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NEGOCIAÇÃO, MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM – P2

PROFESSORA: CARLA VERÔNICA PARAÍZO


RENAN CAIRE CAMILLO ROCHA
101180257

1) Quais são as principais diferenças entre arbitragem, mediação e negociação?


Fundamente com base na doutrina.

RESPOSTA: A arbitragem é uma forma de autocomposição das partes, onde


estas convencionam que, na ocorrência de um litígio irão resolvê-lo perante
arbitro, afastando a situação do judiciário, que irá impor uma decisão com força
de sentença judicial e capacidade executiva de título judicial, assim como na
jurisdição estatal, as partes formulam pedidos e adotam previamente uma
posição específica. A mediação, é apenas uma forma de aproximação das partes,
onde o mediador não propõe resolução de litígios, visando apenas a abertura da
possibilidade de um diálogo entra as partes litigantes.
Na conciliação, o terceiro facilitador da conversa interfere de forma mais direta
no litígio e pode chegar a sugerir opções de solução para o conflito, não sendo
obrigatório que as partes acatem a decisão, diferentemente da arbitragem onde
há a imposição de uma solução.

2) Quais são as vantagens da arbitragem em comparação à resolução do conflito


pelo judiciário? Fundamente com base na doutrina.

RESPOSTA: As vantagens da arbitragem em comparação ao judiciário são:


Celeridade: não há segunda análise de mérito, sendo assim o tempo de
dura~~ao do processo é reduzido. A arbitragem é baseada no princípio da
irrecorribilidade das sentenças arbitrais;
Sigilo: diferentemente do judiciário, as partes, com base no princípio da
autonomia da vontade podem utilizar da confidencialidade durante o processo
arbitral;
Especialidade do árbitro e confiança das partes: na arbitragem as partes
podem escolher um ou mais árbitros
Economia: as custas de um processo arbitral são menores a de um processo
judicial.

3) A cláusula compromissória de arbitragem tem eficácia no


contrato de adesão? Fundamente com base na Lei n.º 9.307/96.

RESPOSTA: De acordo com o artigo 4º, § 2º, da Lei nº 9.307/96


“a cláusula compromissória só terá eficácia se o aderente tomar a
iniciativa de instituir a arbitragem ou concordar, expressamente, com
a sua instituição, desde que por escrito em documento anexo ou em
negrito, com a assinatura ou visto especialmente para essa cláusula.”

4) O que é compromisso arbitral? Quais são as espécies de tal instituto? O que


necessariamente deverá constar no compromisso arbitral? Fundamente com base
na Lei n.º 9.307/96.

RESPOSTA: Compromisso arbitral é a convenção através da qual as partes


submetem um litígio á arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo ser judicial
ou extrajudicial. Conforme Lei nº 9.307/96:

“Art. 9º O compromisso arbitral é a convenção através da qual


as partes submetem um litígio à arbitragem de uma ou mais
pessoas, podendo ser judicial ou extrajudicial.”

O compromisso arbitral judicial celebrar-se-á por termo nos autos, perante o


juízo ou tribunal, onde tem o curso da demanda, já o extrajudicial será celebrado
por escrito particular, assinado por duas testemunhas, ou por instrumento
público.

5) Quais são as hipóteses de impedimento e de suspeição do árbitro? Fundamente


com base nas Leis n.º 9.307/96 e n.º 13.105/15.

RESPOSTA: Conforme disposição da Lei nº 93.307/96, narra o artigo 14 que


se aplica aos árbitros, os mesmos deveres e responsabilidade dos juízes,
conforme previsão do Código de Processo Civil. Diante disto, as hipóteses de
suspeição e impedimento do árbitro estão dispostas nos artigos 144 e 145, da Lei
nº 13.105/15, in verbis:
“Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer
suas funções no processo: I - em que interveio como mandatário
da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do
Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha;
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo
proferido decisão;
III - quando nele estiver postulando, como defensor público,
advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou
companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em
linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou
companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta
ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração
de pessoa jurídica parte no processo;
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador
de qualquer das partes;
VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual
tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação
de serviços;
VIII - em que figure como parte cliente do escritório de
advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente,
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro
grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro
escritório;
IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado.
§ 1º Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica
quando o defensor público, o advogado ou o membro do
Ministério Público já integrava o processo antes do início da
atividade judicante do juiz.
§ 2º É vedada a criação de fato superveniente a fim de
caracterizar impedimento do juiz. § 3º O impedimento previsto
no inciso III também se verifica no caso de mandato conferido a
membro de escritório de advocacia que tenha em seus quadros
advogado que individualmente ostente a condição nele prevista,
mesmo que não intervenha diretamente no processo.
“Art. 145. Há suspeição do juiz:
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus
advogados;
II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na
causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar
alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar
meios para atender às despesas do litígio;
III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de
seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta
até o terceiro grau, inclusive;
IV - interessado no julgamento do processo em favor de
qualquer das partes.

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