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RELATÓRIO 1ª PRÁTICA
CALOR DE NEUTRALIZAÇÃO
CALOR DE MISTURA
RECIFE, 2019
1. INTRODUÇÃO
Nesse sistema o calorímetro pode ser considerado isoperibólico. Seu calor pode ser
calculado pelo balanço de energia a partir da equação:
Sendo assim, a entalpia de neutralização pode ser definida como o calor liberado
durante a neutralização de uma solução diluída de ácido com uma solução diluída
de base. Essa entalpia de neutralização é sempre igual a -55,9 kJ.mol-1.
∆H = Cmist.∆T (4)
Cmist = x1CP,1 + x2CP,2 (5) onde: x1 e x2 – fração molar do soluto e do solvente; CP,1
e CP,2 – calor específico do soluto e do solvente, respectivamente.
d( ∆ H) d( ∆ H)
∆h2 = ∆H – x1 [ dx 1 ] (6) Sendo [ dx 1 ]a inclinação da curva integral
2. OBJETIVOS
3.1.1. Materiais
- Calorímetro
- Cronômetro
- Termômetro de 0 a 50 ºC e outro de -10 a 100 ºC
- Proveta de 500 mL e outra de 100 mL
- 1,5 L de água destilada
3.1.2. Procedimento
- Colocou-se no calorímetro 350 mL de água destilada na temperatura
ambiente e mediu-se a temperatura.
- Aqueceu-se 100 mL de água destilada e mediu-se sua temperatura.
- Em seguida colocou-se rapidamente a água destilada quente no calorímetro
e anotou-se a temperatura a cada 5 segundos, até a mesma ficar constante.
O procedimento foi repetido 3 vezes.
3.2.1. Materiais
- Calorímetro
- Cronômetro
- Termômetro de 0 a 50 ºC e outro de -10 a 100 ºC
- Proveta de 500 mL e quatro de 100 mL
- Quatro béquers de 250 mL
- 1,2 L de Hidróxido de sódio (0,2M)
- 100 mL de cada ácido (clorídrico, sulfúrico, acético e fosfórico) (0,8M)
3.2.2. Procedimento
- Colocou-se no calorímetro 300 mL de Hidróxido de sódio e mediu-se a
temperatura.
- Em seguida colocou-se rapidamente 100 mL do ácido no calorímetro e
anotou-se a temperatura a cada 15 segundos, até a mesma ficar constante.
O procedimento foi repetido uma vez para cada ácido.
3.3.1. Materiais
- Calorímetro
- Cronômetro
- Termômetro de 0 a 50 ºC
- Duas Pipetas Graduadas e uma pera
- Dois béquers de 250 mL
- 450 mL de Acetona
- 400 mL de Clorofórmio
3.3.2. Procedimento
- Determinou-se o volume de cada componente, para nove misturas, no qual
cobriu o intervalo da fração molar x1 de 0,1 a 0,9 de acetona.
- Colocou-se no calorímetro uma amostra de acetona, anoutou-se a
temperatura após equilíbrio térmico
- Em seguida colocou-se rapidamente a amostra correspondente de
clorofórmio no calorímetro e anotou-se a temperatura a cada 10 segundos,
até atingir um máximo e se manter constante.
O procedimento foi repetido uma vez para fração molar de acetona.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
m H 2O . c H 2O( T 1 – T F)
C= (8)
(T F – T 2)
40
38
36
Temperatura (◦C)
34
32
Repetição1
30 Repetição2
Repetição3
28
26
24
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Tempo (s)
T(amb) = 27◦C Tempo (s) T(amb) = 27◦C Tempo (s) T(amb) = 27◦C Tempo (s)
T(qnt) = 82,5◦C T(qnt) = 82◦C T(qnt) = 82◦C
- Sabendo que dH2O ≈ 1g/cm3. Temos que 100 mL de água equivalem a 100 g de
água. Colocando os valores na equação (8).
J
100 g . 4,184 . 45,8 K
C= gK → C = 2032,76 J/K
9,4 K
29
28.5
Temperatura (◦C)
28
27.5 NaOH+HCl
NaOH+CH3COOH
27 NaOH+H3PO4
NaOH+H2SO4
26.5
26
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Tempo (s)
Substituindo os valores na equação (3) e sabendo que calor liberado gera um valor
de ∆H negativo (reação exotérmica);
2032,76 J /K . 1,52 K
∆H = → ∆H = -51,5 kJ.mol-1
0,06 mol
∆H = -47,4 kJ.mol-1
∆H = -54,8 kJ.mol-1
∆H = -62,7 kJ.mol-1
Com esses resultados podemos calcular o erro relativo entre o valor experimental e
o valor teórico:
∆ H ( teórico ) −∆ H (experimental )
ε=| ∆ H ( teórico ) |
Para os ácidos clorídrico, fosfórico, acético e sulfúricos obteve-se 8%, 15%, 2% e
12%, respectivamente.
De acordo com a literatura esperávamos que o calor de neutralização liberado fosse
igual a ∆H = -55,9 kJ.mol-1. Entretanto, esse valor é para o sistema em condições
padrão (1 atm e 25 ºC) no qual o ácido e a base se encontram totalmente
dissociados. No entanto, podemos dizer que os resultados foram satisfatórios, pois
os valores obtidos experimentalmente ficaram próximos ao da literatura. Podemos
indicar alguns fatores que influenciaram na diferença entre o teórico e o
experimental: não estar nas condições padrão, erro do instrumentador (leitura e
manuseamento dos instrumentos) e também o fato de que quanto mais forte o ácido,
maior será a quantidade de íons H+ na solução, por consequente, temos uma maior
interação com os íons OH - da base presente aumentado, assim, a formação de
produtos e o calor liberado. Tendo essa afirmação como base podemos classificar
os ácidos de acordo com sua força, em ordem decrescente: Sulfúrico, Fosfórico,
Clorídrico e Acético.
Além disso, para os ácidos acético e sulfúrico tiveram maior erro relativo, pode-se
afirmar que a força dos mesmos influenciou no resultado obtido, pois para o ácido
acético (ácido fraco) tivemos uma menor quantidade de íons H + na solução,
resultando no ∆H menor (em módulo), já o ácido sulfúrico (ácido forte) tivemos uma
quantidade maior de íons H+ em solução resultando num ∆H maior (em módulo). Já
para os ácido fosfórico e clorídrico tivemos um erro baixo (2%) para um intermediário
enquanto que para o ácido clorídrico tivemos um erro aceitável (8%).
O quadro 4 mostra os dados obtidos nos nove ensaios realizados, cuja temperatura
foi anotada em intervalos de tempo de dez segundos.
Volume Volume
T(amb) = 26,2 ◦C x (acetona) Acetona Clorofórmio
Ensaio 1 0,1 6,3 64,1
Ensaio 2 0,2 13,3 60,3
Ensaio 3 0,3 21,4 56,1
Ensaio 4 0,4 30,4 51,2
Ensaio 5 0,5 40,7 45,8
Ensaio 6 0,6 52,6 39,4
Ensaio 7 0,7 66,5 32
Ensaio 8 0,8 82,9 23,3
Ensaio 9 0,9 102,6 12,8
36
34
Temperatura (◦C)
Ensaio1
Ensaio2
32
Ensaio3
Ensaio4
30 Ensaio5
Ensaio6
28 Ensaio7
Ensaio8
26 Ensaio9
24
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Tempo (s)
Com os valores do quadro (5) foi possível plotar os gráficos de Calor de mistura
integral e diferencial representados pelas figuras 4 e 5, respectivamente.
1427.00
1227.00
f(x) = − 5347.92 x² + 5358.91 x − 148.04
Calor Integral ∆H (J/mol)
1027.00
827.00
627.00
427.00
227.00
27.00
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
Polynomial ()
A figura 4 está coerente com o esperado, pois apresenta o seu valor máximo
próximo a fração de 0,5. Pois, neste ponto temos a fração molar igualitária de soluto
e solvente, isso faz com que a interação entre eles seja maior gerando, assim, um
valor de entalpia maior ou máximo.
A partir dos dados experimentais obtivemos para a curva integral, cuja linha de
tendência é igual a y = -5347,9x 2 + 5358,9x - 148,04. A partir da equação do calor
integral calculamos sua inclinação (d∆H/dx1) que é igual a -10695,8x + 5358,9. Essa
expressão foi usada nos cálculos para determinar a curva do calor diferencial
mostrada na figura 5.
4500.00
3500.00
3000.00
2500.00
2000.00
1500.00
1000.00
500.00
0.00
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
-500.00
Polynomial ()
5. CONCLUSÃO
KOTZ, J.C; TREICHEL, P.M.; WEAVER, G.C. Química Geral e Reações Químicas,
São Paulo, 6ª ed, 2010.
LEE, J.D. Química Inorgânica não Tão Concisa, São Paulo, 5ª ed, Blucher, 1996.
7. QUESTÕES
7.6. Em solução diluída e a 25 ºC, quando um ácido forte é neutralizado por uma
base forte, cerca de 55.892 J são liberados por mol de água formada. A partir do
hidrogênio e do oxigênio gasosos cerca de 285.838 J são liberados na formação de
1 mol de água. Usando esses dados, calcule a soma dos calores de formação dos
íons H+(aq) e OH-(aq).