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O Cálcio é um macronutriente catiônico e secundário muito importante para o desenvolvimento das plantas,
encontrado no solo na forma de carbonatos, sulfatos e silicatos. Absorvido pelas raizes por fluxo massa. No
xilema é Ca+2. No floema é imóvel, sua deficiência se dá em folhas novas.
A principal forma de se fornecer cálcio (Ca) para as plantas é pela calagem, isto é, a aplicação de calcário no
solo, que também corrige a acidez.O calcário contém carbonato de Ca e de magnésio (Mg) que, ao reagirem
com ácidos orgânicos do solo liberam o íon OH–, proporcionando correção da acidez. Portanto, a calagem
corrige a acidez do solo e fornece Ca e Mg para as plantas.
A correção da acidez eleva o pH (5-6 neutro), aumenta a disponibilidade de nutri para as plantas,
principalmente de fosforo, que é importante na produção de grão. E reduz os níveis dos elementos tóxicos:
alumínio (Al³+) e manganês (Mn). Raiz nova absorve cálcio.
Redução do Al toxico proporciona maior desenvolvimento de raiz, quanto mais novas mais essas absorvem
Ca. Quanto mais profundas maior é a absorção e maior a resistência a veranicos. Por ser o Ca um
componente da parede celular (lamela média), as plantas bem supridas com ele normalmente são mais
resistentes ao estresse climático (calor, seca) e mais tolerantes às doenças bacterianas.
O Magnésio (Mg) é um macronutriente catiônico e secundário muito importante para o desenvolvimento das
plantas. Como acontece com o K(Potássio) e o Ca (Cálcio), ele é encontrado no solo sob a forma de minerais
primários, carbonatos, sulfatos, minerais secundários e matéria orgânica.
É um constituinte da molécula de clorofila, necessário a várias reações enzimáticas, controle osmótico,
fosforilação e desfosforilação. Por ser constituinte da clorofila a sua deficiência aparece com um
amarelecimento entre as nervuras das folhas mais velhas. Sua deficiência se da em folhas velha, sendo
então móvel no floema. É absorvido na forma de Mg +2 e Mg-quelato. Contato com a raiz se da por fluxo de
massa.
Deve-se destacar que a deficiência de Magnésio no solo pode surgir em decorrencia de 5
situações:
Para que o ion seja absorvido é necessário que ocorra o contato ion/raiz. Esse contato se da por três formas
diferentes: DIFUSÃO: quando o ion se move do local de maior concentração para o de menor concentração.
FLUXO DE MASSA: quando a água absorvida pelas plantas arrasta consigo os nutrientes dissolvidos no
solução do solo para próximo da superfície radicular onde ficam disponíveis para a absorção.
INTERCEPTAÇÃO RADICULAR: Ocorre quando as raízes, ao crescerem explorando o solo em todas as
direções, entram em contato direto com os nutrientes a serem absorvidos.
Nutrientes muito móveis na solução do solo, como o NO 3-, tendem a chegar até as raízes por fluxo de massa,
enquanto que elementos que tendem a ficar imobilizados, como o H 2PO4, tem dificuldade de ser carreados
por fluxo de massa, chegando as raízes por difusão. Além disto, o tamanho do sistema radicular é muito
importante para a absorção de elementos que entram em contato com a raiz por difusão (fósforo e potássio) e
interceptação (cálcio).
NITROGENIO (N)
O Nitrogênio (N) é o principal macronutriente para as plantas, e apresenta uma característica distinta, pode
ser encontrado e absorvido tanto na forma catiônica como aniônica. A fonte primária deste elemento é o ar,
mas para ser absorvido pela plantas ele precisa ser fixado ou combinado a outros elementos. Sua fixação
depende de outros nutrientes de bactérias fixadoras.
O N é absorvido predominantemente pelas raízes e nas formas de NO 3 (nitrato) e NH+4(amônio) (com
predominância da primeira). E também em forma de AA. Normalmente o NO 3 é a fonte preferencial mas a
dependência da espécie da planta e alguns fatores ambientais devem ser considerados. Entre estes fatores
destacam-se o pH , a temperatura e o teor de carboidratos nas raízes. O NO 3 absorvido pode ser reduzido a
NH+4 atraves de enzimas, nitrato redutase e nitrito redutase.
Nitrato vira amônio, que vira aminoácido. E se for absorvido na forma de amônio reduz a aminoácido direto. A
redução de nitrato para amônio gasta ATP, ou seja, a melhor fonte de N seria amônio, que vira aa sem gastar
ATP.
No solo o amônio é reduzido pelas nitrobacter ou nitrossomona para nitrato, que acidifica o solo. (Processo de
nitrificação).
E na planta o nitrato vira amônio, que depois se converte a aa. É melhor oferecer amônio porque ele não
gasta ATP pra virar aa, é rapidamente reduzido a aa porque ele é toxico para células da planta.
Para que ocorra as reduções dois elementos muito importantes são, molibdênio e enxofre, por isso é
interessante a aplicação desses via foliar quando se aplica nitrogênio. Pois auxiliam na redução do N.
Em hortaliças a aplicação de N deve ser cuidadosa, pois em excesso a planta pode vegetar,
fazendo que se tenha frutos menores e menor produtividade.
Como escolher qual utilizar? Teor de nitrogênio presente (concentração e formula química),
Elementos acompanhantes, Indice Salino, Efeito no ph, Solubilidade, Umidade cítrica, Volatização, Lixiviação.
Levar em consideração quando for escolher a concentração e a vazão usada.
Uréia: Possui 45% de N. A uréia é um adubo mineral sintetizado industrialmente, com, aproximadamente, 44
% de N, cuja fórmula química é CO(NH2)2. É sintetizada a partir da combinação de amônia (NH3) líquida com
gás carbônico. As plantas não absorvem a uréia diretamente, esta deve ser transformada em NH 4+ (amônio)
ou NO3-(nitrato), que são as formas preferencialmente absorvidas. Ao se aplicar a uréia no solo, esta é
rapidamente hidrolisada pela ação da urease, enzima liberada por microrganismos, formando NH 4+segundo a
reação simplificada: CO(NH2)2 + 2 H 2O --> 2 NH4+ + CO32- + OH-.
+ -
Pela reação, pode-se notar que, além da formação de NH4 , há liberação de OH , o que eleva bastante o pH
em torno do grânulo de uréia aplicado. O NH 4+ formado poderá ser absorvido pelas plantas, imobilizado por
microrganismos, convertido à NO3- por meio da nitrificação ou adsorvido por forças eletrostáticas aos sítios de
troca do solo. Além disso, pode ocorrer a rápida transformação do NH 4+ em NH3 (g) (amônia), que é um gás e
se perde para a atmosfera, fenômeno denominado como volatilização da amônia.
A reação simplificada de volatilização da amônia é a seguinte: NH4+ + OH- ↔ NH3 (g) + H2O. Para diminuir
esses problemas se usa polímeros que funcionam como capa para o grão de ureia, ou inibidores da enzima
uréase, como exemplo, o produto NBPT (inibidor da enzima uréase).
O umedecimento do solo, imediatamente após a aplicação da uréia, é mais importante do que a condição de
umidade do solo no momento da aplicação. A água diminui a volatilização da amônia se for suficiente para
diluir a concentração de OH- ao redor dos grânulos de uréia, além de proporcionar a incorporação de uréia ao
solo. Se a quantidade de água for suficiente para incorporar a uréia ao solo, como numa chuva ou irrigação,
as perdas de N por volatilização são mínimas. A ação da água deve ocorrer o mais rápido possível, pois a
maior perda de nitrogênio por volatilização se dá em até seis dias após a aplicação da uréia.
Em temperaturas mais baixas a ação dos microrganismos é reduzida, diminuindo a hidrólise da uréia. Solos
com elevada CTC apresentam elevada capacidade de reter o NH 4+, o que dificulta a volatilização de amônia.
Por isso, a volatilização é menor em solos argilosos do que em solos arenosos.
Sulfato de amônio: Possui 21% de N e 24% de S. É produzido através da reação do acido sulfúrico e da
amônia, porém também sofre volatização.
Nitrato de amônio: Possui 34% de N. Fonte nítrica e amoniacal, é o que menos volatiza e o que menos
acidifica o solo, sendo muito usado como adubo liquido. Requer o uso de aditivos para reduzir o
empedramento e esfarelamento. Bastante usado em hortaliças.
Soluções nitrogenadas: Contem ureia e nitrato de amônio, varia de 21 a 32% de N.
FOSFORO (P)2
O Fósforo (P) é um macronutriente aniônico importantíssimo para o desenvolvimento das culturas. Ele ocorre
na natureza na forma orgânica e inorgânica, sendo que a na maioria das vezes, na forma inorgânica ele se
encontra ligado ao Cálcio (PCa), ao Ferro (PFe) e ao alumínio (PAl), sendo que na sua quase totalidade não
se encontra disponível as plantas.
Absorção se dá pela raiz e pelas folhas na forma de H2PO4. Porém, nas folhas é muito lento a absorção,
levando de quatro a quinze dias para absorver metade do que foi aplicado. Contato ion raiz é por difusão
(lento). Há de se ressaltar que o pH ideal para a disponibilidade de fósforo às plantas está entre 6,0 e 6,5. O
excesso de fosforo diminui a quantia de micro catiônicos na planta (ex: zinco), isso geralmente acontece em
locais fechados, como estufa.
Principais plantas que sofrem com a deficiência de Fósforo: Cana de açúcar, milho, arroz, soja, café, feijão,
citros, algodão, trigo, forrageiras, etc.
POTÁSSIO (K)
O Potássio (K) é um macronutriente catiônico, sendo considerado o mais abundante na planta. Sua principal
forma de absorção é pelas raízes, na forma de k2O, sendo 70% por difusão e 30% por fluxo de massa. Não se
liga a nenhum composto orgânico, é um regulador osmótico e catalisador. Auxilia na proteção de patógenos e
na abertura e fechamento de estômatos.
Deve-se observar porque é essencial no solo, porém lixivia com muita falicidade em solos arenosos, ou com
baixa CTC. Sua aplicação nesses casos desse ser feita parcelada. Excesso de potássio
Efeitos positivos do Potássio nas plantas (resultados da sua presença em quantidade adequada)
O Enxofre (S) é um macronutriente aniônico secundário muito importante para o desenvolvimento das plantas
juntamente com o Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K). Ele é encontrado na natureza de duas formas:
na matéria orgânica (na forma de sulfetos e sulfatos) e livre na natureza, neste caso disponível apenas em
depósitos vulcânicos ou sedimentares.
Sempre pega carona com outros nutrientes quando vai ser feito a adubação, como ex, o supersimples e o
gesso. Compoe a estrutura de três aa muito importantes para as plantas. A absorção radicular á na forma
SO4 e aa, sendo por fluxo de massa. E a absorção foliar é lenta, sendo por SO 4, aa, fungicida, acaricida. É
imóvel no floema, deficiência em folhas novas.
Sua adsorção é melhor em solos argilosos, em solos arenosos é muito comum a sua lixiviação.
Principais plantas que sofrem com a deficiência de Enxofre: Algodão, arroz, café, cana-de-açúcar, citros,
feijão, milho, repolho, soja, sorgo e trigo, entre outras.
BORO (B)
O Boro é um micronutriente aniônico, disponível para as plantas encontra-se na solução do solo como ácido
bórico não dissociado H3BO3 ou dissociado B(OH) -4, absorvido por raízes e folhas. É o micro que mais é
deficiente no solo, seguido por zinco.
É imóvel no floema, o que significa que sua deficiência sera em folhas novas. A absorção mais rápida é
através da raizes, em forma de acido bórico dissociado. Quando aplicado junto com o cálcio dão mais
qualidade ao fruto e formam parede celular.
Um fator muito importante para a sua disponibilidade do solo é o pH. A Matéria Orgânica também é uma
importante fonte de B para as plantas, assim como também sofre influencia do tipo de solo: correndo o risco
de lixiviação nos solos arenosos e boa fixação e disponibilidade nos solos argilosos.
ZINCO (Zn)
O Zinco (Zn) é um micronutriente catiônico componente comum das rochas ígneas, um dos pontos mais
interessantes sobre o Zinco é que sua presença no solo não está diretamente correlacionada com sua
disponibilidade para as plantas.
Outra característica importante do zinco é que a sua disponibilidade é afetada pelo pH do solo, sendo mais
disponível em solos mais ácidos. Isso significa que calagem excessiva pode provocar deficiência de zinco, no
entanto, em solos com pH ácido a deficiência de Zn pode aparecer depois da aplicação de adubos fosfatados
solúveis.
MOLIBDENIO (Mo)
O Molibdênio (Mo) é um micronutriente aniônico originário da decomposição das rochas. Ele está presente no
solo de 4 formas:
É comercializado junto com o Cobalto (CoMo), e esta ligado a nitrogenase que capta o N da atmosfera, por
isso é muito usado na Soja (FBN). Tambem faz parte da redução do nitrato para amônio.
FERRO (Fe)
O Ferro (Fe) é um micronutriente catiônico e constitui 5% da crosta terrestre, a coloração dos solo, em muito
é resultante da presença dos óxidos livre. Sua absorção é influenciado por Ca, Mg e k. Já os micro cu e zn
podem induzir a sua deficiência por competição.
Assim como os demais micronutrientes um fator muito importante para a sua disponibilidade no solo é o pH, a
presença de Matéria Orgânica e também de Fósforo podem impactar na disponibilidade de Ferro para as
plantas. Isso se deve, principalmente, ao fato de que para ser absorvido pelas plantas ele precisa passar por
uma redução de Fe³+ para Fe²+.
MANGANES (Mn)
O Manganês (Mn) é um micronutriente catiônico e é o 11º elemento mais abundante na natureza. Sua
presença no solo deriva dos óxidos, carbonatos, silicatos e sulfetos.