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17/10/2021

METAMORFISMO

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17/10/2021

METAMORFISMO
Processo que ocorre em rochas da crusta terrestre, em resultado de variações de
temperatura e pressão (sem ocorrer a fusão), e que provocam mudanças
mineralógicas e texturais.

METAMORFISMO
Rochas Metamórficas – formadas pelo processo de metamorfismo, em que as
rochas parentais podem ser sedimentares, magmáticas ou outras rochas
metamórficas.
 Permitem estudar as condições a que foram sujeitas e obter dados
valiosos sobre as rochas iniciais.

 Por vezes é possível encontrar vestígios de fósseis, deformados,


auxiliando no estudo dos paleoambientes.

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FATORES DE METAMORFISMO
Os processos metamórficos são controlados por fatores como:

 Tensão/Pressão;

 Temperatura;

 Fluidos;

 Tempo.

FATORES DE METAMORFISMO
Pressão Litostática Pressão Não-Litostática
Resulta do peso das camadas Quando as pressões são dirigidas, em
superiores de material. resultado da atividade tectónica.
Explica o aumento da pressão com a
profundidade.

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FATORES DE METAMORFISMO
Pressão Litostática

 Resulta do peso da massa


rochosa suprajacente.

 A pressão exerce-se igualmente


em todas as direções. - Uniforme

 Bacias de sedimentação.

 Rocha com menos volume e


minerais com estruturas
cristalinas mais densas.

FATORES DE METAMORFISMO
Pressão Não-Litostática

 As forças em atuação não são


iguais em todas as direções. –
Pressão Dirigida

 Resulta da atividade tectónica.

 Altera a textura das rochas pois


alinha os minerais
paralelamente uns em relação
aos outros.

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FATORES DE METAMORFISMO
Pressão Não-Litostática

 Forças associadas aos movimentos tectónicos – distensivas, compressivas ou de


cisalhamento.

FATORES DE METAMORFISMO
Pressão Não-Litostática

 Os minerais das rochas alinham-se paralelamente uns em relação aos outros.

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FATORES DE METAMORFISMO
Temperatura

 As rochas sofrem metamorfismo entre os 200ºC e os 800ºC.

FATORES DE METAMORFISMO
Temperatura

 As rochas sofrem metamorfismo entre os 200ºC e os 800ºC.

 O aumento da temperatura pode ter origem no calor interno da Terra ou pela


presença de intrusões magmáticas.

 A ação do calor quebra as ligações químicas mais fracas, modificando a estrutura


cristalina dos minerais, que depois recristalizam com novas estruturas cristalinas,
originando novas espécies minerais.

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FATORES DE METAMORFISMO
Fluidos

 As temperaturas elevadas podem originar a fusão de uma pequena quantidade de


material, formando um fluido hidrotermal – água, dióxido de carbono, diversos
iões e sílica.

 A reduzida densidade e elevada fluidez permitem a circulação destes fluidos ao


longo dos poros ou fraturas das rochas (circulação intrarrochosa), alterando a
composição química e mineralógicas destas, através da troca de átomos e iões.

TIPOS DE METAMORFISMO
Metamorfismo Local Metamorfismo Regional
De carácter localizado. Extensas áreas.
Exemplo mais comum: Tipo de metamorfismo mais
Metamorfismo de Contacto frequente.

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TIPOS DE METAMORFISMO
Metamorfismo Local

 Acontece pelo contacto de uma intrusão


magmática com as rochas encaixantes, devido
às elevadas temperaturas e à libertação de
fluidos.

 A orla de rochas alteradas metamorficamente


designa-se auréola de metamorfismo.

 As rochas com mais alto grau de


metamorfismo da auréola metamórfica
designam-se corneanas.

TIPOS DE METAMORFISMO
Metamorfismo Regional

 Ocorre principalmente ao longo dos limites convergentes das placas litosféricas.

 As rochas caracterizam-se por sucessivas fases de recristalização e de deformação,


devido à ação combinada e crescente das condições de pressão e temperatura, o
que resulta na alteração da textura da rocha.

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ROCHAS METAMÓRFICAS
Mineral Índice
Mineral indicador que define uma determinada zona metamórfica, caracterizada por
condições de pressão e temperatura específicas.

ROCHAS METAMÓRFICAS
É possível definir o grau de metamorfismo em função dos minerais índice:

 Grau Baixo: temperaturas e pressões baixas – varia entre os 100-200ºC, formando


ardósias e filitos, compostos essencialmente por clorite, moscovite e biotite.

 Grau Médio: formam-se os xistos, que possuem granadas e estaurolites, por vezes
na forma de cristais de elevadas dimensões e temperaturas (entre os 200ºC e os
500ºC).

 Grau Elevado: as temperaturas podem atingir os 800ºC, e formam-se os gnaisses,


ricos em silimanite.

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ROCHAS METAMÓRFICAS
Transformações que ocorrem por recristalização:

 Alteração da composição química dos minerais;

 Instabilidade entre dois ou mais minerais;

 Alteração da estrutura cristalina do mineral, sem variação da composição química.

ROCHAS METAMÓRFICAS
A andaluzite, a distena e a silimanite são indicadores das condições de pressão e
temperatura:

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ROCHAS METAMÓRFICAS

Andaluzite Silimanite Distena

- pressão - pressão + pressão


- temperatura + temperatura - temperatura

ROCHAS METAMÓRFICAS
Podem classificar-se de acordo com a sua foliação:

Rochas Não Foliadas Rochas Foliadas


Geralmente formadas a partir de Formadas a partir de rochas
rochas pré-existentes constituídas poliminerálicas em contexto de
apenas por um mineral, à excepção metamorfismo regional, ou seja,
das corneanas. sujeitas a condições de pressão
dirigida e temperatura crescente.

 A foliação origina-se pela orientação e alongamento dos cristais em planos


aproximadamente paralelos.

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ROCHAS METAMÓRFICAS
Rochas Não Foliadas

ARGILITO CORNEANA

Resulta de um metamorfismo de
elevada temperatura, na
proximidade de uma intrusão
magmática.
Rocha de granularidade fina e com
elevada dureza.

CORNEANA

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ROCHAS METAMÓRFICAS
Rochas Não Foliadas

ARENITO QUARTZITO

Derivam de arenitos ricos em


quartzo, cujas areias unem-se e
recristalizam em grãos de quartzo de
maiores dimensões.
Comuns em metamorfismo de
contacto, mas podem ocorrer
também em metamorfismo regional.

QUARTZITO

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ROCHAS METAMÓRFICAS
Rochas Não Foliadas

CALCÁRIO MÁRMORE

Formam-se a partir de rochas


sedimentares carbonatadas sujeitas a
elevadas temperaturas.
Os cristais de calcite unem-se e
recristalizam em cristais de maiores
dimensões.

MÁRMORE

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ROCHAS METAMÓRFICAS
TIPOS DE FOLIAÇÃO

Clivagem Ardosífera Xistosidade Bandado Gnáissico


Foliação definida pela Foliação que resulta da Foliação marcada pela
orientação preferencial de orientação de minerais alternância de leitos
minerais em rochas de tabulares, em rochas de mineralógicos de cor clara
granularidade fina. granularidade média-alta. (quartzo e feldspato) e de
As rochas partem-se As rochas partem-se cor escura (ex.: biotite), em
facilmente em folhas finas segundo superfícies lisas a rochas de granularidade
e lisas de aspeto baço. ligeiramente onduladas, de média-alta.
aspeto brilhante.

ROCHAS METAMÓRFICAS
ROCHAS FOLIADAS

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ARDÓSIA

FILITO

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XISTO

GNAISSE

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PERGUNTA DE EXAME
O fenómeno de intrusão magmática que deu origem à serra de Sintra foi responsável
pelo aparecimento de rochas ________ com textura ________.

a) metamórficas [...] não foliada.

b) sedimentares [...] não foliada.

c) metamórficas [...] foliada.

d) sedimentares [...] foliada.

Resposta Correta: A

PERGUNTA DE EXAME
Os quartzitos são rochas resultates de processos de metamorfismo que atuaram sobre
antigos depósitos ________.

a) evaporíticos.

b) carbonatados.

c) argilosos.

d) areníticos.

Resposta Correta: D

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PERGUNTA DE EXAME
Os mármores são um dos tipos litológicos que constituem a antiforma de
Estremoz, representada na Figura 20. Os mármores calcíticos, explorados como rocha
ornamental, ocorrem intercalados no Complexo Vulcano-Sedimentar-Carbonatado de
Estremoz (CVSCE), de idade provavelmente ordovícica (aproximadamente 485 a 443
M.a.). Este complexo apresenta uma grande heterogeneidade litológica e remete para
um período de sedimentação carbonatada coexistente com vulcanismo,
essencialmente aéreo, da qual terá resultado uma sequência alternada de calcários,
piroclastos, escoadas basálticas (menos frequentes) e algumas rochas detríticas.
Após um regime tectónico distensivo, os blocos continentais começaram de
novo a juntar-se, ocorrendo deformação e metamorfimo das rochas. Essas rochas, que
inicialmente estariam à superfície, foram enterradas a vários quilómetros de
profundidade. No caso dos mármores, estima-se que se tenham formado a cerca de
cinco quilómetros de profundidade em relação à cota que atualmente ocupam.

PERGUNTA DE EXAME
Neste contexto, a mobilidade das placas litosféricas, em associação com as
condições de pressão e de temperatura, pode induzir deformações nas rochas,
originando dobras. Tal comportamento permite justificar os padrões curvilíneos que os
mármores frequentemente apresentam.

A sequência que ocorre no CVSCE tem equivalência litológica com a que ocorre
em Danby, na costa leste dos Estados Unidos da América, o que permite o
estabelecimento de uma correlação entre as duas sequências litológicas e os
processos de abertura e de fecho de antigas bacias em domínio oceânico.

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PERGUNTA DE EXAME
Os mármores de Estremoz resultaram de processos de metamorfismo

a) de contacto que afetaram grandes extensões de depósitos vulcânicos.

b) regional que originaram a fusão de depósitos sedimentares


preexistentes.

c) de contacto que causaram a transformação de rochas detríticas.

d) regional que provocaram a recristalização de rochas carbonatadas.

Resposta Correta: D

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PERGUNTA DE EXAME
A formação dos materiais que viriam a originar os mármores de Estremoz

a) aconteceu em bacias de sedimentação localizadas em mares tépidos e


pouco profundos.

b) esteve relacionada com um processo de edificação de cadeias


montanhosas.

c) ocorreu em regime compressivo durante um ciclo de fecho de oceanos.

d) coexistiu com um período de intensa atividade vulcânica


predominantemente efusiva.
Resposta Correta: A

PERGUNTA DE EXAME
Os padrões curvilíneos que os mármores de Estremoz apresentam

a) resultaram da meteorização dos materiais.

b) ocorreram em regime de deformação frágil.

c) ocorreram em contexto de tensões não litostáticas.

d) resultaram da ação de forças que atuaram à superfície.

Resposta Correta: C

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