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Rochas metamórficas

Metamorfismo do grego meta = mudança, morfo = forma


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Arenito
Rocha sedimentar

Poros

Graõs de quartzo

Graõs de quartzo

Quartzito
Rocha metamórfica
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Ciclo das
Rochas

Superfície:
processos exógenos

Interior da Crosta:
processos endógenos

http://www.geocaching.com/geocache/GC4D7FR_metamorfismo-metamorphism-cascais

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METAMORFISMO

Transformação de uma rocha em


outra, através de mudanças
mineralógicas, composicionais e
texturais que ocorrem no estado
sólido, em virtude de mudanças,
principalmente, de temperatura e
pressão.
• Rochas metamórficas são produzidas
pela transformação de rochas:

• Ígneas
• Sedimentares
• Outras rochas metamórficas

• O metamorfismo ocorre através de


mudanças mineralógicas, estruturais
e/ou composicionais.
TRANSFORMAÇÕES NO ESTADO
SÓLIDO
• A rocha não funde e não sofre desagregação

• As transformações ocorrem no estado sólido através


das reações metamórficas

• As reações metamórficas ocorrem através da difusão


dos átomos
REAÇÕES METAMÓRFICAS

Granada + Clorita + Muscovita =

Estaurolita + Biotita + Quartzo + H2O

Paragênese = combinações de minerais estáveis em


determinadas condições de pressão e temperatura.
LIMITES DO METAMORFISMO

O metamorfismo ocorre em condições de

temperatura superiores as da diagênese

(processo de formação da rocha sedimentar;

entre 150 – 200 oC) e inferiores a do

magmatismo (700 – 1000 oC) .


QUANTO UMA ROCHA PODE MUDAR?

▪ Como?

▪ Quanto?

▪ Quem?

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FATORES FÍSICOS E QUÍMICOS QUE
CONTROLAM O METAMORFISMO

• T – temperatura
• P – pressão
• composição da rocha original
• t - tempo
• presença e composição do fluído
Metamorfismo pode transformar…..
http://flexiblelearning.auckland.ac.nz/rocks_minerals/rocks

◄ um argilito

em gnaisse ►

Rocha original (Protólito)


COMPOSIÇÃO DO PROTÓLITO

A composição mineralógica e química da rocha


metamórfica depende da rocha precursora,
também chamada de rocha protólito.
PROTOLITOS

▪ Pelito (rocha sedimentar rica em silte e argila)

▪ Rocha máfica (ex. basalto)

▪ Rocha ultramáfica (ex. peridotito)

▪ Calcário impuro

▪ Gnaisse/Granito
Protólitos (ROCHA ORIGINAL)

1. ultramáficos – muito alto Mg, Fe, Ni, Cr

2. máficos – alto Fe, Mg e Ca

3. pelitos – alto Al, K, Si, baixo Ca

4. carbonáticos – alto Ca, Mg, CO2

5. quartzosos – SiO2 puro (ou quase)

6. quartzo-feldspáticos – alto Si, Na, K, Al

ROCHAS ORTO E PARADERIVADAS

PREFIXO META
Qual será o metamorfismo de um arenito
quartzoso?

Arenito Quartzito
(areia de quartzo - SiO2) SiO2 recristalizada
TEMPERATURA

▪ É o agente mais importante do metamorfismo;

▪ O aumento da temperatura promove:

▪ a recristalização, que resulta em novos minerais estáveis


(reações metamórficas);

▪ reações metamórficas (modifica campos de estabilidade: fases


em desequilíbrio são consumidas, novas fases em equilíbrio
produzidas);

▪ a agitação térmica dos átomos no retículo cristalino ao ponto de


quebrar as ligações químicas.

A estabilidade dos minerais varia com a temperatura.


Gradiente geotérmico e fontes de calor

▪ A temperatura aumenta com a profundidade, segundo


uma razão denominada de gradiente geotérmico

▪ O aumento é da ordem de 15 – 30ºC por km.

▪ Fontes de calor na litosfera:

▪ Calor do residual do manto e núcleo


▪ Fluxo de calor do manto para a base da crosta (convecção +
condução);
▪ Calor gerado por decaimento radioativo;
▪ Calor transportado por intrusões magmáticas e fluídos
hidrotermais;
▪ Atrito entre placas (cinética → termal)
Gradiente geotérmico

Gradientes geotérmicos na superfície da crosta: entre 10 a 60 oC /


km (sondagens, minas profundas). Em regiões estáveis, não-
orogênicas: 25 oC / km.
PRESSÃO

▪ Existem dois tipos de pressão atuante na crosta: litostática


(confinante) e a dirigida (tensão ou esforço).

▪ A pressão aumenta com a profundidade: ~1 kbar para


cada 3 km.

▪ O aumento de pressão diminui o espaço disponível para


crescimento de minerais.

▪ Minerais metamórficos tendem a ser mais densos, i.e.,


estáveis em altas pressões.
Pressão litostática ou confinante

▪ não apresenta direção preferencial;

▪ é decorrente do peso da coluna de


rochas suprajacente;

▪ atua semelhante à pressão


hidrostática.

Depende de h (altura da coluna de rocha).


P = ρ · g · h (densidade x gravidade x altura).
P R E SSÃO D IRIGIDA OU T E C T ÔN IC A

▪ causada por esforços tectônicos;

▪ promove a deformação nas rochas e


orientação de minerais segundo direção
perpendicular à de máxima pressão;

▪ atua de forma vetorial.

O estiramento é perpendicular à compressão


tectônica.
A ação da pressão dirigida promove:

▪ Deformação nas rochas (achatamento, cisalhamento,


ruptura).

Deformações:
A ação da pressão dirigida promove:
▪ Desenvolvimento de orientação de minerais segundo direção
perpendicular à de máxima pressão = foliação metamórfica.

Antes do metamorfismo Depois do metamorfismo

Granito – Rocha Ígnea Gnaisse – Rocha Metamórfica


FLUIDOS
• Fluidos – ocorrem nos minerais hidratados e
nos interstícios dos grãos
• Espécies principais: H 2O, CO 2, CH 4, S (O 2, N, H).

• Facilitam as reações metamórficas


• Estabilidade da associação mineral
• Aporte de calor por advecção
• Transferência de massa – alteram a composição
da rocha
TEMPO
• A recristalização dos minerais é realizada ao
durante longos períodos de tempo (milhões de
anos).

Granada em seção delgada

Taxa de crescimento da granada, em determinadas


condições, é de 1,4 milímetros por milhão de anos.
ONDE?

Metamorfismo
Regional / Contato

Limite Convergente
(Colisão continental)
Metamorfismo
de impacto Metamorfismo
Limite Divergente
Região Regional
Intraplaca Contato

Metamorfismo
Fundo oceânico
Hidrotermal

Metamorfismo de
soterramento
M E TAM ORFISMO R E GION AL OU
D IN AMOT ERM AL / OROGÊNI CO)
Metamorfismo que ocorre nas regiões de confronto de placas tectônicas.

Rochas próximas à superfície são levados para profundidades muito


maiores que aquelas onde originalmente estavam estáveis.
METAMORFISMO DE SOTERRAMENTO
( BUR IA L )

Ocorre mudanças graduais de temperatura e pressão, em resposta à


sucessivos soterramentos (regional).
METAMORFISMO DE CONTATO OU TERMAL

Metamorfismo que ocorre nas encaixantes de corpos intrusivos fortemente


aquecidos.
METAMORFISMO HIDROTERMAL

Metassomatismo é um processo em que as composições da rocha são


alteradas através do intercâmbio com os íons em solução.
Metamorfismo dinâmico ou cataclástico

Metamorfismo dúctil: brechas e milonitos


L IM IT ES D E P L AC AS C ON SE R VAT IVOS
METAMORFISMO DE IMPACTO OU CHOQUE
COMO A ROCHA RESPONDE AO
METAMORFISMO?

Ardósia Baixo Grau Grau intermediário Alto Grau


Filito Xisto Gnaisse

Clivagem ardosiana Xistosidade Bandamento Bandamento

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Rochas metamórficas
Foliadas e não foliadas

Ardósia Granada xisto Quartzito

Filito Gnaisse Mármore


Transformações Texturais

Arenito Quartzito
(areia de quartzo - SiO2) SiO2 recristalizada

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Clivagem ardosiana - é um plano de partição paralelo
perfeito, penetrativo, típico de ardósia, com recristalizações
de baixo grau metamórfico (muito baixa T).
a
Texturas
Xistosidade – orientação dos minerais segundo uma direção preferencial

b
▪ Bandamento: a foliação é marcada pela alternância de
bandas de composição mineralógica máfica e félsica. As
bandas mostram grãos médios a grossos. A alternância de
bandas é causada por difusão e segregação (alta T).
Texturas
Desenvolvimento e rotação de porfiroblasto
George Barrow (1893, 1912) – Minerais índices
Sequência Barroviana: clorita–biotita–granada–estaurolita–cianita-sillimanita
Metamorfismo progressivo

Tilley (1925) se referiu a essas linhas como isógradas (mesmo grau)


Exemplo: isógrada da granada = surgimento da granada no meta-pelito

A área entre as isógradas são denominadas de zonas, exemplo: zona da


granada, zona da biotita etc
Minerais índices de metamorfismo
Mineral cujo aparecimento no terreno serve de marcador para o
aumento da intensidade do metamorfismo.
M in erais met amórf ic os

Sillimanita
Cianita

Andalusita

Estaurolita Granada
Minerais índice
Polimorfos Al2SiO5

CIANITA SILLIMANITA

ANDALUZITA
Al2O5
Grau metamórfico e minerais índice

Polimorfos Al2SiO5
Grau met amórf ic o, e roc h as f ormad as
Aumento do grau metamorfico com a subducção

Ardósia

Filito

Xisto

Gnaisse
Baixo grau– Fácies metamórficas Baixa Pressão –
Metamorfismo
auréola de contato
de soterramento

Pressão média-
Zonas orogenéticas

Alta Pressão –
Zonas de subducção

O conceito de fácies metamórficas foi desenvolvido por Eskola em 1939 e é


baseado na assembléia mineral (paragênese) encontrada em uma rocha
metabásica. 54
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Trajetória P-T-t

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Rochas metamórficas
Ardósia

Filito

Rocha metamórfica de grau muito baixo


caracterizada pela granulação muito fina, pouco
brilho, cristalinidade baixa. (Definição dicionário
de verbetes – UnB) Rocha metamórfica intermediária, com plano
de xistosidade bem definido e brilhante,
determinado pela disposição de mica
(muscovita e clortita). (Definição dicionário de
verbetes – UnB)
Rochas metamórficas
Granada mica xisto (Granada)

Xisto: Rocha metamórfica caracterizada pela


xistosidade, marcada pelo crescimento de micas
metamórficas, muscovita e biotita principalmente,
representam um grau mais elevado de metamorfismo
Anfibólio xisto do que a ardósia e o filito. (Definição dicionário de
verbetes – UnB)

Os xistos máficos (xistos verdes), derivados de


basaltos, já mostram paragêneses com clorita e
anfibólio. (Definição dicionário de verbetes – UnB)
Rochas metamórficas

Gnaisse

Rocha metamórfica essencialmente quartzo-feldspática, em geral, com foliação dada pelo


achatamento dos grãos até bandada, com bandas, geralmente milimétricas a centimétricas,
quartzo-feldspáticas (claras) alternadas com bandas mais máficas (escuras), derivadas de
processos de segregação metamórfica. (Definição dicionário de verbetes – UnB)
Rochas metamórficas

Quartzito

Rocha metamórfica cujo componente principal é o quartzo, que tem como protólito (rocha
original) mais comum arenitos quartzosos. (Definição dicionário de verbetes – UnB)
Rochas metamórficas

Mármore

Calcário metamorficamente recristalizado que tem como constituinte


importante um carbonato (>50%; em geral, calcita ou dolomita), e pode
apresentar textura maciça, bandada ou brechada. (Definição dicionário de
verbetes – UnB)
Migmatito – fusão parcial

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REFERÊNCIAS

▪ Press, F., Siever, R., Grotzinger, J. & Jordan, T.H. 2006.


Para Entender a Terra. Ed. Armed, 656 p.

▪ Press, F., Siever, R., Grotzinger, J., Jordan, T.H., 2004.


Understanding Earth. 4th edition. W.H. Freeman and
Company.

▪ Teixeira, W. et al. 2000. Decifrando a Terra, Ed. Oficina


de Textos, SP, 557 p.

▪ Teixeira, W. et al. 2009. Decifrando a Terra, Cia Ed.


Nacional, SP, 2a Ed., 623 p.

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