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Modernismo

Segunda
geração
E lá vamos
nós ;)
Na nossa última aula….

Análises feitas por vocês,


momento de compartilhar :)
Conhecendo os
escritores (as)
Cecília
Meireles

● Em seu livro Romanceiro da Inconfidência, a poeta expõe um


rico trabalho de pesquisa histórica, folclórica, social e de
vocabulário na construção de episódios narrativos e épicos de
tradição hibérica.
● Temas como o amor, a solidão, a melancolia, a brevidade do
tempo e a contemplação da vida compõem a sua obra em uma
escrita delicada e repleta de afetividade.
● Cecília também desenvolveu uma linguagem sensorial e intuitiva
para descrever os sentimentos humanos.
● Seus livros infantis apresentam desde poemas, cantigas de ninar,
cantigas de roda até trava-línguas.
A bailarina

Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.
Não conhece nem dó nem ré
mas sabe ficar na ponta do pé.

Não conhece nem mi nem fá


Mas inclina o corpo para cá e para lá

Não conhece nem lá nem si,


mas fecha os olhos e sorri.

Roda, roda, roda, com os bracinhos no ar


e não fica tonta nem sai do lugar.

Põe no cabelo uma estrela e um véu


e diz que caiu do céu.

Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.

Mas depois esquece todas as danças,


e também quer dormir como as outras crianças.
Cecília
Meireles

A Casa da Moeda fez uma


homenagem à Cecília em 1989 e
colocou seu rosto como fundo da
nota de 100 Cruzados Novos. A
nota não circulou por muito
tempo como sabemos, já que o
Plano Real veio logo em seguida,
cinco anos depois.
Cecília
Meireles na
atualidade
Localizada no coração da Lapa, centro do Rio de Janeiro – num
prédio que já foi hotel e cinema – e com mais de 60 anos de
atividade, a Sala Cecília Meireles, um espaço da FUNARJ, é uma
das casas de concerto mais tradicionais do Brasil e um
importante espaço de formação e difusão da música de
concerto, sendo reconhecida por sua acústica impecável, uma
das melhores da América Latina.

O concerto inaugural – em dezembro de 1965, ano


comemorativo do IV Centenário da Cidade, durante o governo de
Carlos Lacerda – teve a participação de Maria Fernanda, filha de
Cecília Meireles, que declamou textos da poeta ao lado de Paulo
Padilha, acompanhada pelo violão de Jodacil Damasceno.
Seiscentos e Sessenta e Seis

A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.

Quando se vê, já são 6 horas: há tempo…

Mario Quando se vê, já é 6ª-feira…

Quintana Quando se vê, passaram 60 anos!

Agora, é tarde demais para ser reprovado…


O poeta E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade,
simples... eu nem olhava o relógio

seguia sempre em frente…

E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.


Mario Quintana é tido como o poeta da linguagem simples. Com
detalhes que denunciam sua escrita, Quintana criou um modo
bastante pessoal de elaborar seus poemas e caracterizar sua
linguagem.

Entre as principais características é possível citar:

● Linguagem coloquial;
● Analogias com questões do dia a dia da população;
● Trabalho com assuntos do cotidiano;
● Simplicidade na linguagem;
● Acessível às mais variadas classes sociais;
● Rejeição à linguagem rebuscada;
● Jogo de palavras constante;
iniciou os trabalhos com publicações no jornal da escola. Anos mais
tarde, trabalharia alguns meses na editora e livraria O Globo. Além
disso, foi jornalista e colaborador constante do Diário de Notícias de
Porto Alegre, Revista do Globo, Estado do Rio Grande e Correio do
Povo.

Além do notório trabalho como jornalista, foi também tradutor. Seu


portfólio consta obras de Voltaire, Balzac, Proust e outros. Entre os anos
de 1926 e 1927 seus pais falecem, e, logo em seguida, ruma para o Rio
de Janeiro.

Apenas 6 meses na capital carioca, decide retornar a Porto Alegre, onde


viveria o restante da sua vida. Faleceu na capital gaúcha, aos 87 anos,
vítima de um ataque cardíaco.
Quem aqui...

Conhece Porto
Alegre?

Quintana na
Atualidade
Drummond
Quando nasci, um anjo torto

desses que vivem na sombra

disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens

que correm atrás de mulheres.

A tarde talvez fosse azul,

não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:

pernas brancas pretas amarelas.

Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.

Porém meus olhos

Carlos Drummond de não perguntam nada.


Andrade
O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.

Quase não conversa.

Drummond Tem poucos, raros amigos

o homem atrás dos óculos e do -bigode,

Meu Deus, por que me abandonaste

se sabias que eu não era Deus

se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo,

se eu me chamasse Raimundo

seria uma rima, não seria uma solução.

Mundo mundo vasto mundo,

mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer


Carlos Drummond de mas essa lua
Andrade
mas esse conhaque

botam a gente comovido como o diabo.


Características
Carlos Drummond de Andrade é um destaque do ponto de vista de unicidade. Isso porque se trata do primeiro poeta a se
firmar e consolidar como grande artista modernista após os modernos.

Ou seja, das estrelas que surgiam à época, Drummond foi a estrela maior num período que sucedeu o movimento no
país. Isso não tira o fato de muitas das características do poeta terem sido oriundas do modernismo. Entre elas, inclusive,
estavam:

● O indivíduo como tema central. O eu lírico da poesia de Drummond abrange as angústias humanas e os
sentimentos;
● Interrogatórios constantes acerca do conservadorismo presente;
● Homenagens constantes às figuras de admiração do poeta (tal como Mário de Andrade ou Charles Chaplin);
● Choques e contrastes sociais;
● Jogo constante com palavras;
● Pauta no existencialismo constante;
● O fazer poético como reflexão;
● Liberdade linguística, linguagem coloquial, verso livre, metrificação pessoal e temáticas do dia a dia;
Quem aqui...

Conhece o Rio?

Estátua do Drummond
em Copa
Quem aqui...

Conhece o Rio?

Estátua do Drummond
em Copa
Instituída em 1985, a Fundação Cultural Carlos Drummond
de Andrade (FCCDA) é uma entidade sem fins lucrativos
localizada em Itabira, Minas Gerais. Mantida basicamente
por meio de recursos municipais e parcerias, seu principal
objetivo é fomentar e apoiar o desenvolvimento da cultura
local, assim como preservar e difundir a memória e a obra do
escritor itabirano Carlos Drummond de Andrade.

A Casa de Cultura itabirana é uma referência em


Minas Gerais e é considerada como importante
polo irradiador das nossas tradições artístico-
culturais: artesanato, artes cênicas, artes plásticas,
artes visuais, atividades lúdicas, contação de
histórias, dança, literatura, manifestações
folclóricas e religiosas, música, oficinas, palestras,
seminários e workshops, dentre outras. Parte
dessas tradições já ultrapassou as fronteiras do país
com apresentações em diversos países, como
Portugal, Espanha e Itália.
Murilo Mendes, autor pertencente à

Murilo segunda fase do modernismo brasileiro


(1930-1945), apresentam:
Mendes ● Ironia
● Crise existencial
● Conflito espiritual
● Questionamento metafísico
● Temática sociopolítica
● Liberdade formal
● Influência do surrealismo:
● Valorização do inconsciente
● Ilogismo e nonsense
● Presença de símbolos do
catolicismo
● Reflexão sobre a realidade
brasileira
“A minha
interpretação
modernista”

É chegado o momento de criar,


vocês poderão escrever um
poema seguindo as
Tarefa da próxima aula características do modernismo
ou de um escritor (a) em
específico de que você goste.
É válida também uma releitura
sua de uma obra já existente
;)

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