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Relatório sobre experimento de Pêndulo Simples

Amália Cristina dos Santos Almeida (d202011341@uftm.edu.br)1

Resumo: Este relatório foi elaborado para a disciplina de Introdução ao Laboratório


de Física com o proposito de desenvolver o experimento de Pêndulo Simples com
materiais de baixo custo. O objetivo desse experimento foi estudar o moimento do
pêndulo simples para que calculasse a aceleração da gravidade. Para este
experimento foi utilizado uma trena, um transferidor, cerca de 1,00 m de anzol, fita
isolante para fixação, um tripé e uma chumbada. Era esperado que a gravidade fosse
próxima ou igual a teórica.

1 INTRODUÇÃO

Faz parte de um pêndulo simples uma massa que é acoplada a um pivô que
permite se movimentar livremente. A massa fica sujeita à força causada pela
gravidade.
Há vários pêndulos estudados por físicos, pois eles são vistos como um objeto
de fácil previsão de movimento e que permitiu vários avanços tecnológicos, alguns
deles são os pêndulos físicos, de torção cônicos, de Foucalt, duplos, espirais, de
Karter e invertidos. O pêndulo simples é o modelo mais simples, e de maior
utilização. Este pêndulo contém uma massa presa a um fio flexível e inextensível por
uma de suas extremidades e livre por outra. Ilustrado na Figura 1.
Deste modo ao afastar a massa da posição de repouso e ao soltar, o pêndulo
realiza oscilações. Ao desconsiderar a resistência do ar, as forças que atua sobre o
pêndulo são a tensão com o fio e a força da massa m. As componentes da força peso
na direção y (Py) se anula com a tração (T) sendo a única força responsável pelo
movimento do pêndulo está na direção x (Px). Assim:

𝐹 = 𝑚𝑔𝑠𝑒𝑛𝜃 → 𝑚. 𝑎𝜃 → 𝑎 = 𝑔𝑠𝑒𝑛 θ (1)

Considerando a como sendo:

𝑑²𝑥 𝑑²𝜃
𝑎= → 𝑎 = 𝐿 𝑑𝑡² (2)
𝑑𝑡 2

1
Discente da disciplina Introdução ao Laboratório de Física do curso de Licenciatura em Física
da UFTM.
Onde obtemos a seguinte equação diferencial:

𝑑²𝜃 𝑔
= 𝐿 𝑠𝑒𝑛𝜃 (3)
𝑑𝑡²

𝑔
Se θ for menor que 10°, senθ = θ e a frequência angular (ω ²) seria igual a .
𝐿
2𝜋
Sendo o período de oscilação igual a T =
𝜔

𝑔
T = 2π √𝐿 (4)

Figura 1 – Esquema de pêndulo simples


Fonte: CONDELES; UGUCIONE; SONODA; FREITAS, [s.d.]

2 OBJETIVO

O objetivo deste experimento foi estudar o movimento do pêndulo simples e


a aceleração da gravidade local.

3 MATERIAIS E MÉTODOS EXPERIMENTAIS

3.1 MATERIAIS

Para este experimento foram utilizados os materiais abaixo listados,


conforme a Figura 1.
• 1 Trena de marca Gerdau com dmax = 5,00 m e Δd = 0,05 m (Figura 1a);
• 1 Transferidor com θ = 360° e Δθ = 0,5° (Figura 1b);
• Fita isolante (Figura 1c);
• 1 chumbada de (22 ± 1) g (Figura1d);
• 1 m de anzol (Figura 1e);
• 1 Tripe (Figura 1f);
• Aplicativo de cronometragem de um smartphone.

(c)
(a) (b)

(d) (e)

(f)
Figura 1 – Materiais utilizados para o experimento
Fonte: Da autora, 2021.
(a) Trena
(b) Transferidor
(c) Fita isolante
(d) Chumbada
(e) Anzol
(f) Tripé

3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL


Com a trena, mediu-se (1,00 ± 0,05) m de anzol, em seguida se amarrou o anzol
no tripé, posicionado no quarto, e na extremidade livre se amarrou a chumbada. Por
fim, fixou-se, com auxílio de uma fita isolante, o transferidor. A Figura 2 ilustra o
experimento montado.

transferidor
tripé

chumbada

Figura 2 – Experimento montado.


Fonte: Da autora, 2021.

Com o anzol esticado a 1,00 m do topo do tripé com a chumbada em sua ponta
e com o auxílio de uma das mãos arrastou-se a chumbada até que chegasse ao ângulo
de 5°, soltando-a em seguida e deixando-a oscilar por 10 vezes. Com um aplicativo de
cronometro de celular se utilizou para marcar o período que cada oscilação levava
para se completar. Ao fim enrolou-se o anzol até que medisse 0,75 m e assim se
realizou novamente o procedimento para 1,00 m. O mesmo ocorreu para as
distâncias de 0,50 m e 0,25 m.
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Os dados obtidos foram sintetizados na Tabela 1.

Tabela 1 – Períodos obtidos experimentalmente


L (m) Medida 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1,00 1,99 2,25 1,95 2,16 1,93 2,09 2,13 1,95 2,01 1,95
0,75 1,52 1,77 1,66 1,63 1,66 1,97 1,75 1,8 1,77 1,78
T (s)
0,50 1,30 1,48 1,37 1,40 1,42 1,66 1,37 1,69 1,42 1,34
0,25 0,84 0,95 0,99 0,94 1,07 1,07 1,08 1,06 0,99 1,01
Fonte: Elaborado pela autora, 2021.

A média é conhecida como medidas tendenciais centrais e é utilizada para


representar um conjunto de dados com apenas um valor. Extem vários tipos de
média, sendo as principais média aritmética simples, média aritmética ponderada e
média geométrica. A média usada para fazer os cálculos foi a média aritmética
simples que é a somatória de todos os elementos contidos no conjunto de dados
dividida pela sua quantidade. A fórmula da média foi exemplificada abaixo:
∑𝑛𝑖=1 𝑥𝑖
𝑥̅ =
𝑛
O desvio padrão possui duas formas de análise. Na probabilidade ele é uma
medida de separação do conjunto de dados, que mede o quão os valores de um
conjunto de dados podem se divergirem entre si. O desvio padrão é chamado de
desvio padrão amostral na área estatística. Um baixo desvio indica que os dados
estão próximos da média ou do valor que se espera, já um alto desvio padrão, indica
que os dados estão dispersos por uma ampla gama de valores. A fórmula do desvio
padrão foi exemplificada abaixo:

∑(𝑋𝑖 − 𝑋̅ )
𝛿=√
𝑛−1
Para os L = 1,00 m se obteve as acelerações da gravidade, conforme a Tabela
2 abaixo, nesse conjunto de dados a média da gravidade foi de 9,55 m/s² e o tempo
médio de cada período (T) foi de 2,04 s.

Tabela 2 – medidas e aceleração para 1,00 m de anzol.

Medida T(s) g(m/s²) T-Tmed (T-Tmed)²


1 1,99 9,97 -0,05 0,00
2 2,25 7,80 0,21 0,04
3 1,95 10,38 -0,09 0,01
4 2,16 8,46 0,12 0,01
5 1,93 10,60 -0,11 0,01
6 2,09 9,04 0,05 0,00
7 2,13 8,70 0,09 0,01
8 1,95 10,38 -0,09 0,01
9 2,01 9,77 -0,03 0,00
10 1,95 10,38 -0,09 0,01
média 2,04 9,55 ∑ 0,11
δ 0,11
Fonte: Elaborado pela autora, 2021.

Para os L = 0,75 m se obteve as acelerações da gravidade, conforme a Tabela


3 abaixo, nesse conjunto de dados a média da gravidade foi de 10,01 m/s² e o tempo
médio de cada período (T) foi de 1,73 s.
Para obter a

Tabela 3 – medidas e aceleração para 0,75 m de anzol.

Medida T(s) g(m/s²) T-Tmed (T-Tmed)²


1 1,52 12,82 -0,21 0,04
2 1,77 9,45 0,04 0,00
3 1,66 10,74 -0,07 0,01
4 1,63 11,14 -0,10 0,01
5 1,66 10,74 -0,07 0,01
6 1,97 7,63 0,24 0,06
7 1,75 9,67 0,02 0,00
8 1,80 9,14 0,07 0,00
9 1,77 9,45 0,04 0,00
10 1,78 9,35 0,05 0,00
média 1,73 10,01 ∑ 0,13
δ 0,12
Fonte: Elaborado pela autora, 2021.

Para os L = 0,50 m se obteve as acelerações da gravidade, conforme a Tabela


4 abaixo, nesse conjunto de dados a média da gravidade foi de 10,99 m/s² e o tempo
médio de cada período (T) foi de 1,34 s.

Tabela 4 – medidas e aceleração para 0,50 m de anzol.

Medida T(s) g(m/s²) T-Tmed (T-Tmed)²


1 1,30 11,68 -0,15 0,02
2 1,48 9,01 0,04 0,00
3 1,37 10,52 -0,07 0,01
4 1,40 10,07 -0,04 0,00
5 1,42 9,79 -0,02 0,00
6 1,66 7,16 0,22 0,05
7 1,37 10,52 -0,07 0,01
8 1,69 6,91 0,25 0,06
9 1,42 9,79 -0,02 0,00
10 1,34 10,99 -0,11 0,01
média 1,45 9,64 ∑ 0,15
δ 0,13

Fonte: Elaborado pela autora, 2021.

Para os L = 0,25 m se obteve as acelerações da gravidade, conforme a Tabela


5 abaixo, nesse conjunto de dados a média da gravidade foi de 10,04 m/s² e o tempo
médio de cada período (T) foi de 1,00 s.

Tabela 5 – medidas e aceleração para 0,25 m de anzol.

Medida T(s) g(m/s²) T-Tmed (T-Tmed)²


1 0,84 13,99 -0,16 0,03
2 0,95 10,94 -0,05 0,00
3 0,99 10,07 -0,01 0,00
4 0,94 11,17 -0,06 0,00
5 1,07 8,62 0,07 0,00
6 1,07 8,62 0,07 0,00
7 1,08 8,46 0,08 0,01
8 1,06 8,78 0,06 0,00
9 0,99 10,07 -0,01 0,00
10 1,01 9,68 0,01 0,00
média 1,00 10,04 ∑ 0,05
δ 0,08

Fonte: Elaborado pela autora, 2021.

Se obteve o desvio padrão para verificar o quão os valores se variam entre si


em todas as situações. Nesses casos verificados todos variaram pouco em relação à
média, obtendo valores próximos a 0.

Calculando a média das médias da aceleração obtemos:


9,55 + 10,01 + 9,64 + 10,04
𝑔̅ =
4
𝑔̅ = 9,81 𝑚 (𝑠)²
Tabela 6 – Dados paras métodos dos mínimos quadrados
T(s) L(m)
Yi Xi Yi^2 Xi^2 Xi*Yi^2
1 2,04 1,00 4,16 1,00 4,16
2 1,73 0,75 2,99 0,56 2,24
3 1,45 0,50 2,10 0,25 1,05
4 1,00 0,25 1,00 0,06 0,25
∑ 6,22 2,50 10,26 1,88 7,71
Fonte: Elaborado pela autora, 2021.

𝑛∑𝐗𝐢𝐘𝐢2 − ∑𝐗𝐢∑𝐘𝐢²
𝑎=
𝑛∑𝐗𝐢2 − (∑𝐗𝐢2 )²
a = 1,302
∑𝐘𝐢 − 𝐚 ∑𝐗𝐢
𝑏=
𝐧
b = 0,741

𝑔 1
A forma linearizada de T² = 4 𝜋² pode ser calculada fazendo y = T² e s = 𝐿
𝐿

assim, obtemos:
𝑦 = 4 π 𝑔. 𝑠
f(x) = 1,302 x + 0,741
y = 1,302x+0,741 12
y x
2,043 1 10
3,345 2
4,647 3 8
5,949 4
7,251 5 6

8,553 6
4
9,855 7
11,157 8
2
12,459 9
13,761 10
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16

5 CONCLUSÃO

Por fim o valor das médias encontradas para L diferentes foram ligeiramente
distantes em relação ao valor teórico, já o valor da média das médias chegaram a um
valor exato ao teórico, tendo em vista que o valor teórico também se refere a uma
média entre a gravidade.
Já o coeficiente angular encontrado não foi nem um pouco próximo ao valor
teórico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física. 9. ed. Rio de


Janeiro: LTC, 2012.

PIACENTINI, J. J. et al. Introdução ao laboratório de Física. 5. ed. Florianópolis: Ed.


da UFSC, 2013.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO. Apostila de Física


Experimental I: Laboratório de ensino de física. Uberaba: [s.n], [s.d]. Apostila
elaborada pelos professores José Fernando Condeles, Júlio César Ugucioni, Milton
Taidi Sonoda e Frederico Campos Freitas da UFTM – UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIANGULO MINEIRO.

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