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1.1.

1 Critérios e Premissas da Geologia

A caracterização geológico-geotécnica da fundação e entorno da barragem


Capitão do Mato será apresentada na forma de seções e mapa para dar
suporte às análises de estabilidade do projeto de reforço da estrutura deverá.
Além do levantamento de dados de campo será realizada caracterização dos
testemunhos de sondagens que darão suporte à interpretação dos perfis
geotécnicos em profundidade.
As descrições de sondagens bem como o levantamento de dados de campo
deverá seguir o padrão adotado pela BVP, com os critérios de classificação
englobando propriedades dos maciços como graus de resistência/consistência,
alteração e grau de fraturamento.
As Tabelas a seguir apresentam os parâmetros a serem adotados nas
classificações geomecânicas de campo e para descrição das sondagens.

Tabela 1 - Índice de Grau de Alteração (intemperismo) das rochas (Adaptado por BVP de
Brown, 1981 – ISRM).

GRAU ALTERAÇÃO DESCRIÇÃO

6(*) Solo residual maduro Todo o material está alterado para solo.

Alteração mineralógica muito acentuada. Cores bastantes


Solo residual jovem
5 modificadas. Possível presença de núcleos rochosos
Rocha extremamente alterada ou Saprolito
menos alterados

Descolorização generalizada, mas ainda com


4 Alterada
características da rocha.
A matriz apresenta-se descolorida com evidencias de
3 Medianamente Alterada
oxidação, caulinização, etc...
Alteração mineralógica perceptível. Cores esmaecidas.
2 Levemente Alterada
Perda de brilho dos minerais.
Alteração mineralógica nula a incipiente. Minerais
1 Rocha Sã
preservam características originais e brilho.
(*) Para solos transportados (coluvio e aluvio), apesar de não se poder falar em termos de alteração, considerar A6.

Tabela 1 - Índice de Consistência/Compacidade de Solos (Adaptado por BVP Engenharia


de Brown, 1981 – ISRM).
SOLOS ARGILOSOS
Classificação Rc (MPa) Carcterização SPT SOLOS ARENOSOS
Indentada pelo polegar Classificação SPT
S6 Dura >0,5 >30
com dificuldade.
S5 Muito compacto >40

Facilmente indentada
S5 Muito rija 0,25 a 0,5 >19
pelo polegar.
S4 Compacto 19 a 40

Facilmente indentada
pelo polegar, mas
S4 Rija 0,1 a 0,25 11 a 19
penetrada só com Medianamente
grande esforço S3 9 a 18
compacto

Penetrável com
dificuldade vários
S3 Média 0,05 a 0,1 6 a 10
centímetros pelo
S2 Fofo 5a8
polegar

Facilmente penetrável
S2 Mole 0,025 a 0,05 vários centímetros pelo 3a5
polegar S1 Muito fofo <4

Facilmente penetrável
Muito
S1 <0,025 vários centímetros pelo <2
mole
punho
Tabela 3 - Tabela de classificação do grau fraturamento das rochas.

A BVP ressalta que de longa data desenvolveu um procedimento mais preciso


para a avaliação expedita da consistência das rochas, baseado no
procedimento original da ISRM com maior detalhamento na classificação de
rochas brandas. Nesse sentido será adotada a planilha de classificação
desenvolvida pela BVP e apresentada em Martin & Stacey (2018). Nesta
proposição, os intervalos de R1 e R2 são subdivididos nos limites inferiores e
superiores, como mostrado na Figura 1.

Figura 1: Tabela de Classificação de Resistência de Campo por ISRM, adaptada por BVP,
2010.
Ressalta-se que também será utilizados os dados disponibilizados referentes
ao As Is da estrutura, bem como quaisquer dados de investigações que foram
disponibilizados para auxiliar na interpretação do cenários geológico geotecnia
da área.
A interpretação hidrotécnica das seções deverá ser feita a partir dos dados de
monitoramento de N.A, a serem fornecidos pela VALE e extrapolações que se
fizeram necessárias, devidamente validadas com a equipe responsável pelo
projeto.

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