos que não tenham con- 531.3 — Controladores permanentes de isolamento (CPI).
dutor de protecção não deve ser considerada como uma Um controlador permanente de isolamento, que deve
medida de protecção suficiente contra os contactos indi- satisfazer ao indicado na secção 413.1.5.4, é um dispositi-
rectos. vo que controla, continuamente, o isolamento de uma ins-
531.2.2 — Selecção dos dispositivos diferenciais de acor- talação eléctrica. Este dispositivo destina-se a sinalizar
do com o seu modo de funcionamento. qualquer redução significativa do nível de isolamento da
531.2.2.1 — Os dispositivos diferenciais podem ser ou instalação, com a finalidade de permitir a pesquisa da
não equipados com uma fonte auxiliar, satisfazendo às avaria antes da ocorrência de um segundo defeito, evitan-
regras indicadas na secção 531.2.2.2. do assim o corte da alimentação.
531.2.2.2 — A utilização de dispositivos diferenciais com Deste modo, o CPI deve ser regulado para um valor de
fonte auxiliar sem corte automático em caso de falha des- resistência de isolamento inferior ao especificado na sec-
sa fonte, apenas é permitida se for verificada uma das ção 612.3 para a instalação considerada.
condições seguintes: Os controladores permanentes de isolamento devem ser
a) A protecção contra os contactos indirectos, realiza- concebidos e instalados por forma a que não seja possí-
vel modificar a sua regulação sem a utilização de uma
da de acordo com o indicado na secção 413.1, for garan-
chave ou de uma ferramenta.
tida mesmo em caso de falha da fonte auxiliar;
b) Os dispositivos diferenciais forem instalados em ins- 531.4 — Dispositivos de protecção sensíveis à tensão
talações exploradas, ensaiadas e verificadas por pessoas de defeito.
instruídas (BA4) ou qualificadas (BA5). No estabelecimento de sistemas de protecção que utili-
zem dispositivos de protecção de corte automático sensí-
531.2.3 — Esquema TN. veis à tensão de defeito devem ser observadas, simulta-
Se, para alguns equipamentos (ou partes da instalação), neamente, as condições seguintes:
uma ou mais das condições indicadas na secção 413.1.3 a) O tempo de funcionamento do dispositivo de pro-
não puderem ser verificadas, esses equipamentos (ou es- tecção não deve ser superior a 0,1 s;
sas partes da instalação) podem ser protegidas por um b) O elemento sensível à tensão de defeito deve ser
dispositivo diferencial. Nesse caso, as massas podem não ligado entre o condutor de protecção que liga o conjunto
ser ligadas ao condutor de protecção do esquema TN das massas e um condutor isolado, ligado a um eléctrodo
desde que o sejam a um eléctrodo de terra de resistência de terra auxiliar;
adaptada à corrente de funcionamento do dispositivo di- c) A ligação ao eléctrodo de terra auxiliar deve ser iso-
ferencial, sendo então o circuito protegido por este dis- lada, por forma a evitar qualquer contacto com o condu-
positivo diferencial considerado como se fosse de um tor de protecção, com os elementos que lhes estejam liga-
esquema TT (veja-se 413.1.4). Quando não for possível dos ou com elementos condutores que possam estar ou
criar eléctrodos de terra electricamente distintos, a ligação estejam em contacto com eles;
das massas ao condutor de protecção deve ser efectuada d) O condutor de protecção apenas deve ser ligado às
a montante do dispositivo diferencial. massas dos equipamentos cuja alimentação deva ser in-
531.2.4 — Esquema TT. terrompida em caso de defeito, em consequência do fun-
Se uma instalação for protegida por um único disposi- cionamento do dispositivo de protecção;
tivo diferencial, este deve ser colocado na origem da ins- e) O eléctrodo de terra auxiliar deve ser electricamente
talação. Esta regra é dispensada quando a parte da insta- distinto de todos os elementos condutores ligados à terra
lação compreendida entre a origem e o dispositivo e deve satisfazer às regras indicadas na secção 544.2.
diferencial satisfizer à medida de protecção relativa à uti-
lização de equipamentos da classe II ou de isolamento 532 — Dispositivos de protecção contra os efeitos tér-
equivalente (veja-se 413.2). micos (em estudo).
531.2.5 — Esquema IT. 533 — Dispositivos de protecção contra as sobreinten-
Quando a protecção for garantida por um dispositivo sidades.
diferencial e não se pretender um corte ao primeiro defei- 533.1 — Generalidades.
to, a corrente diferencial de não funcionamento desse dis- 533.1.1 — As bases dos fusíveis que utilizem porta-
positivo deve ser superior à corrente que circula num -fusíveis de rosca/rolha devem ser ligados por forma a que
condutor de fase em consequência de um defeito à terra, o contacto central se encontre do lado da origem da ins-
de impedância desprezável. talação.
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(75)
533.3 — Selecção dos dispositivos de protecção contra a) Uc ≥ 1,5xUo, para os DST ligados segundo o esque-
os curtos-circuitos. ma da figura 53B1 (esquema TT);
b) Uc ≥ 1,1xUo, para os DST ligados segundo o esque-
Na aplicação das regras indicadas na secção 43 aos
ma da figura 53A1 (esquemas TN) ou o esquema da figu-
curtos-circuitos de duração não superior a 5 s, devem ser
ra 53B2 (esquema TT);
consideradas as condições mínimas e máximas de curto-
c) Uc ≥ 1,1x U, para os DST ligados segundo o esque-
-circuito.
ma da figura 53C1 (esquema IT).
Quando a norma relativa a um dispositivo de protec-
ção indicar especificamente um poder de corte estipulado 534.2.3.2 — Os descarregadores de sobretensões e os
de serviço e um poder de corte estipulado limite, o dispo- seus dispositivos em série devem suportar, sem perigo, as
sitivo de protecção pode ser seleccionado a partir do sobretensões temporárias susceptíveis de ocorrerem na
poder de corte limite para as condições de curto-circuito instalação (veja-se 442).
máximas. 534.2.3.3 — Na selecção e na instalação descarregado-
As condições de funcionamento podem, contudo, jus- res de sobretensões devem ser verificadas as Normas da
tificar a selecção do dispositivo de protecção a partir do série IEC 61643.
poder de corte em serviço, por exemplo, quando o dispo- 534.2.3.4 — Quando os descarregadores de sobreten-
sitivo de protecção estiver localizado na origem da insta- sões forem instalados na origem da uma instalação alimen-
lação. tada pela rede de distribuição (pública) de baixa tensão, a
534 — Dispositivos de protecção contra as sobreten- sua corrente estipulada de descarga não deve ser inferior
sões. a 5 kA.
6682-(76) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
534.2.3.5 — O nível de protecção dos descarregadores existência de defeito interno, quer dos próprios dispositi-
de sobretensões deve satisfazer às regras indicadas na vos de protecção contra as sobretensões, quer de outros
secção 443. dispositivos de protecção que lhes estejam associados,
534.2.3.6 — Na selecção dos descarregadores de sobre- nas condições indicadas na secção 534.2.5.
tensões (DST) deve ser considerada a eventual existência 534.2.10 — Por forma a optimizar a protecção contra as
de outros DST na instalação. Os fabricantes dos DST sobretensões, os condutores de ligação dos descarrega-
devem indicar, na documentação anexa ao equipamento, dores de sobretensões devem ser tão curtos quanto pos-
as medidas a considerar por forma a garantir uma coorde- sível (de preferência, o comprimento total não deve exce-
nação mútua entre os vários DST existentes na instalação. der 0,5 m).
È o caso, por exemplo, de existirem DST destinados a 534.2.11 — Os condutores que ligam os descarregado-
proteger equipamentos que comportem circuitos eléctricos res de sobretensões ao terminal principal de terra devem
sensíveis, que apresentam, em regra, um nível de protec- ter uma secção nominal não inferior a 4 mm2. No caso des-
ção inferior ao previsto para a origem da instalação eléc- carregadores de sobretensões instalados em edifícios do-
trica. tados de pára-raios, esta secção não deve ser inferior a
534.2.4 — Os descarregadores de sobretensões devem 10 mm2.
ser instalados de acordo com as instruções dos fabrican- 535 — Dispositivos de protecção contra abaixamentos
tes, por forma a prevenir os riscos de incêndio ou de ex- de tensão.
plosão resultantes de sobrecargas (veja-se 442). Os dispositivos de protecção contra abaixamentos de
Os descarregadores de sobretensões não devem ser tensão devem ser seleccionados entre os seguintes:
instalados em locais classificados quanto às influências a) Relés sensíveis aos abaixamentos de tensão ou dis-
externas como BE2 ou BE3, excepto se forem utilizadas paradores que façam actuar um interruptor ou um disjun-
medidas de protecção adequadas. tor;
534.2.5 — Por forma a evitar eventuais restrições na b) Contactores sem encravamento.
disponibilidade da alimentação eléctrica devidas a falhas
dos descarregadores de sobretensões na instalação pro- 536 — Dispositivos de comando e de seccionamento.
tegida, devem ser previstos dispositivos de protecção 536.1 — Generalidades.
contra as sobreintensidades e contra os defeitos à terra. Os dispositivos de comando e de seccionamento de-
Estes dispositivos devem ser incorporados ou coloca- vem satisfazer às regras correspondentes indicadas nas
dos em série com os descarregadores de sobretensões, secções 462 a 465. Quando um mesmo dispositivo for uti-
excepto se os descarregadores forem de um tipo que, por lizado para garantir mais do que uma função, deve satis-
construção, dispensem esses dispositivos. fazer às regras relativas a cada uma delas.
534.2.6 — A protecção contra os contactos indirectos 536.2 — Dispositivos de seccionamento.
(veja-se 41) deve permanecer garantida na instalação pro- 536.2.1 — Os dispositivos de seccionamento devem
tegida, mesmo em caso de defeito dos descarregadores de cortar, efectivamente, todos os condutores activos da ali-
sobretensões. mentação do respectivo circuito tendo em conta as con-
534.2.7 — Se um descarregador de sobretensões for ins- dições indicadas na secção 461.2.
talado a jusante de um dispositivo diferencial, este deve Nas secções 536.2.1 a 536.2.5 são indicadas as condi-
ser do tipo S e deve poder suportar correntes de sobre- ções a que devem satisfazer os equipamentos utilizados
carga não inferiores a 3 kA (8/20 μs). para o seccionamento.
534.2.8 — No caso de descarregadores de sobretensões 536.2.1.1 — Os dispositivos de seccionamento devem
instalados em edifícios dotados de pára-raios devem ser satisfazer, simultaneamente, às condições seguintes:
verificadas as regras indicadas na Norma EN 61024-1 a) Suportarem, quando novos, limpos e secos, na posi-
(IEC 61024-1). ção de aberto e entre os terminais de cada polo, uma ten-
534.2.9 — Os descarregadores de sobretensões devem são suportável ao choque de valor indicado no
ser dotados de dispositivos indicadores, que assinalem a quadro 53A.
QUADRO 53A
- 120-240 3 5
230/400, 277/480 - 5(2) 8(2)
400/690, 577/1 000 - 8 10
(1) - Estes valores satisfazem a Norma IEC 60038. Para outros valores, veja-se o Anexo IV da
parte 4 das presentes Regras Técnicas.
(2) - Estes valores aplicam-se também às redes trifásicas em triângulo com uma fase à terra
(veja-se o Anexo IV da parte 4 das presentes Regras Técnicas).
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(77)
b) Apresentarem correntes de fuga através dos pólos, surgir apenas quando, em todos os pólos do dispositivo,
na posição de aberto, não superiores a: for atingida a respectiva posição final.
536.3.3 — Os dispositivos de corte para manutenção
0,5 mA por polo, quando novos, limpos e secos, mecânica devem ser concebidos e instalados por forma a
6 mA por polo, quando no final da sua vida útil impedir qualquer fecho intempestivo.
convencional (indicada na respectiva Norma), 536.3.4 — Os dispositivos de corte para manuten-
ção mecânica devem ser adequados à utilização pre-
a uma tensão de ensaio igual a 110% da tensão nomi- vista e instalados por forma a serem facilmente iden-
nal entre fase e neutro da instalaçãoaplicada entre os ter- tificáveis.
minais de cada polo. Quando o ensaio for realizado em 536.4 — Dispositivos de corte de emergência (incluin-
corrente contínua, o valor da tensão a aplicar deve ser do a paragem de emergência).
igual ao valor eficaz da tensão de ensaio em corrente al- 536.4.1 — Os dispositivos que garantam o corte de
ternada. emergência devem poder cortar a corrente à plena car-
536.2.1.2 — A distância de abertura entre os contactos ga da parte da instalação respectiva, atendendo às even-
do dispositivo deve ser visível ou ser indicada de forma tuais correntes dos motores na situação de rotor blo-
clara e segura por marcação correspondente à posição queado.
«Fechado» ou «Aberto». Esta indicação deve surgir, ape- 536.4.2 — Para o corte de emergência pode ser utiliza-
nas, quando a distância de abertura entre os contactos for do um dos meios seguintes:
atingida em cada polo do dispositivo.
536.2.1.3 — Os dispositivos em que o corte seja efec- a) Dispositivo de corte susceptível de cortar, directa-
tuado por meio de semicondutores não devem ser utiliza- mente, a alimentação pretendida;
dos como dispositivos de seccionamento. b) Combinação de dispositivos susceptíveis de cortar,
536.2.2 — Os dispositivos de seccionamento devem ser por meio de uma única acção, a alimentação pretendida.
concebidos ou instalados por forma a impedir qualquer
fecho intempestivo. Para o corte de emergência não devem ser utilizadas as
fichas e as tomadas.
536.2.3 — Devem ser tomadas medidas especiais que
Para a paragem de emergência pode ser necessário
impeçam a abertura acidental ou não autorizada dos dis-
manter a alimentação, como é o caso, por exemplo, da tra-
positivos de seccionamento.
vagem de peças em movimento.
536.2.4 — O seccionamento deve ser garantido, sempre
536.4.3 — Os dispositivos de corte de emergência, que
que possível, por um dispositivo de corte multipolar, que
devem garantir o corte directo do circuito principal, po-
corte todos os pólos da respectiva alimentação; podem,
dem ser de um dos tipos seguintes:
contudo, ser utilizados dispositivos de corte unipolar,
desde que colocados lado a lado. a) De comando manual (preferencialmente);
536.2.5 — Os dispositivos de seccionamento devem in- b) De comando eléctrico à distância, tais como, disjun-
dicar, de forma clara, qual o circuito que seccionam, po- tores e contactores onde a abertura é conseguida por corte
dendo ser utilizado para o efeito, por exemplo, a marca- da alimentação das bobinas ou por outras técnicas com
ção. segurança equivalente.
536.3 — Dispositivos de corte para manutenção mecâ-
nica. 536.4.4 — Os órgãos de comando (botões de pressão,
536.3.1 — Os dispositivos de corte para manutenção punhos de manobra, etc.) dos dispositivos de corte de
mecânica devem ser colocados, sempre que possível, no emergência devem ser claramente identificados, de prefe-
circuito principal de alimentação. rência, por meio da cor vermelha, que deve contrastar com
Quando esta função for realizada com interruptores (que o fundo.
podem não cortar todos os condutores activos), estes 536.4.5 — Os órgãos de comando devem ser facilmente
devem poder interromper a corrente à plena carga da par- acessíveis em todos os locais em que possa haver perigo
te correspondente da instalação. e, se necessário, também em todos os locais em que o
A interrupção de circuitos de comando para garantir o perigo possa ser suprimido à distância.
corte para a manutenção mecânica apenas é permitida se 536.4.6 — Os órgãos de comando de um dispositivo de
for satisfeita uma das condições seguintes: corte de emergência devem poder ser encravados ou imo-
bilizados na posição de corte (ou de abertura), excepto
a) Existência de medidas complementares de seguran- se os órgãos de comando para o corte de emergência e
ça, como por exemplo, encravamento mecânico; para a religação forem, ambos, vigiados pela mesma pes-
b) Utilização de dispositivos de comando que satisfa- soa.
çam a uma norma relativa a este tipo de dispositivos. Após ter cessado a acção sobre o órgão de comando
do dispositivo de corte de emergência, a religação da parte
Em qualquer dos casos, deve ser garantida uma condi- respectiva da instalação deve necessitar de uma acção
ção equivalente à do corte directo da alimentação princi- intencional subsequente.
pal. 536.4.7 — Os dispositivos de corte de emergência (in-
536.3.2 — Os dispositivos de corte para manutenção cluindo a paragem de emergência) devem ser colocados e
mecânica, ou os seus auxiliares de comando, devem actuar marcados por forma a serem facilmente identificáveis para
apenas por acção manual. a utilização prevista.
A distância entre contactos abertos do dispositivo deve 536.4.8 — Quando, para o corte de emergência, for ne-
ser visível ou ser indicada de forma clara e segura pela cessário o funcionamento de um dispositivo de corte, a
marcação «Fechado» ou «Aberto». Essa indicação deve abertura de todos os dispositivos deve ser conseguida por
6682-(78) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
actuação num único órgão de comando de um dispositivo Para que seja garantida a selectividade entre dois dis-
de corte de emergência. positivos diferenciais colocados em série, devem ser sa-
536.5 — Dispositivos de comando funcional. tisfeitas, simultaneamente, as condições seguintes:
536.5.1 — Os dispositivos de comando funcional devem
a) A característica de não funcionamento tempo/corren-
ser adequados às mais severas das condições em que
te do dispositivo colocado a montante deve situar-se aci-
possam ser chamados a actuar.
ma da característica de funcionamento tempo/corrente do
536.5.2 — Os dispositivos de comando funcional podem
dispositivo colocado a jusante;
interromper a corrente sem que, necessariamente, os pó-
b) A corrente diferencial-residual de funcionamento es-
los correspondentes se abram. tipulada do dispositivo colocado a montante deve ser su-
536.5.3 — Os seccionadores, os fusíveis e os ligadores perior à do dispositivo colocado a jusante.
não devem ser utilizados para realizarem o comando fun-
cional. Para os dispositivos diferenciais que satisfaçam às re-
537 — (Disponível.) gras indicadas nas Normas EN 61008 e EN 61009, a cor-
538 — (Disponível.) rente diferencial-residual de funcionamento estipulada do
539 — Coordenação entre os diferentes dispositivos de dispositivo colocado a montante não deve ser inferior a
protecção. três vezes a do dispositivo colocado a jusante.
539.1 — Selectividade entre dispositivos de protecção 54 — Ligações à terra e condutores de protecção.
contra as sobreintensidades. 541 — Generalidades.
Quando forem colocados dispositivos de protecção em 541.1 — O valor da resistência do eléctrodo de terra
série e quando a segurança ou as necessidades de explo- deve satisfazer às condições de protecção e de serviço da
ração o justificarem, as suas características de funciona- instalação eléctrica.
mento devem ser seleccionadas por forma a que seja co- 542 — Terras.
locada fora de serviço apenas a parte da instalação onde 542.1 — Ligações à terra.
ocorrer o defeito. 542.1.1 — De acordo com as regras da instalação, as
539.2 — Associação entre dispositivos diferenciais e medidas de ligação à terra podem, por razões de protec-
dispositivos de protecção contra sobreintensidades. ção ou por razões funcionais, ser utilizadas em conjunto
539.2.1 — Quando um dispositivo diferencial estiver in- ou separadamente.
corporado ou combinado com um dispositivo de protec- 542.1.2 — A selecção e a instalação dos equipamentos
ção contra as sobreintensidades, as características des- que garantem a ligação à terra devem ser tais que:
se conjunto (poder de corte e características de
a) O valor de resistência dessa ligação esteja de acor-
funcionamento em função da corrente estipulada) devem
do com as regras de protecção e de funcionamento da
satisfazer às regras indicadas nas secções 433, 434, 533.2
instalação e que permaneça dessa forma ao longo do
e 533.3.
tempo;
539.2.2 — Quando um dispositivo diferencial não esti-
b) As correntes de defeito à terra e as correntes de fuga
ver incorporado nem combinado com um dispositivo de
possam circular, sem perigo, nomeadamente no que res-
protecção contra as sobreintensidades, devem-se verificar,
peita às solicitações térmicas, termomecânicas e electro-
simultaneamente, as condições seguintes: mecânicas;
a) A protecção contra as sobreintensidades deve ser c) A solidez e a protecção mecânica sejam garantidas
garantida por dispositivos de protecção adequados, satis- em função das condições previstas de influências exter-
fazendo às regras indicadas na secção 473; nas (veja-se 32).
b) O dispositivo diferencial deve poder suportar, sem
danos, as solicitações térmicas e mecânicas susceptíveis 542.1.3 — Devem ser tomadas as medidas adequadas
de ocorrerem em caso de curto-circuito a jusante do local contra os riscos de danos noutras partes metálicas, em
em que estiver instalado; consequência de fenómenos de corrosão electrolítica.
c) O dispositivo diferencial não deve ser danificado nas 542.2 — Eléctrodos de terra.
condições de curto-circuito, ainda que dispare em conse- 542.2.1 — Podem ser usados como eléctrodos de terra
quência de um desequilíbrio de correntes ou do escoamen- os elementos metálicos seguintes:
to de uma corrente para a terra. a) Tubos, varetas ou perfilados;
b) Fitas, varões ou cabos nus;
539.3 — Selectividade entre dispositivos diferenciais. c) Chapas;
Quando uma instalação tiver dispositivos diferenciais d) Anéis (de fitas ou de cabos nus) colocados nas fun-
colocados em série, pode ser necessário, por motivos dações dos edifícios;
de exploração e de segurança, garantir selectividade e) Armaduras do betão imerso no solo;
entre esses dispositivos, por forma a manter a alimen- f) Canalizações (metálicas) de água, desde que satisfa-
tação às partes da instalação não afectadas pelo even- çam ao indicado na secção 542.2.5;
tual defeito. g) Outras estruturas enterradas apropriadas (veja-se
Esta selectividade pode ser obtida por selecção e por 542.2.6).
instalação dos dispositivos diferenciais, os quais, garan-
tindo a protecção requerida às diferentes partes da insta- 542.2.2 — O tipo e a profundidade de enterramento dos
lação, desligam, apenas, a alimentação das partes da ins- eléctrodos de terra devem ser tais que a secagem do ter-
talação a jusante do dispositivo colocado a montante do reno e o gelo não provoquem o aumento do valor da re-
defeito e nas suas imediações. sistência de terra para além do valor prescrito.
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(79)
542.2.3 — Os materiais usados e a execução dos eléc- 542.2.7 — As bainhas exteriores de chumbo e os outros
trodos de terra devem ser tais que estes suportem os revestimentos exteriores metálicos dos cabos, que não
danos mecânicos resultantes da corrosão. sejam susceptíveis de sofrerem deteriorações devidas à
542.2.4 — Na concepção da ligação à terra deve-se aten- corrosão excessiva, podem ser usadas como eléctrodos de
der ao eventual aumento da resistência devido a fenóme- terra desde que:
nos de corrosão.
542.2.5 — As canalizações metálicas de distribuição de a) Haja o acordo prévio com o proprietário desses cabos;
água apenas podem ser usadas como eléctrodos de terra b) Sejam tomadas as medidas apropriadas para que o
desde que haja acordo prévio com o distribuidor de água responsável pela exploração da instalação eléctrica seja
e sejam tomadas as medidas adequadas para que o res- informado de quaisquer modificações introduzidas nos
ponsável pela exploração da instalação eléctrica seja in- cabos susceptíveis de afectarem as suas características de
formado de quaisquer modificações introduzidas nessas ligação à terra.
canalizações de água.
542.2.6 — Não devem ser usadas como eléctrodos de 542.3 — Condutores de terra.
terra com fins de protecção as canalizações metálicas afec- 542.3.1 — Os condutores de terra devem satisfazer ao
tas a outros usos que não o indicado na secção 542.2.5 indicado na secção 543.1 e, no caso de serem enterrados,
(tais como, as canalizações afectas a líquidos ou a gases a sua secção deve ter o valor mínimo indicado no
inflamáveis, ao aquecimento central, etc.). Quadro 54A.
QUADRO 54A
Secções mínimas convencionais dos condutores de terra
QUADRO 54B
QUADRO 54C
Valores de k para condutores de protecção constituintes de um cabo multicondutor
QUADRO 54 D
Valores de k para condutores de protecção constituídos pelas armaduras ou pelas bainhas metálicas ( 1 )
QUADRO 54E
Valores de k para condutores nus em que não haja risco de danificar os materiais colocados
na vizinhança pelas temperaturas atingidas
543.1.2 — A secção dos condutores de protecção não com invólucros metálicos, estes invólucros podem ser
deve ser inferior aos valores indicados no Quadro 54F, não usados como condutores de protecção se forem satisfei-
sendo, neste caso, necessário verificar as condições indi- tas, simultaneamente, as condições seguintes:
cadas na secção 543.1.1. Quando, pela aplicação das con-
a) Tiverem continuidade eléctrica realizada por forma a
dições indicadas no Quadro 54F, os valores obtidos não
estar protegida contra as deteriorações mecânicas, quími-
corresponderem a valores normalizados, devem ser usados
cas e electroquímicas;
os valores normalizados mais próximos, por excesso.
b) Tiverem condutibilidade não inferior à que resultaria
Os valores indicados no Quadro 54F só são válidos
da aplicação das condições indicadas na secção 543.1;
para condutores de protecção do mesmo metal que o dos
condutores activos. Caso contrário, os condutores de c) Tiverem possibilidade de ligação de outros conduto-
protecção devem ter secção que possua uma condutibi- res de protecção em pontos de derivação pré-
lidade equivalente à que resultaria da aplicação do refe- -determinados.
rido quadro.
543.2.3 — As bainhas metálicas (nuas ou isoladas) de
QUADRO 54F certas canalizações, nomeadamente, as bainhas exteriores
dos cabos com isolamento mineral, e certas condutas ou
Secções mínimas dos condutores de protecção calhas, metálicas (de tipos em estudo), podem ser usadas
como condutores de protecção dos circuitos correspon-
Secção dos condutores de fase da
instalação
Secção mínima dos condutores de protecção dentes se satisfizerem, simultaneamente, às condições in-
SPE (mm²)
SF (mm²) dicadas nas alíneas a) e b) da secção 543.2.2. As restan-
SFd 16 SPE = SF tes condutas não podem ser usadas como condutores de
protecção.
16 SF d 35 SPE = 16 543.2.4 — Podem ser usados como condutores de pro-
SF ! 35 SPE = SF/2 tecção os elementos condutores que satisfaçam, simulta-
neamente, às condições seguintes:
a) Terem continuidade eléctrica (garantida por constru-
543.1.3 — Em qualquer caso, os condutores de protec-
ção ou por ligações apropriadas), por forma a estarem
ção que não façam parte da canalização de alimentação protegidos contra as deteriorações mecânicas, químicas e
devem ter uma secção não inferior a: electroquímicas;
a) 2,5 mm², se de cobre, no caso de condutores com b) Terem condutibilidade não inferior à que resultaria
protecção mecânica; da aplicação das condições indicadas na secção 543.1;
b) 4 mm², se de cobre, no caso contrário. c) Serem desmontáveis apenas se estiverem previstas
medidas que compensem esse facto;
543.1.4 — Quando o condutor de protecção for comum d) Serem estudados e, se necessário, adaptados a esse
a mais do que um circuito, a sua secção deve ser dimen- fim.
sionada para a maior das secções dos condutores de fase.
543.2 — Tipos de condutores de protecção. Não podem ser usados como condutores de protecção
543.2.1 — Podem ser usados como condutores de pro- as condutas de gás.
tecção: 543.2.5 — Os elementos condutores não devem ser usa-
dos como condutores PEN.
a) Condutores pertencentes a cabos multicondutores; 543.3 — Conservação e continuidade eléctrica dos con-
b) Condutores isolados ou nus que tenham o mesmo dutores de protecção.
invólucro (conduta, calha, etc.) que os condutores acti- 543.3.1 — Os condutores de protecção devem ser con-
vos; venientemente protegidos contra as deteriorações mecâni-
c) Condutores separados, nus ou isolados; cas e químicas e contra os esforços electrodinâmicos.
d) Revestimentos metálicos (armaduras, écrans, bainhas, 543.3.2 — As ligações, com excepção das realizadas em
etc.) de alguns cabos; caixas cheias com materiais de enchimento ou em uniões
e) Condutas metálicas ou outros invólucros metálicos moldadas, devem ser acessíveis para efeitos de verifica-
para os condutores; ção e de ensaio.
f) Certos elementos condutores (veja-se 543.2.4). 543.3.3 — Nos condutores de protecção não devem ser
inseridos quaisquer aparelhos, podendo, para a realização
543.2.2 — Quando a instalação tiver conjuntos de invó- de ensaios, serem utilizadas ligações desmontáveis por
lucros montados em fábrica ou canalizações pré-fabricadas, meio de ferramentas.
6682-(82) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
543.3.4 — Quando se utilizarem dispositivos destinados os pontos de ligação no percurso do condutor periférico.
ao controlo da continuidade das ligações à terra, os even- O condutor PEN concêntrico deve ser utilizado a partir do
tuais enrolamentos desses dispositivos não devem ser transformador e deve ser limitado às instalações que uti-
inseridos nos condutores de protecção. lizem acessórios adequados a este tipo de cabo.
543.3.5 — As massas dos equipamentos a serem liga- 546.2.2 — O condutor PEN deve ser isolado para a ten-
das aos condutores de protecção não devem, com excep- são mais elevada susceptível de lhe ser aplicada, por for-
ção do caso indicado na secção 543.2.2, ser ligadas em ma a evitar as correntes vagabundas.
série num circuito de protecção. 546.2.3 — Se, num ponto qualquer da instalação, for
544 — Ligações à terra por razões de protecção. feita a separação entre o condutor neutro e o condutor
544.1 — Condutores de protecção associados a dispo- de protecção, não é permitido ligá-los de novo a jusante
sitivos de protecção contra as sobreintensidades. desse ponto. No local da separação devem existir termi-
Quando se utilizarem, na protecção contra os choques nais ou barras separados para o condutor neutro e para
eléctricos, os dispositivos de protecção contra as sobre- o condutor de protecção. O condutor PEN deve ser liga-
intensidades, os condutores de protecção devem ser in- do ao terminal ou à barra destinada ao condutor de pro-
corporados na mesma canalização que os condutores ac- tecção.
tivos ou colocados na sua proximidade imediata. 547 — Condutores de equipotencialidade.
544.2 — Eléctrodos de terra e condutores de protecção 547.1 — Secções mínimas.
para dispositivos de protecção sensíveis à tensão de de- 547.1.1 — Condutor de equipotencialidade principal.
feito. O condutor de equipotencialidade principal deve ter uma
544.2.1 — O eléctrodo de terra auxiliar deve ser electri- secção não inferior a metade da secção do condutor de
camente independente de quaisquer outros elementos protecção de maior secção existente na instalação, com o
metálicos ligados à terra (tais como, os elementos metáli- mínimo de 6 mm², podendo, contudo esse valor ser limita-
cos da construção, as condutas metálicas e as bainhas do a 25 mm², se de cobre, ou a uma secção equivalente,
metálicas de cabos), considerando-se satisfeita esta regra se de outro metal.
se a distância entre o eléctrodo de terra auxiliar e os refe- 547.1.2 — Condutores de ligação equipotencial suple-
ridos elementos não for inferior a um valor especificado mentar.
(valor em estudo). Quando duas massas forem interligadas por meio de
544.2.2 — A ligação ao eléctrodo de terra auxiliar deve condutores de equipotencialidade suplementar, a secção
ser isolada, por forma a evitar os contactos com o condu- desses condutores não deve ser inferior à menor das sec-
tor de protecção, com os elementos que lhe estiverem li- ções dos condutores de protecção ligados a essas mas-
gados ou com elementos condutores que possam estar (ou sas.
estejam de facto) em contacto com aqueles. No caso de condutores de equipotencialidade suplemen-
544.2.3 — O condutor de protecção apenas deve ser tar que interliguem uma massa com um elemento condu-
ligado às massas dos equipamentos eléctricos cuja ali- tor, a sua secção não deve ser inferior a metade da sec-
mentação deva ser interrompida em consequência do fun- ção do condutor de protecção ligado a essa massa.
cionamento, em caso de defeito, do dispositivo de pro- Se necessário, estes condutores devem satisfazer ao
tecção. indicado na secção 543.1.3. Pode ser realizada uma liga-
544.3 — Correntes de fuga elevadas (em estudo). ção equipotencial suplementar por meio de elementos con-
545 — Ligações à terra por razões funcionais. dutores não desmontáveis (tais como os vigamentos me-
545.1 — Generalidades. tálicos), por meio de condutores suplementares ou ainda
As ligações à terra por razões funcionais devem ser pela combinação destes dois tipos de elementos condu-
realizadas por forma a garantir o funcionamento correcto tores.
do equipamento e a permitir um funcionamento correcto e 547.1.3 — Contadores de água.
fiável da instalação. Quando as canalizações de água no interior do edifício
545.2 — Terras sem ruído (Em estudo). forem utilizadas para a ligação à terra ou como conduto-
546 — Ligações à terra por razões combinadas de pro- res de protecção, os contadores de água devem ser curto-
tecção e funcionais. -circuitados por meio de um condutor de secção apropri-
546.1 — Generalidades. ada à sua função de condutor de protecção, de condutor
Quando a ligação à terra for feita, simultaneamente, por de equipotencialidade ou de condutor de ligação à terra
razões de protecção e por razões funcionais, devem-se-lhe funcional, consoante o caso.
aplicar fundamentalmente as regras relativas às medidas 547.2 — Condutores de equipotencialidade não ligados
de protecção. à terra (em estudo).
546.2 — Condutores PEN. 55 — Outros equipamentos.
546.2.1 — No esquema TN, quando, nas instalações fi- 551 — Sistemas geradores de baixa tensão.
xas, o condutor de protecção tiver uma secção não inferi- 551.1 — Generalidades.
or a 10 mm², se de cobre, ou a 16 mm², se de alumínio, as 551.1.1 — A secção 551 aplica-se às instalações eléctri-
funções de condutor de protecção e de condutor de neu- cas de baixa tensão que possuam sistemas geradores des-
tro podem ser combinadas desde que a parte da instala-
tinados a alimentar, de forma contínua ou ocasional, es-
ção comum não esteja localizada a jusante de um disposi- sas instalações (ou parte dessas instalações), indicando-se
tivo diferencial.
regras para:
No entanto, a secção de um condutor PEN pode ser
reduzida a 4 mm² desde que o cabo seja do tipo concên- a) Instalações não ligadas à rede de distribuição;
trico obedecendo à respectiva Norma e que as ligações b) Instalações alimentadas por sistemas geradores, usa-
que garantem a continuidade sejam duplicadas em todos dos como fontes de substituição da rede de distribuição;
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(83)
c) Instalações alimentadas por sistemas geradores, usa- As regras indicadas nas secções 551.3.1 e 551.3.2 são
dos como fontes em paralelo com a rede de distribuição; regras complementares das indicadas na secção 41 para a
d) Combinações dos tipos de alimentação indicados nas tensão reduzida e destinam-se a garantir, simultaneamen-
alíneas anteriores. te, a segurança contra os contactos directos e contra os
contactos indirectos, nos casos em que a instalação for
As regras indicadas na secção 551 não se aplicam aos alimentada por mais do que uma fonte.
blocos autónomos que: 551.3.1 — Nas instalações que funcionem a uma tensão
reduzida de segurança (TRS) ou a uma tensão reduzida de
• Funcionem a uma tensão reduzida;
protecção (TRP) e que possam ser alimentadas por mais
• Possuam a fonte de energia e a carga;
do que uma fonte, as regras indicadas na secção 411.1.2
• Sejam objecto de Normas, que indiquem regras relati-
devem ser aplicadas a cada uma dessas fontes.
vas à segurança eléctrica.
Quando, pelo menos, uma das fontes for ligada à ter-
ra, devem ser observadas as regras indicadas nas sec-
551.1.2 — A secção 551 aplica-se aos sistemas gerado-
ções 411.1.3 e 411.1.5, para as instalações que funcio-
res dos tipos seguintes:
narem a uma tensão reduzida de protecção (TRP). Se,
a) Grupos geradores accionados por meio de motores pelo menos, uma das fontes não satisfizer ao indicado
de combustão; na secção 411.1.2, a instalação deve ser considerada
b) Grupos geradores accionados por meio de turbinas; como funcionando a uma tensão reduzida funcional
c) Células fotovoltaicas; (TRF), sendo-lhe aplicável as regras indicadas na sec-
d) Acumuladores electroquímicos; ção 411.3.
e) Outras fontes adequadas. 551.3.2 — Quando for necessário manter uma alimenta-
ção que funcione a uma tensão reduzida em caso de per-
551.1.3 — A secção 551 aplica-se aos sistemas gerado- da de uma ou mais fontes, cada fonte de alimentação ou
res com as características seguintes: cada combinação de fontes de alimentação que possam
funcionar independentemente das outras deve poder ali-
a) Geradores síncronos;
mentar as cargas destinadas a funcionarem em tensão re-
b) Geradores assíncronos;
duzida.
c) Conversores estáticos.
Devem ser tomadas medidas adequadas para que a
interrupção da alimentação em baixa tensão da fonte da
551.1.4 — A secção 551 aplica-se aos sistemas gerado-
tensão reduzida não possa causar perigo ou danos para
res nas utilizações seguintes:
os outros equipamentos que funcionem à tensão redu-
a) Alimentação de instalações permanentes; zida.
b) Alimentação de instalações temporárias; 551.4 — Protecção contra os contactos indirectos.
c) Alimentação de equipamentos móveis, não ligados a A protecção contra os contactos indirectos deve ser
uma instalação fixa permanente. garantida na instalação, para cada uma das fontes ou
combinação de fontes que possam funcionar independen-
551.2 — Regras gerais. temente das outras.
551.2.1 — Os meios usados na excitação e na comuta- 551.4.1 — Protecção contra os contactos indirectos por
ção devem ser adequados à utilização prevista para o sis- corte automático da alimentação.
tema gerador, o qual não deve comprometer o funciona- A protecção contra os contactos indirectos por corte
mento satisfatório e a segurança das outras fontes de automático da alimentação deve ser realizada de acordo
energia. com as regras indicadas na secção 413.1, complementadas
551.2.2 — As correntes de curto-circuito e as correntes com as regras indicadas na secção 551.4.2, 551.4.3 ou
de defeito presumidas devem ser estimadas para cada uma 551.4.4.
das fontes ou para cada combinação de fontes de alimen- 551.4.2 — Regras suplementares aplicáveis a sistemas
tação que possa funcionar em conjunto. Quando a insta- geradores que constituam uma alimentação de substitui-
lação estiver ligada a uma rede de distribuição, os dispo- ção em relação a uma rede de distribuição TN.
sitivos de protecção devem suportar os curtos-circuitos Nas instalações realizadas segundo o esquema TN com
que ocorram na instalação, qualquer que seja a associa- sistema gerador de socorro em funcionamento, a protec-
ção prevista para o funcionamento das fontes. ção contra os contactos indirectos por corte automático
551.2.3 — Quando os sistemas geradores alimentarem da alimentação não deve depender, apenas, da ligação à
instalações não ligadas a redes de distribuição (ou se terra da alimentação (condutor PEN) na rede de distribui-
destinarem a substituir essas redes), a potência e as ca- ção TN. Nestas condições, um dos condutores activos do
racterísticas de funcionamento desses sistemas devem ser sistema gerador (em regra, o neutro) deve ser ligado ao
tais que não possam causar perigo ou danos para os eléctrodo de terra das massas, o qual deve ter caracterís-
equipamentos em caso de ligação ou de corte de quais- ticas adequadas.
quer cargas, em consequência de um desvio da tensão 551.4.3 — Regras suplementares para as instalações que
ou da frequência fora dos limites de funcionamento pre- possuam conversores estáticos.
vistos. 551.4.3.1 — Quando a protecção contra os contactos
Devem ser utilizados meios adequados que provoquem indirectos de certas partes de uma instalação alimentada
o deslastre automático de partes da instalação quando a por meio de um conversor estático depender do fecho
potência do sistema gerador for ultrapassada. automático do comutador (rede/sistema gerador) e o fun-
551.3 — Regras comuns à protecção contra os contac- cionamento dos dispositivos de protecção situados a
tos directos e à protecção contra os contactos indirectos. montante do comutador não se fizer no tempo indicado
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na secção 413.1, deve ser realizada uma ligação equipo- d) Colocação de sistemas de filtragem;
tencial suplementar entre as massas e os elementos con- e) Quaisquer outros meios apropriados.
dutores simultaneamente acessíveis situados a jusante do
conversor estático, de acordo com as regras indicadas na 551.6 — Regras suplementares aplicáveis a sistemas
secção 413.1.6. geradores que constituam uma alimentação de socorro em
A resistência dos condutores da ligação equipotencial relação a uma rede de distribuição.
suplementar referida deve satisfazer à condição seguinte: 551.6.1 — Para que o sistema gerador não possa funci-
50 onar em paralelo com a rede de distribuição, devem ser
Rd tomadas medidas que satisfaçam às regras relativas ao
Ia
em que: seccionamento, indicadas na secção 46. As medidas a
adoptar podem ser:
Ia é a corrente máxima de defeito à terra que o conver-
sor estático pode fornecer sozinho durante um tempo não a) Encravamentos eléctricos, mecânicos ou electrome-
superior a 5 s. cânicos entre os mecanismos de funcionamento ou entre
os circuitos de comando dos dispositivos de inversão;
551.4.3.2 — O funcionamento normal dos dispositivos de b) Sistemas de bloqueio, dotados de uma única chave
protecção não deve ser perturbado pelas componentes de transferência;
contínuas das correntes geradas pelo conversor estático c) Comutadores de três posições;
ou pela presença de filtros, devendo ser tomadas medi- d) Dispositivos automáticos, com encravamentos apro-
das adequadas ou seleccionados convenientemente os priados;
equipamentos. e) Outros meios que forneçam um grau de segurança
551.4.4 — Regras suplementares para a protecção por do funcionamento equivalente.
corte automático da alimentação quando o sistema gera-
dor e a instalação por este alimentada não forem monta- 551.6.2 — Nas instalações realizadas segundo o esque-
dos de forma fixa. ma TN-S e em que o neutro não seja seccionado, os even-
As regras indicadas nas secções 551.4.4.1 e 551.4.4.2 tuais dispositivos diferenciais devem ser instalados por
aplicam-se aos sistemas geradores móveis e aos destina- forma a evitar disparos intempestivos, devidos à existên-
dos a serem transportados para locais não especificados, cia de quaisquer contactos entre o neutro e a terra, que
para utilização temporária ou de curta duração. Estas re- possam ocorrer a jusante desses dispositivos diferenciais.
gras aplicam-se também às instalações alimentadas por 551.7 — Regras suplementares aplicáveis a sistemas
geradores que possam funcionar em paralelo com a rede
estes sistemas geradores, desde que estas instalações não
de distribuição.
sejam fixas.
551.7.1 — Na selecção e na utilização de um sistema
551.4.4.1 — Quando os elementos forem constituídos por
gerador que possa funcionar em paralelo com a rede de
partes distintas, as canalizações que as interligarem devem
distribuição, devem ser tomadas as necessárias precauções
incluir um condutor de protecção. Os condutores dessas
para evitar os efeitos prejudiciais (para a rede de distri-
canalizações devem satisfazer às regras indicadas na sec-
buição ou para outras instalações), relativamente ao fac-
ção 54, devendo, nomeadamente, a sua secção satisfazer
tor de potência, às variações de tensão, às distorções
ao indicado no quadro 54F.
harmónicas, aos desequilíbrios de cargas, a correntes de
551.4.4.2 — Nas instalações realizadas segundo os es-
arranque e às flutuações da tensão ou do sincronismo.
quemas TN, TT e IT, deve ser previsto um dispositivo
Deve, ainda, ser consultado o distribuidor quanto aos
diferencial de corrente diferencial estipulada não superior
requisitos particulares a considerar na instalação.
a 30 mA (veja-se 413.1), destinado a garantir o corte auto-
Quando for necessário dispor de sincronização no sis-
mático da alimentação.
tema, é recomendável a utilização de dispositivos automá-
551.5 — Protecção contra as sobreintensidades.
ticos, que controlem a frequência, o ângulo de fase e a
551.5.1 — Quando existirem sistemas de detecção das
tensão.
sobreintensidades do sistema gerador, estes devem estar
551.7.2 — Deve ser prevista uma protecção que desli-
localizados o mais próximo possível dos terminais do ge-
gue o sistema gerador da rede de distribuição em caso de
rador.
falha desta ou de variações da tensão ou da frequência
551.5.2 — Quando um sistema gerador estiver previsto
da rede de distribuição fora dos limites normais. O tipo e
para funcionar em paralelo com a rede de distribuição (ou
a regulação dessa protecção devem ser coordenados com
quando dois ou mais sistemas geradores puderem funcio-
as protecções existentes na rede de distribuição e devem
nar em paralelo), as correntes harmónicas de circulação
ser acordados com o distribuidor.
devem ser limitadas, por forma a que a solicitação térmica
551.7.3 — Devem ser previstos meios para evitar a liga-
dos condutores não seja ultrapassada. Como meios para
ção de um sistema gerador a uma rede de distribuição
limitar os efeitos das correntes harmónicas de circulação
quando a tensão e a frequência desta estiverem fora dos
podem ser usados os seguintes:
limites indicados na secção 551.7.2.
a) Selecção de grupos geradores com enrolamentos de 551.7.4 — Devem ser previstos meios que permitam se-
compensação; parar o sistema gerador da rede de distribuição, os quais
b) Colocação, no ponto neutro do gerador, de uma im- devem ser acessíveis, permanentemente, ao pessoal do
pedância adequada; distribuidor.
c) Colocação de dispositivos que interrompam os cir- 551.7.5 — Quando o sistema gerador puder também fun-
cuitos de circulação, encravados por forma a que, em cada cionar como alimentação de socorro da instalação alimen-
instante, não seja impedida a protecção contra os contac- tada pela rede de distribuição, a instalação deve ainda
tos indirectos; satisfazer às regras indicadas na secção 551.6.
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(85)
551.8 — Baterias de acumuladores. este seja ventilado, em permanência, nas condições indi-
551.8.1 — Baterias móveis ou portáteis. cadas na secção 551.8.2.3.
A carga das baterias móveis ou portáteis deve ser efec- 551.8.2.6 — Quando o produto da capacidade, em
tuada em locais onde não exista qualquer chama nua nas amperes-horas, pela tensão de descarga, em volts, das
suas proximidades e onde as eventuais projecções e der- baterias de acumuladores não for superior a 1000, estas
rames de electrolítico e seus vapores não sejam prejudici- podem ser instaladas num local não afecto a serviços eléc-
ais. Deve ser garantida uma ventilação adequada desses tricos desde que esse local satisfaça ás condições indica-
locais. das na secção 551.8.2.3.
551.8.2 — Baterias fixas. 551.8.2.7 — As ligações entre baterias podem ser rea-
551.8.2.1 — As baterias de acumuladores destinadas a lizadas com condutores nus, desde que os elementos se-
serem instaladas de forma fixa devem ser colocadas em jam colocados por forma a não se poder tocar,
simultaneamente e por inadvertência, duas peças condu-
locais afectos a serviços eléctricos ou em recintos fecha-
toras nuas com uma diferença de potencial entre si su-
dos de acesso condicionado ao pessoal encarregue da sua
perior a 150 V.
exploração e da sua manutenção.
De acordo com as regras indicadas na secção 46 deve
551.8.2.2 — Quando a tensão nominal das baterias for
ser utilizado um dispositivo que possibilite a separação
superior a 150 V, deve ser previsto um pavimento de ser- entre todos os pólos da bateria e a instalação.
viço, não escorregadio, isolado do solo e com dimensões 552 — Transformadores.
tais que não seja possível tocar, simultaneamente, o solo 552.1 — As regras indicadas na secção 552 aplicam-se
(ou um elemento condutor que lhe esteja ligado) e qual- apenas aos transformadores cujo enrolamento primário seja
quer elemento da bateria. alimentado a uma tensão contida nos limites do domínio II
551.8.2.3 — O local de instalação das baterias de acu- (veja-se 222).
muladores deve ser ventilado (por ventilação natural ou 552.2 — O circuito alimentado pelo enrolamento secun-
mecânica), com uma taxa de renovação de ar novo não dário do transformador deve ser estabelecido de acordo
inferior à obtida pela expressão: com as regras aplicáveis à tensão mais elevada que pos-
sa existir nesse circuito.
TR = 0,05 × N × I 552.3 — Os circuitos dos autotransformadores devem ser
em que: estabelecidos para a tensão mais elevada que possa exis-
tir entre condutores ou entre estes e a terra. A tensão dos
TR é a taxa de renovação de ar novo, em metros cúbi-
circuitos secundários dos autotransformadores (entre con-
cos por hora;
dutores ou entre estes e a terra) não deve ser superior à
N é o número de elementos da bateria; do limite superior do domínio II.
I é a corrente máxima que a bateria pode solicitar ao 553 — Motores.
dispositivo de carga, em amperes. 553.1 — Características estipuladas.
Os motores devem apresentar características estipula-
Quando a ventilação for mecânica, a sua paragem deve das adequadas à utilização prevista.
provocar o corte da alimentação do dispositivo de carga. 553.2 — Limitação das perturbações devidas ao arran-
A ventilação pode ser dispensada quando forem utili- que dos motores.
zados acumuladores que não libertem gases explosivos e A corrente absorvida por um motor durante o seu ar-
os dispositivos de carga apresentarem características ade- ranque (ou por um conjunto de motores que possam ar-
quadas. rancar simultaneamente) deve ser limitada a um valor que
551.8.2.4 — Quando a bateria de acumuladores e o seu não seja prejudicial à conservação da instalação que o
dispositivo de carga forem colocados num mesmo armá- alimenta e não seja origem de perturbações inaceitáveis
rio, este, bem como o local onde se encontrar instalado, ao funcionamento dos outros equipamentos ligados à
devem ser ventilados nas condições indicadas na secção mesma fonte de energia.
551.8.2.3. No caso de motores alimentados directamente por
551.8.2.5 — As baterias de arranque dos grupos elec- uma rede de distribuição, os seus arranques não origi-
trogéneos (grupos motores térmicos - geradores) bem nam, em regra, perturbações excessivas se a intensida-
como os seus dispositivos de carga podem ser instalados de de arranque não ultrapassar os valores indicados no
no mesmo local em que se encontrar o grupo desde que quadro 55A.
QUADRO 55A
Corrente de arranque de motores alimentados directamente pela rede de distribuição (pública)
habitação 45 45
em monofásico
outros usos 100 200
habitação 60 60
em trifásico
outros usos 125 250
6682-(86) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
Para valores de intensidades de arranque superiores aos 555.6 — Quando os invólucros das tomadas não cons-
indicados no quadro 55A, a alimentação dos motores di- tituírem parte integrante destas, deve ser garantida, entre
rectamente a partir da rede de distribuição (pública) care- o invólucro e a tomada, uma fixação rígida, por meio de
ce de parecer favorável do distribuidor de energia, por parafusos, mas que permita que a desmontagem da toma-
forma a que sejam tomadas as medidas apropriadas para da, para fins de manutenção ou de verificação das liga-
tornar a sua utilização compatível com a exploração da ções, se possa efectuar facilmente.
instalação e a não criar perturbações graves aos restan- 555.7 — As tomadas instaladas no pavimento devem ter
tes utilizadores. como códigos mínimos: IP24 e IK07.
553.3 — Dispositivos de comando e de regulação. 556 — Aparelhos de medição.
Os motores devem ser equipados com dispositivos 556.1 — Generalidades.
adequados ao seu arranque e, eventualmente, à sua regu- Os aparelhos de medição devem ser seleccionados em
lação. Os dispositivos de arranque podem ser combinados função das características fundamentais, adequadas às
com os que garantem a protecção dos motores devendo, condições de exploração previstas (definidas nas respec-
neste caso, satisfazer ás regras aplicáveis aos dispositi- tivas Normas de fabrico).
vos de protecção. 556.2 — Transformadores de tensão.
554 — Dispositivos de ligação. O primário dos transformadores de tensão pode ser
Os dispositivos de ligação devem ser instalados por dotado de uma protecção a montante com poder de corte
forma a poderem ser efectuadas as ligações indicadas na compatível com a corrente de curto-circuito no local de
secção 526. instalação, devendo o secundário ser, em regra, protegido
555 — Fichas e tomadas. contra os defeitos a jusante por meio de fusíveis.
As fichas e as tomadas devem satisfazer às Normas 556.3 — Transformadores de corrente.
seguintes: Os valores limites térmicos da corrente de curta dura-
ção de um transformador de corrente devem ser seleccio-
a) NP 1260 — Fichas e tomadas para usos domésticos
nados em função do valor máximo da corrente de curto-
e análogos;
-circuito presumida no ponto onde for instalado e do seu
b) EN 60309 — Fichas e tomadas de corrente para usos
eventual carácter limitador.
industriais.
556.4 — Transformadores combinados (tensão-corrente).
557 Condensadores.
As ligações por meio de fichas e de tomadas devem
557.1 — As regras indicadas na secção 557.2 aplicam-
ser feitas por forma a que as tomadas fiquem do lado da
-se aos condensadores de potência que não façam parte
alimentação (evitando-se, assim, que os pernos das fichas
de um equipamento (que satisfaça a uma determinada
fiquem em tensão quando acessíveis).
Norma) ou que não se destinem a utilizações especiais.
As fichas e as tomadas devem ser seleccionadas por
557.2 — Os condensadores devem ser seleccionados e
forma a que seja impossível tocar nas suas partes activas
instalados de acordo com as instruções do fabricante e
nuas (quando em tensão), quer a ficha esteja totalmente
com as condições técnicas gerais, indicando-se, nas sec-
introduzida na tomada quer não.
ções 557.2.1 a 557.2.7, as características mais importantes
555.1 — As tomadas devem ser dotadas de tantos ór-
a considerar.
gãos de contacto, electricamente distintos e mecanicamente
557.2.1 — Tensão estipulada — o valor da tensão esti-
solidários, quantos os condutores que façam parte da
pulada dos condensadores nem sempre coincide com o da
canalização que as alimenta.
tensão nominal da rede.
555.2 — Quando forem utilizadas tensões ou correntes
557.2.2 — Altitude — os condensadores são concebidos
de natureza diferente devem ser instaladas tomadas e fi-
para funcionarem até aos 1 000 m, devendo, para altitudes
chas de modelos bem diferenciados e que não permitam a
superiores, serem tomadas medidas especiais.
intermutabilidade entre fichas de tensões diferentes.
557.2.3 — Temperatura de serviço — os condensado-
555.3 — Devem ser utilizados fichas e tomadas denomi-
res são muito sensíveis às temperaturas muito altas ou
nadas «não reversíveis» sempre que haja necessidade de
muito baixas, pelo que devem ser seleccionados e insta-
impedir a troca de pólos ou de fases. lados em função das condições reais de funcionamento
555.4 — Nos locais que apresentem riscos de explosão normal.
(condição de influência externa BE3), as fichas e as toma- 557.2.4 — Sobretensões — a selecção e a instalação dos
das que tenham partes condutoras não colocadas perma-
condensadores deve ter em conta as sobretensões sus-
nentemente num invólucro antideflagrante, devem ser do-
ceptíveis de ocorrerem no ponto onde forem instalados.
tadas de um dispositivo de encravamento (eléctrico ou
Com excepção das sobretensões transitórias, os conden-
mecânico) que coloque fora de tensão os contactos que
sadores podem funcionar durante muito tempo com ten-
não pertençam a circuitos de segurança intrínseca (veja-
sões não superiores a 1,10 Un (em que Un é a tensão
-se a condição BE3 do quadro 51A) antes de se desligar
estipulada do condensador).
a ficha da tomada.
557.2.5 — Sobreintensidades — os condensadores de-
555.5 — As tomadas instaladas nos elementos de cons-
vem, em regra, ser previstos para poderem funcionar, em
trução verticais dos diferentes locais devem ser fixadas a
permanência, com uma corrente de valor igual a 1,3 vezes
esses elementos da construção, por forma a que o eixo
o valor da corrente resultante da aplicação da tensão si-
dos seus alvéolos se encontre a uma distância, medida em
nusoidal estipulada à frequência estipulada, sem transitó-
relação ao pavimento acabado, não inferior a: rios, devendo ser protegidos para qualquer sobreintensi-
a) 50 mm, para as de corrente estipulada inferior a 32 A; dade de valor superior a este.
b) 120 mm, para as de corrente estipulada não inferior 557.2.6 — Dispositivos de comando e de protecção —
a 32 A. com excepção de certos casos particulares (como, por
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(87)
exemplo, os utilizados na filtragem das harmónicas), os dis- 558.4.1 — Protecção por recurso a aparelhagem com
positivos de comando e de protecção dos condensadores códigos IP elevados.
devem poder suportar, em permanência, uma corrente de Quando forem necessários códigos IP superiores a IP 44
valor igual a 1,5 vezes o valor da corrente estipulada, por para os conjuntos de aparelhagem não montados em fá-
forma a contemplar as harmónicas e as tolerâncias das brica, a protecção apenas pode ser presumida com base
capacidades. Devem, ainda, poder suportar os esforços nas características dos invólucros utilizados e nas condi-
electrodinâmicos e térmicos resultantes das sobreintensi- ções de montagem, dadas as dificuldades da sua verifica-
dades devidas aos fenómenos transitórios que surjam no ção em obra.
momento do estabelecimento da tensão. 558.4.2 — Protecção contra os choques eléctricos.
557.2.7 — Dispositivos de descarga — para os conden- 558.4.2.1 — As barreiras ou os invólucros amovíveis,
sadores não dotados de dispositivos de descarga, devem destinados a impedir o contacto directo com as partes
ser tomadas as medidas apropriadas por forma a impedir activas, não devem poder ser retirados sem a ajuda de uma
qualquer contacto directo com os condensadores que ferramenta, de uma chave ou sem o cumprimento de qual-
apresentem, após a interrupção do circuito, uma tensão quer uma das outras condições indicadas na sec-
residual perigosa para as pessoas. ção 412.2.4.
558 — Conjuntos de aparelhagem. 558.4.2.2 — Todas as massas devem ser ligadas direc-
558.1 — Generalidades. tamente entre si por meio de ligações apropriadas ou uti-
As regras indicadas nas secções 558.1 a 558.6 lizando condutores de protecção. O circuito de protecção
aplicam-se aos conjuntos de aparelhagem que não sa- deve garantir uma boa condutibilidade e poder suportar a
tisfaçam a uma Norma específica e cuja tensão estipu- corrente máxima de defeito, tendo em conta as caracterís-
lada não seja superior ao limite superior do domínio II ticas dos dispositivos de protecção e de corte.
(vejam-se 222 e 223). 558.4.2.3 — A continuidade eléctrica entre todas as
558.1.1 — Conjuntos de aparelhagem montados em fá- massas deve ser realizada por forma a que a desmonta-
brica. gem, por questão de exploração ou de manutenção, de
Os conjuntos de aparelhagem devem ser instalados de quaisquer elementos de ligação não afecte a continuidade
acordo com as instruções do fabricante. eléctrica do circuito de protecção.
558.1.2 — Conjuntos de aparelhagem não montados em 558.4.2.4 — Para a ligação do condutor de protecção
fábrica. exterior deve ser previsto um ligador que garanta um con-
A construção e a instalação de conjuntos de aparelha- tacto eficaz e duradouro, convenientemente marcado com
gem não abrangidos pelas regras indicadas na secção a dupla coloração verde-amarela ou com o símbolo 417.5019
558.1.1 devem satisfazer às condições indicadas nas sec- (veja-se a Norma HD 243).
ções 558.2 a 558.6. 558.4.2.5 — Os elementos da construção dos conjuntos
558.2 — Materiais. de aparelhagem apenas podem ser utilizados como con-
Os materiais utilizados nos conjuntos de aparelhagem dutores de protecção se forem cumpridas as condições
não montados em fábrica devem poder suportar as solici- indicadas nas secções 543.2.3, 558.4.2.2 e 558.4.2.3. No
tações a que possam ficar submetidos em serviço, nomea- entanto, a utilização desses elementos de construção é
damente, as mecânicas, as devidas à humidade e as devi- sempre interdita como condutor PEN.
das ao calor. 558.4.2.6 — Quando os equipamentos eléctricos que não
558.3 — Distâncias. sejam alimentados em TRS ou em TRP (veja-se 411.1) fo-
Nos conjuntos de aparelhagem não montados em fábri- rem instalados sobre portas ou tampas constituídas por
ca devem ser respeitadas, entre partes activas nuas, as materiais condutores devem ser observadas as condições
distâncias mínimas seguintes: seguintes:
a) Entre partes activas de polaridades diferentes — a) As massas dos equipamentos devem ser ligadas elec-
10 mm; tricamente às portas ou às tampas;
b) Entre partes activas e outras partes condutoras (mas- b) As portas ou as tampas devem ser ligadas electri-
sas, invólucros exteriores, etc.) — 20 mm. camente, por meio de um condutor de protecção, aos
elementos condutores da instalação, devendo a secção
A distância de 20 mm indicada na alínea b) deve ser desse condutor ser a correspondente à dos condutores
aumentada para 100 mm no caso dos invólucros exterio- de alimentação do equipamento de maior corrente esti-
res apresentarem aberturas cuja menor dimensão esteja pulada.
compreendida entre 12 mm e 50 mm.
558.4 — Medidas de protecção para garantir a segu- No caso de, nas portas ou nas tampas, não serem ins-
rança. talados equipamentos eléctricos (ou quando tiverem ape-
Os conjuntos de aparelhagem não montados em fábri- nas equipamentos alimentados em TRS ou TRP), não é
ca devem ser concebidos e executados por forma a pode- necessária a ligação eléctrica à terra, sendo considerado
rem ser utilizados nas condições indicadas nas partes 4 e como ligação suficiente ao circuito de protecção a conti-
5 das presentes Regras Técnicas, nomeadamente, satisfa- nuidade garantida pelos elementos de fixação metálicos
zer ao indicado nas secções seguintes: usuais (dobradiças, trincos, fechos, etc.).
a) 412 — Protecção contra os contactos directos; Quando as portas ou as tampas forem construídas em
b) 413 — Protecção contra os contactos indirectos (413.1 materiais isolantes e tiverem instalados equipamentos eléc-
e 413.2); tricos alimentados a uma tensão superior à do limite do
c) 43 — Protecção contra as sobreintensidades; domínio I (veja-se 22) com massas acessíveis, estas de-
d) 543 — Condutores de protecção. vem ser ligadas ao condutor de protecção.
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558.4.2.7 — Quando o quadro for fornecido pelo fabri- ção de uma caixa de ligação, se o aparelho de utilização
cante sem equipamento instalado (invólucro) e este decla- for dotado, por construção, de dispositivos de ligação à
rar que o quadro está concebido para conferir o nível de instalação.
isolamento da classe II, a colocação dos equipamentos no 559.1.2 — Ligação de equipamentos por meio de uma
seu interior e a sua instalação (fixação, ligação dos con- canalização móvel.
dutores, etc.) devem ser efectuadas em conformidade com 559.1.2.1 — As canalizações móveis devem possuir o
as regras de fabrico (veja-se 413.2.1.2), por forma a não número necessário de condutores, electricamente distintos
prejudicar o duplo isolamento inicial. e mecanicamente solidários, incluindo o condutor de pro-
558.4.2.8 — Para as passagens destinadas à exploração tecção, se este for necessário.
ou à manutenção das instalações, devem ser considera- 559.1.2.2 — As canalizações móveis devem satisfazer, na
das as distâncias indicadas na secção 481.2. parte aplicável, às regras indicadas na secção 52.
558.5 — Montagem. 559.1.2.3 — Sempre que a canalização móvel for dotada
558.5.1 — Nos conjuntos de aparelhagem não montados de condutor de protecção, este deve ser identificado pela
em fábrica, a aparelhagem deve ser instalada de acordo com dupla coloração verde-amarela. Caso esse condutor não
as instruções fornecidas pelo fabricante (condições de seja necessário para funções de protecção, não deve ser
utilização, distâncias a observar, etc.) e com as regras in- utilizado para outro fim.
dicadas nas secções 513 a 515. Sempre que a canalização móvel for dotada de condu-
558.5.2 — Os condutores e os cabos instalados nos tor neutro, este deve ser identificado pela cor azul clara.
conjuntos de aparelhagem devem satisfazer às regras in- Caso o condutor neutro não seja necessário, o condutor
dicadas na secção 52 (nomeadamente as suas ligações, que identificado pela cor azul clara pode ser utilizado para outro
devem verificar as condições indicadas na secção 526 e fim, excepto como condutor de protecção.
os condutores e cabos, que devem ser protegidos contra 559.1.2.4 — As ligações das canalizações móveis devem
as influências externas, nas condições indicadas na sec- ser efectuadas com aparelhagem adequada.
ção 522). 559.2 — Aparelhos de iluminação (Luminárias).
Os condutores de alimentação dos equipamentos e dos Os aparelhos de iluminação portáteis devem ser da clas-
aparelhos de medição fixados a portas ou a tampas de- se II de isolamento e apresentarem um código IK não in-
vem ser colocados por forma a que os movimentos des- ferior a IK07.
tes órgãos não possam danificar os condutores. Nas instalações em que existam aparelhos de ilumina-
558.6 — Marcações e indicações. ção por arco eléctrico devem ser tomadas precauções para
558.6.1 — Os conjuntos de aparelhagem devem ser do- evitar projecção de partículas incandescentes sobre os
tados de etiquetas ou de placas sinaléticas, identificativas objectos colocados na sua vizinhança ou que o calor li-
do seu fabricante, construídas e fixadas por forma a não bertado seja prejudicial a esses objectos.
poderem ser facilmente retiradas. 559.2.1 — Alimentação dos aparelhos de iluminação.
558.6.2 — Nos conjuntos de aparelhagem deve existir Não é permitida a utilização de aparelhos de ilumina-
uma correspondência clara e inequívoca entre todo o equi- ção que usem, conjuntamente, a electricidade e outro agen-
pamento (dispositivos de protecção, aparelhagem, barra- te de iluminação.
mentos, réguas de terminais, etc.) e o respectivo circuito. Os aparelhos de iluminação apenas devem ser alimen-
As identificações dos equipamentos devem ser legíveis, tados em baixa tensão.
duráveis e colocadas em etiquetas ou placas sinaléticas Os aparelhos de iluminação com partes metálicas e ori-
fixadas de forma eficaz e durável, de modo a evitar quais- entáveis manualmente devem ser alimentados, de preferên-
quer confusões e devem corresponder às dos documen- cia, a tensão reduzida.
tos de acompanhamento (esquemas, listagem de canaliza- Os aparelhos de iluminação apenas devem ser alimen-
ções, etc.), quando existam. tados por um único circuito, excepto se o outro for de
559 — Equipamentos de utilização. emergência. Nesta situação, os suportes e os condutores
559.1 — Ligação dos equipamentos às instalações. respectivos devem ser isolados para a maior das duas
Os equipamentos podem ser ligados às instalações di- tensões e os dois circuitos devem ser convenientemente
rectamente a uma canalização fixa (veja-se 559.1.1) ou por separados, por forma a que não seja possível estabelecer,
meio de uma canalização móvel (veja-se 559.1.2). entre eles, ligações eléctricas acidentais. A utilização de
559.1.1 — Ligação directa dos equipamentos a uma ca- lâmpadas de incandescência de dois filamentos (um para
nalização fixa. a iluminação normal e outro para a iluminação de segu-
As ligações dos condutores aos equipamentos devem rança) apenas é permitida em aparelhos especialmente
ser efectuadas de acordo com as regras indicadas na sec- concebidos para o efeito.
ção 526 e não devem ser submetidas a esforços de trac- Os aparelhos de iluminação móveis ou portáteis devem
ção ou de torção. ser ligados à parte fixa da canalização por meio de fichas
As canalizações, na sua entrada nos equipamentos, e de tomadas, devendo os dispositivos de corte incorpo-
devem ser protegidas de acordo com as regras indicadas rados nesses aparelhos ou na respectiva canalização fle-
na secção 521.7, devendo, no caso das canalizações em- xível de alimentação interromper todos os condutores ac-
bebidas, terminarem por uma caixa de ligações. tivos.
O eixo das caixas de ligação deve situar-se a uma altu- 559.2.2 — Ligação dos aparelhos de iluminação.
Os condutores para electrificação de aparelhos de ilu-
ra não inferior a 50 mm acima do pavimento acabado, para
minação podem ser rígidos ou flexíveis, não podendo ser
correntes estipuladas inferiores a 32 A e a 120 mm, para
rígidos nos casos seguintes:
correntes estipuladas não inferiores a 32 A.
No caso de uma alimentação fixa, à vista, a ligação do a) Quando estabelecidos no exterior dos aparelhos,
equipamento pode ser feita directamente, sem a interposi- servindo de pendurais não rigidamente fixados aos apare-
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(89)
lhos ou aos dispositivos de ligação da canalização fixa que Os suportes das lâmpadas devem ser concebidos e ins-
os alimenta; talados por forma a que:
b) Quando estabelecidos no interior dos aparelhos,
a) Não haja risco de contactos acidentais com partes
estiverem ligados a peças móveis para efeitos de manu-
activas, durante a inserção ou a retirada das lâmpadas;
tenção, de substituição ou de focagem de lâmpadas.
b) Não rodem em relação aos condutores de ligação,
quando se coloquem ou se retirem as lâmpadas respecti-
Os condutores a utilizar na electrificação dos aparelhos
vas, excepto para o caso dos suportes de suspender para
de iluminação devem ser adequados às temperaturas que
lâmpadas de incandescência;
possam ocorrer no seu interior.
c) Não se transmitam às ligações dos condutores os
Nas instalações de iluminação com lâmpadas de des-
esforços de tracção ou de torção exercidos sobre as ca-
carga em locais onde funcionem máquinas com peças
nalizações amovíveis a que estejam ligados os suportes
móveis acessíveis animadas de movimentos alternados ou
de suspender para lâmpadas de incandescência.
rotativos rápidos, devem ser tomadas medidas para evitar
a possibilidade de acidentes causados por fenómenos de
Os suportes dotados de interruptores comandados por
ilusão óptica originados pelo efeito estroboscópio. As
meio de cordão apenas são admitidos se:
lâmpadas relativas à iluminação de um mesmo ponto de
uma máquina ou de um plano de trabalho, devem ser liga- • O invólucro dos suportes for isolante;
das numa das disposições seguintes: • O cordão de comando for isolante ou, se metálico, for
interposta uma parte isolante, por forma a que não haja
• Quando à mesma fase, em conjuntos de duas e a aces-
possibilidade de contacto entre o cordão metálico e as
sórios de estabilização, por forma a que o fluxo luminoso
partes activas do suporte.
emitido por uma delas se encontre desfasado de meio ci-
clo (aproximadamente) do da outra;
Os suportes dotados de interruptores de comando por
• Quando a fases diferentes, de modo a que sobre cada
pressão devem ser de invólucro isolante.
ponto incida o fluxo luminoso de, pelo menos, duas lâm-
559.2.5 — Acessórios para aparelhos de iluminação.
padas.
Os aparelhos de iluminação destinados a serem alimen-
tados em série directa devem ser dotados de dispositi-
O contacto roscado dos suportes tipo rosca deve ser
vos que garantam a continuidade do circuito série, quan-
ligado ao condutor neutro do circuito de alimentação.
do ocorrer a fusão do filamento, a quebra ou a avaria de
A ligação dos aparelhos de iluminação fixos à parte fixa
uma lâmpada. Este dispositivo pode ser incorporado na
da canalização que os alimenta deve, em regra, ser feita
própria lâmpada ou no respectivo suporte. Quando o
por meio de dispositivos de ligação adequados.
acessório for instalado no suporte deve-se garantir a re-
Quando, num conjunto de aparelhos de iluminação,
posição do dispositivo de protecção quando a lâmpada
houver conveniência, para facilidade de manutenção, em
avariada for substituída, não devendo, no caso do dis-
poder desligar facilmente os aparelhos, a ligação entre
positivo estar incorporado na lâmpada, ser possível in-
estes e a parte fixa da instalação pode ser feita por meio
troduzir, no suporte, uma lâmpada que não esteja muni-
de ficha e tomada, sendo a tomada dotada de dispositivo
da desse dispositivo.
que impeça que a ficha se desligue por acção do peso
Os acessórios de estabilização das lâmpadas de descar-
próprio dos condutores, excepto se se tomarem medidas
ga devem ser montados por forma a não ficarem em con-
para que esse esforço não se transmita à ficha.
tacto com substâncias combustíveis.
As canalizações de alimentação dos aparelhos de ilu-
559.3 — Aparelhos electrodomésticos.
minação por arco eléctrico devem ser dotadas de disposi-
559.4 — Antenas de radiodifusão.
tivos de corte que interrompam todos os condutores acti-
As antenas de radiodifusão (rádio, televisão, etc.), por
vos.
não estarem abrangidas pelas presentes Regras Técnicas,
559.2.3 — Fixação dos aparelhos de iluminação.
devem ser instaladas de acordo com a legislação específi-
Os aparelhos de iluminação fixos devem possuir um
ca para o sector e por forma a não contrariarem as regras
sistema de fixação que impeça a sua queda e a deterio-
indicadas nas presentes Regras Técnicas.
ração dos condutores das canalizações que os alimen-
O mastro da antena e demais elementos metálicos colo-
tam.
cados no exterior devem satisfazer a uma das condições
Os aparelhos de iluminação apenas podem ser suspen-
seguintes:
sos pelos condutores de alimentação quando a sua mas-
sa não exceder 0,5 kg e forem instalados em locais com a) Serem interligados com o sistema de protecção con-
condições de influências externas AD1 ou AD2. tra descargas atmosféricas directas, quando o edifício for
Nos locais sujeitos a vibrações (classe de influências dotado deste sistema de protecção;
externas AH2 ou AH3), nomeadamente, nos estabelecimen- b) Serem ligados ao eléctrodo de terra do edifício por
tos industriais, os aparelhos de iluminação com lâmpadas meio de um ligador de terra adequado, quando não existir
de descarga devem ser dotados de dispositivos que im- sistema de protecção contra as descargas atmosféricas
peçam a queda das lâmpadas. directas.
A montagem dos suportes de lâmpadas sobre materiais
combustíveis (madeira ou outro), deve, em regra, ser evi- Em qualquer dos casos, a secção mínima dos conduto-
tado. Quando houver necessidade de o fazer, deve-se res a utilizar não deve ser inferior a 16 mm2, se de cobre,
evitar a transmissão perigosa do calor ou a queda das a 25 mm2, se de alumínio ou a 50 mm 2, se de ferro.
lâmpadas. 559.5 — Aparelhos industriais de aquecimento.
559.2.4 — Suportes dos aparelhos de iluminação. 559.5.1 — Aparelhos de aquecimento do ambiente.
6682-(90) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
QUADRO 51 GE
Aplicação prática
ANEXO IIA
Símbolos utilizados nas designações de condutores e cabos, isolados, para instalações eléctricas,
segundo o HD 361
EXEMPLO
(1)
⇒H 05 V V - F 3 G 2,5
SÍMBOLO
Harmonizado H
NORMALIZAÇÃO Tipo nacional reconhecido A
Tipo nacional não reconhecido PT-N
6682-(92) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
EXEMPLO
(1)
⇒H 05 V V - F 3 G 2,5
SÍMBOLO
100 / 100 V 00
t 100 / 100 V; 300 / 300 V 01
TENSÃO 300 / 300 V 03
300 / 500 V 05
450 / 750 V 07
Borracha de etileno-propileno B
C Etileno acetato de vinilo G
O Isolamento Borracha R
N Borracha de silicone S
S Policloreto de vinilo V
T Polietileno reticulado X
I Bainha lisa de alumínio, extrudida ou soldada A2
T Revestimento Condutor concêntrico de alumínio A
metálico /
U / armaduras Blindagem de alumínio A7
I Armadura em fita de aço, galvanizado ou não Z4
N Etileno acetato de vinilo G
T Trança de fibra de vidro J
E Policloropreno N
Bainha
S Borracha R
Trança têxtil T
Policloreto de vinilo V
Cabo circular Sem letra
Cabo plano:
Forma
C - condutores separáveis H
O - condutores não separáveis H2
N Cobre Sem letra
S Natureza Alumínio -A
T Condutor flexível da classe 5 -F
R Condutor flexível da classe 6 -H
U Condutor ou cabo flexível para instalação fixa -K
Ç Flexibilidade Condutor rígido circular cableado -R
à Condutor rígido sectorial cableado -S
O Condutor rígido maciço circular -U
Condutor rígido maciço sectorial -W
Condutor tinsel -Y
Número de condutores
Ausência de condutor verde/amarelo x
Composição(2) Existência de condutor verde/amarelo G
Secção do condutor (mm2)
Identificação por coloração Sem letra
Identificação por algarismo N
(1) - Cabo harmonizado, para a tensão de 300 / 500 V, com isolamento em policloreto de vinilo, com condutores de cobre flexíveis da classe 5,
constituído por três condutores de 2,5 mm2, sendo um deles o de protecção (H05VV-F3G2,5).
(2) - Quando as secções dos condutores neutro e de protecção forem diferentes das secções dos condutores de fase, a composição deve caracterizar
essa alteração. Por exemplo, para um cabo com condutores de fase a 35 mm2e condutores neutro e protecção a 16 mm2, a composição deve
ser representada por 3X35+2G16.
ANEXO IIB
Símbolos utilizados nas designações de condutores e cabos, isolados, para instalações eléctricas,
segundo a NP 665
ANEXO III NP 2356, NP 2357, IEC 60502 e IEC 60702, para utilização a
Correntes admissíveis nos condutores e nos cabos tensões nominais não superiores a 1 kV a 50 Hz ou a
1,5 kV em corrente contínua.
1 — Generalidades. Os valores indicados nos quadros para os cabos mul-
Para cumprimento das regras indicadas na secção 523, ticondutores podem ser utilizados também para:
são indicados, no presente anexo, os valores:
• Os cabos armados, desde que cada cabo possua to-
a) Das correntes admissíveis; dos os condutores do circuito (os erros cometidos com
b) Dos factores de correcção com a temperatura; esta aproximação correspondem a um aumento da segu-
c) Dos factores de correcção com o agrupamento dos rança);
condutores e dos cabos; • Os cabos com condutor concêntrico e écran ou bai-
d) Dos factores de correcção com a resistividade térmi- nha metálica;
ca do solo. • As canalizações em corrente contínua.
Estes valores aplicam-se aos cabos sem armaduras e aos As correntes admissíveis indicadas nos quadros foram
condutores isolados, fabricados segundo as Normas determinadas para os tipos de condutores e de cabos, iso-
6682-(94) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
lados e para os modos de instalação correntemente utili- S é a secção nominal do condutor, em milímetros qua-
zados nas instalações fixas. drados (para a secção de 50 mm2, o valor a utilizar é
2 — Dimensões dos cabos. 47,5 mm2);
Para os cabos multicondutores de isolamento poliméri- A e B, são coeficientes dependentes do cabo e dos
co e de secção não superior a 16 mm2, os valores das métodos de instalação (indicados no quadro 52-C0);
correntes admissíveis foram baseados nas dimensões dos m e n, são expoentes dependentes do cabo e dos mé-
cabos com condutores circulares. Para os cabos de sec- todos de instalação (indicados no quadro 52-C0).
ção superior a 16 mm2, os valores das correntes admissí-
veis foram baseados nas dimensões dos cabos com con-
Os coeficientes e os expoentes, indicados no quadro
dutores sectoriais.
52-C0, não devem ser utilizados para o cálculo das cor-
As variações que se verificam, na prática, na fabrica-
ção dos cabos (como, por exemplo, a forma do condutor) rentes admissíveis em condutores de secções diferentes
e as suas tolerâncias conduzem a uma gama de dimensões das indicadas nos quadros 52-C1 a 52-C14.
possíveis para cada dimensão nominal. Os valores indica- Os valores das correntes admissíveis obtidos a partir
dos nos quadros foram seleccionados por forma a terem- desta expressão, devem, para valores não superiores a
-se em conta essas variações com segurança, sendo os 20 A, ser arredondados para o meio ampere mais próximo
valores obtidos a partir de uma curva regular ajustada à e, para valores superiores a 20 A, para o ampere mais pró-
dispersão dos valores existentes para a secção nominal ximo.
dos condutores. O número de algarismos significativos obtido não deve
Este procedimento permite utilizar a expressão seguinte: ser considerado como indicação da precisão do valor da
corrente admissível.
I A u Sm B u Sn Na maioria dos casos, apenas o primeiro termo da ex-
pressão é necessário (o segundo termo é utilizado apenas
em que:
em oito casos de cabos monocondutores de grandes sec-
I é a corrente admissível, em amperes; ções).
QUADRO 52-C0
Cobre Alumínio
N.º Coluna Tensão Secção
do quadro A m A m
A - 11,2 0,6118 8,61 0,616
52-C1 B - - 13,5 0,625 10,51 0,6254
C d 16 mm2 15,0 0,625 11,6 0,625
C t 25 mm2 15,0 0,625 10,55 0,640
A - 14,9 0,611 11,6 0,615
52-C2 B - - 17,76 0,625 13,95 0,627
C d 16 mm2 18,77 0,628 14,8 0,625
C t 25 mm2 17,0 0,650 12,6 0,648
A - 10,4 0,605 7,94 0,612
52-C3 B - - 11,84 0,628 9,265 0,627
C d 16 mm2 13,5 0,625 10,5 0,625
C t 25 mm2 12,4 0,635 9,536 0,6324
A - 13,34 0,611 10,9 0,605
52-C4 B - - 15,62 0,6252 12,3 0,630
C d 16 mm2 17,0 0,623 13,5 0,625
C t 25 mm2 15,4 0,635 11,5 0,639
2 d 120 mm2 10,8 0,6015 8,361 0,6025
2 t 150 mm2 10,19 0,6118 7,84 0,616
52-C13 3 - d 120 mm2 13,1 0,600 10,24 0,5994
4 d 120 mm2 10,1 0,592 7,712 0,5984
4 t 150 mm2 9,46 0,605 7,225 0,612
5 d 120 mm2 11,65 0,6005 9,03 0,601
2 d 120 mm2 14,46 0,598 11,26 0,602
2 t 150 mm2 13,56 0,611 10,56 0,615
52-C14 3 - d 120 mm2 17,25 0,600 13,5 0,613
4 d 120 mm2 12,95 0,598 10,58 0,592
4 t 150 mm2 12,14 0,611 9,92 0,605
5 d 120 mm2 15,17 0,600 11,95 0,605
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(95)
Cobre Alumínio
N.º Coluna Tensão Secção
do quadro A m A m
1 18,5 0,56
2 500 V 14,9 0,612
52-C5 3 - 16,8 0,59 - -
1 19,6 0,596
2 750 V 16,24 0,5995
3 18,0 0,59
N.º do quadro Coluna Tensão Secção A m B n
1 22,0 0,60
2 500 V 19,0 0,60
52-C6 3 - 21,2 0,58 - -
1 24,0 0,60
2 750 V 20,3 0,60
3 23,88 0,5794
1 19,5 0,58
2 16,5 0,58
3 500 V - 18,0 0,59 - -
4 20,2 0,58
5 23,0 0,58
52-C7 1 - 20,6 0,60 - -
2 - 17,4 0,60 - -
3 - 20,15 0,5845 - -
4 750 V d 120 mm2 22,0 0,58 - -
4 t 150 mm2 22,0 0,58 1x10-11 5,25
5 d 120 mm2 25,17 0,5785 - -
5 t 150 mm2 25,17 0,5785 1,9x10-11 5,15
1 24,2 0,580
2 20,5 0,580
3 500 V 23,0 0,570 - -
4 26,1 0,549
5 29,0 0,570
52-C8 1 - 26,04 0,5997 - -
2 21,8 0,600 - -
3 25,0 0,585 - -
4 750 V 27,55 0,5792 - -
4 27,55 0,5792 1,3x10-10 4,8
5 31,58 0,5791 - -
5 31,58 0,5791 1,8x10-7 3,55
1 d 16 mm2 16,8 0,620 - -
1 t 25 mm2 14,9 0,646 - -
2 d 16 mm2 14,3 0,620 - -
2 t 25 mm2 12,9 0,640 - -
3 - 17,1 0,632 - -
52-C9 4 - d 300 mm2 13,28 0,6534 - -
4 t400 mm2 13,28 0,6534 6x10-5 2,14
5 d 300 mm2 13,75 0,6581 - -
5 t400 mm2 13,75 0,6581 1,2x10-4 2,01
6 - 18,75 0,637 - -
7 - 15,8 0,654 - -
6682-(96) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
Cobre Alumínio
N.º Coluna Tensão Secção
do quadro A m B m
1 d 16 mm2 12,8 0,627
1 t 25 mm2 11,4 0,640
2 d 16 mm2 11,0 0,620
2 t 25 mm2 9,9 0,640
52-C10 3 - - 12,0 0,653 - -
4 - 9,9 0,663
5 - 10,2 0,666
6 - 13,9 0,647
7 - 11,5 0,668
1 d 16 mm2 20,5 0,623 - -
1 t 25 mm2 18,6 0,646 - -
2 d 16 mm2 17,8 0,623 - -
2 t 25 mm2 16,4 0,637 - -
3 - 20,8 0,636 - -
52-C11 4 - d 300 mm2 16,0 0,6633 - -
4 t400 mm2 16,0 0,6633 6x10-4 1,793
5 d 300 mm2 16,57 0,665 - -
5 t400 mm2 16,57 0,665 3x10-4 1,876
6 - 22,9 0,644 - -
7 - 19,1 0,662 - -
1 d 16 mm2 16,0 0,625
1 t 25 mm2 13,4 0,649
2 d 16 mm2 13,7 0,623
2 t 25 mm2 12,6 0,635
52-C12 3 - - 14,7 0,654 - -
4 - 11,9 0,671
5 - 12,3 0,673
6 - 16,5 0,659
7 - 13,8 0,676
3 — Temperatura máxima de funcionamento. os efeitos das outras fontes de calor na temperatura am-
Os valores das correntes admissíveis indicados neste biente.
anexo foram estabelecidos para os valores das temperatu- 5 — Radiação Solar.
ras máximas de funcionamento admissíveis (veja-se Os factores de correcção indicados no quadro 52-D1 não
523.1.1), indicados nos títulos dos quadros 52-C1 a 52-C14 têm em conta os eventuais aumentos da temperatura de-
e 52-C30. vidos à radiação solar ou a outras radiações infraverme-
4 — Temperatura ambiente. lhas. Quando os cabos ou os condutores isolados estive-
Os valores das correntes admissíveis indicados neste rem submetidos a essas radiações, as correntes
anexo são válidos para uma temperatura ambiente de: admissíveis devem ser calculadas por meio dos métodos
a) 30°C para os cabos instalados ao ar, qualquer que indicados na Norma IEC 60287.
seja o seu modo de instalação; 6 — Métodos de instalação.
b) 20°C para os cabos enterrados directamente no solo 6.1 — Métodos de referência A, B e C (veja-se o qua-
ou em condutas enterradas. dro 52H).
Os valores das correntes admissíveis indicados nos
Para outras temperaturas ambientes, os valores dos quadros 52-C1 a 52-C6 e 52-C13 e 52-C14 são válidos para
quadros 52-C1 a 52-C14 e 52-C30, devem ser multiplica- circuitos simples constituídos pelo número de condutores
dos pelo factor correspondente indicado nos quadros 52- seguinte:
-D1 e 52-D2.
a) Métodos de referência A e B:
O valor da temperatura a considerar é o da temperatura
do meio envolvente quando os condutores isolados ou os • Dois condutores isolados ou dois cabos monocondu-
cabos não estiverem carregados. Devem ser considerados tores ou um cabo de dois condutores;
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(97)
• Três condutores isolados ou três cabos monocondu- 52-C1 a 52-C14 e 52-C30 devem ser multiplicados pe-
tores ou um cabo de três condutores. los factores de correcção indicados nos quadros 52-E1
a 52-E3.
b) Método de referência B2: Os factores de correcção dos agrupamentos de circui-
tos são valores médios calculados para uma dada gama
• Um cabo de dois ou de três condutores. de dimensões dos condutores, para os tipos de cabos e
para as condições de instalação consideradas, podendo,
c) Método de referência C: em certos casos, ser conveniente proceder-se a um cálcu-
• Dois cabos monocondutores ou um cabo de dois con- lo mais preciso.
dutores; 8.2 — Factores de correcção especificados para certos
• Três cabos monocondutores ou um cabo de três con- agrupamentos.
dutores. Para certas instalações, incluindo aquelas em que
existam agrupamentos que utilizam o método de refe-
6.2 — Métodos de referência E, F e G (veja-se o qua- rência C do quadro 52H, pode ser necessário usar fac-
dro 52H). tores de correcção específicos, obtidos por meio de
Os valores das correntes admissíveis indicados nos ensaios ou de cálculos com recurso a um método re-
quadros 52-C7 a 52-C12 são válidos para cabos de dois conhecido, desde que não sejam excedidas as tempe-
ou de três condutores ou para dois ou três cabos mono- raturas indicadas na secção 523.1.1 para os materiais
condutores, dispostos como se indica, para cada um dos isolantes.
métodos de referência, no quadro 52H. Nos quadros 52-E4 e 52-E5 são indicados exemplos
6.3 — Número de condutores carregados. de factores de correcção para os modos de instalação
Os valores das correntes admissíveis indicados para três E e F.
condutores carregados são também válidos para circuitos 8.3 — Agrupamento de condutores ou de cabos com
trifásicos com neutro carregado. secções diferentes.
Os cabos de quatro ou de cinco condutores podem ter Os factores de correcção para o agrupamento de con-
correntes admissíveis mais elevados se apenas três des- dutores ou de cabos foram calculados supondo que o
ses condutores forem carregados (em estudo). agrupamento é constituído por condutores ou por cabos
6.4 — Variação das condições de instalação ao longo igualmente carregados.
do percurso. Quando o agrupamento contiver condutores ou cabos
Quando, por razões de protecção mecânica, um cabo for de secções diferentes devem ser tomadas precauções.
instalado numa conduta ou numa calha num comprimento Nesta situação é preferível utilizar um método de cálculo
não superior a um metro, não é necessário considerar re- específico para canalizações com condutores ou com ca-
dução da sua corrente admissível se a conduta ou a ca- bos de secção diferente.
lha estiverem instaladas ao ar ou instaladas sobre uma su- 8.4 — Condutores e cabos com cargas reduzidas.
perfície vertical. Quando os condutores e os cabos forem dimen-
Quando uma canalização estiver embebida ou monta- sionados para transportarem correntes não superio-
da sobre um material de resistência térmica superior a res a 30% da sua corrente máxima admissível, esses
2 K.m/W não é necessário considerar redução da sua condutores e esses cabos podem ser ignorados para
corrente admissível se esse percurso não for superior a efeitos da determinação do factor de correcção a
0,20 m. aplicar aos restantes condutores e cabos do agru-
7 — Resistividade térmica do solo. pamento.
Os valores das correntes admissíveis indicados no 8.5 — Cargas intermitentes e variáveis.
quadro 52-C30 para as canalizações enterradas cor- Os factores de correcção devidos ao agrupamento de
respondem a uma resistividade térmica do solo de condutores e de cabos foram calculados com base num
1 K.m/W. funcionamento contínuo, com um factor de carga de 100%
Para os locais onde a resistividade térmica do solo for para todos os condutores activos.
diferente de 1K.m/W, os valores das correntes admissíveis Quando das condições de funcionamento da instalação
devem ser multiplicados pelos factores de correcção indi- resultarem cargas inferiores a 100%, os factores de cor-
cados no Quadro 52-E6, excepto se o terreno na proximi- recção a aplicar podem ser superiores.
dade imediata do cabo for substituído por outro mais 9 — Correntes admissíveis.
apropriado, como se faz, em regra, no caso dos terrenos Para canalizações não enterradas, são indicados, nos
muito secos. quadros 52-C1 a 52-C14, os valores das correntes admis-
8 — Factores de correcção para agrupamentos de cir- síveis em função dos métodos de referência (indicados no
cuitos. quadro 52H).
8.1 — Generalidades. Para canalizações enterradas, são indicados, no
Quando vários circuitos estiverem agrupados, os va- quadro 52-C30, os valores das correntes admissíveis (mé-
lores das correntes admissíveis indicados nos quadros todo de referência D, indicado no quadro 52H).
6682-(98) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
QUADRO 52-C1
2,5 19,5 24 27
4 26 32 36
6 34 41 46
10 46 57 63
16 61 76 85
25 80 101 112
35 99 125 138
Condutores de alumínio
2,5 15,0 18,5 21
4 20 25 26
6 26 32 36
10 36 44 49
16 48 60 66
25 63 79 83
35 77 97 103
50 93 118 125
(*) - Para S d 16 mm2, admitiu-se que os condutores eram de secção circular e para
S ! 16 mm2, de secção sectorial (aplicável também a condutores de secção circular).
QUADRO 52-C2
Correntes admissíveis, em amperes, para os métodos de referência A, B e C
(de acordo com o quadro 52H)
2,5 26 31 33
4 35 42 45
6 45 54 58
10 61 75 80
16 81 100 107
Condutores de alumínio
2,5 20 25 26
4 27 33 35
6 35 43 45
10 48 59 62
16 64 79 84
25 84 105 101
(*) - Para S d 16 mm2, admitiu-se que os condutores eram de secção circular e para S ! 16 mm2, de secção sectorial
(aplicável também a condutores de secção circular).
QUADRO 52-C3
4 24 28 32
6 31 36 41
10 42 50 57
16 56 68 76
25 73 89 96
35 89 110 119
Condutores de alumínio
2,5 14,0 16,5 18,5
4 18,5 22 25
6 24 28 32
10 32 39 44
16 43 53 59
25 57 70 73
35 70 86 90
50 84 104 110
(*) - Para S d 16 mm2, admitiu-se que os condutores eram de secção circular e para S ! 16 mm2, de secção sectorial
(aplicável também a condutores de secção circular).
QUADRO 52-C4
2,5 23 28 30
4 31 37 40
6 40 48 52
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(101)
16 73 88 96
25 95 117 119
Condutores de alumínio
2,5 19,0 22 24
4 25 29 32
6 32 38 41
10 44 52 57
16 58 71 76
25 76 93 90
35 94 116 112
(*) - Para S d 16 mm2, admitiu-se que os condutores eram de secção circular e para S ! 16 mm2, de secção sectorial
(aplicável também a condutores de secção circular).
QUADRO 52-C5
Correntes admissíveis, em amperes, para o método de referência C
(de acordo com o quadro 52H)
1,5 23 19 21
2,5 31 26 29
4 40 35 38
1,5 25 21 23
6682-(102) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
4 45 37 41
6 57 48 52
10 77 65 70
16 102 86 92
(1) - Para os cabos nus acessíveis, os valores indicados devem ser multiplicados por 0,9.
(2) - Para os cabos monocondutores, as bainhas dos cabos de um mesmo circuito devem ser ligadas
em conjunto nas duas extremidades.
QUADRO 52-C6
1,5 28 24 27
2,5 38 33 36
4 51 44 47
1,5 31 26 30
2,5 42 35 41
4 55 47 53
6 70 59 67
10 96 81 91
(1) - Para os cabos nus inacessíveis não é necessário, em caso de agrupamento, aplicar factores de correcção.
(2) - Para os cabos monocondutores, as bainhas dos cabos de um mesmo circuito devem ser ligadas em conjunto nas duas extremidades.
QUADRO 52-C7
1,5 25 21 23 26 29
2,5 33 28 31 34 39
4 44 37 41 45 51
1,5 26 22 26 28 32
2,5 36 30 34 37 43
4 47 40 45 49 56
6 60 51 57 62 71
10 82 69 77 84 95
(1) - Para os cabos nus acessíveis, os valores indicados devem ser multiplicados por 0,9.
(2) - Para os cabos monocondutores, as bainhas dos cabos de um mesmo circuito devem ser ligadas em conjunto nas duas extremidades.
(3) - Afastamento não inferior ao diâmetro exterior do cabo monocondutor (De).
QUADRO 52-C8
1,5 25 21 23 26 29
2,5 33 28 31 34 39
4 44 37 41 45 51
1,5 26 22 26 28 32
2,5 36 30 34 37 43
4 47 40 45 49 56
6 60 51 57 62 71
10 82 69 77 84 95
(1) - Para os cabos nus acessíveis, os valores indicados devem ser multiplicados por 0,9.
(2) - Para os cabos monocondutores, as bainhas dos cabos de um mesmo circuito devem ser ligadas em conjunto nas duas extremidades.
(3) - Afastamento não inferior ao diâmetro exterior do cabo monocondutor (De).
QUADRO 52-C9
2,5 30 25 - - - - -
4 40 34 - - - - -
6 51 43 - - - - -
10 70 60 - - - - -
16 94 80 - - - - -
(1) - Para S d 16 mm2, admitiu-se que os condutores eram de secção circular e para S ! 16 mm2, de secção sectorial (aplicável também a condutores de
secção circular).
(2) - Afastamento não inferior ao diâmetro exterior do cabo monocondutor (De).
QUADRO 52-C10
4 31 26 - - - - -
6 39 33 - - - - -
10 54 46 - - - - -
16 73 61 - - - - -
25 89 78 98 84 87 112 99
(1) - Para S d 16 mm2, admitiu-se que os condutores eram de secção circular e para S ! 16 mm2, de secção sectorial (aplicável também a condutores de
secção circular).
(2) - Afastamento não inferior ao diâmetro exterior do cabo monocondutor (De).
6682-(106) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
QUADRO 52-C11
2,5 36 32 - - - - -
4 49 42 - - - - -
6 63 54 - - - - -
10 86 75 - - - - -
16 115 100 - - - - -
(1) - Para S d 16 mm2, admitiu-se que os condutores eram de secção circular e para S ! 16 mm2, de secção sectorial (aplicável também a condutores de
secção circular).
(2) - Afastamento não inferior ao diâmetro exterior do cabo monocondutor (De).
QUADRO 52-C12
4 38 32 - - - - -
6 49 42 - - - - -
10 67 58 - - - - -
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(107)
(1) - Para S d 16 mm2, admitiu-se que os condutores eram de secção circular e para S ! 16 mm2, de secção sectorial (aplicável também a condutores de
secção circular).
(2) - Afastamento não inferior ao diâmetro exterior do cabo monocondutor (De).
QUADRO 52-C13
4 25 30 23 27
6 32 38 29 34
10 43 52 39 46
16 57 69 52 62
25 75 90 68 80
35 92 111 83 99
Secção nominal
dos condutores Dois condutores carregados Três condutores carregados
(mm2)
Mét. refª.⇒ A2 B2 A2 B2
Coluna.⇒ 2 3 4 5
Condutores de alumínio
2,5 14,5 17,5 13,5 15,5
4 19,5 24 17,5 21
6 25 30 23 27
10 33 41 31 36
16 44 54 41 48
25 58 71 53 62
35 71 86 65 77
50 86 104 78 92
QUADRO 52-C14
Secção nominal
dos condutores Dois condutores carregados Três condutores carregados
(mm2)
Mét. refª.⇒ A2 B2 A2 B2
Coluna.⇒ 2 3 4 5
Condutores de cobre
1,5 18,5 22 16,5 19,5
2,5 25 30 22 26
4 33 40 30 35
6 42 51 38 44
10 57 69 51 60
16 76 91 68 80
25 99 119 89 105
Condutores de alumínio
2,5 19,5 23 18 21
4 26 31 24 28
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(109)
Secção nominal
dos condutores Dois condutores carregados Três condutores carregados
(mm2)
Mét. refª.⇒ A2 B2 A2 B2
Coluna.⇒ 2 3 4 5
Condutores de alumínio
6 33 40 31 35
10 45 54 41 48
16 60 72 55 64
25 78 94 71 84
35 96 115 87 103
QUADRO 52-C30
Canalizações enterradas
2,5 34 42 41 48
4 44 54 53 63
6 56 67 66 80
10 74 90 87 104
Condutores de alumínio
10 57 68 67 80
16 74 88 87 104
Para cabos enterrados e colocados dentro de tubos ou de travessias, os valores indicados no quadro devem ser multiplicados
por 0,80. Atendendo a que as correntes admissíveis foram calculadas para uma resistividade térmica do solo igual a 1K.m/W, é
necessário considerar os factores de correcção.
6682-(110) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
10 — Factores de correcção.
10.1 — Factores de correcção com a temperatura ambiente.
QUADRO 52-D1
Isolamento
Temperatura ambiente (ºC) Mineral(*)
PVC XLPE/EPR
(a) (b)
10 1,22 1,15 1,26 1,14
65 - 0,65 - 0,70
70 - 0,58 - 0,65
75 - 0,50 - 0,60
80 - 0,41 - 0,54
85 - - - 0,47
90 - - - 0,40
95 - - - 0,32
QUADRO 52-D2
QUADRO 52-E1
Factores de correcção para agrupamento de cabos de diversos circuitos ou de vários cabos multicondutores,
instalados ao ar, lado a lado, em camada simples
(a aplicar aos valores dos quadros 52-C1 a 52-C14)
Factor de correcção
Quadros e
Refª Disposição dos cabos N.º de circuitos ou de cabos multicondutores métodos de
referência
1 2 3 4 5 6 7 8 9 12 16 20
Encastrados ou
52-C1 a
embebidos em
1 1,00 0,80 0,70 0,65 0,60 0,57 0,54 0,52 0,50 0,45 0,41 0,38 52-C14
elementos da
AaF
construção
Sobre as paredes ou
pisos ou sobre 52-C1
2 1,00 0,85 0,79 0,75 0,73 0,72 0,72 0,71 0,70 a
caminhos de cabos
não perfurados 52-C6
C
3 Nos tectos 0,95 0,81 0,72 0,68 0,66 0,64 0,63 0,62 0,61 O factor de
Em canalizações correcção não
sobre caminhos de diminui a partir de
9 cabos 52-C7
4 cabos, horizontais 1,00 0,88 0,82 0,77 0,75 0,73 0,73 0,72 0,72
a
perfurados ou
52-C12
verticais
E, F
Sobre escadas (para
5 1,00 0,87 0,82 0,80 0,80 0,79 0,79 0,78 0,78
cabos), consola, etc.
QUADRO 52-E2
Factores de correcção para agrupamentos de cabos enterrados em esteira horizontal,
distanciados de, pelo menos, 0,20 m
QUADRO 52-E3
Factores de correcção para agrupamento de condutas com condutores, instaladas ao ar, enterradas
ou embebidas no betão, em função da sua disposição (horizontal e vertical)
QUADRO 52-E4
Factores de correcção para agrupamento de diversos circuitos de cabos multicondutores, instalados ao ar,
lado a lado, em camadas simples, para o método de referência E
N.º de cabos
Modo de instalação (veja-se o quadro 52H) N.º de caminhos
de cabos 1 2 3 4 6 9
Cabos sem afastamento entre si e 1 1,00 0,88 0,82 0,79 0,76 0,73
Caminhos afastados dos elementos da 2 1,00 0,87 0,80 0,77 0,73 0,68
de cabos 13 construção de d t 20 mm 3 1,00 0,86 0,79 0,76 0,71 0,66
perfurados Cabos com afastamento entre si 1 1,00 1,00 0,98 0,95 0,91 -
horizontais t De e afastados dos elementos 2 1,00 0,99 0,96 0,92 0,87 -
da construção de d t 20 mm 3 1,00 0,98 0,95 0,91 0,85 -
Caminhos 1 1,00 0,88 0,82 0,78 0,73 0,72
Cabos encostados
de cabos 13 2 1,00 0,88 0,81 0,76 0,71 0,70
perfurados Cabos com afastamento 1 1,00 0,91 0,89 0,88 0,87 -
verticais entre si t De 2 1,00 0,91 0,88 0,87 0,85 -
Cabos sem afastamento entre si 1 1,00 0,87 0,82 0,80 0,79 0,78
Escadas 14 e afastados dos elementos da 2 1,00 0,86 0,80 0,78 0,76 0,73
(para cabos), 15 construção de d t 20 mm 3 1,00 0,85 0,79 0,86 0,73 0,70
consolas, 16 Cabos com afastamento entre si 1 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 -
etc. t De e afastados dos elementos 2 1,00 0,99 0,98 0,97 0,96 -
da construção de d t 20 mm 3 1,00 0,98 0,97 0,96 0,93 -
QUADRO 52-E5
Factores de correcção para agrupamento de diversos circuitos de cabos monocondutores, instalados ao ar,
lado a lado, em camada simples, para o método de referência F
QUADRO 52-E6
QUADRO II
A medição da resistência do eléctrodo de terra pode As espessuras e os diâmetros mínimos dos elementos
permitir, aplicando as expressões indicadas na secção 3 referidos foram estabelecidos apenas para os riscos usu-
do presente Anexo, estimar o valor médio local da resisti- ais de deterioração química e mecânica. Essas dimensões
vidade do terreno, que pode ser útil para ulteriores traba- podem ser insuficientes, nomeadamente nos casos em que
lhos efectuados em condições análogas. sejam de prever riscos de corrosão importantes, como por
3 — Eléctrodos de terra. exemplo, nos terrenos percorridos por correntes vagabun-
3.1 — Elementos constituintes. das (correntes de retorno da tracção em corrente contí-
Os eléctrodos de terra são realizados por meio de ele- nua), devendo, nesses casos, tomarem-se as necessárias
mentos enterrados no solo, podendo estes serem em aço precauções.
galvanizado a quente, em aço revestido a cobre perfeita- Os eléctrodos de terra devem, sempre que possível, ser
mente aderente, em cobre nu ou em cobre revestido a enterrados nas partes mais húmidas dos terrenos disponí-
chumbo. Quando houver necessidade de ligar metais de veis, afastados de depósitos ou de locais de infiltração
natureza diferente, os elementos de ligação não devem de produtos que os possam corroer (fumeiros, estrumei-
estar em contacto com o solo. ras, nitreiras, produtos químicos, coque, etc.) e longe de
Os metais leves só são admissíveis se forem feitos es- locais de passagem frequente de pessoas.
tudos específicos sobre o seu comportamento como eléc- No quadro III são indicadas as dimensões mínimas dos
trodos de terra. eléctrodos de terra mais usuais.
QUADRO III
Características dos eléctrodos de terra
Material
Tipos de eléctrodos
constituinte
3.2 — Estabelecimento dos eléctrodos de terra. • Condutores de alumínio recobertos com uma bainha
No estabelecimento dos eléctrodos de terra devem ser de chumbo e de secção não inferior a 35 mm2
observadas as regras seguintes: • Fitas de cobre de secção não inferior a 25 mm2e uma
a) Condutores enterrados horizontalmente: espessura não inferior a 2 mm;
• Fitas de aço macio galvanizado com uma secção não
Esses condutores podem ser: inferior a 100 mm 2 e uma espessura não inferior a
• Condutores unifilares ou multifilares em cobre ou re- 3 mm;
cobertos por uma bainha de chumbo e de secção não in- • Cabos de aço galvanizado de secção não inferior a
ferior a 25 mm2; 100 mm2.
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(115)
Os cabos com fios finos (tranças) são desaconselháveis. A resistência de um eléctrodo de terra constituído por
A resistência de um eléctrodo de terra constituído por elementos (varetas, tubos ou perfis) metálicos enterrados
um condutor enterrado horizontalmente no solo pode ser verticalmente no solo pode ser calculada, aproximadamen-
calculada, aproximadamente, por meio da expressão se- te, por meio da expressão seguinte:
guinte:
U U
R 2 R
L L
em que: em que:
R é a resistência do eléctrodo de terra, expressa em R é a resistência do eléctrodo de terra, expressa em
ohms; ohms;
U ρ é a resistividade do terreno, expressa em ohms × me- ρ é a resistividade do terreno, expressa em ohms x me-
U
tros; tros;
L é o comprimento da vala ocupada pelo condutor, L é o comprimento do elemento, expresso em metros.
expresso em metros.
É possível diminuir o valor da resistência do eléctrodo
Chama-se a atenção para o facto de que a colocação
de terra dispondo diversos elementos verticais ligados em
do condutor num traçado sinuoso na vala não melhora,
paralelo e afastados de uma distância não inferior ao seu
de forma sensível, a resistência do eléctrodo de terra.
comprimento (no caso de 2 elementos) ou de uma distân-
Na prática, estes condutores são dispostos de duas
cia ainda maior (no caso de mais do que 2 elementos).
formas:
U Quando houver riscos de gelo ou de secagem do terre-
— Anéis localizados no fundo das valas das fundações no, o comprimento das varetas deve ser aumentado. No
dos edifícios, normalmente abrangendo todo o seu perí- caso de varetas de grande comprimento, como o solo é
metro (nesse caso, o valor de L a considerar é o desse raramente homogéneo, pode ser possível atingirem-se ca-
perímetro); madas de terreno de resistividade baixa.
— Valas horizontais, em que os condutores são enter- 4 — Eléctrodos de terra de facto.
rados a uma profundidade de cerca de 1 m em valas aber- Certas estruturas metálicas enterradas podem ser usa-
tas expressamente para o efeito, as quais não devem ser das como eléctrodos de terra de facto desde que sejam
cheias com calhaus, cinzas ou materiais análogos mas sim respeitadas as condições seguintes:
com terra susceptível de reter a humidade. 4.1 — Tubos e condutas, metálicos, privados.
Os tubos e as condutas privados metálicos e enter-
b) Chapas finas enterradas: rados (que não sejam afectos às redes de alimentação
Na prática, utilizam-se chapas rectangulares de dos edifícios, como por exemplo, os de água, os de
0,5 m x 1 m enterradas por forma a que o bordo superior aquecimento, os de esgotos, etc.) podem ser utilizados
fique a uma profundidade de cerca de 0,8 m. A espessura como eléctrodos de terra de facto, desde que a sua con-
dessas chapas não deve ser inferior a 2 mm, se de cobre, tinuidade eléctrica seja garantida. Estes eléctrodos de-
ou a 3 mm, se de aço galvanizado. vem ser ligados em paralelo com o eléctrodo de terra
Para garantir um melhor contacto das duas faces com da instalação.
o solo, as chapas maciças (não perfuradas) devem ser 4.2 — Pilares metálicos enterrados.
enterradas verticalmente. Os pilares metálicos interligados por estruturas metáli-
A resistência de um eléctrodo de terra constituído cas e enterrados a uma certa profundidade no solo po-
por uma chapa enterrada verticalmente no solo pode ser dem ser utilizados como eléctrodos de terra.
calculada, aproximadamente, por meio da expressão se- A resistência de um eléctrodo de terra constituído por
guinte: pilares metálicos enterrados pode ser calculada, aproxima-
U damente, por meio da expressão seguinte:
R 0,8
L
em que: U 3L
R 0,366 log
10
R é a resistência do eléctrodo de terra, expressa em L d
ohms; em que:
ρ é a resistividade do terreno, expressa em ohms x me- R é a resistência do eléctrodo de terra, expressa em
tros; ohms;
L é o perímetro da chapa, expresso em metros. ρ é a resistividade do terreno, expressa em ohms x me-
U
tros;
c) Eléctrodos verticais (excepto chapas): L é o comprimento enterrado do pilar, expresso em
metros;
Com excepção dos eléctrodos em chapa (veja-se a alí- d é o diâmetro do cilindro circunscrito do pilar, expres-
nea b), os eléctrodos verticais podem ser: so em metros;
• Varetas de cobre ou de aço com um diâmetro mínimo
de 15 mm; no caso de varetas em aço, estas devem ser O conjunto de pilares interligados e repartidos pelo
cobertas com uma camada protectora aderente de cobre perímetro do edifício apresenta uma resistência da mes-
(de espessura adequada) ou serem galvanizadas. ma ordem de grandeza que a do anel constituído por con-
• Tubos de aço galvanizado com um diâmetro exterior dutores nus estabelecidos no fundo das fundações. O
não inferior a 25 mm; eventual envolvimento dos pilares com betão não impe-
• Perfis de aço macio galvanizado com 60 mm de lado; de a utilização destes como eléctrodos de terra nem mo-
6682-(116) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
difica sensivelmente o valor da sua resistência como eléc- ção não inferior a 6 mm2, se de cobre, ou de secção equi-
trodo. valente, se de outro material, identificado como condutor
4.3 — Estruturas em betão armado (em estudo). de protecção pela cor verde-amarela.
3 — Quando for necessário estabelecer o eléctrodo de
ANEXO V terra das massas numa instalação já existente, não é per-
Ligação à terra dos descarregadores de sobretensão mitido usar, para esse fim, os eléctrodos de terra já exis-
das instalações telefónicas tentes destinados à ligação à terra dos descarregadores
de sobretensão das instalações telefónicas, devendo o
1 — Os descarregadores de sobretensão das instalações eléctrodo satisfazer às condições expressas nas presentes
telefónicas podem ser ligados aos eléctrodos de terra das Regras Técnicas (nomeadamente nas secções 531.1 e 542).
massas das instalações eléctricas desde que sejam respei- A interligação dos eléctrodos deve ser feita nas condições
tadas simultaneamente as seguintes condições: referidas no ponto 2 do presente Anexo.
a) A resistência do eléctrodo (apropriada ao valor da
ANEXO VI
corrente de funcionamento diferencial estipulada) seja com-
patível com as condições exigidas para a ligação à terra dos Condutores de protecção — método para
descarregadores de sobretensão das instalações telefónicas. a determinação do factor k
b) O condutor de ligação à terra dos descarregadores (veja-se 543.1.1)
de sobretensão das instalações telefónicas seja ligado
directamente ao terminal principal de terra do edifício por O factor k pode ser determinado por meio da expressão
meio de um condutor que não seja identificado pela cor seguinte:
verde-amarela (esta interdição destina-se a evitar que este k
Q c (B 20 )
loge (1
Tf Ti
)
condutor possa ser utilizado como condutor de protecção U 20 B Ti
Material B QC (1)
U20(2) Q c (B 20 )
(qC) (J / qC mm3) (: mm) U20
ANEXO VII
C
1 M
1 1 4
1
A
2 1 — Condutor de protecção;
L
2 — Condutor da ligação equipotencial principal;
3 — Condutor de terra;
4 — Condutor de equipotencialidade suplementar;
3 A — Canalização metálica principal de água;
C — Elemento condutor;
L — Terminal principal de terra;
T M — Massa;
T — Eléctrodo de terra.
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(117)
As condições de instalação das baterias de acumula- — Um dispositivo de vigilância da tensão aos termi-
dores dependem, nomeadamente, das emanações gasosas nais da bateria, independente do da regulação de tensão,
dos elementos dos acumuladores. que coloque fora de serviço o dispositivo de carga sem-
Os elementos dos acumuladores, durante a sua car- pre que a tensão ultrapasse a tensão normal de serviço;
ga, são os responsáveis pelos fenómenos de electróli- — Um dispositivo de limitação da corrente de carga re-
se (regidos pela lei de Faraday), podendo as corres- gulado para o valor máximo IBL;
pondentes emanações gasosas originar uma — Um dispositivo de vigilância da corrente de carga,
recombinação. independente do da limitação de corrente, regulado para
Por convenção e no âmbito das presentes Regras Téc- o valor IBS, que coloque fora de tensão o dispositivo de
nicas, quando a taxa de recombinação for inferior a 95%, carga sempre que a corrente ultrapasse o valor pré-
as baterias são ditas abertas, sendo designadas por bate- -definido para a corrente máxima rectificada IBL.
rias com recombinação, no caso contrário.
1 — Baterias abertas. Nestas condições, o valor Im deve ser considerado igual
Estas baterias devem ser instaladas em locais cujo vo- a IBS (indicado pelo fabricante do sistema de carga).
lume de ar a renovar não seja inferior ao obtido pela ex- 1.2 — Quando o sistema de carga não for dotado dos
dispositivos de regulação e de vigilância (previstos no
pressão seguinte:
ponto 1.1), o valor da corrente I é o da corrente rectifica-
da de carga correspondente ao funcionamento do dispo-
TR = 0,05 × N × I
sitivo de protecção da alimentação do sistema de carga,
em que:
quaisquer que sejam as características do eventual dispo-
TR é a taxa de renovação de ar novo, expressa em sitivo de regulação, isto é:
metros cúbicos por hora;
I
I = I c× 2
N é o número de elementos da bateria;
I é a corrente definida, nos pontos 1.1 e 1.2 do presen- In
te Anexo (consoante o sistema de carga tenha ou não em que:
dispositivos de regulação e de vigilância), expressa em
amperes. In é a corrente estipulada do dispositivo de alimenta-
ção do sistema de carga;
1.1 — Quando o sistema de carga for dotado, simulta- Ic é a corrente rectificada de carga correspondente à
neamente, de dispositivos de regulação e de vigilância, a corrente In (que, em regra, é superior à corrente estipula-
corrente I é o valor máximo Im da corrente rectificada de da fornecida pelo rectificador em serviço normal);
carga da bateria nas condições definidas para um dos I2 é a corrente de funcionamento efectivo do dispositi-
casos seguintes: vo de protecção da alimentação do sistema de carga (veja-
-se 433.2).
a) As características eléctricas e de funcionamento da
bateria de acumuladores e do rectificador-carregador as- O dispositivo de protecção da alimentação do sistema
sociado são conhecidas durante os ensaios de qualifica- de carga a considerar é o dispositivo de protecção que
ção do conjunto (por exemplo: o conjunto formado por lhe está incorporado ou, quando este não existir, o dispo-
rectificador-carregador, bateria e ondulador de um sistema sitivo de protecção contra sobrecargas do circuito de ali-
de socorro em corrente alternada); neste caso, deve ser mentação do sistema de carga.
determinado um limiar de vigilância UDS por forma a que a 1.3 — As baterias abertas não devem ser instaladas em
corrente máxima rectificada de carga Im não seja ultrapas- locais onde a climatização ambiente seja feita em circuito
sada, devendo o sistema de carga ser equipado, simulta- totalmente fechado.
neamente, de: 2 — Baterias com recombinação.
2.1 — Nas baterias com recombinação que formem um
— Um dispositivo de limitação da corrente de carga,
conjunto com o rectificador-carregador próprio (situação
regulado para o valor máximo IBL;
comum), o volume de ar a renovar não deve ser inferior
— Um dispositivo de vigilância da tensão aos termi-
ao obtido pela expressão seguinte:
nais da bateria, independente do da regulação de tensão,
que coloque fora de serviço o dispositivo de carga sem- TR = 0,0025 × N × I BL
pre que a tensão atinja o valor pré-definido para o final
de carga à corrente IBL. em que as variáveis têm o significado já definido na sec-
ção 1 para as baterias abertas.
Nestas condições o valor Im deve ser considerado igual Quando as baterias forem instaladas em locais de usos
a IBL (indicado pelo fabricante do sistema de carga). gerais, esta exigência considera-se satisfeita se forem cum-
pridas, para esses locais, as condições de ventilação exi-
b) As características eléctricas e de funcionamento da gidas pela legislação relativa aos locais de trabalho.
bateria de acumuladores não são conhecidas durante os 2.2 — Nas baterias com recombinação que não formem
ensaios de qualificação do rectificador-carregador; neste um conjunto com o rectificador-carregador e quando este
caso, pode ser determinado um limiar de vigilância IBS, por não tiver as características especificadas para a bateria a
forma a que a corrente máxima rectificada de carga Im não que se encontrar ligado, o volume de ar a renovar deve
6682-(118) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
f) Selecção dos equipamentos e das medidas de pro- e) Corte automático da alimentação (612.6);
tecção apropriadas, de acordo com as condições de influ- f) Ensaio da polaridade (612.7);
ências externas (veja-se 512.2); g) Ensaio dieléctrico (612.8);
g) Identificação dos condutores neutros e dos condu- h) Ensaios funcionais (612.9);
tores de protecção (veja-se 514.3); i) Protecção contra os efeitos térmicos (612.10);
h) Existência de esquemas, de avisos e de informações j) Quedas de tensão (612.11).
análogas (veja-se 514.5);
i) Identificação dos circuitos, dos fusíveis, dos disjun- Se um dos ensaios conduzir a um resultado não aceitá-
tores, dos interruptores, dos terminais, etc. (veja-se 514); vel, esse ensaio, bem como os que o precederam e cujos
j) Forma como estão feitas as ligações dos condutores resultados possam ter sido influenciados pelo ensaio em
(veja-se 526); causa, devem ser repetidos, após ter sido eliminado o
k) Acessibilidade para comodidade de funcionamento defeito. Os métodos dos ensaios descritos nas secções
e de manutenção. 612.2 a 612.11 são métodos de referência, não sendo de
excluir outros métodos, desde que os resultados deles
612 — Ensaios. decorrentes sejam igualmente válidos.
612.1 — Generalidades. 612.2 — Continuidade dos condutores de protecção e
A verificação por meio de ensaios deve incluir, quando das ligações equipotenciais.
aplicáveis, pelo menos, os seguintes ensaios, os quais Deve ser realizado um ensaio para comprovar a conti-
devem ser realizados, preferencialmente, pela ordem indi- nuidade dos condutores de protecção e das ligações equi-
cada: potenciais principais e suplementares. Recomenda-se que
o ensaio seja realizado por meio de uma fonte que tenha,
a) Continuidade dos condutores de protecção e das li-
em vazio, uma tensão entre 4 V e 24 V (em corrente alter-
gações equipotenciais principais e suplementares (612.2);
nada ou em corrente contínua) e que possa debitar uma
b) Resistência de isolamento da instalação eléctrica
corrente não inferior a 0,2 A.
(612.3);
612.3 — Resistência de isolamento da instalação eléctrica.
c) Protecção por meio da separação dos circuitos
A resistência de isolamento da instalação eléctrica deve
(612.4), relativa à:
ser medida entre cada condutor activo e a terra.
• Tensão reduzida de segurança TRS ou TRP (veja-se Este ensaio deve ser feito a uma tensão com o valor
411.1); indicado no quadro 61A, considerando-se satisfatório o
• Separação eléctrica (veja-se 413.5). resultado obtido se, em cada um dos circuitos e com os
aparelhos de utilização desligados, o valor da resistência
d) Resistência de isolamento dos elementos da cons- de isolamento não for inferior ao valor indicado no referi-
trução (tectos, paredes, etc.) (612.5); do quadro.
QUADRO 61A
Tensão nominal do circuito (V) Tensão de ensaio em corrente contínua (V) Resistência de isolamento
(M :)
TRS e TRP 250 t 0,25
U d 500 V(1) 500 t 0,5
U ! 500 V 1 000 t 1,0
(1) - excepto para os casos referidos na linha anterior (TRS e TRP).
As medições devem ser feitas em corrente contínua, A separação entre as partes activas dos circuitos TRP
devendo o aparelho usado no ensaio ser capaz de forne- e as partes activas de outros circuitos deve, de acordo
cer uma tensão com o valor indicado no quadro 61A e com o indicado na secção 411, ser verificada por meio da
uma corrente de 1 mA. Quando, na instalação, existirem medição da resistência de isolamento. Os resultados obti-
dispositivos electrónicos, apenas deve ser feita a medição dos devem satisfazer ao indicado no quadro 61A.
entre os condutores activos (fases e o neutro) ligados 612.4.3 — Separação eléctrica.
entre si e a terra. A separação entre as partes activas dos circuitos com
separação eléctrica e as partes activas de outros circuitos
612.4 — Protecção por separação de circuitos.
e da terra deve, de acordo com o indicado na secção 413.5,
A separação dos circuitos deve ser verificada de acor-
ser verificada por meio da medição da resistência de iso-
do com as regras indicadas nas secções 612.4.1 a 612.4.3. lamento. Os resultados obtidos devem satisfazer ao indi-
612.4.1 — Protecção por TRS. cado no quadro 61A.
A separação entre as partes activas dos circuitos TRS 612.5 — Resistência de isolamento dos elementos da
e as partes activas de outros circuitos e da terra deve, construção.
de acordo com o indicado na secção 411, ser verificada Quando for necessário cumprir as condições indicadas
por meio da medição da resistência de isolamento. Os re- na secção 413.3 (protecção por recurso a locais não con-
sultados obtidos devem satisfazer ao indicado no qua- dutores), devem ser efectuadas, num mesmo local, no mí-
dro 61A. nimo, três medições da resistência de isolamento dos ele-
612.4.2 — Protecção por TRP. mentos da construção (paredes, tectos, pavimentos, etc.).
6682-(120) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
Uma dessas medições deve ser feita a cerca de 1 m de as verificações devem ser realizadas segundo o indicado
um elemento condutor acessível, situado nesse local, de- na alínea a) da secção 612.6.1 (esquema TN).
vendo as outras duas medições ser feitas a distâncias 612.6.2 — Medição da resistência do eléctrodo de terra.
superiores à indicada. Quando for necessário proceder à medição da resis-
Estas medições devem ser repetidas para cada uma das tência de um eléctrodo de terra (vejam-se as secções
superfícies importantes desse local. 413.1.4.2, para o caso do esquema TT ou 413.1.3.3, para
No Anexo A é descrito, a título exemplificativo, um o esquema TN ou 413.1.5.3, para o esquema IT), essa
método para este tipo de medições. medição deve ser feita por meio de um método apro-
612.6 — Verificação das condições de protecção por priado.
corte automático da alimentação. 612.6.3 — Medição da impedância da malha de defeito.
612.6.1 — Generalidades. A medição da impedância da malha de defeito deve ser
A eficácia das medidas de protecção contra os con- feita à frequência nominal do circuito considerado, deven-
tactos indirectos por corte automático da alimentação do o valor obtido satisfazer às condições indicadas nas
deve ser verificada, consoante o esquema das ligações secções seguintes:
à terra, por meio de um dos processos indicados segui- a) 413.1.3.3, para o esquema TN;
damente: b) 413.1.5.6, para o esquema IT.
a) Esquema TN.
612.6.4 — Medição da resistência dos condutores de
A verificação da eficácia das medidas de protecção in- protecção
dicadas na secção 413.1.3 deve incluir: 612.6.4.1 — A verificação consiste em medir o valor da
resistência R entre cada uma das massas da instalação e
• A medição da impedância da malha de defeito (veja-
o ponto mais próximo da ligação equipotencial principal.
-se 612.6.3) ou, em alternativa, a medição da resistência Recomenda-se que essa medição seja feita a uma tensão
dos condutores de protecção (veja-se 612.6.4). que, em vazio, esteja compreendida entre 4 V e 24 V (em
• A verificação das características do dispositivo de corrente alternada ou em corrente contínua) e com uma
corte associado a esta medida de protecção, isto é, a ins- corrente não inferior a 0,2 A.
pecção visual do valor da corrente estipulada dos disjun- O valor obtido deve satisfazer à condição indicada na
tores e dos fusíveis e ainda, para os dispositivos diferen- expressão seguinte:
ciais, a verificação do seu funcionamento. Uc
R d
It
Por outro lado, a medição da resistência do eléctrodo em que:
de terra global (RB) deve ser feita, se necessário, segun-
do o indicado na secção 413.1.3.7. Uc é a tensão de contacto presumida, indicada no qua-
dro 61B em função do tempo de corte definido nos qua-
b) Esquema TT. dros 41A e 41B;
A verificação da eficácia das medidas de protecção in- It é a corrente que garante o funcionamento automáti-
dicadas na secção 413.1.4 deve incluir: co do dispositivo de protecção no tempo definido no
quadro 41A, para o esquema TN, ou no quadro 41B, para
• A medição da resistência do eléctrodo de terra das o esquema IT.
massas da instalação (veja-se 612.6.2);
• A verificação das características do dispositivo de QUADRO 61B
corte associado a esta medida de protecção, isto é:
Tensões de contacto presumidas, em função
— A inspecção visual da corrente e o ensaio, quando do tempo de corte
esse dispositivo for diferencial;
Tempo de corte Tensão de contacto presumida
— A inspecção visual da corrente estipulada dos (s) (V)
disjuntores e dos fusíveis, quando esse dispositivo for o 0,1 350
5,0 50
c) Esquema IT. Os valores da tensão de contacto presumida foram determinados a partir das condições enunciadas na
Norma IEC 60479-1.
A verificação da eficácia das medidas de protecção in-
dicadas na secção 413.1.5 deve incluir o cálculo ou a
medição da corrente, no caso de ocorrência de um primei- Este método não é aplicável quando, para tempos de
ro defeito. corte não superiores a 5 s, forem verificadas as condições
Quando ocorrer um segundo defeito que transforme a indicadas na secção 413.1.3.6.
instalação em condições análogas às que se verificam para 612.6.4.2 — Quando as regras indicadas na secção
o esquema TT (veja-se a alínea a) da secção 413.1.5.5), as 612.6.3 ou 612.6.4.1 não puderem ser cumpridas deve ser
verificações devem ser realizadas segundo o indicado na realizada uma ligação equipotencial suplementar de acor-
alínea b) da secção 612.6.1 (esquema TT). do com o indicado na secção 413.1.6. Em caso de dúvida,
Quando ocorrer um segundo defeito que transforme a a eficácia desta ligação suplementar deve ser verificada de
instalação em condições análogas às que se verificam para acordo com a regra indicada na secção 413.1.6.2.
o esquema TN (veja-se a alínea b) da secção 413.1.5.5), 612.7 — Ensaio da polaridade.
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(121)
Quando não for permitida a instalação de dispositivos sem tensão e apenas devem ser ligadas após terem sido
de corte unipolar no condutor de neutro, deve ser realiza- feitas as necessárias reparações.
do um ensaio de polaridade, com vista a verificar que 64 — Exploração das instalações.
esses dispositivos estão apenas instalados nos conduto- 641 — Utilização das instalações.
res de fase. 641.1 — Na utilização das instalações não deve tocar-
612.8 — Ensaio dieléctrico. -se, sem necessidade, em quaisquer condutores eléctricos,
612.8.1 — Generalidades. peças ou equipamentos desprotegidos, nem manejar, sem
Este ensaio deve ser realizado nos equipamentos cons- tomar os devidos cuidados, objectos que possam provo-
truídos no local segundo o método indicado no Anexo E car contactos com elementos em tensão.
(em estudo). 641.2 — A substituição de fusíveis (elementos de subs-
612.8.2 — Valores da tensão de ensaio (em estudo). tituição) só pode ser executada por pessoas instruídas ou
612.9 — Ensaios funcionais. qualificadas e empregando dispositivos de segurança ade-
Os conjuntos de equipamentos, tais como os conjun- quados.
tos de aparelhagem, os motores e os seus auxiliares, os 642 — Execução de trabalhos.
comandos, os encravamentos, etc., devem ser submetidos 642.1 — Execução de trabalhos fora de tensão.
a um ensaio funcional, com vista a verificar que estão 642.1.1 — Os trabalhos nas instalações devem ser rea-
correctamente montados, regulados e instalados nas con- lizados, em regra, fora de tensão e por pessoas qualifica-
dições indicadas nas presentes Regras Técnicas. Os dis- das (BA5) ou instruídas (BA4), depois de o responsável
positivos de protecção devem ser submetidos, se neces- pela condução desses trabalhos ter procedido ao corte da
sário, a ensaios funcionais, com vista a verificar que estão corrente ou ter recebido comunicação de pessoa idónea
correctamente instalados e regulados. que garanta ter sido realizado esse corte. Não é admissí-
612.10 — Protecção contra os efeitos térmicos (em es- vel iniciar os trabalhos por prévia combinação de hora ou
tudo). por simples falta de tensão.
612.11 — Queda de tensão (em estudo). 642.1.2 — Se a comunicação indicada na secção 642.1.1
62 — Verificação após a entrada em serviço. for via rádio ou telefone, quem a receber deve repeti-la,
621.1 — As verificações que forem feitas após a entra- demonstrando que a compreendeu.
da em serviço de uma instalação, devem incluir, nomeada- 642.1.3 — Antes de iniciar os trabalhos deve ser com-
mente: provada a efectiva ausência de tensão por meio de dispo-
sitivos adequados. Deve, ainda, verificar-se se na proxi-
a) A medição da resistência do isolamento (veja-se midade da zona onde vão decorrer os trabalhos há
612.3); condutores ou peças em tensão e, em caso afirmativo, de-
b) A verificação da eficácia das medidas de protecção vem tomar-se as precauções adequadas.
contra os contactos indirectos por corte automático da 642.1.4 — Devem ser tomadas as medidas adequadas
alimentação (veja-se 612.6); para evitar que possam ser religados de forma inadvertida
c) O controlo dos dispositivos de protecção contra as os dispositivos de corte ou de protecção acessíveis e por
sobreintensidades (veja-se 612.9); meio dos quais foi eliminada a tensão.
d) O controlo dos dispositivos de conexão dos condu- 642.1.5 — Quando não houver a certeza de que foi des-
tores; ligada a parte da instalação afectada pelos trabalhos, es-
e) A inspecção das peças afectadas por arcos eléctri- tes só podem ser realizados como se a instalação estives-
cos. se em tensão e de acordo com as regras indicadas na
secção 642.2.
63 — Manutenção das instalações. 642.1.6 — O restabelecimento da tensão às instalações
As instalações devem ser mantidas, em permanência, em onde decorreram os trabalhos só deve ser feito depois de
bom estado de conservação. avisadas as pessoas que os realizaram e de ter sido ga-
Todos os defeitos ou anomalias detectados nos equi- rantido que a instalação está em condições de ficar em
pamentos eléctricos ou no seu funcionamento devem ser tensão. Não é admissível restabelecer a tensão por prévia
comunicados à pessoa incumbida da vigilância da instala- combinação de hora.
ção (Técnico Responsável pela Exploração, nas instalações 642.1.7 — Se o aviso indicado na secção 642.1.6 for via
que deles careçam, nos termos da legislação em vigor), rádio ou telefone, quem o receber deve repeti-lo, demons-
nomeadamente os casos de funcionamento, sem causa trando que o compreendeu.
conhecida, dos dispositivos de protecção contra as sobre- 642.2 — Execução de trabalhos em tensão.
intensidades ou dos dispositivos de protecção contra os 642.2.1 — Os trabalhos nas instalações podem ser rea-
choques eléctricos. lizados em tensão quando, por motivos de serviço, não
Devem ser particularmente vigiados: for conveniente eliminar a tensão.
a) A manutenção dos dispositivos que coloquem as 642.2.2 — Quando forem realizados trabalhos em tensão
partes activas fora do alcance das pessoas; devem ser verificadas, simultaneamente, as condições se-
b) As ligações e o estado dos condutores de protec- guintes:
ção; a) Rigoroso cumprimento das regras e das condições
c) O estado dos cabos flexíveis que alimentem apare- próprias para este tipo de trabalhos, as quais devem ter
lhos móveis, bem como os seus dispositivos de ligação; sido elaboradas por forma a prevenir os riscos daí resul-
d) A regulação correcta dos dispositivos de protecção. tantes para a segurança das pessoas e dos bens (incluin-
do a própria instalação);
Todas as instalações (ou partes das instalações) que b) Realização dos trabalhos apenas por pessoas quali-
apresentem perigos devem ser, imediatamente, colocadas ficadas para este tipo de trabalhos;
6682-(122) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
c) Utilização de equipamentos e de ferramentas apro- a 500 V, a tensão produzida pelo aparelho deve ser de
priados a cada trabalho, os quais devem ser verificados 1000 V.
antes da sua utilização e controlados periodicamente, de A resistência deve ser medida entre um eléctrodo de
acordo com as regras relativas aos trabalhos em tensão. medição e um condutor de protecção da instalação. Como
eléctrodos de medição podem ser usados os a seguir des-
642.2.3 — Não são considerados trabalhos em tensão as critos, devendo, em caso de contestação dos valores ob-
simples manipulações de aparelhos construídos especial- tidos, ser usado o eléctrodo de medição 1, considerado
mente para serem manobrados em tensão. como sendo o eléctrodo de referência (1).
643 — Equipamentos de reserva e acessórios para a
exploração. • Eléctrodo de medição 1.
Para garantir a continuidade de serviço, as instalações Este eléctrodo é constituído por uma placa metálica
eléctricas cuja importância o justifique devem ser dotadas quadrada, com 250 mm de lado, e por um papel ou por
com os equipamentos de reserva e com os acessórios uma tela hidrófila, também quadrada, com 270 mm de lado.
susceptíveis de virem a ser necessários durante a explo- O papel (ou a tela) deve ser molhado e, seguidamente,
ração (como, por exemplo, fusíveis, punhos saca-fusíveis, enxuto e colocados entre a placa e a superfície a ensaiar.
fontes de luz auxiliares). Durante a realização das medições, deve ser aplicada à
644 — Instruções de primeiros socorros. placa metálica uma força de valor igual a:
Nos locais afectos a serviços eléctricos devem ser afi- a) 750 N, no caso de pavimentos;
xados, em locais apropriados, as instruções aprovadas b) 250 N, no caso de outros elementos da construção
oficialmente, para os primeiros socorros a prestar em caso (paredes, tectos, etc.).
de acidentes pessoais produzidos pela corrente eléctrica.
645 — Acordo com outras entidades. • Eléctrodo de medição 2.
Quando a realização de quaisquer trabalhos puder pôr Este eléctrodo é constituído por um tripé metálico, cu-
em risco a segurança das pessoas que os executam devi- jas partes em contacto com a superfície a ensaiar estão
do à proximidade de outras instalações, eléctricas ou não, dispostas segundo um triângulo equilátero. Cada uma des-
ou pôr em perigo ou causar perturbações a essas mesmas sas partes é munida de um apoio flexível que garante,
instalações, as entidades interessadas devem tomar, de quando carregada, a existência de um contacto directo e
comum acordo as precauções convenientes. franco com a superfície a ensaiar, exercido sobre uma área
com cerca de 900 mm², devendo a resistência de cada uma
ANEXO A dessas partes ser inferior a 5000 Ω.
Método de medição da resistência de isolamento Antes de se efectuarem as medições, a zona a ensaiar
dos pavimentos e demais elementos da construção deve ser molhada ou coberta por um tecido humedecido.
Durante a realização das medições, deve ser aplicada
Nestas medições da resistência de isolamento deve ser
ao tripé uma força de valor igual a:
usado um ohmímetro com gerador incorporado ou um
medidor do isolamento dotado de bateria, que produzam, a) 750 N, no caso de pavimentos;
em vazio, uma tensão, de cerca de 500 V, em corrente b) 250 N, no caso de outros elementos da construção
contínua. Para as instalações de tensão nominal superior (paredes, tectos, etc.).
ANEXO B • Método 3.
Verificação do funcionamento dos dispositivos Na figura B3 está esquematizado o princípio em que se
diferenciais baseia este método, que necessita de um eléctrodo de
terra auxiliar. A corrente deve ser aumentada por redução
Os métodos a seguir descritos são dados a título exem- da resistência Rp (no início do ensaio, esta resistência deve
plificativo. estar no seu valor máximo), devendo ser medido o valor
da tensão U entre as massas e o eléctrodo de terra auxi-
• Método 1. liar independente.
Na figura B1 está esquematizado o princípio em que se O valor da corrente que provoca o funcionamento do
baseia este método, sendo a resistência variável Rp ligada dispositivo diferencial (IΔ) não deve ser superior ao valor
entre um condutor de fase (situado a jusante do disposi- da corrente diferencial estipulada IΔn.
tivo em ensaio) e as massas. A corrente deve ser aumen- Deve ser verificada a condição seguinte:
tada por redução da resistência Rp (no início do ensaio,
esta resistência deve estar no seu valor máximo). U d UL x
I
'
O valor da corrente que provoca o funcionamento do I
'n
dispositivo diferencial (IΔ) não deve ser superior ao valor em que:
da corrente diferencial estipulada IΔn. UL é a tensão limite convencional.
L1
L2 L1
L3 L2
N
L3
N
DR
DR
R
P
RP
M
V A M
A
V
A fim de confirmar que o valor assim obtido é correc- U1 é a tensão entre uma fase e a terra, medida sem a
to, devem ser feitas duas outras medições, deslocando o resistência de carga R ligada, em volts;
eléctrodo T2 de cerca de 6 m, para um e para o outro lado U2 é a tensão entre uma fase e a terra, medida com a
da sua posição inicial. Se os três resultados obtidos fo- resistência de carga R ligada, em volts;
rem da mesma ordem de grandeza, o valor pretendido será IR é a corrente que circula na resistência de carga R,
a média destes. Caso contrário, a distância entre T e T1 em amperes.
deve ser aumentada e os três ensaios devem ser repeti-
L1
dos. L2
Quando a corrente utilizada para a medição for à fre- L3
quência industrial, o voltímetro a usar deve ter uma resis- N
tência interna elevada (no mínimo, 200Ω/V).
Deve haver uma separação galvânica entre a fonte de
corrente utilizada na medição e a rede de distribuição, por
exemplo, por meio de um transformador com dois enrola-
mentos separados. R
Alimentação
V A
Regulador de corrente PE
A
V
T X T2 Y T1 Figura D1 — Método das quedas de tensão
Os números que se seguem aos da secção específica 0,05 m acima deste. Neste caso, o volume 0 é limitado pela
da Parte 7 são os correspondentes aos das secções das superfície cilíndrica de geratriz vertical de raio 0,60 m à volta
Partes 1 a 6 que são completadas, modificadas ou substi- da cabeça do chuveiro.
tuídas.
A ausência de referência a uma dada secção das Par- b) Volume 1.
tes 1 a 6 significa que as regras correspondentes são Volume limitado pelo plano horizontal acima do volume
aplicáveis sem qualquer alteração. 0 e o plano horizontal situado a 2,25 m acima do pavimen-
701 — Locais contendo banheiras ou chuveiros (casas to acabado e pela superfície de geratriz vertical circuns-
de banho). crita à banheira ou à bacia do chuveiro.
701.1 — Campo de aplicação. Para um chuveiro sem bacia de recepção, o volume 1 é
As regras particulares indicadas na presente parte das limitado pela superfície de geratriz vertical de raio 0,60m à
Regras Técnicas aplicam-se às banheiras, às bacias de volta da cabeça do chuveiro. Quando não existir bacia de
chuveiros e aos seus volumes envolventes, nos quais os recepção ou quando o chuveiro estiver situado na extre-
riscos de choque eléctrico são acrescidos devido à redu- midade de uma ligação flexível (bicha de chuveiro), a su-
ção da resistência eléctrica do corpo humano e ao con- perfície limitadora deve ser medida a partir da origem da
tacto deste com o potencial da terra. ligação flexível e o volume 1 deve ser limitado pela super-
Com excepção das regras indicadas na alínea b) da fície vertical situada a 1,20 m desse ponto.
secção 701.53, as regras indicadas na presente parte das O volume situada por debaixo da banheira ou da bacia
Regras Técnicas não se aplicam às cabinas de chuveiros do chuveiro pertence ao volume 1 se este for acessível
pré-fabricadas que possuam a sua própria bacia e o seu sem meios especiais, sendo classificado como volume ex-
próprio sistema de evacuação de águas. terior no caso de ser acessível apenas com meios especi-
701.3 — Determinação das características gerais das ins- ais, sendo classificado como volume exterior no caso de
talações. ser acessível apenas com meios especiais.
701.32 — Influências externas — classificação dos vo- Quando o fundo da banheira ou da bacia do chuveiro
lumes. estiver a mais do que 0,10 m acima do pavimento, o plano
Para efeitos de aplicação das regras indicadas na pre- a considerar na definição dos volumes deve ser o situado
sente parte das Regras Técnicas devem ser considerados a 2,25 m acima do fundo.
os volumes seguintes (nas figuras 701A, 701B, e 701C são No caso de banheiras ou de chuveiros completamen-
indicados exemplos da delimitação destes volumes): te encastrados no pavimento, o volume 1 é limitado pela
superfície vertical circunscrita ao bordo exterior da ba-
a) Volume 0. nheira ou do chuveiro. No caso de banheiras ou de chu-
Volume interior da banheira ou bacia do chuveiro. veiros feitos no pavimento, o volume 1 é limitado pela
Se um local inclui um chuveiro sem bacia, o volume 0 é superfície vertical situada a 0,10 m da banheira ou do
limitado pelo pavimento e pelo plano horizontal situado a chuveiro.
Vão da janela
(Volume 2)
Volume 1
Volume 0
Volume 2
2,40 m
0,6
0m
Volume 3
Fig. 701A — Exemplos de dimensões dos volumes em casas de banho (planta) (sem escala)
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(127)
g) banheira
h) chuveiro
Fig. 701B — Exemplos de dimensões dos volumes em casas de banho (alçado) (sem escala)
701.4 — Protecção para garantir a segurança. b) Utilização de isolamentos que possam suportar uma
701.41 — Protecções contra os choques eléctricos. tensão de ensaio à frequência industrial de 500 V (valor
701.411.1.4.3 — Quando a protecção contra os choques eficaz) durante 1 min.
eléctricos for realizada por meio da tensão reduzida de
segurança (TRS), a protecção contra os contactos direc- 701.413.1.6 — Ligação equipotencial suplementar.
tos deve ser garantida independente do valor da tensão Nas casas de banho, deve ser feita uma ligação equi-
nominal por meio de um dos métodos seguintes: potencial suplementar que interligue todos os elementos
condutores existentes nos volumes 0, 1, 2 e 3 com os
a) Utilização de barreiras ou de invólucros com um có- condutores de protecção dos equipamentos colocados
digo IP mínimo IP2X. nesses volumes.
6682-(128) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
701.47 — Aplicação das medidas de protecção para ga- 701.53.03 — No volume 0, não é permitida a instalação
rantir a segurança. de qualquer aparelhagem.
701.471 — Medidas de protecção contra os choques 701.53.04 — No volume 1, não é permitida a instalação
eléctricos. de qualquer aparelhagem, com excepção de interruptores
701.471.0 — No volume 0 das casas de banho, a única de circuitos alimentados a uma tensão reduzida de segu-
medida de protecção contra os choques eléctricos permi- rança (veja-se 411.1) de tensão nominal não superior a
tida é a correspondente ao uso da tensão reduzida de 12 V, em corrente alternada (valor eficaz), ou a 30 V, em
segurança (TRS) de tensão nominal não superior a 12 V, corrente contínua, devendo a fonte de alimentação de se-
em corrente alternada (valor eficaz), ou a 30 V, em corren- gurança ser instalada fora dos volumes 0, 1 e 2.
te contínua, devendo a fonte de alimentação de seguran- 701.53.05 — No volume 2, não é permitida a instalação
ça ser instalada fora dos volumes 0, 1 e 2. de qualquer aparelhagem, com excepção da indicada nas
701.471.1 — Nas casas de banho, não são permitidas as alíneas seguintes:
medidas de protecção contra contactos directos por meio
a) Dispositivos de comando e tomadas de circuitos ali-
de obstáculos (veja-se 412.3) e por colocação fora de al-
mentados a uma tensão reduzida de segurança (veja-se
cance (veja-se 412.4).
411.1) de tensão nominal não superior a 12 V, em corrente
701.471.2 — Nas casas de banho, não são permitidas as
alternada (valor eficaz), ou a 30 V, em corrente contínua,
medidas de protecção contra contactos indirectos por re-
devendo a fonte de alimentação de segurança ser instala-
curso a locais não condutores (veja-se 413.3) e por liga-
da fora dos volumes 0, 1 e 2;
ções equipotenciais não ligadas à terra (veja-se 413.4).
b) Tomadas alimentadas por meio de transformadores
701.5 — Selecção e instalação dos equipamentos (eléc-
de separação da classe II (veja-se 413.5), de pequena
tricos).
potência, integrados nas próprias tomadas, destinadas, por
701.51 — Regras comuns a todos os equipamentos.
exemplo, a alimentarem máquinas de barbear, de acordo
701.512.2 — Influências externas.
com a Norma EN 60742, capítulo 2, secção 1.
Os equipamentos eléctricos usados nas casas de ba-
nho não devem ter códigos IP inferiores a:
701.53.06 — No volume 3, com excepção do volume si-
a) Volume 0: IPX7; tuado acima do volume 2 e até 3m, são permitidos as to-
b) Volume 1: IPX5; madas, os interruptores e outra aparelhagem desde que
c) Volume 2: IPX4 (nos balneários públicos: IPX5); sejam:
d) Volume 3: IPX1 (nos balneários públicos: IPX5).
a) Alimentados individualmente por meio de um trans-
formador de separação (veja-se 413.5.1);
701.52 — Canalizações.
b) Alimentados a uma tensão reduzida de segurança
701.520.01 — No volume 0, não é permitida a instalação
(veja-se 411.1);
de quaisquer canalizações.
c) Protegidos por meio de um dispositivo diferencial de
701.52.02 — No volume 1, as canalizações à vista e as
corrente diferencial estipulada IΔn não superior a 30 mA.
canalizações embebidas nos elementos de construção até
a uma profundidade de 0,05 m devem ser limitadas às es-
701.53.07 — No volume exterior as tomadas são permi-
tritamente necessárias à alimentação dos equipamentos
tidas, desde que sejam alimentadas nas condições indica-
instalados nos volumes 0 e 1.
das na secção 701.53.06.
701.52.03 — No volume 2, as canalizações à vista e as
701.53.08 — Para as cabinas de chuveiro pré-
canalizações embebidas nos elementos de construção até
-fabricadas instaladas em locais que não contenham
a uma profundidade de 0,05 m devem ser as estritamente
banheira ou bacia de chuveiro, os interruptores e as
necessárias à alimentação dos equipamentos instalados
tomadas, que devem, em regra, satisfazer às regras in-
nos volumes 0,1 e 2.
dicadas na secção 701.53.06, devem ser instaladas a uma
701.52.04 — No volume 3, as canalizações à vista e as
distância superior a 0,6m da abertura da porta do con-
canalizações embebidas nos elementos da construção até
junto pré-fabricado.
a uma profundidade de 0,05 m devem ser limitadas às es-
Quando as tomadas não forem protegidas nas condi-
tritamente necessárias à alimentação dos equipamentos
ções indicadas na secção 701.53.06, devem ser instaladas
instalados nos volumes 1, 2 e 3.
a uma distância superior a 3m da abertura da porta do
701.52.05 — As canalizações devem ser da classe II de
conjunto pré-fabricado.
isolamento ou terem um isolamento equivalente, de acor-
do com o indicado na secção 413.2.
701.53 — Aparelhagem (protecção, comando e secciona-
mento).
701.53.01 — As regras indicadas na secção 701.53 não
se aplicam aos interruptores e aos dispositivos de coman-
do integrados em equipamentos apropriados para utiliza-
ção nos diferentes volumes, desde que satisfaçam a nor-
mas próprias, nem às caixas de derivação ou de
aparelhagem destinadas a alimentar equipamentos instala-
dos nesses volumes.
701.53.02 A aparelhagem a instalar nas casas de banho
deve satisfazer às regras indicadas nas secções 701.53.03
a 701.53.07. Fig. 701C — Cabina de chuveiro pré-fabricada (sem escala)
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(129)
chuveiro
Cabina de
chuveiro chuveiro chuveiro
Chuveiros colectivos
potencial, devido aos riscos de supressão dessa li-
Volume 2 Volume 1 gação em caso de desmontagem desses elementos
condutores.
I.7 — Quando a ligação equipotencial principal for rea-
lizada no subsolo ou no rés-do-chão num local contíguo
Fig. 701H — Casas de banho sem cabinas de chuveiro à casa de banho, não é necessário fazer uma ligação equi-
(chuveiro colectivo)
potencial nesta se o corpo da banheira, o tubo de escoa-
mento desta (se for metálico) e os outros elementos con-
701.71.2 — Nas casas de banho com chuveiros, os apa-
dutores da casa de banho forem ligados entre si e ao
relhos de iluminação, não podem ser localizados no volu-
condutor de protecção do circuito que alimenta a casa de
me 1 e devem ser instalados a uma altura superior às dos
banho.
chuveiros.
ANEXO II
ANEXO I
Elementos condutores a ligar à ligação equipotencial
Ligação equipotencial suplementar
II.1 — Todos os elementos condutores, com excepção
I.1 — A ligação equipotencial suplementar tem por fim dos de reduzidas dimensões e que não apresentem riscos
a equipotencialização de todos os elementos condutores de ficarem a um potencial diferente do da ligação equipo-
da casa de banho e a limitação da tensão de contacto a tencial, devem, em regra, ser ligados à ligação equipoten-
um valor não perigoso, tendo em conta as condições par- cial.
ticulares, nas quais se encontram as pessoas (condição de II.2 — Estão na situação indicada no ponto II.1, nomea-
influências externas BB3). damente:
Esta ligação deve ser ligada ao condutor de protecção
do circuito que alimenta a casa de banho (veja-se a) As canalizações metálicas de água quente, de
701.413.1.6). água fria, de ventilação e de esgoto; não é necessário
I.2 — A ligação equipotencial deve ser feita por um dos shuntar os elementos de ligação roscados das canali-
meios seguintes: zações metálicas de água montados à vista, dado que
a rosca garante uma continuidade suficiente, ainda que
a) Um condutor de 2,5 mm2 de secção , no caso de
sejam dotados de vedantes isolantes (fitas, colas, es-
condutores protegidos mecanicamente (isto é, colocado em
topa, etc.);
condutas ou em calhas isolantes) ou de 4 mm2, se não for
b) O corpo dos aparelhos sanitários metálicos (corpo
protegido mecanicamente e se for fixado directamente aos
das banheiras, por exemplo, no ligador de equipotenciali-
elementos da construção (por exemplo, fixado por cima dos
dade ou, quando este não existir, num dos parafusos de
rodapés);
fixação de um pé) e o tubo de escoamento ou o sifão, se
b) Uma barra de aço galvanizado com uma secção mí-
nima de 20 mm2 e uma espessura mínima de 1 mm. metálicos;
c) Todos os restantes elementos condutores, com ex-
Os condutores indicados na alínea a) não devem ser cepção dos que estejam isolados dos elementos da cons-
directamente embebidos nos elementos da construção, trução (os aros metálicos das portas e das janelas devem
podendo, no entanto, ser embebidos (não directamente) ser ligados à ligação equipotencial, dado que podem es-
nestes, se satisfizerem às regras indicadas na secção tar em contacto com elementos metálicos da construção
521.9.2 (para as canalizações em condutas embebidas). As como, por exemplo, as armaduras do betão); no caso dos
barras referidas na alínea b) podem ser embebidas direc- radiadores do aquecimento central ou de outros elemen-
tamente nos elementos da construção. tos aquecedores, é suficiente ligar uma das canalizações
I.3 — A ligação equipotencial deve ser feita no inte- de entrada ou de saída.
rior da casa de banho, não sendo necessário estendê-la
a todo o seu perímetro (o importante é que cada casa de II.3 — Não é necessário ligar os equipamentos metá-
banho tenha a sua ligação equipotencial). Quando não licos não eléctricos (tais como os toalheiros), dado que
for possível interligar certos elementos condutores no in- estes não são susceptíveis de ficarem a um potencial
terior de uma casa de banho, a ligação equipotencial pode diferente do dos outros elementos condutores; no caso
ser realizada no exterior, em locais contíguos à casa de de os elementos de aquecimento eléctrico serem da
banho. classe II, as suas massas não devem ser ligadas ao con-
I.5 — Não é necessário que a ligação equipotencial dutor de protecção e, consequentemente, à ligação equi-
seja visível em todo o seu percurso. Contudo, potencial.
recomenda-se que as ligações fiquem acessíveis. Em caso II.4 — As grelhas metálicas de ventilação natural não
de necessidade, a continuidade eléctrica da ligação equi- devem ser ligadas à ligação equipotencial, dado que não
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(131)
são susceptíveis de fiarem a um potencial diferente do dos Não devem ser ligadas à ligação equipotencial princi-
outros elementos condutores. pal as aberturas de ventilação nem as respectivas condu-
Os radiadores do aquecimento central, bem como as tas nos casos seguintes:
respectivas válvulas, que sejam ligados por meio de ca- a) As aberturas de ventilação se encontrarem comple-
nalizações isolantes não necessitam de serem ligados à tamente fora do volume 2 e a uma altura não inferior a
ligação equipotencial. 2,00 m acima do pavimento acabado;
II.5 — Devem ser ligadas à ligação equipotencial da b) As aberturas de ventilação estiverem separadas das
casa de banho as aberturas de ventilação mecânica, quan- respectivas condutas por meio de um elemento isolante fixo
do estas, bem como a conduta que as servem, forem me- com um comprimento não inferior a 0,03 m (o elemento
tálicas (quando as aberturas de ventilação forem em ma- isolante deve ser ensaiado através da aplicação de uma
terial isolante, a conduta, se metálica, deve ser ligada à tensão de 1 500 V durante 1 min);
ligação equipotencial); esta ligação pode ser realizada na c) A conduta principal de ventilação for em material não
conduta principal de ventilação ainda que o ponto de li- condutor (como, por exemplo, condutas plásticas), seja
gação seja inacessível; a continuidade da ligação equipo- qual for a natureza da ligação e da abertura de ventilação.
tencial pode ser verificada por meio de uma medição feita
entre a ligação equipotencial propriamente dita e a parte No quadro 701GC indicam-se, resumidamente, as con-
acessível daquela conduta. dições atrás indicadas.
QUADRO 701GC
Ligações equipotenciais das condutas e das aberturas de ventilação nas casas de banho
Natureza das condutas e das aberturas de ventilação Ligação da abertura de ventilação à ligação
II.6 — Não é necessário ligar à ligação equipotencial o os volumes seguintes (nas figuras 702A e 702B são indi-
pavimento dado que este se encontra, praticamente, ao cados exemplos da delimitação destes volumes):
mesmo potencial da ligação equipotencial.
a) Volume 0.
II.7 — A ligação equipotencial numa casa de banho
deve existir, mesmo no caso de o equipamento nela insta- Volume limitado pelo interior da bacia da piscina e pe-
lado se limitar a um aparelho de iluminação. Esta exigên- las partes das aberturas essenciais existentes nas paredes
cia justifica-se pelo facto de poderem ser instalados, pos- ou no fundo e que sejam acessíveis às pessoas que se
teriormente, outros equipamentos eléctricos e de existirem encontrem na bacia;
riscos de propagação de potenciais provenientes do exte-
rior da casa de banho. b) Volume 1.
II.8 — Recomenda-se a não utilização de papéis com Volume limitado pela superfície vertical situada a 2 m
revestimentos metalizados nas paredes das casas de ba- dos bordos da bacia, pelo pavimento ou pela superfície
nho, dado que esses revestimentos são elementos con- na qual possam permanecer pessoas e pelo plano hori-
dutores e a sua continuidade eléctrica não pode ser ga- zontal situado a 2,5 m acima do solo ou dessa superfí-
rantida. cie;
702 — Piscinas e semelhantes. Quando a piscina tiver pranchas de mergulho, trampo-
702.1 — Campo de aplicação. lins, locais de partida ou escorregas, este volume é limita-
As regras particulares indicadas na presente parte das do pela superfície vertical situada a 1,5 m em redor des-
Regras Técnicas aplicam-se às bacias das piscinas, inclu-
ses elementos e pelo plano horizontal situado a 2,5 m acima
indo os lava-pés, e aos seus volumes envolventes, nos
da superfície mais elevada sobre a qual as pessoas se
quais os riscos de choque eléctrico são acrescidos devi-
do à redução da resistência eléctrica do corpo humano e possam encontrar;
ao contacto deste com o potencial da terra.
702.3 — Determinação das características gerais das c) Volume 2.
instalações. Volume limitado pela superfície vertical exterior ao vo-
702.32 — Influências externas — classificação dos vo- lume 1 e pela superfície paralela a uma distância de 1,5 m
lumes. desta, pelo pavimento ou pela superfície na qual possam
Para efeitos de aplicação das regras indicadas na pre- permanecer pessoas e pelo plano horizontal situado a 2,5 m
sente parte das Regras Técnicas devem ser considerados acima do solo ou dessa superfície.
6682-(132) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
Fig. 702A — Dimensões dos volumes para as bacias das piscinas e dos lava-pés
Fig. 702B — Dimensões dos volumes para as bacias das piscinas acima do pavimento
702.4 — Protecção para garantir a segurança. tida é a correspondente ao uso da tensão reduzida de
702.41 — Protecção contra os choques eléctricos. segurança (TRS) (veja-se 411.1), com uma tensão nominal
702.411.1.4.3 — Quando, na protecção contra os cho- não superior a 12 V em corrente alternada ou a 30 V em
ques eléctricos, for utilizada uma tensão reduzida de se- corrente contínua, devendo a fonte de segurança ser ins-
gurança (TRS), a protecção contra os contactos directos talada fora dos volumes 0, 1 e 2.
deve ser garantida, para qualquer valor da tensão nomi- 702.471.1 — Não são admitidas, como medidas de pro-
nal, por meio de um dos métodos seguintes: tecção contra os contactos directos:
a) Utilização de barreiras ou de invólucros com um có- a) A protecção por interposição de obstáculos (veja-se
digo IP mínimo IP2X; 412.3);
b) Utilização de isolamentos que possam suportar uma b) A protecção por colocação fora do alcance (veja-se
tensão de ensaio à frequência industrial de 500 V durante 412.4).
1 min.
702.471.2 — Não são admitidas, como medidas de pro-
702.413.1.6 — Ligação equipotencial suplementar. tecção contra os contactos indirectos:
Nas piscinas, deve ser feita uma ligação equipotencial
suplementar que interligue todos os elementos conduto- a) A protecção por utilização de locais não condutores
res dos volumes 0, 1 e 2 (incluindo os pavimentos não (veja-se 413.3);
isolantes) com os condutores de protecção de todas as b) A protecção por ligações equipotenciais não ligadas
massas que estejam nesses volumes. à terra (veja-se 413.4).
702.47 — Aplicação das medidas de protecção para ga-
rantir a segurança. 702.5 — Selecção e instalação dos equipamentos (eléc-
702.471 — Medidas de protecção contra os choques tricos).
eléctricos. 702.51 — Regras comuns a todos os equipamentos.
702.471.0 — Nos volumes 0 e 1 das piscinas, a única 702.512.2 — Os equipamentos eléctricos usados nas
medida de protecção contra os choques eléctricos permi- piscinas devem ter códigos IP adequados aos volumes
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(133)
onde forem instalados, com os mínimos a seguir indi- Nos volumes 1 e 2 é permitida a instalação de elemen-
cados: tos aquecedores eléctricos embebidos no pavimento e
destinados ao aquecimento desses locais desde que se-
a) No Volume 0: IPX8;
jam recobertos por grelhas metálicas, ligadas à terra ou que
b) No Volume 1: IPX5 (nas pequenas piscinas, localiza-
tenha um revestimento metálico ligado à terra e ligado à
das no interior de edifícios e que não sejam normalmente
ligação equipotencial indicada na secção 702.413.1.6.
lavadas com jactos de água, mínimo: IPX4);
703 — Locais contendo radiadores para sauna.
c) No Volume 2: IPX2, para as piscinas localizadas no
703.1 — Campo de aplicação.
interior de edifícios, IPX4, para as piscinas localizadas no
exterior de edifícios, IPX5, para as piscinas em que o vo- As regras particulares indicadas na presente parte das
lume 2 possa ser lavado a jactos de água. Regras Técnicas aplicam-se aos locais onde forem insta-
ladas fontes de ar quente que satisfaçam às regras indi-
702.52 — Canalizações. cadas na Norma EN 60335-2-53, destinados exclusivamen-
702.520.01 — As regras indicadas nas secções te para utilizações que necessitem de condições especiais
702.520.02 a 702.520.04 aplicam-se às canalizações à vista de ambiente.
e às canalizações embebidas nos elementos da constru- 703.2 — Definições.
ção a uma profundidade de encastramento não superior a 703.2.09.1 — Sauna de ar quente.
5 cm. Compartimento ou local nos quais o ar é aquecido, em
702.520.02 — As canalizações instaladas nos volumes 0 serviço normal, a temperaturas elevadas e onde a humida-
e 1 não devem ter bainhas nem invólucros metálicos. No de relativa é, em regra, reduzida, podendo elevar-se du-
volume 2, as canalizações não devem ter quaisquer reves- rante curtos períodos, quando a água é vertida sobre o
timentos metálicos acessíveis. irradiador.
702.520.03 — Nos volumes 0 e 1, as canalizações de- 703.3 — Determinação das características gerais das ins-
vem ser limitadas às estritamente necessárias à alimenta- talações.
ção dos equipamentos instalados nesses volumes. 703.32 — Influências externas.
702.520.04 — Nos volumes 0 e 1, não são permitidas 703.4 — Protecção para garantir a segurança.
caixas de ligação (de derivação ou de transição). 703.41 — Protecções contra os choques eléctricos.
702.53 — Aparelhagem (protecção, comando e secciona- 703.411.1.4.3 — Quando a protecção contra os choques
mento). eléctricos for realizada por meio da tensão reduzida de
Nos volumes 0 e 1, não é permitida a instalação de segurança (TRS), a protecção contra os contactos direc-
qualquer aparelhagem, excepto as tomadas nas pequenas tos deve ser garantida independente do valor da tensão
piscinas, em que a sua instalação não seja possível fora nominal por meio de um dos métodos seguintes:
do volume 1. Neste caso, essas tomadas devem ser insta- a) Utilização de barreiras ou de invólucros com um có-
ladas fora do volume de acessibilidade (isto é, a uma dis- digo IP mínimo IP2X;
tância não inferior a 1,25 m) do bordo da piscina e a uma b) Utilização de isolamentos que possam suportar uma
distância não inferior a 0,30 m acima do pavimento e des- tensão de ensaio à frequência industrial de 500 V durante
de que se verifique uma das condições seguintes:
1 min.
a) As tomadas sejam alimentadas individualmente por
meio de um transformador de separação (veja-se 413.5.1), 703.47 — Aplicação das medidas de protecção para ga-
com este localizado fora dos volumes 0, 1 ou 2; rantir a segurança.
b) Sejam protegidas por meio de um dispositivo dife- 703.471 — Medidas de protecção contra os choques
rencial de IΔn≤ 30 mA. eléctricos.
703.471.1 — Nos locais contendo radiadores para sau-
No volume 2, é permitida a instalação de aparelhagem na não são permitidas as medidas de protecção contra
(como por exemplo, tomadas, interruptores, etc.), desde contactos directos por meio de obstáculos (veja-se 412.3)
que se verifique uma das condições seguintes: e por colocação fora de alcance (veja-se 412.4).
— A aparelhagem seja alimentada individualmente por 703.471.2 — Nos locais contendo radiadores para sau-
meio de um transformador de separação (veja-se 413.5.1); na não são permitidas as medidas de protecção contra
— A aparelhagem seja alimentada em TRS (veja-se contactos indirectos por recurso a locais não condutores
411.1); (veja-se 413.3) e por ligações equipotenciais não ligadas
— A aparelhagem seja protegida por um dispositivo di- à terra (veja-se 413.4).
ferencial de IΔn≤ 30 mA. 703.5 — Selecção e instalação dos equipamentos (eléc-
tricos).
702.55 — Outros equipamentos. 703.51 — Regras comuns a todos os equipamentos.
Os equipamentos a instalar nos volumes 0 e 1 devem 703.512.2 — Os equipamentos eléctricos usados nos
ser fixos e destinados a serem usados nas piscinas. locais contendo radiadores para sauna não devem ter có-
No volume 2 podem ser instalados os equipamentos digos IP inferiores a IP24.
seguintes: Nos locais contendo radiadores para sauna são defi-
nidos, conforme se indica na figura 703A, as zonas se-
a) Equipamentos da classe II, no caso de aparelhos de
guintes:
iluminação;
b) Equipamentos da classe I, se protegidos por meio a) Zona 1, onde apenas são permitidos os radiadores
de dispositivos diferenciais de IΔn≤ 30 mA; para sauna e os seus acessórios;
c) Equipamentos alimentados por meio de um transfor- b) Zona 2, onde não há restrições de equipamentos, do
mador de separação (veja-se 413.5.1). ponto de vista de resistência ao calor;
6682-(134) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
c) Zona 3, onde apenas são permitidos os equipamen- sanitárias) aplicam-se as regras gerais indicadas nas Par-
tos capazes de suportar a temperatura de 125 ºC; tes 1 a 6 das presentes Regras Técnicas.
d) Zona 4, onde apenas são permitidos os aparelhos de 704.1.2 — As instalações fixas dos estaleiros devem ser
iluminação (desde que instalados por forma a evitar o seu limitadas ao quadro onde esteja instalado o dispositivo de
aquecimento excessivo), os dispositivos de comando dos corte geral e os dispositivos de protecção principais (veja-
radiadores para sauna (termostatos e limitadores de tem- -se 704.536).
peratura) e as respectivas canalizações; os equipamentos As instalações a jusante deste quadro, com excepção
devem ser capazes de suportar a temperatura de 125 ºC. das canalizações instaladas de acordo com as regras indi-
cadas na secção 52, são consideradas como sendo insta-
lações móveis.
704.3 — Determinação das características gerais das ins-
talações.
704.313 — Alimentação.
704.313.1.3 — Os equipamentos eléctricos fixos devem
ser identificados em relação à fonte que os alimenta e os
seus elementos constituintes devem ser alimentados pela
mesma instalação.
704.32 — Influências externas.
704.35 — Serviços de segurança.
704.4 — Protecção para garantir a segurança.
704.41 — Protecções contra os choques eléctricos.
704.412 — Protecção contra os contactos directos.
704.413 — Protecção contra os contactos indirectos.
704.413.1 — Protecção por corte automático da alimen-
tação.
Fig. 703A — Zonas de temperatura ambiente em locais 704.413.1.5 — Esquema IT.
contendo radiadores para sauna Quando for utilizado o esquema IT, deve ser previsto
um controlador permanente de isolamento.
703.52 — Canalizações. 704.43 — Protecção contra as sobreintensidades.
As canalizações a usar nestes locais devem satisfazer 704.433 — Protecção contra as sobrecargas.
às regras indicadas na secção 413.2 (classe II) e não de- 704.434 — Protecção contra os curtos-circuitos.
vem ter qualquer invólucro ou revestimento metálico. 704.471 — Medidas de protecção contra os choques
703.53 — Aparelhagem (protecção, comando e secciona- eléctricos.
mento). Nas instalações de estaleiros deve, em complemento do
A aparelhagem que não estiver incorporada nos radia- indicado na secção 471, ser aplicado o seguinte:
dores deve ser instalada fora dos locais contendo radia-
dores para saunas. Nestes locais não é permitida a insta- Quando a protecção de pessoas contra os contactos
lação de tomadas. indirectos for garantida pela aplicação da medida de pro-
704 — Instalações de estaleiros. tecção por corte automático da alimentação adequada ao
704.1 — Campo de aplicação. esquema da alimentação (veja-se 413.1), a tensão limite
704.1.1 — As regras particulares indicadas na presente convencional UL não deve ser superior a 25 V em corren-
parte das Regras Técnicas aplicam-se às instalações tem- te alternada (valor eficaz) ou a 60 V em corrente contínua.
porárias destinadas a:
Para as tomadas, deve ser utilizada uma das medidas
a) Construção de novos edifícios; de protecção seguintes:
b) Trabalhos de reparação, de modificação, de amplia-
ção ou de demolição de edifícios existentes; a) Protecção complementar por dispositivos diferenciais
c) Obras públicas; de IΔn ≤ 30 mA (veja-se 412.5);
d) Trabalhos de terraplanagem; b) Protecção por tensão reduzida de segurança (veja-se
e) Trabalhos análogos aos indicados nas alíneas ante- 411.1);
riores. c) Protecção por separação eléctrica, devendo cada to-
mada ser alimentada por transformador individual (veja-se
Estas regras não se aplicam às instalações abrangidas 413.5).
pela Norma IEC 60621, nem a outras instalações com ma-
teriais de natureza análoga às utilizadas em minas a céu 704.5 — Selecção e instalação dos equipamentos (eléc-
aberto. tricos).
As partes dos edifícios que sofram transformações 704.51 — Regras comuns a todos os equipamentos.
(como, por exemplo, ampliações, reparações importantes 704.511.1 — Os conjuntos de aparelhagem utilizados nas
ou demolições) são consideradas como sendo estaleiros instalações de estaleiros devem satisfazer às regras indi-
enquanto durarem os trabalhos correspondentes, desde cadas na Norma EN 60 439-4 e ter os códigos IP nela es-
que esses trabalhos necessitem de instalações temporá- pecificados.
rias. 704.512.2 — Com excepção dos equipamentos referidos
Para os locais dos serviços administrativos dos esta- na secção 704.511.1, os restantes equipamentos devem ter
leiros (como, por exemplo, escritórios, vestiários, salas de um código IP adequado às condições de influências pre-
reuniões, cantinas, restaurantes, dormitórios, instalações vistas para os locais onde forem instalados.
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(135)
Esta distância deve ser, para os radiadores, não infe- garantida independente do valor da tensão nominal por
rior a 0,5 m, excepto se o fabricante do aparelho indicar, meio de um dos métodos seguintes:
nas instruções de utilização, uma distância superior.
a) Utilização de barreiras ou de invólucros com um có-
705.432.1 — Dispositivos que garantem, simultaneamen-
digo IP mínimo IP2X;
te, a protecção contra as sobrecargas e contra os curtos-
b) Utilização de isolamentos que possam suportar uma
-circuitos.
tensão de ensaio à frequência industrial de 500 V durante
Nas instalações eléctricas (de utilização) estabelecidas
1 min.
em locais agrícolas ou pecuários, os dispositivos de pro-
tecção contra as sobreintensidades devem ser do tipo 706.47 — Aplicação das medidas de protecção para ga-
disjuntor. Exceptuam-se os casos de canalizações que ali- rantir a segurança.
mentem outros quadros ou um único aparelho de utiliza- 706.471 — Medidas de protecção contra os choques
ção de potência elevada, em que podem ser usados fusí- eléctricos.
veis para garantir a sua protecção. Podem também ser 706.471.1 — Protecção contra os contactos directos.
utilizados fusíveis na protecção de equipamentos de sina- Nos locais condutores exíguos, não são permitidas as
lização e de medição. medidas de protecção contra contactos directos por meio
705.462 — Seccionamento. de obstáculos (veja-se 412.3) e por colocação fora de al-
705.48 — Selecção das medidas de protecção em fun- cance (veja-se 412.4).
ção das influências externas. 706.471.2 — Protecção contra os contactos indirectos.
705.482 — Protecção contra o incêndio. Nos locais condutores exíguos apenas são permitidas,
705.5 — Selecção e instalação dos equipamentos (eléc- para as diferentes utilizações, as medidas de protecção
tricos). contra os contactos indirectos seguintes:
705.51 — Regras comuns a todos os equipamentos.
705.512.2 — Os equipamentos eléctricos utilizados nas a) Alimentação de ferramentas e de aparelhos de medi-
instalações de estabelecimentos agrícolas ou pecuários ção, portáteis:
devem ter, nas condições normais de funcionamento, um — Tensão reduzida de segurança (TRS) (veja-se 411.1);
código IP não inferior a IP44. — Separação eléctrica (veja-se 413.5), limitada a um úni-
705.53 — Aparelhagem (protecção, comando e secciona- co aparelho por cada secundário do transformador;
mento).
705.531.2 — Dispositivos diferenciais. b) Alimentação de gambiarras:
705.536 — Dispositivos de comando e de seccionamento.
— Tensão reduzida de segurança (TRS) (veja-se 411.1);
Os dispositivos de corte de emergência (incluindo os
de paragem de emergência) não devem ser instalados em c) Alimentação de equipamentos fixos:
locais acessíveis aos animais ou nos locais cujo acesso
seja impedido pela sua presença, tendo em conta as con- — Corte automático da alimentação (veja-se 413.1), de-
dições que podem resultar de uma situação de pânico dos vendo, nesse caso, existir uma ligação equipotencial su-
animais. plementar (veja-se 413.1.6), interligando as massas desses
705.55 — Outros equipamentos. equipamentos e as partes condutoras do local onde esti-
706 — Locais condutores exíguos. ver instalado;
706.1 — Campo de aplicação. — Tensão reduzida de segurança (TRS) (veja-se 411.1);
706.1.1 — As regras particulares indicadas na presente — Separação eléctrica (veja-se 413.5), limitada a um úni-
parte das Regras Técnicas aplicam-se às instalações dos co aparelho por cada secundário do transformador.
locais condutores exíguos e à alimentação de equipamen- — Utilização de equipamentos da classe II ou com iso-
tos no interior desses locais. lamento equivalente, protegidos por um dispositivo dife-
Um local condutor exíguo é um local limitado por par- rencial de IΔn ≤ 30 mA e com um código IP adequado.
tes metálicas ou condutoras, no interior do qual as pes-
soas possam entrar em contacto, através de uma parte 706.471.2.2 — As fontes de segurança e as fontes de
significativa do seu corpo, com as partes condutoras cir- separação devem ser instaladas fora do local condutor
cundantes e cuja exiguidade lhes limita as possibilidades exíguo, excepto se essas fontes fizerem parte da instala-
de interrupção desse contacto. ção fixa interior do recinto condutor exíguo, como se indi-
As regras indicadas na presente parte das Regras Téc- ca na alínea c) da secção 471.2.
706.471.2.3 — Se, para certos equipamentos (como, por
nicas não se aplicam aos locais que permitam às pessoas a
liberdade dos movimentos corporais para trabalharem, en- exemplo, os de medição ou de controlo), for necessário um
trarem e saírem desse local sem constrangimentos físicos. eléctrodo de terra funcional, deve ser feita uma ligação
As regras indicadas na presente parte das Regras Téc- equipotencial que interligue as massas, os elementos con-
nicas aplicam-se aos equipamentos fixos dos locais con- dutores interiores do local e o eléctrodo de terra funcional.
dutores exíguos e às alimentações dos equipamentos por- 707 — Ligação à terra de instalações de equipamentos
de tratamento da informação.
táteis destinados a serem utilizados nesses locais.
706.3 — Determinação das características gerais das ins- 707.1 — Campo de aplicação.
talações. As regras particulares indicadas na presente parte das
706.32 — Influências externas. Regras Técnicas aplicam-se à ligação entre os equipamen-
706.4 — Protecção para garantir a segurança. tos de tratamento da informação e às instalações fixas dos
706.41 — Protecções contra os choques eléctricos. edifícios, quando o referido equipamento:
706.411.1.4.3 — Quando a protecção contra os choques a) Tiver uma corrente de fuga de valor superior aos li-
eléctricos for realizada por tensão reduzida de segurança mites indicados na Norma EN 60950;
(TRS), a protecção contra os contactos directos deve ser b) Satisfizer às regras indicadas na Norma EN 60950.
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(137)
Estas regras aplicam-se às instalações situadas a jusan- b) Quando os condutores de protecção fizerem parte
te do ponto de ligação do equipamento (veja-se a integrante do cabos de alimentação, a soma das secções
figura A1), podendo, também, aplicar-se a instalações que de todos os condutores constituintes do cabo não deve
não sejam de tratamento da informação desde que tenham ser inferior a 10 mm2;
correntes de fuga de valor elevado em consequência do c) Quando os condutores de protecção forem protegi-
cumprimento das regras de antiparasitagem (como, por dos por condutas metálicas rígidas ou flexíveis, com a
exemplo, os equipamentos de comando industrial e de te- continuidade eléctrica que satisfaça ao indicado na Nor-
lecomunicações). ma IEC 60614-2-1, a secção não deve ser inferior a 2,5 mm2;
707.2 — Definições. d) Quando forem constituídos por condutas metálicas
707.201 — Equipamento de tratamento da informação. rígidas ou flexíveis, por calhas ou ductos, metálicos, por
Equipamento eléctrico que, separadamente ou agrupa- écrans e por armaduras, metálicas, devem ser aplicadas as
do em sistemas, acumula, trata e memoriza dados. A in- regras indicadas nas secção 543.2.1.
trodução e a restituição dos dados podem, eventualmen-
te, fazer-se por meios electrónicos. 707.471.3.3.2 — Vigilância da continuidade das ligações
707.202 — Terra sem ruído. à terra.
Ligação à terra na qual o nível das interferências trans- Devem ser previstos um ou mais dispositivos que cor-
mitidas a partir de fontes externas não causa defeitos de tem a alimentação dos equipamentos em caso de ocorrên-
funcionamento inaceitáveis no equipamento de tratamen- cia de uma descontinuidade no circuito de protecção (veja-
to da informação ou em equipamento análogo que lhe -se 413.1).
esteja ligado. Os condutores de protecção devem satisfazer às regras
707.203 — Corrente de fuga elevada. indicadas na secção 543.
Corrente de fuga à terra cujo valor é superior ao limite 707.471.3.3.3 — Utilização de um transformador com dois
especificado e medido de acordo com o indicado na Nor- enrolamentos.
ma EN 60950, para os equipamentos ligados. Quando o equipamento for alimentado por meio de um
707.3 — Determinação das características gerais das ins- transformador com dois enrolamentos ou por meio de fon-
talações. tes que apresentem uma separação equivalente entre os
707.32 — Influências externas. circuitos primário e secundário (como, por exemplo, os
707.4 — Protecção para garantir a segurança. grupos motor-gerador), o circuito secundário deve ser re-
707.471.3 — Protecção complementar contra os choques alizado, de preferência, segundo o esquema TN, podendo
eléctricos para os equipamentos com correntes de fuga ser usado o esquema IT para certas aplicações específi-
elevadas. cas.
707.471.3.1 — Generalidades. A parte do circuito de ligação à terra situada entre o
As regras indicadas nas secções 707.471.3.2 a equipamento e o transformador deve satisfazer às regras
707.471.3.5 aplicam-se às instalações com equipamentos de indicadas na secção 707.471.3.3.1 ou na secção
corrente de fuga elevada (veja-se a figura A1), indepen- 707.471.3.3.2.
dentemente do esquema de ligações à terra utilizado. 707.471.4 — Regras complementares para o esquema TT.
As secções 707.471.4 e 707.471.5 indicam regras com- 707.471.4.1 — Quando o circuito for protegido por um
plementares para os esquemas TT e IT. dispositivo diferencial, deve ser verificada a condição se-
707.471.3.2 — Ligações dos equipamentos à instalação. guinte:
I UL
Os equipamentos devem ser fixos e ligados por um dos I t d 'n ou It d
seguintes meios: 2 2RA
a) De forma permanente às instalações fixas do edifí- em que:
cio;
b) Por fichas e tomadas industriais. It é a corrente de fuga total, em amperes;
RA é a resistência do eléctrodo de terra das massas, em
707.471.3.3 — Regras complementares para os equipa- ohms;
mentos com correntes de fuga superiores a 10 IΔn é a corrente diferencial-residual estipulada do dis-
' mA. '
positivo diferencial, em amperes;
Quando a corrente de fuga dos equipamentos, medida
de acordo com as regras indicadas na Norma EN 60950, UL é a tensão limite convencional, em volts.
for superior a 10 mA, o equipamento deve ser ligado à
instalação por um dos meios indicados nas secções 707.471.4.2 — Quando não for possível verificar a regra
707.471.3.3.1 a 707.471.3.3.3 indicada na secção 707.471.4.1, deve ser utilizada a solu-
707.471.3.3.1 — Circuitos de protecção de elevada fiabi- ção indicada na secção 707.471.3.3.3.
lidade. 707.471.5 — Regras complementares para o esquema IT.
Os condutores de protecção devem ter uma secção 707.471.5.1 — Devido às dificuldades em cumprir as re-
correspondente ao maior dos valores que resultam da gras relativas à tensão de contacto após o primeiro defei-
to, é preferível que os equipamentos com correntes de
aplicação das regras indicadas na secção 543 e às condi-
fuga elevadas não sejam ligados directamente a uma ins-
ções seguintes, consoante o caso:
talação em esquema IT.
a) Quando os condutores de protecção forem indepen- Sempre que possível, os equipamentos devem ser ali-
dentes, a secção não deve ser inferior a 10 mm2, ou, no mentados a partir de uma instalação em esquema TN pro-
caso de serem utilizados dois condutores com ligações veniente de uma instalação principal em esquema IT por
independentes, não inferior a 4 mm2; meio de um transformador de dois enrolamentos.
6682-(138) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
Os equipamentos podem ser ligados directamente a uma c) Cumprir as regras relativas às eventuais correntes de
instalação em esquema IT, desde que se verifiquem as fuga elevadas e não invalidarem as restantes regras indi-
regras indicadas na secção 413.1.5.3. Nesta situação, to- cadas nas presentes Regras Técnicas.
dos os condutores de protecção devem ser ligados direc-
tamente ao terminal principal de terra mais próximo do eléc- ANEXO A
ANEXO B
I) - Rede de distribuição de baixa tensão sem Incompatível, se as correntes de fuga forem elevadas.
interposição de transformador ou outras TT Desaconselhável, se a continuidade da exploração for
interfaces fundamental.
Incompatível, se as correntes de fuga forem elevadas.
TT Desaconselhável, se a continuidade da exploração for
fundamental.
Recomendado.
801.1.1.3.3 — As instalações eléctricas (de utilização) O quadro de entrada deve ser dotado de um dispositi-
não previstas para alimentar receptores trifásicos, que vo de corte geral, que corte simultaneamente todos os
sejam alimentadas a partir de redes de distribuição (públi- condutores activos.
cas) em baixa tensão e cuja potência total não exceda 10,35 O dispositivo de corte geral pode ser dispensado quan-
kVA (45 A, em 230 V) devem ser monofásicas. do o aparelho de corte da entrada da instalação eléctrica
Para potência superiores a 10,35 kVA, as instalações estiver localizado na mesma dependência do quadro de
eléctricas (de utilização) devem ser alimentadas em trifási- entrada, na sua proximidade e em local acessível e que
co, podendo, com o acordo prévio do distribuidor, ser corte todos os condutores activos.
alimentadas em monofásico. A corrente estipulada do dispositivo de corte geral deve
Nas instalações eléctricas trifásicas, as potências devem ser, pelo menos, a correspondente à potência prevista para
ser distribuídas pelas fases, tanto quanto possível de for- a instalação, com o mínimo de 16 A.
ma equilibrada. Outros quadros que, eventualmente, existam numa ins-
801.1.1.4 — Quadro de entrada. talação eléctrica devem ser dotados também de dispositi-
801.1.1.4.1 — Cada instalação eléctrica deve ser dotada vo de corte geral, de corte simultâneo, o qual, para cor-
de um quadro de entrada. rentes estipuladas não superiores a 125 A, deve cortar
801.1.1.4.2 — No caso de uma mesma instalação eléctri- todos os condutores activos.
ca servir edifícios distintos, cada edifício deve ser dota- Corrente estipulada dos equipamentos fixos intercala-
do, em regra, de um quadro, que desempenhe, para esse dos nas canalizações fixas.
edifício, a função de quadro de entrada. Os equipamentos fixos intercalados nas canalizações
801.1.1.4.3 — Em casos especiais, nomeadamente em fixas não devem ter correntes estipuladas inferiores à cor-
instalações industriais complexas pode ser dispensada a rente estipulada do dispositivo de protecção contra as
regra indicada na secção 801.1.1.4.2. sobrecargas da canalização.
801.1.1.4.4 — No caso de uma mesma instalação eléc- 801.1.1.8 — Corrente estipulada dos dispositivos de
trica servir diversos pisos de um mesmo edifício, cada corte dos circuitos e dos aparelhos de utilização.
piso deve ser dotado, em regra, de um quadro, que de- Os dispositivos de corte dos circuitos devem ter uma
sempenhe, para esse piso, a função de quadro de en- corrente estipulada não inferior à corrente estipulada do
trada. dispositivo de protecção contra as sobrecargas da canali-
801.1.1.4.5 — A regra indicada na secção 801.1.1.4.4 zação a que se encontram ligados, tendo em conta, ainda,
pode ser dispensada nos casos seguintes: as correntes máximas susceptíveis de ocorrerem nos res-
pectivos circuitos.
a) Quando cada piso for compartimentado em diferen- A corrente estipulada dos dispositivos de corte dos
tes zonas corta fogo, casos em que a cada uma dessas aparelhos de utilização não deve ser inferior à corrente
zonas deve ser aplicada a regra indicada na secção estipulada dos aparelhos de utilização correspondentes.
801.1.1.4.4; 801.1.1.9 — Equipamentos contendo líquidos isolantes
b) Quando, existindo uma diversidade de tipos de ins- inflamáveis.
talações eléctricas em cada piso for inconveniente o corte O emprego de equipamentos eléctricos contendo líqui-
geral por piso por razões de segurança em caso de incên- dos isolantes inflamáveis em quantidade superior a 25 l
dio, por razões de ordem técnica ou por razões de explo- apenas é permitido em estabelecimentos industriais ou em
ração. locais afectos a serviços técnicos, nas condições indica-
das na secção 422.5.
801.1.1.4.6 — Nos casos indicados nas secções O emprego de equipamentos eléctricos contendo líqui-
801.1.1.4.3 e 801.1.1.4.5, cada quadro eléctrico deve ser dos isolantes susceptíveis de produzir, em caso de ava-
dotado de um aviso referindo a existência dos outros ria, gases tóxicos apenas é permitido em locais onde seja
quadros que não sejam cortados com a manobra do dis- garantida a rápida evacuação daqueles gases ou quando
positivo de corte geral deste. esses equipamentos forem dotados de válvula de segu-
801.1.1.5 — Localização do quadro de entrada. rança ligada a uma canalização em comunicação com o
O quadro de entrada deve ser estabelecido dentro do exterior.
recinto servido pela instalação eléctrica e, tanto quanto 801.1.2 — Regras comuns aplicáveis aos locais sujeitos
possível, junto ao acesso normal do recinto e do local de a riscos de explosão (BE3).
entrada da energia. 801.1.2.1 — Zonas dos locais sujeitos a riscos de explo-
Quando, técnica ou economicamente, não for aconse- são.
lhável localizar o quadro de entrada junto ao acesso nor- Nos locais com risco de explosão (BE3), são definidas
mal do recinto, este pode ficar instalado num outro local, as zonas seguintes:
desde que possa ser desligado à distância a partir do
a) Zona 1 — zona susceptível de ser perigosa em con-
acesso normal ao recinto.
dições normais de serviço, tais como:
A localização e a instalação do quadro de entrada de-
vem ser tais que um acidente que se produza no seu inte- — Zonas onde, em condições normais de serviço, exis-
rior não possa, em caso algum, causar obstáculo à evacu- tam ou possam existir, no ar, permanente, intermitente ou
ação das pessoas ou à organização de socorros. periodicamente, concentrações perigosas de gases, de
O quadro de entrada deve ser instalado em local ade- vapores, de nuvens ou de poeiras, em quantidade sufici-
quado e de fácil acesso, por forma a que os aparelhos nele ente para, por si só ou com o ar, originarem misturas ex-
montados fiquem, em relação ao pavimento, em posição plosivas;
facilmente acessível. — Zonas onde as concentrações perigosas dos gases,
801.1.1.6 — Corte geral de uma instalação eléctrica. dos vapores, das nuvens ou das poeiras, possam ocorrer
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(141)
em virtude de operações de reparação ou de conservação Em locais com risco de explosão, os invólucros metáli-
ou, ainda, de fugas; cos das canalizações e as massas dos equipamentos eléc-
— Zonas em que qualquer avaria ou operação inade- tricos devem ser ligadas, a intervalos regulares e curtos,
quada do equipamento ou em que a existência de proces- às partes condutoras acessíveis dos equipamentos e das
sos que possam libertar quantidades perigosas de gases, canalizações, não eléctricos, situados nas suas proximida-
de vapores, de nuvens ou de poeiras, possam também cau- des, por forma a garantir uma resistência suficientemente
sar avaria simultânea no equipamento eléctrico; baixa para evitar o aparecimento de potenciais perigosos
— Zonas em que existam ou possam existir substânci- entre esses elementos.
as explosivas; 801.1.2.6 — Electricidade estática.
Em locais com risco de explosão, as instalações devem
b) Zona 2 — zona susceptível de ser perigosa apenas ser estabelecidas por forma a que não seja possível
em condições anormais (como, por exemplo, a rotura ou a produzir-se a inflamação das substâncias explosivas exis-
deficiência de um equipamento), tais como: tentes nesses locais em consequência da electricidade
estática.
— Zonas onde sejam manuseados, processados ou usa- 801.1.2.7 — Regras aplicáveis às zonas 1.
dos líquidos ou gases perigosos, normalmente contidos em Nas zonas 1 de locais com risco de explosão, todos os
reservatórios fechados, dos quais apenas possam escoar equipamentos eléctricos, incluindo os aparelhos de ilumi-
no caso de rotura acidental, avaria ou operação anormal nação, devem satisfazer às Normas específicas para atmos-
do equipamento; feras explosivas.
— Zonas onde são normalmente evitadas concentra- Nas canalizações com condutas, estas devem ter um
ções perigosas de gases, de vapores, de nuvens ou de código IK não inferior a IK 10, devem ser rígidas, estan-
poeiras por meio de ventilação forçada adequada, mas ques, condutoras, resistentes à corrosão pela humidade,
que podem tornar-se perigosas devido a uma avaria ou blindadas e próprias para a classe AA6 de influências
ao funcionamento anormal do equipamento de ventilação externas.
forçada; Nas zonas 1 de locais com risco de explosão em que
— Zonas adjacentes às zonas 1 indicadas na alínea a) sejam usadas canalizações fixas com tubos, as ligações
e para as quais possam passar, ocasionalmente, concen- roscadas devem abranger, no mínimo, cinco fios de rosca.
trações perigosas de gases, de vapores, de nuvens ou de Nas zonas 1 de locais com risco de explosão, quando
poeiras, excepto se essa comunicação for evitada por meio as canalizações forem estabelecidas em caleiras ou em
de separação e de vedação adequadas ou de ventilação galerias inacessíveis, devem ser tomadas medidas para
forçada com ar não contaminado em sobrepressão e exis- evitar a passagem de gases ou de vapores inflamáveis de
tam medidas contra a avaria do equipamento de ventila- um lado para o outro, através dessas galerias ou dessas
ção; caleiras.
— Zonas em que, nas condições normais de serviço, Nas zonas 1 de locais com risco de explosão em que
não existam normalmente ou não seja provável que pos- sejam usadas canalizações com condutas, devem ser usa-
sam existir em suspensão no ar poeiras em quantidade su- dos dispositivos de bloqueio que impeçam a passagem,
ficiente para originar misturas explosivas, mas onde a acu- pelo seu interior, de gases, vapores ou chamas de uma
mulação dessas poeiras seja suficiente para interferir com parte para outra da instalação. Estes dispositivos de blo-
a segura dissipação do calor gerado nos equipamentos queio devem ser colocados:
eléctricos ou onde a poeira acumulada no interior, na vi- a) Em todas as canalizações, junto dos equipamentos
zinhança ou sobre esses equipamentos, possa ser infla- onde se possam produzir arcos ou temperaturas elevadas,
mada por arcos, por faíscas ou por partes incandescentes a uma distância destes não superior a 40 cm;
dos próprios equipamentos. b) Em todos os casos em que as canalizações passem
de uma zona 1 com risco de explosão para outro local, nos
801.1.2.2 — Instalações intrinsecamente seguras. pontos onde a canalização entra no novo local, sem que
Consideram-se como sendo instalações intrinsecamen- exista qualquer acessório entre o dispositivo de bloqueio
te seguras em locais com risco de explosão as instalações e o ponto onde a canalização deixa a zona 1;
que tenham sido concebidas por forma a que a energia c) Junto às ligações entre canalizações rígidas e ca-
posta em jogo seja, em qualquer caso, insuficiente para nalizações flexíveis ou entre estas últimas e os equipa-
originar a inflamação da mistura explosiva que possa es- mentos.
tar presente no local.
A circuitos intrinsecamente seguros não devem ser li- A massa a utilizar nos dispositivos de bloqueio referi-
gados equipamentos que não sejam considerados como dos deve ter um ponto de fusão superior a 90 °C e ser
intrinsecamente seguros, excepto se forem utilizados adap- empregues em quantidade suficiente para garantir uma
tadores adequados, que não afectem a segurança desses vedação perfeita.
circuitos. Em zonas 1 de locais com risco de explosão, quando
801.1.2.3 — Equipamentos eléctricos. uma canalização atravessar elementos da construção (tec-
Em locais com risco de explosão deve evitar-se, tanto tos, pavimentos ou paredes), as aberturas em redor da
quanto possível, o uso de equipamentos eléctricos. canalização devem ser vedadas por forma a evitar a pas-
801.1.2.4 — Traçado das canalizações. sagem de gases, vapores, partículas líquidas, substâncias
Os locais com risco de explosão não devem, em regra, explosivas ou poeiras de um local para o outro.
ser atravessados por canalizações destinadas a alimentar 801.1.2.8 — Regras aplicáveis às zonas 2.
outros tipos de locais. Em zonas 2 de locais com risco de explosão, os equi-
801.1.2.5 — Proximidade a outras canalizações. pamentos eléctricos (ou as partes desses equipamentos)
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que produzam arcos eléctricos em funcionamento normal b) Aos circuitos da iluminação normal dos estabeleci-
devem satisfazer às Normas específicas para atmosferas mentos de 4.ª categoria, aos quais deve ser aplicada a
explosivas. regra indicada na secção 801.2.1.5.2.1;
Em zonas 2 de locais com risco de explosão, Os apare- c) Aos circuitos de iluminação normal dos estabeleci-
lhos de iluminação do tipo fixo podem não satisfazer às mentos de 5.ª categoria.
Normas específicas para atmosferas explosivas desde que
sejam dotadas de meios que impeçam que qualquer ele- 801.2.1.1.2 — Os caminhos de evacuação não devem ser
mento quente susceptível de se desagregar possa infla- atravessados por canalizações eléctricas de outros locais.
mar gases ou vapores presentes. Esta regra não se aplica aos casos em que as canaliza-
Os aparelhos de iluminação para montagem suspensa, ções sejam instaladas por forma a que não possam, em
em que a suspensão sirva como canalização, devem ser caso algum, originar um incêndio.
suspensas por meio de uma conduta com um código IK 801.2.1.1.3 — As canalizações e os outros equipamen-
não inferior a IK 10, rígida, estanque, condutora, resisten- tos eléctricos instalados em locais que apresentem risco
te à corrosão pela humidade, blindada e própria para a clas- de incêndio (BE2) devem ser limitados aos estritamente
se AA6 de influências externas, com as pontas roscadas necessários ao funcionamento desses locais. Esta regra
e dotadas de dispositivos que impeçam o desaperto aci- não se aplica aos casos em que as canalizações sejam
dental. instaladas por forma a que não possam, em caso algum,
Em zonas 2 de locais com risco de explosão, os apare- originar um incêndio.
lhos de iluminação móveis ou portáteis devem satisfazer 801.2.1.1.4 — Nos estabelecimentos recebendo público
às Normas específicas para atmosferas explosivas. não devem ser utilizadas canalizações propagadoras da
Em zonas 2 de locais com risco de explosão, os apare- chama.
lhos de iluminação usados não devem empregar lâmpadas 801.2.1.1.5 — Em estabelecimentos recebendo público, é
de vapor de sódio. permitido o emprego de todos os tipos de canalizações
801.2 — Estabelecimentos recebendo público. indicados na secção 521, com excepção dos tipos seguin-
801.2.0 — Classificação dos estabelecimentos receben- tes:
do público em função da sua lotação. a) Condutores nus ou isolados, assentes sobre isola-
801.2.0.1 — Para efeitos de aplicação da presente parte dores;
das Regras Técnicas, os estabelecimentos recebendo pú- b) Condutores isolados ou cabos em espaços ocos das
blico são classificados, em função da sua lotação, nas construções, quando os elementos que limitam esses es-
categorias indicadas no quadro seguinte: paços ocos forem combustíveis;
c) Cabos de tensão estipulada inferior a 300/500 V.
Categoria Lotação (N)
801.2.1.1.6 — As travessias dos elementos da constru-
1ª N ! 1 000 ção por canalizações eléctricas (incluindo as pré-
-fabricadas) devem ser obturadas por forma a não diminu-
2ª 500 N d 1 000
írem o grau de resistência ao fogo dos elementos
3ª 200 N d 500 atravessados.
4ª 50 N d 200 Quando as canalizações forem colocadas dentro de
ductos, estes devem possuir, entre cada um dos pisos,
5ª N d 50
um elemento que obture essa passagem e com grau corta-
-fogo equivalente ao dos elementos da construção atra-
801.2.0.2 — Na lotação, incluem-se não só as pessoas vessados. Os alçapões e as portas de visita, eventual-
que constituem o público como também as pessoas que mente existentes nos ductos, devem ser em materiais de
se possam encontrar em qualquer um dos locais (acessí- classe de reacção ao fogo não inferior a M3 (veja-se o
veis ou não ao público). Anexo II da parte 4) e pára-chamas com uma resistência
mínima de 0,5 h.
801.2.0.3 — Quando um mesmo estabelecimento rece-
801.2.1.1.7 — As canalizações eléctricas não devem ser
bendo público for constituído por vários edifícios, ou
instaladas nos mesmos ductos que as canalizações de gás,
quando, num mesmo edifício, existirem vários tipos de
excepto se forem simultaneamente cumpridas as condições
estabelecimentos recebendo público, devem ser conside-
seguintes:
rados, para efeitos de cálculo da lotação, como sendo um
único estabelecimento. a) As canalizações eléctricas alimentarem, exclusiva-
801.2.1 — Regras comuns a todos os estabelecimentos mente, órgãos ou acessórios necessários à distribuição
recebendo público. do gás;
801.2.1.1 — Generalidades. b) Os equipamentos eléctricos instalados forem própri-
801.2.1.1.1 — Os circuitos que alimentem os locais não os para atmosferas explosivas.
acessíveis ao público devem ser comandados e protegi-
801.2.1.1.8 — Em estabelecimentos recebendo público,
dos por dispositivos independentes dos destinados a pro-
os quadros e os dispositivos de seccionamento, comando
tegerem os circuitos que alimentem os locais acessíveis
e protecção dos circuitos devem ser inacessíveis ao pú-
ao público. Esta regra não se aplica:
blico, só podendo ser manobrados por pessoas qualifica-
a) Às instalações de aquecimento eléctrico, ventilação das (BA5) ou por pessoas instruídas (BA4), devidamente
e condicionamento do ar; autorizadas.
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801.2.1.1.9 — Sem prejuízo das regras indicadas na sec- Na presente parte das Regras Técnicas são indicadas
ção 801.2.1.2.4, em todas as partes das instalações dos quais as regras (mencionadas nas alíneas anteriores) que
estabelecimentos recebendo público em que tenha sido devem ser consideradas para cada aplicação específica.
adoptada a medida de protecção contra os contactos in- O ensaio do fio incandescente pode, em determinadas
directos por corte automático da alimentação, os disposi- aplicações específicas, ser realizado a uma temperatura
tivos de corte automático dos circuitos finais devem, in- inferior à temperatura de 960 °C indicada na alínea a).
dependentemente do esquema de ligações à terra da 801.2.1.2.3 — Circuitos finais.
instalação, ser diferenciais. Cada circuito final deve ser protegido por forma a que
801.2.1.1.10 — Quando houver sistema central de aque- qualquer incidente eléctrico que o afecte não perturbe o
cimento, de ventilação ou de ar condicionado, a sua ali- funcionamento dos outros circuitos de segurança alimen-
mentação em energia eléctrica deve ser feita directamente tados pela mesma fonte.
a partir do quadro de entrada. 801.2.1.2.4 — Protecção contra os contactos indirectos.
Quando não houver sistema central de aquecimento, de Quando for necessário adoptar medidas de protecção
ventilação ou de ar condicionado e a climatização for contra os contactos indirectos por corte automático da
obtida por meio de aparelhos individuais, as respectivas alimentação, devem ser seleccionadas as medidas que não
instalações devem ser fixas e distintas de outras instala- obriguem o corte dos circuitos ao primeiro defeito de iso-
ções. lamento.
801.2.1.1.11 — Os equipamentos de produção, de con- 801.2.1.2.5 — Instalações de segurança em edifícios de
versão, de transformação ou de acumulação de energia eléc- altura superior a 28 m.
trica devem ser instalados em locais não acessíveis ao Em edifícios de altura superior a 28 m, as instalações
público. de segurança devem, independentemente do número de
801.2.1.1.12 — Devem ser previstos dispositivos que, pessoas que no mesmo possam permanecer ou circular, ser
em caso de necessidade, permitam colocar a instalação alimentadas por uma fonte central de segurança (veja-se
eléctrica do edifício fora de tensão, devendo ser utiliza- 801.2.1.5.3.2.1).
dos dispositivos distintos para a interrupção da instala- 801.2.1.3 — Locais acessíveis ao público e caminhos de
ção normal, para a interrupção da instalação de seguran- evacuação.
ça e para a interrupção das eventuais instalações de 801.2.1.3.1 — Canalizações.
socorro. Esses dispositivos devem ficar inacessíveis ao Nos locais acessíveis ao público e nos caminhos de
público e devem ser facilmente acessíveis a partir da via evacuação, só podem ser utilizadas canalizações fixas,
pública. sendo admitidas canalizações móveis apenas para alimen-
801.2.1.2 — Instalações de segurança. tar aparelhos amovíveis.
801.2.1.2.1 — Generalidades. As tomadas que alimentem canalizações móveis devem
As instalações de segurança são as instalações que ser dispostas por forma a que essas canalizações não
devem ser ligadas ou mantidas em serviço para garantir sejam susceptíveis de constituírem um obstáculo à circu-
ou para facilitar a evacuação do público em caso de emer- lação do público e o seu comprimento deve ser tão redu-
gência. zido quanto possível.
801.2.1.2.2 — Canalizações. 801.2.1.3.2 — Aparelhagem e aparelhos fixos.
As canalizações das instalações de segurança devem 801.2.1.3.2.1 — Com excepção dos quadros destinados
satisfazer às regras indicadas na secção 801.2.1.3.1 e às a aplicações específicas, os quadros podem ser instalados,
regras seguintes: nos locais acessíveis ao público e nos caminhos de eva-
cuação, desde que satisfaçam a uma das condições seguin-
a) Devem ser resistentes ao fogo e os dispositivos de tes:
derivação e os de junção (incluindo os seus invólucros)
devem satisfazer ao ensaio do fio incandescente para a) Os quadros de potência estipulada não superior a
uma temperatura de 960 °C e para um tempo de extinção 40 kVA sejam protegidos por meio de um invólucro que
das chamas, após retirada do fio incandescente, não su- satisfaça ao ensaio do fio incandescente para uma tem-
perior a 5 s; estas condições não são exigidas para as peratura de 750 °C, com um tempo de extinção das cha-
canalizações instaladas em galerias, ductos, caleiras ou mas, após retirada do fio incandescente, não superior a
ocos da construção, dispostos ou protegidos por forma 5 s;
a que as canalizações possam garantir o seu serviço em b) Os quadros de potência estipulada superior a 40 kVA
caso de incêndio durante, pelo menos, 1 h; nesses ca- e não superior a 100 kVA sejam protegidos por meio de
sos, é admissível que, com excepção dos circuitos de um invólucro metálico; no entanto, o invólucro pode não
iluminação, a parte terminal das canalizações situada no ser metálico se tanto ele como os invólucros da aparelha-
exterior das galerias, dos ductos, das caleiras ou dos ocos gem (incluindo os ligadores de saída) satisfizerem às con-
da construção, não possua a resistência ao fogo atrás dições indicadas na alínea a);
indicada, desde que a parte terminal da canalização não c) Os quadros de potência estipulada superior a 100 kVA
tenha um comprimento superior a 3 m e esteja situada no satisfaçam a uma das condições seguintes:
mesmo local que o aparelho de utilização por ela alimen- Sejam protegidos por um armário cujas paredes e
tado; portas sejam em materiais da classe de reacção ao fogo
b) Devem ser distintas das canalizações das restantes M0 (com excepção do vidro);
instalações; Sejam embebidos na alvenaria em nichos dotados de
c) Não devem atravessar locais com risco de incêndio portas da classe de resistência ao fogo PC30 e ventila-
(BE2), com excepção das destinadas à alimentação dos dos, quando tal for tecnicamente necessário, através de
equipamentos instalados nesses locais. grelhas do tipo «labirinto».
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801.2.1.3.2.2 — Os dispositivos de comando e de pro- serviços eléctricos), a instalação dos grupos geradores
tecção podem não ser colocados em quadros desde que accionados por motores de combustão deve satisfazer,
possuam, por construção, um invólucro que satisfaça ao simultaneamente, às condições seguintes:
ensaio do fio incandescente indicado na alínea a) da sec-
a) Os locais onde os motores forem instalados, inde-
ção 801.2.1.3.2.1.
pendentemente do valor da sua potência estipulada, de-
Se o invólucro for embebido em elementos da constru-
vem ser bem ventilados para o exterior;
ção da classe de reacção ao fogo não inferior a M2 não é
b) Os gases de combustão devem ser evacuados direc-
necessário que satisfaça ao ensaio do fio incandescente.
tamente para o exterior e não podem, em circunstância
801.2.1.3.2.3 — A manobra dos dispositivos de coman-
alguma, expandir-se para os locais acessíveis ao público
do e de protecção situados a menos de 2,50 m do piso
e para os caminhos de evacuação.
nos locais acessíveis ao público e nos caminhos de eva-
cuação, deve ser feita com o auxílio de uma chave ou de
801.2.1.4.3.2 — Nos grupos geradores accionados por
uma ferramenta.
801.2.1.3.2.4 — Nos locais acessíveis ao público e nos motores de combustão instalados em edifícios de altura
caminhos de evacuação, a aparelhagem e os aparelhos de superior a 28 m só é permitida a utilização, como combus-
utilização devem ser fixados directamente sobre materiais tível, de líquidos inflamáveis da 3.ª categoria.
da classe de reacção ao fogo não inferior a M2. 801.2.1.4.3.3 — Em edifícios de altura não superior a
Estes equipamentos devem ser instalados a uma distân- 28 m, a quantidade máxima de combustível da 1.ª catego-
cia suficiente de materiais da classe de reacção ao fogo ria ou da 2.ª categoria permitida nos locais onde forem
M3, M4 ou não classificados ou serem separados destes instalados os motores de combustão não deve ser supe-
por meio de materiais não metálicos da classe de reacção rior a:
ao fogo não inferior a M2. a) 15 l, se a alimentação for feita por gravidade;
801.2.1.3.2.5 — Nos locais acessíveis ao público e nos b) 50 l, se a alimentação for feita por bombagem, a par-
caminhos de evacuação não é permitida a utilização de tir de reservatório.
«suportes ladrão» ou de fichas múltiplas.
801.2.1.3.3 — Qualidade dos dieléctricos. O enchimento dos reservatórios existentes nos locais
Nos locais acessíveis ao público e nos caminhos de onde estiverem instalados os motores de combustão não
evacuação não é permitida a utilização de interruptores, deve, em caso algum, ser feito automaticamente.
de disjuntores, de condensadores e de transformadores 801.2.1.4.3.4 — Para os combustíveis da 3.ª categoria, a
que contenham dieléctricos susceptíveis de emitirem va- quantidade de combustível permitida nos locais onde fo-
pores inflamáveis ou tóxicos. rem instalados os motores de combustão deve ser limita-
Esta regra não se aplica aos condensadores utilizados da a 500 l, armazenada em reservatórios fixos.
na iluminação, desde que a quantidade do dieléctrico não 801.2.1.4.3.5 — Nos locais onde forem instalados grupos
seja superior a 0,2 l. geradores accionados por motores de combustão deve
801.2.1.4 — Locais não acessíveis ao público. existir iluminação de segurança, de comando manual (lo-
801.2.1.4.1 — Generalidades. cal), constituída por blocos autónomos.
As instalações eléctricas dos locais não acessíveis ao 801.2.1.4.3.6 — As condutas de evacuação dos gases de
público devem ser, em regra, integralmente estabelecidas combustão devem ser estanques, construídas em materi-
no interior desses locais. ais incombustíveis (da classe de reacção ao fogo M0) e
801.2.1.4.2 — Locais afectos a serviços eléctricos. devem apresentar uma classe corta-fogo não inferior à
Para além das regras indicadas na secção 801.4.1, os classe de estabilidade ao fogo considerada para o edifí-
locais afectos a serviços eléctricos integrados em estabe- cio.
lecimentos recebendo público devem satisfazer às regras 801.2.1.4.4 — Baterias de acumuladores.
indicadas nas secções 801.2.1.4.2.1 a 801.2.1.4.2.3. As baterias de acumuladores devem satisfazer às regras
801.2.1.4.2.1 — Os grupos geradores accionados por indicadas na secção 551.8.
motores de combustão devem ser instalados em locais Quando as baterias de acumuladores constituírem uma
afectos a serviços eléctricos. fonte central de segurança, o corte da alimentação do dis-
O acesso a esses locais deve ser reservado a pessoas positivo de carga referido na secção 551.8.2.2 deve ser
qualificadas (BA5) ou a pessoas instruídas (BA4), incum- sinalizado no quadro de segurança previsto na secção
bidas da manutenção e da vigilância dos equipamentos 801.2.1.5.3.2.4.
instalados nesses locais. 801.2.1.5 — Iluminação.
801.2.1.4.2.2 — Os locais afectos a serviços eléctricos 801.2.1.5.1 — Regras comuns.
devem ser dotados de meios adequados de extinção de 801.2.1.5.1.1 — Os estabelecimentos recebendo público
incêndios. que possam funcionar em períodos em que a iluminação
Os aparelhos portáteis devem ter indicações, claras e natural possa ser insuficiente devem ser dotados de ilu-
bem visíveis, de que se destinam a apagar fogos eléctri-
minação artificial, eléctrica, constituída por:
cos.
801.2.1.4.2.3 — Nos locais afectos a serviços eléctricos a) Iluminação normal;
deve existir iluminação de segurança, de comando manual b) Iluminação de segurança;
(local), constituída por blocos autónomos. c) Iluminação de socorro (eventual).
801.2.1.4.3 — Grupos geradores accionados por motores
de combustão. 801.2.1.5.1.2 — Durante o período de funcionamento dos
801.2.1.4.3.1 — Para além das regras específicas indica- estabelecimentos recebendo público, os locais acessíveis
das na secção 801.2.1.4.2 (relativas aos locais afectos aos ao público e os caminhos de evacuação devem ser sufi-
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cientemente iluminados, por forma a garantir uma circula- utilização de um único dispositivo diferencial para a tota-
ção fácil do público e a permitir efectuar as manobras ne- lidade dos circuitos da iluminação normal.
cessárias à segurança. Para os estabelecimentos da 4.ª categoria, a regra indi-
801.2.1.5.1.3 — Os aparelhos de iluminação instalados cada na secção 801.2.1.1.1 pode ser derrogada desde que
nas zonas de circulação não devem constituir um obstá- a totalidade dos circuitos seja repartida por, pelo menos,
culo à circulação. dois dispositivos diferenciais.
801.2.1.5.1.4 — As partes constituintes dos aparelhos da 801.2.1.5.2.2 — Para além da regra indicada na secção
iluminação de segurança (tais como, os invólucros dos 801.2.1.5.2.1, em todos os locais onde possam permane-
dispositivos de fixação, os difusores, os dispositivos de cer mais do que 50 pessoas, a actuação de eventuais
ocultação, os suportes de lâmpadas de incandescência e dispositivos de comando acessíveis ao público não
os terminais desses aparelhos) devem satisfazer ao ensaio deve deixar esses locais integralmente sem iluminação
do fio incandescente para uma temperatura de 850 °C, com normal.
um tempo de extinção das chamas, após retirada do fio 801.2.1.5.2.3 — Os dispositivos de comando funcional
incandescente, não superior a 5 s. das instalações devem ser inacessíveis ao público, não
Contudo, esta regra não se aplica aos blocos autóno- sendo considerado, para este efeito, como público, as
mos que satisfaçam às respectivas normas. pessoas que exerçam a sua actividade habitual nesses
801.2.1.5.1.5 — As partes constituintes dos aparelhos da locais.
iluminação normal (tais como, os invólucros dos disposi- Esta regra pode ser dispensada para os dispositivos de
tivos de fixação, os difusores, os dispositivos de oculta- comando da iluminação normal de compartimentos que não
sejam, em condições normais, utilizados, simultaneamente,
ção, os suportes de lâmpadas de incandescência e os ter-
por mais de dez pessoas (do público).
minais desses aparelhos) devem satisfazer ao ensaio do
801.2.1.5.2.4 — Os circuitos de iluminação dos locais
fio incandescente, com um tempo de extinção das chamas,
acessíveis ao público não devem atravessar locais com
após retirada do fio incandescente, não superior a 5 s e
risco de incêndio (BE2). Esta regra não se aplica aos
para uma temperatura de: casos em que as canalizações sejam instaladas por for-
a) 850 °C, quando os aparelhos de iluminação normal ma a que não possam, em caso algum, originar um in-
forem instalados nos caminhos de evacuação; cêndio.
b) 750 °C, quando os aparelhos de iluminação normal 801.2.1.5.2.5 — A iluminação normal não deve ser garan-
forem instalados nos restantes locais e desde que, simul- tida apenas por lâmpadas de descarga que necessitem de
taneamente: um tempo de arranque (ou de re-arranque) superior a 15 s.
801.2.1.5.3 — Iluminação de segurança.
A superfície visível de cada aparelho de iluminação 801.2.1.5.3.1 — Generalidades.
não seja superior a 1 m2; 801.2.1.5.3.1.1 — Para além das regras indicadas na pre-
Os aparelhos de iluminação estejam afastados de, sente parte das Regras Técnicas, as instalações de ilumi-
pelo menos, 1 m de outros aparelhos ou de outros materi- nação de segurança devem ainda satisfazer às normas que
ais de classe de reacção ao fogo não inferior a M4 ou não lhes sejam aplicáveis.
classificados; 801.2.1.5.3.1.2 — A iluminação de segurança, que deve
A superfície total dos aparelhos de iluminação não permitir, em caso de avaria da iluminação normal, a eva-
seja superior a 25 % da superfície total do tecto; cuação segura e fácil do público para o exterior e a exe-
cução das manobras respeitantes à segurança e à inter-
Quando os aparelhos da iluminação normal forem apli- venção dos socorros, inclui:
cados em tectos falsos, devem ser tomadas medidas para
a) A iluminação de circulação (evacuação);
evitar a acumulação das poeiras nas zonas sujeitas a aque- b) A iluminação de ambiente (anti-pânico).
cimento, não devendo essas medidas comprometer a refri-
geração daqueles aparelhos. 801.2.1.5.3.1.3 — A iluminação de circulação é obriga-
801.2.1.5.1.6 — Os objectos que constituam obstáculo à tória:
circulação, tais como, os degraus, as rampas, as saídas
(com ou sem porta) devem ser iluminados ou, pelo menos, a) Nos locais onde possam permanecer mais do que 50
sinalizados. pessoas;
801.2.1.5.1.7 — Os dispositivos que facilitem e orientem b) Nos corredores e nos caminhos de evacuação.
a localização das saídas (letreiros de saída) devem, de
acordo com as respectivas normas, possuir pictogramas Nos casos indicados na alínea b), a distância entre
característicos dessa função. aparelhos de iluminação consecutivos não deve ser supe-
Os letreiros de saída podem ser iluminados do exterior rior a 15 m.
ou ter iluminação própria. 801.2.1.5.3.1.4 — A iluminação de ambiente é obrigató-
801.2.1.5.2 — Iluminação normal. ria para os locais onde possam permanecer mais do que:
801.2.1.5.2.1 — Em todos os locais dos estabelecimen- a) 100 pessoas, acima do solo (rés do chão e pisos
tos recebendo público da 1.ª, da 2.ª, da 3.ª ou da 4.ª cate- superiores);
gorias, a instalação eléctrica deve ser concebida por for- b) 50 pessoas, no subsolo.
ma a que a avaria de um foco luminoso ou do respectivo
circuito não deixe esses locais integralmente sem ilumina- A iluminação de ambiente, que deve ser o mais unifor-
ção normal. me possível sobre toda a superfície do local, deve garan-
Quando a protecção contra os contactos indirectos for tir, por cada metro quadrado dessa superfície, um fluxo
garantida por dispositivos diferenciais, não é permitida a luminoso não inferior a 5 lm por forma a permitir uma boa
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visibilidade. Para este efeito, deve ser verificada a condi- 801.2.1.5.3.2.1.3 — As fontes centrais de segurança po-
ção seguinte: dem também ser utilizadas como fontes de socorro, quan-
e ≤ 4h do essas fontes e os equipamentos de segurança tiverem
fiabilidade elevada, isto é, quando forem verificadas, si-
em que: multaneamente, as condições seguintes:
e é a distância entre dois aparelhos de iluminação con- a) Potência necessária garantida por mais do que uma
secutivos; fonte;
h é a altura de colocação dos aparelhos de iluminação. b) No caso de falha de uma das fontes, a potência ain-
da disponível nas restantes seja suficiente para garantir a
801.2.1.5.3.1.5 — A iluminação de segurança não deve entrada em serviço e o funcionamento de todos os servi-
ser garantida por lâmpadas de descarga, que necessitem ços de segurança, o que implica, em regra, o deslastre
de um tempo superior a 15 s para o seu arranque (ou re-
automático das cargas não afectas à segurança;
-arranque).
c) Qualquer equipamento possa ser alimentado por
801.2.1.5.3.1.6 — Quando, na iluminação de segurança,
qualquer uma das fontes;
forem utilizados aparelhos de iluminação do tipo «blocos
d) Qualquer falha susceptível de ocorrer numa fonte ou
autónomos» o seu fluxo luminoso estipulado não deve ser
num equipamento não afecte o funcionamento das restan-
inferior a 60 lm.
tes fontes nem dos restantes equipamentos.
801.2.1.5.3.1.7 — Na Iluminação de segurança devem ser
utilizados aparelhos de iluminação fixos e, em regra, insta-
lados fora do alcance do público, não devendo provocar Na determinação da reserva de combustível indicada na
encandeamento directamente ou através da luz reflectida. secção 801.2.1.5.3.2.3.2 devem-se ter em conta todas as
801.2.1.5.3.2 — Iluminação de segurança com fonte cen- cargas susceptíveis de serem alimentadas simultaneamen-
tral. te, incluindo as relativas às instalações de socorro.
801.2.1.5.3.2.1 — Fontes centrais de segurança. 801.2.1.5.3.2.2 — Fontes centrais de segurança com ba-
801.2.1.5.3.2.1.1 — As fontes que alimentem a ilumi- terias de acumuladores.
nação de segurança devem ser dimensionadas para ali- 801.2.1.5.3.2.2.1 — Uma fonte central de segurança cons-
mentar todas as lâmpadas nas condições mais desfavo- tituída por baterias de acumuladores deve ter capacidade
ráveis, susceptíveis de ocorrerem em exploração, suficiente para funcionar nas condições indicadas na sec-
durante o tempo necessário à saída ou à evacuação do ção 801.2.1.5.3.2.1.1, tendo em conta a manutenção do seu
público, com o mínimo de 1 h. As fontes devem poder estado de carga durante o funcionamento e o seu regime
alimentar também o equipamento indicado na secção de descarga.
801.2.1.5.3.2.1.2, durante o tempo de utilização previsto Se a iluminação de segurança for constituída por lâm-
para cada um deles. padas fluorescentes (veja-se a secção 801.2.1.5.3.1.5), pode
801.2.1.5.3.2.1.2 — Após a falha da alimentação normal, ser utilizado um único ondulador, desde que este forneça
as fontes indicadas na secção 801.2.1.5.3.2.1.1 apenas uma corrente à mesma tensão e frequência que a fonte
podem alimentar, para além da iluminação de segurança, o normal e tenha uma fiabilidade não inferior à exigida para
equipamento seguinte: o conjunto carregador-bateria.
Quando forem utilizados conversores de alta frequên-
a) No caso de fontes constituídas por baterias de acu- cia, estes devem ser instalados na proximidade das lâm-
muladores (com excepção das baterias das fontes dos blo- padas e cada conversor não deve alimentar mais do que
cos autónomos):
duas lâmpadas.
— Os sistemas de alarme e de alerta; 801.2.1.5.3.2.2.2 — As baterias e os equipamentos neces-
— As instalações de detecção automática de incên- sários à sua carga e à sua manutenção devem ser instala-
dios; dos de forma inamovível, nas condições indicadas na sec-
— Os circuitos eléctricos utilizados, eventualmente, nas ção 801.2.1.4.4.
instalações fixas de extinção de incêndios; 801.2.1.5.3.2.2.3 — Para além dos dispositivos de protec-
— As telecomunicações e as sinalizações relativas à se- ção contra as sobreintensidades indicados na secção
gurança; 801.2.1.5.3.2.4.1, as baterias devem ser protegidas contra
— A iluminação de segurança (na totalidade ou em par- os curtos-circuitos por meio de dispositivos situados tão
te) dos locais não acessíveis ao público; próximo quanto possível dos seus terminais.
— Outros equipamentos de segurança específicos do 801.2.1.5.3.2.3 — Fontes centrais com grupos geradores
estabelecimento; accionados por motores de combustão.
— A iluminação de socorro (na totalidade ou em parte) 801.2.1.5.3.2.3.1 — Quando a fonte central de seguran-
nas condições indicadas na secção 801.2.1.5.3.2.1.3; ça for constituída por grupos geradores accionados por
motores de combustão, estes devem ser instalados nas
b) No caso de fontes constituídas por grupos gerado- condições indicadas na secção 801.2.1.4.3.
res accionados por motores de combustão: 801.2.1.5.3.2.3.2 — Os grupos geradores devem dispor
— Os indicados na alínea a); de uma reserva de combustível que lhes permita garantir
— As bombas supressoras de incêndio; o seu funcionamento durante, pelo menos, 1 h, conforme
— Os compressores dos sistemas de extinção de incên- se indica na secção 801.2.1.5.3.2.1.1. Para o controlo fácil
dios; do estado da reserva do combustível deve ser previsto um
— As instalações necessárias ao envio dos elevadores dispositivo de detecção à distância, que sinalize que essa
para o piso principal do estabelecimento; reserva atingiu o valor mínimo.
— Os equipamentos de desenfumagem. 801.2.1.5.3.2.4 — Quadro de segurança.
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(147)
801.2.1.5.3.2.4.1 — Quando a iluminação de segurança das na secção 801.2.1.2 e não devem ter qualquer dispo-
for alimentada a partir de uma fonte central, os equipa- sitivo de comando para além do indicado na alínea a) da
mentos previstos na secção 801.2.1.5.3.2.1.2 devem ser secção 801.2.1.5.3.2.4.1.
alimentados a partir de um quadro denominado «quadro 801.2.1.5.3.2.6.2 — As canalizações das instalações de
de segurança», que deve ter, entre outros, os equipamen- segurança não devem ter quaisquer dispositivos de pro-
tos seguintes: tecção ao longo do seu percurso.
801.2.1.5.3.3 — Iluminação de segurança com blocos
a) Um dispositivo que permita, com uma única mano-
autónomos.
bra, comutar do estado de «repouso» para o estado de
801.2.1.5.3.3.1 — Os blocos autónomos a utilizar na ilu-
«vigilância»; sempre que o estabelecimento esteja franque-
minação de segurança devem dispor de um dispositivo que
ado ao público, a iluminação de segurança deve ser colo-
os coloque no estado de «repouso», localizado num pon-
cada no estado de «vigilância», passando ao estado de
to central, na proximidade do dispositivo de comando geral
«repouso» no final do período de actividade do estabele-
da alimentação da iluminação do edifício.
cimento;
Sempre que o estabelecimento esteja franqueado ao
b) Uma lâmpada que ilumine o quadro de segurança e
público, os blocos autónomos devem ser colocados no
que seja alimentada directamente pela fonte central;
estado de «vigilância»; no final do período de actividade
c) Os dispositivos de protecção contra as sobreinten-
do estabelecimento os blocos autónomos devem ser colo-
sidades na origem de cada um dos circuitos finais;
cados no estado de «repouso».
d) Um amperímetro, que permita medir, em permanên-
801.2.1.5.3.3.2 — Às canalizações dos circuitos de co-
cia, a corrente debitada pela fonte;
mando e às canalizações dos circuitos de alimentação dos
e) Um voltímetro, que permita medir a tensão da insta-
blocos autónomos podem não ser aplicadas as regras in-
lação;
dicadas na secção 801.2.1.2.2.
f) Os eventuais dispositivos de protecção contra os con-
801.2.1.5.3.3.3 — As derivações que alimentem os blo-
tactos indirectos;
cos autónomos devem ser feitas a jusante do dispositivo
g) Os dispositivos que permitam a comutação «auto-
de protecção e a montante do dispositivo de comando da
mática/manual» da iluminação de segurança (passagem do
iluminação normal do local ou do caminho de evacuação
estado de «vigilância» ao estado de «funcionamento»);
onde estiverem instalados os blocos autónomos.
h) Os outros (eventuais) equipamentos de segurança e
801.2.1.5.3.3.4 — Os blocos autónomos devem, em regra,
os seus comandos locais.
ser alimentados por meio de canalizações fixas e devem
801.2.1.5.3.2.4.2 — O quadro de segurança deve ser ins- ser instalados por forma a não ficarem expostos, em per-
talado num local afecto a serviços eléctricos, que satisfa- manência, a temperaturas ambientes susceptíveis de pre-
ça às regras indicadas nas secções 801.2.1.4.2.1 a judicarem o seu funcionamento.
801.2.1.4.2.3, devendo ficar separado dos quadros da ins- 801.2.1.5.3.3.5 — A iluminação de ambiente (veja-se
talação normal, por forma a que um incidente que possa 801.2.1.5.3.1.4) deve ser feita por forma a que cada local
ocorrer num destes quadros não o afecte. seja iluminado por, pelo menos, dois blocos autónomos.
801.2.1.5.3.2.4.3 — O quadro de segurança deve ter aces- A iluminação de circulação (veja-se 801.2.1.5.3.1.3) de
so fácil e reservado ao pessoal incumbido da sua explora- cada caminho de evacuação de comprimento superior a
ção e deve ser dotado das marcações e indicações referi- 15 m deve ser feita por, pelo menos, dois blocos autóno-
das na secção 558.6. mos.
801.2.1.5.3.2.5 — Concepção das instalações de ilumina- 801.2.1.5.3.4 — Tipos de iluminação de segurança.
ção de segurança. Para efeitos de aplicação da presente parte das Regras
801.2.1.5.3.2.5.1 — A instalação da iluminação de segu- Técnicas, a iluminação de segurança é classificada nos
rança deve ser subdividida em diversos circuitos a partir quatro tipos seguintes:
do quadro de segurança indicado na secção 801.2.1.5.3.2.4. — Iluminação de segurança do tipo A (801.2.1.5.3.4.1);
Contudo, nos estabelecimentos de 1.ª categoria podem ser — Iluminação de segurança do tipo B (801.2.1.5.3.4.2);
instalados quadros parciais desde que: — Iluminação de segurança do tipo C (801.2.1.5.3.4.3);
a) Os locais onde os quadros sejam instalados satisfa- — Iluminação de segurança do tipo D (801.2.1.5.3.4.4).
çam às regras exigidas para o local de instalação do qua-
dro (geral) de segurança (veja-se 801.2.1.5.3.2.4); O tipo de iluminação de segurança a considerar está
b) A indicação do funcionamento dos dispositivos de indicado nas regras específicas relativas a cada tipo de
protecção dos quadros parciais seja sinalizada no quadro estabelecimento recebendo público. O tipo de ilumina-
(geral) de segurança. ção de segurança indicado nessas regras específicas
deve ser considerado como exigência mínima, isto é,
801.2.1.5.3.2.5.2 — A iluminação de circulação de cada quando, por exemplo, para um dado local for indicada
caminho de evacuação de comprimento superior a 15 m e uma iluminação de segurança do tipo C, pode, para esse
que conduza o público para o exterior e a iluminação de local, ser utilizada uma iluminação de segurança dos
ambiente devem, cada uma delas, ser repartida, no míni- tipos B ou A.
mo, por dois circuitos distintos, com percursos tão dife- 801.2.1.5.3.4.1 — Iluminação de segurança do tipo A.
rentes quanto possível e concebidos por forma a que, em 801.2.1.5.3.4.1.1 — A iluminação de segurança do tipo A
caso de falha de um desses circuitos, a iluminação ainda deve ser alimentada por uma fonte central (bateria de acu-
seja suficiente. muladores ou grupo gerador accionado por motor de com-
801.2.1.5.3.2.6 — Circuitos de segurança. bustão).
801.2.1.5.3.2.6.1 — Os circuitos das instalações de ilu- 801.2.1.5.3.4.1.2 — Enquanto o estabelecimento estiver
minação de segurança devem satisfazer às regras indica- franqueado ao público, as lâmpadas da iluminação de se-
6682-(148) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
gurança do tipo A devem ser alimentadas em permanên- fonte central (isto é, quando não forem do tipo bloco
cia (lâmpadas acesas). A potência por elas absorvida deve autónomo), podem:
ser totalmente fornecida a partir da fonte de segurança.
a) Não estar alimentadas por qualquer fonte (desliga-
801.2.1.5.3.4.1.3 — No caso de a fonte de segurança ser
das);
constituída por uma bateria central, esta deve ter circui-
b) Estar alimentadas pela fonte da iluminação normal;
tos de carga e de descarga independentes, devendo a sua
c) Estar alimentadas pela fonte da iluminação seguran-
carga ser efectuada apenas nos períodos de ausência do
ça.
público.
801.2.1.5.3.4.1.4 — No caso de a fonte de segurança ser
801.2.1.5.3.4.3.3 — Nos casos indicados nas alíneas a)
constituída por um grupo gerador accionado por motor de
e b) da secção 801.2.1.5.3.4.3.2, se a fonte for constituída
combustão, este deve fornecer a energia necessária à ilu-
por uma bateria central, esta deve ser mantida em carga a
minação de segurança enquanto o estabelecimento estiver
partir da fonte normal por meio de um sistema que pos-
franqueado ao público.
sua dispositivos de regulação automática. Este sistema
801.2.1.5.3.4.1.5 — As canalizações da iluminação de
deve garantir à bateria uma reserva mínima que lhe permi-
segurança do tipo A devem ser estabelecidas nas condi-
ta alimentar, quando desligada da fonte normal, a ilumina-
ções indicadas nas alíneas a) e b) da secção 801.2.1.2.2.
ção de segurança, em regra, durante, pelo menos, 1 h.
801.2.1.5.3.4.2 — Iluminação de segurança do tipo B.
801.2.1.5.3.4.3.4 — Nos casos indicados nas alíneas a)
801.2.1.5.3.4.2.1 — A iluminação de segurança do tipo B
e b) da secção 801.2.1.5.3.4.3.2, se a fonte for constituída
pode ser alimentada por uma fonte central (bateria de
por um grupo gerador accionado por motor de combus-
acumuladores ou grupo gerador accionado por motor de
tão, este deve estar, durante o estado de «vigilância»,
combustão) ou pode ser constituída por blocos autóno-
numa situação que lhe permita, em caso de falha da fonte
mos.
normal, garantir a alimentação dos circuitos da iluminação
801.2.1.5.3.4.2.2 — Enquanto o estabelecimento estiver
de segurança do tipo C num tempo não superior a 15 s.
franqueado ao público e no caso de ser utilizada uma fonte
Se o arranque do grupo for feito por uma reserva de ar
central de segurança (bateria de acumuladores ou grupo
comprimido, a pressão do ar contido no reservatório deve
gerador accionado por motor de combustão), as lâmpadas
ser mantida, durante o estado de «vigilância», por um dis-
da iluminação de segurança do tipo B devem ser alimen-
positivo de funcionamento automático.
tadas em permanência (lâmpadas acesas). A potência por
Se o arranque do grupo for feito por bateria, esta deve
elas absorvida deve, no estado de «vigilância», ser total-
ter uma capacidade que lhe permita garantir seis tentati-
mente fornecida a partir da fonte de alimentação da ilumi-
vas de arranque e ter a mesma segurança de funcionamen-
nação normal.
to que a exigida para as baterias centrais indicadas na
801.2.1.5.3.4.2.3 — No caso de a fonte de segurança ser
secção 801.2.1.5.3.4.3.3.
constituída por uma bateria central, as lâmpadas da ilumi-
801.2.1.5.3.4.3.5 — Quando for utilizada uma fonte cen-
nação de segurança do tipo B devem estar, permanente-
tral, devem ser utilizados vários pontos de detecção da
mente, ligadas à bateria, devendo esta permanecer em
falha da alimentação normal, por forma a que o dispositi-
carga no estado de «vigilância».
vo automático entre em funcionamento a partir de qual-
801.2.1.5.3.4.2.4 — No caso de a fonte de segurança ser
quer um desses pontos de detecção.
constituída por um grupo gerador accionado por motor de
combustão, este deve estar durante o estado de «vigilân- 801.2.1.5.3.4.3.6 — Quando a iluminação de segurança
cia», numa situação que lhe permita, em caso de falha da do tipo C for garantida por blocos autónomos, estes po-
fonte normal, garantir a alimentação dos circuitos da ilu- dem ser do tipo «permanente» ou «não permanente».
minação de segurança do tipo B num tempo não superior 801.2.1.5.3.4.3.7 — No caso de ser utilizada uma fonte
a 1 s. central (bateria central ou um grupo gerador accionado por
801.2.1.5.3.4.2.5 — No caso de serem utilizados blocos motor de combustão), as canalizações da iluminação de
autónomos para a iluminação do tipo B, estes devem ser: segurança do tipo C devem ser estabelecidas nas condi-
ções indicadas nas alíneas b) e c) da secção 801.2.1.2.2.
a) Fluorescentes do tipo permanente, para a iluminação 801.2.1.5.3.4.4 — Iluminação de segurança do tipo D.
de ambiente; A iluminação de segurança do tipo D pode ser consti-
b) Fluorescentes do tipo permanente ou incandescen- tuída por lanternas portáteis, alimentadas por pilhas ou por
tes, para a iluminação de circulação. baterias, colocadas à disposição do pessoal responsável
pela segurança do estabelecimento.
801.2.1.5.3.4.2.6 — No caso de ser utilizada uma fon- 801.2.1.5.3.5 — Manutenção da iluminação de segurança.
te central (bateria central ou um grupo gerador accio- 801.2.1.5.3.5.1 — Em todos os dias em que o estabele-
nado por motor de combustão), as canalizações da ilu- cimento esteja franqueado ao público e antes da admis-
minação de segurança do tipo B devem ser são deste, deve ser verificado o funcionamento da ilumi-
estabelecidas nas condições indicadas nas alíneas a) e nação de segurança.
b) da secção 801.2.1.2.2. 801.2.1.5.3.5.2 — Para além da verificação e da manuten-
801.2.1.5.3.4.3 — Iluminação de segurança do tipo C. ção indicadas, respectivamente, nas secções 62 e 63, as
801.2.1.5.3.4.3.1 — A iluminação de segurança do instalações de segurança devem ser alvo de verificações
tipo C pode ser alimentada por uma fonte central (bate- e de ensaios periódicos.
ria de acumuladores ou grupo gerador accionado por 801.2.1.5.4 — Iluminação de socorro.
motor de combustão) ou pode ser constituída por blo- Sempre que se pretender manter a exploração do esta-
cos autónomos. belecimento em caso de falha da alimentação da ilumina-
801.2.1.5.3.4.3.2 — No estado de «vigilância», as lâmpa- ção normal, deve ser prevista iluminação de socorro. Nes-
das da iluminação de segurança do tipo C ligadas a uma te caso, a iluminação de socorro deve satisfazer às regras
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(149)
relativas à iluminação normal definidas para cada estabe- 801.2.3 — Edifícios escolares.
lecimento recebendo público. 801.2.3.0 — Determinação da lotação.
Nas instalações dotadas de iluminação de socorro, a Para efeitos de aplicação da regra indicada na sec-
falha desta deve provocar o funcionamento, imediato e ção 801.2.0 devem observar-se as regras indicadas nas sec-
automático, da iluminação de segurança. ções 801.2.3.0.1 e 801.2.3.0.2.
801.2.1.6 — Tomadas. 801.2.3.0.1 — A lotação dos edifícios escolares deve ser
Nas zonas onde o público tenha acesso dos estabele- determinada a partir do somatório do número de ocupan-
cimentos recebendo público, as tomadas a utilizar, quan- tes potenciais de todos os espaços susceptíveis de ocu-
do forem de corrente estipulada não superior a 16 A, de- pação nos edifícios.
vem ser do tipo «tomadas com obturadores». Quando 801.2.3.0.2 — O número de ocupantes a considerar deve,
forem de corrente estipulada superior a 16 A, devem ser em função do tipo de local, ser:
dotadas de tampa e limitadas às estritamente necessárias a) Locais sem lugares ou postos de trabalho, fixos:
às utilizações previstas.
801.2.2 — Edifícios do tipo administrativo. O previsto no projecto de arquitectura, não devendo ser
801.2.2.0 — Determinação da lotação. inferior ao produto da área interior desses locais pelo ín-
dice de ocupação indicado no quadro seguinte:
Para efeitos de aplicação da regra indicada na secção
801.2.0 devem observar-se as regras indicadas nas secções Índice de ocupação
Locais
(pessoas/m2)
801.2.2.0.1 e 801.2.2.0.2. Espaços de ensino não especializado 0,7
801.2.2.0.1 — A lotação dos edifícios do tipo adminis- Salas de reunião, de estudo ou de leitura 0,5
trativo deve ser determinada a partir do somatório do Salas de convívio e refeitórios 1
Locais
índice de ocupação O correspondente aos lugares ou aos postos de traba-
(pessoas/m2)
lho, definidos no projecto de arquitectura.
a) zonas em que exista compartimentação definida:
Gabinetes 0,1
Salas de escritório 0,2
c) Locais com zonas destinadas a ocupantes em pé:
Salas de desenho 0,17 O previsto no projecto de arquitectura, não devendo ser
Salas de reunião sem lugares fixos 0,5 inferior ao produto da área interior desses locais pelo ín-
Bares (zona de consumo) 2
dice de ocupação indicado no quadro seguinte:
Refeitórios:
- zona de espera 3 índice de ocupação
Locais
- zona de refeições 1 (pessoas/m2)
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª
C C C C D C C C C D
6682-(150) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
(1) (1)
B B B B D
a) Locais com lugares reservados a ocupantes acama- (1) - Para os compartimentos de lotação inferior a 100 pessoas, a iluminação de segurança pode
dos: ser limitada à iluminação de circulação.
b) As canalizações eléctricas que penetrem nesses lo- 801.2.5.0.1 — A lotação dos empreendimentos turísticos
cais devem ter uma bainha metálica ligada à terra; e estabelecimentos similares deve ser determinada a partir
c) Os cabos e os outros elementos de aquecimento não do somatório do número de ocupantes potenciais de to-
devem ser instalados nos elementos da construção (em- dos os espaços susceptíveis de ocupação nos edifícios.
bebidos ou à vista) dos locais onde sejam efectuadas 801.2.5.0.2 — A lotação dos estabelecimentos hoteleiros
medições dos potenciais bioeléctricos; e dos meios complementares de alojamento turístico deve
d) Os invólucros metálicos dos aparelhos fixos das clas- ser determinada a partir do número de pessoas que pos-
ses de isolamento II ou III devem ser ligados ao terminal sam ocupar os quartos nas condições normais de explo-
de equipotencialidade do local (vejam-se as secções 2 e ração do estabelecimento. Na falta de elementos mais con-
5.4 do Anexo III). cretos, a lotação pode ser calculada com base em duas
pessoas por quarto.
801.2.4.2.6 — Verificação das instalações. Quando, nos estabelecimentos hoteleiros forem previs-
801.2.4.2.6.1 — Verificação inicial. tas «camas convertíveis», estas devem ser consideradas
801.2.4.2.6.1.1 — Generalidades. para efeitos da determinação da lotação.
Para além das verificações indicadas na parte 6 das pre- 801.2.5.0.3 — A lotação dos estabelecimentos de restau-
sentes Regras Técnicas, nas instalações eléctricas dos locais ração e de bebidas deve ser determinada a partir do pro-
de uso médico devem efectuar-se também as seguintes:
duto da área interior dos locais pelo índice de ocupação
a) Verificação das ligações equipotenciais suplementa- indicado, em função do tipo de local, no quadro seguinte:
res (801.2.4.2.6.1.2);
b) Verificação da limitação da tensão de contacto, nas Índice de ocupação
Locais
(pessoas/m2)
instalações onde for utilizada a medida P3 (801.2.4.2.6.1.3);
c) Controlo do isolamento das instalações alimentadas Salas de refeição, com lugares sentados 1,33(1)
em esquema IT médico (801.2.4.2.6.1.4); Salas de refeição, com lugares em pé 2
d) Medição da resistência dos pavimentos antiestáticos (1) - Corresponde a uma pessoa (lugar) por cada 0,75 m2.
(801.2.4.2.6.1.5).
801.2.5.0.4 — Para efeitos de determinação da lotação
801.2.4.2.6.1.2 — Verificação das ligações equipotenciais
dos estabelecimentos de restauração não devem ser con-
suplementares.
A eficácia da medida P2 (ligações equipotenciais suple- sideradas as áreas do átrio, da sala de espera, das salas
mentares — veja-se a secção 2 do Anexo III) deve ser destinadas a dança e das zonas de bar.
verificada pela medição da resistência eléctrica (vejam-se 801.2.5.0.5 — Para efeitos de determinação da lotação
612.2 e 612.4) entre cada um dos elementos condutores e dos estabelecimentos de bebidas devem ser consideradas
o terminal de equipotencialidade do local. as das eventuais salas de espera e das salas ou espaços
Os valores obtidos não devem ser superiores a 0,1 Ω. destinados a dança.
801.2.4.2.6.1.3 — Verificação da limitação da tensão de 801.2.5.1 — Locais com risco de incêndio (BE2).
contacto. Em empreendimentos turísticos e estabelecimentos si-
Quando for utilizada a medida P3 (limitação da tensão milares devem ser considerados como locais com risco de
de contacto — veja-se a secção 3 do Anexo III) deve ser incêndio os locais em que existam armazenadas grandes
verificado se a tensão de contacto não ultrapassa 50 mV. quantidades de matérias facilmente combustíveis, como por
A verificação deve ser feita medindo a corrente que per- exemplo:
corre uma resistência de 1 000 Ω ligada entre cada um dos a) Os locais de manutenção, conservação e reparação;
elementos condutores e o terminal de equipotencialidade b) Os depósitos de lixos;
do local. c) Os locais onde coexistam fontes de calor de elevado
Os valores obtidos não devem ser superiores a 50 μA. potencial calorífico e materiais facilmente inflamáveis;
801.2.4.2.6.1.4 — Controlo do isolamento das instalações d) As cozinhas, as copas e as despensas;
alimentadas em esquema IT médico. e) As lavandarias;
A eficácia da medida P5 (esquema IT médico — veja-se f) Os depósitos de bagagens;
a secção 5 do Anexo III) deve ser verificada pela medição g) Os locais dos eventuais arquivos informáticos.
da resistência de isolamento (veja-se 612.3).
Os valores obtidos devem ser superiores a 100 kΩ. 801.2.5.2 — Iluminação de segurança.
801.2.4.2.6.1.5 — Resistência dos pavimentos antiestáti- 801.2.5.2.1 — Nos empreendimentos turísticos e estabe-
cos. lecimentos similares deve existir iluminação de segurança
A resistência dos pavimentos antiestáticos deve ser em todos os locais franqueados ao público.
medida nas condições indicadas na secção 612.5 com o Nos quartos dos hotéis e similares, a iluminação de
eléctrodo de medição 2 indicado no Anexo A da parte 6 segurança pode ser dispensada.
das presentes Regras Técnicas.
801.2.5.2.2 — Nos empreendimentos turísticos e estabe-
Os valores obtidos não devem ser inferiores a 25 MΩ
lecimentos similares, a iluminação de segurança pode ser
(veja-se a secção 1.3 do Anexo VII).
dispensada:
801.2.5 — Empreendimentos turísticos e estabelecimen-
tos similares. a) Nos quartos dos estabelecimentos hoteleiros;
801.2.5.0 — Determinação da lotação. b) Nos meios complementares de alojamento turístico.
Para efeitos de aplicação da regra indicada na secção
801.2.0 devem observar-se as regras indicadas nas secções 801.2.5.2.3 — Nos empreendimentos turísticos e estabe-
801.2.5.0.1 e 801.2.5.0.3. lecimentos similares, a iluminação de segurança (circula-
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801.2.7.1.0.3 — Nos recintos alojados em estruturas in- 801.2.7.1.1.4 — Circuitos para a iluminação normal.
sufláveis, a lotação deve ser a correspondente a uma pes- Os aparelhos da iluminação normal dos locais acessí-
soa por metro quadrado. veis ao público devem ser distribuídos por, pelo menos,
801.2.7.1.0.4 — A lotação a atribuir a cada recinto ou ao dois circuitos de fases diferentes protegidos individualmen-
conjunto dos recintos deve ser calculada pelo somatório te contra os contactos indirectos por forma a que a falta
das lotações que sejam fixadas para cada um dos tipos de um circuito não deixe integralmente sem iluminação
de locais indicados nas alíneas anteriores susceptíveis de normal qualquer um desses locais.
ocupação simultânea. 801.2.7.1.1.5 — Instalações de iluminação nas zonas a
801.2.7.1.0.5 — Nos recintos polivalentes, a densidade de que o público tenha acesso.
ocupação a considerar deve ser a máxima da correspon- Durante os períodos de abertura ao público dos recin-
dente à mais desfavorável das utilizações previstas, com tos de espectáculos e divertimentos públicos, fechados,
o mínimo de uma pessoa por metro quadrado. apenas deve ser permitido desligar uma parte dos circui-
801.2.7.1.1 — Regras gerais. tos de iluminação das zonas de acesso ou de permanên-
801.2.7.1.1.1 — Quadros (incluindo o quadro de entra- cia do público, com excepção das salas ou dos recintos
da). de exibição, que devem ter a iluminação que convier ao
Em recintos de espectáculos e divertimentos públicos, espectáculo.
fechados, o quadro de entrada não deve ficar situado na 801.2.7.1.1.6 — Iluminação de segurança.
caixa do palco ou nas cabinas de projecção e de enrola- 801.2.7.1.1.6.1 — Nos recintos de espectáculos e diver-
mento. timentos públicos, fechados deve existir iluminação de se-
A canalização de alimentação do quadro de entrada não gurança nos locais seguintes:
deve atravessar a caixa do palco nem as cabinas de pro- a) Salas ou recintos de exibição;
jecção nem as de enrolamento. b) Outros locais franqueados ao público;
As canalizações de alimentação de outros quadros não c) Cabinas de projecção;
devem atravessar a caixa do palco nem as cabinas de pro- d) Posto de segurança;
jecção nem as de enrolamento. e) Cabina do palco;
801.2.7.1.1.2 — Modos de instalação das canalizações f) Caixa do palco;
Em recintos de espectáculos e divertimentos públicos, g) Corpo de camarins;
fechados, as canalizações devem, em regra, ser embebidas, h) Circulações de acesso aos locais indicados nas alí-
ou, quando montadas à vista no interior do volume de neas c) a g).
acessibilidade a contactos (veja-se 235.1), devem apresen-
tar um código IK não inferior a IK 08. Quando a iluminação de identificação das coxias, das
801.2.7.1.1.3 — Correntes (máximas) admissíveis. filas e dos lugares constituir também iluminação de segu-
Em recintos de espectáculos e divertimentos públicos, rança, os respectivos circuitos devem ser independentes
fechados as correntes a considerar no dimensionamento dos outros circuitos da instalação.
das canalizações não devem ultrapassar 70 % das corren- 801.2.7.1.1.6.2 — Nos recintos de espectáculos e diver-
tes (máximas) admissíveis nessas canalizações para o mes- timentos públicos, fechados devem, em função do tipo do
mo modo de instalação. local (veja-se 801.2.1.7.1.0.2) e da categoria do estabeleci-
Os suportes das lâmpadas devem ser seleccionados por mento recebendo público (veja-se 801.2.0.1), ser utilizados
forma a que a corrente de serviço não ultrapasse 70 % da os tipos de iluminação de segurança indicados no quadro
corrente estipulada dos respectivos suportes. seguinte:
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª
A1 (salas de espectáculos) B(1) B(1) B C D
A2 (salas de diversão) B(1) B(1) C(2) C(2) D
A3 (pavilhões desportivos) B(3) C C C C
A4 (recintos itinerantes ou improvisados) C C C C D
A6 (locais de circulação) (4)
ser actuado por comando à distância pela manobra do 801.2.7.1.2.5 — Comando da iluminação normal da sala
«interruptor de segurança» (veja-se 801.2.7.1.2.1). ou recinto de exibição.
Quando não houver sistema central de aquecimento, Os equipamentos de variação do nível de iluminação
de ventilação ou de ar condicionado, o comando dos normal da sala ou recinto de exibição devem ser de tipo
aparelhos individuais que existam dentro ou fora da sala não susceptível de causar perigo de incêndio e devem ser
ou recinto de exibição deve ser centralizado num quadro instalados na cabina de projecção, na cabina do palco ou
cujo dispositivo de corte geral seja actuado também por em outro local especialmente concebido para esse fim.
comando à distância pela manobra do «interruptor de se- No caso de cineteatros, a iluminação normal da sala ou
gurança». recinto de exibição pode, por conveniência, ser comanda-
801.2.7.1.1.9 — Locais com risco de incêndio (BE2). da quer a partir da cabina de projecção quer a partir da
Em recintos de espectáculos e divertimentos públicos, cabina do palco, por comando à distância.
fechados devem ser considerados como locais com risco 801.2.7.1.2.6 — Iluminação de segurança.
de incêndio (BE2), nomeadamente, os seguintes: No interior da sala ou do recinto de exibição, durante
o período em que estes locais estiverem franqueados ao
a) Os locais de manutenção, conservação e reparação; público, a iluminação de segurança deve apenas garantir
b) As salas, os recintos de exibição ou de ensaio e as a iluminação de circulação. A iluminação de ambiente deve
outras zonas a que o público tenha acesso; entrar em serviço imediato quando for manobrado o «in-
c) As cabinas de projecção; terruptor de segurança» (veja-se 801.2.7.1.2.1) ou quando
d) A caixa do palco, os camarins e os espaços céni- faltar a energia da rede.
cos; 801.2.7.1.3 — Instalações de projecção cinematográfica.
e) As dependências destinadas a armazenamento ou 801.2.7.1.3.1 — Cabina de projecção.
confecção de cenários ou a guarda-roupas; O equipamento destinado à projecção cinematográfica
f) Locais de arquivo e salas de reprografia; deve ficar instalado no interior da cabina de projecção.
g) Locais de armazenamento de filmes, de bandas de Quando as aberturas de projecção e vigilância da cabi-
vídeo, de documentos gráficos, etc.; na de projecção forem providas de obturadores, estes
h) Salas de reuniões para uso profissional e não aces- devem ser construídos com materiais da classe de reac-
síveis ao público. ção ao fogo M0 e manobráveis a partir da cabina, por meio
de um dispositivo de comando eléctrico, actuando por falta
801.2.7.1.1.10 — Instalações de sinalização do serviço de de tensão e ainda por um dispositivo de recurso, accio-
incêndios. nável em caso de falha do primeiro.
Nos recintos de espectáculos e divertimentos públicos, 801.2.7.1.3.2 — Quadro da cabina de projecção.
fechados deve existir uma instalação de sinalização sono- Na cabina de projecção deve existir um quadro (quadro
ra e luminosa ligando entre si o posto de segurança e os da cabina de projecção) destinado a concentrar as protec-
outros postos do serviço de incêndios. ções do equipamento de projecção, do som, dos serviços
801.2.7.1.2 — Instalações situadas no interior das salas auxiliares, da iluminação da sala ou recinto de exibição e,
ou dos recintos de exibição. eventualmente, as dos efeitos de luz da sala e da boca de
cena.
801.2.7.1.2.1 — Interruptor de segurança.
O quadro da cabina de projecção deve possuir um dis-
Em recintos de espectáculos e divertimentos públicos,
positivo de corte geral que corte todos os condutores ac-
fechados deve existir um dispositivo de corte, denomina-
tivos.
do «interruptor de segurança», que, por comando directo
801.2.7.1.3.3 — Alimentação do quadro da cabina de
ou à distância, possibilite o corte da alimentação (de to-
projecção.
dos os condutores activos) do quadro da cabina de pro-
O quadro da cabina de projecção deve ser alimentado
jecção, do quadro do palco e do quadro do ar condicio-
a partir do quadro de entrada por meio de uma canaliza-
nado.
ção a ele exclusivamente destinada, a qual deve satisfa-
801.2.7.1.2.2 — Localização do «interruptor de segu- zer, ainda, ao indicado nas secções 801.2.7.1.2.1e
rança». 801.2.7.1.2.3.
O «interruptor de segurança» deve ser instalado no 801.2.7.1.3.4 — Circuitos da cabina de projecção.
posto de segurança. Os circuitos próprios da cabina de projecção devem ser
801.2.7.1.2.3 — Canalização do «interruptor de segu- distintos dos da sala ou recinto de exibição.
rança». 801.2.7.1.3.5 — Anexos à cabina de projecção.
A canalização afecta ao «interruptor de segurança», Quando existirem anexos à cabina de projecção, as suas
que deve satisfazer ao indicado na alínea a) da secção instalações eléctricas devem ser alimentadas a partir do
801.2.1.2.2, não deve atravessar a caixa do palco nem as quadro da cabina de projecção. Nestes anexos não devem
cabinas de projecção. existir tomadas.
801.2.7.1.2.4 — Alimentação da iluminação normal da 801.2.7.1.3.6 — Aparelhos de iluminação móveis ou por-
sala ou recinto de exibição táteis.
A instalação de iluminação normal da sala ou recinto No interior das cabinas de projecção e de enrolamento
de exibição deve ser alimentada a partir do quadro da não é permitido o emprego de aparelhos de iluminação
cabina de projecção, ou, quando este não existir, do qua- móveis ou portáteis durante o período em que a sala ou
dro do palco. o recinto de exibição estiverem franqueados ao público.
Os circuitos da boca de cena e os dos efeitos publici- 801.2.7.1.4 — Instalações do palco.
tários ou outros que devam funcionar no palco devem ser 801.2.7.1.4.1 — Quadro do palco.
comandados como circuitos de iluminação normal da sala Quando o palco tiver mais de 2,50 m de profundidade e
ou recinto de exibição. mais de 40 m2 de área, deve existir um quadro do palco.
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O quadro do palco deve ficar situado no interior da -se isolamento térmico e arejamento das zonas mais próxi-
cabina do palco e deve possuir um dispositivo de corte mas das lâmpadas.
geral que interrompa todos os condutores activos. 801.2.7.1.4.7 — Canalizações de alimentação de apare-
801.2.7.1.4.2 — Alimentação do quadro do palco. lhos móveis.
O quadro do palco deve ser alimentado a partir do Os aparelhos móveis a utilizar no palco devem ser ali-
quadro de entrada por meio de uma canalização a ele ex- mentados a partir de tomadas fixas, por meio de cabos
clusivamente destinada, a qual deve satisfazer, ainda, ao flexíveis de características não inferiores às dos cabos da
indicado nas secções 801.2.7.1.2.1 e 801.2.7.1.2.3. série 07 RN-F.
801.2.7.1.4.3 — Cabina do palco. 801.2.7.1.4.8 — Dispositivos de cena com interruptores
Quando não existir cabina do palco, o quadro do palco de fim de curso.
deve ser metálico e provido de porta destinada a impedir Quando existirem dispositivos de cena que incluam in-
o acesso aos comandos dos aparelhos por pessoas não terruptores de fim de curso, estes devem cortar todos os
qualificadas (BA5) nem instruídas (BA4). condutores activos.
801.2.7.1.4.4 — Instalações alimentadas pelo quadro do 801.2.7.1.4.9 — Cortina de obturação da boca de cena.
palco. O motor de accionamento da cortina de obturação da
As instalações eléctricas existentes na caixa do palco, boca de cena do palco deve ser alimentado a partir do
incluindo o sub-palco, a caixa de ponto, a varanda de quadro de entrada e comandado, quer do piso do palco,
urdimento, os tangões, as gambiarras, a teia e o fosso da quer de outro local acessível ao público e exterior ao es-
orquestra, devem ser alimentados pelo quadro do palco. paço cénico.
Exclui-se a instalação de iluminação do posto de seguran- 801.2.7.1.5 — Corpo de camarins.
ça, eventualmente existente no palco, a qual pode derivar 801.2.7.1.5.1 — Instalações do corpo de camarins.
de um quadro de iluminação de zonas de acesso público As instalações do corpo de camarins podem ser alimen-
ou do quadro de camarins, desde que as respectivas ca- tadas a partir de um quadro próprio (quadro de camarins),
nalizações não atravessem a caixa do palco. alimentado a partir do quadro de entrada.
Os circuitos de iluminação da cabina do palco devem 801.2.7.2 — Recintos de espectáculos e divertimentos
ser distintos dos circuitos de iluminação da sala ou recin- públicos, ao ar livre.
to de exibição. 801.2.7.2.0 — Determinação da lotação.
As instalações da ribalta e os efeitos de luz da boca Para efeitos de aplicação da regra indicada na secção
de cena e as cortinas podem, por conveniência, ser co- 801.2.0 devem observar-se as regras indicadas nas secções
mandadas quer a partir do quadro do palco quer a partir 801.2.7.2.0.1 a 801.2.7.2.0.4.
do quadro da cabina de projecção, mas devem ser sempre 801.2.7.2.0.1 — A lotação dos recintos de espectáculos
cortadas pela actuação do «interruptor de segurança». e divertimentos públicos, ao ar livre deve ser determinada
801.2.7.1.4.5 — Instalações especiais de cena. a partir do número de lugares sentados ou das áreas dos
Quando a potência prevista para o equipamento de locais destinados ao público, ou pelo conjunto dos dois
cena (iluminação, movimentação de cenários, etc.) assu- parâmetros.
mir valores muito elevados face aos das restantes utili- 801.2.7.2.0.2 — O número de ocupantes a considerar em
zações alimentadas pelo quadro do palco, podem, em der- cada local deve ser igual ao produto da área interior des-
rogação da regra indicada na secção 801.2.7.1.4.4, ser se local pelo índice de ocupação determinado, em função
utilizados, desde que técnica e economicamente viável, da sua utilização, de acordo com os critérios seguintes:
outros quadros alimentados directamente pelo quadro de
• Locais do tipo A5:
entrada e destinados a alimentar esses equipamentos es-
pecíficos. — Zonas reservadas a lugares sentados individualiza-
Nesta situação, a alimentação destes quadros específi- dos: número de lugares;
cos deve ser feita por meio de uma canalização a eles — Zonas reservadas a lugares sentados não individuali-
exclusivamente destinados e ser, também, cortada pela zados: duas pessoas por metro de banco ou de bancada;
manobra do «interruptor de segurança» nas condições — Zonas reservadas a lugares em pé: três pessoas por
indicadas na secção 801.2.7.1.2.1. metro quadrado de área ou cinco pessoas de metro de
801.2.7.1.4.6 — Equipamento de cena. frente.
As ribaltas, os tangões, as gambiarras e os aparelhos
fixos ou móveis existentes na caixa do palco devem ser 801.2.7.2.0.3 — A lotação a atribuir a cada recinto ou ao
de material incombustível e as aberturas ou difusores de- conjunto dos recintos deve ser calculada pelo somatório
vem ser cobertos com rede metálica protegendo as lâmpa- das lotações que sejam fixadas para cada um dos tipos
das e os suportes contra as acções mecânicas e os con- de locais indicados nas alíneas anteriores susceptíveis de
tactos acidentais. ocupação simultânea.
O equipamento de cena deve ter código IK não inferior 801.2.7.2.0.4 — Nos recintos polivalentes a densidade de
a IK 08. ocupação a considerar deve ser o máximo da correspon-
No interior de ribaltas, de tangões, de gambiarras, etc., dente à mais desfavorável das utilizações previstas, com
e, de um modo geral, de aparelhos sujeitos a aquecimen- o mínimo de uma pessoa por metro quadrado.
to, as canalizações devem ter característica de temperatu- 801.2.7.2.1 — Instalações de iluminação nas zonas a que
ra ambiente correspondentes à classe de influências ex- o público tenha acesso.
ternas AA6. Durante os períodos de abertura ao público dos Recin-
Os suportes das lâmpadas devem ser de porcelana, de tos de espectáculos e divertimentos públicos, ao ar livre,
vidro, de esteatite ou de material equivalente e no interior apenas deve ser permitido desligar uma parte dos circui-
de ribaltas, de tangões, de gambiarras, etc., deve prever- tos de iluminação das zonas de acesso ou de permanên-
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cia do público, com excepção dos recintos de exibição, que 801.2.7.2.2.2 — Nos recintos de espectáculo e diverti-
devem ter a iluminação que convier ao espectáculo. mentos públicos, ao ar livre de 2ª categoria e de 3ª cate-
801.2.7.2.2 — Iluminação de segurança. goria (veja-se 801.2.0.1) é dispensável a existência de ilu-
801.2.7.2.2.1 — Nos recintos de espectáculos e diverti- minação de ambiente.
mentos públicos, ao ar livre dotados de instalação de ilu- 801.2.7.2.2.3 — Nos recintos de espectáculos e diverti-
minação normal deve existir uma instalação de iluminação mentos públicos, ao ar livre devem, em função do tipo do
de segurança nos locais seguintes: local (veja-se 801.2.1.7.1.0.2) e da categoria do estabeleci-
a) Salas ou recintos de exibição; mento recebendo público, ser utilizados os tipos de ilumi-
b) Outros locais acessíveis ao público. nação de segurança seguintes:
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª
A5 (locais ao ar livre) C C(1) C(1) - -
(1) - A iluminação de segurança é limitada à iluminação de circulação.
801.2.7.2.2.4 — Instalação de tomadas. piso e nas saídas dos pisos para as escadas, com um
Nas zonas onde o público tenha acesso, os circuitos espaçamento entre aparelhos de iluminação consecutivos
de alimentação das tomadas (veja-se 801.2.1.6) devem ser: não superior a 15 m; estes aparelhos devem, sempre que
possível, ser instalados aos pares, sendo uns colocados
a) Distintos dos destinados a outros fins;
a uma altura não inferior a 2 m e os outros a uma altura
b) Conservados desligados quando desnecessários.
não superior a 0,5 m acima do piso;
b) Os aparelhos de iluminação devem ser instalados
801.2.8 — Parques de estacionamento cobertos.
As regras indicadas nesta secção aplicam-se aos par- também ao longo das escadas e nas saídas das escadas
ques de estacionamento cobertos de área bruta total su- para o exterior do parque, com um espaçamento entre
perior a 200 m2. aparelhos de iluminação consecutivos não superior a 15 m,
801.2.8.1 — Iluminação normal. sinalizando eventuais mudanças de direcção ou obstácu-
801.2.8.1.1 — A iluminação normal dos parques de es- los existentes.
tacionamento cobertos deve ser tal que garanta, em con-
dições normais de exploração, a visibilidade indispensá- 801.2.8.2.2 — Iluminação de ambiente.
vel à circulação de veículos e de peões quando a Nos locais onde se exerçam actividades que interessem
iluminação natural for insuficiente. à segurança dos parques de estacionamento cobertos deve
801.2.8.1.2 — A iluminação média, ao nível do piso, não existir iluminação de ambiente, com aparelhos de potência
deve ser inferior a: adequada às actividades e às dimensões dos locais, com
o mínimo de dois aparelhos por local.
a) 30 lux, nas zonas de estacionamento de veículos; 801.2.8.2.3 — Comando da iluminação de segurança.
b) 50 lux, nas zonas de circulação de veículos, nas ram- O comando da iluminação de segurança indicado na
pas, nas passadeiras de circulação de peões e nas esca- secção 801.2.1.5.3.2.4.1 ou na secção 801.2.1.5.3.3.1 pode
das. também ser feito por meio de um dispositivo localizado ou
no posto central de segurança ou na habitação do portei-
801.2.8.1.3 — A iluminação nas rampas de saída e nas ro, conforme os casos.
rampas de entrada de veículos deve garantir uma varia- 801.2.8.3 — Locais com risco de incêndio (BE2).
ção gradual da iluminação entre o interior e o exterior do Os parques de estacionamentos cobertos devem ser
parque, por forma a favorecer a adaptação visual das pes- considerados como locais com risco de incêndio (BE2).
soas. 801.2.8.4 — Locais sujeitos a impactos fortes (AG3).
801.2.8.2 — Iluminação de segurança. Nos parques de estacionamentos cobertos, as instala-
Os parques de estacionamento cobertos devem ser ções eléctricas (incluindo os equipamentos) estabelecidas
dotados de iluminação de segurança, satisfazendo às re- à vista a menos a 2 m do piso devem satisfazer às condi-
gras indicadas nas secções 801.2.8.2.1 a 801.2.8.2.3. ções de influências externas AG3.
Para os pequenos parques de estacionamento cobertos, 801.2.9 — Estabelecimentos de culto.
a iluminação de segurança pode ser garantida por blocos 801.2.9.0 — Determinação da lotação.
autónomos. Para efeitos de aplicação da regra indicada na secção
Para os grandes parques de estacionamento cobertos, 801.2.0 devem observar-se as regras indicadas nas secções
a iluminação de segurança deve ser garantida por fonte
801.2.9.0.1 e 801.2.9.0.2.
central.
801.2.9.0.1 — A lotação dos estabelecimentos de culto
801.2.8.2.1 — Iluminação de circulação.
deve ser determinada a partir do somatório do número de
Os parques de estacionamento cobertos devem ser
ocupantes potenciais de todos os espaços susceptíveis
dotados de iluminação de circulação, que deve satisfazer
de ocupação nos edifícios.
às condições seguintes:
801.2.9.0.2 — O número de ocupantes a considerar em
a) Os aparelhos de iluminação devem ser instalados ao cada local deve ser igual ao produto da área interior des-
longo das passadeiras de circulação de peões, em cada se local pelo índice de ocupação determinado, em função
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do tipo de estabelecimento, de acordo com os critérios 801.2.9.1 — Locais com risco de incêndio (BE2).
seguintes: Em estabelecimentos de culto devem ser considerados
a) Estabelecimentos com lugares sentados: como locais com risco de incêndio, nomeadamente, os se-
guintes:
— Zonas reservadas a lugares sentados individualiza-
dos: número de lugares; a) Museus;
— Zonas reservadas a lugares sentados não individu- b) Bibliotecas e locais de arquivo ou de armazenamen-
alizados: duas pessoas por metro de banco ou de bancada; to de papel;
c) Locais de reprografia, de impressão, de encaderna-
b) Estabelecimentos com lugares em pé: ção, etc.;
— Zonas reservadas a lugares em pé: duas pessoas por d) Locais de arquivos informáticos.
metro quadrado de área da zona destinada aos fiéis;
801.2.9.2 — Iluminação de segurança.
c) Estabelecimentos com lugares sentados e em pé: Nos estabelecimentos de culto devem, em função da
— Para este tipo de estabelecimentos aplicam-se, simul- categoria do estabelecimento recebendo público, ser utili-
taneamente, as regras indicadas nas alíneas a) e b). zados os tipos de iluminação de segurança seguintes:
Categoria do estabelecimento
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª
C C C C/D(1) D
(1) - Para os estabelecimentos situados no subsolo, a iluminação de segurança deve ser do
tipo C, podendo ser dispensada a iluminação de ambiente.
801.3.2.3 — As zonas 1 de locais de pintura ou de tra- tos de carburantes situados acima do solo ou, ainda, aos
balhos semelhantes devem ser iluminadas por meio de locais indicados para a zona 1, numa distancia de 7,50 m,
aparelhos de iluminação fixos que satisfaçam às Normas na horizontal, contada a partir dessas estações ou reser-
específicas para atmosferas explosivas ou através de pai- vatórios e até uma altura de 4,50 m acima do solo;
néis de vidro ou de outros materiais transparentes ou — As caves, fossas ou outras depressões situadas a
translúcidos. menos de 7,50 m de depósitos de carburantes não subter-
No caso de utilização de painéis, estes devem satisfa- râneos ou a menos de 7,50 m de depósitos subterrâneos
zer, simultaneamente, às condições seguintes: e abaixo do nível do topo superior destes ou a menos de
a) O painel deve isolar perfeitamente a zona 1 e ser de 7,50 m de qualquer estação de enchimento de carros-
material inquebrável ou convenientemente protegido, por -tanques ou vagões-cisternas;
forma a que a sua rotura seja pouco provável; — As garagens de armazenamento de carros-tanques ou
b) Os aparelhos de iluminação devem ser de tipo fixo; de vagões-cisternas, sem qualquer limitação de altura aci-
c) Os aparelhos de iluminação devem ser colocados por ma do solo.
forma a que a temperatura do painel não ultrapasse a tem-
peratura de inflamação dos detritos combustíveis que nele 801.3.4.1.2 — Em locais com reservatórios devem ser
se possam acumular. considerados como locais com risco de explosão (BE3) as
zonas seguintes:
801.3.2.4 — Os equipamentos eléctricos portáteis não a) Reservatórios de líquidos combustíveis (veja-se a
devem ser usados dentro de zonas 1 quando o equipa- figura 801A):
mento de pintura estiver em funcionamento, excepto se
satisfizerem às Normas específicas para atmosferas explo- • Zona 1:
sivas. — Interior do reservatório;
801.3.3 — Salas de electrólise ou de galvanostegia. — A zona circundante da válvula de respiro, até 1,50 m
801.3.3.1 — As salas de electrólise ou de galvanoste- em todas as direcções;
gia devem ser acessíveis apenas a pessoal qualificado
(BA5).
• Zona 2:
801.3.3.2 — As salas de electrólise ou de galvanoste-
gia devem ser consideradas como local de ambiente cor- — A zona exterior do reservatório, até 3 m ao lado e
rosivo (AF4). para cima;
801.3.3.3 — As salas de electrólise ou de galvanoste- — A zona da bacia dos tanques, quando exista, até à
gia, onde seja de recear a libertação de gases em quanti- altura do respectivo muro de retenção.
dade suficiente para originar misturas explosivas, devem
ser consideradas como locais com risco de explosão (BE3).
801.3.3.4 — Os locais onde se encontrem instalados, em
permanência, células de electrólise ou de galvanostegia
devem satisfazer ao indicado na secção 551.8, na parte
aplicável.
Na montagem das células ou tinas deve observar-se o
indicado na secção 551.8.
801.3.3.5 — Os dispositivos de comando ou de contro-
lo das instalações de electrólise ou de galvanostegia de-
vem ser montados, de preferência, fora das salas em que
se encontrem aquelas instalações.
801.3.4 — Instalações de manuseamento de combustíveis
líquidos ou gasosos
801.3.4.1 — Instalações de armazenamento, trasfega e
enchimento de combustíveis líquidos ou gasosos.
801.3.4.1.1 — Em locais de armazenamento de com-
bustíveis líquidos ou gasosos devem ser considerados
Fig. 801A — Zonas 1 (perigosa) e 2 (semi-perigosa)
como locais com risco de explosão (BE3) as zonas se- em reservatórios de líquidos combustíveis
guintes:
• Zona 1: b) Reservatórios de gases sob pressão, de densidade
— Os locais interiores contendo bombas para líquidos não superior a 0,9 (veja-se a figura 801B):
voláteis inflamáveis ou nos quais existam válvulas em • Zona 1:
canalizações para controlar o escoamento desses líquidos
sob pressão; — O interior do reservatório;
— Os locais interiores nos quais os líquidos voláteis
inflamáveis são transferidos para reservatórios amovíveis; • Zona 2:
— O tronco de cone de 40° de abertura e de diâmetro
• Zona 2:
da base menor igual ao diâmetro do reservatório ao nível
— Os locais exteriores adjacentes a estações de enchi- do fundo, acrescido de 10 m e em que a base maior fique
mento de carros-tanques e vagões-cisternas ou a depósi- a 5 m do topo do reservatório;
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Fig. 801B — Zonas 1 (perigosa) e 2 (semi-perigosa) em reservatórios de gases sob pressão de densidade não superior a 0,9
• Zona 2:
— O volume delimitado pelo espaço situado a menos
de 30 m, medidos na horizontal em redor do depósito (para
as instalações de ar propanado — IAP — esta distância
deve ser reduzida a 20 m) e com 0,50 m de altura;
— O volume delimitado pelo espaço situado a menos
de 15 m, medidos na horizontal, em redor do depósito, des-
de 0,50 m acima do solo até 7,50 m acima deste; no caso
de depósitos de altura superior a 7,5 m acima do solo, a
zona 2 deve ser acrescida do volume delimitado pela su-
perfície tronco-cónica com a base maior coincidente com
a área do volume atrás definido até aos 7,5 m de altura e
com a base menor de dimensões iguais às do depósito,
acrescidas de 5 m em todas as direcções.
Fig. 801F — Zonas 1 (perigosa) e 2 (semi-perigosa) em unidades 801.3.5.2 — As zonas adjacentes às zonas referidas na
de abastecimento de combustíveis, de altura não superior a 0,7 m alínea b) da secção 801.3.5.1 devem ser consideradas
como não perigosas, se seu piso estiver situado acima
da zona 1 ou for separada destas por paredes estanques
b) Unidades de abastecimento de gases de petróleo li- a gases.
quefeitos: 801.3.5.3 — Nas zonas não perigosas que estejam situa-
das por cima de zonas 1 ou de zonas 2, os equipamentos
• Zona 1:
instalados a menos de 3,50 m do piso e que contenham
— As zonas definidas na alínea a), para as unidades elementos que possam funcionar a temperaturas elevadas
de abastecimento de gasolinas e de gasóleo, acrescidas ou causar arcos ou faíscas devem satisfazer ao indicado
da área de abastecimento. na secção 801.3.4.1.6.
6682-(162) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
801.3.5.4 — Nas zonas consideradas como perigosas ou 801.4.1.3 — A disposição dos locais afectos a serviços
semi-perigosas não devem ser armazenadas baterias de técnicos deve ser tal que um acidente no seu interior não
acumuladores ou nelas ser feita a sua carga. possa causar obstáculos à evacuação das pessoas ou à
801.3.5.5 — Os equipamentos intercalados nas canaliza- prestação de socorros ou originar situações de perigo.
ções devem ser colocados a uma altura acima do pavimento 801.4.1.4 — Na construção dos locais afectos a servi-
superior a 1 m, devendo ser tomadas precauções para ços técnicos devem ser:
evitar que o movimento de veículos os possa danificar. a) Consideradas as solicitações resultantes do funcio-
801.3.6 — Hangares para aeronaves. namento dos equipamentos em condições normais ou anor-
801.3.6.1 — Em hangares para aeronaves devem ser mais previsíveis;
considerados como locais com risco de explosão (BE3) as b) Empregados materiais incombustíveis;
zonas seguintes: c) Observadas, na parte aplicável, as regras indicadas
a) Zonas 1: na regulamentação de segurança contra incêndios.
— As fossas ou depressões situadas abaixo do nível 801.4.1.5 — Os locais afectos a serviços técnicos devem
do piso; ser dotados de instalação de iluminação de segurança,
desde que integrados em locais em que a mesma seja exi-
b) Zonas 2: gível.
— As zonas compreendidas desde o piso até 0,5 m aci- 801.4.2 — Locais afectos a serviços eléctricos.
ma deste; Para além das regras indicadas na secção 801.4.2.1, aos
— As zonas compreendidas entre o piso e a superfí- locais afectos a serviços eléctricos devem ser aplicadas
cie passando a 1,5 m acima da superfície superior das as regras indicadas nas secções 801.4.2.1 a 801.4.2.7.
asas das aeronaves e distando horizontalmente de 1,5 m 801.4.2.1 — Os locais afectos a serviços eléctricos de-
dos motores e dos depósitos de combustíveis das ae- vem ser acessíveis apenas a pessoas qualificadas (BA5)
ronaves. ou a pessoas instruídas (BA4).
801.4.2.2 — Os locais afectos a serviços eléctricos de-
vem ser separados de outros locais acessíveis a pessoas
801.3.6.2 — As zonas adjacentes às referidas na alínea b)
que não sejam instruídas (não BA4) nem qualificadas (não
da secção 801.3.6.1 devem ser consideradas como zonas
BA5).
não perigosas se forem separadas destas por paredes es-
801.4.2.3 — Em locais afectos a serviços eléctricos po-
tanques a gases.
dem ser utilizados quaisquer dos tipos de canalizações
801.3.6.3 — Nas zonas não perigosas situadas por cima
considerados nas presentes Regras Técnicas.
de zonas 1 ou 2, as canalizações devem ser dos tipos 801.4.2.4 — Em locais afectos a serviços eléctricos é
permitidos para zonas 2 de locais com risco de explosão permitido o emprego de equipamentos com peças nuas em
(BE3). tensão.
Nestas zonas, os equipamentos situados a menos de 801.4.2.5 — Em locais afectos a serviços eléctricos é
3 m da superfície superior das asas, depósitos de combus- permitido o emprego de qualquer um dos quadros indica-
tível ou motores de aeronaves e que contenham elemen- dos na Norma EN 60439.
tos que possam funcionar a temperaturas elevadas ou 801.4.2.6 — Os locais afectos a serviços eléctricos de-
causar arcos ou faíscas devem satisfazer ao indicado na vem ser utilizados apenas para o fim a que expressamente
secção 801.3.4.1.5. se destinam, não sendo permitido o armazenamento, no
801.3.6.4 — Os aparelhos de iluminação portáteis que seu interior, de qualquer material que não seja necessário
possam ser usados dentro de hangares para aeronaves à manutenção ou à manobra dos equipamentos neles ins-
devem satisfazer às Normas específicas para atmosferas talados.
explosivas. 801.4.2.7 — Os locais afectos a serviços eléctricos não
801.3.6.5 — Os aparelhos amovíveis usados no interior devem ser atravessados por canalizações estranhas aos
de hangares para aeronaves devem ser dos tipos previs- mesmos.
tos para zonas 2 de locais com risco de explosão (BE3), 801.4.3 — Centrais de aquecimento ou de ar condicio-
excepto se forem construídos ou utilizados por forma a não nado.
terem partes activas a menos de 0,50 m do pavimento. Para além das regras indicadas na secção 801.4.1, às
Os aparelhos de carga ou de controlo de baterias de centrais de aquecimento ou de ar condicionado devem ser
acumuladores não devem ser instalados no interior de aplicadas as regras indicadas na secção 801.4.3.1.
zonas 1 ou de zonas 2. 801.4.3.1 — Junto à porta de entrada dos locais de cen-
801.4 — Locais afectos a serviços técnicos. trais de aquecimento ou de ar condicionado, e do lado de
801.4.1 — Regras gerais. fora dos mesmos, deve existir um dispositivo de corte de
801.4.1.1 — Os locais afectos a serviços técnicos devem emergência que desligue os equipamentos que, em caso
ser seleccionados por forma a que o acesso ao exterior de avaria, possam tornar-se perigosos.
seja fácil e, tanto quanto possível, independente, embora 801.5 — Locais de habitação.
deva ser garantido também o acesso pelo interior do edifí- 801.5.1 — Generalidades.
cio. Estas regras, que se aplicam às instalações eléctricas
801.4.1.2 — As paredes dos locais afectos a serviços (de utilização) estabelecidas em locais de habitação, não
técnicos confinantes com outros locais devem ter resis- se aplicam a:
tência e insonorização convenientes para que os efeitos a) Instalações eléctricas (de utilização) dos serviços
mecânicos ou acústicos resultantes da utilização dos equi- comuns, com excepção das instalações de segurança em
pamentos não se possam transmitir aos locais não afec- edifícios de altura superior a 28 m (veja-se 801.5.12);
tos a serviços técnicos. b) Instalações colectivas (veja-se 803).
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(163)
801.5.2 — Concepção das instalações eléctricas. 801.5.6.1 — Quando a instalação for alimentada por
801.5.2.1 — Quando, nas instalações dos locais de ha- uma rede de distribuição em baixa tensão e for protegi-
bitação, for utilizado o esquema TN, deve ser utilizado o da, na sua origem, por um disjuntor de entrada que in-
esquema TN-S e a protecção contra contactos indirectos clua a função diferencial, a resistência global de terra à
deve ser feita por meio de dispositivos diferenciais. Neste qual estão ligadas as massas da instalação deve ser in-
caso, o condutor neutro deve ser ligado à ligação equi- ferior a 100 Ω.
potencial principal a montante dos dispositivos diferen- Quando não for possível obter valores de resistência
ciais. de terra inferiores a 100 Ω, a instalação eléctrica deve ser
801.5.2.2 — Para o dimensionamento das instalações protegida por meio de dispositivos diferenciais de valor
estabelecidas em locais de habitação, não devem ser con- de corrente estipulada adequada ao valor da resistência
sideradas potências nominais inferiores às seguintes: de terra efectiva, tendo em conta as eventuais variações
• 3,45 kVA, em monofásico (15 A, em 230 V), em locais sazonais.
de um compartimento; 801.5.6.2 — Todos os circuitos devem ser dotados de
• 6,90 kVA, em monofásico (30 A, em 230 V), em locais condutor de protecção, ao qual devem ser ligados:
de dois a seis compartimentos; a) O terminal (ou barramento) de terra dos quadros da
• 10,35 kVA, em monofásico (45 A, em 230 V), em locais instalação;
com mais de seis compartimentos. b) Os contactos de terra das tomadas;
c) Os ligadores de massa dos aparelhos de utilização
No caso de instalações com receptores trifásicos, as alimentados directamente por meio de circuitos finais.
alimentações devem ser trifásicas e os valores mínimos das
potências a considerar no dimensionamento devem ser os 801.5.6.3 — Nos locais de habitação, não são permitidas
seguintes: as medidas de protecção contra os contactos indirectos
• 6,90 kVA, em trifásico (10 A, em 400 V), em locais até por recurso a locais não condutores (veja-se 413.3) e por
seis compartimentos; ligações equipotenciais não ligadas à terra (veja-se 413.4).
• 10,35 kVA, em trifásico (15 A, em 400 V), em locais com 801.5.6.4 — As tomadas a utilizar nos locais de habita-
mais de seis compartimentos. ção, quando forem de corrente estipulada não superior a
16 A, devem ser do tipo «tomadas com obturadores».
801.5.3 — Circuitos finais. Quando forem de corrente estipulada superior a 16 A,
Em locais de habitação, os circuitos finais devem, em devem ser dotadas de tampa e limitadas às estritamente
regra, ser monofásicos. necessárias às utilizações previstas.
Em locais de habitação, cada circuito final não deve, em 801.5.7 — Comando e seccionamento.
regra, alimentar mais do que oito pontos de utilização. Para O dispositivo geral de comando e protecção instalado
efeitos da contagem do número de pontos de utilização na origem da instalação pode garantir as funções de cor-
por circuito, duas (ou mais) tomadas de 16 A agrupadas te de emergência previstas na secção 464, se estiver loca-
num mesmo aparelho, são consideradas como um único lizado no interior da habitação.
ponto de utilização. 801.5.8 — Secção dos condutores.
Os aparelhos fixos de climatização ambiente devem ser As secções dos condutores dos circuitos das instala-
repartidos por circuitos finais distintos dos de outras uti- ções de locais de habitação devem ser determinadas em
lizações, por forma a que cada circuito alimente, no máxi- função das potências previsíveis, com os valores mínimos
mo, cinco aparelhos. indicados no quadro seguinte:
801.5.4 — Protecção contra os efeitos térmicos em ser-
viço normal. Secções mínimas dos condutores dos circuitos
801.5.4.1 — Protecção contra o incêndio. em locais de habitação
Em locais de habitação, a protecção contra os riscos Secção
Natureza dos circuitos
de incêndio pode ser garantida pelos dispositivos diferen- (mm2)
ciais usados na protecção contra os contactos indirectos, Iluminação 1,5
desde que estes tenham uma corrente diferencial estipula- Tomadas 2,5
da IΔn ≤ 0,5 A.
Termoacumuladores 2,5
801.5.5 — Natureza dos dispositivos de corte, comando
e protecção. Máquinas de lavar e de secar roupa ou de lavar loiça 2,5
801.5.5.1 — Dispositivos que garantem, simultaneamen- Fogões 4
te, a protecção contra as sobrecargas e contra os curtos- Climatização ambiente 2,5
-circuitos.
Nos locais de habitação, os dispositivos de protecção
contra as sobreintensidades devem ser do tipo disjuntor. Nos locais de habitação, é permitida a utilização de
Exceptuam-se os casos de canalizações que alimentem condutores de 1,5 mm2 de secção para alimentação de to-
outros quadros ou um único aparelho de utilização de madas ligadas a circuitos de iluminação, desde que sejam
potência elevada, em que podem ser usados fusíveis para verificadas, simultaneamente, as condições seguintes:
fazer a sua protecção. Podem também ser usados fusíveis a) as tomadas sejam comandadas por um dispositivo
na protecção de equipamentos de sinalização e de medi- de comando independente (ou pelo mesmo aparelho de
ção. comando da iluminação fixa do mesmo compartimento);
801.5.5.2 — Dispositivos de seccionamento. b) exista, no compartimento onde essas tomadas forem
801.5.6 — Aplicação das medidas de protecção contra instaladas, instalação fixa, distinta, para climatização am-
os contactos indirectos. biente.
6682-(164) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
801.5.9 — Dispositivos de protecção contra os contac- rantir a visibilidade dos indicativos de segurança nelas
tos indirectos por corte automático da alimentação. existentes.
Em todas as partes de uma instalação a que tenha sido 801.5.12.4 — Os aparelhos da iluminação de segurança
aplicada a medida de protecção contra contactos indirec- podem ser do tipo blocos autónomos ou serem alimenta-
tos por corte automático da alimentação, os dispositivos dos por uma fonte central de segurança.
de corte automático devem, independentemente do esque- 801.6 — Instalações diversas.
ma de ligações à terra da instalação, ser diferenciais. 801.6.1 — Instalações de balneoterapia.
Para cumprimento desta regra, esta protecção pode, em Os equipamentos eléctricos das instalações de balneo-
função do tipo do disjuntor de entrada, ser garantida por terapia devem ser instalados segundo as regras indicadas
um dos meios seguintes: nas secções:
a) Disjuntor de entrada com protecção diferencial — a) 701, para as instalações eléctricas dos volumes 0 e
neste caso, a protecção contra os contactos indirectos 1 das casas de banho, para as instalações individuais;
pode ser garantida apenas por este dispositivo; b) 702, para as instalações eléctricas dos volumes 0 e
b) Disjuntor de entrada sem protecção diferencial — 1 das piscinas, para as instalações colectivas.
neste caso, a protecção contra os contactos indirectos
deve ser garantida, para todos os circuitos (individualmente 801.6.2 — Equipamento de aquecimento eléctrico.
ou por grupos) e a parte da instalação compreendida en- 801.6.2.1 — Cabos de aquecimento embebidos nos ele-
tre o disjuntor de entrada e os dispositivos diferenciais mentos da construção.
deve ser da classe II de isolamento. 801.6.2.1.1 — Os cabos de aquecimento eléctrico com
condutores isolados dotados de bainha, armadura ou ou-
801.5.10 — Dispositivos de protecção contra as sobre- tros revestimentos metálicos, ligados à terra devem ser
tensões. protegidos por meio de dispositivos diferenciais de cor-
Quando a instalação for alimentada a partir de uma rede rente diferencial estipulada não superior a 500 mA.
aérea de distribuição de energia eléctrica em baixa tensão 801.6.2.1.2 — Os cabos de aquecimento eléctrico com
(em condutores nus ou «torçadas»), recomenda-se que condutores isolados não dotados de bainha, armadura ou
seja prevista, na origem da instalação, protecção contra outros revestimentos, metálicos devem ser protegidos por
as sobretensões de origem atmosférica. meio de dispositivos diferenciais de corrente diferencial
801.5.11 — Conjuntos de aparelhagem (quadros). estipulada não superior a 30 mA.
Os quadros devem ser instalados em locais adequados 801.6.2.1.3 — Para as instalações realizadas segundo o
e de fácil acesso, por forma a que os aparelhos neles esquema IT, a impedância do controlador permanente de
montados fiquem, em relação ao pavimento, em posição isolamento (CPI) e as características dos dispositivos di-
facilmente acessível. ferenciais devem ser seleccionadas por forma a garantir o
801.5.12 — Instalações de segurança em edifícios de al- corte ao primeiro defeito (defeito à massa ou à terra).
tura superior a 28 m. 801.6.2.1.4 — As bainhas, as armaduras e os outros re-
Em edifícios de habitação de altura superior a 28 m vestimentos, metálicos dos cabos de aquecimento devem
devem ser previstas, nas zonas comuns, instalações de ser ligados, nas duas extremidades, ao condutor de pro-
segurança, independentemente do número de pessoas que tecção do circuito de alimentação.
no mesmo possam permanecer ou circular, as quais devem 801.6.2.1.5 — É permitida a utilização de condutores nus
satisfazer às regras indicadas nas secções 801.5.12.1 a (ou insuficientemente isolados) embebidos nos elementos
801.5.12.4. da construção para aquecimento ambiente desde que a
801.5.12.1 — Os edifícios devem dispor de fontes de fonte de alimentação seja TRS (veja-se 411.1.2) e que a
alimentação de segurança destinadas a garantir o funcio- tensão mais elevada entre partes activas ou entre estas e
namento de instalações cuja operacionalidade importa a terra não seja superior a 20 V, em corrente alternada ou
manter em caso de falta de energia da rede de abasteci- a 36 V, em corrente contínua.
mento (pública) de energia eléctrica, para facilitar a eva- 801.6.2.2 — Outros elementos de aquecimento embebi-
cuação dos seus ocupantes e a intervenção dos bombei- dos nos elementos da construção.
ros, nomeadamente: Os circuitos de alimentação de outros elementos de
aquecimento embebidos nos elementos da construção
a) A instalação da iluminação de segurança dos cami-
devem satisfazer a uma das condições seguintes:
nhos de evacuação;
b) A instalação de ventilação mecânica para desenfu- a) Serem alimentados em TRS e satisfazer às regras
magem dos caminhos de evacuação; indicadas na secção 411.1;
c) A instalação de alerta do encarregado de segurança b) Serem protegidos por meio de dispositivos diferen-
e de alarme dos residentes, em caso de incêndio. ciais de corrente estipulada não superior a 30 mA (veja-se
531.2.6).
801.5.12.2 — Nos caminhos de evacuação devem ser
instalados aparelhos de iluminação de segurança por for- 801.6.2.3 — Cabos de aquecimento de tubagens.
ma a facilitar a evacuação das pessoas e a intervenção dos Os cabos de aquecimento colocados em volta das tu-
bombeiros. Esses aparelhos de iluminação devem entrar bagens de fluídos devem ser protegidos por meio de dis-
automaticamente em serviço em caso de interrupção da positivos diferenciais de corrente estipulada não superior
alimentação normal do edifício. a 30 mA (veja-se 531.2.6).
801.5.12.3 — O número e a localização dos aparelhos 801.6.2.4 — Convectores e termoventiladores.
da iluminação de segurança devem ser escolhidos ten- 801.6.2.4.1 — Os convectores e os termoventiladores não
do em conta as configurações das comunicações hori- devem ser instalados em nichos, em caixas ou semelhantes,
zontais comuns e das escadas e a necessidade de ga- construídos ou revestidos de materiais combustíveis.
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(165)
801.6.2.4.2 — Os convectores e os termoventiladores material incombustível ou, quando for interposto um antepa-
devem ser instalados por forma a que entre eles e qual- ro de material não combustível e bom condutor do calor, a
quer objecto ou a parte do edifício, que sejam combustí- uma distância não inferior a 1 cm, quer do convector ou do
veis, não exista uma distância inferior a 8 cm. termoventilador, quer do objecto ou da parte combustível.
Esta distância pode ser reduzida se o objecto ou a parte 801.6.3 — Aparelhos de elevação e de movimentação de
do edifício, que sejam combustíveis, estiverem revestidos de cargas.
ANEXO I
(ºC) (ºC)
Etanal (aldeído acético) Inferior a -20 140
Propanona (acetona) -19 540
Acetileno (Gás) 305
Etano (Gás) 515
Éter etílico Inferior a -20 170
Etanol (álcool etílico) 12 425
Etano (etileno) (Gás) 425
1-2 Butanodiol (etil glicol) 40 235
Amoníaco (Gás) 630
Gasolina com início de ebulição inferior a Inferior a 21 220 a 300
135 ºC
Gasolina com início de ebulição superior a Superior a 21 220 a 300
135 ºC
Benzeno (puro) -11 555
n-Butano (Gás) 365
Fuelóleo Superior a 65 220 a 300
Gasóleo Superior a 65 220 a 300
n-Hexano Inferior a -20 240
Óxido de carbono (Gás) 605
Metano (Gás) 650
Metanol (álcool metílico) 11 455
Propano (Gás) 470
Sulfureto de carbono Inferior a -20 102
Ácido sulfídrico (Gás) 270
Gás de cidade (Gás) 560
Metilbenzeno (tolueno) 6 535
Hidrogénio (Gás) 560
3 — Substâncias explosivas.
Temperatura de
Substância ignição
(ºC)
Clorato de amónio 130
Tetrazeno 133 a 137
Fulminato de mercúrio 150 a 165
Tetril 185 a 195
Nitrocelulose 195 a 205
Nitroglicerina 200 a 205
Tetranitrato de pentaeritrite (TNPE) 200 a 205
Nitroglicol 215 a 220
Trinitrorresorcina 220 a 225
Hexogénio 230
Estifnato de chumbo 275 a 280
Trinitrotolueno (TNT) 295 a 300
Ácido pícrico 300 a 310
Perclorato de amónio 305 a 310
Nitreto de chumbo 320 a 360
Dinitrotolueno (DNT) 330
Trinitronaftaleno 350 a 355
6682-(168) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
ANEXO II
1 - Suporte do doente
da não superior a 32 A devem ser protegidos por disposi- relação a qualquer elemento ligado à ligação equipoten-
tivos de IΔn ≤ 30 mA. cial suplementar. Esta indicação deve ser luminosa e visí-
5 — Medida P5 — Esquema IT médico. vel das salas cuja instalação controlam.
5.1 — A alimentação de energia eléctrica nas salas de O CPI deve ter as características seguintes:
operações, nas salas de anestesia anexas e nas salas de a) Impedância interna de valor não inferior a 100 kΩ;
cateterismo cardíaco, deve ser feita por meio de um ou b) Tensão de controlo não superior a 25 V, em corrente
mais transformadores de separação (veja-se 552), com ex- contínua;
cepção das alimentações dos equipamentos indicados nas c) Corrente de controlo não superior a 1 mA (no caso
alíneas d) e e) da secção 801.2.4.2.2. Deve, ainda, ser ga- de um defeito à terra exterior ao CPI);
rantido que todos os equipamentos a utilizar em cada d) Limiar de funcionamento do CPI regulado para um
doente sejam alimentados pelo mesmo transformador. Es- valor superior a 50 kΩ.
tes transformadores não devem ser utilizados para outras
alimentações. 6 — Medida P6 — Separação eléctrica individual.
5.2 — A protecção dos transformadores de separação Quando for utilizada a medida de protecção por sepa-
por dispositivos que provoquem o corte da alimentação ração eléctrica, o transformador deve ser apropriado a este
deve limitar-se à protecção contra curtos-circuitos. tipo de instalação e alimentar um único aparelho de utili-
As sobrecargas devem ser sinalizadas por meio de dis- zação (veja-se 413.5.2).
positivos monitores da intensidade de corrente e por sen- A tensão estipulada do circuito secundário do trans-
sores de temperatura do transformador. formador não deve ser superior a 250 V.
5.3 — Os circuitos secundários dos transformadores de 7 — Medida P7 — Tensão reduzida de segurança médica.
separação não devem ter qualquer ponto comum com o Quando for utilizada a medida de protecção por tensão
circuito primário nem com nenhum outro ponto ligado à reduzida de segurança (veja-se 411.1), a fonte de seguran-
terra. Esta regra não impede a instalação do controlador ça deve ser um transformador apropriado a este tipo de
permanente de isolamento, indicado na secção 5.4 do pre- instalação.
sente Anexo. A tensão nominal do circuito secundário do transfor-
5.4 — Deve ser instalado um controlador permanente de mador não deve ser superior a 25 V, em corrente alterna-
isolamento — CPI (veja-se 531.3) que indique, automati- da (ou, no caso de rectificação, a 60 V, em corrente con-
camente, qualquer defeito de isolamento da instalação em tínua lisa).
ANEXO IV
Guia para a selecção das medidas de protecção nos locais de uso médico com riscos particulares
(veja-se a secção 801.2.4.2.2)
1. Sala de reanimação A A
2. Sala de banho assistido A A
3. Sala de partos A A A
4. Sala de partos distócitos O A O
5. Sala de EEG, ECG e EMG A A
6. Sala de endoscopia A A A
7. Sala de exames ou de tratamentos A A
8. Sala de trabalho de enfermagem A A
9. Sala de esterilização A A
10. Sala de urologia A A
11. Sala de radiodiagnóstico A A
12. Sala de radioterapia A
13. Sala de hidroterapia A A A
14. Sala de electroterapia A A
15. Sala de anestesia A A A
16. Sala de operações O A O A
17. Sala de gessos A A
18. Sala de recobro A A A
19. Sala de operações da cirurgia do ambulatório O A O A
20. Sala de pequena cirurgia A A A
21. Sala de cateterismo cardíaco (procedimento intracardíaco) O A O A
22. Sala de cuidados intensivos O A O A
23. Sala de angiografia O A O A
24. Sala de hemodiálise A A A
25. Sala de tomografia axial (TAC) C A C A
26. Sala de ressonância magnética C A C A
A - Esta medida pode ser aplicada neste local;
O - Esta medida é obrigatória neste local;
C- Esta medida é obrigatória neste local, se houver procedimento intracardíaco.
Designação das medidas (veja-se o Anexo III):
x P3 - Limitação da tensão de contacto;
x P4 - Utilização de dispositivos diferenciais de alta sensibilidade;
x P5 - Esquema IT médico;
x P6 - Separação eléctrica individual;
x P7 - Tensão reduzida de segurança médica.
As medida P1 (Protecção por corte automático da alimentação) e P2 (Ligação equipotencial suplementar) são obrigatórias em todos estes locais.
6682-(170) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
ANEXO V
Zonas de risco nas salas de operações e nas salas de anestesia nos locais de uso médico
1 — Insuflação de ar.
2 — Suspensão com alimentação eléctrica, distribuição de gases, de vácuo e de aspiração, para os aparelhos de electromedicina.
3 — Iluminação operatória.
4 — Aparelho de electromedicina.
5 — Mesa de operação ou suporte do doente.
6 — Pedal.
7 — Zona de risco.
8 — Aparelho de anestesia.
9 — Sistema de extracção dos gases de anestesia.
10 — Extracção.
11 — Parte não protegida e susceptível de ser deteriorada.
romper a alimentação de um transformador, de um ondula- (Ponta de) saída (do circuito do reclame luminoso).
dor ou de um conversor ou, que, de qualquer outra for- Parte do dispositivo entre os terminais de saída do
ma, é capaz de interromper a tensão secundária. secundário do transformador, do ondulador ou do conver-
Dispositivo intermitente. sor e o reclame luminoso, incluindo este.
Dispositivo destinado à comutação automática de um Sensor.
ou de mais circuitos de tubos de descarga e que os colo- Parte de um dispositivo de protecção que detecta a
ca, alternadamente e de uma forma contínua, nas posições presença de uma corrente de defeito no secundário ou
de ligado e de desligado. uma interrupção nesse circuito e que emite um sinal des-
Dispositivo de protecção contra correntes de defeito tinado a provocar a actuação de um dispositivo de corte
à terra. automático, em caso de defeito.
Dispositivo destinado a interromper, no caso de ocor- Tensão no secundário em vazio estipulada (de um
rência de um curto-circuito entre quaisquer partes do cir- transformador).
cuito secundário de alta tensão e a terra, a tensão de saída Valor máximo da tensão estipulada aos terminais do
de um transformador, de um ondulador ou de um conver- secundário de um transformador alimentado à tensão pri-
sor. mária estipulada e à frequência estipulada e sem qualquer
Dispositivo de protecção contra interrupções no cir- carga ligada no secundário.
cuito. Transformador.
Dispositivo destinado a interromper, no caso de ocor- Equipamento destinado a converter uma dada tensão
rência de uma interrupção no circuito de saída de alta alternada de alimentação, a uma dada frequência, numa
outra tensão alternada com a mesma frequência.
tensão, a tensão de saída de um transformador, de um
Tubo (luminoso) de descarga (ou reclame luminoso).
ondulador ou de um conversor.
Qualquer tubo (ou outro dispositivo equivalente) cons-
Instalador.
truído em material translúcido hermeticamente fechado e
Pessoa com qualificação adequada a este tipo de insta-
concebido para a emissão da luz a partir da passagem da
lações e que assume a responsabilidade pela instalação e
corrente eléctrica através de um gás (ou de um vapor) nele
pela verificação de tubos de descarga.
contido.
Linha de fuga. 802.2.1 — Generalidades.
Menor distância entre duas partes condutoras ou entre 802.2.1.1 — Vizinhança.
uma parte condutora e a superfície limite da instalação, Quando, na vizinhança dos reclames luminosos estive-
medida ao longo da superfície do material isolante. rem localizadas:
Locais exteriores.
Locais sob a acção da intempérie e onde o reclame lu- a) Linhas aéreas de telecomunicações;
minoso ou os seus componentes estão colocados. b) Antenas de recepção ou de emissão de radiodifusão;
Locais húmidos ou molhados. c) Antenas de recepção ou de emissão de televisão,
Locais ou compartimentos onde a segurança da insta- deve ser interposta, entre os reclames luminosos e essas
lação do reclame luminoso pode ser afectada pela humi- linhas ou antenas, uma grelha metálica ligada à terra da
dade, pela condensação, por agentes químicos ou por in- instalação nas condições indicadas na secção 802.2.2 da
fluências externas similares. presente parte das Regras Técnicas.
Locais secos.
Locais ou compartimentos onde, em circunstâncias nor- 802.2.1.2 — Fixação.
mais, não ocorre condensação ou em que o ar não está É proibida a utilização de condutores eléctricos como
saturado de humidade. meio de fixação dos reclames luminosos.
802.2.1.3 — Orifícios de drenagem.
Manga de isolamento.
Devem ser tomadas medidas que permitam a drenagem
Peça isolante destinada a ser colocada sobre as liga-
das condensações que possam ocorrer no interior dos
ções nuas de alta tensão dos tubos de descarga ou so-
invólucros dos reclames luminosos instalados no exterior.
bre as terminações dos cabos alimentadores (vejam-se as
Os orifícios de drenagem ou as aberturas similares com
figura 2 e 4 da secção 802.2.8).
a mesma finalidade devem ter dimensões suficientes para
Ondulador. garantirem que não possam ficar bloqueados por detritos
Equipamento destinado a converter uma dada tensão susceptíveis de se acumularem, entre operações de manu-
contínua de alimentação numa tensão alternada a uma tenção.
dada frequência. 802.2.1.4 — Alimentação de energia eléctrica.
Pequenos reclames luminosos portáteis. A alimentação de energia eléctrica das instalações dos
Reclames luminosos que possam ser facilmente deslo- reclames luminosos deve satisfazer às regras indicadas nas
cados de um local para outro, fornecidos com transforma- presentes Regras Técnicas.
dor, ondulador ou conversor e com cabo alimentador fle- 802.2.2 — Invólucros e protecção das partes activas.
xível, dotado de ficha. 802.2.2.1 — As ligações da parte de alta tensão dos
Estes reclames luminosos destinam-se a serem instala- reclames luminosos devem ser protegidas por meio de
dos e ligados pelo consumidor a uma tomada da sua ins- mangas de isolamento nas condições indicadas na sec-
talação eléctrica. ção 802.2.5.
(Ponta de) entrada (do circuito de baixa tensão). 802.2.2.2 — As ligações de alta tensão que estejam si-
Parte do dispositivo entre o ponto de alimentação e os tuadas no volume de acessibilidade devem ser protegidas
terminais de entrada do transformador, do ondulador ou por meio das medidas adicionais indicadas na sec-
do conversor. ção 802.2.2.4.
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(173)
802.2.2.3 — As ligações de alta tensão que estejam si- c) Para equipamentos que funcionem a frequências su-
tuadas fora do volume de acessibilidade devem ser prote- periores a 1 kHz, quer sejam instalados em locais secos,
gidas por meio das medidas adicionais indicadas nas sec- húmidos ou molhados:
ções 802.2.2.4 e 802.2.2.5.
— Valor mínimo da linha de fuga: l = 12 + 6U;
802.2.2.4 — A protecção adicional referida na secção
— Valor mínimo das distâncias no ar: d = 9 + 4,5U;
802.2.2.2 deve ser conferida por meio de invólucros ou por
outros meios equivalentes, que satisfaçam, simultaneamen-
te, às regras seguintes: em que:
b) Condutores com a alma condutora de cobre (uni ou ondulador ou do conversor, devem estar previstos para
multifilar) de secção não inferior a 1,5 mm2 e fazendo par- funcionarem correctamente para quaisquer temperaturas
te integrante do cabo de alta tensão, desde que os cabos situadas dentro dos limites de temperatura susceptíveis
sejam dotados de bainha e que estes condutores estejam de ocorrer no interior desse invólucro; o instalador do
protegidos por essa bainha; reclame luminoso deve obter do fabricante do transfor-
c) Blindagens dos cabos de alta tensão, desde que a mador, do ondulador ou do conversor, as informações
secção total dos fios dessas blindagens não seja inferi- necessárias para confirmar que a temperatura máxima de
or a 1,5 mm2 e que as ligações à blindagem sejam feitas funcionamento do sensor ou do dispositivo de corte au-
torcendo os seus fios, de modo a formarem um compri- tomático não é excedida quando o transformador, o on-
mento suficiente (sem emendas) para a sua ligação aos dulador ou o conversor estiverem a funcionar à sua tem-
terminais de terra; são proibidas as ligações à blindagem, peratura máxima ambiente e em condições não normais
feitas por meio de braçadeiras colocadas à volta dessa especificadas;
blindagem. c) A corrente estipulada de funcionamento do disposi-
tivo de protecção deve ser inferior à corrente de defeito à
802.2.3.2 — Protecção contra as correntes de defeito à terra do transformador, do ondulador ou do conversor a
terra e contra as interrupções do circuito. serem protegidos, medida com a gama de tensões estipu-
802.2.3.2.1 — As regras relativas aos dispositivos de ladas e com um curto-circuito à terra, mas não deve ser
protecção contra as correntes de defeito à terra são as superior a 25 mA;
indicadas nas secções 802.2.3.2.2 a 802.2.3.2.5. d) O tempo de funcionamento do dispositivo de protec-
As regras relativas aos dispositivos de protecção con- ção, quando percorrido pela corrente estipulada, não deve
tra as interrupções do circuito são as indicadas nas sec- ser superior a 200 ms;
ções 802.2.3.2.6 a 802.2.3.2.9. e) A tensão aos terminais da parte do sensor que de-
As regras indicadas nas secções 802.2.3.2.10 a tecta a corrente de defeito à terra não deve ser superior a
802.2.3.2.15 são regras comuns aos dois dispositivos de 50 V; o instalador do reclame luminoso deve obter do fa-
protecção. bricante do dispositivo de protecção as informações ne-
802.2.3.2.2 — Os circuitos de alta tensão, alimentados a cessárias para garantir que o referido valor da tensão de
partir de transformadores, onduladores ou conversores 50 V não é excedido com o dispositivo de corte automáti-
devem ser protegidos por meio de dispositivos de protec- co aberto e com o maior dos valores da corrente de defei-
ção contra correntes de defeito à terra, nas condições to à terra previsíveis;
indicadas nas secções 802.2.3.2.3 e 803.2.3.2.4. f) Devem ser previstos meios que facilitem a manuten-
O instalador deve comprovar que o dispositivo de pro- ção; esses meios devem apenas ser acessíveis com o au-
tecção contra as correntes de defeito à terra possui um xílio de uma ferramenta e devem ser automaticamente tor-
certificado de conformidade com as regras indicadas na nados inoperantes quando a tensão aplicada ao
secção 802.2.3.2.5 emitido pelo seu fabricante. dispositivo de protecção for interrompida e de seguida
802.2.3.2.3 — Em caso de ocorrência de um contacto religada; o instalador deve garantir a existência, na ins-
acidental entre o circuito de alta tensão e a terra, o dispo- talação do reclame luminoso, de procedimentos escritos
sitivo de protecção contra correntes de defeito à terra deve adequados, fornecidos pelo fabricante do dispositivo de
desligar um dos pontos seguintes: protecção;
a) A entrada da alimentação da instalação do reclame g) O instalador deve comprovar que o fabricante do
luminoso (do lado da baixa tensão); dispositivo de protecção realizou ensaios de acordo com
b) A alimentação da saída (do lado da alta tensão). as regras indicadas na secção 802.2.11.
Se a entrada da alimentação da instalação do reclame 802.2.3.2.6 — Quando as condições indicadas nas sec-
luminoso (do lado da baixa tensão) for monofásica, o dis- ções 802.2.2.4 e 802.2.2.5 o exigirem, os circuitos de alta
positivo deve interromper o condutor de fase. tensão, alimentados a partir de transformadores, ondula-
802.2.3.2.4 — A detecção das correntes de defeito à terra dores ou conversores devem ser protegidos por meio de
deve ser feita por meio de um ou mais sensores ligados dispositivos de protecção contra as interrupções do cir-
no circuito de saída ou por outros meios equivalentes. cuito, nas condições indicadas nas secções 802.2.3.2.7 e
Estes dispositivos devem actuar dispositivos mecânicos de 803.2.3.2.8.
corte, que desliguem os circuitos num dos pontos indica- O instalador deve comprovar que o dispositivo de pro-
dos nas alíneas a) e b) da secção 802.2.3.2.3. tecção contra as interrupções do circuito possui um certi-
802.2.3.2.5 — O dispositivo de protecção contra corren- ficado de conformidade com as regras indicadas na sec-
tes de defeito à terra deve satisfazer, simultaneamente, as ção 802.2.3.2.9 emitido pelo seu fabricante.
regras seguintes: 802.2.3.2.7 — Em caso de interrupção do circuito de alta
tensão, o dispositivo de protecção contra as interrupções
a) Se o sensor ou o dispositivo de protecção que in-
do circuito deve desligar um dos pontos seguintes:
terrompe a corrente de saída não forem montados dentro
do invólucro do transformador, do ondulador ou do con- a) A entrada da alimentação da instalação do reclame
versor, devem estar previstos para funcionarem correcta- luminoso (do lado da baixa tensão);
mente para quaisquer temperaturas situadas entre - 25°C b) A alimentação da saída (do lado da alta tensão).
e + 65°C;
b) Se qualquer parte do sensor ou o dispositivo de Se a entrada da alimentação da instalação do reclame
corte automático que interrompe a corrente de saída fo- luminoso (do lado da baixa tensão) for monofásica, o dis-
rem montados dentro do invólucro do transformador, do positivo deve interromper o condutor de fase.
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(175)
802.2.4.1.2 — Os transformadores elevadores devem ter 802.2.4.2.5 — Os comprimentos dos cabos que ligam os
códigos IP e IK não inferiores aos seguintes: terminais de alta tensão dos onduladores ou dos conver-
sores aos tubos de descarga não devem ser superiores aos
a) IP 20 e IK 03, quando colocados no interior;
indicados pelos fabricantes desses onduladores ou des-
b) IP 44 e IK 08, quando colocados no exterior;
ses conversores.
802.2.4.3 — Acessórios para reclames luminosos.
802.2.4.1.3 — Os transformadores elevadores utilizados
Os acessórios usados nas instalações de reclames lu-
na alimentação dos reclames luminosos devem:
minosos (como, por exemplo, as bobinas, as resistências
a) Ser instalados em locais de fácil e seguro acesso para e os condensadores) que funcionem em alta tensão de-
efeitos de manutenção; vem ser protegidos contra os contactos directos através
b) Estar fora do alcance, sem meios especiais, das pes- da sua colocação no interior de invólucros, de acordo com
soas comuns (BA1), por forma a que o acesso às suas as regras indicadas na secção 802.2.2.
partes activas só seja possível após o corte da alimenta- 802.2.5 — Mangas de isolamento.
ção na baixa tensão do transformador, por meio de um As mangas de isolamento, usadas na protecção dos
dispositivo de corte que interrompa todos os condutores eléctrodos e das ligações, devem ser feitas num dos ma-
activos e que satisfaça às regras indicadas na sec- teriais seguintes:
ção 536.3.
a) Em vidro, com uma espessura mínima de 1 mm;
b) Em borracha de silicone com elevado ponto de gota,
O corte da alimentação pode ser dispensado se as par-
com uma dureza Shore de 50 ± 5, com uma espessura mí-
tes activas de alta tensão do transformador só puderem
nima de 1 mm e com uma temperatura de utilização não
ser acessíveis por meio da destruição do respectivo isola-
inferior a 180ºC;
mento e se os condutores de saída forem indesmontáveis
c) Em material com características de isolamento, de re-
e possuírem um isolamento contínuo até aos primeiros
sistência às radiações ultravioleta, ao ozono e ao calor não
eléctrodos dos tubos de descarga. Neste caso, apenas é
inferiores às indicadas para a borracha de silicone na alí-
obrigatória a existência de um dispositivo de corte que
nea b).
esteja colocado na proximidade imediata dos reclames lu-
minosos e que satisfaça às regras indicadas na sec-
802.2.6 — Aparelhagem.
ção 802.2.6.
802.2.6.1 — As instalações de reclames luminosos de-
802.2.4.1.4 — Quando forem utilizados transformadores
vem ser estabelecidas (no todo ou em parte) por forma a
individuais, em que as medidas indicadas na secção
que seja possível interromper, por meio de uma única
802.2.4.1.3 tenham sido previstas por construção, não é
manobra e actuando sobre um dispositivo de corte de
necessário realizar, localmente, essas medidas.
emergência, todos os condutores activos do circuito de
802.2.4.1.5 — Para a inspecção e a manutenção previs-
alimentação em baixa tensão do transformador elevador do
tas na secção 802.2.11, os transformadores elevadores e
ondulador ou do conversor.
as reactâncias devem ser instalados em locais de acesso
Este dispositivo de corte, que pode ser comandado à
fácil, seguro e directo, a partir da via pública ou de locais
distância, deve:
de utilização comum.
802.2.4.2 — Onduladores e conversores. a) Ter uma inscrição que permita a identificação clara
802.2.4.2.1 — O instalador deve garantir que os ondu- da sua função;
ladores e os conversores são adequados para a aplicação b) Permitir a visualização directa da posição dos seus
a que se destinam, nomeadamente no que respeita a: contactos ou possuir uma indicação clara dessa posi-
ção;
a) Tensão de alimentação ou limites de tensão; c) Ser colocado em local de onde sejam visíveis os re-
b) Corrente de entrada ou potência de entrada; clames luminosos ou, quando estes não forem visíveis,
c) Frequências de entrada e de saída; deve ser dotado de um dispositivo de encravamento, que
d) Tensão estipulada de saída em vazio, incluindo as permita a sua imobilização na posição de aberto;
respectivas tolerâncias; d) Ser instalado num ponto permanentemente acessível
e) Corrente estipulada de saída e os seus limites; (por exemplo, próximo da porta de acesso ou do quadro
f) Ligações à terra do circuito de saída. de comando da instalação), quando os reclames lumino-
sos forem instaladas no interior dos edifícios;
802.2.4.2.2 — Os onduladores e os conversores, quan- e) Ser instalado num ponto permanentemente acessível
do alimentados à tensão e à frequência nominais, devem do exterior, quando os tubos de descarga forem instala-
ter uma tensão estipulada de saída, em vazio, não supe- das no exterior dos edifícios (nas fachadas ou nos telha-
rior a 5 kV em relação à terra (em valor eficaz ou a metade dos); se o dispositivo de corte for colocado na fachada,
do valor de crista, sendo adoptado o maior destes valo- deve ficar inacessível ao público mas a uma altura não
res), com uma tolerância de - 0 % / + 10 %. O instalador inferior a 3 m e que permita a sua manobra sem dificulda-
deve obter do fabricante do ondulador ou do conversor de; quando o edifício tiver uma altura superior a 28 m, o
as necessárias informações sobre a tensão de saída. dispositivo de corte deve ficar localizado no caminho de
802.2.4.2.3 — Os onduladores e os conversores devem acesso aos locais onde forem instalados os tubos de des-
ter um ponto do circuito de saída ligado à terra, não de- carga, por forma a permitir aos bombeiros a colocação dos
vendo haver ligação directa entre qualquer um dos termi- reclames luminosos fora de tensão antes de fazerem qual-
nais de saída e qualquer um dos terminais de entrada. quer intervenção.
802.2.4.2.4 — Os onduladores e os conversores devem
ser instalados de acordo com as instruções dos respecti- 802.2.6.2 — O emprego de interruptores horários, de
vos fabricantes. comutadores ou de outros dispositivos de comando não
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(177)
dispensa a existência do dispositivo de corte referido na 802.2.7.1.2 — Os condutores e os cabos de alta ten-
secção 802.2.6.1. são devem ser adequados às condições ambientais sus-
802.2.6.3 — No circuito de alta tensão não deve ser ceptíveis de ocorrerem nas instalações dos reclames lu-
colocado qualquer dispositivo de ligação ou de corte, minosos.
excepto os interruptores ou os comutadores de comando 802.2.7.1.3 — Os condutores e os cabos do tipo «K»
automático, desde que estejam protegidos nas mesmas
(veja-se o Anexo I) devem ser utilizados apenas para fun-
condições que os transformadores, que os onduladores ou
que os conversores. cionamento contínuo a tensões não superiores a 2,5 kV em
802.2.7 — Condutores e cabos de alta tensão. relação à terra.
802.2.7.1 — Tipos de condutores e de cabos de alta tensão. 802.2.7.1.4 — Os condutores e os cabos que não pos-
802.2.7.1.1 — Os condutores e os cabos de alta tensão sam ficar sujeitos a acções mecânicas podem ser utiliza-
usados nas instalações dos reclames luminosos devem ser dos sem qualquer protecção mecânica adicional e de acor-
específicos para este tipo de instalações. do com o indicado no quadro 802A.
QUADRO 802A
802.2.7.1.5 — Os condutores e os cabos instados em b) À tensão de saída dos onduladores ou dos conver-
locais onde possam ser danificados devido a acções me- sores.
cânicas devem ser protegidos por meio de caminhos de
cabos, de calhas ou de condutas. Estes meios de protec- 802.2.7.1.10 — Quando se utilizarem transformadores, on-
ção devem ser metálicos e ligados à terra ou, quando não duladores ou conversores dotados apenas de um terminal
forem em materiais não metálicos, devem ter baixa infla- de alta tensão, os cabos usados na ligação entre os tu-
mabilidade e ser auto-extinguíveis. bos de descarga e a terra ou entre estes e os terminais de
802.2.7.1.6 — Os condutores e os cabos do tipo «A» retorno dos transformadores, dos onduladores ou dos
(veja-se o Anexo I) não devem ser colocados em condu- conversores devem satisfazer às regras indicadas nas sec-
tas ou em outros invólucros semelhantes, excepto se se ções 802.2.7.1.1 a 802.2.7.1.9.
tratar de comprimentos curtos, como é o caso das traves- 802.2.7.1.11 — Os condutores e os cabos de alta ten-
sias de paredes e de pavimentos. Quando essas condutas são devem ser unipolares.
forem metálicas, devem ser ligadas à terra. Recomenda-se que a secção dos condutores e dos ca-
802.2.7.1.7 — Os cabos de alta tensão devem ser con- bos não seja inferior a:
tínuos em todo o seu comprimento, sendo proibidas as
a) 1,5 mm2 , para tensões em vazio não superiores
junções. Apenas são permitidas descontinuidades nos
a 3 kV;
cabos de alta tensão nos casos de ligações temporárias,
b) 2,5 mm2, para tensões em vazio superiores a 3 kV.
destinadas a completar circuitos de alta tensão em con-
sequência da desmontagem dos tubos de descarga para
802.2.7.2 — Instalação dos condutores e dos cabos de
reparação.
alta tensão.
802.2.7.1.8 — Os condutores e os cabos de alta tensão
802.2.7.2.1 — Os suportes de fixação dos condutores
devem ser o mais curtos possíveis.
ou dos cabos de alta tensão devem ser metálicos e liga-
802.2.7.1.9 — Os condutores e os cabos que ligam os
dos à terra ou, quando não forem em materiais não me-
terminais de saída dos onduladores ou dos conversores
tálicos, devem ter baixa inflamabilidade e ser auto-
aos tubos de descarga devem ser de um dos tipos espe-
-extinguíveis.
cificados pelo fabricante desses onduladores ou desses
802.2.7.2.2 — As distâncias entre fixações consecutivas
conversores e devem, simultaneamente, ser adequados:
de um condutor ou de um cabo de alta tensão não devem
a) Ao funcionamento a altas frequências; ser superiores às indicados no quadro 802B.
6682-(178) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
QUADRO 802B
Distâncias mínimas entre fixações dos condutores ou dos cabos de alta tensão
Fig. 1 — Exemplo de uma disposição das ligações de alta tensão no interior de uma letra iluminada internamente.
Fig. 2 — Exemplo de uma ligação de alta tensão que atravessa um painel em banda.
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(179)
Fig. 3 — Exemplo de uma ligação de alta tensão com um eléctrodo a atravessar um painel metálico.
802.2.9 — Suportes de fixação dos tubos de descarga. nas Normas relativas à Compatibilidade Electromagnética
802.2.9.1 — Os suportes de fixação dos tubos de des- (CEM) seguintes:
carga devem ser isolados em relação à terra, por forma a
a) EN 55015, no que respeita à supressão das interfe-
poderem suportar a tensão estipulada em vazio dos trans-
rências radioeléctricas;
formadores, dos onduladores ou dos conversores que ali-
b) EN 61000-3-2, no que respeita aos limites de emissão
mentarem esses tubos.
das harmónicas de corrente;
802.2.9.2 — O comprimento das linhas de fuga e as dis-
c) EN 61547, no que respeita à imunidade.
tâncias no ar, entre as paredes de vidro dos tubos de des-
carga (ou quaisquer sistemas metálicos de fixação que
estejam em contacto com os tubos) e quaisquer peças 802.2.10.2 — Os componentes usados para cumprimen-
metálicas ligadas à terra não deve ser inferior a: to das regras indicadas na secção 802.2.10.1 devem ser
adequados aos valores das tensões e das frequências a
— Valor mínimo da linha de fuga: l = U; que tenham que ficar sujeitas em funcionamento normal.
— Valor mínimo das distâncias no ar: d = 0,75 U; 802.2.11 — Inspecções e verificações das instalações
dos reclames luminosos.
em que: 802.2.11.1 — Com excepção dos pequenos reclames lu-
U é a tensão estipulada em vazio no secundário do minosos portáteis, os quais devem ser acompanhados por
transformador, do ondulador ou do conversor, expressa em um certificado emitido pelo seu fabricante atestando a
kilovolts; conformidade desse reclame com a Norma EN 50107, as
l é o comprimento da linha de fuga, expressa em milí- instalações dos reclames luminosos devem ser inspeccio-
metros; nadas de acordo com as regras indicadas na secção
d é a distância no ar, expressa em milímetros. 802.2.11.2 e verificadas de acordo com as regras indica-
das na secção 802.2.11.3.
802.2.9.3 — O material usado no isolamento dos supor- 802.2.11.2 — O Instalador, após ter concluído a instala-
tes de fixação dos tubos de descarga deve ser auto- ção de um reclame luminoso, deve comprovar que este foi
-extinguível e resistente às radiações ultravioleta e ao ozo- estabelecido de acordo com as regras indicadas na pre-
no, susceptíveis de aparecer nas proximidades dos tubos sente parte das Regras Técnicas.
de descarga. 802.2.11.3 — Após ter sido realizada a inspecção à ins-
802.2.9.4 — Os suportes de fixação dos tubos de des- talação dos reclames luminosos nos termos indicados na
carga devem poder suportar, mecanicamente, os tubos de secção 802.2.11.2, devem ser realizados os ensaios seguin-
forma segura nas condições normais de serviço, sem que tes:
estes possam ficar sujeitos a esforços que os possam
danificar. a) Os dispositivos de protecção contra as correntes de
802.2.10 — Compatibilidade Electromagnética (CEM) defeito à terra e os dispositivos de protecção contra as
802.2.10.1 — Os reclames luminosos e as suas instala- interrupções do circuito devem ser ensaiados de acordo
ções eléctricas de alimentação devem satisfazer ao disposto com as instruções dos fabricantes desses dispositivos, por
6682-(180) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
802.4.2.3.3 — Em locais com risco de incêndio (classe de 802.4.2.7.3 — Quando os dispositivos referidos nas sec-
influências externas BE2) ou em locais com risco de ex- ções 802.4.2.7.1 e 802.4.2.7.2 forem do tipo de pedal, de-
plosão (classe de influências externas BE3), os equipamen- vem ser dotados de guarda que impeça que, ao serem
tos de raios X apenas podem ser utilizados quando ne- pisados acidentalmente, a ligação seja estabelecida.
nhuma das suas partes seja susceptível de produzir arcos 802.4.2.8 — Sinalização e seccionamento de instalações
ou, caso contrário, quando essas partes se encontrarem de raios X.
encerradas em invólucro com código IP adequado ao lo- 802.4.2.8.1 — Quando mais de um posto de trabalho de
cal. uma instalação de raios X for alimentado pela mesma fon-
802.4.2.4 — Ventilação dos locais de instalação dos te de alta tensão por meio de um comutador ou de um
equipamentos de raios X. dispositivo equivalente, cada um dos postos de trabalho
Os locais onde se encontrarem instalados equipamen- deve ser dotado, simultaneamente, de:
tos de raios X, fixos ou inamovíveis, devem ser conveni- a) Um sistema de sinalização que avise que a alta ten-
entemente ventilados e dotados de dispositivos que ga- são vai ser ligada;
rantam que o ar seja renovado durante os períodos de b) Um dispositivo de seccionamento que permita isolá-
funcionamento desses equipamentos. -lo da referida fonte.
802.4.2.5 — Sinalização dos locais de instalação dos
equipamentos de raios X. 802.4.2.8.2 — O sistema de sinalização indicado na alí-
802.4.2.5.1 — Os locais onde se encontrarem instalados nea a) da secção 802.4.2.8.1 deve ser de funcionamento
equipamentos de raios X, fixos ou inamovíveis, devem ser automático e seguro, que actue sempre antes de a alta
dotados de uma sinalização luminosa, colocada do lado de tensão ser ligada para o posto de trabalho em causa, e
fora das portas e em local facilmente visível, que indique encravado mecânica ou electricamente com o comutador,
se os referidos equipamentos se encontram ou não em por forma a evitar falsas manobras.
funcionamento. 802.4.2.8.3 — O dispositivo de seccionamento indicado
802.4.2.5.2 — A sinalização indicada na secção na alínea b) da secção 802.4.2.8.1 não deve ter partes em
802.4.2.5.1 deve ser ligada automaticamente sempre que a tensão acessíveis e deve ser dotado de dispositivo de
alimentação de baixa tensão dos equipamentos de raios X encravamento que permita imobilizá-lo na posição de des-
seja ligada. ligado.
802.4.2.6 — Dispositivo de corte dos equipamentos de 802.4.2.9 — Protecção contra contactos acidentais nas
raios X. instalações de raios X.
802.4.2.6.1 — Quando o dispositivo de corte indicado na 802.4.2.9.1 — Quando existirem equipamentos de raios X
secção 802.4.1.2.1 for comandado à distância, deve ser com peças não isoladas e em tensão em circunstâncias
dotado de sinalização luminosa que indique a posição em normais, essas peças devem ser montadas de acordo com
que este se encontra. uma das disposições seguintes:
802.4.2.6.2 — Independentemente do comando à distân-
cia de que sejam dotados, os dispositivos de corte referi- a) Situadas a uma altura não inferior a 3,5 m;
dos na secção 802.4.2.6.1 devem ter possibilidade de ser b) Protegidas por meio de paredes ou de anteparos com
comandados do próprio local em que se encontrem insta- altura não inferior a 2 m;
lados e possuir, junto dele, um dispositivo de encravamen- c) Instalados dentro de compartimentos a ela exclusi-
to dotado de chave, que permita imobilizá-lo na posição vamente reservados.
de desligado.
802.4.2.7 — Comando dos equipamentos de raios X. 802.4.2.9.2 — Os anteparos indicados na alínea b) da
802.4.2.7.1 — Os equipamentos de raios X destinados a secção 802.4.2.9.1 não devem ser desmontáveis sem o
fins médicos ou veterinários devem satisfazer às regras auxílio de meios especiais e, no caso de terem portas de
acesso para limpeza ou para reparação, estas portas de-
seguintes:
vem ser dotadas de fechaduras e de encravamentos me-
a) Os equipamentos de radiografia devem ser coman- cânicos ou eléctricos que impeçam a colocação em ten-
dados por meio de um dispositivo de controlo automático são da instalação quando aquelas portas se encontrarem
do tempo de exposição; abertas.
b) Os equipamentos de fluoroscopia devem ser coman- 802.4.2.9.3 — As paredes, os anteparos e os com-
dados por meio de um dispositivo de corte que interrom- partimentos indicados nas alíneas b) e c) da sec-
pa imediatamente o circuito quando o operador deixar de ção 803.4.2.9.1 — devem ser dotados de portas de acesso
fazer pressão sobre ele; com fechadura.
c) Os equipamentos de terapia devem ser dotados de 802.4.2.10 — Distâncias de peças não isoladas e em ten-
um dispositivo de controlo automático do tempo de expo- são em circunstâncias normais a outras peças dos equi-
sição, de modelo que impeça a religação do equipamento pamentos de raios X.
sem uma intervenção voluntária do operador. 802.4.2.10.1 — As peças não isoladas e em tensão em
circunstâncias normais a outras peças dos equipamentos
802.4.2.7.2 — Os equipamentos de raios X destinados a de raios X devem encontrar-se em relação a qualquer pa-
fins industriais ou científicos devem ser comandados por rede, anteparo ou peça metálica, com ou sem tensão, a uma
meio de um dispositivo de controlo automático do tempo distância não inferior a 4 mm/kV da máxima tensão de crista
de exposição ou por um dispositivo que interrompa ime- que possa existir entre aqueles elementos.
diatamente o circuito quando o operador deixar de fazer 802.4.2.10.2 — A distância mínima indicada na sec-
pressão sobre ele. ção 802.4.2.10.1 deve ser verificada entre qualquer pessoa
6682-(182) Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006
(incluindo os pacientes) e as peças em tensão mais próxi- Cabos tipo «F» — Cabos de alma condutora flexível,
mas, nas condições mais desfavoráveis. monocondutor, isolados a PVC, com um condutor de
802.4.2.11 — Aparelhos de medição dos equipamentos protecção flexível incorporado e uma bainha exterior em
de raios X. PVC.
Os aparelhos de medição inseridos nos circuitos de alta Cabos tipo «G» — Cabos de alma condutora flexível,
tensão dos equipamentos de raios X devem ser conside- monocondutor, isolados a PVC e uma bainha exterior em
rados como sendo peças não isoladas e em tensão, ex- PVC.
cepto se se encontrarem num ponto do circuito imediata- Cabos tipo «H» — Cabos de alma condutora flexível,
mente adjacente ao ponto de ligação destes à terra. monocondutor, isolados a polietileno, com uma espessu-
ra nominal de 3 mm e uma bainha exterior em PVC.
ANEXO I Cabos tipo «K» — Cabos de alma condutora flexível,
Listagem dos cabos de alta tensão especificados monocondutor, isolados a polietileno, com uma espessu-
na Norma EN 50143 ra nominal de 1,5 mm e uma bainha exterior em PVC.
Cabos tipo «A» — Cabos de alma condutora rígida, mo-
803 — Instalações colectivas e entradas.
nocondutor, isolados a elastómeros que suportem tempe-
803.0 — Definições.
raturas de funcionamento de 85ºC, dotados de uma bai-
Para efeitos de aplicação do disposto na presente par-
nha em liga de chumbo e sem bainha exterior.
te das Regras Técnicas, devem ser consideradas, para
Cabos tipo «B» — Cabos de alma condutora flexível, mo-
além das indicadas na parte 2, as definições seguintes:
nocondutor, isolados a elastómeros de silicone que supor-
tem temperaturas de funcionamento de 150ºC. Instalação colectiva:
Cabos tipo «C» — Cabos de alma condutora flexível, mo- Instalação eléctrica estabelecida, em regra, no interior
nocondutor, isolados a elastómeros de silicone que supor- de um edifício com o fim de servir instalações eléctricas
tem temperaturas de funcionamento de 150ºC e dotados (de utilização) exploradas por entidades diferentes, cons-
de uma bainha exterior em PVC ou num polímero com tituída por troço comum (da instalação colectiva), quadro
baixa emissão de fumos e de gases venenosos, quando de colunas, colunas e caixas de coluna (veja-se a figura
submetidos à acção do fogo. 803A). A instalação colectiva tem o seu início numa ou
Cabos tipo «D» — Cabos de alma condutora flexível, mais portinholas ou no próprio quadro de colunas e ter-
monocondutor, isolados a elastómeros de silicone que mina nas entradas.
suportem temperaturas de funcionamento de 150ºC e do- Troço comum:
tados de uma blindagem de fios e de bainha exterior em Canalização eléctrica da instalação colectiva que tem
PVC ou num polímero com baixa emissão de fumos e início na portinhola e que termina no quadro de colunas
de gases venenosos, quando submetidos à acção do (veja-se a figura 803A).
fogo. Quadro de colunas:
Cabos tipo «E» — Cabos de alma condutora flexível, mo- Quadro alimentado, em trifásico, directamente por um
nocondutor, isolados a PVC com uma blindagem em fitas ramal ou por intermédio de um troço comum (da insta-
de zinco, com um condutor de protecção flexível incorpo- lação colectiva) e destinado a alimentar colunas e en-
rado e uma bainha exterior em PVC. tradas.
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(183)
Fig. 803A — Exemplo de uma instalação colectiva num edifício de habitação multifamiliar com 2 colunas.
Coluna: Entrada:
Canalização eléctrica da instalação colectiva que tem Canalização eléctrica (de baixa tensão) compreendida
início num quadro de colunas ou numa caixa de colu- entre:
nas e que termina numa caixa de coluna (veja-se a fi-
a) Uma caixa de coluna e a origem de uma instalação
gura 803A).
eléctrica (de utilização) (veja-se a figura 803A);
Caixa de coluna:
b) Um quadro de colunas e a origem de uma instalação
Quadro existente numa coluna para ligação de entradas
eléctrica (de utilização), no caso de:
ou de outras colunas e contendo, ou não, os respectivos
dispositivos de protecção contra as sobreintensidades b1) Entradas com características especiais (veja-se a
(veja-se a figura 803A). figura 803A);
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b2) Entradas estabelecidas em edifícios em que todos 803.2.3.1.3 — As instalações colectivas e entradas não
os equipamentos de contagem estejam concentrados num devem ser estabelecidas em locais com risco de explosão
único local; (classe de influências externas BE3).
803.2.3.1.4 — As instalações colectivas e entradas, nos
c) Uma portinhola que sirva uma instalação eléctrica (de seus percursos verticais, devem ser colocadas em ductos
utilização) e a origem dessa instalação. destinados a esse fim. Estes ductos devem ser executa-
dos durante a construção do edifício e ser estabelecidos
Aparelho de corte da entrada: por forma a evitar qualquer saliência em relação aos ele-
Dispositivo de corte e de protecção intercalado numa mentos da construção onde estiverem inseridos.
entrada a jusante do equipamento de contagem e destina- 803.2.3.1.5 — A regra indicada na secção 803.2.3.1.4
do a limitar a potência contratada para a instalação eléc- pode ser dispensada para instalações colectivas destina-
trica (de utilização). das a alimentar, no máximo, nove instalações eléctricas (de
Instalações eléctricas (de utilização) distintas: utilização), bem como nos casos, devidamente justificados,
Instalações eléctricas sem qualquer ligação entre si e em que dificuldades de execução ou despesas inerentes
dotadas de entradas independentes. as aconselhem.
Ducto para as instalações colectivas e entradas: 803.2.3.1.6 — As canalizações das instalações colectivas
Ducto estabelecido nas partes comuns do edifício (du- e entradas devem ser constituídas por troços horizontais
rante a construção deste) e destinado a alojar as instala- e verticais.
ções colectivas e entradas e, eventualmente, os equipa- 803.2.3.1.7 — Quando uma instalação eléctrica (de utili-
mentos de contagem de energia eléctrica (na situação zação) for susceptível de causar perturbações na instala-
indicada na alínea a) da secção 803.5.8.2), no qual o aces- ção colectiva, a sua alimentação deve ser feita directamen-
so ás canalizações e demais equipamentos alojados no seu te a partir do quadro de colunas.
interior é feito a partir da porta de visita ou outros dispo- 803.2.3.2 — Proximidade com outras canalizações.
sitivos de acesso, localizados na sua face frontal. 803.2.3.2.1 — As canalizações não eléctricas (como, por
803.1 — Objectivo. exemplo, as do gás, as da água, as do ar comprimido e as
A presente parte das Regras Técnicas destina-se a fi- do aquecimento,) devem ser separadas completamente das
xar as condições a que devem satisfazer o estabelecimen- canalizações das instalações colectivas e entradas e não
to e a exploração das instalações colectivas e entradas, devem, em caso algum, ser instaladas ou atravessar os
alimentadas a partir de uma rede de distribuição de ener- ductos indicados na secção 803.2.3.1.3.
gia eléctrica em baixa tensão, de um posto de transforma- Os ductos das canalizações não eléctricas devem estar
ção ou de uma central geradora, privativos, com vista à separados dos ductos das instalações colectivas e entra-
protecção de pessoas e dos bens e à salvaguarda dos das e dos locais dos equipamentos de contagem por meio
interesses colectivos. de paredes contínuas e estanques, construídas em alve-
803.2 — Regras gerais. naria ou em betão.
803.2.1 — Origem das instalações eléctricas (de utiliza- Quando necessário, deve ser garantido um isolamento
ção). térmico das instalações colectivas e entradas em relação,
Considera-se que as instalações eléctricas (de utiliza- por exemplo, às instalações de aquecimento, por forma a
ção), alimentadas, em regra, pelas instalações colectivas e que a temperatura ambiente no ducto das instalações co-
entradas (objecto da secção 803 das presentes Regras lectivas não seja superior a 30ºC.
Técnicas) têm, no caso de serem alimentadas por uma rede 803.2.3.2.2 — Em derrogação da regra indicada na sec-
de distribuição (pública) em baixa tensão, por origem um ção 803.2.3.2.1, são permitidas as travessias horizontais do
dos pontos seguintes: ducto das instalações colectivas e entradas desde que as
canalizações não eléctricas sejam protegidas por meio de
a) Os ligadores de saída do aparelho de corte da entra- condutas rígidas estanques e em que, pelo menos, a su-
da da instalação eléctrica (de utilização); perfície exterior seja em material isolante.
b) Os ligadores de saída do sistema de contagem, se o Além disso, nenhum elemento de uma canalização não
aparelho de corte da entrada não existir.
eléctrica pode situar-se a uma distância inferior a 3 cm das
canalizações eléctricas.
803.2.2 — Equipamento utilizado.
803.2.3.2.3 — No ducto das instalações colectivas e
O equipamento a utilizar nas instalações colectivas e
entradas é permitido passar outras canalizações eléctricas
entradas ligadas directamente à rede de distribuição em
como, por exemplo, as canalizações de alimentação dos
esquema de ligações à terra TT deve, para além das re-
serviços comuns do edifício (iluminação, elevadores, cam-
gras indicadas na secção 511, ser da classe II de isola-
painhas, comandos da iluminação e das portas, aquecimen-
mento ou de isolamento equivalente, satisfazendo às con-
to colectivo, etc.) e as canalizações eléctricas destinadas
dições indicadas na secção 413.2.
a alimentar os anexos das habitações nas condições indi-
803.2.3 — Condições de estabelecimento.
cadas na secção 803.7.4, desde que, simultaneamente, se-
803.2.3.1 — Generalidades.
jam cumpridas as condições seguintes:
803.2.3.1.1 — As instalações colectivas devem ser esta-
belecidas em zonas comuns do edifício, em local de fácil a) O volume do ducto seja aumentado em conformida-
acesso, por forma a permitir a sua exploração e manuten- de, por forma a que o volume disponível para as instala-
ção. ções colectivas satisfaça ao indicado no quadro 803B (veja-
803.2.3.1.2 — As entradas devem ser estabelecidas em -se 803.4.2.9);
zonas comuns do edifício e nas dependências cujas ins- b) As canalizações sejam devidamente identificadas e
talações eléctricas (de utilização) alimentem. separadas fisicamente das canalizações colectivas;
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(185)
c) As canalizações sejam dispostas por forma a que, c) As quedas de tensão máximas indicadas na sec-
para realizar quaisquer trabalhos de conservação, não ção 803.2.4.4;
seja necessário deslocar nem desmontar as canalizações d) As sobreintensidades utilizadas na secção 803.2.4.5.
da instalação colectiva ou quaisquer equipamentos des-
tas; 803.2.4.2.2 — Quando as instalações colectivas e entra-
d) A presença dessas canalizações não impeça ou difi- das alimentarem equipamentos susceptíveis de originar
culte a exploração ou os trabalhos de manutenção ou de correntes elevadas no condutor neutro (como, por exem-
reforço da coluna ou das entradas; plo, lâmpadas de descarga, ou equipamentos com contro-
e) Essas canalizações fiquem fora do volume definido lo por «partição de fase») e este tiver uma secção inferior
em relação aos equipamentos pela distância, em todas as à dos condutores de fase, devem ser tomadas medidas
direcções, de 10 cm, para o quadro de colunas e para as destinadas a evitar as sobrecargas no condutor neutro.
caixas de coluna e de 5 cm para os equipamentos de con- 803.2.4.3 — Potências mínimas.
tagem; 803.2.4.3.1 — Para o cálculo das instalações colectivas
f) Nos ductos, não sejam colocados quaisquer disposi- e entradas, não devem ser consideradas, para as instala-
tivos de comando, de protecção ou de utilização. ções eléctricas (de utilização), potências nominais inferio-
res às seguintes:
As referidas canalizações devem satisfazer às regas in- a) Locais de habitação:
dicadas nas presentes Regras Técnicas e devem ser cons-
tituídas por condutores isolados protegidos por condutas 3,45 kVA, em monofásico (15 A, em 230 V), em locais
não propagadoras da chama ou por cabos isolados, com de um compartimento;
acessórios isolados. 6,90 kVA, em monofásico (30 A, em 230 V), em locais
803.2.3.2.4 — Nos ductos das instalações colectivas e de dois a seis compartimentos;
entradas, são proibidos: 10,35 kVA, em monofásico (45 A, em 230 V), em locais
com mais de seis compartimentos.
a) Os cabos de telecomunicações (telefone e televisão);
b) As baixadas das antenas colectivas de televi- No caso de instalações com receptores trifásicos, as
são e rádio e da distribuição de sinal de televisão por alimentações devem ser trifásicas e o valor mínimo das
cabo; potências a considerar no dimensionamento deve ser:
c) As descidas dos pára-raios de protecção do edifício.
10,35 kVA, em trifásico (15 A, em 400 V).
803.2.3.3 — Elementos da construção.
Os elementos da construção sobre os quais sejam fi- b) Locais anexos às habitações (caves, arrecadações,
xadas canalizações das instalações colectivas e entra- garagens, etc.):
das devem ter, simultaneamente, as características se- 3,45 kVA, em monofásico (15 A, em 230 V);
guintes:
a) Possuir a solidez necessária para garantir, por cons- c) Locais não destinados à habitação [não incluídos na
trução, essa fixação de forma correcta; alínea b)]:
b) Ter espessura suficiente que garanta a segurança dos Os valores definidos pelo projectista ou pelo instala-
ocupantes dos locais contíguos, em particular quando dor a partir das características prevista para cada uma das
houver necessidade de se abrirem roços para a colocação instalações eléctricas (de utilização) desses locais, com o
de equipamentos diversos; mínimo de 3,45 kVA, em monofásico (15 A, em 230 V).
c) Ter características físicas que permitam ao distribui-
dor público a posterior fixação dos equipamentos de con- 803.2.4.3.2 — A potência a considerar para o dimensio-
tagem com os meios correntes; namento das instalações colectivas deve ser obtida a par-
d) Ter constituição e construção que não exponha as tir do somatório das potências das instalações eléctricas
canalizações a vibrações; (de utilização):
e) Não serem combustíveis ou não serem constituídos
por materiais combustíveis. a) Dos locais destinados à habitação e seus anexos
(veja-se a alínea b) da secção 803.2.4.3.1), afectado dos
factores de simultaneidade indicados no quadro 803A.
803.2.4 — Parâmetros de cálculo.
803.2.4.1 — Correntes de curto-circuito.
QUADRO 803A
803.2.4.1.1 — Para o cálculo das correntes de curto-
-circuito nas instalações colectivas e entradas, o distribui- Factores de simultaneidade para locais de habitação
dor deve fornecer, a pedido do proprietário da instalação, e seus anexos
do projectista ou do instalador, as características da ali- Número de instalações eléctricas
(de utilização) situadas a jusante Coeficiente de simultaneidade
mentação.
803.2.4.2 — Canalizações. 2a4 1,00
10 a 14 0,56
das canalizações das instalações colectivas e entradas 15 a 19 0,48
25 a 29 0,40
a) As secções mínimas indicadas nas secções 803.4.6 e 30 a 34 0,38
803.5.5; 35 a 39 0,37
b) Dos locais não destinados à habitação (incluindo os As canalizações das instalações colectivas e entradas
seus anexos — veja-se alínea b) da secção 803.2.4.3.1), afec- devem ser protegidas contra:
tados dos factores de simultaneidade definidos pelo pro- a) As sobrecargas (803.2.4.5.1);
jectista ou pelo instalador, de acordo com critérios objec- b) Os curtos-circuitos (803.2.4.5.2).
tivos de dimensionamento. Na falta desses critérios, deve
ser considerado o factor de simultaneidade 1. 803.2.4.5.1 — Protecção das canalizações contra as so-
803.2.4.4 — Quedas de tensão. brecargas.
803.2.4.4.1 — As regras indicadas na secção 803.2.4.4 A protecção contra as sobrecargas das canalizações das
são formas convencionais para o cálculo das quedas de instalações colectivas e entradas deve satisfazer ao indi-
tensão nos diferentes troços da alimentação da instalação cado na secção 433, podendo, para as entradas, não ser
eléctrica (de utilização), desde: colocado qualquer dispositivo de protecção na sua origem
a) Os ligadores da saída da portinhola, no caso das ins- (por exemplo, na caixa de coluna) desde que, na origem
da instalação eléctrica (de utilização), o aparelho de corte
talações individuais (por exemplo, habitações unifamiliares);
da entrada garanta essa função.
b) Os ligadores de entrada do quadro de colunas, no
803.2.4.5.2 — Protecção das canalizações contra os
caso das instalações não individuais (por exemplo, edifí-
curtos-circuitos.
cios multifamiliares), até à origem da instalação eléctrica A protecção contra os curtos-circuitos das canalizações
(de utilização). das instalações colectivas e entradas deve satisfazer ao
indicado na secção 434, devendo ser colocado um dispo-
803.2.4.4.2 — As secções dos condutores usados nos sitivo de protecção em cada uma das fases. No condutor
diferentes troços das instalações colectivas e entradas neutro, ainda que de secção inferior à dos condutores de
devem ser tais que não sejam excedidos os valores de fase, não deve ser colocado qualquer dispositivo de pro-
queda de tensão seguintes: tecção.
a) 1,5 %, para o troço da instalação entre os ligadores 803.3 — Quadro de colunas.
da saída da portinhola e a origem da instalação eléctrica 803.3.1 — O quadro de colunas deve ser dotado de:
(de utilização), no caso das instalações individuais; a) Um dispositivo de corte geral, que corte todos os
b) 0,5 %, para o troço correspondente à entrada ligada condutores activos;
a uma coluna (principal ou derivada) a partir de uma caixa b) Dispositivos de protecção contra as sobreintensida-
de coluna, no caso das instalações não individuais; des nas saídas.
c) 1,0 %, para o troço correspondente à coluna, no caso
das instalações não individuais; 803.3.2 — Cada edifício deve ser, em regra, dotado de
um único quadro de colunas.
Para efeitos do cálculo das quedas de tensão devem 803.3.3 — Em casos devidamente justificados pode exis-
ser usados os valores indicados na secção 803.2.4.3.1, os tir mais do que um quadro de colunas devendo, porém,
quais, na falta de elementos mais precisos, devem ser existir, em cada um, um sistema de sinalização indicando,
considerados como resistivos (cos ϕ = 1). com clareza, a existência dos outros e avisando, automa-
803.2.4.4.3 — Quando for técnica e economicamente jus- ticamente e com segurança, se esses quadros estão, ou
tificado, os valores de queda de tensão indicados nas não, ligados.
alíneas b) e c) da secção 803.2.4.4.2 podem ser ultrapas- 803.3.4 — O quadro de colunas deve ser estabelecido
sados, desde que, no seu conjunto (coluna mais entrada), no interior do edifício e, tanto quanto possível, junto do
seu acesso normal e da respectiva portinhola ou portinho-
não seja ultrapassado o valor de 1,5%.
las, quando existam.
803.2.4.4.4 — A queda de tensão deve ser calculada a
803.3.5 — O quadro de colunas deve ser instalado em
partir da impedância dos condutores, sem ter em conta a local adequado e de fácil acesso e de forma a que os
existência de equipamentos no seu percurso, com base aparelhos nele montados fiquem, em relação ao pavimen-
nos critérios seguintes: to, em posição facilmente acessível.
— As cargas trifásicas são supostas equilibradas; 803.3.6 — A localização e instalação do quadro de co-
— As cargas monofásicas são supostas uniformemen- lunas devem ser tais que um acidente que se produza no
te repartidas pelas diferentes fases; seu interior não possa, em caso algum, causar obstáculo
— As correntes a usar são as que resultam da aplica- à evacuação das pessoas ou à organização de socorros.
ção das potências e dos factores de simultaneidade indi- 803.4 — Colunas e caixas de coluna.
803.4.1 — Locais para estabelecimento das colunas.
cados nas secções 803.2.4.1 a 803.2.4.3.
As colunas devem ser estabelecidas nas zonas comuns
dos edifícios para utilização colectiva, em locais de fácil
803.2.4.4.5 — A queda de tensão, no caso das entradas acesso, sob o ponto de vista de exploração e conserva-
trifásicas, deve ser calculada a partir da potência prevista ção.
para alimentação dos equipamentos normais previstos para 803.4.2 — Ductos.
as instalações eléctricas (de utilização) por elas alimenta- Para além das regras indicadas nas secção 803.2.3.2, os
das, suposta uniformemente repartida pelas diferentes fa- ductos para instalação das colunas devem satisfazer às
ses. O cálculo deve ser feito fase a fase, como se de uma regras indicadas nas secções 803.4.2.1 a 803.4.2.12.
entrada monofásica se tratasse, considerando que apenas 803.4.2.1 — Os ductos devem, em regra, servir todos os
a fase em análise está em serviço. pisos do edifício onde forem instalados, ter um traçado
803.2.4.5 — Protecção das canalizações contra as so- rectilíneo, sem qualquer mudança de direcção e não de-
breintensidades. vem comunicar directamente com o exterior do edifício.
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(187)
803.4.2.2 — Os ductos devem ser acessíveis e visitáveis relativa à segurança contra o incêndio. Essa placa deve,
a partir dos patamares, corredores ou de outras zonas ainda, ser capaz de suportar o peso de um homem.
comuns do edifício. Do lado das aberturas que dão acesso ao interior dos
803.4.2.3 — Na localização dos ductos nas zonas de ductos, deve existir um degrau sobrelevado de 5 a 10 cm,
circulação de pessoas deve-se ter especial atenção por separando o exterior do interior do ducto.
forma a que as portas de visita ou de acesso não impe- 803.4.2.7 — O número e as dimensões das aberturas que
çam, ainda que abertas, a circulação normal das pessoas. possibilitam o acesso ou a visita ao ducto devem ser
803.4.2.4 — As paredes interiores dos ductos devem ser determinadas em função do equipamento nele instalado,
lisas e sem rugosidades excessivas, não devendo ter sali- bem como dos trabalhos inerentes à execução, à manuten-
ências nem obstáculos ao longo da face onde forem ins- ção ou à exploração das instalações neles colocadas.
taladas as colunas. Diante de cada abertura, deve existir um espaço livre,
Os materiais usados na construção das paredes dos não inferior a 70 cm.
ductos devem ser incombustíveis e ter um grau de resis- No caso das portas de visita, este espaço deve per-
tência ao fogo não inferior ao definido para o edifício onde mitir a abertura completa da porta num ângulo não infe-
se situarem. rior a 90º.
803.4.2.5 — As portas de visita ou aberturas de aceso 803.4.2.8 — As portas de acesso aos ductos devem ser
munidas de um dispositivo de fecho, que impeça o aces-
aos ductos devem ter um comportamento ao fogo (reac-
so aos ductos a pessoas não autorizadas.
ção e resistência) não inferior ao definido para o edifício
803.4.2.9 — Os ductos e as passagens livres das por-
e devem ser exclusivas do ducto.
tas devem ter as dimensões mínimas seguintes:
803.4.2.6 — As passagens livres dos ductos, ao nível
do pavimento, devem ser obturadas por meio de uma pla- a) Profundidade útil (por detrás do da porta): 30 cm;
ca inteira, rígida, construída em material incombustível, que b) Passagem livre das portas e largura útil dos ductos:
satisfaça às regras indicadas na Regulamentação em vigor as dimensões indicadas no quadro 803B.
QUADRO 803B
Dimensões livres mínimas de passagem das portas e das larguras úteis para os ductos
In d 200 A (1)
60 73 63
400 A t In ! 200 A (1)
103 116 106
(1) - In é a corrente estipulada da coluna de maior capacidade de transporte colocada no ducto.
803.4.2.10 — Entre os equipamentos colocados nos duc- múltiplas, pode ser necessário aumentar as dimensões in-
tos devem ser garantidas distâncias mínimas entre eles, dicadas no quadro 803A, em conformidade.
por forma a permitir as operações de manutenção e de 803.4.3 — Canalizações.
exploração das instalações. 803.4.3.1 — Nas colunas, podem ser utilizados os tipos
803.4.2.11 — É permitido reduzir a secção da passagem de canalizações seguintes (veja-se o quadro 52H da sec-
dos ductos ao nível de cada piso até 40 cm x 20 cm, des- ção 52):
de que essa passagem:
a) Condutores isolados em condutas circulares (tubos)
a) Não fique desviada em relação ao eixo do ducto; montadas à vista (refª 3);
b) Seja reservada exclusivamente à travessia do pavi- b) Cabos mono ou multicondutores em condutas circu-
mento pelas colunas; lares (tubos) montadas à vista (refª 3A);
c) Esteja apoiada no elemento da construção onde es- c) Condutores isolados em condutas não circulares
tiver fixada a coluna. montadas à vista (refª 4);
d) Cabos mono ou multicondutores em condutas não
803.4.2.12 — Quando houver necessidade de instalar, circulares montadas à vista (refª 4A);
nos ductos, outros equipamentos, nomeadamente os indi- e) Condutores isolados em condutas circulares (tubos)
cados na secção 803.2.3.2.3 ou nos casos de alimentações embebidas nos elementos da construção, em alvenaria (refª 5);
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f) Cabos mono ou multicondutores em condutas circu- t) Cabos mono ou multicondutores em condutas, enter-
lares (tubos) embebidos nos elementos da construção, em rados (refª 61).
alvenaria (refª 5A);
g) Cabos mono ou multicondutores (com ou sem arma- 803.4.3.2 — Nas colunas podem também ser utilizadas
dura) fixados às paredes (refª 11); canalizações pré-fabricadas (veja-se 521.4).
h) Cabos mono ou multicondutores (com ou sem arma- 803.4.3.3 — As canalizações das colunas estabelecidas
dura) fixados aos tectos (refª 11A); à vista devem ter um código IK não inferior a IK 08.
i) Cabos mono ou multicondutores (com ou sem arma- 803.4.3.4 — Nas canalizações das colunas, os conduto-
dura) em caminhos de cabos não perfurados (refª 12); res isolados ou os cabos não devem ter características
j) Cabos mono ou multicondutores (com ou sem arma- inferiores às do tipo 07 (450 V / 750 V).
dura) em caminhos de cabos perfurados (refª 13); 803.4.3.4 — Nas colunas, sempre que possa haver peri-
k) Cabos mono ou multicondutores (com ou sem arma- go de propagação de um incêndio, as canalizações devem
dura) em consolas (refª 14); ser interceptadas por septos, que evitem o efeito de cha-
l) Cabos mono ou multicondutores (com ou sem arma- miné.
dura) fixados por braçadeiras e afastados dos elementos 803.4.4 — Condutas.
da construção (refª 15); 803.4.4.1 — Nas canalizações das colunas, as condutas
m) Cabos mono ou multicondutores (com ou sem arma- devem ter paredes interiores lisas e apresentarem um có-
dura) em escadas (para cabos) (refª 16); digo IK não inferior a:
n) Condutores isolados em condutas não circulares
embebidas durante a construção do edifício (refª 24); a) IK 08, quando estabelecidas à vista;
o) Cabos mono ou multicondutores em condutas não b) IK 07, quando embebidas.
circulares embebidas durante a construção do edifício
(refª 24A); 803.4.4.2 — Nas colunas, as condutas pertencentes à
p) Cabos mono ou multicondutores em tectos falsos ou mesma canalização devem ser contíguas, sem interposição
suspensos (refª 25); de materiais ferromagnéticos.
q) Condutores isolados ou cabos mono ou multicon- 803.4.5 — Dimensões mínimas das condutas
dutores em calhas fixadas a elementos da construção em 803.4.5.1 — Nas colunas, as condutas devem ter diâme-
percursos horizontais (refª 31); tro ou dimensões da secção recta tais que permitam o fácil
r) Condutores isolados ou cabos mono ou multicondu- enfiamento e desenfiamento dos condutores isolados ou
tores em calhas fixadas a elementos da construção em per- dos cabos.
cursos verticais (refª 32); 803.4.5.2 — No caso de nas colunas serem utilizados
s) Condutores isolados ou cabos mono ou multicondu- condutores isolados do tipo H07V e de tubos do tipo VD,
tores em calhas fixadas a elementos da construção em per- estes não devem ter diâmetros nominais inferiores aos
cursos verticais (refª 34 e 34A); indicados no quadro 803C.
QUADRO 803C
Diâmetro nominal dos tubos do tipo VD, em função da secção e do número de condutores da coluna
(primeiro estabelecimento)
10 32 32 32 40 40
16 32 32 40 40 50
25 32 40 50 50 63
35 32 50 63 63 63
50 40 50 63 75 75
70 40 63 75 75 90
95 50 63 90 90 90
240 75 110 - - -
300 75 110 - - -
400 90 - - - -
500 110 - - - -
(*) Para condutores de secção nominal superior a 16 mm2, os valores correspondentes a quatro e a cinco condutores consideram que, respectivamente, 1
ou 2 condutores são de secção reduzida (condutor neutro - N e condutor de protecção - PE).
803.4.5.3 — No caso de, nas colunas, serem utilizados determinados de modo que a soma das secções corres-
cabos ou outros condutores isolados e condutas de tipos pondentes ao diâmetro exterior médio máximo dos condu-
diferentes dos referidos na secção 803.4.5.2, o diâmetro ou tores isolados ou cabos não exceda 20% da secção recta
as dimensões da secção recta das condutas devem ser interior da conduta.
Diário da República, 1.ª série — N.º 175 — 11 de Setembro de 2006 6682-(189)
803.4.5.4 — Quando se verificar a necessidade de au- caso indicado na secção 803.4.5.3, a percentagem
mentar posteriormente a secção nominal dos condutores de ocupação seja 40% da secção recta interior do tubo
da coluna, com vista a facultar a utilização de potências ou da conduta. Nesta situação, o quadro 803C pode ser
superiores às inicialmente previstas, permite-se que, no substituído pelo quadro 803D.
QUADRO 803D
Diâmetro nominal dos tubos do tipo VD, em função da secção e do número de condutores da coluna
(em caso de aumento de potência )
10 16 20 25 32 32
16 16 25 32 32 32
25 20 32 32 40 40
35 25 32 40 40 50
50 25 40 50 50 50
70 32 40 50 63 63
95 32 50 63 63 75
120 40 50 63 75 75
150 40 63 75 75 90
185 50 63 75 90 90
240 50 75 90 90 110
500 75 110 - - -
(*) Para condutores de secção nominal superior a 16 mm2, os valores correspondentes a quatro e a cinco condutores consideram que, respectivamente, 1
ou 2 condutores são de secção reduzida (condutor neutro - N e condutor de protecção - PE).
803.4.6 — Dimensionamento das colunas. cais de habitação não devem ser inferiores aos indicados
803.4.6.1 — A secção nominal das colunas deve ser no quadro 803A (veja-se 803.4.3.2).
determinada em função da potência a fornecer às instala- 803.4.7 — Colunas independentes.
ções eléctricas (de utilização) por elas alimentadas e dos 803.4.7.1 — Num edifício pode haver uma ou mais colu-
respectivos factores de simultaneidade, tendo em atenção nas para alimentar as diversas instalações eléctricas (de
as quedas de tensão, as intensidades de corrente máximas utilização) desse edifício.
admissíveis na canalização e a selectividade das protec- 803.4.7.2 — As instalações eléctricas (de utilização) dos
ções. serviços comuns do edifício, bem como as que possam
803.4.6.2 — A secção nominal das colunas deve ser, afectar com perturbações as outras instalações eléctricas
pelo menos, igual à das entradas que delas derivam. (de utilização) do edifício, devem ser alimentadas directa-
803.4.6.2 — As colunas devem ser trifásicas e não de- mente do quadro de colunas.
vem ter secção nominal inferior a 10 mm2. 803.4.7.3 — A regra indicada na secção 803.4.7.2 pode
803.4.6.3 — As colunas devem ter, em regra, o mesmo ser dispensada no caso das instalações eléctricas (de uti-
número de condutores e a mesma secção nominal ao lon-
lização) dos serviços comuns do edifício apenas compre-
go de todo o seu percurso.
enderem instalações para iluminação e outros usos de
803.4.6.4 — Sem prejuízo do disposto nas secções
pequena potência, situação em que podem ser alimenta-
803.4.6.1 a 803.4.6.3, para colunas alimentadas na sua par-
te inferior e para secções superiores a 25 mm2, a secção das a partir da caixa de coluna do andar em que estiver o
nominal das colunas pode ser diminuída sem haver pro- respectivo quadro.
tecção contra sobreintensidades, até duas secções nomi- 803.4.8 — Condutor de protecção.
nais abaixo desta, desde o início até à ultima caixa de As colunas devem ser dotadas de condutor de protec-
coluna, se essa mudança de secção abranger, pelo menos, ção, o qual deverá ter secção nominal e ser estabelecido
três caixas de coluna da mesma coluna. de acordo com as regras indicadas nas presentes Regras
803.4.6.5 — Para as colunas alimentadas na sua parte Técnicas.
superior e para as colunas horizontais, a secção dos con- 803.4.9 — Continuidade das colunas.
dutores deve ser uniforme ao longo de todo o seu per- A continuidade das colunas deve satisfazer às regras
curso, não se permitindo, por isso, a redução referida na indicadas nas secções 803.4.9.1 e 803.4.9.2.
secção 803.4.6.4 (para as colunas alimentadas na sua par- 803.4.9.1 — Nos troços das colunas de igual secção
te inferior). nominal, os condutores não devem ser cortados ao longo
803.4.6.6 — Os factores de simultaneidade a considerar do seu percurso, apenas se permitindo o corte do isola-
no dimensionamento das colunas destinadas a alimentar mento nas caixas de coluna, para efeito de efectuar deri-
instalações eléctricas (de utilização) estabelecidas em lo- vações.
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definição das características desse equipamento e das re- 803.6.2 — O quadro dos serviços comuns deve ser lo-
feridas dimensões para o local, deve ser consultado o calizado junto da entrada do edifício e, sempre que possí-
distribuidor público de energia eléctrica. vel, na proximidade do quadro de colunas.
803.5.8.5 — As portas dos locais de contagem devem 803.6.3 — As canalizações da instalação eléctrica (de
abrir para o exterior. utilização) dos serviços comuns devem ser estabelecidas
803.5.9 — Instalação alimentada por mais de uma fonte nas zonas comuns do edifício.
de energia. 803.6.4 — Os anexos às habitações que tenham acesso,
803.5.9.1 — Quando uma instalação eléctrica (de utiliza- apenas, pelas zonas comuns (incluindo os logradouros) do
ção) puder ser alimentada por mais de uma fonte de ener- edifício devem ser alimentados a partir do quadro de en-
gia, as entradas devem ser previstas de forma a tornar trada da habitação de que fazem parte, por circuitos a eles
impossível o paralelo entre neutros ligados a terras de destinados e que atravessem, apenas, as zonas comuns
alimentações distintas, excepto se houver garantia de que do edifício e os locais afectos à habitação que os alimen-
esse paralelo não tem inconvenientes.
ta. Nesta situação, deve existir, junto do acesso normal
803.5.9.2 — Quando uma das entradas for da rede de
do respectivo anexo, um dispositivo de corte que corte
distribuição pública, os dispositivos de corte das entra-
todos os condutores activos dos circuitos a ele destina-
das (interruptores, disjuntores ou inversores) devem cor-
dos.
tar todos os condutores activos.
803.5.9.3 — Quando uma instalação eléctrica (de utiliza- 803.7 — Eléctrodo de terra dos edifícios.
ção) alimentada por uma rede de distribuição (pública) de Os edifícios devem ser dotados de um eléctrodo de
energia eléctrica em baixa tensão possa também ser alimen- terra das massas, que deve ser interligado com o barra-
tada por uma central geradora privativa, as entradas de- mento de terra do quadro de colunas respectivo e com as
vem ser previstas por forma a tornar impossível o forneci- restantes ligações à terra das massas, previstas nas pre-
mento de energia da central à rede de distribuição. sentes Regras Técnicas.
803.5.9.4 — A regra indicada na secção 803.5.9.3 não se 803.8 — Verificação das instalações.
aplica às Instalações de Produção Independente de Ener- 803.8.1 — As instalações colectivas devem ser sujeitas
gia Eléctrica. a inspecções (verificação inicial — veja-se 61, e verifica-
803.6 — Serviços comuns. ção após a entrada em serviço — veja-se 62), de periodi-
803.6.1 — As instalações eléctricas (de utilização) das cidade não superior a dez anos.
zonas comuns dos edifícios devem ser alimentadas a par- 803.8.2 — As entradas devem ser inspeccionadas sem-
tir de um quadro específico, designado por «quadro dos pre que o forem as respectivas instalações eléctricas (de
serviços comuns». utilização).