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Ebook DSI Desenho Arquitetonico ETEPAC 2021.2
Ebook DSI Desenho Arquitetonico ETEPAC 2021.2
Educação a Distância
Recife - PE
Revisão Diagramação
Erika Diniz Araújo dos Santos Jailson Miranda
Danyelle de Holanda Beltrão
Coordenação Executiva
Coordenação de Curso George Bento Catunda
Danyelle de Holanda Beltrão Renata Marques de Otero
Manoel Vanderley dos Santos Neto
Coordenação Design Educacional
Deisiane Gomes Bazante Coordenação Geral
Maria de Araújo Medeiros Souza
Design Educacional Maria de Lourdes Cordeiro Marques
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger
Helisangela Maria Andrade Ferreira Secretaria Executiva de
Izabela Pereira Cavalcanti Educação Integral e Profissional
Jailson Miranda
Roberto de Freitas Morais Sobrinho Escola Técnica Estadual
Professor Antônio Carlos Gomes da Costa
Descrição de imagens
Sunnye Rose Carlos Gomes Gerência de Educação a distância
Sumário
Introdução .............................................................................................................................................. 6
2.2 Etapas do desenho de planta baixa, cortes e vistas (fachadas e elevações) ............................................ 42
3.3.2 Rampas................................................................................................................................................... 65
Bons estudos!
6
Competência 01
A primeira coisa que você precisa diferenciar nesse momento são os tipos de desenho
que existem. O desenho talvez seja a forma de linguagem gráfica mais antiga que existe.
Possivelmente, o homem das cavernas, bem antes de se comunicar com palavras, tenha utilizado de
rabiscos para registrar histórias e representar figuras. Um exemplo desse tipo de utilização são os
desenhos rupestres de Lascaux, na França (Figura 1).
Ao longo dos séculos, o desenho evoluiu de acordo com os povos que o utilizavam e a
função daquela representação para eles, culminou em tipos distintos de linguagem gráfica. No Antigo
Egito, por exemplo, os hieróglifos e as figuras humanas desenhadas frontalmente (Figura 2) tinham o
objetivo de registrar a vida e os fatos históricos ligados aos deuses.
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Competência 01
Deste modo, a linguagem gráfica pode se concretizar, basicamente, através de dois tipos
distintos de desenho: o Desenho Artístico e o Desenho Técnico. O Desenho artístico é aquele que,
embora possa ser preciso e exato na representação do mundo (paisagens, pessoas, animais,
edificações, etc.) não tem como ser mensurado pela forma como as coisas se apresentam na tela,
geralmente em perspectivas que não representam a verdadeira grandeza dos objetos, por outro lado,
o desenho artístico também possui uma vertente abstrata que não tem como ser mensurada e cuja
interpretação é mais subjetiva ainda. Por sua vez, o Desenho Técnico, tem como objetivo retratar a
realidade com precisão e exatidão através de vistas que permitem a mensuração de suas partes
através de sistemas geométricos de representação das verdadeiras grandezas dos objetos, apesar de
não serem representados nos seus tamanhos originais, mas através de relações de proporção
conhecidas como escalas.
Estudante, observe abaixo que o desenho Drawing Hands (Figura 3), do artista M. C.
Escher, ainda que retrate a realidade através da representação de duas mãos, não há a intenção de
ser preciso, mas de refletir a sensibilidade e o gosto de seu autor. Em contraposição, o desenho do
Fiat 147 (Figura 4), ilustra uma representação gráfica verdadeira, objetiva e precisa com o objetivo
de transmitir todas as características do objeto para sua execução.
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Competência 01
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Competência 01
No curso, você irá se concentrar apenas no Desenho Técnico, ok!? Mas você deve estar
se perguntando: mas qual a relação entre desenho e linguagem?
Então, caro estudante, é preciso que você compreenda que qualquer desenho é um tipo
de linguagem que tem o intuito de passar uma mensagem ou ideia, ou seja, é um tipo de
comunicação. Para que ela seja eficiente, devem existir três personagens: “aquele que comunica”
(emissor), a mensagem propriamente dita (código) e “aquele que recebe” a mensagem (receptor).
Para que a comunicação seja efetiva, é importante que tanto o emissor quanto o receptor conheçam
os códigos e símbolos dessa linguagem. É como se fôssemos aprender um novo idioma!
Se para aprender um novo idioma é preciso conhecer as palavras e a gramática, no
desenho – como não temos palavras – é necessário conhecer que pontos e linhas são a base para
construção da mensagem ou ideia que se queira transmitir. Ao combinar esses três elementos básicos
de diferentes formas, aquele que desenha consegue obter formas, planos, volumes e símbolos
variados.
Atente estudante, para o fato de que falamos a respeito de diferentes formas, e não de
modo aleatório ou de qualquer maneira. No desenho também existe uma gramática própria na qual
a combinação e a posição dos elementos básicos influenciam igualmente na comunicação. Ou seja,
no desenho técnico existem regras e normas que devem ser seguidas para a construção daquilo que
se quer comunicar. Visualize o exemplo da Figura 5, a seguir:
Então no Desenho Técnico, as regras e normas são indispensáveis para uma boa execução
e compreensão da ideia ou mensagem transmitida. Para tal, e a fim de tornar o desenho técnico uma
linguagem universal, houve a necessidade de padronizá-lo em todo o mundo, o que deu origem às
normas técnicas internacionais e suas consequentes normas nacionais. Elas são uma forma de facilitar
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Competência 01
A própria Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) tem uma definição própria para o
Desenho Técnico:
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Competência 01
MARQUES, 2015). Essa representação bidimensional é aquela que advém do Sistema Mongeano o
qual utilizada de projeções ortogonais através de projetantes retas e paralelas, sendo possível obter
as verdadeiras grandezas do objeto.
Existem algumas Normas Brasileiras (NBR), desenvolvidas pela ABNT, que auxiliam
tecnicamente no desenvolvimento da representação gráfica dos desenhos e projetos em Design de
Interiores. Relacionamos algumas das normas abaixo, para conhecimento seu conhecimento,
estudante:
• NBR 6492/1994: Representação de Projetos de Arquitetura;
• NBR 8196/1999: Desenho Técnico – Emprego de Escalas;
• NBR 8403/1984: Aplicação, Tipos de linhas e Larguras das linhas;
• NBR 10067/1995: Representação em Desenho Técnico;
• NBR 10068/1987: Folha de Desenho e Leiaute e Dimensões;
• NBR 10126/1987: Cotagem de Desenho Técnico;
• NBR 10582/1988: Apresentação da Folha para Desenho;
• NBR 10.647/1989: Desenho Técnico;
• NBR 13142/1999 – Dobramento de Cópia.
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Competência 01
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Competência 01
Figura 8: Esquema com a relação entre os três tipos de desenhos: técnico, arquitetônico e interiores.
Fonte: Gusmão & Seabra, 2017, p.14.
Descrição: três círculos, um dentro do outro, cada um com uma cor diferente. O maior na cor roxa, com a descrição
Desenho Técnico, o seguinte, na cor marrom, com a descrição Desenho Arquitetônico, e o menor círculo, na cor azul,
com a descrição Desenho de Interiores.
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Competência 01
• Borracha: é o instrumento de desenho que serve para apagar os traços feitos com o
lápis (Isso você já sabia, não é!?). Ela deve ser macia, flexível e ter as extremidades chanfradas para
facilitar o trabalho de apagar.
• Folha de papel: é um dos componentes básicos do desenho. Existem diversos tipos de
papel, mas os mais comuns utilizados na prática são: papel transparente (papel manteiga, papel
vegetal, etc.) e papel opaco (canson, sulfite, etc.), sendo o primeiro o mais utilizado, pois auxilia no
estudo de alternativas de projetos, devido a sua transparência, fazendo a sobreposição de desenhos.
• Par de esquadros: eles têm formato triangular, e são utilizados para traçar linhas
verticais, horizontais ou inclinadas com precisão (Figura 10). São usados em pares (esquadro de 45°
e esquadro de 30°/60°). A combinação deles permite obter vários ângulos comuns no desenho. É
recomendável que sejam de material transparente e sem graduação.
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Competência 01
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Competência 01
• Fita crepe: serve para fixação do papel na prancheta ou na mesa de desenho. Onde
colocar o papel, e como colá-lo?! Você vai ver em seguida, como fazer, para que o papel não solte da
prancheta ou fique folgado (Figura 13).
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Competência 01
Agora que você já conhece os instrumentos e materiais de desenho e como utilizá-los, irá
estudar as demais regras e normas do Desenho Técnico nos itens da próxima seção. Vai começar
pelas características das pranchas para o desenho, onde serão abordados temas como: formatos,
tipos de papel, margens, carimbos e sobre como realizamos o dobramento das pranchas.
Vamos continuar aprendendo?
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Competência 01
Os formatos mais empregados no Desenho Arquitetônico são os seguintes: A0, A1, A2, A3
e A4, sendo os dois últimos mais comuns no Desenho de Interiores. Na Figura 15, é possível perceber
a relação que existe entre os formatos. Por exemplo, ao combinar duas folhas em formato A1 têm-se
uma folha no formato A0, ou uma folha A3 origina-se a partir da combinação de duas folhas tamanho
A4.
Figura 15: Relações de bipartição ou duplicação sucessivas das dimensões dos formatos de prancha.
Fonte: NBR 10.068, 1987, p.2.
Descrição: divisão dos papéis, proveniente do papel A0.
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Competência 01
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Competência 01
Com relação à legenda ou carimbo, a NBR 10.068 (1987, p.2) estabelece que ele deve ser
desenhado no canto inferior direito dentro do quadro, tanto nas folhas posicionadas na horizontal
quanto na vertical, como você pode observar na Figura 18. A legenda é um retângulo com dimensões
pré-estabelecidas e que deve conter informações básicas de identificação e numeração dos
desenhos. A direção de leitura da legenda coincide geralmente com a direção de leitura do desenho
(SILVA et. al., 2012, p.31).
Então, ao desenhar a legenda, você deve observar que o tamanho dela precisa estar de
acordo com o formato do papel escolhido. Ao trabalhar, por exemplo, com o formato A3 ou A4, o
carimbo deve medir 178 mm de comprimento. Já nos formatos A0, A1 e/ou A2, ele necessita ter 175
mm (NBR 10.068, 1987, p.3). A largura é variável e depende da quantidade de informações que serão
consideradas na legenda.
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Competência 01
Porém, você pode estar se perguntando: qual a largura do carimbo e quais informações
devem estar contidas dentro dele?
De acordo com a norma, a NBR 6492 (1994, p.2), o carimbo precisa conter algumas
informações básicas, sendo elas:
1. Identificação da empresa e do profissional responsável pelo projeto;
2. Identificação do cliente, nome do projeto ou empreendimento;
3. Título do desenho;
4. Indicação sequencial do projeto;
5. Escalas;
6. Data;
7. Autoria do desenho e do projeto;
8. Indicação da revisão.
Assim, além dessas informações, outras podem ser acrescidas de modo a trazer novos
dados sobre os desenhos. Isso vai influenciar diretamente na largura da legenda, que para os
formatos A0, A1, A2 e A3 não tem uma medida mínima nem máxima, podendo se ajustar a critério
do profissional responsável pelo projeto. Mas para o formato A4, a largura deve ser de 4 mm e o
comprimento, 185 mm, conforme Figura 19.
Figura 19: A posição e as dimensões da legenda no caso específico do formato A4 na posição vertical.
Fonte: NBR 6492, 1994, p.3.
Descrição: papel no formato A4, e com as dimensões e local do carimbo, com o nome legenda dentro da área do
carimbo.
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Competência 01
Você também deve atentar para o dobramento das pranchas (papéis). Independente do
formato escolhido para a elaboração do desenho, o papel deve ser dobrado de forma que seu formato
final seja o tamanho A4 para fins de arquivamento, fixação em pastas e/ou encadernação. Nos dois
casos, o carimbo deve ficar o mais visível possível para facilitar a identificação das informações
constantes em cada prancha, sobretudo, a numeração delas. A NBR 6492 (1994, p.4) traz os
procedimentos de dobramento, que podem ser observados nas Figuras 20 e 21. Veja as instruções
em seguida.
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Competência 01
Caro estudante, não são só as pranchas que têm normas e regras a serem seguidas no
Desenho de Arquitetura, mas também as linhas utilizadas nos desenhos. A NBR 8403 (1984) trata
sobre a aplicação de linhas em desenhos, tipos de linhas e larguras das linhas, de modo a facilitar e
emprego delas.
Lembra que o Desenho Técnico é uma linguagem que comunica uma mensagem? O
emprego correto dos tipos de linhas facilita a leitura e a interpretação dos desenhos. Por isso, é
importante ficar atento a cada tipo de linha e suas diferentes aplicações para reconhecer aquilo que
está sendo transmitido. No geral, existem duas espessuras de linhas: o traço grosso e o traço fino, e
os diferentes tipos podem ser vistos na Figura 22.
LINHA DENOMINAÇÃO APLICAÇÃO
Contínua grossa Contornos e arestas visíveis
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Competência 01
Então, você deve ter percebido que existe a necessidade de utilizar tipos de linhas
diferentes de acordo com o objeto ou elemento a ser representado. De acordo com Silva (2012, p.28),
“a espessura do traço deve ser escolhida de acordo com a dimensão do papel e o tipo de desenho,
dentro da seguinte gama: 0.18, 0.25, 0.35, 0.5, 0.7, 1.4 e 2.0 mm (...). E as espessuras devem ser as
mesmas para todas as vistas desenhadas na mesma escala”.
Agora que você já aprendeu sobre as pranchas de desenho e tipos de linhas, se concentre
em seguida, na caligrafia técnica.
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Competência 01
desenhos sem a perda de qualidade. Por isso, os caracteres devem ser claramente distinguíveis entre
si, para evitar qualquer troca ou algum desvio mínimo da forma ideal (NBR 6492, 1994, p.1).
Segundo a NBR 8402 (1994, p.1), as letras e números da escrita técnica podem ser escritos
na vertical ou com uma leve inclinação, em um ângulo de 15° para a direita em relação à vertical,
como representado na Figura 23. Porém a NBR 6492 (1994, p.12), a qual estamos focados, considera
que a caligrafia técnica deve ser sempre maiúscula e não-inclinada, ou seja, escrita apenas na vertical.
A espessura das linhas da caligrafia é a mesma tanto para letras maiúsculas quanto minúsculas.
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Competência 01
Para tal, foram criadas as escalas de desenho, as quais também são normatizadas pela
ABNT através da NBR 8196 (1999), a qual aborda o emprego de escalas e suas designações em
desenhos técnicos.
Ou seja, a escala é uma convenção utilizada para estabelecer uma relação de proporção
entre as dimensões reais de um objeto real (ou parte dele) e suas dimensões ao ser representado
graficamente, de modo que se obtenha a informação de quantas vezes, o seu tamanho real foi
reduzido, ou em outros casos ampliado, para poder ser representado no papel. Essa convenção pode
ser expressa matematicamente, conforme fórmula abaixo:
E = __D__ Onde: E = escala
R D = medida do desenho do objeto
R = medida real do objeto
Através dessa convenção foi possível determinar a existência de três tipos de escalas
diferentes, em virtude de ser aceitável utilizar qualquer número como relação de semelhança. Assim,
ao escolher a escala de representação, você deve estar atento para o fator e o objetivo a que se
pretende o desenho. Segue abaixo, os três tipos de escala:
- Natural = aquela em que o tamanho do desenho técnico é igual ao tamanho real da peça;
- De Redução = aquela em que o tamanho do desenho técnico é menor que o tamanho
real da peça;
- De Ampliação = aquela em que o tamanho do desenho técnico é maior que o tamanho
real da peça.
Além disso, a escolha da escala também depende:
1. Do nível de complexidade do objeto, pois quanto mais detalhes o objeto possuir, é
importante que a escala permita que esses detalhes apareçam no desenho;
2. Do objetivo do desenho, pois se você for entregar o desenho para execução (projeto
executivo), quem vai executar precisa ter muitas informações, logo a escala deve ser uma maneira de
gerar uma representação detalhada. Mas, se você for apresentar o projeto para a análise de um
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Competência 01
cliente (estudo preliminar), não há tanto interesse em representar tantos detalhes do objeto, mas
sim com relação à forma, volumetria ou composição das partes, o que favorece um desenho menor
com ênfase no volume como um todo.
Algumas escalas numéricas são mais utilizadas na área de Design de Interiores, são elas:
1:10, 1:20, 1:25 e 1:50. No Desenho de Arquitetura já são mais comuns as escalas: 1:50, 1:100, 1:250
e 1:500, mas as escalas 1:10 e 1:5 também podem ser utilizadas quando forem necessários detalhes
específicos.
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Competência 01
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Competência 02
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Competência 02
(Figura 28) o qual é utilizado como base para a construção dos demais desenhos do Projeto de
Arquitetura: os cortes e as vistas (elevações). Todos os desenhos devem receber as convenções
mínimas, de acordo com as regras e normas.
Figura 25: Plano secante imaginário a 1,50 m de altura da Figura 26: Duas porções da edificação originadas
edificação. após o plano secante horizontal.
Fonte: Montenegro, 2001 p. 48. Fonte: Montenegro, 2001, p. 48.
Descrição: casa sendo cortada pelo plano. Descrição: casa dividida em duas partes.
Figura 27: Resultado da seção horizontal da edificação: Figura 28: Planta baixa final normatizada
planta baixa ainda não normatizada. resultante do plano secante horizontal a
Fonte: Montenegro, 2001, p. 49. 1,50 m de altura.
Descrição: desenho da base das paredes de uma casa, em Fonte: Montenegro, 2001, p. 49.
uma folha de papel. Descrição: desenho de uma casa, mostrando o
terraço, depósito e sala.
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Competência 02
NOTA:
O Projeto de Arquitetura ainda é composto pelas seguintes plantas: a planta de
situação, a planta de locação (ou implantação) e a planta de cobertura, as quais
não serão abordadas nesse material.
2.1.2 Cortes
Se o plano secante horizontal origina a planta baixa da edificação, o plano secante vertical
dá origem ao que chamamos de cortes. Os cortes nada mais são do que as representações gráficas
das duas porções que se originam através deste plano vertical imaginário que corta a edificação, o
qual pode se dá em duas posições: longitudinal e transversal. O longitudinal é feito no sentido do
comprimento da edificação, enquanto o transversal, no sentido da largura, como pode ser observado
na Figura 29.
Figura 29: Plano secante vertical imaginário, no Figura 30: Duas porções da edificação originadas com o
sentido transversal da edificação. corte transversal.
Fonte: Montenegro, 2001, p. 50. Fonte: Montenegro, 2001, p. 50.
Descrição: uma casa sendo cortada pelo plano vertical. Descrição: uma casa dividida em duas partes.
Observe que na Figura 30, a edificação foi dividida em duas partes distintas, o que
originou consequentemente dois cortes diferentes: o Corte AB e o Corte BA. Essa distinção é uma
convenção didática na qual a ordem das letras indica a direção escolhida pelo profissional para
evidenciar o corte que será representado graficamente. Essa escolha se dá em virtude das
informações construtivas que necessitam ser demonstradas para a melhor execução do projeto. De
32
Competência 02
acordo com a NBR 6492 (1994, p.1), “o corte, ou cortes, deve ser disposto de forma que o desenho
mostre o máximo possível de detalhes construtivos”.
Então, como a planta baixa é um desenho que não mostra todos os detalhes internos do
projeto, sobretudo as alturas, nem todas as informações necessárias e suficientes para a execução,
os cortes servem como desenhos complementares, que evidenciam as alturas dos elementos
construtivos, por exemplo: janelas, portas, forros, peitoris, entre outros (Figura 31).
Figura 31: Corte AB com destaque para os elementos construtivos a serem evidenciados.
Fonte: Montenegro, 2001, p. 52.
Descrição: exemplo de elementos de um corte: beiral, embasamento, água, verga, peitoril e pé-direito.
Uma vez escolhido o sentido, a direção e a posição do corte, você deve ficar atento para
a forma de marcação dos cortes na planta baixa. Foi visto anteriormente, que os cortes foram
identificados com letras, mas recomenda-se que eles sejam representados através de uma seta
direcional com o número do corte, além do número da prancha na qual o corte será representado,
como na Figura 32.
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Competência 02
Figura 32: Corte AB com destaque para os elementos construtivos a serem evidenciados.
Fonte: NBR 6492, 1994, p. 18.
Descrição: representação da marcação do corte numa planta baixa.
Observe que na Figura 33, os cortes longitudinal e transversal foram indicados com o
símbolo nomeados com números (Corte 1-1 e Corte 2-2). Além do símbolo indicativo do corte, “a
marcação da linha de corte deve ser suficientemente forte e clara para evitar dúvidas e mostrar
imediatamente onde ele se encontra” (NBR 6492, 1994, p. 18). Para tal, a linha deve ser do tipo traço
e ponto, conforme NBR 8403/1984.
Figura 33: Planta baixa de arquitetura de um escritório com marcação dos cortes transversal e longitudinal.
Fonte: https://desenhoarquitetonicosite.wordpress.com/2016/06/06/exercicio-aula-3-07-de-maio-de-2016-desenho-
arquitetonico-simbolos-representacoes-e-caligrafia-tecnica/
Descrição: desenho de uma planta baixa, com a marcação dos cortes, transversal e longitudinal.
34
Competência 02
NOTA
Pode haver deslocamentos do plano secante onde necessário, devendo ser
assinalados, de maneira precisa, o seu início e final (na planta baixa). Nos cortes
transversais, podem ser marcados os cortes longitudinais e vice-versa (NBR
6492, 1994, p. 1-2).
De acordo com a NBR 6492 (1994, p.7), o desenho dos cortes no projeto de arquitetura
deve conter (Figura 34):
a) simbologias de representação gráfica;
b) eixos do projeto;
c) sistema estrutural;
d) indicação das cotas verticais;
e) indicação das cotas de nível em osso e acabado dos diversos pisos;
f) caracterização dos elementos de projeto:
• fechamentos externos e internos;
• circulações verticais e horizontais;
• áreas de instalações técnicas e de serviço;
• cobertura/telhado e captação de águas pluviais;
• forros e demais elementos significativos;
g) denominação dos diversos compartimentos seccionados;
h) marcação dos detalhes;
i) escalas;
j) notas gerais, desenhos de referência e carimbo;
k) marcação dos cortes transversais nos cortes longitudinais e vice-versa.
35
Competência 02
VOCÊ SABIA?
Em algumas situações, ao fazer a marcação do corte na planta baixa, pode ser
necessário realizar um desvio na direção da linha do corte afim de destacar
detalhes e/ou elementos construtivos que estão fora da linha de corte escolhida
ou ainda para diminuir o número de cortes no desenho. O desvio é representado
conforme a Figura 35 e tem-se um exemplo de aplicação em planta baixa na
Figura 36.
36
Competência 02
Figura 36: Planta baixa com linha de corte com mudança de direção.
E representação do Corte com mudança de direção.
Fonte: Montenegro, 2001, p. 57.
Descrição: representação de uma marcação de corte desviado em uma planta baixa e, um corte longitudinal.
No próximo item você vai conhecer sobre as vistas e aprender a diferença entre as
elevações internas e as elevações externas do Desenho Arquitetônico e como elas se aplicam ao
Desenho de Interiores.
2.1.3 Vistas
Caro estudante, a conceituação de vistas não é muito clara nas normas de desenho, por
exemplo, como na NBR 6492 (1994, p. 2). Já na NBR 10.067 (1995, p. 2), também não aparece um
conceito definido de vistas, mas apenas como elas são obtidas através das projeções ortográficas do
objeto arquitetônico. Partindo desse princípio, é dito que elas são representações gráficas de planos
verticais dispostos a partir de um cubo imaginário que envolve a construção. Desse modo, o objeto é
projetado em cada uma das faces do cubo, como pode ser observado nas Figuras 37, 38 e 39.
37
Competência 02
Figura 37: Obtenção das quatro vistas ou projeções ortográficas de uma edificação.
Fonte: Montenegro, 2001, p. 42.
Descrição: uma casa com portas e janelas, e setas apontadas para ela, indicando as diversas vistas.
Figura 38: Obtenção das vistas ou projeções Figura 39: Cubo imaginário planificado com as seis
ortográficas de uma edificação através do cubo vistas de uma edificação.
imaginário. Fonte: Montenegro, 2001, p. 42.
Fonte: Montenegro, 2001, p. 42. Descrição: seis vistas externas da casa, distribuídas
Descrição: uma casa e demais vistas externas da cada uma, em um quadrado, como um cubo aberto.
mesma.
38
Competência 02
39
Competência 02
Então, o projeto de interiores deve conter as elevações internas para expor detalhes
internos dos ambientes. Conforme a NBR 6492 (1994, p. 9), as elevações, bem como as fachadas,
devem conter alguns elementos mínimos, tais como:
a) simbologias de representação gráfica;
b) eixos do projeto;
c) indicação de cotas de nível acabado;
d) indicação de convenção gráfica dos materiais;
e) marcação e detalhes;
f) escalas;
g) notas gerais, desenho de referência e carimbo;
A simbologia utilizada em planta baixa para indicar a orientação das elevações se faz
através de triângulos com setas direcionais voltadas para a respectiva parede, conforme
exemplificado na Figura 42. A Figura 43, mostra a representação da elevação que foi marcada na
planta baixa, e os elementos necessários, exigidos pela NBR 6492 (1994).
40
Competência 02
Figura 43: Exemplo de elevação referente ao que está sendo indicado pela seta na planta baixa.
Fonte: Valadares & Matoso, 2002 p. 20 e 24.
Descrição: desenho de uma elevação de um banheiro, mostrando bacia sanitária, chuveiro, armários, espelhos, entre
outros.
41
Competência 02
Figura 44: Simbologia indicativa das elevações na planta baixa com as dimensões mínimas.
Fonte: NBR 6492, 1994, p. 22.
Descrição: representação das elevações numa planta, que pode ser um triângulo, ou triângulo dentro de um círculo,
com números, que são as informações dos cortes.
Do mesmo modo que os cortes, as escalas mais utilizadas na representação gráfica das
elevações no desenho arquitetônico são: 1:50 e 1:100. Já nos projetos de Design de Interiores, as
escalas mais comuns são: 1:20, 1:25 e 1:50. Ou seja, no mesmo projeto deve haver uma equivalência
em termos de escala entre os desenhos de planta baixa, cortes e elevações.
42
Competência 02
43
Competência 02
3. Por fim, desenhar a linha de piso externo, no caso de uma planta baixa de edificação.
Figura 46: Desenho dos vãos, esquadrias e dos elementos fixos e móveis do projeto.
Fonte: Montenegro, 2001, p. 68.
Descrição: desenho de uma planta baixa, com a representação de paredes, portas, janelas, mobiliário.
44
Competência 02
Figura 47: Desenho dos nomes dos ambientes, das linhas dos cortes e das linhas de cotas.
Fonte: Montenegro, 2001, p. 69.
Descrição: desenho de uma planta baixa completa, com a divisão dos ambientes, portas, janelas e demais elementos
necessários.
2.2.2 Cortes
Para o desenho dos cortes, a sequência que você deve seguir é a seguinte:
1. Primeiro, utilizar papel transparente (na posição horizontal) sobre o desenho da planta
baixa orientado no sentido de marcação do corte, como ilustrado na Figura 48;
45
Competência 02
2. Em seguida, deve ser desenhada a linha de altura do piso térreo e a linha referente ao
nível do terreno;
3. As linhas de parede externas e internas cortadas pela linha de corte são desenhas a
seguir;
4. Logo, os vãos de portas e janelas devem ser desenhados, de modo que agora, as portas
são representadas fechadas. Aqui também, podem ser desenhados aqueles elementos que são
“vistos” e não “cortados” pelo plano de corte, sendo indicados com traço contínuo mais fino que o
traço dos elementos cortados;
5. Depois as linhas que marcam os elementos “cortados” pelo plano de corte devem ser
engrossadas de modo a evidenciá-las, como exemplo, as paredes cortadas. Também deve ser feita a
cotagem.
Figura 48: Desenho do corte através do uso de papel transparente para transposição das medidas.
Fonte: Montenegro, 2001, p. 70.
Descrição: desenho de uma planta baixa com a marcação do corte AB. O desenho ao lado, é do corte AB.
Como resultado final desse processo, você pode ver o resultado do corte final como deve
ser apresentado, conforme Figura 49.
46
Competência 02
Agora no item a seguir, você vai aprender a desenhar as vistas (fachadas e elevações) e
sua aplicação no campo do Design de Interiores.
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Competência 02
Figura 50: Desenho final de uma fachada com as indicações mínimas necessárias.
Fonte: Montenegro, 2001, p. 71.
Descrição: fachada externa de uma residência.
48
Competência 02
NOTA
O estudo preliminar pode servir à consulta prévia para aprovação em órgãos
governamentais, no caso do Projeto de Arquitetura, já que o Projeto de Design
de Interiores não é submetido a tal.
Programa de Necessidades
É um documento preliminar que caracteriza as necessidades e expectativas do cliente quanto
ao projeto, objeto de estudo. Ele serve para coletar as informações mínimas necessárias a fim
de nortear as decisões de projeto. Pode conter “a relação dos setores que o compõem, suas
ligações, necessidades de área, características gerais e requisitos especiais, posturas
municipais, códigos e normas pertinentes” (NBR 6492, 1994, p. 2). Também pode conter
estimativas de custos (orçamento) e prazos (cronograma).
Partido de Projeto
É uma expressão que designa um “conceito de projeto” ou as intenções e escolhas tomadas
a partir das informações coletadas no programa de necessidades. Já o partido são as técnicas
utilizadas para alcançar os objetivos do conceito, ou seja, são as projetuais tomadas para se
conseguir transmitir o conceito.
2.3.2 Anteprojeto
O anteprojeto é a etapa que se sucede ao estudo preliminar. Ele se constitui nos desenhos
da fase anterior, após serem aceitos e aprovados pelo cliente, mas com os ajustes e adaptações
determinados pelo projeto. Ou seja, o anteprojeto é composto pelos mesmos documentos típicos da
fase anterior, porém com desenhos mais coloridos, com diferentes texturas, figuras humanas, etc.
Nessa fase são apresentadas: a planta de layout, os cortes, as vistas e perspectivas.
Também é comum nessa fase a entrega da planta de layout (Figura 51) e/ou da planta
humanizada (Figura 52), sendo a primeira mais simples e técnica, muitas vezes de difícil entendimento
por parte do cliente; enquanto a segunda, possui cores, texturas, iluminação e cotas gerais, de modo
a refletir como o ambiente ou o edifício ficará o mais próximo da realidade.
49
Competência 02
VAMOS PENSAR!
Por que fazer uma planta humanizada? Imagine que um cliente lhe contrate para
fazer um projeto de reforma. Você faz o projeto de acordo com as normas e
cheio de detalhes técnicos para apresentar ao cliente. Você acha que ele vai
entender de forma clara o que está ali? Não seria mais interessante fazer uma
planta colorida e realística deixando o cliente encantado com o seu trabalho?
Pense nisso!
Confira as diferenças entre uma planta mais técnica e uma planta mais
humanizada a seguir.
Figura 51: Exemplo de planta de layout. Figura 52: Exemplo de planta humanizada.
Fonte: Fonte:https://www.maquetizando.com.br/fullscreen
https://br.pinterest.com/pin/292734044507728626/ -page/comp-js27jljv/51713cff-c4ec-4e22-9281-
Descrição: planta baixa, apenas nas cores branca e 45e139afe769/0/%3Fi%3D0%26p%3Dd34uk%26s%3
preta, de um apartamento mobiliado. Dstyle-jemmuvhd
Descrição: planta baixa, colorida, de um
apartamento. Apresenta cotas básicas dos
ambientes.
50
Competência 02
devidamente de modo a expor. Nessa fase, o Designer de Interiores deve apresentar os seguintes
desenhos: planta de layout, cortes, elevações e perspectivas, além das especificações técnicas, os
detalhes do projeto e o orçamento analítico.
Finalizado o conteúdo da segunda semana de estudos da disciplina Desenho
Arquitetônico. Não deixe de participar dos fóruns, e de sanar suas dúvidas antes de dar
prosseguimento ao conhecimento que será exibido para você na próxima semana, o qual abordará
do dimensionamento em Desenho Arquitetônico e da representação da circulação vertical.
Bons Estudos!!!
51
Competência 03
3.1.1 Cotagem
GLOSSÁRIO: COTAS
As cotas são números que indicam as dimensões lineares ou angulares do elemento ou objeto
acabado. Seus elementos constituintes são os seguintes: linha da cota, linha de auxiliar, limite
da linha de cota e a cota (Figura 53). Você verá a seguir no item 3.2 cada um deles com mais
detalhes.
52
Competência 03
É importante destacar que, qualquer que seja a escala do desenho, as cotas sempre vão
representar as verdadeiras grandezas das dimensões reais do objeto representado, como você irá ver
mais adiante.
Outro ponto, é que as cotas indicam apenas as medidas e não as unidades do desenho.
Ou seja, para todas as cotas não se emprega o símbolo da unidade: m para metro, cm para centímetro
e mm para milímetro. “Se for necessário, para evitar mau entendimento, o símbolo da unidade
predominante para um determinado desenho deve ser incluído na legenda” (NBR 10.126, 1987, p. 2).
Num projeto é recomendado utilizar a mesma unidade em todos os desenhos.
Além da legibilidade, é preciso estudante, você estar atento para que não haja a repetição
de cotas num mesmo desenho. Cotas supérfluas ou duplicadas devem ser evitadas de modo que a
representação gráfica não fique confusa ou sobrecarregada de informações. O cruzamento de linhas
de cota com outras linhas do desenho também deve ser evitado.
As linhas de cota são desenhadas com linhas finas e contínuas, em todo o comprimento
do objeto, como recomenda a NBR 10.126 (1987, p. 3). A linha de cota não deve ser interrompida
mesmo que o elemento tenha sido interrompido no desenho, como mostra na Figura 54 abaixo.
53
Competência 03
As linhas auxiliares devem ser traçadas como linhas contínuas e finas, em geral, em
posição perpendicular ao objeto a ser cotado. Mas, em determinados desenhos, elas podem ser
desenhadas paralelas entre si e obliquamente ao objeto, num ângulo aproximado de 60° (NBR 10.126,
1987), para que não se sobreponham ao contorno do objeto, como ilustrado na Figura 55.
Observe na Figura 55, que a linha auxiliar e a linha de cota, sempre que possível, não
devem cruzar com outras linhas de modo a manter a clareza da cota. Se não for possível evitar o
cruzamento, ambas as linhas não devem ser interrompidas no ponto de cruzamento. Também para
a organização e legibilidade, as linhas auxiliares devem seguir o mesmo padrão no mesmo desenho,
e as linhas de cota paralelas devem ter o mesmo afastamento do objeto e o mesmo espaçamento
entre si.
54
Competência 03
As linhas auxiliares também podem servir de base para a cotagem, como por exemplo
ocorre na Figura 56, onde as linhas de eixo dos furos da peça foram utilizadas para traçar boa parte
das cotas. Note também que é uma peça simétrica, e por isso, as cotas não precisam ser repetidas
nos dois lados já que ambos são iguais, espelho um do outro.
O limite da cota, ou linha de seta, nada mais é do que a indicação dos limites da linha de
cota, sendo geralmente feitas através do uso de setas ou de traços oblíquos. Elas devem ter o mesmo
tamanho e o mesmo padrão num mesmo desenho, igualmente como as anteriores. Porém, quando
o espaço for muito pequeno, outra forma de indicação de limites pode ser utilizada (NBR 10.126,
1987, p. 4).
Figura 57: Dois exemplos distintos de linhas de limites de cota: as setas e as de traço oblíquo.
Fonte: NBR 10.126, 1987, p. 4.
Descrição: três formas de representação de limite de cotas.
Observe na Figura 57 que as setas podem ser desenhadas preenchidas ou através apenas
de traços curtos e finos, com inclinação de 15°. Já os traços oblíquos também podem ser curtos e
finos e numa inclinação de aproximadamente 45°.
55
Competência 03
3.2.4 Cotas
A cota, ou também denominado valor numérico, é o número que indica a dimensão que
está sendo mensurada ou cotada do objeto. Conforme a NBR 10.126 (1987, p. 5) existem dois
métodos de cotagem, mas somente um deles deve ser utilizado num mesmo desenho. Você
conhecerá agora!
Método 1: no primeiro método, as cotas devem ser localizadas acima e paralelamente às
suas linhas de cotas, preferivelmente no centro da mesma, como ilustram as Figuras 58 e 59.
Figura 58: Esquema com o Método 1 de cotagem para Figura 59: Esquema com o Método 1 de cotagem para
dimensão linear. dimensão angular.
Fonte: NBR 10.126, 1987, p. 5. Fonte: NBR 10.126, 1987, p. 5.
Descrição: representação de cotas lineares, e o número Descrição: representação de cotas angulares, e o
está acima da linha de cota. número está acima da linha de cota.
Figura 60: Esquema com o Método 2 de cotagem para Figura 61: Esquema com o Método 2 de cotagem para
dimensão linear. dimensão angular.
Fonte: NBR 10.126, 1987, p. 6. Fonte: NBR 10.126, 1987, p. 6.
Descrição: representação de cotas lineares, onde o Descrição: representação de cotas angulares, onde o
número está na linha de cota que foi interrompida pelo número está na linha de cota que foi interrompida pelo
mesmo. mesmo.
56
Competência 03
Figura 62: Exemplo de como corrigir ou modificar o valor de uma cota no desenho.
Fonte: Montenegro, 2001, p. 4.
Descrição: representação de cota que foi modificada.
TEXTO COMPLEMENTAR
Para saber de mais detalhes sobre a cotagem no Desenho Arquitetônico, não
deixe de consultar a NBR 10.126/1987, pois ela traz mais informações sobre
esse conteúdo.
57
Competência 03
Agora você vai aprender sobre escadas, rampas e elevadores, pelo fato de terem um tipo
de representação gráfica específica, e por serem os tipos de circulação mais comuns nos projetos.
3.3.1 Escadas
As escadas são elementos construtivos que tem como função promover a circulação
vertical entre pavimentos. Possuem formatos variados e podem ser confeccionadas em diferentes
tipos de materiais. Além da funcionalidade, as escadas têm um papel estético muito forte sendo
elemento de valorização do projeto. Veja alguns exemplares nas Figuras 63 a 66.
Figura 63: Exemplo de escada em madeira. Figura 64: Exemplo de escada metálica
Fonte: https://residencestyle.com/21-staircase-lighting- Fonte: https://www.decorfacil.com/modelos-
design-ideas-pictures/ de-escadas-de-ferro/
Descrição: escada em madeira, na cor clara, e com uma Descrição: escada metálica com seus pisos e
viga central em cada lance de escada. corrimão, na cor preta.
58
Competência 03
Figura 65: Exemplo de escada metálica Figura 66: Exemplo de escada helicoidal em
Fonte: https://www.decorfacil.com/modelos-de- concreto sem corrimãos.
escadas-de-ferro/ Fonte:
Descrição: escada toda metálica na cor vermelha. https://www.pinterest.pt/pin/16691472992108
6577/
Descrição: escada helicoidal na cor branca.
As escadas são constituídas por alguns elementos básicos bem característicos, como
ilustrado abaixo na Figura 67: o degrau, que é formado pelo espelho e piso; o patamar; e o guarda-
corpo, que é formado por sua vez pelo corrimão e pelo balaústre.
59
Competência 03
O degrau pode ser conceituado como a menor distância vertical de uma escada, sendo
constituído pelo espelho (h) e pelo piso (p). Por sua vez, o espelho é a porção vertical do
degrau, enquanto o piso é a porção horizontal, estando perpendicular ao espelho. Esses dois
elementos são a base de uma escada.
O patamar é a superfície horizontal que interliga um ou mais lances de escadas. Os lances são
trechos parciais com um conjunto de degraus. Os patamares são obrigatórios a partir de
alturas superiores a 3,20m entre níveis, conforme a NBR 9050 (2015), ou 3,70m, segundo a
NBR 9077 (2001).
Então, destacamos que esses elementos têm medidas específicas e não podem ser
diferentes em uma mesma escada. Na verdade, para uma escada ser funcional ela precisa que todos
os degraus sejam iguais e tenham as mesmas dimensões para não causar confusão nas pessoas e
riscos de acidentes. Para isso, é utilizada a Fórmula de Blondell através da qual pode-se determinar
a profundidade do piso (p) e a altura do espelho (h).
VOCÊ SABIA?
Nicolas-François Blondell foi um arquiteto francês que estabeleceu uma fórmula
através da qual se estipula que o dobro da altura do espelho (2h) mais a largura
do espelho (p) deverá estar entre 0,63 e 0,64. Ou seja, (h): 2ℎ + 𝑝 = 0,64.
Portanto, se o espelho mede 18cm, a profundidade deve ser igual a 26cm. Já se o
espelho mede 17cm, a profundidade deve ser igual a 28cm (Figura 69).
60
Competência 03
FÓRMULA DE BLONDELL
2h + p = 0,63 ou 0,64
Observe que anteriormente, você viu na Figura 67, que o degrau ideal deve ter 17cm de
espelho e 28cm de piso, isso baseado em dados experimentais, mas essas medidas podem variar de
acordo com a altura e o tipo de escada. Entretanto, a altura do piso (h) deve variar entre 16 e 18cm,
enquanto a largura do piso (p) deve estar entre os limites de 28 e 32cm.
Estudante, é importante você entender que o degrau não pode ter uma altura muito alta
para que a escada não fique cansativa. Por outro lado, essa altura também não deve ser muito baixa
para evitar de termos escadas muito compridas, pois quanto menor a altura do degrau, mais degraus
são necessários para vencer determinada altura. No caso da largura do piso, ela também não deve
ser muito pequena já que não favorece o apoio suficiente do pé (ou da pisada) da maioria da
população. Igualmente, não pode ser muito largo para evitar escadas extensas e cansativas.
ATENÇÃO!!!
As medidas do piso (p) e do espelho (h) não devem variar numa mesma escada,
porque se isso acontecer há grande risco de quedas, pois o ritmo das passadas é
quebrado. Durante a subida ou descida, o cérebro humano compreende que
existe um padrão de uniformidade, que ao ser quebrado, pode levar a pessoa à
desorientação.
Em escadas com pé-direito acima de 3,20m (NBR 9050, 2015, p. 62), ou com mais de 16
degraus, é obrigatório o uso de patamares para tornar a escada menos cansativa. Os patamares
também podem ser usados nas mudanças de direção de escadas com pé-direito inferior a 3,20m. Eles
devem possuir a mesma largura da escada, que segundo às normas, é estipulada minimamente em
1,20m, para locais públicos, mas ela pode variar de acordo com o tipo e a função da escada. Já o
comprimento, é comumente equivalente à largura, para facilitar a mudança de direção de uma
escada.
61
Competência 03
Figura 70: Esquema (corte) com a diferença da cota vertical entre o pé direito e o pé esquerdo.
Fonte: https://www.escolaengenharia.com.br/pe-direito/
Descrição: apresenta o pé-direito e pé-esquerdo em um corte.
Vale destacar que as dimensões das escadas são regulamentadas também, apesar das
dimensões não serem unânimes entre alguns autores. Uns dizem que a largura mínima de uma escada
é de 60cm, enquanto outros afirmam que 80cm é a largura mínima, recomendável também pelas
normas (NBR 9050, 2015; NBR 9077, 1997). O fato é que são comuns os seguintes valores (SILVA,
2012, p. 190):
• 0,80m em residências unifamiliares;
• 0,90m em habitações coletivas;
• 1,10m em habitações com mais de 02 pisos – patamar de 1,20m;
• 1,40m em edifícios com mais de 10 pisos – patamar de 1,50m.
Atente para o fato também de que existem diferentes tipos de escadas e todas devem
seguir estas recomendações. Igualmente na representação gráfica, elas devem ser representadas em
planta baixa e em corte, em cada um dos pavimentos. Em planta baixa, as escadas são representadas
em seu sentido ascendente (subida) o qual deve ser indicado por uma seta contínua à linha de eixo
dos degraus, e a palavra sobe. Cada um dos degraus recebe uma numeração gradativa. Linhas
62
Competência 03
tracejadas devem ser utilizadas para representar os elementos (degraus, corrimãos) que estão acima
do nível do plano de corte horizontal da planta baixa (1,50m do piso), e por consequência, não visíveis,
como ilustrado na Figura 71.
Figura 71: Representação gráfica de uma escada em “U” com patamar de mudança de direção.
Fonte: https://docplayer.com.br/6338154-Aula-5-circulacao-vertical-escadas-rampas-e-elevadores.html
Descrição: representação gráfica de elementos de uma escada. A escada tem um formato em “U”.
63
Competência 03
Figura 72: Representação gráfica dos cortes de uma escada em “U” com patamar.
Fonte: https://docplayer.com.br/6338154-Aula-5-circulacao-vertical-escadas-rampas-e-elevadores.html
Descrição: quatro desenhos de cortes de uma escada. Os dois primeiros são longitudinais, os dois seguintes,
transversais.
64
Competência 03
Desse modo, foi visto que as escadas são os elementos construtivos importantes em
construções com mais de um pavimento. Agora você verá a importância das rampas, e em seguida
dos elevadores, para a circulação vertical de edifícios de média e grande alturas.
3.3.2 Rampas
Por sua vez, as rampas são estruturas que servem para interligar diferentes níveis através
de uma determinada inclinação. São elementos construtivos pouco utilizados em residências,
justamente pelo fato de não haver necessidade de interligação de grandes níveis, mas são bastante
utilizadas em edifícios públicos onde o fluxo e a necessidade pela acessibilidade justificam a sua
construção, visto que são elementos de circulação que tomam bastante espaço.
As rampas mais comuns são aquelas em linha reta e as rampas circulares. Elas são
constituídas de lances inclinados e patamares planos de início e fim. “A largura mínima recomendada
para as rampas em rotas acessíveis é de 1,50 m, sendo o mínimo admissível de 1,20m” (NBR 9050,
2015, p. 59). Podem existir patamares intermediários para mudança de direção ou para descanso de
modo a tornar a subida menos cansativa. Eles devem ter dimensão longitudinal mínima de 1,20m,
como ilustrado na Figura 73.
A representação gráfica em planta baixa, assim como nas escadas, basicamente deve ser
feita através de uma seta contínua à linha de eixo da rampa. Porém, as linhas tracejadas podem ser
utilizadas para o trecho que estiver acima do plano de corte horizontal. É importante registrar junto
à seta contínua a inclinação (i) dos lances da rampa que é indicada em porcentagem (%) (Figura 74).
65
Competência 03
É importante destacar que a inclinação das rampas (i%) é determinada de acordo com o
uso a que se destinam. Uma rampa para pedestres não tem a mesma inclinação das rampas
recomendadas para automóveis, por exemplo. Para pedestres e cadeirantes a inclinação deve se
situar entre 8,33 e 10 %, podendo chegar a 12,5%, de acordo com a norma de acessibilidade NBR
9050 (2015). Já para automóveis, pode variar entre 10 e 15%, podendo chegar a 25% em situações
excepcionais (Figura 75).
Figura 75: Representação gráfica de uma rampa em vista superior e em vista lateral (elevação).
Fonte: NBR 9050, 2015, p. 58.
Descrição: Representação gráfica de uma rampa em vista superior e em vista lateral (elevação).
66
Competência 03
3.3.3 Elevadores
67
Competência 03
Figura 77: Representação gráfica dos tipos diferentes de poços de elevador: à esquerda, elevadores eletromecânicos
com duas posições diferentes para a casa de máquinas; e à direita, elevador hidráulico, sem poço e sem casa de
máquinas.
Fonte: http://ascensoresjpascual.blogspot.com/2013/11/tipos-de-ascensores_8.html
Descrição: desenho de três elevadores, apresentando a casa de máquinas, nos dois primeiros, o elevador e o
contrapeso.
68
Competência 03
Caro estudante, fechamos aqui mais uma competência da disciplina! Creio que você deve
ter aprendido muitas coisas novas, as quais serão utilizadas nas próximas atividades. Não deixe de
tirar as dúvidas a respeito de algum dos itens abordados aqui. Se elas surgirem, consulte os fóruns de
dúvidas ou procure os professores para ajudar a saná-las.
Na próxima semana você vai aprender como se dá a representação de um projeto de
interiores.
Continue os estudos!!!
69
Competência 04
É importante frisar aqui que cabe ao Técnico em Design em Interiores conhecer o desenho
normatizado das instalações para a correta distribuição e indicação do posicionamento dos pontos
(elétricos, luminotécnicos, sanitários e/ou hidráulicos) de acordo com seu projeto de interiores, seja
nos casos de reforma com relocação de alguns pontos, ou quando da sugestão de novos pontos. Mas,
o cálculo e o dimensionamento das instalações prediais não são da competência e habilitação do
Técnico em Design em Interiores, isto fica a cargo dos arquitetos, engenheiros e/ou projetistas.
NOTA
Os principais projetos complementares compreendem: estrutural, elétrico,
hidráulico, sanitário, telefone, luminotécnico, prevenção e combate a incêndio,
paisagismo, entre outros.
70
Competência 04
Para a representação gráfica das instalações elétricas é importante, antes de mais nada,
conhecer alguns de seus principais componentes e como se dá a simbologia de cada um deles. Os
projetos de redes de instalação elétrica “definem o traçado dos condutores e os aparelhos elétricos
a instalar representados através de simbologia própria” (SILVA, 2012, p. 204). Os símbolos
empregados para representá-los foram convencionados pela ABNT e são bastante utilizados na
construção civil.
Na Figura 78, estão ilustrados os principais elementos de uma instalação elétrica predial
residencial e o percurso que a energia elétrica faz desde o poste e do ramal de ligação até os circuitos
terminais (pontos de tomada e pontos de luz). É através do circuito de distribuição que essa energia
é levada do medidor até o quadro de distribuição ou quadro de luz. Portanto, cabe ao projetista de
interiores a modificação da posição de pontos existentes ou a indicação de novos pontos elétricos
nos circuitos terminais em cada um dos ambientes.
Figura 78: Esquema de uma instalação elétrica residencial e os principais componentes: poste, ramal de ligação,
medidor, circuito de distribuição, quadro de distribuição e circuitos terminais.
Fonte: Moreno, 2003, p. 27.
Descrição: uma casa com as instalações elétricas e dois postes elétricos.
71
Competência 04
Agora que você já tem uma noção da instalação elétrica residencial, agora vai aprender a
simbologia gráfica empregada na representação de seus componentes. No quadro abaixo (Figura 79)
apresentamos os principais símbolos usados numa planta baixa de modo a indicar a localização exata
dos circuitos de luz, força, telefone, etc. Cada símbolo é mostrado com o seu respectivo significado.
Observe que são apresentadas duas simbologias com as quais você pode se deparar na sua atividade
profissional, uma mais usual e aquela indicada pela NBR 5444 (1989, p. 2-7).
Figura 79: Quadro comparativo da simbologia gráfica de pontos elétricos segundo o uso comum e a ABNT.
Fonte: https://ensinandoeletrica.blogspot.com/2013/03/planta-eletrica-residencial.html
Descrição: tabela de símbolos de pontos elétricos.
72
Competência 04
Note que, no geral, a simbologia é muito parecida, e em alguns casos, há uma diferença
para facilitar e melhorar a comunicação dessa linguagem gráfica. Independente de qual
representação você vai trabalhar no futuro, é importante que o projeto seja bem detalhado e
especificado para fácil leitura e compreensão por parte dos projetistas e eletricistas, assim como,
apresentar a legenda dos pontos elétricos que foram utilizados no projeto.
Na Figura 80 ilustrada abaixo, temos um exemplo de planta elétrica na qual foi utilizada
uma simbologia própria e devidamente identificada no projeto através da legenda. Ou seja, mesmo
existindo a convenção da ABNT, o projetista pode utilizar uma simbologia própria desde que
apresente uma legenda nas pranchas do projeto elétrico.
Apesar de não aparecer no exemplo acima, a cotagem das distâncias entre os pontos
também deve constar de forma legível no projeto de instalações elétricas. As cotas que interessam
são apenas as dos pontos indicados, não cabendo a cotagem de elementos construtivos para não
causar confusão durante a execução da instalação elétrica. Para diferenciar as linhas de cotas dos
circuitos de distribuição, elas podem ser coloridas de forma a ficarem mais destacadas que as linhas
do desenho.
73
Competência 04
NOTA
Antes de partirmos para a prática, é importante lembrar que o projeto deve
iniciar do levantamento mínimo de cargas feito pelo projetista para que o
sistema elétrico não fique superdimensionado, sobrecarregando-o. Essa
estimativa de cargas é feita como recomendação da NBR 5410 (2004), e parte
das dimensões dos cômodos e das potências (cargas) mínimas dos circuitos de
pontos de tomadas, de luz, de força, quadros, etc.
Bem, agora vamos nos limitar a indicar os pontos elétricos. Para a disposição de tomadas,
interruptores, luminárias e quadros, vamos elencar alguns passos que podem ser seguidos para a
confecção de um projeto de pontos elétricos, os quais tem como base a planta de layout.
1) Marcação dos pontos de luz: a partir da planta baixa, fazer a marcação dos pontos das
luminárias, e indicar os interruptores com suas seções correspondentes. Deve ser previsto pelo
menos um ponto de luz no teto por ambiente comandado por um interruptor de parede;
2) Posição das tomadas de luz: fazer a escolha e a indicação do posicionamento das
tomadas de luz, de acordo com a função e necessidades dos ambientes. Geralmente, elas são
posicionadas próximo às portas de acesso aos ambientes, com afastamento mínimo de 15cm de
portas e janelas. Devem ser evitadas atrás de portas;
3) Posição das tomadas de força: fazer a escolha e a indicação do posicionamento das
tomadas de força, de acordo com os equipamentos e eletrodomésticos que serão utilizados em cada
ambiente. É recomendável prever uma quantidade de tomadas um pouco maior que o mínimo
necessário para evitar a falta delas;
AMBIENTES EQUIPAMENTOS/ELETRODOMÉSTICOS
Salas, quartos Tomadas para TV/DVD, abajur, luminárias, computador, etc.
Banheiros Tomadas para secador de cabelo, barbeador elétrico, chuveiro
elétrico, desembaçador, aquecedor, banheira, etc.
Hall, corredor Tomada baixa.
Copa, cozinha, área de serviço Tomadas para fogão, forno elétrico, geladeira, freezer, micro-
ondas, lava-louças, lava-roupas, secadora de roupas,
churrasqueira elétrica, ferro elétrico, liquidificador, batedeira,
panela elétrica, etc.
Terraço, varanda, sótão, garagem Tomada baixa.
74
Competência 04
75
Competência 04
Descrição: desenho de uma escada, e paralela a mesma, dois interruptores e uma lâmpada.
Um ponto que deve ser destacado aqui é que a instalação elétrica residencial geralmente
é embutida nas paredes, onde são inseridos os condutores dos circuitos. Em outros casos, como em
edificações industriais, os condutores são instalados externamente e fixos nas paredes através de
braçadeiras ou por colagem. Nesse caso, na planta baixa, o traçado dos pontos é feito no exterior das
paredes de forma a ilustrar a face de instalação (SILVA, 2012, p. 204). Em ambos os casos, em razão
de economia de recursos ou de tempo para execução, é interessante aproveitar a mesma descida da
fiação para a instalação de tomadas e interruptores em cômodos adjacentes, como o exemplo
apresentado na Figura 83.
Figura 83: Exemplo de pontos elétricos em ambientes adjacentes para aproveitamento da fiação.
Fonte: Oberg, 1997, p. 103.
Descrição: parede comum entre o quarto e o banheiro, e a representação de duas tomadas, uma para cada ambiente.
Para conhecer um pouco mais sobre as instalações elétricas, você pode consultar
a NBR 5410 (2004) que trata das instalações elétricas residenciais. Quanto à
simbologia gráfica, você pode consultar a NBR 5444 (1989).
76
Competência 04
No caso das instalações hidráulicas, você vai conhecer a simbologia gráfica e a indicação
dos pontos hidráulicos e sanitários em planta baixa. Essa planta limita-se aos ambientes como lavabo,
cozinha, banheiros, área de serviço, etc., ou seja, as áreas molhadas como são comumente chamadas
(Figura 84). Além dos pontos de distribuição de água quente e água fria, como torneiras e chuveiros,
são indicados também os pontos de gás para fogão e forno elétrico. Os pontos têm como base a
planta de layout dos ambientes.
77
Competência 04
Figura 85: Exemplo de projeto hidráulico, em planta baixa, com indicação dos pontos e
tubulações hidráulicas.
Fonte: https://www.suzuki.arq.br/unidadeweb/aula1.htm
Descrição: planta baixa de um banheiro, área de serviço e cozinha com indicação dos pontos e
tubulações hidráulicas.
78
Competência 04
Figura 86: Exemplo de projeto hidráulico, em perspectiva isométrica, com indicação dos pontos e tubulações.
Fonte: https://www.suzuki.arq.br/unidadeweb/aula1.htm
Descrição: perspectiva isométrica de um projeto hidráulico, com indicação dos pontos e tubulações.
Ao indicar a posição ou relocação dos pontos de água, alguns destaques devem ser feitos
quanto aos critérios que arquitetos, engenheiros e projetistas levam em consideração para a escolha
do quantitativo e da localização dos aparelhos hidráulicos (OBERG, 1997, p. 116):
1) Dimensões e espaços necessários para utilização da peça;
2) Situação e sentido de abertura de portas nos ambientes;
3) Fluxo dos usuários nos ambientes;
4) Hábitos dos futuros usuários;
5) Recursos financeiros previstos (orçamento).
No quadro da Figura 87, são apresentados alguns equipamentos e eletrodomésticos com
a indicação de possíveis pontos de consumo de água e gás que podem constar num projeto hidráulico,
dependendo claro da proposta e disposição do layout do orçamento previsto.
AMBIENTES EQUIPAMENTOS/ELETRODOMÉSTICOS
Salas, quartos Ponto de gás para lareira;
Ponto de água para ar condicionado split.
Banheiros, lavabos Ponto de água para pia, chuveiro, ducha higiênica, banheira;
Válvula de descarga;
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Competência 04
Registro de gaveta.
Copa, cozinha, área de serviço Ponto de gás para fogão, cooktop, forno elétrico;
Ponto de água para pia, geladeira, lava-louças, filtro de água;
Ponto de água para tanque, lava-roupas;
Registro de gaveta e de pressão.
Terraço, varanda, garagem, jardim Ponto de água para torneira;
Ponto de gás para churrasqueira elétrica;
Registro de gaveta e de pressão.
Figura 87: Quadro com indicação de alguns pontos de abastecimento de água e gás em cada ambiente.
Fonte: A autora, 2019.
80
Competência 04
Figura 88: Esquema com os principais componentes de uma instalação sanitária predial.
Fonte: https://www.faneesp.edu.br/site/documentos/hidraulica_predial/hidraulica_residencial.pdf
Descrição: modelo dos principais componentes de uma instalação sanitária predial.
Os símbolos gráficos convencionados pela NBR 8160 (1999, p. 23) para uma instalação
predial de esgoto sanitário, estão ilustrados na Figura 89. Eles são representados com traços mais
grossos ou em cores na planta baixa ou de layout, sobre o desenho dos aparelhos sanitários feitos
em traços mais finos e claros. Cada ponto pode ser cotado e uma legenda deve acompanhar o projeto
na prancha correspondente. As tubulações também devem ser representadas em convenção e
traçado próprios.
81
Competência 04
Figura 89: Quadro com a simbologia gráfica convencionada pela ABNT para esgoto sanitário domiciliar.
Fonte: NBR 8160, 1999, p. 23.
Descrição: quadro com a representação de símbolos e sua definição.
82
Competência 04
Figura 90: Exemplo de projeto sanitário através de uma planta baixa e de uma elevação.
Fonte: NBR 8160, 1999, p. 9 e 13.
Descrição: modelo de projeto sanitário através de uma planta baixa e de uma elevação.
83
Competência 04
Figura 91: Um exemplo de passo a passo para a indicação e distribuição dos pontos sanitários.
Fonte: https://www.slideshare.net/RicardoDeboni/projeto-de-esgoto
Descrição: planta baixa de um banheiro, apresentando como indicar e distribuir os pontos sanitários.
84
Competência 04
NOTA
O sistema predial de esgoto sanitário deve ser separado absolutamente do
sistema predial de águas pluviais, ou seja, não deve existir nenhuma ligação
entre os dois sistemas (NBR 8160, 1999, p. 4).
No quadro a seguir (Figura 92), são indicados alguns pontos sanitários que podem constar
no seu projeto.
AMBIENTES APARELHOS SANITÁRIOS
Banheiros, lavabos Ponto de esgoto para pia, vaso sanitário,
chuveiro, banheira;
Ralo seco ou sifonado.
Copa, cozinha, área de serviço Ponto de esgoto para pia, lava-louças, lava-
roupas, tanque;
Ralo seco ou sifonado.
Terraço, varanda, garagem Ponto de esgoto.
Ralo seco ou sifonado.
Figura 92: Quadro indicativo de peças sanitárias de acordo com os ambientes.
Fonte: A autora, 2019.
Caro estudante, você chegou ao final de mais uma competência. Espero que tenha
aproveitado ao máximo os conhecimentos aqui apresentados. Na próxima semana, será trabalhado
um tema bem importante no campo do Desenho Arquitetônico e para a sua atuação profissional:
detalhamento e especificação de projeto.
Bons estudos!!!
85
Competência 05
O detalhamento constitui uma das últimas fases da etapa do projeto executivo, quando
já se têm definidos os elementos construtivos, quer de edificações, quer de mobiliário, por exemplo.
Ele constitui a representação gráfica de todos os detalhes necessários para um perfeito entendimento
do projeto e para possibilitar sua correta execução (NBR 6492, 1994, p. 2). Os detalhes devem estar
em escala adequada de modo a facilitar a visualização e compreensão de um elemento, uma peça ou
um encaixe, por exemplo, por parte dos profissionais responsáveis por sua execução, tais como:
eletricistas, marceneiros, marmoeiros, gesseiros, vidraceiros, entre outros.
86
Competência 05
87
Competência 05
Descrição: Exemplo de planta de forro com pontos de iluminação, e uma legenda do lado, informando a simbologia de
cada ponto.
2) Projeto de elétrica e luminotécnica: deve ter como base a planta de forro para que os
pontos de luz não entrem em conflito com possíveis rebaixos, por exemplo. Aqui devem ser
especificados os pontos de iluminação geral, iluminação direta e iluminação indireta. No projeto
elétrico é comumente apresentada uma planta baixa com a posição dos pontos de luz, em escala de
1:25 ou 1:50. Os cortes e as elevações não são comuns. Os pontos devem estar devidamente cotados,
como ilustrado na Figura 94.
Você viu no e-book que há uma simbologia de pontos de luz segundo a ABNT, mas pode
ser utilizada uma simbologia própria desde que acompanhada de sua respectiva legenda, como o
exemplo acima.
88
Competência 05
Observe na Figura 95, que devem ser apresentadas: planta baixa, com indicação do
assentamento da primeira pedra e a sua direção; todas as elevações do ambiente, com as alturas dos
diferentes revestimentos. A escala utilizada pode variar entre 1:25 e 1:50. As cotas devem ser
verticais, em alguns casos, na horizontal, e podem ser coloridas para terem maior destaque. As
hachuras em cores distinguem o local de aplicação dos diferentes revestimentos.
89
Competência 05
4) Projeto de mármore e granito: esse projeto serve para que os marmoristas possam
projetar e executar as peças feitas em mármores e granitos, por exemplo: mobiliários, bancadas,
testeiras, pisos, soleiras, rodapés, etc. Devem ser apresentadas a planta baixa com as dimensões
gerais e a posição de cubas e torneiras; os cortes e as elevações com as alturas dos elementos e,
sobretudo, o detalhamento dos acabamentos das pedras em virtude de sua complexidade (Figura
96). A escala utilizada pode variar entre 1:25 e 1:50 para a planta baixa, cortes e elevações, enquanto
os detalhes devem estar ampliados com escalas em 1:5 e 1:10.
90
Competência 05
Observe no exemplo de projeto de mobiliário de uma cozinha nas Figuras 97 a 101, que
o foco está voltado para os detalhes da marcenaria: dimensões, módulos, tipos de fechamentos, tipos
de acabamentos, sentido de abertura das portas, presença ou não de iluminação embutida, tipos de
ferragens, etc. Quanto maior a riqueza de detalhes técnicos, melhor será o seu projeto, o que
contribui para um boa execução e consequente satisfação do seu cliente. O mobiliário deve estar
devidamente compatibilizado com os equipamentos, louças e metais.
Figura 97: Exemplo de projeto de detalhamento de mobiliário de uma cozinha: Planta Baixa.
Fonte: https://www.papodearquiteto.com.br/revit-para-projetos-de-interiores/
Descrição: planta baixa de uma cozinha, onde apresenta um projeto de detalhamento de mobiliário.
91
Competência 05
Figuras 98 e 99: Exemplo de projeto de detalhamento de mobiliário de uma cozinha: Elevação 01.
Fonte: https://www.papodearquiteto.com.br/revit-para-projetos-de-interiores/
Descrição: duas elevações de uma cozinha, onde apresenta um projeto de detalhamento de mobiliário.
Figuras 100 e 101: Exemplo de projeto de detalhamento de mobiliário de uma cozinha: Elevações 02 e 03.
Fonte: https://www.papodearquiteto.com.br/revit-para-projetos-de-interiores/
Descrição: duas elevações de uma cozinha, onde apresenta um projeto de detalhamento de mobiliário.
92
Competência 05
apresentadas as três convenções que podem ser utilizadas através de padrões de hachuras e cores
distintas. Além de seguir uma convenção e indicar a legenda, é importante cotar as paredes a demolir
e construir, novos vãos, novas aberturas e novas esquadrias (Figura 103).
Figura 102: Exemplos de convenções que podem ser adotadas para projeto de reforma de alvenarias.
Fonte: http://docplayer.com.br/docs-images/42/17212261/images/page_8.jpg
Descrição: modelo de convenções que podem ser adotadas para projeto de reforma de alvenarias.
Figura 103: Exemplo de projeto de reforma com aplicação de convenção das alvenarias.
Fonte: https://joycejesusarqdesigner.wordpress.com/2016/12/10/como-fazer-uma-planta-de-reforma/
Descrição: Exemplo de projeto de reforma com aplicação de convenção das alvenarias, e uma legenda ao lado das
plantas baixas.
93
Competência 05
A seguir, nas Figuras 104 a 112, são apresentados um exemplo prático de detalhamento
completo de um banco, com todos os desenhos necessários para a sua efetiva execução. Observe a
riqueza de detalhes e especificações.
94
Competência 05
Figuras 107 e 108: Exemplo de projeto de detalhamento de mobiliário de um banco: Seção Vertical 3 e Elevação 1.
Fonte: Valadares & Matoso, 2012 p. 15.
Descrição: projeto de detalhamento de mobiliário de um banco: vista frontal e uma elevação.
95
Competência 05
96
Competência 05
Figuras 111 e 112: Exemplo de projeto de detalhamento de mobiliário de um banco: Detalhes Ampliados.
Fonte: Valadares & Matoso, 2012 p. 18.
Descrição: projeto de detalhamento de mobiliário de um banco: Detalhes Ampliados.
E então, caro estudante, aprendeu sobre essa parte de detalhamento técnico?! Viu
através dos exemplos apresentados como são feitos o detalhamento de ambientes e o detalhamento
de um objeto?
97
Competência 05
A especificação técnica é uma das partes escritas do projeto e constitui, junto com o
detalhamento, uma fase “destinada a fixar as características, condições ou requisitos exigíveis para
matérias-primas, produtos semifabricados, elementos de construção, materiais ou produtos
industriais semiacabados" (NBR 6492, 1994, p. 2). Ela deve descrever de forma completa, ordenada
e precisa todos os materiais utilizados, os procedimentos adotados e as técnicas exigidas para a
montagem, o funcionamento e/ou execução.
O cliente nem sempre tem a formação nem o conhecimento técnico para ler e interpretar
um projeto. Então, a especificação é uma forma de esclarecer quesitos específicos que possam não
ficar claros apenas através dos desenhos. Então, vamos aprender alguns dos meios de produzir tais
documentos e sua forma de apresentação. Para o projetista de interiores são importantes: a Lista de
Materiais, o Quadro de Acabamentos e a Planta Falada.
98
Competência 05
Figura 113: Exemplo de quadro com lista de mobiliário e objetos de decoração do projeto de interiores de uma sala.
Fonte: http://e-interiores.com.br/o-que-entregamos/
Descrição: quadro com lista de mobiliário e objetos de decoração do projeto de interiores de uma sala. Tem fotos de
uma mesa branca, uma cadeira e uma luminária em madeira, uma mesa de canto na cor branca, com pés de madeira e
uma luminária em madeira em cima, alguns quadros em preto e branco e umas casinhas como objetos de decoração.
Atualmente tem sido comum o uso de listas de materiais específicas para mobiliário e
equipamentos como forma de facilitar a identificação por parte do cliente para aquisição dos mesmos
em lojas. A lista de materiais às vezes pode ser confundida com o que chamamos de moodboard, que
nada mais é do que um painel ou mural ilustrativo com várias referências a serem utilizadas em um
projeto. Pode conter fotos, ilustrações, texturas, cores, objetos, formas, estilos e frases/palavras. Ele
funciona bem, tanto na fase de briefing com o cliente quanto na fase de especificação de projeto.
Na fase de briefing, o moodboard faz uso de várias colagens de imagens que trazem o
perfil do cliente e suas referências que poderão ser usadas no projeto. No segundo caso, já na fase
de projeto e especificação, o moodboard esclarece os elementos utilizados no projeto, geralmente
mobiliário, luminárias, revestimentos de piso e parede, tecidos e papéis de parede, objetos
decorativos, etc. Em regra, ele vem acompanhado da planta de layout do ambiente, como ilustrado
na Figura 114.
99
Competência 05
Observe que a forma de indicação dos dados faz com que algumas informações sejam
obtidas de forma mais rápida e eficiente, o que contribui para efeitos de orçamento, planejamento e
execução. Importante não confundir o quadro de acabamentos com a planta falada, a qual você verá
no item mais à frente.
100
Competência 05
Por sua vez, a planta falada é outra forma de apresentar ao cliente as especificações
técnicas a respeito dos acabamentos dos ambientes. Não tem uma normativa a respeito, mas
convencionou-se entre profissionais e escritórios que as informações são organizadas na planta baixa
a partir de uma indicação dos acabamentos de teto, piso e paredes. Então, é utilizado um símbolo em
circunferência, como um gráfico do tipo pizza, à qual é dividida geralmente em três ou quatro porções
(Figura 116). Cada porção é numerada e serve de referência para a especificação de um ou mais itens
de acabamento seja de teto, piso, paredes, por exemplo.
101
Competência 05
Atente para o fato de que o símbolo deve ser posicionado em cada ambiente do projeto
(abaixo do nome do ambiente), e uma tabela ou quadro com as especificações dos materiais e
acabamentos deve acompanhar a planta baixa na prancha, como o que consta na Figura 117. É uma
forma de garantir a melhor compreensão das informações de projeto.
Figura 117: Exemplo de planta baixa e legenda de símbolo e quadro de especificação de materiais e acabamentos da
planta falada.
Fonte: A autora, 2019.
Descrição: planta falada e quadro com legenda de especificação de materiais e acabamentos da planta falada.
102
Competência 05
Figura 118: Exemplo de planta falada com símbolos geométricos indicativos de acabamentos e materiais.
Fonte: Adaptado de https://leiautdicas.files.wordpress.com/2015/11/351.jpg
Descrição: modelo de planta falada com símbolos geométricos indicativos de acabamentos e materiais.
Uma terceira forma que pode ser utilizada para a planta falada de modo a facilitar a
especificação e dar melhor legibilidade ao projeto é através do uso de letras e números. Desse modo,
são criados códigos alfanuméricos de especificação que são posicionados no interior de cada
ambiente e se relacionam com um item de teto, piso e parede relacionado num quadro ou tabela,
que também deve acompanhar a planta baixa. Veja o caso do exemplo da Figura 119.
Figura 119: Exemplo de planta falada com códigos alfanuméricos para indicação da especificação de projeto.
Fonte: www.leiautdicas.com/2015/11/aula-07-projeto-arquitetonico/
103
Competência 05
Descrição: outro modelo de planta falada com códigos alfanuméricos para indicação da especificação de projeto.
É importante apenas destacar que a planta falada é mais um recurso que pode ser
utilizado em complemento à planta de paginação de piso e revestimentos, vista anteriormente no
item de Detalhamento de ambientes, ok?!
Bons estudos!!!
104
Conclusão
Caro estudante, o conteúdo desse e-book não teve a intenção de esgotar o tema, porém
espero que ele lhe dê uma base para o início do seu aprimoramento no campo do desenho
arquitetônico. Por isso, busque novos conhecimentos e novas ferramentas como forma de solidificar
o que lhe foi passado nessas 05 (cinco) semanas de longo e intenso aprendizado.
Lembrando que, desde os tempos antigos, o homem utiliza rabiscos e gravuras para
comunicar rituais, festas, colheitas, etc., e registrá-los. Esses registros evoluíram a partir das novas
necessidades da sociedade, sobretudo a moderna, e tornaram o desenho técnico uma linguagem
importante para o desenvolvimento tecnológico e industrial à época. E o são até os dias atuais.
Quer seja através da utilização de instrumentos, quer seja através das ferramentas
computacionais, o desenho técnico voltado para a área de arquitetura e interiores constitui-se num
meio de evolução do setor da construção civil. É através dele que o Técnico em Design de Interiores
tem a capacidade de propor novas técnicas, novos materiais, novos arranjos, etc., de modo a
contribuir com projetos de melhor qualidade e melhor técnica.
Bons estudos!!!
105
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 5444: Símbolos gráficos para instalações
elétricas prediais. Rio de Janeiro: ABNT, 1989.
_______. ABNT NBR 6492: Representação de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.
_______. ABNT NBR 8196: Desenho técnico - emprego de escalas. Rio de Janeiro: ABNT, 1999.
_______. ABNT NBR 8402: Execução de caractere para escrita em desenho técnico. Rio de Janeiro:
ABNT, 1994.
_______. ABNT NBR 8403: Aplicação de linhas em desenhos, tipos de linhas, larguras das linhas. Rio
de Janeiro: ABNT, 1984.
_______. ABNT NBR 10067: Princípios gerais de representação em desenho técnico. Rio de Janeiro:
ABNT, 1984.
_______. ABNT NBR 10068: Folhas de desenho, leiaute e dimensões. Rio de Janeiro: ABNT, 1987.
_______. ABNT NBR 10126: Cotagem em desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1987.
_______. ABNT NBR 10582: Apresentação da folha para desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1988.
_______. ABNT NBR 13142: Desenho técnico – dobramento de cópia. Rio de Janeiro: ABNT, 1999.
CHING, Francis D. K. Arquitetura – forma, espaço e ordem. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
GUSMÃO, Mariana; SEABRA, Sadi. Desenho arquitetônico: Curso Técnico em Design de Interiores:
Educação a distância / Mariana Gusmão, Sadi Seabra. – Recife: Secretaria Executiva de Educação
Profissional de Pernambuco, 2017.
MONTENEGRO, Gildo. Desenho arquitetônico. 4. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2001.
SILVA, Arlindo [et. al.] Desenho técnico moderno. Rio de Janeiro: LTC Ltda, 2012.
106
Minicurrículo do Professor
107