Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
❑ Interesse da china em investir construir, reformar, modernizar, portos, ferrovias, rodovias, etc.
❑ Ferrovias e estradas estão sendo construídos ao longo de cerca de 12 mil quilômetros unindo o leste da China ao porto de
Roterdã, na Holanda.
❑ O prazo para isso é o ano de 2049 data que marca o centenário da Revolução Chinesa de 1949.
❑ Nenhum país faz projeto a tão longo prazo. Muda o governo muda os projetos.
❑ Previsão de investimento até 2049: mais de 1 trilhão de dólares
❑ Buscar a antiga Rota como símbolo e referência de sua proposta mais ambiciosa, a China se apoia na legitimidade
histórica para se apresentar ao mundo como a potência
O QUE A CHINA ESPERA CONSEGUIR?
❑ Comporta obras como estradas e ferrovias atravessando toda a Ásia e chegando à Europa Ocidental, aeroportos,
portos apoiando redes marítimas, oleodutos, dentre outros. (começou voltada para a Eurásia)
❑ Envolve a coordenação de políticas, conectividade das infraestruturas, fluxo livre de comércio, integração financeira e
entendimentos entre os povos.
❑ Até o final de 2018, apenas cinco anos após o lançamento da iniciativa, a China já havia assinado acordos com 106
países e 29 organizações internacionais.
❑ Não se trata de um acordo multilateral, são negociações bilaterais (os países assinam um acordo, um plano de ação)
❑ Eles implicam no financiamento chinês para a construção da estrutura necessária. Para tanto, Pequim criou, em 2014,
o Fundo da Rota da Seda, com recursos de suas agências estatais e bancos de financiamento do desenvolvimento: um
aporte inicial de 40 bilhões de dólares.
❑ Em 2017, quando se realizou o primeiro Fórum Internacional da Rota da Seda, novos aportes bilionários foram feitos,
indicando tanto o sucesso da iniciativa como a vontade da China para levá-la adiante.
❑ A iniciativa abrange especialmente a Ásia e a Europa, mas não exclui países em desenvolvimento de outras regiões. O
que é natural: a China tanto se coloca como uma liderança desse grupo como já vem consolidando suas relações com
as regiões desprezadas pelo Norte, como, por exemplo, a África, onde sua presença é cada vez mais relevante
❑ O relacionamento com a Índia, por exemplo, é extremamente delicado.
❑ Ao elencar o Paquistão como aliado preferencial e anunciar acordos para obras de infraestrutura na região da Caxemira,
que a Índia reivindica como sua, a China toma posição tácita diante de um conflito que envolve potências nucleares. Esse
foi o preço a se pagar para conseguir firma-se na Ásia Central e se contrapor ao enclave militar norte-americano
existente no Afeganistão.
❑ Os Estados Unidos, por sua vez, procuram manobrar contra o projeto chinês explorando essas dificuldades e trabalhando
no desentendimento entre a Índia e a China. Talvez seja essa a questão mais complexa no cenário na Nova Rota, mas a
existência de objetivos estratégicos de longo prazo comuns entre as potências asiáticas pode colaborar para contornar as
dificuldades.
❑ Temores quanto ao incremento do poder chinês e o risco de endividamento crônico dos países parceiros também são
levantados contra a iniciativa. Há quem lembre que o mundo já devia, em 2018, US$ 5 trilhões à China (6% do PIB
mundial) e que, além disso, 7% do PIB dos EUA é propriedade chinesa em títulos do tesouro norte-americano. Porém,
salta aos olhos a hipocrisia dos que chutaram a escada para interditá-la aos outros.
❑ Vale lembrar que a China é o principal parceiro econômico brasileiro. É o país para o qual o Brasil mais exporta e o
segundo de quem mais importa, atrás apenas dos EUA. Também é importante lembrar que em 2017 foi criado
o Fundo Brasil – China para incrementar as relações financeiras entre os dois países.
❑ Para alcançar essa dimensão, as projeções apontam para US$ 1,3 trilhão em investimentos.
❑ As primeiras obras começaram em 2013, tendo como foco financiar e investir na construção de estradas, rodovias
e portos que facilitassem as exportações
❑ Aberto a quem se interessar, é uma oportunidade de desenvolvimento estrutural como poucas, com abundância
de recursos, baseada na experiência de sucesso chinesa – sobretudo em obras na Ásia e África, e com
possibilidade de se tornar a maior rede de infraestrutura da história da humanidade. Aliado a isso, está um
discurso de cooperação internacional, sem utilização militar.
❑ Se consolidada, a rota pode levar à criação de novos mercados e zonas de livre comércio, gerar novas zonas de
abastecimento e distribuição de produtos, facilitar os deslocamentos por via terrestre e marítima e proporcionar
grandes avanços na integração de seus participantes e de suas populações.
❑ Com a possibilidade de uma rota por terra, propiciando outra saída para além do estreito de Malaca, o projeto
poderia diminuir as tensões na região do mar do sul da China, contribuindo para a estabilidade na região.
Algumas das críticas ao projeto
❑ Alguns afirmam que o projeto é uma forma discreta de expansão da influência chinesa pelo globo. As fortes
vinculações comerciais e econômicas poderiam ampliar o controle da China, sobretudo sobre as regiões mais
pobres, além de ampliar seu poder sobre a Eurásia, região geopoliticamente estratégica.
❑ As obras, em grande parte, acabariam nas mãos de construtoras chinesas, sendo uma forma de projeção das
mesmas em detrimento de construtoras locais. Com isso, poderia haver dificuldade para lidar com a mão de obra
local.
❑ Questiona-se até que ponto o endividamento dos parceiros no projeto poderá ser sanado. Países africanos e os
asiáticos historicamente em conflito, como o Paquistão, se enquadrariam nisso. Da mesma forma, questiona-se até
que ponto os recursos direcionados ao projeto serão de fato aplicados por seus receptores e a segurança de
realização das obras.
❑ Questiona-se também a harmonia em torno do projeto. A não adesão da Índia, segundo país mais populoso do
mundo e de extrema importância na região asiática, muito por conta de possíveis obras na Caxemira – região
dividida e em disputa entre Índia, Paquistão e China – reforça a isso. Uma possível competição com os interesses
russos na região também é levantada.
❑ A viabilidade financeira do projeto também é posta em cheque. Seriam necessários mais recursos anuais para a sua
consolidação do que os atualmente existentes e muitas das áreas pelas quais a rota passaria são áreas de conflito, o
que dificultaria a realização e preservação de obras.
Anunciada em 2013 pelo presidente da República Popular da China Xi Jinping, a nova rota da seda é
considerada o projeto de infraestrutura mais ambicioso da atualidade.
Conhecida como one belt, one road (um cinturão, uma rota), a iniciativa consiste em uma série de
obras terrestres (cinturão) conectando Oriente Médio, Europa, África e Ásia; e marítimas (rota)
passando pelos oceanos Pacífico e Índico e chegando ao mar Mediterrâneo.
O mega investimento – da ordem de US$ 5 trilhões – que tem como objetivo favorecer as
exportações chinesas, se vê agora frente aos desafios gerados pelo agravamento da pandemia causada
pelo novo coronavírus.
Um dos desafios diz respeito às centenas de milhões de dólares que a China tem concedido em forma de
empréstimos e subsídios para a construção de ferrovias, gasodutos e portos, entre outros, a países da
África, Ásia e Europa. Porém, muitos desses países estão em situação difícil por conta da pandemia.
A China quer ampliar sua influência mundial através
de um colossal e dispendioso plano de infraestrutura.
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-39976899
https://www.ecodebate.com.br/2019/01/30/crescimento-demoeconomico-da-etiopia-a-china-da-africa-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/
O papel da
China na
África
O papel da China na África
❑ A China já financiou mais de 3 mil projetos de infraestrutura na África desde a virada do século.
❑ Os investimentos chineses são mais diversificados que os dos norte-americanos. Dois terços das verbas
vindas dos EUA ajudam a financiar projetos de mineração no continente, que são mais lucrativos, mas têm
pouco efeito direto na vida da maioria da população – no caso da China, a proporção desse setor é menos de
um terço e há foco maior na infraestrutura utilizada diariamente pelas pessoas.
O próximo passo de Jinping já está definido: nos próximos dez anos, a China pretende investir US$ 10 bi
para construir um megaporto internacional em Bagamoyo, cidadezinha de pescadores na costa da
Tanzânia. A ideia é repetir, na África, o que aconteceu com a cidade chinesa de Shenzhen que, após virar
um hub portuário, tornou-se um polo tecnológico com mais de 20 milhões de pessoas. Se o projeto sair do
papel, Bagamoyo será o maior porto africano, facilitando o comércio com a Ásia – e tornando os laços com
a China ainda mais sólidos. No xadrez político do século 21, é Pequim quem desponta na hora de fazer
aliados na África.
Poder em expansão: China investe pesado na reconquista da África
▪ Um dos principais interesses chineses no continente africano é a importação de materiais como petróleo, minérios
e alimentos.
▪ As principais empresas chinesas atuando em solo africano são empreiteiras de grande porte, que desenvolvem a
infraestrutura do país.
▪ O conhecimento que os chineses têm na construção de grandes obras pode, de certa forma, ajudar no
desenvolvimento do continente africano.
▪ Um grande exemplo desse desenvolvimento chinês na África é a cidade de Adis Abeba, capital da Etiópia que está
se transformando em um misto de uma grande metrópole chinesa com uma cidade africana com seu crescimento
desordenado.
▪ Todas as grandes construções da capital etíope foram feitas por construtoras chinesas.
▪ Está fincado no solo de Adis Abeba um edifício que funciona como símbolo da relação entre África e China: a Sede
da União Africana (UA) foi entregue em 2012 como um presente do governo chinês para o povo africano.
▪ O presente, no entanto, está envolto em polêmicas. Em janeiro deste ano o jornal francês Le Monde noticiou que a
China estava espionando os governantes africanos que se reuniam na sede doada. Tanto a China quanto a União
Africana negaram a espionagem.
Tensões culturais e criação do imaginário
▪ Não existem dados oficiais, mas especula-se que cerca de 1 milhão de chineses passaram a viver na África, desde
que a relação comercial entre os países se fortaleceu. A atuação das construtoras chinesas em países como
Etiópia, África do Sul e Moçambique levou também uma massa enorme de funcionários.
▪ Além, é claro, das pessoas que largaram tudo na China para começar uma nova vida no continente até então,
desconhecido. Muitos chineses decidiram investir em pequenos negócio na África, assim como acontece no
Brasil.
▪ No entanto, essa presença maciça de estrangeiros pode gerar tensões culturais.
▪ Boa parte dos investimentos chineses são em áreas de exploração de minérios, de petróleo ou de infraestrutura
que podem causar protestos trabalhistas e degradação do meio ambiente.
▪ Isso pode gerar uma “rejeição ou medo dos chineses”.