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Apostila 5.0 - Aplicações de Derivadas
Apostila 5.0 - Aplicações de Derivadas
INTRODUÇÃO
Vamos aqui abordar algumas aplicações de derivadas. Assunto que com certeza cai em uma ou duas
questões na P1 de Cálculo e que os alunos quebram mais a cabeça. O segredo aqui é exercitar e ver
como resolver vários casos, não tem segredo, e até repetimos isso várias vezes, pois realmente é
necessário exercitar. Vamos falar sobre Taxas Relacionadas, Máximos e Mínimos, TVM, Otimização e
Gráficos.
1 TAXAS RELACIONADAS
Os problemas de taxa relacionada são aplicações do que aprendemos sobre derivadas, em especial,
a regra da cadeia. Esses problemas nos pedem a taxa de variação de determinadas grandezas a
partir de outras (daí seu nome).
Eles podem parecer difíceis, mas a gente precisa ter calma ao analisar; para ser possível resolvê-los,
é necessário montarmos uma equação que envolve as variáveis do problema e, então, derivá-la
usando a regra da cadeia.
Uma dica show para esses problemas é tentar enxergar relações geométricas (teorema de Pitágoras,
seno, cosseno, tangente, semelhança de triângulos), elas costumam nos dar as equações que dará a
solução. Além disso, fique atento ao sinal das taxas, em geral, eles não são dados nos enunciados, é
preciso deduzi-lo; se a taxa faz a medida diminuir, ela é negativa.
A melhor maneira de ficar craque é nisso é fazendo muitos exercícios, os problemas costumam
exigir pensamentos parecidos para sua resolução, ou seja, fazê-los será a melhor forma de estudar.
Um balão se eleva verticalmente do solo à razão de 3m/s. Quando o balão está a 48m do solo,
passa exatamente sob ele um automóvel viajando a velocidade de 20m/s. Com que velocidade varia, 4
segundos após, a distância entre eles?
Nesse exercício, como todos os de taxas de variação, devemos ver o que são esses dados que ele nos
deu e identificar o que é que ele nos pede.
A distância entre o carro e o balão num instante qualquer pode ser descrita a partir do teorema de
Pitágoras, já que o balão está vertical em relação ao carro:
Agora que já temos nossa equação, temos que derivá-la dos dois lado em relação ao tempo, sem
esquecer a regra da cadeia:
Temos que lembrar que o problema pede a distância após 4 segundos, ou seja, b e c são as distâncias
dadas acrescidas do tempo passado.
Usando essas distâncias e as taxas de variação do início do problema, podemos substituir na equação e
encontrar a solução:
Descobrimos então, que o carro e o balão se distanciam a uma de taxa de 17,8 m/s.
Um quadro de 1m de altura é colocado em uma parede de tal forma que sua base esteja
no mesmo nível dos olhos de um observador que está se aproximando da parede a uma
velocidade de 2m/s. Com que velocidade a medida do ângulo de visão do quadro estará
variando quando o observador estiver a 2m da parede?
Nossos dados são:
Taxa de variação do observador = x’ =dx/dt = -2m/s (a distância diminui)
Distância do observador = x = 2m
Altura do quadro = 1m
Para acharmos a equação do problema, temos que pensar num triângulo, o ângulo da visão do
observador tem sua tangente calculada pelos dados do problema:
Mas não fica só com esses exercícios. Quer ficar fera mesmo, treine cada vez mais e mais situações de
taxas, como lá nos exercícios recomendados e principalmente provas antigas.
Nesse intervalo, os pontos (0,0) e (3,-27) são pontos de mínimo local e o ponto (1,5) é ponto de
máximo local. Porém, o ponto de máximo absoluto é (-1,37)
(um dos extremos do intervalo) e o ponto de mínimo absoluto é
(3,-27), ou seja (3,-27) é mínimo local e absoluto da função.
Não há pontos onde a derivada não existe e a derivada será zero se , ou seja,
são nos pontos críticos.
Agora calculamos os valores nos pontos críticos e nos extremos, e achamos nossos valores
máximos e mínimos:
Exemplo
aplicando L’Hôspital...
Precisamos ficar atentos, pois, às vezes, a indeterminação não aparece de cara, precisamos
mudar a notação para chegarmos às indeterminações aplicáveis à regra de L’Hôspital. Em
geral, temos produtos de e reescrevemos como quocientes.
Se , podemos escrever como
abaixo:
Resposta:
Substituindo em 0, a gente tem:
√ aplicando L’Hôspital...
Portanto,
Encontre os limites:
1)
Podemos ver que se trata de uma indeterminação do tipo , então aplicamos L’Hôspital...
Podemos ver que o se trata de uma indeterminação do tipo , então aplicamos o log dos dois
lados...
Dá pra ver o quanto ele é salvador! Resolve muitos limites que antes a gente achava impossível de
responder, só toma cuidado pra não querer aplicar L’hôspital onde não deve!!
5 PROBLEMAS DE OTIMIZAÇÃO
Os problemas de otimização é uma aplicação do estudo de máximos e mínimos de funções,
eles consistem em, dado um problema, achar a solução mais vantajosa para o problema
dentre as possibilidades de um intervalo de valores. Para resolvermos, precisamos seguir
uma passo a passo que facilitará a resolução do problema:
1. Escrever a função do problema apenas com a variável que se quer minimizar ou
maximizar.
Se houver mais de uma variável, é preciso usar as informações do problema para
só haver uma variável.
Saca só no exemplo:
Encontre dois números positivos cujo produto seja 100 e cuja soma seja a mínima.
Passo 1
A função a ser minimizada é . Porém, a função está com duas variáveis, então
vamos usar o outro dado do problema para reduzir a só uma variável
;
Passo 2
Como o problema nos pede x positivo, e não há como x ser maior que 100. Portanto,
nosso intervalo será [0,100].
Passo 3
Vamos encontrar a derivada da função e igualá-la a zero
Se 1200 cm²de material estiverem disponíveis para fazer uma caixa com uma base
quadrada e sem tampa, encontre o maior volume possível da caixa.
Passo 1
Passo 2
O lado l precisa ser positivo (>0) e a área da base não pode ser maior que 12000 cm², então
. Nosso intervalo é .
Passo 3
Passo 1
Encontramos a função do problema a partir do teorema de Pitágoras:
Usando a reta dada no problema, escrevemos a função com apenas uma variável:
Passo 2
Se pensarmos no gráfico da reta, o ponto procurado está no segundo quadrante ( ), já
que ao cortar o eixo y, a reta só se distancia mais da origem. Além disso, o ponto não será
menor que a raiz da reta, ou seja, . Nosso intervalo é, então, .
Passo 3
(Não há como a raiz ter um valor nulo nem negativo, então não ponto onde a derivada não
exista)
Calculando os mínimos...
É importante ressaltar que calcularemos os limites para todos os pontos que não
estão no domínio de f. Se não houver nenhum, significa que a função não tem
assíntotas verticais e não precisamos calcular nenhum desses limites.
2. Assíntotas Horizontais
Para verificarmos as assíntotas horizontais, devemos saber como a função se
comporta quando x é muito grande ou muito pequeno. Para isso, devemos calcular
os limites da função quando x tende a +∞ e -∞.
5. Teste da Concavidade
Além de identificarmos os intervalos crescentes e decrescentes da função, podemos
estudar como são esses intervalos, ou seja, sua concavidade. A concavidade de uma
função pode ser “para cima” ou “para baixo” e isso dependerá da derivada da
derivada, ou seja, a derivada segunda da função.
Se a derivada segunda for positiva num intervalo, significa que a derivada vai
aumentando nesse intervalo, ou seja, a função tem concavidade para cima. Por outro
lado, se a derivada segunda for negativa num intervalo, a derivada vai diminuindo
nesse intervalo, então, a função tem concavidade para baixo.
Podemos constatar que esse raciocínio foi análogo à análise do passo 3, porém o
efeito sobre a função é diferente.
6. Pontos de Inflexão
Os pontos de inflexão são os pontos onde a derivada é zero, porém não há troca de
sinal da derivada e também os pontos onde a derivada segunda é zero. Nesses pontos,
há a troca de concavidade da função. Ao realizarmos os passos anteriores, os pontos
de inflexão surgem “naturalmente”.
Uma boa dica é ir esboçando seu gráfico a cada passo, assim você vai começar a visualizá-lo
melhor. Além disso, vale lembrar que esses são os passos para resolução dos problemas de
gráfico com o embasamento teórico, para que você fique craque no esboço de gráficos, é
preciso treinar essa resolução, ou seja, fazer exercícios! Geralmente são exercícios longos,
bem pesados, então toma cautela com qualquer continha que fizer, pois podem fazer uma
diferença enorme na resposta.
OBS: se quiser conferir exercícios sem gabarito ou visualizar melhor determinado gráfico,
sugerimos o site http://rechneronline.de/function-graphs/.
1) Esboce o gráfico de
Passo 1:
Podemos ver que a função está definida para qualquer valor de x, portanto, não há
assíntotas verticais.
Passo 2:
Ambos os limites são positivos, pois o termo de maior grau é par, assim um número
negativo infinitamente grande fará a função ter um valor positivo.
Passo 3:
Para estudar o sinal da derivada, vamos pensar nos termos separadamente e depois
analisar os intervalos de cada um:
Então, temos:
f(x) é crescente em
f(x) é decrescente em
Passo 4
Os pontos candidatos a máximo, mínimo ou ponto de inflexão são -1, 0 e 2, obtidos no
passo anterior, agora fazemos o teste da derivada primeira.
Passo 5
Agora precisamos saber a concavidade dos intervalos:
Agora você precisa juntar todas as informações e esboçar seu gráfico, ele deve se parecer
com esse:
Caraca!! Eu sei, é cansativo pra caramba! Dependendo do gráfico, vai ser bem trabalhoso mesmo!
Se fixa no passo a passo e vai dar tudo certo! Pode confiar!!
7 EXERCÍCIOS
As questões sobre aplicações de derivada são garantidas nas provas, por isso,
recomendamos que faça provas antigas como exercício, elas te darão uma boa base para
a prova. Você pode encontra-las aqui no nosso site, lá em provas antigas.
1) Ao ser aquecida uma chapa circular de metal, seu diâmetro varia à razão de 0,
01cm/min. Determine a taxa à qual a área de uma das faces varia quando o diâmetro é
30cm.
2)Uma luz está no alto de um poste de 5m. Um menino de 1,6m se afasta do poste em
linha reta à razão de 1, 2m/s.
a) A que taxa se move a ponta de sua sombra quando ele está a 6m do poste?
b) A que taxa aumenta o comprimento de sua sombra?
4) Calcule os limites:
a)
b)
c)
7) Esboce o gráfico de
8) Esboce o gráfico de
Gabarito
1) 0,15πcm²/min 2) a) 1,764m/s b) 0,564m/s 3) c = 0 4) a)3/2 b) 2/π c) 0
5) 200m 6) 32 mesas
7)