O documento discute as diferenças entre arbitragem, mediação e negociação, as vantagens da arbitragem em relação ao judiciário e as hipóteses de impedimento e suspeição do árbitro de acordo com a lei brasileira.
O documento discute as diferenças entre arbitragem, mediação e negociação, as vantagens da arbitragem em relação ao judiciário e as hipóteses de impedimento e suspeição do árbitro de acordo com a lei brasileira.
O documento discute as diferenças entre arbitragem, mediação e negociação, as vantagens da arbitragem em relação ao judiciário e as hipóteses de impedimento e suspeição do árbitro de acordo com a lei brasileira.
1) Quais são as principais diferenças entre arbitragem, mediação e negociação?
Fundamente com base na doutrina.
RESPOSTA: A arbitragem é uma forma de autocomposição das partes, onde
estas convencionam que, na ocorrência de um litígio irão resolvê-lo perante arbitro, afastando a situação do judiciário, que irá impor uma decisão com força de sentença judicial e capacidade executiva de título judicial, assim como na jurisdição estatal, as partes formulam pedidos e adotam previamente uma posição específica. A mediação, é apenas uma forma de aproximação das partes, onde o mediador não propõe resolução de litígios, visando apenas a abertura da possibilidade de um diálogo entra as partes litigantes. Na conciliação, o terceiro facilitador da conversa interfere de forma mais direta no litígio e pode chegar a sugerir opções de solução para o conflito, não sendo obrigatório que as partes acatem a decisão, diferentemente da arbitragem onde há a imposição de uma solução.
2) Quais são as vantagens da arbitragem em comparação à resolução do conflito
pelo judiciário? Fundamente com base na doutrina.
RESPOSTA: As vantagens da arbitragem em comparação ao judiciário são:
Celeridade: não há segunda análise de mérito, sendo assim o tempo de dura~~ao do processo é reduzido. A arbitragem é baseada no princípio da irrecorribilidade das sentenças arbitrais; Sigilo: diferentemente do judiciário, as partes, com base no princípio da autonomia da vontade podem utilizar da confidencialidade durante o processo arbitral; Especialidade do árbitro e confiança das partes: na arbitragem as partes podem escolher um ou mais árbitros Economia: as custas de um processo arbitral são menores a de um processo judicial.
3) A cláusula compromissória de arbitragem tem eficácia no
contrato de adesão? Fundamente com base na Lei n.º 9.307/96.
RESPOSTA: De acordo com o artigo 4º, § 2º, da Lei nº 9.307/96
“a cláusula compromissória só terá eficácia se o aderente tomar a iniciativa de instituir a arbitragem ou concordar, expressamente, com a sua instituição, desde que por escrito em documento anexo ou em negrito, com a assinatura ou visto especialmente para essa cláusula.”
4) O que é compromisso arbitral? Quais são as espécies de tal instituto? O que
necessariamente deverá constar no compromisso arbitral? Fundamente com base na Lei n.º 9.307/96.
RESPOSTA: Compromisso arbitral é a convenção através da qual as partes
submetem um litígio á arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo ser judicial ou extrajudicial. Conforme Lei nº 9.307/96:
“Art. 9º O compromisso arbitral é a convenção através da qual
as partes submetem um litígio à arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo ser judicial ou extrajudicial.”
O compromisso arbitral judicial celebrar-se-á por termo nos autos, perante o
juízo ou tribunal, onde tem o curso da demanda, já o extrajudicial será celebrado por escrito particular, assinado por duas testemunhas, ou por instrumento público.
5) Quais são as hipóteses de impedimento e de suspeição do árbitro? Fundamente
com base nas Leis n.º 9.307/96 e n.º 13.105/15.
RESPOSTA: Conforme disposição da Lei nº 93.307/96, narra o artigo 14 que
se aplica aos árbitros, os mesmos deveres e responsabilidade dos juízes, conforme previsão do Código de Processo Civil. Diante disto, as hipóteses de suspeição e impedimento do árbitro estão dispostas nos artigos 144 e 145, da Lei nº 13.105/15, in verbis: “Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo: I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha; II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão; III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo; VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes; VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços; VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório; IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado. § 1º Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando o defensor público, o advogado ou o membro do Ministério Público já integrava o processo antes do início da atividade judicante do juiz. § 2º É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do juiz. § 3º O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso de mandato conferido a membro de escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado que individualmente ostente a condição nele prevista, mesmo que não intervenha diretamente no processo. “Art. 145. Há suspeição do juiz: I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados; II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio; III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive; IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes.