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Elas foram interrompidas pelo celular de Zelda.

A Spellman cogitou ignorar, mas lembrando


que poderia ser sobre Sabrina, ela decidiu verificar. A morena praticamente rosnou de raiva,
fazendo a ruiva rir enquanto pegava seu celular em sua bolsa, ela olhou a tela constatando
que era sua babá e o atendeu rapidamente.

— Ela está bem?

Começou preocupada, podia ouvir o choro de Sabrina ao fundo. Seu coração disparou com
preocupação.

— Ela nao quer dormir e não para de chorar. Eu já tentei de tudo. — Zelda conseguia ouvir
a frustração na voz da garota. — Eu não queria atrapalhar vocês, mas Ambrose disse para
ligar antes de sair.

— Ela consegue ser difícil as vezes, só vai se acalmar quando eu pegá-la. — a ruiva
respondeu. — Estou indo para casa.

— Me desculpe, Zelda.

— Está tudo bem. Eu já estou indo.

Zelda encerrou a ligação, deixando Lilith confusa. Ela tem uma filha? A morena olhava para
a ruiva ainda perplexa.

— desculpe, eu tenho que achar a Hilda.

E com isso elas caminharam juntas na direção que suas irmãs saíram, encontrando-as
rindo sentadas ao bar.

— Oh, vocês estão aí. — Disse uma Hilda, visivelmente alterada, rindo mais do que de
costume. Mary passou a mão nas costas dela com um certo medo dela se desequilibrar do
banco pelo jeito que ela estava se virando e riu também, porém não por causa de álcool
algum.

— Hildie, eu tenho que ir. Sabrina não para de chorar…

— Calma, Zelds. Você sabe que é provavelmente só birra dela.

— Você tem uma filha?

Lilith perguntou de repente, Zelda estava pronta para ignora-la.

— Não, não. Ela é nossa..


Hilda parou de falar, levando a mão a boca, ficando nauseada repentinamente.

— Você tem uma filha com a sua irmã?

A morena se exaltou. Mary deu um tapa na própria testa em parte com esperança de que
sua gêmea pudesse sentir.

— É nossa sobrinha, querida. Filha do Eddy.

Hilda terminou sua fala e isso pareceu aquietar Lilith.

— Você fique aqui e tenha um pouco de diversão. — Hilda olhou para Lilith, sugestiva,
antes de se levantar com dificuldade. A morena riu.

— Não, você fica. Sabe que ela não vai dormir se eu não cantar para ela.

— Não, não. — Hilda protestou e olhou para as duas mulheres a sua frente. — Leve a Lilith
com você. — E com esse comentário Mary teve que rir. Sua irmã podia flertar como
ninguém, mas lidar com crianças? Ela lecionava apenas para adolescentes por um motivo.

— O que?
Ambas Zelda e Lilith exclamaram em surpresa.

— Leve-a com você. Sabe-se lá quando você vai se permitir sair novamente. — Hilda
instigou. Desde a morte de Edward, quase um ano atrás, Zelda não se permitia sair, não
para se divertir ou relaxar, ou simplesmente para aproveitar uma refeição em um
restaurante, ou ainda ler um livro ao ar livre. Era apenas trabalho, Sabrina, Ambrose,
trabalho, Sabrina. — Sabrina vai dormir assim que você pegá-la e depois vocês podem
tomar um cafézinho. Ainda está muito cedo. — sugeriu a Spellman. — Ambrose vai dormir
na casa de amigos, aproveita.

— Nós mal nos conhecemos. — A ruiva apontou o óbvio.

— É, eu poderia ser uma serial killer.

Lilith Indagou e a ruiva a olhou com um olhar estranho. Mary a puxou para perto.

— Por que você falaria uma coisa assim? — Ela sussurrou apenas para sua irmã.

— Eu fiquei nervosa, okay?!

Mary negou com a cabeça.


— quem é Ambrose?
Perguntou Lilith.
— Sobrinho.
— Oh, ela é irmã da Mary. Eddy a conhecia.

Lilith riu com isso. Ela costumava atormentá-lo pelo mero motivo de ele ter interesse na irmã
dela. Então, ela implicava com os dois, os deixava sem graça sempre que podia. Ele com
certeza não era um fã dela.
E foi quando a cabeça de Zelda deu um clique. Ela estava muito concentrada nas curvas da
mulher para ligar os pontos.

— Você é a irmã mais velha e malvada?


Se virou para Lilith de repente, pegando-a de surpresa.

— Não? — Ela disse sem muita confiança. — Eu não diria malvada…

— Você o chamava de cachorrinho da Mary. — A morena segurou o riso com a lembrança


do apelido. — Até na escola, na frente de todo mundo…

— Bem…
Ela era péssima na adolescência, isso não era discutível. Em minha defesa, ela pensou, se
eu soubesse que ele tinha uma irmã tão gostosa eu teria sido mais legal com ele…
provavelmente.

— Constantemente o deixava sem graça quando ele ia a sua casa ver a sua irmã. — a voz
da ruiva estava ficando cada vez mais agressiva. Sabrina temporariamente esquecida
enquanto ela observava a morena, com raiva. Ela sempre foi muito protetora com seu irmão
mais novo.

— Bem…

A falta de fala da morena apenas estava a irritando mais.

— Em defesa dela, irmã, ela ajudou Eddy lhe dando conselhos sobre Mary — Hilda Interviu.

— Eu… ajudei…
As palavras deixaram seus lábios soando mais como uma pergunta.

— Ajudou? — perguntou Mary.


De fato, ajudou?, Pensou Lilith.

— Sim, Ele falava com muito carinho do dia que conversaram nas arquibancadas do campo
de futebol. — A loira explicou. Eu deveria estar bêbada, concluiu Lilith. Sempre fui uma
bêbada generosa ou devo dizer piedosa? — E levou a culpa quando… bem, — A loira riu.
— não é o meu lugar de falar… — Se o rubor das bochechas de Mary não fossem indicação
suficiente, a morena desviou o olhar, passando a fitar o chão. — isso em si o ajudou a
continuar vendo Mary. Ele gostava bastante da cunhada, no final das contas.
Zelda e Mary estavam surpresas com as informações novas para elas. Zelda buscou o rosto
de Lilith com os olhos e a morena teve que disfarçar sua própria surpresa. Ela assentiu,
concordando com a fala de Hilda.

— Bem, me desculpe pelas acusações. — A ruiva começou, sem olhá-la nos olhos.
Claramente não acostumada a se desculpar. — E por ter me alterado.

— Oh, está tudo certo. — A morena respondeu. — Sem necessidade de se desculpar,


querida.

Zelda negou com a cabeça. — Foi um tanto indelicado da minha parte.

Lilith estava prestes a argumentar, dizendo que não foi nada quando a ruiva levantou a
mão, calando-a.
— Eu me alterei e por isso eu peço desculpas.

A morena assentiu, aceitando as desculpas com um sorriso, não realmente acostumada a


receber desculpas em seus relacionamentos passados, muito menos com algo tão pequeno
quanto levantar a voz.

— Agora eu tenho que ir.


Ela olhou para sua irmã, indicando que não deveria protestar.

— Eu te acompanho até lá fora, sim? — A ruiva assentiu, passar por um monte de bêbados
sozinha não era uma ideia agradável.

— Foi bom vê-la, Mary. — A ruiva lhe direcionou um sorriso.

— Igualmente, Zelda. — Um sorriso doce em resposta. — Cuide-se, sim?!

— Eu irei. Boa noite para vocês.

— Me avise assim que chegar. — Hilda pediu.

E então as duas mais velhas se retiraram, caminhando silenciosamente até a entrada do


bar, que estava continuava um tanto cheio. Quando chegou a hora delas se separarem,
Zelda virou-se para a morena.

— Bem, foi um prazer conhecê-la.


Foi tudo o que a ruiva conseguiu pensar em dizer, a energia entre elas havia mudado
drasticamente, pelo menos para ela. Sua raiva apesar de ter dissipado, deixara uma onda
de vergonha para trás pela forma que ela acusou e praticamente gritou com a mulher que
ela mal conhecia. Ela odiava quando a raiva tirava o melhor dela.
Espanto tomou conta da ruiva quando a mulher tomou sua mão com um sorriso de canto
nos lábios.
— O prazer foi todo meu, Zelda.
Os lábios escarlates encontraram a pálida mão da ruiva. Um arrepio subiu pelo seu corpo
pela forma que a mulher pronunciou seu nome, algo na voz daquela mulher parecia fazer
qualquer coisa soar… obscena. Ou o arrepio era devido o súbito contato dos lábios em sua
mão? Ela não saberia dizer.

A mulher endireitou sua postura e sorriu um tanto satisfeita ao olhar para a ruiva. Tal gesto
obviamente deixou a ruiva inquieta. Era óbvio que a mulher tinha um efeito sobre ela, mas
ela não precisava saber e muito menos ficar tão satisfeita ao notar.

— Boa noite.
Zelda disse e saiu antes que algo a mulher fizesse algo que a prendesse ali por mais
tempo.

A morena observou a ruiva com dificuldade de conseguir um táxi, já que tinha vários
bêbados entrando em qualquer carro que parassem. Ela avistou um táxi parando próximo a
ruiva e empurrou o bêbado que já estava abrindo a porta do carro, ele caiu no chão atrás
delas sem nenhum protesto. Lilith terminou de abrir a porta e deu espaço para Zelda passar
e depois entrou também.

— O que você está fazendo?

Perguntou.

— Eu estou indo com você.

— O que? Por que?

— Eu adoro crianças. — a ruiva a olhou. — Não virei professora atoa.


Ela não gostava.

— Não é motivo suficiente.

— Eu sou ótima com crianças.


Ela nunca interagiu com uma por mais de 2 minutos.

— Nós mal nos conhecemos.

— Oh, vamos, não sou tão desconhecida assim.

A ruiva levantou uma das sobrancelhas.

— Se você acha que vou transar com você assim que minha sobrinha dormir, você está
muito enganada.

— Ouch. — a morena levou uma mão ao peito. — Não é o que eu estava pensando.
— Mesmo? — A ruiva franziu o cenho, descrente. — Não passou pela sua cabeça?

— Bem… — Lilith contemplou mentir, Contudo, logo optou por uma abordagem diferente. —
Não gostaria de insultar sua inteligência mentindo. Não posso dizer que não veio a minha
cabeça. Todavia, não é a minha intenção aqui e nem o que eu espero do fim da noite.

— E o que você espera?

A morena riu.

— Eu não sei. Aprender um pouco sobre você apreciando um café? — a morena deu de
ombros. — Depois que Hilda mencionou, me bateu um desejo. — Zelda continuou a olhá-la,
seria. Lilith suspirou e voltou a falar. — Um beijo de boa noite seria bom também. — Disse
como quem não quer nada, dando de ombros novamente. — Não que eu esteja sugerindo
algo.

— Claro que não está.


Um sorriso divertido brotou nos lábios da ruiva. Ela quis expulsar a morena do táxi e lhe
dizer um grande não, mas algo a impedia de fazer isso. Então, pela primeira vez em muito
tempo Zelda Spellman apenas se deixou levar.

A viagem para a casa dos Spellmans não foi marcada por algum evento interessante, elas
quase não falaram, mas também não era uma jornada longa o suficiente para se tornar
constrangedor não falarem. Quando chegaram, Lilith pagou o táxi com a desculpa de que
foi ela que o chamou e apesar do ato ter causado um rolar de olhos na ruiva, ela tinha
apreciado o gesto, apesar de não ficar confortável demonstrando. O som do choro de bebê
já era audível para ambas, o que fez a morena se desesperar um pouco. Ninguém disse
nada sobre bebês, ela odiava estes. Criaturinhas abomináveis, pensou Lilith. Sempre
chorando e babando com suas bocas desdentadas, sem saber se expressar falando e
cagando nas próprias calças. Vergonhoso. Ela negou com a cabeça, reprimindo seu
desgosto de emergir a sua face. Logo elas estavam dentro da casa, Zelda havia dispensado
a babá e estava com a criaturinha chorona no colo, a balançando de um lado para o outro e
sussurrando em uma voz mansa na tentativa de acalmá-la. A professora ficou contente
quando as tentativas de Zelda começaram a funcionar e a criatura calou a boca, bocejou e
se aninhou ao pescoço da tia. Hilda estava certa, pura manha. Subitamente, dois pares de
olhos estavam nela e Lilith congelou.

— Acho que ela gostou de você.

A ruiva comentou quando percebeu o olhar da sobrinha na morena. A professora observou


o bebê, ela tinha finas mechas loiras desalinhadas em sua cabeça minúscula e sua
bochechas estavam rosadas por causa do choro, seus olhos castanhos lhe fitando com
curiosidade e sua boca desdentada abriu um sorriso. Criaturinha horrorosa, pensou Lilith.
— Ela é linda. — A morena sorriu e a ruiva abriu um sorriso contente. A pequena Spellman
abriu um sorriso ao enrolar os pequenos dedos em uma mecha ruiva. Oh, este tem dentes,
pensou a morena.

— Eu vou levá-la para a cama. Já volto. — A matriarca avisou. — fique a vontade.

E com isso Lilith estava sozinha na sala de estar da casa da ruiva. Ela olhou em volta, a
casa era antiga com um estilo vitoriano. Era uma bela casa, constatou. Ela estava se
sentando no sofá quando ouviu passos, surpresa pela rapidez da mulher. Mais surpresa
ainda ao notar que o barulho vinha da frente da casa e ao ver um adolescente entrar.

— Eu te conheço?
O adolescente perguntou com um sotaque inglês que lembrava o de Hilda, apenas faltando
a alegria exagerada, é claro.

— Sou sua nova tia.


Ela lhe deu um sorriso com dentes demais para ser considerado doce.

— Por que eu tenho um mal pressentimento quanto a isso?

A morena deu de ombros.

— Você é sensitivo, docinho? Medium, talvez?


Ela implicou. Ele cruzou os braços.

— Você é sempre tão debochada com gente que acaba de conhecer?


Ela fingiu pensar.

— Não diria sempre, mas as vezes, sim.


Ele rolou os olhos, agora lembrando Zelda.

— Acho que sou sortudo então.


Ele rebateu, ironicamente.

— Sensitivo e sortudo.
Ele rolou os olhos e fez uma careta, ela riu.

— Ambrose, você não deveria estar na casa do seu amigo?

Zelda se aproximou. Ele lhe deu um sorriso maldoso. Sua tia não estava esperando que ele
encontrasse com sua companhia e ele notava isso.

— Atrapalho?

— Sim.
— Não.

O garoto riu.

— Quarto. — A ruiva ordenou. Ele considerou atormentar sua tia, mas decidiu lhe dar um
descanso.
Ele apenas assentiu, fazendo ela estranhar a falta de protesto do mais novo.

— Boa noite, tia Zee. — Ele olhou para Lilith. — Boa noite, titia.

E com isso rapidamente se retirou, deixando uma Zelda boquiaberta.

— Me- me desculpe. — Ela rapidamente se desculpou com a morena e olhou o garoto


subindo as escadas. — O que aconteceu aqui?

Ela perguntou mais para si mesma.

— Eu disse que sou boa com crianças. — Lilith lhe respondeu com um dar de ombros
combinado com um sorriso doce que carecia doçura.

— Eu vou preparar o café. — indagou. — E buscar alguns biscoitos?

— Isso seria adorável.

Café preparado e servido, biscoitos frescos que Hilda havia feito naquela tarde, Zelda se
sentou no sofá junto a morena. Mas não se permitiu relaxar. Agora era a parte que a ruiva
não era muito boa, jogar conversa fora. Isso era a especialidade da Hilda. Sobre o que elas
deveriam conversar? A ansiedade cresceu rapidamente em seu âmago, emergindo em suas
ações e expressões. Se importar em ter uma conversa com seus parceiros sexuais não era
algo familiar para ela. Por que se importar? Se controle, Spellman. Seu conflito interno não
passou despercebido pela professora que lhe olhou preocupada.

— você está bem? — ela perguntou.

— Eu só estou um pouco nervosa. — admitiu, surpreendendo a si mesma.

Isso pareceu aliviar a morena, sua postura parecia pouco mais relaxada com a simples
admissão.

— Eu também! — Ela riu. — Flertar, eu sou boa. Mas uma conversa normal?

— Oh, querida, você acha que sabe flertar? — Um biquinho de pena apareceu nos lábios
de Zelda. Lilith riu.
— Sim.

— Ousado da sua parte supor isso.


A ruiva provocou.

— Se eu sou tão ruim no flerte, como que você acabou prensada contra a parede do bar.
A morena mordeu o lábio inferior e a Spellman engoliu em seco com a lembrança.

— Por que você é gostosa, apenas por isso.

Lilith apoiou o cotovelo no encosto do sofá, se virando para a ruiva e cruzando as pernas,
fazendo seu vestido subir ligeiramente. Os olhos verdes seguiram o movimento com
atenção.

— Sou?
Novamente, aquela voz… Zelda tomou um gole do café e deixou uma risada curta escapar.

— Você sabe que sim.

— Hmm…
A professora inclinou para levar sua xícara de volta a mesinha de centro, depois se moveu
para sentar mais próxima da ruiva e voltou a sua posição de antes, seu vestido havia subido
muito mais com toda a movimentação. Ela estava satisfeita com os olhos da ruiva que não
saíam de suas pernas. Ela havia escolhido aquele vestido por um motivo, afinal.
— Você parece distraída, querida. Certeza que quer conversar?

A ruiva subiu seu olhar, seus olhos verdes repletos de desejo, apesar de sua postura
continuar impecável e sua expressão só exibir um pouco de irritação, seus olhos lhe
traíram. Apesar de achar irritante o cinismo da mulher, a matriarca se aproximou mais.

— Você ficou terrivelmente quieta de repente, meu bem. — Um sorriso presunçoso


contrastando com a falsa preocupação em sua voz.

Por mais irritante que a mulher conseguisse ser, Zelda estava muito atraída por ela para
respondê-la como ela merecia. Em vez de cuspir um comentário afiado, ela lançou seu
corpo contra o da morena, empurrando-a contra seu sofá e juntando seus lábios de forma
rude. O contato bruto a pegou de surpresa, fazendo-a se assustar e se separar da ruiva. A
Spellman notou a tensão da outra mulher e a olhou preocupada, estava prestes a se
desculpar quando sentiu os lábios dela contra os seus em um gesto bem mais delicado do
que o que a ruiva havia iniciado. Seus lábios roçando contra os da ruiva, logo uma língua
exigente estava reivindicando a boca dela. A ruiva gemeu e pode sentir os lábios da morena
formarem um sorriso contra os seus. Frustrada, ela puxou Lilith para seu colo, tentando
ganhar mais controle da situação com a morena em seu colo. Ela passou as mãos pelas
coxas dela, fazendo-a suspirar. Lilith de afastou, jogando seu cabelo para trás e lambendo
os lábios.
— Eu pensei que não íamos transar.
Ela implicou com um sorriso irritante.

Zelda rolou os olhos e subiu as mãos até a bunda dela e, com um movimento rápido, a
colocou deitada no sofá, apertou sua bunda e pressionou uma de suas pernas entre as da
mulher.

— O que você disse, meu bem?

Ela gemeu em resposta e procurou seu caminho de volta aos lábios da ruiva. A ideia inicial
de Lilith era inverter as posições e foder Zelda no seu próprio sofá, no entanto, fazer algo
naquele momento estava se tornando cada vez mais difícil. A boca da ruiva em seu
pescoço, chupando e lambendo apenas nos lugares certos. A pele macia de suas pernas
contra as suas e pressão deliciosa que a coxa de Zelda fazia no meio de suas pernas. Eram
as distrações mais deliciosas que a professora havia experimentado. Quando a Spellman
chegou ao decote da morena, ela pausou suas investidas para falar ao seu ouvido.

— Ainda está interessada nas minhas habilidades com línguas?

O mero pensamento de ter a língua da ruiva no lugar onde sua coxa ainda se encontrava,
apesar de agora parada, estava se tornando demais para a morena. Ela apenas assentiu,
repentinamente sem forças para falar.

— Foi o que pensei.

Ela respondeu agora contra os seios da morena, beijando a parte exposta pelo generoso
decote. Suas mãos empenhadas em subir o vestido dela. Os quadris da morena estavam se
movendo por conta própria, rebolando contra a perna da ruiva, buscando qualquer fricção.
Zelda pressionou sua perna contra a boceta da professora, fazendo-a se contorcer
arqueando as costas e soltando mais um gemido.

— Zelda…

Protestou, impaciente.

— hm?

— Anda logo!

Zelda riu, puxando calmamente uma das alças do vestido de Lilith.

— Já ouviu falar de paciência?


A ruiva sorriu e tomou um mamilo em sua boca, sem quebrar o contato visual com a mulher.
A morena sibilou ao puxar o ar, seu estado se tornando cada vez mais precário.
— É difícil ter sendo que — Lilith afundou seus dedos nas madeixas macias da ruiva, a
puxando mais para si. — já estou molhada desde que coloquei meus olhos em você.

Zelda soltou o mamilo de sua boca com um som molhado e subiu para clamar os lábios da
mulher novamente, já recebendo protestos.

— Apenas me fode.

Esse era um pedido que a ruiva não podia recusar. Então, ela levou as mãos de volta para a
bunda da mulher apertando antes de começar a tirar a calcinha dela, ainda em um ritmo
lento demais para o gosto dela. Ela jogou a calcinha em qualquer canto e desceu beijos
pelo abdômen ainda vestido da professora. A morena abriu mais as pernas em antecipação.

Passos na varanda da casa fez elas se separarem, assustadas. Lilith rosnou enquanto
ajeitava seu vestido, olhando para a ruiva com fúria nos olhos. Zelda acharia cômico se ela
também não estivesse muito frustrada com a interrupção.

— Zelds? — Hilda disse em um tom sussurrado, apesar de em um volume bem mais alto do
que um sussurro deveria ser. Logo, Hilda apareceu, quase sendo carregada por Mary. —
Ops — Ela riu. — Acho que atrapalhamos algo.

— Desculpem. Mas eu tinha que trazê-la para casa. — Mary começou. — Ela estava
ficando fora de controle.

— Vocês não atrapalharam nada. — mentiu Zelda e ajudou Mary a colocar Hilda em uma
das poltronas.

— Bem, eu vou indo. — a morena disse, querendo sair o mais rápido daquela situação
constrangedora que Lilith a colocou. — Boa noite, Hilda. Zelda.

— Boa noite, Mary!

— Boa noite.

A morena ponderou se deveria esperar por sua irmã ou não, isso não passou despercebido
pelas mulheres e Lilith se levantou para ir com sua irmã. Ela ainda estava emburrada, o que
fez Zelda rolar os olhos internamente.

— Fica aqui. Vou levá-las a porta.

Hilda levantou os dois polegares para Zelda. Rolando os olhos de novo, a ruiva levou as
irmãs até a porta. Um ar estranho se instalou entre elas e Mary apenas foi em direção ao
seu carro, sem dizer nada. Quando a mulher deixou as duas, a ruiva olhou para Lilith.

— Lilith…
— Tartaruga…
Um rolar de olhos. Ela iria realmente tornar tudo mais difícil?

— Você sabe que não é minha culpa.

— Custava ter me fodido de uma vez?

Zelda riu e puxou a mulher para um beijo.

— Eu vou deixar isso em mente na próxima vez.

— hmm… próxima vez… — o brilho havia voltado aos olhos da morena. — Isso é um
convite para foder, Spellman?

Ela negou com a cabeça.

— Se você quer pôr de uma forma tão vulgar…

— Eu quero sim.

Zelda não pode evitar o riso.

— Que tal um encontro antes?

— Se sentindo romântica, Spellman?

Provocou.

— Você tem que ser tão irritante sobre tudo?

Lilith assentiu e beijou os lábios da ruiva mais uma vez antes de sair.

— Vou pensar no seu caso, tartaruga.

E com isso a Spellman bateu a porta. Mas que mulher mais insuportável! E em falar em
mulheres insuportáveis, ela foi até Hilda. Quando ela voltou a sala, seu sobrinho estava
junto a sua irmã, lhe observando com o mesmo sorriso estúpido.

— Por que infernos decidiu beber tanto que precisou ser carregada para casa?

Hilda apenas riu.

— Você… Zelda. — A loira se perdeu.

— Sim?
— Não está em posição de jul… — um soluço. — ...gar alguém, está? — Zelda arqueou a
sobrancelha.

— Eu não sei do que você está falando. — Zelda a ajudou a levantar. — você está bêbada.

Ambrose apontou o canto ao lado da mesa de centro, onde uma calcinha de renda preta se
encontrava. Zelda engoliu em seco e foi pegar a calcinha.

— É... eu..

O garoto a interrompeu.

— E eu que sou o adolescente aqui. — O garoto arriscou, já recebendo um olhar severo de


sua tia. — Já sei, quarto.
Ele soltou um suspiro dramático antes de se retirar.

— Com Ambrose em casa.

Hilda negou com a cabeça em reprovação, porém estava sorrindo.

— Cale a boca, sua tola.

Hilda gargalhou.

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