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CONSEQUÊNCIAS DO PECADO
São Paulo
2021
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AGRADECIMENTOS
Aos professores (a) da Fatipi pelas correções para o meu crescimento, Deus
vos abençoe e sustente a cada um em seu caminhar.
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Sumário
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 6
CONCLUSÃO ............................................................................................................ 40
Bibliografia................................................................................................................. 42
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INTRODUÇÃO
Mas veremos também que esta mediação fora deturpada pela humanidade
com o intuito de angariar finanças e alcançar poder, neste momento da
história surgem homens que lutam contra estas orientações, daremos
destaque a Martinho Lutero e João Calvino.
início na moral humana no seu caráter que se torna enfermo por desejar o
que não lhe é devido, e isto lhe causa a separação da presença santa de
YHWH, uma vez que o homem esta destituído do relacionamento pessoal
com seu criador, ele tem dificuldade de relacionar-se com a criação a sua
volta, seja seu semelhante, a natureza e/ou os animais, o pecado corrompe
e faz separação.
A quebra desta união íntima com o Todo Poderoso faz com que o homem
procure preencher a ausência desta relação com o domínio forçado sobre a
natureza e isso se estendeu sobre seu próximo, gerando assim separações
que conhecemos como; segregação, escravidão, exploração, esta postura
de subjugar demonstra com clareza a separação do homem da vontade de
Deus.
A causa primária de Gênesis 2.17 está no fato que uma vez que se coma o
fruto ocorrerá morte, não apenas como fim ou consequência, mas morte no
relacionamento do Criador e a criatura, a percepção de que algo fora
quebrado ou não permanece como antes ocorre por conta da consciência
que existe somente no homem, no restante da criação a maneira que são e
como estão não lhe causa nenhuma estranheza, o homem por sua vez tem
ciência de sua criação e limitação.
Esta devastação fica ainda mais evidente quando vemos o relato do primeiro
homicídio contado em Gênesis 4.8, Caim primogênito de Adão assassina
seu irmão Abel, por conta de sua oferta ser aceita diante de Deus, apesar de
não ficar claro no texto subtende-se que sua oferta não agradou e
novamente a angústia aparece, não por querer ser algo, mas, por ver que o
seu melhor não satisfaz a vontade de Deus em Gênesis 4.16 diz; ‘Retirou-se
Caim da presença do Senhor e habitou na terra de Node, ao oriente do
Éden’, o homem se distanciando ainda mais da presença de YHWH.
Uma suposta busca por justiça ou igualdade nada mais é do que o homem
buscando relacionar-se de maneira perfeita com a criação e seu Criador, o
que de fato é impossível, afinal o pecado impera sobre a mentalidade do
homem o fazendo escravo e este emprega suas cadeias sobre o seu
próximo, hoje não mais dizendo: “foi a mulher que me deste”, agora se alega
que sempre foi assim, ou todos vivem desta maneira, o argumento até
mudou a base é que continua a mesma.
O que vimos até aqui, foi que o homem não cumpriu com as orientações que
lhe fora dada, e por conta disso separou-se da vontade e presença divina, o
que por sua vez gera um efeito em cadeia, o relacionamento com a criação e
seu próximo se torna corrompido e produz distanciamento e uma vivência
conturbada a morte é o fator que demonstra a finitude de todo ser que é
alcançado pelo pecado ou de alguma maneira foi prejudicado por ele.
A maneira que nos relacionamos com Deus, é diferente da que fazemos com
o nosso semelhante ou a natureza, mas é claro que se há uma distorção na
primeira relação o mesmo acontece em proporções maiores com o restante
da criação, a inocência perdida pelo primeiro casal produz consequências
em todo o ambiente de vivência do homem, Erickson nos diz que:
Uma das definições mais comum sobre o pecado é ‘errar o alvo’, e a mesma
encontra-se em conformidade com o que apresentamos até aqui, o homem
erra o alvo/objetivo do que havia de fazer, e ao invés de obedecer e cuidar
do jardim, ele desobedece e o cuidado também é prejudicado, pois agora
precisa esconder-se de Deus, fugir de sua presença, mas como temos visto
YHWH vem ao encontro deste, se revelando e mostrando meios para que o
mesmo volte a relacionar-se o mais semelhante possível com o que se viveu
no Éden por parte de Adão.
Havia uma ideia que pecadores são pessoas não salvas por um estilo de
vida adotado, não ser israelita, não ser circuncidado, terem alguma
enfermidade, e o texto de Mc 2.15-17 sintetiza de maneira clara esta
releitura, vejamos:
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Achando-se Jesus à mesa na casa de Levi estavam
juntamente com ele e com seus discípulos muitos publicanos e
pecadores; porque estes eram em grande número e também o
seguiam.
16
Os escribas dos fariseus, vendo-o comer em companhia dos
pecadores e publicanos, perguntavam aos discípulos dele: Por
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A questão não é amar o pecado, mas aquele que reconhece sua debilidade
física e moral, e por que Deus vem ao encontro do homem? Para restaurar a
relação assim como era no Éden, entretanto como fora lá o homem esta
procurando algo, alguém ou situações para responsabilizar por seus erros,
todavia a explicação de Jesus evidencia que sua busca é por enfermos, e a
cura é Jesus revelado como filho de Deus chamando o homem ao
arrependimento.
Por meio desta negação o homem ofende a Deus como criador, e por
consequência o seu próximo e a criação a sua volta, nisto se torna escravo
do pecado, que lhe oprime e o faz oprimir, assim o Cristo que vem para dar-
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lhe cura, e faz de maneira que este se encontre curado e livre para aceitar
sua limitação e assim caminhar para restauração moral, espiritual e física.
A lei que deveria dar direção e demonstrar a semelhança que cada homem
tem com seu próximo, é mal interpretada pelos fariseus e gera ainda mais
separação por conta do pecado, do orgulho e soberba, e neste ponto o que
se apresenta como o ungido de Deus quebra esta interpretação,
aproximando-se daqueles que esta leitura separatista faz, Zabatiero diz:
Aqueles que se encontram a mesa, não podem ser vistos como pessoas
mais ou menos enfermas/pecadoras, o que é posto ali apenas retrata a
humanidade, alguns se sentindo completamente indulgentes quanto a sua
distância moral e espiritual, neste comparativo Jesus demonstra a
necessidade do homem voltar relacionar-se com Deus.
Fica evidente que pelo ato do primeiro homem houve separação de Deus e
consequentemente sua descendência nós de nossos semelhantes, e isto
gera o aprisionamento da criação, Cristo é aquele que é apresentado como
o libertador, a perícope do capítulo 5.12-21, traz o retrato de toda a teologia
paulina e dará uma melhor compreensão da separação causada pelo
pecado em Adão e sobre a humanidade.
Neste contraponto que Paulo faz ele demonstra a corrupção moral que o
pecado traz desde Adão, mas ele não se prende apenas a este fato,
implícito aqui esta a iniquidade social, toda ação separatista que segrega,
que humilha, oprime, tem um ponto de partida, que é a inimizade com Deus,
ocorrida pelo desejo de ser e a rejeição da finitude.
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Esta morte apresentada denota não apenas o fim do homem, mas a relação
deturpada da humanidade em todo o propósito de Deus e fica evidente a
separação causada nas ações de cada um, o primeiro separa-se do criador
o segundo não se relaciona com o pecado, Dalbom argumenta que:
Não vamos aqui dar a Paulo o título de antropólogo, porém, é evidente como
ele observa o comportamento daqueles que estão a sua volta ou dos lugares
por onde passou e plantou igreja, sua avaliação de separação passa pelos
diversos âmbitos da vida social, seja familiar, politica, religiosa, o
distanciamento do princípio divino afasta o homem de uma vida plena.
fruto não geraria a morte Gênesis 3.4, após a distorção a dúvida surge e
com ela o ato de desobediência, propositalmente nas questões de Lutero
está o aspecto da fé, o homem não pode se relacionar com o divino sem fé.
Mas se engana quem imagina que a vida e história deste homem pauta-se
no que fora citado acima, embora não seja pouca coisa, Calvino era um
amante das escrituras sagradas e afirmava categoricamente a centralidade
de Deus em todas as áreas da vida humana e atribuía ausência do divino
para a depravação do homem e isto refletia sobre a sociedade, Shirley
corrobora com este pensamento:
As questões sociais vão permear a vida de Calvino, ele embora até certo
ponto liberal enquanto as questões financeiras, e alguns de maneira até mal
intencionada atribui a ele o capitalismo, e de fato não era contrário, todavia o
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De maneira até utópica ele imagina o estado gerindo o povo sobre leis o
mais próximo possível das orientações do criador, nesta direção Biéler
aponta:
A pobreza é uma questão social sem nenhuma dúvida, mas também sobre o
prisma da vida cristã em um olhar calvinista a mesma tem relação com
pecado que desestruturou o homem em sua vida no jardim, colocando este
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pra fora da vontade de Deus, e agora não ocupa mais o lugar de zelador, ele
destrói a natureza e de alguma maneira também não desfruta do devido
relacionamento com aqueles que estão a sua volta.
pessoas com poder aquisitivo são abençoadas e os que menos têm talvez
esteja amaldiçoado por pecado.
Para grande parte o pecado só pode existir proveniente de uma ação que
prejudique alguém ou a natureza, Tiago 4.17 nos apresenta a ideia de que
se existe conhecimento do que se deve ser feito e o mesmo não ocorre por
conta de desinteresse isto é pecar, ficar inerte também contribui para o mal,
Joyce traz o seguinte pensamento:
Este pensamento corrobora com a ideia de que Adão embora não converse
com a serpente tinha conhecimento que não devia comer do fruto ofertado
por sua esposa, é muito comum à expressão ‘jeitinho brasileiro’ que além de
ser de conotação negativa diria que tem aspectos de pecado, fingir não ver,
forçar uma situação em busca de beneficio próprio burlando normas, e
depois a alegação é que não fui eu, não sabia e outros, com isso a nação
perece em fome, ausências sanitárias, médicas e uma crescente
perseguição religiosa e politica, assim diz Shirley:
Como temos dito até aqui o pecado corrompe o homem em todo o seu ser, e
com isso a criação sente as consequências do mesmo, no Brasil instalou-se
uma inquietação politica e isso tem se estendido por toda a sociedade,
falaremos a seguir como a distorção do pecado tem assolado a população.
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3. 1. Consciência Ambiental
Por vezes na competição entre igrejas, algo que não deveria acontecer,
surgem às mensagens voltadas para o ego do homem, massageando o
orgulho e não confrontando com a verdade do evangelho que faz “separação
entre alma e espírito, juntas e medulas” Hebreus 4.12, se o mesmo não é
feito como haverá alguma mudança de mentalidade, é preciso descansar
mais debaixo das árvores que em casas feitas com elas.
Este medo é concebido pelo pecado, tira nossa unidade como nação nos
divide e assim gera individualidades que por vezes culminam em
depressões, destruindo ceio familiar, causando guerras monetárias que
aprisiona ao que tem na busca por mais, e ao necessitado que se coloca em
condições precárias em busca de um pedaço de pão.
Muitas das ações corruptas que se tornaram cotidianas em nosso meio seja
politico ou não, nasce por corrupção em coisas pequenas como estacionar
em uma vaga de idoso já que ninguém esta olhando, dai chegamos a passar
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Este poderia ser o ponto chave de nossa corrupção moral que se apresenta
na postura da sociedade, mistura-se pornografia ao conceito de cultura, ódio
aos que se apresentam como discípulos daquele que se apresentou com o
maior ato de amor da história, Jesus, e assim a moralidade toma o lugar de
atitudes humanitárias, o Cristo não se separou dos homens caídos.
CONCLUSÃO
Este pensamento separatista e que visa oprimir para obter lucro e status
colocando o homem em um pedestal ou altar como alguém que possa
intervir junto a Deus na questão do pecado através de rituais passa a ser
questionado. Na reforma identifica-se que o homem por meio de Cristo pode
se relacionar novamente com o Pai celeste, pois nos evangelhos isto ficou
evidente, nota-se que o homem não pode pagar pelo perdão, e não há um
meio ou caminho possível fora da ação de Deus.
Por conta do pecado iniciado lá no Éden e que levou o ser humano para
longe da voz de seu Criador é que observamos as distorções das igrejas que
deveriam ser instrumentos nas mãos de Deus, também se evidência o mau
uso da política em favor próprio ao invés de legislar para uma harmonia em
sociedade.
Bibliografia
MACARTHUR, John. A guerra pela verdade. 1 ed. São José dos Campos,
São Paulo. Editora Fiel, 2008.
WARREN, Rick. Uma Vida com Propósito: Para que estou na terra? 1 ed.
São Paulo. Editora vida, 2013.