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NOVA ROTA DA SEDA CHINESA

O QUE É A NOVA ROTA DA SEDA CHINESA? UM CINTURÃO - UMA ROTA


❑ A INICIATIVA DO CINTURÃO DA ROTA
❑ O PROJETO One Belt, One Road
TERRESTRE MARÍTIMO

❑ Projeto lançado em 2013 pelo presidente chinês Xi Jinping.(pegada nacionalista)

❑ Maior programa global de investimento de infraestrutura.

❑ Um grande conjunto de obras de infraestrutura. É um ambicioso processo de integração eurasiática, centrado em


infraestrutura de transporte, comunicação e energia.

❑ Interesse da china em investir construir, reformar, modernizar, portos, ferrovias, rodovias, etc.
❑ Ferrovias e estradas estão sendo construídos ao longo de cerca de 12 mil quilômetros unindo o leste da China ao porto de
Roterdã, na Holanda.

❑ A China pretende retomar o papel de liderança econômica, cultural e comercial.

❑ O prazo para isso é o ano de 2049 data que marca o centenário da Revolução Chinesa de 1949.

❑ Nenhum país faz projeto a tão longo prazo. Muda o governo muda os projetos.
❑ Previsão de investimento até 2049: mais de 1 trilhão de dólares

❑ Buscar a antiga Rota como símbolo e referência de sua proposta mais ambiciosa, a China se apoia na legitimidade
histórica para se apresentar ao mundo como a potência
O QUE A CHINA ESPERA CONSEGUIR?

❑ Facilitar o acesso a matéria prima, recursos naturais, mercados consumidores.


❑ Promover o desenvolvimento de províncias no interior da China (que faz fronteira com a Ásia central e com o sudeste
asiático), que é muito diferente do litoral. O desenvolvimento econômico da China é muito desigual. Quem mais se
beneficiou com o desenvolvimento econômico da China foram as províncias do litoral. O interior é mais pobre e isso
é preocupante.
❑ Incentivar a internacionalização das empresas chinesas.
❑ Mais transporte por via terrestre do que pelo mar. O comércio marítimo representa mais de 90% do comércio global
(diminuir essa dependência). Para levar um produto da China para Europa de trem é muito mais caro do que de
navio, então porque a China está fazendo esses corredores?
❑ Diminuir sua dependência dos oceanos (em caso de guerra terá outros meios de importar produtos essenciais.
Aumenta sua influência terrestre para países vizinhos, facilita acesso a regiões estratégicas para China)
❑ A crise de 2008 atingiu muito forte os EUA e Europa, mas representou uma guinada para a China.
❑ Marca o declínio do ocidente e a ascensão da China.
EM SÍNTESE... A NOVA ROTA DA SEDA CHINESA
❑ Imenso projeto de parcerias oferecido pela China com o objetivo de construir a maior rede de infraestrutura para o
transporte de mercadorias e pessoas do planeta, além de aprimorar a economia digital.

❑ Comporta obras como estradas e ferrovias atravessando toda a Ásia e chegando à Europa Ocidental, aeroportos,
portos apoiando redes marítimas, oleodutos, dentre outros. (começou voltada para a Eurásia)

❑ Envolve a coordenação de políticas, conectividade das infraestruturas, fluxo livre de comércio, integração financeira e
entendimentos entre os povos.

❑ Até o final de 2018, apenas cinco anos após o lançamento da iniciativa, a China já havia assinado acordos com 106
países e 29 organizações internacionais.
❑ Não se trata de um acordo multilateral, são negociações bilaterais (os países assinam um acordo, um plano de ação)

❑ Eles implicam no financiamento chinês para a construção da estrutura necessária. Para tanto, Pequim criou, em 2014,
o Fundo da Rota da Seda, com recursos de suas agências estatais e bancos de financiamento do desenvolvimento: um
aporte inicial de 40 bilhões de dólares.
❑ Em 2017, quando se realizou o primeiro Fórum Internacional da Rota da Seda, novos aportes bilionários foram feitos,
indicando tanto o sucesso da iniciativa como a vontade da China para levá-la adiante.
❑ A iniciativa abrange especialmente a Ásia e a Europa, mas não exclui países em desenvolvimento de outras regiões. O
que é natural: a China tanto se coloca como uma liderança desse grupo como já vem consolidando suas relações com
as regiões desprezadas pelo Norte, como, por exemplo, a África, onde sua presença é cada vez mais relevante
❑ O relacionamento com a Índia, por exemplo, é extremamente delicado.

❑ Ao elencar o Paquistão como aliado preferencial e anunciar acordos para obras de infraestrutura na região da Caxemira,
que a Índia reivindica como sua, a China toma posição tácita diante de um conflito que envolve potências nucleares. Esse
foi o preço a se pagar para conseguir firma-se na Ásia Central e se contrapor ao enclave militar norte-americano
existente no Afeganistão.

❑ Os Estados Unidos, por sua vez, procuram manobrar contra o projeto chinês explorando essas dificuldades e trabalhando
no desentendimento entre a Índia e a China. Talvez seja essa a questão mais complexa no cenário na Nova Rota, mas a
existência de objetivos estratégicos de longo prazo comuns entre as potências asiáticas pode colaborar para contornar as
dificuldades.

❑ Temores quanto ao incremento do poder chinês e o risco de endividamento crônico dos países parceiros também são
levantados contra a iniciativa. Há quem lembre que o mundo já devia, em 2018, US$ 5 trilhões à China (6% do PIB
mundial) e que, além disso, 7% do PIB dos EUA é propriedade chinesa em títulos do tesouro norte-americano. Porém,
salta aos olhos a hipocrisia dos que chutaram a escada para interditá-la aos outros.
❑ Vale lembrar que a China é o principal parceiro econômico brasileiro. É o país para o qual o Brasil mais exporta e o
segundo de quem mais importa, atrás apenas dos EUA. Também é importante lembrar que em 2017 foi criado
o Fundo Brasil – China para incrementar as relações financeiras entre os dois países.

❑ Erguer obras de infraestrutura e acesso do gigante asiático à Ásia, à África e à Europa.

❑ Recentemente, também avançando para a América Latina.

❑ Para alcançar essa dimensão, as projeções apontam para US$ 1,3 trilhão em investimentos.

❑ As primeiras obras começaram em 2013, tendo como foco financiar e investir na construção de estradas, rodovias
e portos que facilitassem as exportações

❑ Hoje, 10 países latino-americanos já assinaram a adesão ao programa de investimentos e financiamentos. O Brasil


foi convidado, oficialmente, a integrar o projeto, mas ainda avalia.
❑ Assinar o documento de participação na iniciativa não estaria condicionado a nenhuma exigência especial, em
tese. Mas integrar o projeto significa, resumidamente, aceitar e priorizar a parceria com empresas chinesas para
construir estradas, ferrovias e portos para melhorar a logística do País.
Alguns dos elogios que o projeto tem recebido

❑ Aberto a quem se interessar, é uma oportunidade de desenvolvimento estrutural como poucas, com abundância
de recursos, baseada na experiência de sucesso chinesa – sobretudo em obras na Ásia e África, e com
possibilidade de se tornar a maior rede de infraestrutura da história da humanidade. Aliado a isso, está um
discurso de cooperação internacional, sem utilização militar.
❑ Se consolidada, a rota pode levar à criação de novos mercados e zonas de livre comércio, gerar novas zonas de
abastecimento e distribuição de produtos, facilitar os deslocamentos por via terrestre e marítima e proporcionar
grandes avanços na integração de seus participantes e de suas populações.
❑ Com a possibilidade de uma rota por terra, propiciando outra saída para além do estreito de Malaca, o projeto
poderia diminuir as tensões na região do mar do sul da China, contribuindo para a estabilidade na região.
Algumas das críticas ao projeto

❑ Alguns afirmam que o projeto é uma forma discreta de expansão da influência chinesa pelo globo. As fortes
vinculações comerciais e econômicas poderiam ampliar o controle da China, sobretudo sobre as regiões mais
pobres, além de ampliar seu poder sobre a Eurásia, região geopoliticamente estratégica.
❑ As obras, em grande parte, acabariam nas mãos de construtoras chinesas, sendo uma forma de projeção das
mesmas em detrimento de construtoras locais. Com isso, poderia haver dificuldade para lidar com a mão de obra
local.
❑ Questiona-se até que ponto o endividamento dos parceiros no projeto poderá ser sanado. Países africanos e os
asiáticos historicamente em conflito, como o Paquistão, se enquadrariam nisso. Da mesma forma, questiona-se até
que ponto os recursos direcionados ao projeto serão de fato aplicados por seus receptores e a segurança de
realização das obras.
❑ Questiona-se também a harmonia em torno do projeto. A não adesão da Índia, segundo país mais populoso do
mundo e de extrema importância na região asiática, muito por conta de possíveis obras na Caxemira – região
dividida e em disputa entre Índia, Paquistão e China – reforça a isso. Uma possível competição com os interesses
russos na região também é levantada.

❑ A viabilidade financeira do projeto também é posta em cheque. Seriam necessários mais recursos anuais para a sua
consolidação do que os atualmente existentes e muitas das áreas pelas quais a rota passaria são áreas de conflito, o
que dificultaria a realização e preservação de obras.
Anunciada em 2013 pelo presidente da República Popular da China Xi Jinping, a nova rota da seda é
considerada o projeto de infraestrutura mais ambicioso da atualidade.

Conhecida como one belt, one road (um cinturão, uma rota), a iniciativa consiste em uma série de
obras terrestres (cinturão) conectando Oriente Médio, Europa, África e Ásia; e marítimas (rota)
passando pelos oceanos Pacífico e Índico e chegando ao mar Mediterrâneo.

O mega investimento – da ordem de US$ 5 trilhões – que tem como objetivo favorecer as
exportações chinesas, se vê agora frente aos desafios gerados pelo agravamento da pandemia causada
pelo novo coronavírus.

Um dos desafios diz respeito às centenas de milhões de dólares que a China tem concedido em forma de
empréstimos e subsídios para a construção de ferrovias, gasodutos e portos, entre outros, a países da
África, Ásia e Europa. Porém, muitos desses países estão em situação difícil por conta da pandemia.
A China quer ampliar sua influência mundial através
de um colossal e dispendioso plano de infraestrutura.

A ideia da Nova Rota da Seda - com nome inspirado


na antiga rota comercial que ligou o Oriente e o
Ocidente há dois mil anos - é melhorar conexões
comerciais entre Ásia e Europa e Ásia e o leste da
África, promovendo desenvolvimento, com a
construção ou expansão de redes de ferrovia de alta
velocidade, gasodutos, oleodutos, portos e centros
logísticos.

A antiga Rota da Seda uniu comercial e culturalmente o Oriente


ao Ocidente há dois mil anos. A China quer revivê-la com A única relação entre a antiga rota da seda e a proposta
atual é simbólica. A ideia da nova rota da seda é de
projetos como este do trem de alta velocidade na cidade aproximação das civilizações a partir do comércio e do
chinesa de Anshun, na província de Guizhou intercâmbio cultura dos povos via investimentos.

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-39976899
https://www.ecodebate.com.br/2019/01/30/crescimento-demoeconomico-da-etiopia-a-china-da-africa-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/
O papel da
China na
África
O papel da China na África

A China, atualmente a maior rival comercial


dos Estados Unidos, parece disposta a
reconquistar a África.
Para isso, o gigante asiático não teve receios
de abrir a carteira. As relações econômica e
diplomática entre os países africanos e a
China começaram a se fortalecer no início
dos anos 2000, com o início da era
expansionista da China.
Nesse período, os empréstimos chineses
para os países da África passaram de menos
de US$ 1 bilhão em 2000 para cerca de US$
30 bilhões em 2016.
NOVO COLONIALISMO?
❑ Pequim está de olho nos recursos do continente e em expandir mercados para seus produtos.
❑ O valor total do comércio entre a China e a África cresceu exponencialmente.
❑ Hoje, os valores são empréstimos, que devem ser devolvidos em algum momento.
❑ É esse novo cenário que torna a China tão mais influente na região. Cada vez mais endividados, alguns
governos de nações menores têm se tornado extremamente dependentes da boa vontade de Xi Jinping
Para a África, a China “tem
sido um mercado, um
doador, um financiador,
um investidor, um
empreiteiro e um
construtor”.

❑ A China já financiou mais de 3 mil projetos de infraestrutura na África desde a virada do século.

❑ Os investimentos chineses são mais diversificados que os dos norte-americanos. Dois terços das verbas
vindas dos EUA ajudam a financiar projetos de mineração no continente, que são mais lucrativos, mas têm
pouco efeito direto na vida da maioria da população – no caso da China, a proporção desse setor é menos de
um terço e há foco maior na infraestrutura utilizada diariamente pelas pessoas.
O próximo passo de Jinping já está definido: nos próximos dez anos, a China pretende investir US$ 10 bi
para construir um megaporto internacional em Bagamoyo, cidadezinha de pescadores na costa da
Tanzânia. A ideia é repetir, na África, o que aconteceu com a cidade chinesa de Shenzhen que, após virar
um hub portuário, tornou-se um polo tecnológico com mais de 20 milhões de pessoas. Se o projeto sair do
papel, Bagamoyo será o maior porto africano, facilitando o comércio com a Ásia – e tornando os laços com
a China ainda mais sólidos. No xadrez político do século 21, é Pequim quem desponta na hora de fazer
aliados na África.
Poder em expansão: China investe pesado na reconquista da África

Nas últimas duas décadas, a China começou a


notar a África como uma grande parceira
comercial e os dados confirmam: os
investimentos e empréstimos da China para as
nações africanas só aumentam.

Esse dinheiro chegou na África na forma de


empréstimos sem juros, linhas de crédito especiais e
fundos de desenvolvimento.

Além do próprio governo, as empresas chinesas


também viram no continente africano um novo filão a
ser explorado e partiram para cima.

O presidente chinês Xi Jinping se comprometeu a


investir US$ 60 bilhões em todo o continente africano.
De toda essa bolada, US$ 50 bilhões sairão dos cofres
do governo, enquanto os outros US$ 10 bi serão
desembolsados por grandes empresas chinesas.
Interesses da China na África

▪ Um dos principais interesses chineses no continente africano é a importação de materiais como petróleo, minérios
e alimentos.
▪ As principais empresas chinesas atuando em solo africano são empreiteiras de grande porte, que desenvolvem a
infraestrutura do país.
▪ O conhecimento que os chineses têm na construção de grandes obras pode, de certa forma, ajudar no
desenvolvimento do continente africano.

▪ Um grande exemplo desse desenvolvimento chinês na África é a cidade de Adis Abeba, capital da Etiópia que está
se transformando em um misto de uma grande metrópole chinesa com uma cidade africana com seu crescimento
desordenado.
▪ Todas as grandes construções da capital etíope foram feitas por construtoras chinesas.

▪ Está fincado no solo de Adis Abeba um edifício que funciona como símbolo da relação entre África e China: a Sede
da União Africana (UA) foi entregue em 2012 como um presente do governo chinês para o povo africano.

▪ O presente, no entanto, está envolto em polêmicas. Em janeiro deste ano o jornal francês Le Monde noticiou que a
China estava espionando os governantes africanos que se reuniam na sede doada. Tanto a China quanto a União
Africana negaram a espionagem.
Tensões culturais e criação do imaginário

▪ Não existem dados oficiais, mas especula-se que cerca de 1 milhão de chineses passaram a viver na África, desde
que a relação comercial entre os países se fortaleceu. A atuação das construtoras chinesas em países como
Etiópia, África do Sul e Moçambique levou também uma massa enorme de funcionários.

▪ Além, é claro, das pessoas que largaram tudo na China para começar uma nova vida no continente até então,
desconhecido. Muitos chineses decidiram investir em pequenos negócio na África, assim como acontece no
Brasil.
▪ No entanto, essa presença maciça de estrangeiros pode gerar tensões culturais.

▪ Boa parte dos investimentos chineses são em áreas de exploração de minérios, de petróleo ou de infraestrutura
que podem causar protestos trabalhistas e degradação do meio ambiente.
▪ Isso pode gerar uma “rejeição ou medo dos chineses”.

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