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Programa: PIBID

Professora: Leociléa Aparecida Vieira


Bolsista: Larissa Laureano dos Santos
FICHAMENTO

Assunto: Parâmetros Curriculares Nacionais - Língua Portuguesa


BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. B823p Parâmetros curriculares nacionais:
língua portuguesa / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : 144p.

Linguagem, atividade discursiva e textualidade


“A língua é um sistema de signos histórico e social que possibilita ao homem significar o
mundo e a realidade. Assim, aprendê-la é aprender não só as palavras, mas também os
seus significados culturais e, com eles, os modos pelos quais as pessoas do seu meio
social entendem e interpretam a realidade e a si mesmas.” (pág 22)

“Produzir linguagem significa produzir discursos. Significa dizer alguma coisa para alguém,
de uma determinada forma, num determinado contexto histórico. Isso significa que as
escolhas feitas ao dizer, ao produzir um discurso, não são aleatórias — ainda que possam
ser inconscientes —, mas decorrentes das condições em que esse discurso é realizado.”
(pág 22)

“O discurso, quando produzido, manifesta-se linguisticamente por meio de textos. Assim,


pode-se afirmar que texto é o produto da atividade discursiva oral ou escrita que forma um
todo significativo e acabado, qualquer que seja sua extensão. É uma seqüência verbal
constituída por um conjunto de relações que se estabelecem a partir da coesão e da
coerência” (pág 23)

“A produção de discursos não acontece no vazio. Ao contrário, todo discurso se relaciona,


de alguma forma, com os que já foram produzidos. Nesse sentido, os textos, como
resultantes da atividade discursiva, estão em constante e contínua relação uns com os
outros. A esta relação entre o texto produzido e os outros textos é que se tem chamado
intertextualidade.” (pág 23)

“Todo texto se organiza dentro de um determinado gênero. Os vários gêneros existentes,


por sua vez, constituem formas relativamente estáveis de enunciados, disponíveis na
cultura, caracterizados por três elementos: conteúdo temático, estilo e construção
composicional.” (pág 23)

Diversidade de textos
“Pode-se considerar o ensino e a aprendizagem de Língua Portuguesa na escola como
resultantes da articulação de três variáveis: o aluno, a língua e o ensino.” (pág 25)

“A escola, como espaço institucional de acesso ao conhecimento, a necessidade de atender


a essa demanda, implica uma revisão substantiva das práticas de ensino que tratam a
língua como algo sem vida e os textos como conjunto de regras a serem aprendidas, bem
como a constituição de práticas que possibilitem ao aluno aprender linguagem a partir da
diversidade de textos que circulam socialmente.” (pág 25)
“Cabe, portanto, à escola viabilizar o acesso do aluno ao universo dos textos que circulam
socialmente, ensinar a produzi-los e a interpretá-los. Isso inclui os textos das diferentes
disciplinas, com os quais o aluno se defronta sistematicamente no cotidiano escolar e,
mesmo assim, não consegue manejar, pois não há um trabalho planejado com essa
finalidade.” (pág 26)

Que fala cabe à escola ensinar


“O problema do preconceito disseminado na sociedade em relação às falas dialetais deve
ser enfrentado, na escola, como parte do objetivo educacional mais amplo de educação
para o respeito à diferença.” (pág 26)

“A questão não é de correção da forma, mas de sua adequação às circunstâncias de uso,


ou seja, de utilização eficaz da linguagem: falar bem é falar adequadamente, é produzir o
efeito pretendido.” (pág 26)

“Cabe à escola ensinar o aluno a utilizar a linguagem oral nas diversas situações
comunicativas, especialmente nas mais formais: planejamento e realização de entrevistas,
debates, seminários, diálogos com autoridades, dramatizações, etc” (pág 27)

Que escrita cabe à escola ensinar


“A compreensão atual da relação entre a aquisição das capacidades de redigir e grafar
rompe com a crença arraigada de que o domínio do bê-á-bá seja pré-requisito para o início
do ensino de língua e nos mostra que esses dois processos de aprendizagem podem e
devem ocorrer de forma simultânea. Um diz respeito à aprendizagem de um conhecimento
de natureza notacional: a escrita alfabética; o outro se refere à aprendizagem da linguagem
que se usa para escrever.” (pág 27)

O TEXTO COMO UNIDADE DE ENSINO


“Se o objetivo é que o aluno aprenda a produzir e a interpretar textos, não é possível tomar
como unidade básica de ensino nem a letra, nem a sílaba, nem a palavra, nem a frase que,
descontextualizadas, pouco têm a ver com a competência discursiva, que é questão central.
Dentro desse marco, a unidade básica de ensino só pode ser o texto, mas isso não significa
que não se enfoquem palavras ou frases nas situações didáticas específicas que o exijam.”
(pág 29)

“Não se formam bons leitores oferecendo materiais de leitura empobrecidos, justamente no


momento em que as crianças são iniciadas no mundo da escrita. As pessoas aprendem a
gostar de ler quando, de alguma forma, a qualidade de suas vidas melhora com a leitura.”
(pág 29)

A prática de reflexão sobre a língua


Se o objetivo principal do trabalho de análise e reflexão sobre a língua é imprimir maior
qualidade ao uso da linguagem, as situações didáticas devem, principalmente nos primeiros
ciclos, centrar-se na atividade epilingüística, na reflexão sobre a língua em situações de
produção e interpretação, como caminho para tomar consciência e aprimorar o controle
sobre a própria produção lingüística. E, a partir daí, introduzir progressivamente os
elementos para uma análise de natureza metalingüística. O lugar natural, na sala de aula,
para esse tipo de prática parece ser a reflexão compartilhada sobre textos reais.” (pág 31)
Programa: PIBID
Professora: Leociléa Aparecida Vieira
Bolsista: Larissa Laureano dos Santos
FICHAMENTO

Assunto: Parâmetros Curriculares Nacionais - Matemática


BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais :
matemática / Secretaria de Educação Fundamental - Brasília : MEC/SEF, 1997. 142p.

O PAPEL DA MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL


“A Matemática comporta um amplo campo de relações, regularidades e coerências que
despertam a curiosidade e instigam a capacidade de generalizar, projetar, prever e abstrair,
favorecendo a estruturação do pensamento e o desenvolvimento do raciocínio lógico.” (pág
24)

“Para tanto, é importante que a Matemática desempenhe, equilibrada e indissociavelmente,


seu papel na formação de capacidades intelectuais, na estruturação do pensamento, na
agilização do raciocínio dedutivo do aluno, na sua aplicação a problemas, situações da vida
cotidiana e atividades do mundo do trabalho e no apoio à construção de conhecimentos em
outras áreas curriculares.” (pág 25)

MATEMÁTICA E CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA


“Um currículo de Matemática deve procurar contribuir, de um lado, para a valorização da
pluralidade sociocultural, impedindo o processo de submissão no confronto com outras
culturas; de outro, criar condições para que o aluno transcenda um modo de vida restrito a
um determinado espaço social e se torne ativo na transformação de seu ambiente.” (pág 25)

“É importante destacar que a Matemática deverá ser vista pelo aluno como um
conhecimento que pode favorecer o desenvolvimento do seu raciocínio, de sua capacidade
expressiva, de sua sensibilidade estética e de sua imaginação.” (pág 26)

MATEMÁTICA E OS TEMAS TRANSVERSAIS


“A interação do ensino de Matemática com os Temas Transversais é uma questão bastante
nova. Centrado em si mesmo, limitando-se à exploração de conteúdos meramente
acadêmicos, de forma isolada, sem qualquer conexão entre seus próprios campos ou com
outras áreas de conhecimento, o ensino dessa disciplina pouco tem contribuído para a
formação integral do aluno, com vistas à conquista da cidadania.” (pág 26)

O aluno e o saber matemático


“As necessidades cotidianas fazem com que os alunos desenvolvam uma inteligência
essencialmente prática, que permite reconhecer problemas, buscar e selecionar
informações, tomar decisões e, portanto, desenvolver uma ampla capacidade para lidar com
a atividade matemática. Quando essa capacidade é potencializada pela escola, a
aprendizagem apresenta melhor resultado.” (pág 29)

“O estabelecimento de relações é tão importante quanto a exploração dos conteúdos


matemáticos, pois, abordados de forma isolada, os conteúdos podem acabar representando
muito pouco para a formação do aluno, particularmente para a formação da cidadania.” (pág
29)

O professor e o saber matemático


“O conhecimento matemático formalizado precisa, necessariamente, ser transformado para
se tornar passível de ser ensinado/aprendido; ou seja, a obra e o pensamento do
matemático teórico não são passíveis de comunicação direta aos alunos. Essa
consideração implica rever a ideia, que persiste na escola, de ver nos objetos de ensino
cópias fiéis dos objetos da ciência.” (pág 30)

As relações professor-aluno e aluno-aluno


“Numa perspectiva de trabalho em que se considere a criança como protagonista da
construção de sua aprendizagem, o papel do professor ganha novas dimensões. Uma
faceta desse papel é a de organizador da aprendizagem; para desempenhá-la, além de
conhecer as condições socioculturais, expectativas e competência cognitiva dos alunos,
precisará escolher o(s) problema(s) que possibilita(m) a construção de
conceitos/procedimentos e alimentar o processo de resolução, sempre tendo em vista os
objetivos a que se propõe atingir.” (pág 30-31)

“Além da interação entre professor e aluno, a interação entre alunos desempenha papel
fundamental na formação das capacidades cognitivas e afetivas. Em geral, explora-se mais
o aspecto afetivo dessas interações e menos sua potencialidade em termos de construção
de conhecimento” (pág 31)

“É importante atentar para o fato de que as interações que ocorrem na sala de aula — entre
professor e aluno ou entre alunos — devem ser regulamentadas por um “contrato didático”
no qual, para cada uma das partes, sejam explicitados claramente seu papel e suas
responsabilidades diante do outro.” (pág 31)

Alguns caminhos para “fazer Matemática” na sala de aula

“O fato de o aluno ser estimulado a questionar sua própria resposta, a questionar o


problema, a transformar um dado problema numa fonte de novos problemas, evidencia uma
concepção de ensino e aprendizagem não pela mera reprodução de conhecimentos, mas
pela via da ação refletida que constrói conhecimentos.” (pág 33)

“O computador pode ser usado como elemento de apoio para o ensino (banco de dados,
elementos visuais), mas também como fonte de aprendizagem e como ferramenta para o
desenvolvimento de habilidades. O trabalho com o computador pode ensinar o aluno a
aprender com seus erros e a aprender junto com seus colegas, trocando suas produções e
comparando-as.” (pág 35)

“Um aspecto relevante nos jogos é o desafio genuíno que eles provocam no aluno, que gera
interesse e prazer. Por isso, é importante que os jogos façam parte da cultura escolar,
cabendo ao professor analisar e avaliar a potencialidade educativa dos diferentes jogos e o
aspecto curricular que se deseja desenvolver.” (pág 36)

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