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Universidade Presbiteriana

Mackenzie

PÓS-GRADUAÇÃO EM

Gestão Estratégica de Negócios


Gestão de Materiais e Serviços
Terceirizados
Universidade Presbiteriana

Mackenzie

TRILHA DE APRENDIZAGEM 1

Gestão estratégica da
logística e seus fatores
críticos de sucesso
Objetivos: Conhecer como desenvolver estratégias de sucesso.
Aprender a identificar a melhor estratégia logística a ser
aplicada. Descobrir como gerar lucro independentemente
das variáveis, a partir dos conhecimentos sobre legislação,
políticas, estruturas viárias, hidroviárias, taxas de câmbio,
flutuações, questões culturais, entre outros, que afetam
o modo como a empresa pode efetivamente competir.
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1.1 Conceito de Logística


Iniciaremos nossos estudos explorando o conceito de Logística e como esta
surge historicamente.

Podemos dizer que a logística surgiu a partir de algumas técnicas que eram
utilizadas em campanhas de guerras. Por exemplo, as tropas de Alexandre,
o Grande (310 a.C.), eram extremamente organizadas para garantir que
nada faltasse aos soldados (alimentação, munições etc.) (SANTOS, 2007).

A logística pode ser conceituada de várias maneiras. Podemos citar, por


exemplo, o conceito que foi desenvolvido nas forças armadas, e que vem
do francês logistique. O termo remete à necessidade de criar estratégias
durante as guerras para levar alimentos aos campos de batalha e a cidades
isoladas, de modo que cheguem ao lugar certo e em quantidade necessária.
Na mesma linha, Ferreira (1986, p. 1045) afirma que a logística é a parte
da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de projeto e
desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, re-
paração, manutenção, bem-estar e evacuação de material (para fins opera-
cionais e administrativos).

Para refletir

As atividades da Gestão Logística incluem, tipicamente, a gestão dos


transportes de entrada e saída, gestão de frotas, armazenagem, manu-
seamento de matérias, atendimento de pedidos, desenho da rede logís-
tica, gestão de inventário, planejamento da oferta e da procura e gestão
dos fornecedores de serviços logísticos.

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1.2 Objetivo da estratégia


logística
Segundo Bowersox e Closs (2001, p. 19), “o objetivo da logística é tornar
disponíveis produtos e serviços no local onde são necessários, no momento
em que são desejados”. Podemos, ainda, acrescentar que a logística também
tem como objetivos:

• facilitar a chegada e a saída dos materiais e a guarda dos produ-


tos de forma eficiente, ou seja, em quantidade e tempo suficientes
para atender o cliente. Tudo isso deve estar alinhado ao setor de
marketing, no intuito de atingir a vantagem competitiva;
• incrementar o nível de serviço ao consumidor final, na busca pela
satisfação deste; redução de custos e estoques e contribuição social.

Em resumo, “a logística integrada é vista como a competência que vincula a


empresa a seus clientes e fornecedores” (BOWERSOX; CLOSS, 2001, p. 43).

De fato, quando falamos em logística, identificamos que é uma área funda-


mental para as organizações, pois lida com as necessidades humanas, que
incluem necessidades físicas básicas, de alimentação, abrigo e segurança.

Diminuir a distância entre o fabricante e o consumidor final sempre foi


um desafio à logística. A distribuição física das mercadorias é um problema
a ser pensado pelos fabricantes e distribuidores. Essa questão deve ser mui-
to bem pensada e planejada, antes mesmo de serem iniciados os processos
de distribuição. Isso porque a logística não engloba somente os processos
de distribuição de materiais, ela abarca, também, o gerenciamento de es-
toques, a armazenagem, o manuseio e o transporte de bens, entre outras
atividades auxiliares. Todos esses processos exigem grande eficiência e efi-
cácia.

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1.3 Posicionamento logístico e


categorias que o compõem
Atualmente, a logística tem um papel importante no sucesso e no cresci-
mento das organizações. Porém, em alguns casos continua sendo deixada
em segundo plano e não recebendo o devido enfoque estratégico por parte
dos administradores. Para Morais (2015), pensar estrategicamente é um
requisito fundamental para os gerentes de organizações. Nutrir boas práti-
cas de gestão em pensamento estratégico é racionalmente necessário para o
líder de empresas, para evitar retração e sustentar o crescimento.

No mundo dos negócios, a estratégia é fundamental, pois o “inimigo” tem


um “exército” com ele – os concorrentes, a inflação, a inovação que cresce
a todo tempo, os processos e o próprio tempo. Assim, os empresários pre-
cisam vencer tudo isso com boas estratégias, entendendo que o “exército”
destes, ou seja, a equipe, precisa de um líder que possa conduzi-la ao suces-
so. Segundo Morais (2015), a estratégia competitiva implica concorrer de
forma diferente e, contudo, conseguir vencer. É necessário ser criativo para
concorrer de modo a encontrar diversas maneiras para solução de proble-
mas, e competir da melhor forma possível. Logo, a estratégia, na logística,
tem três objetivos principais: redução de custos, redução de capital e
melhoria dos serviços.

Com o crescimento dos mercados competitivos e globalizados, o aspecto


“custo” vem assumindo significância na busca frenética das empresas por
maior eficiência e produtividade. Logo, nas tomadas de decisão, a busca
pela redução de custo em atividades logísticas tem sido um aspecto pre-
ponderante.

Ao objetivarem a redução de custos, as empresas têm focado no tradicional


custo do produto e acabam dimensionando mal os custos relacionados à
logística.

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1.4 Implicações logísticas e


fatores externos que afetam a
logística
De acordo com Bowersox e Closs (2001), para que haja uma integração
eficaz ao gerenciamento do sistema logístico, existem, pelo menos, seis ob-
jetivos operacionais que são determinantes no desempenho logístico que
as empresas devem atingir simultaneamente. A resposta rápida é devida à
habilidade de empresas satisfazerem as exigências de serviços prestados ao
cliente em tempo hábil, algo em que a tecnologia de informação pode auxi-
liar. A variância mínima é ocasionada por qualquer acontecimento inespe-
rado que perturbe o desempenho do sistema, como atrasos no recebimento
de pedidos, problemas na produção, avarias em mercadorias etc.

O objetivo de estoque mínimo envolve o comprometimento de ativos e a


velocidade de rotação dos estoques. Essa rotação depende da taxa de uti-
lização de material no decorrer do tempo, ou seja, altas taxas de rotação
aliadas à disponibilidade de estoque significam que os ativos utilizados
estão sendo eficientes. Deve-se evitar que produtos fiquem parados por
muito tempo no estoque, pois estoque parado significa dinheiro parado.

A consolidação da movimentação é uma forma de reduzir o custo de trans-


porte, pois este é um dos custos mais significativos. Sendo assim, quanto
maior a movimentação e a distância percorrida, mais a empresa necessita
de estratégias inovadoras. Uma delas é o agrupamento de cargas pequenas,
ou, como conhecido, consolidação de cargas. O gerenciamento da qualida-
de total está diretamente associado à busca das organizações pela competi-
tividade. Se o produto apresentar defeito ou se simplesmente não atingir as
especificações, também não agregará valor para a operação logística.

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1.5 Planejamento logístico


O planejamento é a ferramenta que nos mostra os prós e os contras de um
determinado projeto, o qual nos levará a saber se devemos seguir o cami-
nho A ou o B. A estratégia é a ação traçada para alcançar esse objetivo, de
modo a ver todos os riscos e proteger o projeto com êxito. Uma parte fun-
damental, para que um planejamento logístico funcione com eficiência, é
o apoio de todos os colaboradores e parceiros envolvidos nos processos, ou
seja, nas operações, uma vez que a logística é uma área muito dinâmica.

Podemos dizer que a logística é singular: ela nunca para. É praticada em


todo o mundo, 24 horas por dia, sete dias por semana. Durante 52 sema-
nas do ano, “[...] a logística tem como objetivo principal tornar os produtos
e serviços disponíveis em locais onde são necessários, no momento em que
são desejados” (BOWERSOX; CLOSS, 2001, p. 19).

Nesse contexto, o profissional de logística empresarial deve estar atento a


fim de prover, de forma eficiente, a lucratividade da organização, otimi-
zando os seguintes processos: distribuição ao cliente; fluxo de materiais
dentro da empresa; planejamento de compra, passando pelo controle e pela
organização de estoques de matérias-primas e produtos acabados; planeja-
mento do controle de produção e do controle de transporte de embalagens.

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1.6 Logística reversa


Devido às novas possibilidades de negócios surgidas com o crescente inte-
resse empresarial e pesquisas na área, o conceito de logística reversa ainda
se apresenta em evolução. Mas não podemos falar nisso sem antes conhe-
cer as questões ambientais. Por conta da ocorrência de alguns desastres
ambientais após a segunda metade do século XX, a preocupação com as
questões ambientais tomou força, encabeçada principalmente por aqueles e
aquelas que hoje conhecemos como ambientalistas.

A logística reversa é impactada pela legislação ambiental, pois as empresas,


antes de colocar em prática esse conceito, devem cumprir as leis vigentes.

Principalmente quando se trata dos resíduos gerados pelas indústrias, que


podem causar impactos ambientais devastadores, como a poluição do ar e
a contaminação do solo e da água. Existem impactos que afetam não só os
ecossistemas, mas também as pessoas que estão inseridas no ambiente de
produção, que podem ser expostas a ruídos, fumaça, vibrações, acidentes etc.

Figura 1.1: Níveis de serviços ao cliente


Fonte: Plataforma Deduca (2018).

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O objetivo econômico refere-se às estratégicas de retorno do valor financei-


ro do bem de pós-venda. Esse retorno pode ocorrer por meio da revenda do
bem no mercado primário, ou de produtos que chegaram ao final do ciclo
de vida após remanufatura. A diferenciação mercadológica no varejo se dá
por meio da diferenciação do produto, ou seja, com oferta de serviços ao
cliente em níveis superiores aos do concorrente.

Conforme Novaes (2004), a logística é fundamental em todos os processos


porque pode contribuir de maneira positiva quando bem direcionada. Do
mesmo modo, pode refletir negativamente em todos os processos da em-
presa quando mal direcionada.

Em 1990 foi lançado o Código de Defesa do Consumidor, e as empresas


se viram obrigadas a cumprir as determinações. Diante disso, a obediência
à legislação ficou ainda mais necessária também quanto à logística reversa
e, principalmente, quanto aos aspectos referentes às questões ambientais.
Os canais de distribuição reversos são estruturados e preparados para rea-
lizar o fluxo reverso dos produtos e a respectiva distribuição de bens de
pós-consumo. É evidente que a logística reversa, sendo de pós-venda ou
pós-consumo, recebeu grande atenção das áreas econômica, legal e am-
biental e, principalmente, tem se mostrado competitiva. Porém, não tem se
mostrado interessante para a maioria devido aos altos custos que apresenta.

Cinco por cento dos custos das empresas brasileiras referem-se à lo-
gística reversa, o que é considerado alto. Por isso, alguns fabricantes
revelam que não investem nesse processo logístico.

1.6.1 Importância e utilização da


logística reversa
Cada vez mais as empresas têm se preocupado com a preservação do meio
ambiente para as gerações futuras, o que também é uma atitude valorizada
pela nossa sociedade. Um dos modelos modernos de produção das empre-
sas tem se pautado no respeito ao ser humano e à natureza, fundamentado
nos conceitos de desenvolvimento sustentável e responsabilidade social.

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No varejo, a logística reversa de pós-venda tem como objetivo planejar e


cuidar do retorno dos produtos e do pós-venda, como o serviço de assistên-
cia técnica, que alguns autores chamam de fluxos dos canais reversos. Na
logística de pós-venda, existem alguns objetivos que a empresa estabelece,
os quais são (LEITE, 2009): objetivos econômicos, diferenciação mercado-
lógica no varejo, prestação de serviço no pós-venda, obediência à legislação
e proteção de imagem. O objetivo econômico refere-se às estratégicas de
retorno do valor financeiro do bem de pós-venda. Conforme mencionado
anteriormente, esse retorno pode ocorrer, por exemplo, por meio da reven-
da do bem no mercado primário ou dos produtos que chegaram ao final
do ciclo de vida após remanufatura.

Nesta trilha, estudamos a gestão estratégica da logística e seus fatores crí-


ticos de sucesso. Avance a leitura e conheça os aspectos de evolução e as
mudanças significativas na Administração de Materiais e na Gestão.

Vamos lá!

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PALAVRAS-CHAVE

Logística; gestão; cliente; estoque; planejamento; transporte; distribuição;


logística reversa; custo; remanufatura; meio ambiente; processo; estratégia;
produtividade; competitividade.

REFERÊNCIAS

BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J. Logística Empresarial: o Processo da


Cadeia de Suprimentos. São Paulo: Atlas, 2001.

FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.


2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

LEITE, P. R. Logística Reversa: meio ambiente e competitividade. São


Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

MORAIS, R. S. Método para Determinar o Nível de Atratividade de


Segmento Econômico. Taubaté: Cabral Universitária, 2015.

NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição.


Rio de Janeiro: Campus, 2004.

SANTOS, J. N. Evolução Logística no Brasil. Comunidade ADM, abr.


2007. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/mar-
keting/evolucao-logistica-no-brasil/13574/>. Acesso em: 10 fev. 2018.

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