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FACULDADE LA SALLE MANAUS

Curso: Direito Data: 30.11.2021


Disciplina: Direitos Humanos Período: 8º
Avaliação: Seminário de
Professora: Natasha C.B. Donadon
Direitos Humanos

Acadêmicos: Leonardo da Pia Nascimento,


Lucas Nobre, Josimara Pereira Soares, Mailson
Nota:
Lima Melo, Maria Gilmara Freires Pereira e
Pâmela Dias

Direito ao nome:

Conforme o artigo 18: “Toda pessoa tem direito a um prenome e aos nomes de
seus pais ou a de um destes. A lei deve regular a forma de assegurar a todos esses
direitos, mediante nomes fictícios, se for necessário”. O nome é considerado uma
identidade no meio social, o direito caminha em paralelo aos direitos da personalidade,
ao decorrer dos anos, foi nítido a grandiosidade do aumento da população, com isso
foi visto cada vez mais a importância de individualizar os cidadãos, e juntamente a
essa cultura veio o nome específico, no caso o nome e o prenome.

Caso o cidadão possua nome de origem estrangeira, ele poderá legalmente


solicitar que o seu nome seja alterado, por exemplo: nome escrito de maneira
incorreta, se tiver sentido pejorativo e se for de pronunciação difícil.

O indivíduo que completar maioridade, poderá solicitar de maneira legal a


alteração do seu nome, contudo essa alteração não poderá ser prejudicial ao seu
sobrenome, e essa alteração somente poderá ser realizada de forma extrajudicial no
primeiro ano que o cidadão adquirir a maioridade legal, passado esse primeiro ano,
somente com permissão judicial.

Direitos da criança:

Toda criança tem direito às medidas de proteção que a sua condição de menor
requer por parte da sua família, da sociedade e do Estado.
EXEMPLOS DE CASOS JULGADOS NA CORTE INTERAMERICANA:

CASO 1

Centro de Defesa dos Direitos Humanos da Serra do estado do Espírito Santo e


Justiça Global X BRASIL : Unidade de Internação Socioeducativa no Espírito Santo

MATÉRIA: Vida/ Integridade Pessoal

ÓRGÃO JULGADOR: Corte Interamericana de Direitos Humanos - MEDIDAS


PROVISÓRIAS

DETERMINADAS EM 25/02/2011

Trata o referente caso sobre a constante situação anômala onde foram observados
somente nos 12 meses do ano de 2010 na Unidade de Internação socioeducativa no
Espírito Santo uma série de eventos que evidenciavam a situação de risco dos
menores e dos funcionários que lá estavam. Ao longo do ano houveram registros de
motim, tentativa de homicídio, tentativa de fuga, agressões e ameaças de morte. Foi
constatado também que o local era precário e que não atendia aos mínimos requisitos
de habitabilidade para os menores detidos.

A corte fundamentou suas medidas provisórias em 25/02/2011 entendendo que


o Estado violava o art. 19 da CIDH, pois não exercia o controle efetivo do
mencionado estabelecimento, portanto não era capaz de garantir a vida, a
integridade e a segurança das pessoas ali presentes e que em função dessa
fragilidade poderiam sofrer danos físicos e psicológicos irreparáveis.

Dentre as dezenas de medidas impostas pela Comissão destacamos: controle


efetivo da quantidade de detentos, separação por faixa etária, controle da situação
jurídica de cada um, medidas de segurança que protejam a vida e a integridade
pessoal de funcionários e detentos. Em particular, a Corte recomenda que o Estado
deva garantir que o regime disciplinar aplicado se enquadre às normas internacionais
na matéria destacando que a proteção de direitos deve ser ainda maior quando se
refere a crianças e adolescentes.
CASO 2

Villagrán Morales e outros X Guatemala - Caso dos Meninos de Rua‖

MATÉRIA: Violação do Direito às Garantias Judiciais

ÓRGÃO JULGADOR: Corte Interamericana de Direitos Humanos

SENTENÇA: 19 de novembro de 1999

O caso apresentado aconteceu na Guatemala onde cinco jovens moradores de


rua foram sequestrados, torturados e mortos, dentre eles Anstraum Arnam Villagrán
Morales, que por meio de seus familiares chegou até a Corte Interamericana.
Inicialmente a corte recomendou que o Estado da Guatemala demandasse uma
investigação eficaz do caso e garantisse o acesso à justiça pelos familiares das
vítimas. Diante do não cumprimento das recomendações, em 1997 o Estado foi levado
à Corte considerando as violações da CADH em vários artigos dentre os quais
destacamos os: art. 7º (direito a liberdade pessoal, sob alegação de que a detenção
dos jovens foi ilegítima e arbitrária), art.4º (direito a vida, sob alegação de que este é
um direito fundamental e um pré-requisito para que o indivíduo desfrute de todos os
outros direitos), art. 5º (direito a integridade pessoal, em função da tortura e dos maus
tratos sofridos pelas vítimas) e finalmente o art. 19 (direito da criança, pois a Corte
entende que justamente por sua condição “de rua” são mais vulneráveis e
indefesas e estão mais suscetíveis a cometer atos ilícitos e que por esse motivo
o Estado tem a obrigação de garantir condições para que os mesmos sejam
reabilitados a fim de lhes permitir um papel construtivo e produtivo para a
sociedade). Entende que o Estado é responsável pelos agentes estatais da Polícia
Nacional da Guatemala que praticaram o ato.

Após a análise de diversas provas documentais, testemunhais e periciais a


Corte concluiu que o estado violou todos os referidos artigos, pois este é o responsável
pelos mais “frágeis” e deve lhes garantir as condições mínimas de uma vida digna. A
corte determinou que o Estado da Guatemala implementasse uma série de medias
que garantissem o cumprimento dos direitos violados, a nomeação de escolas com os
nomes das vítimas a fim de manter viva a memória dos menores além da indenização
pelos danos materiais e morais levando em consideração o sofrimento dos familiares,
os gastos com as buscas, serviço funerário, tratamento médico, medicamentos entre
outros.

Direito à nacionalidade:

A nacionalidade é o vinculo jurídico e politico de uma pessoa com um estado .


É um direito fundamental e está previsto na CFB e em tratados internacionais sobre
direitos humanos. Conforme Artigo 20 - (Pacto de São José da Costa Rica), de 22 de
novembro de 1969.

Direito à Nacionalidade 1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade.


2. Toda pessoa tem direito à nacionalidade do Estado em cujo território houver
nascido, se não tiver direito à outra.
3. A ninguém se deve privar arbitrariamente de sua nacionalidade nem do direito de
mudá-la.
O direito a nacionalidade é um direito fundamental da pessoa humana. Esse
direito é positivo de cada Estado, sendo um ato discricionário para conceber a
nacionalidade aos indivíduos, é um vínculo jurídico e político entre Estado e indivíduo
do qual decorre direito e deveres para ambas as partes. A nacionalidade é de suma
importância pois adquiri-la significa ter proteção diplomática do Estado, garantias,
direitos e deveres. A ausência de uma nacionalidade qualquer – apátrida – pode, e é
prejudicial para a vida dos que sofrem com essa designação.
É princípio geral de Direito Internacional a regra expressa no artigo 15 da
Declaração Universal dos Direitos do Homem (ONU - !948) de que o Estado não pode
arbitrariamente privar o indivíduo de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de
nacionalidade. Estas regras, foram “acompanhadas” pela Convenção Americana
sobre Direitos Humanos, celebrada em São José da Costa Rica (1969), em seu artigo
20, in verbis: “Toda pessoa tem direito à nacionalidade do Estado em cujo território
houver nascido, se não tiver direito a outra.” Tais regras visam reduzir a incidência
dos casos de apatria.
Neste passo, a nacionalidade originária é aquela atribuída à pessoa quando
nasce, resultado da consideração do lugar do nascimento (jus soli) e/ou da
nacionalidade dos pais (jus sanguinis). A seu turno, a nacionalidade derivada é a que
se obtém através da naturalização, podendo ter como requisitos, alguns anos de
residência no país, domínio do idioma, entre outros, variando de Estado para Estado.
O direito a nacionalidade é um direito fundamental da pessoa humana. Esse direito é
positivo de cada Estado, sendo um ato discricionário para conceber a nacionalidade
aos indivíduos, é um vínculo jurídico e político entre Estado e indivíduo do qual decorre
direito e deveres para ambas as partes. A nacionalidade é de suma importância pois
adquiri-la significa ter proteção diplomática do Estado, garantias, direitos e deveres. A
ausência de uma nacionalidade qualquer – apátrida – pode, e é prejudicial para a vida
dos que sofrem com essa designação.

É princípio geral de Direito Internacional a regra expressa no artigo 15 da


Declaração Universal dos Direitos do Homem (ONU - !948) de que o Estado não pode
arbitrariamente privar o indivíduo de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de
nacionalidade. Estas regras, foram “acompanhadas” pela Convenção Americana
sobre Direitos Humanos, celebrada em São José da Costa Rica (1969), em seu artigo
20, in verbis: “Toda pessoa tem direito à nacionalidade do Estado em cujo território
houver nascido, se não tiver direito a outra.” Tais regras visam reduzir a incidência
dos casos de apatria.

Neste passo, a nacionalidade originária é aquela atribuída à pessoa quando


nasce, resultado da consideração do lugar do nascimento (jus soli) e/ou da
nacionalidade dos pais (jus sanguinis). A seu turno, a nacionalidade derivada é a que
se obtém através da naturalização, podendo ter como requisitos, alguns anos de
residência no país, domínio do idioma, entre outros, variando de Estado para Estado.

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