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Apresentação
Volnei Garrafa
Professor titular e coordenador da
Cátedra UNESCO de Bioética da UnB
DECLARAÇÃO UNIVERSAL SOBRE BIOÉTICA E DIREITOS HUMANOS1
A Conferência Geral,
Consciente da capacidade única dos seres humanos de refletir sobre sua própria
existência e sobre o seu meio ambiente; de perceber a injustiça; de evitar o perigo;
de assumir responsabilidade; de buscar cooperação e de demonstrar o sentido
moral que dá expressão a princípios éticos,
1
Adotada por aclamação em 19 de outubro de 2005 pela 33a. Sessão da Conferência Geral da UNESCO
Tribais em Países Independentes, de 27 de Junho de 1989, o Tratado
Internacional sobre Recursos Genéticos Vegetais para a Alimentação e a
Agricultura, adotado pela Conferência da FAO em 3 de Novembro de 2001 e que
entrou em vigor em 29 de Junho de 2004, a Recomendação da UNESCO sobre a
Importância dos Pesquisadores Científicos, de 20 de Novembro de 1974, a
Declaração da UNESCO sobre Raça e Preconceito Racial, de 27 de Novembro de
1978, a Declaração da UNESCO sobre as Responsabilidades das Gerações
Presentes para com as Gerações Futuras, de 12 de Novembro de 1997, a
Declaração Universal da UNESCO sobre a Diversidade Cultural, de 2 de
Novembro de 2001, o Acordo sobre os Aspectos dos Direitos de Propriedade
Intelectual Relacionados ao Comércio (TRIPS) anexo ao Acordo de Marraqueche,
que estabelece a Organização Mundial do Comércio, que entrou em vigor em 1 de
Janeiro de 1995, a Declaração de Doha sobre o Acordo de TRIPS e a Saúde
Pública, de 14 de Novembro de 2001, e outros instrumentos internacionais
relevantes adotados pela Organização das Nações Unidas e pelas agências
especializadas do sistema da Organização das Nações Unidas, em particular a
Organização para a Alimentação e a Agricultura da Organização das Nações
Unidas (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS),
DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 1 – Escopo
Artigo 2 – Objetivos
PRINCÍPIOS
Deve ser respeitada a autonomia dos indivíduos para tomar decisões, quando
possam ser responsáveis por essas decisões e respeitem a autonomia dos demais.
Devem ser tomadas medidas especiais para proteger direitos e interesses dos
indivíduos não capazes de exercer autonomia.
Artigo 6 – Consentimento
O impacto das ciências da vida sobre gerações futuras, incluindo sobre sua
constituição genética, deve ser devidamente considerado.
Devida atenção deve ser dada à inter-relação de seres humanos com outras
formas de vida, à importância do acesso e utilização adequada de recursos
biológicos e genéticos, ao respeito pelo conhecimento tradicional e ao papel dos
seres humanos na proteção do meio ambiente, da biosfera e da biodiversidade.
APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS
PROMOÇÃO DA DECLARAÇÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Se a aplicação dos princípios da presente Declaração tiver que ser limitada, tal
limitação deve ocorrer em conformidade com a legislação, incluindo a
legislação referente aos interesses de segurança pública para a investigação,
constatação e acusação por crimes, para a proteção da saúde pública ou para
a proteção dos direitos e liberdades de terceiros. Quaisquer dessas legislações
devem ser consistentes com a legislação internacional sobre direitos humanos.
Nada nesta Declaração pode ser interpretado como podendo ser invocado por
qualquer Estado, grupo ou indivíduo, para justificar envolvimento em
qualquer atividade ou prática de atos contrários aos direitos humanos, às
liberdades fundamentais e à dignidade humana.