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REDES IP

PROTOCOLOS E APLICAÇÕES

Curso 1
Fundamentos de Redes de Dados
Redes IP
Protocolos e Aplicações

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Todos os direitos reservados
Fundação Instituto Nacional de Telecomunicações – Finatel
Redes IP
Protocolos e Aplicações

Equipe Multidisciplinar

Prof. MSc. Carlos Augusto Rocha Douglas Rosa


Pró-diretor de Desenvolvimento de Webmaster e Suporte Técnico
Tecnologias e Inovação
Ellen Patrícia
Prof. MSc. André Luís da Rocha Abbade Designer Gráfico e Diagramadora
Gerente de Educação Continuada
Juliano Inácio
Profª. Rosimara Salgado Produtor de Vídeos
Coordenadora NEaD e Designer Instrucional
Luan Osório dos Santos
Engª. Mariana de Almeida C. Duarte Produtor de Vídeos
Autora
Profª. Vera Sônia de Freitas Rocha
Revisora Gramatical
Boas-vindas!
Prezado(a) Aluno(a):

Seja bem-vindo (a) ao curso Fundamentos de Redes de Dados! Aqui


você aprenderá como se dá o processo de comunicação em rede, desde
o “surgimento” do bit até a transmissão da informação.

O Vídeo 1 apresenta o curso Fundamentos de Redes de Dados.

Bons estudos!
Vídeo 1 - Boas-vindas e apresentação do curso
Lista de Ilustrações

Figura 1 - Sistema de Comunicação.............................................................................................................................11


Figura 2 - Cabo par trançado não-blindado..................................................................................................................13
Figura 3 - Cabo par trançado blindado.........................................................................................................................14
Figura 4 - Cabo coaxial fino..........................................................................................................................................15
Figura 5 - Cabo coaxial grosso.....................................................................................................................................16
Figura 6 - Modelos de fibra óptica................................................................................................................................17
Figura 7 - Transmissão paralela....................................................................................................................................22
Figura 8 - Transmissão serial........................................................................................................................................22
Figura 9 - Efeito do ruído em sinais com diferentes taxas de transmissão..................................................................24
Figura 10 - Comparativo dos métodos de detecção de erros.....................................................................................24
Figura 11 - Formato e composição do sinal senoidal analógico..................................................................................26
Figura 12 - Formato e composição do sinal digital......................................................................................................26
Figura 13 - Processo de digitalização do sinal analógico (voz)...................................................................................28
Figura 14 - Sinal analógico............................................................................................................................................28
Figura 15 - Etapa de Amostragem do sinal analógico..................................................................................................29
Figura 16 - Etapa de Quantização do sinal analógico..................................................................................................29
Figura 17 - Etapa de Codificação do sinal analógico...................................................................................................30
Figura 18 - Exemplo de transmissão de dados via Comutação de Circuito.................................................................32
Figura 19 - Exemplo de transmissão de dados via Comutação de Mensagens..........................................................33
Figura 20 - Exemplo de transmissão de dados via Comutação de Pacotes................................................................34
Lista de Siglas e Abreviações

Bit: Binary Digit


CODEC: Coder Decoder
IP: Internet Protocol
PCM: Pulse Code Modulation
Ref: Reference
STB: Strobe
Sumário

Vídeo 1 - Boas-vindas e apresentação do curso...........................................................................................................5


Capítulo 1 - Introdução...................................................................................................................................................9
Capítulo 2 - Sistemas de Comunicação.......................................................................................................................10
Vídeo 2 - O sistema de comunicação..........................................................................................................................12
2.1 Meios de Transmissão..................................................................................................................................13
Vídeo 3 - Os meios de transmissão cabeados............................................................................................................18
Capítulo 3 - Características da Transmissão................................................................................................................20
Vídeo 4 - Conceitos de transmissão Simplex, Half-duplex e Full-duplex....................................................................21
Capítulo 4 - Controle de Erros......................................................................................................................................23
Capítulo 5 - Transmissão da Informação......................................................................................................................25
Vídeo 5 - Conceitos: Analógico e Digital......................................................................................................................27
Capítulo 6 - Comutação de Dados...............................................................................................................................31
Capítulo 7 - Considerações Finais...............................................................................................................................35
Vídeo 6 - Considerações finais.....................................................................................................................................36
Vídeo 7 - Trilha “Redes IP Protocolos e Aplicações”...................................................................................................37
Vídeo 8 - Faça o Quiz e entre no programa de Fidelidade..........................................................................................38
Capítulo 1 - Introdução

A comunicação é uma necessidade na vida do homem desde o


início de sua existência. A comunicação é parte do cotidiano e pode-se
dizer que o homem, desde os seus primórdios, não tem feito outra coi-
sa, se não, utilizar a comunicação. Atualmente, existem inúmeras formas
de se realizar uma comunicação. Dentre os exemplos mais comuns, es-
tão: uma conversação entre duas pessoas (frente a frente), uma conver-
sação telefônica e até mesmo a troca de mensagens por aplicativos ins-
talados em smartphones. São incontáveis, as formas de relacionamento
existentes mediante a era tecnológica em que vivemos.
O objetivo é entender como essas comunicações tecnológicas
são estabelecidas entre dois ou mais terminais.

Anotações
Capítulo 2 - Sistemas de Comunicação

A característica comum entre todos os tipos de comunicação é a


transferência de informação entre um ponto e outro. Para isso, são ne-
cessários – pelo menos - três elementos básicos:

• Fonte
• Meio de Transmissão
• Destino

Entretanto, na maioria dos sistemas, apenas esses elementos


não são suficientes para garantir a transmissão segura e confiável das
mensagens.
A Figura 1 descreve os vários elementos que podem compor um
sistema completo de comunicação:

Anotações
Sistemas de Comunicação 11

Fonte Codificador Emissor

Ruído

Informação
Digital Meio
de Informação
(Informação Tranmissão Digital ou Analógica
representada por
um conjunto
de bits)

Receptor Decodificador Destino

Canal de Informação
Comunicação Digital

Figura 1 - Sistema de Comunicação

Na origem e no destino, as informações são


digitais (binário) e no meio de transmissão a infor-
mação pode ser tanto digital quanto analógica. É por
isso que há a necessidade de adequar o formato da
informação para a inserção no meio físico.
Assista ao Vídeo 2 e entenda melhor sobre o
sistema de comunicação e seus componentes.

Anotações
Vídeo 2 - O sistema de comunicação
Sistemas de Comunicação 13

2.1 Meios de Transmissão

Os meios de transmissão servem para levar • Par Trançado (não-blindado): O par trançado é o
a informação da origem ao destino, e a quantidade meio mais antigo e também o mais popular para
de informação enviada está relacionada diretamente a transmissão de dados. Os fios são trançados
com a frequência dos sinais elétricos codificados. A de dois em dois, para reduzir a interferência
seguir, serão apresentados os meios de transmissão elétrica entre os diversos pares.
mais utilizados:
A Figura 2 ilustra um cabo par trançado:

Figura 2 - Cabo par trançado não-blindado

Glossário

Frequência: É uma grandeza física que indica o nº


de ocorrências de um evento em um determinado
intervalo de tempo
Interferência: Fenômeno que representa a
superposição de dois ou mais comprimentos de onda
num mesmo ponto

Anotações
14 Sistemas de Comunicação

Como principais vantagens, possui bom custo- (que é maior à medida que aumenta a frequência
-benefício devido ao seu baixo preço e bom desem- da transmissão), necessitando de repetidores para
penho a curtas distâncias. É considerado de fácil maiores distâncias.
instalação/manuseio e em redes Ethernet alcançam
até 100 metros de comprimento máximo. Sua taxa de • Par Trançado (blindado): Como o nome sugere,
transmissão oscila entre algumas dezenas de Me- esse cabo possui uma blindagem envolvendo
gabits a Gigabits por segundo. Contudo, tem pouca cada par dentro do cabo.
imunidade a ruídos externos (raios, descargas elétri-
cas e campos magnéticos - como o gerado por mo- A Figura 3 ilustra um cabo par trançado
tores), causando ruídos e perda de informação. Além blindado:
disso, o par trançado sofre problemas de atenuação

Figura 3 - Cabo par trançado blindado

Glossário

Ethernet: É uma tecnologia de camada 2 do Modelo de Referência OSI, a qual


define a arquitetura de interconexão para LAN’s.
Taxa de transmissão: É a quantidade de bits por segundo que um meio
consegue transmitir.
Ruído: Sinais elétricos aleatórios e não previsíveis produzidos por causas
naturais, internas ou externas ao meio.
Repetidor: Equipamento eletrônico utilizado para a interligação de redes,
captando e retransmitindo os sinais pelo mesmo segmento.

Anotações
Sistemas de Comunicação 15

Devido à blindagem, fornece ótimo isolamento constituído de um condutor interno, circunda-


a ruídos e melhora a tolerância do cabo com relação do por uma malha externa. Entre ambos tem
à distância, o que pode ser usado em situações onde um dielétrico (isolante) que os separa. Devido
for necessário crimpar cabos fora do padrão, com à sua baixa e constante capacitância, os cabos
mais de 100 metros. Em contrapartida, o seu custo coaxiais suportam velocidades mais elevadas.
é alto se comparado ao par trançado não-blindado. Possui excelente isolação a ruídos externos e
Além disso, não é considerado de fácil instalação/ma- ao fenômeno da diafonia.
nuseio e a conexão de blindagem deve ser aterrada.
• Cabo coaxial fino (RG-58): Esse cabo é A Figura 4 ilustra um cabo coaxial fino:

Figura 4 - Cabo coaxial fino

Glossário
Diafonia: Também chamada de crosstalk, é uma
interferência indesejada (de um canal sobre
outro). Observado pela primeira vez durante
a 2ª Guerra Mundial, devido à quantidade de
transmissões feitas na época.

Anotações
16 Sistemas de Comunicação

• Cabo coaxial grosso (RG-8): O cabo coaxial


grosso possui características técnicas diferen-
tes do seu modelo fino. O cabo coaxial fino
tem impedância de 50 [Ohms] e é usado para
a transmissão digital em banda base. E o cabo
coaxial grosso tem 75 [Ohms] e é utilizado ti-
picamente para TV a cabo e redes de banda
larga. O custo de ambos os tipos é elevado.

A Figura 5 ilustra o cabo coaxial grosso:

Figura 5 - Cabo coaxial grosso

Esse cabo também possui blindagem e possui


um diâmetro externo maior do que o cabo coaxial
fino. Isso torna a sua instalação mais difícil de ser
executada. Sua capacidade máxima é de 10 Mega-
bits por segundo e o comprimento máximo que ele
alcança é de 500 metros.

• Fibra óptica: Há alguns anos, a fibra óptica tinha


um custo elevado, se comparada aos demais
meios de transmissão. Hoje, com a sua popula-
rização, o preço não é mais considerado como
desvantagem. Sendo assim, a fibra apresenta inú-
meras vantagens, como o baixo índice de atenu-
ação do sinal e a baixa influência de ruídos exter-
nos. Isso implica em uma transmissão confiável,
a altas taxas de transmissão de dados (na ordem Glossário
de Dezenas a centenas de Gigabits por segundo),
por centenas de quilômetros. Atenuação: Perda gradual de
intensidade de qualquer tipo de fluxo
através de um meio de transmissão.
A Figura 6 ilustra uma fibra óptica:

Anotações
Sistemas de Comunicação 17

Figura 6 - Modelos de fibra óptica

Assista ao Vídeo 3 e conheça os meios de


transmissão cabeados que foram citados no texto.
Além de conhecer os meios físicos, você terá a opor-
tunidade de ver, também, o interior do laboratório
“Network”, situado aqui no campus do Inatel. Esse la-
boratório é utilizado pelas áreas de ensino e pesqui-
sa, e conta com equipamentos de última geração. Em
especial, um conjunto completo de soluções fim a fim
em tecnologias da informação e comunicação, tais
como: equipamentos voltados para redes de acesso
móvel, redes de transporte, virtualização e, claro, as
redes IP. Ou seja, tudo o que existe em uma operado-
ra de serviços de telecomunicações. Vamos lá?

Anotações
Vídeo 3 - Os meios de transmissão cabeados
Sistemas de Comunicação 19

• Rádio Terrestre: Nos sistemas de transmissão


via rádio, a comunicação entre o transmissor e
o receptor é feita através de uma onda eletro-
magnética, irradiada por uma antena de trans-
missão e captada por uma antena de recepção.
O espectro de frequências é dividido em faixas,
em que cada faixa tem uma característica de
propagação única.

• Satélite: Os satélites síncronos (ou geoestacio-


nários) acompanham a trajetória da terra, fican-
do sobre a linha do equador a 36.000 Km de
altitude. Essa distância foi matematicamente
calculada para que o satélite necessite do mí-
nimo de energia para se manter em órbita sín-
crona em relação à terra. Neste ponto, a força
gravitacional da terra (que puxa o satélite para
baixo) iguala-se à força centrífuga (que tende
a fazer o satélite sair pela tangente e ir para o
espaço).

Anotações
Capítulo 3 - Características da Transmissão

Um sistema de comunicação de dados possui várias característi-


cas no que diz respeito à direção do fluxo, tipo (Simplex, Half-duplex e
Full-duplex) e a sua natureza (analógica ou digital).
Na transmissão Simplex, a informação é transmitida em uma única
direção. Na transmissão Half-duplex, o envio acontece nos dois senti-
dos, de modo alternado, mas não simultaneamente. E na transmissão
Full-duplex, a informação é transmitida em ambos os sentidos e de modo
simultâneo. Em alguns casos, os sistemas que são fisicamente full-duplex
podem operar como Half-duplex, devido a limitações de interface.
O Vídeo 4 apresenta os conceitos dos tipos de transmissão Simplex,
Half-duplex e Full-duplex.
Na transmissão Paralela o caractere (ou código) é transmitido uma
única vez e no mesmo instante.

Anotações
Vídeo 4 - Conceitos de transmissão Simplex, Half-duplex e Full-duplex
22 Características da Transmissão

A Figura 7 ilustra uma transmissão paralela


em que um conjunto de 8 bits é preparado para ser
enviado.

Caractere 2

8 linhas de dados Caractere 1

0 1
1 0
0 1
1 0
0 0
FONTE 1 0 DESTINO
1 0
1 0
strobe
Ref

Figura 7 - Transmissão paralela

Observe que são necessárias 10 linhas para linhas para enviar a mensagem, sendo que uma de-
executar a transmissão. São elas: Dados (8 linhas, las é a referência e a outra é a linha de sinal. Assim,
cada uma contendo 1 bit); Ref (Referência ou ground); os bits são transmitidos um por vez, exigindo um
Strobe (STB. Aviso de que todas as linhas de da- protocolo especial entre transmissor e receptor para
dos estão na tensão correta e o receptor pode ler a marcar certas características da transmissão, como o
informação). início dos dados, velocidade dos bits, etc.
Diferente da transmissão paralela, o envio de A Figura 8 ilustra uma transmissão serial:
dados no modo Serial faz o uso de apenas duas

Caractere 2 Caractere 1

111010 000011
FONTE Ref
DESTINO

Figura 8 - Transmissão serial

Glossário

Código: Conjunto de sistemas de numeração binária, formado pelos bits


“0” e “1”.
Bit: Menor unidade de informação que pode ser armazenada ou
transmitida. Pode assumir somente dois valores, “0” ou “1”.

Anotações
Capítulo 4 - Controle de Erros

Numa transmissão de dados, não basta enviar os dados para a


outra ponta. É preciso checar a sua integridade na recepção, devido às
interferências que podem ocorrer no próprio meio físico. Infelizmente,
os ruídos e imperfeições presentes nos canais de comunicação fazem
com que tenhamos a ocorrência de erros nas transmissões de dados.
A Figura 9 ilustra o efeito de um burst de 2ms de duração em
sistemas transmitindo com diferentes taxas.

Glossário

Burst: Rajada ou sequência


contínua de dados.

Anotações
24 Controle de Erros

Ruído t = 2 ms
t

50 b/s t = 20 ms
t

1000 b/s t = 1 ms
t

10000 b/s t = 0,1 ms

Figura 9 - Efeito do ruído em sinais com diferentes taxas de transmissão

Embora existam inúmeros códigos detecto- Os modos de detecção de erros mais populares
res de erros, eles apenas determinam se ocorreu um são o Manual, por “Solicitação” ou Automático.
erro na transmissão, mas não são capazes de execu- A Figura 10 faz um comparativo entre os três
tar a sua correção. métodos de detecção de erros.

Vantagem Desvantagem

Não necessita controle Possibilidades de erro no retorno


Manual
Fácil implementação

Pouco espaço tomado com controle Necessário retorno para confirmação


Por
Solicitação (1 carac. de tamanho fixo por bloco) (tempo ocioso = menor eficiência)

Corrige o erro na própria recepção


Muito espaço tomado com controle
Automático Não necessita de caracteres de
(aprox. 30%)
confirmação

Figura 10 - Comparativo dos métodos de detecção de erros

Anotações
Capítulo 5 - Transmissão da Informação

No início deste material, foi dito que a transmissão de dados pode


ser feita na forma analógica ou digital do sinal.
Na transmissão Analógica, os sinais elétricos variam continuamen-
te no tempo e entre todos os valores de amplitude possíveis do sinal
senoidal. Os sinais senoidais são descritos como sinais repetitivos, ou
seja, a cada intervalo de tempo de um ciclo (Tc), o sinal retorna à condi-
ção inicial.
A Figura 11 ilustra um sinal senoidal analógico.

Glossário

Sinal senoidal: São sinais repetitivos, em que a cada


intervalo de tempo de um ciclo, o sinal retorna à condição
inicial.

Anotações
26 Transmissão da Informação

tensão

pico positivo

Vp

tempo
Tc
- Vp

pico negativo

Figura 11 - Formato e composição do sinal senoidal analógico

A vantagem da transmissão analógica fica por Na transmissão Digital, envia-se uma série de
conta da pequena largura de banda necessária para sinais, compostos por apenas dois valores (0 ou 1) em
transmiti-lo no meio físico. A desvantagem é que relação ao tempo.
caso seja preciso usar um repetidor para ampliar o A Figura 12 ilustra um sinal digital.
alcance dos dados, o ruído também é amplificado.

0 1 0 1 1 0

Figura 12 - Formato e composição do sinal digital

A vantagem da transmissão digital é que quan- quadrada), é preciso ter uma grande largura de ban-
do se torna necessário usar um repetidor, há uma da para executar a transmissão.
regeneração do sinal, pois ele é digital e pode ser to- No Vídeo 5, o Engº Daniel Rosa (Especialista
talmente recuperado. Isso elimina completamente o em Sistemas no Inatel) apresenta os conceitos de si-
ruído (pelo menos até aquele ponto da transmissão). nal analógico e digital de uma forma didática e diver-
A desvantagem é que como o sinal é digital (onda tida. Acompanhe!

Anotações
Vídeo 5 - Conceitos: Analógico e Digital
28 Transmissão da Informação

Agora que já foram entendidos os conceitos de puramente digitais (daí a importância do CODEC). O
sinal analógico e digital, será apresentado um exem- que mais se aproxima de um meio digital é a fibra
plo de Digitalização de um Sinal Analógico para Digi- óptica e, ainda assim, no momento em que há a pre-
tal. Para isso, será utilizado o conceito de Modulação sença de luz, esse sinal está no formato analógico.
PCM (Pulse Code Modulation). Antes do exemplo, Portanto, a transmissão da informação em si deve ser
uma breve introdução ao PCM. analógica para que sua integridade não seja afetada
A Modulação por Codificação de Pulso é uma de forma tão severa em razão do meio em que trafe-
das técnicas mais utilizadas na digitalização de si- ga. O equipamento que faz esta função é conhecido
nais analógicos. O objetivo dessa modulação é fazer como CODEC (Coder Decoder).
com que um sinal analógico possa ser transmitido A Figura 13 ilustra esse processo de
através de qualquer meio físico. Lembrando que, to- digitalização.
dos os meios de transmissão são avessos a sinais

CODEC

Figura 13 - Processo de digitalização do sinal analógico (voz)

Retornando ao exemplo mencionado, tem-se o


sinal analógico representado na Figura 14.

Glossário
Figura 14 - Sinal analógico
Codificação: É a adequação de um
sinal a fim de torná-lo apropriado a uma
determinada aplicação. 

Anotações
Transmissão da Informação 29

O primeiro passo no processo de digitalização A Figura 15 ilustra o processo de amostragem


se chama Amostragem e consiste em colher algu- do sinal.
mas amostras desse sinal.

Amostras do Sinal Analógico

Figura 15 - Etapa de Amostragem do sinal analógico

O segundo passo consiste do processo de quantização). Esse é um erro inserido pelo processo
Quantização. Nesta etapa existirá um número finito de quantização, denominado de Erro de Quantiza-
de níveis que serão utilizados para a medida de cada ção. Quanto maior for o número de níveis de quanti-
uma das amostras. Observe que algumas amostras zação, menor será esse erro.
possuem valores intermediários (entre os níveis de A Figura 16 ilustra o processo de quantização.

Níveis de Quantização

Figura 16 - Etapa de Quantização do sinal analógico

Glossário
Amostragem: Processo de obtenção de amostras, consideradas partes de um todo.
Quantização: é o processo de atribuição de valores discretos para um sinal cuja amplitude
varia entre infinitos valores.
Erro de Quantização: Aparece quando existe um nº finito de valores coletados nas amostras.
Se assemelha a um ruído aleatório.

Anotações
30 Transmissão da Informação

Na sequência, cada amostra deverá ser repre- chamada de Codificação.


sentada por um conjunto de bits, resultando no sinal A Figura 17 ilustra esse processo.
digital que será transmitido. Esta é a última etapa,

Amostras Aproximadas aos


Níveis de Quantização

7
Erro de
6 Quantização

4
3
0 1 1 1 0 0 1 0 0 1 1 1 1 0 1 1 0 0 0
1 0 1 0 1 1 0 1 0 1 1 0 0 1 0 0 1 0 1
0 0 0 1 1 0 0 0 1 0 0 1 0 1 0 1 0 1 0

Sinal Digital

Figura 17 - Etapa de Codificação do sinal analógico

Agora que você já sabe como um sinal ana-


lógico se transforma em digital, é importante saber
como os dados trafegam pela rede IP, em um proces-
so chamado Comutação.

Anotações
Capítulo 6 - Comutação de Dados

A função de Comutação em uma rede de comunicações refere-se


à alocação dos recursos da rede (meios de transmissão, repetidores,
etc) para a transmissão pelos diversos dispositivos conectados.
As principais formas de comutação são denominadas Comutação
de Circuitos, Comutação de Mensagens e Comutação de Pacotes.
A comunicação via Comutação de Circuitos pressupõe a existên-
cia de um caminho dedicado entre duas estações. Essa comunicação
envolve três fases. São elas:

• Estabelecimento do circuito ou conexão: Um circuito dedicado e fim


a fim tem que ser estabelecido antes do início do envio dos dados;
• Transferência da mensagem: Uma vez estabelecida a conexão, os da-
dos podem ser transmitidos e recebidos pelas estações envolvidas;
• Desconexão: Após um período de tempo, a conexão pode ser encer-
rada por um dos usuários.

A Figura 18 ilustra a comutação de circuitos.

Anotações
32 Comutação de Dados

Nó 1 Nó 2 Nó 3 Nó 4

Tempo de
Propagação

Estabelecimento
da Conexão

Transmissão
MENSAGEM
da Mensagem

Desconexão

Figura 18 - Exemplo de transmissão de dados via Comutação de Circuito

O caminho permanece dedicado até que um


dos lados (ou ambos) decida desfazer o circuito. Esse
tipo de comutação é bastante utilizado nos sistemas
de comunicação de telefonia pública, já que a comu-
nicação de voz é caracterizada pelo tráfego constan-
te e contínuo de um sinal analógico.
Na Comutação de Mensagens, não existe pré-
-alocação de circuitos antes do envio dos dados.
Cada nó, ao receber uma mensagem, utiliza a técnica
“Store and Forward” (armazena e envia na medida
em que haja caminhos de saída disponíveis).
A Figura 19 ilustra a comutação de mensagens.

Anotações
Comutação de Dados 33

Cabeçalho da
Mensagem

Tempo de
Espera
Mensagem

Tempo de Espera = Tempo Retido nas Filas + Tempo de Escolha de Rota

Figura 19 - Exemplo de transmissão de dados via Comutação de Mensagens

Por último, a Comutação de Pacotes é conside-


rada uma “consequência natural” da evolução da co-
mutação de mensagens. Por padrão, a Internet utiliza
esse tipo de comutação para trocar dados.
A Figura 20 ilustra o envio de dados via comu-
tação de pacotes.

Anotações
34 Comutação de Dados

Nó 1 Nó 2 Nó 3 Nó 4

Pacote 1

{ Mensagem

Pacote 2
{
Neste instante temos
2 pacotes de uma
mesma mensagem em
pontos diferentes da rede.

Figura 20 - Exemplo de transmissão de dados via Comutação de Pacotes

Anotações
Capítulo 7 - Considerações Finais

Neste curso, foram abordados alguns conceitos sobre a comu-


nicação nas redes de dados. Também foi falado sobre um sistema de
comunicação básico e outro completo, assim como os meios físicos de
transmissão e suas características, controle de erros, o conceito de sinal
analógico e digital, codificação de dados e a comutação das informa-
ções. Cada um desses tópicos fortaleceu a sua capacidade de avançar
ainda mais no mundo das redes IP.
O Vídeo 6 apresenta um resumo do conteúdo que você aprendeu
no curso “Fundamentos de Redes de Dados”.

Anotações
Vídeo 6 - Considerações finais
Agora que você concluiu este
curso, assista ao Vídeo 7 e conheça os
cursos que dão sequência na trilha de
capacitação “Redes IP – Protocolos e
Aplicações”.

Vídeo 7 - Trilha “Redes IP Protocolos e Aplicações”


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