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Ao entrarmos em ambientes fechados como galpões, depósitos,

supermercados e indústrias podemos notar que a temperatura interna


costuma ser mais elevada que a externa. E isso acontece muitas vezes
devido às características construtivas desses ambientes.

Não raro é possível que esses espaços tenham um aumento na


temperatura entre 5ºC e 10ºC. Para quem precisa trabalhar
diariamente nesses locais, esse é um valor significativo e que deve ser
considerado.
Introdução Em indústrias o problema é ainda mais grave, já que dependendo do
tipo de produção, das máquinas e dos equipamentos presentes pode
haver um aumento da sensação de calor, o que gera inúmeros
desconfortos, queda de produtividade, aumento no número de
afastamentos médicos e até mesmo acidentes de trabalho provocados
pela desatenção.

Justamente por toda essa situação é que o conforto térmico é


regulado por algumas normas da segurança do trabalho e precisa ser
uma preocupação constante dos gestores, garantindo que seus
funcionários encontrarão um ambiente adequado para executarem
suas funções.
Infelizmente, nem todas as plantas industriais foram pensadas de
maneira a considerarem o conforto térmico como algo importante, o
que resulta em ambientes fabris totalmente fora das regulamentações e
que podem expor seus funcionários a situações degradantes.

Mas, hoje, já é possível encontrar soluções que ajudem a tornar esses


espaços mais confortáveis, sem a necessidade de grandes reformas ou
da instalação de sistemas onerosos. Se você tem sofrido com o excesso
de calor, poeira, baixa umidade relativa do ar e outros itens
desagradáveis no ambiente da sua empresa, continue a leitura desse e-
book e aprenda sobre:

• O que é conforto térmico;


• Quais as vantagens de se preocupar com o conforto térmico na sua
indústria;
• Quais as normas que regulam o conforto térmico em ambientes
fabris;
• As melhores soluções para melhorar o conforto térmico na sua
empresa.

Boa leitura!
O que é conforto térmico?
O conforto térmico é definido pela sensação de bem estar de
acordo com a temperatura do ambiente e também do calor
produzido pelo corpo. Estão envolvidos no conforto térmico:

O metabolismo, a temperatura da pele e a roupa que a pessoa


usa;
A temperatura do ar, a umidade relativa, a temperatura dos
elementos envolvidos no local e a velocidade do ar.

Assim, podemos entender que o conforto térmico em uma


indústria depende das características da construção (tipo de
cobertura, índice de absorção da radiação solar, quantidade de
ventilação, posicionamento das paredes, etc.), dos elementos
presentes na indústria (máquinas que liberam calor, presença de
poeira, baixa umidade do ar, etc.), do uniforme usado pelos
funcionários e também das condições de cada pessoa, como
idade, sexo, metabolismo, entre outros.
Embora as condições pessoais não sejam controláveis pelo gestor de uma indústria, é possível
pensar em ambientes fabris com construções que favoreçam o conforto térmico, com uniformes
que não sejam excessivamente quentes e com o controle adequado do ambiente de trabalho.

Para chegar ao valor do conforto térmico são feitos experimentos variados, com indivíduos de
peso similar, em diferentes atividades e com vestuário controlado. É a partir desses dados que
muitas das temperaturas ideais são estipuladas em normas reguladoras, ISOs e outros.

Um estudo de conforto térmico em uma indústria deve considerar todas as variáveis que podem
influenciar na definição da melhor temperatura para aquele local, analisando os índices de
conforto térmico (como a temperatura efetiva e a temperatura efetiva corrigida) e o índice de
sobrecarga térmica (que diz respeito à quantidade de energia que o organismo deve dissipar
para atingir o equilíbrio térmico).
Quais as vantagens de me preocupar
com o conforto térmico na indústria?

Buscar o conforto térmico na indústria é algo muito importante,


evitando que seus trabalhadores estejam em condições
insalubres e também promovendo meios de aumentar a
produtividade e reduzir os problemas de saúde que podem ser
ocasionados pela exposição prolongada a um ambiente hostil.
Na maior parte do Brasil, o principal problema é as altas
temperaturas, principalmente no verão, que podem castigar
inúmeros trabalhadores. Além disso, a baixa umidade em alguns
galpões industriais também pode preocupar.
Nessas condições, os trabalhadores estão mais expostos a alguns problemas de saúde, como:
• Esgotamento físico e mental, causado pela perda de líquido pela transpiração, levando a um quadro de
desidratação. Outros sintomas incluem: fadiga, náusea, dor de cabeça, debilidade, pele fria e pegajosa, palidez e até
desmaio.
• Câimbras, devido à perda de sais minerais pela transpiração excessiva. Esse problema pode aparecer durante ou
muito tempo depois do final do turno.
• Desidratação, quando o volume de água perdido na transpiração é maior do que o volume ingerido.
• Problemas respiratórios, principalmente nos ambientes com baixa umidade do ar e que apresentam poeira ou
outras partículas suspensas no ar, causando irritação nas vias aéreas, facilitando a entrada de bactérias e vírus que
podem ser responsáveis por dores de garganta, dificuldades respiratórias, asmas, pneumonia, bronquite, entre
outros.

Conjuntivite, que também é causada pela baixa umidade no ambiente que interfere na formação do filme lacrimal,
responsável por lubrificar nossos olhos. Quando a umidade é baixa, o filme lacrimal não se forma adequadamente,
o que pode levar uma falta de proteção nos olhos, facilitando para que bactérias e vírus invasores causem doenças.
É claro que todas essas são condições sérias e que podem
prejudicar bastante a produção da sua indústria. A falta de
preocupação com o conforto térmico dos seus
funcionários pode acabar se revertendo em:
• Baixa produtividade;
• Alto número de afastamentos médicos ou de faltas;
• Aumento do número de acidentes, já que
funcionários desatentos ou incomodados podem
acabar se colocando em situações de risco;
• Alto turn-over (já que ninguém quer trabalhar em
condições degradantes);
• Dificuldade em atingir as metas;
• Falta de engajamento dos times com a empresa;
• Dispersão e dificuldade de concentração;
• Necessidade de paradas frequentes no meio do
turno;
• Necessidade de contratação de mão-de-obra extra
para suprir a carência produtiva.
Alguns estudos têm sido feitos para tentar entender o
impacto que a exposição prolongada ao calor pode causar
aos funcionários. Um desses mostra que quando a
temperatura atinge 30ºC, a produtividade cai cerca de
20% e existe um aumento na frequência de erros de 75%.

Como nenhum empresário deseja ter prejuízo, o mais


recomendado é sempre buscar pensar no conforto
térmico adequado para as suas instalações industriais,
respeitando as leis e oferecendo um ambiente adequado
aos seus funcionários.

Além de todos os problemas que citamos que a falta de


preocupação com o conforto térmico pode trazer aos
seus funcionários e ao seu negócio, não se atentar a ele
ainda pode significar processos trabalhistas, multas e
outros problemas mais graves perante a Justiça.
De acordo com a lei, um trabalhador somente pode realizar
uma atividade pesada e contínua se a temperatura for de até
25ºC naquele local. Porém, atenção, porque esses 25ºC se
configura em um índice alcançado por meio de uma medição
técnica que considera outros fatores além da temperatura
local, por isso o resultado não é igual ao de um termômetro
comum e, dependendo do ambiente, pode ser mais baixo.

A umidade do ar também é regulamentada pela mesma NR e


deve ser entre 50% e 70%.
Se houver paradas para descanso no meio do turno, essa
tolerância pode ser um pouco maior. Contudo, nenhuma
atividade pode ser realizada caso a temperatura técnica
ultrapasse os 32,2ºC (o que chega em torno dos 40ºC no
termômetro comum).
Isso significa que, em uma indústria, ao atingir essa temperatura, a produção deveria ser
paralisada porque pode colocar em risco a saúde dos trabalhadores. Caso essa condição seja
denunciada ao Sindicato responsável, o mesmo pode solicitar uma averiguação do Ministério
do Trabalho, resultando em multas, processos e outras questões judiciais.

Além disso, em ambientes de calor intenso, é muito importante que os gestores tomem
medidas adicionais, como:

Exames médicos periódicos;

Reposição de água e sal;

Limitação do tempo de exposição, com revezamento, paradas e reestudos dos
procedimentos;

Uso de equipamento de proteção individual contra calor radiante, além de uniforme
adequado (de tecido leve, cores claras ou tecido aluminizado).
Outras regulamentações também abordam o tema, como é o caso da norma ISO 7243 (que aborda um
indicador para avaliação da sobrecarga térmica) e a norma ISO 7730 (que trata especificamente do
conforto térmico).

No Brasil, ainda existe a NR 17, que trata sobre a ergonomia do trabalho, e que estipula que em locais
nos quais sejam exigidos atividades intelectuais e atenção constante a temperatura efetiva deve ser
entre 20ºC e 23ºC e a umidade relativa do ar não pode ser inferior a 40%.
Como promover conforto térmico na
minha indústria?
Depois de toda essa explicação, você já está convencido de
que pensar e buscar o conforto térmico é algo
extremamente importante para a saúde dos seus
trabalhadores e também da sua indústria? Pois saiba que
existem muitas ações que você pode tomar nesse sentido.
Veja algumas dicas:

Faça uma análise cuidadosa da sua indústria


Antes de pensar em qualquer solução de climatização ou
ventilação é essencial que você faça uma análise cuidadosa
e criteriosa de toda a sua indústria, buscando entender
como é a construção do seu galpão, o quanto os materiais
usados influenciam, o tipo de produção que você tem, os
horários de maior exposição ao calor, a quantidade de
funcionários afetada, além dos demais problemas
associados como baixa umidade relativa do ar, presença de
poeira, odores, entre outras questões.
Somente a partir dessa análise técnica você poderá definir as melhores soluções,
afinal compreenderá exatamente quais são os problemas que precisam ser
sanados. Algumas vezes, apenas modificações simples na sua construção já são
suficientes para trazerem bons resultados, como melhora na ventilação natural,
troca do material da telha, uma pintura de cor mais clara, entre outras.

Porém, na maior parte das vezes pode ser necessário contar com algumas soluções
de ventilação. Aqui, vamos abordar as mais usadas.
Ventiladores e exaustores
Esses equipamentos promovem a circulação do ar no ambiente, o que favorece a
sensação térmica dos trabalhadores. Hoje é possível encontrar uma grande variedade
de tipos e modelos de ventiladores, com diferentes especificações técnicas e
indicações para ambientes fabris. De qualquer modo, é muito indicado que o aparelho
escolhido seja projetado para realizar, no mínimo, 20 trocas de ar por hora.

Esse sistema possui algumas vantagens interessantes como o custo reduzido, a baixa
necessidade de manutenção, o baixo consumo de energia e a possibilidade de retirar
do ambiente fumaça, odores, poeira, entre outros.

Contudo o uso de ventiladores e exaustores pode aumentar o ruído de fundo e ainda


eles não são capazes de reduzir a temperatura do ambiente e por isso não são
consideradas opções eficientes para ambientes com temperaturas excessivamente
altas.

Esse sistema possui algumas vantagens interessantes como o custo reduzido, a baixa
necessidade de manutenção, o baixo consumo de energia e a possibilidade de retirar
do ambiente fumaça, odores, poeira, entre outros.

Contudo o uso de ventiladores e exaustores pode aumentar o ruído de fundo e ainda


eles não são capazes de reduzir a temperatura do ambiente e por isso não são
consideradas opções eficientes para ambientes com temperaturas excessivamente
altas.
Sistemas de insuflamento
Esse é um tipo de sistema de ventilação feito por meio
de dutos que promovem uma ventilação direcionada
exatamente sobre o local desejado.

Normalmente, a ventilação é feita por pressão positiva


através do uso de um conjunto de insufladores axiais de
parede que captam o ar fresco e limpo e o insufla através
de sistemas motorizados com dutos e difusores de ar, o
que promove uma boa renovação do ar e ventilação
sensitiva, trazendo uma sensação mais confortável aos
trabalhadores.

Esse sistema possui como vantagem o fato de melhorar


as condições de um ambiente em específico e de realizar
a renovação 100% do ar. Mas, seu custo pode ser um
pouco mais elevado e ele também é incapaz de reduzir a
temperatura do ambiente.
Revestimento de teto
Hoje existem muitos tipos de revestimentos
que podem ser usados nos telhados, como
resina, cerâmica e polipropileno. Esses
materiais ajudam a evitar o aquecimento do
ar interno e impedem que os raios solares
que incidem sobre o telhado transfiram o
calor para dentro do ambiente.

Pensar nessa solução pode trazer algumas


vantagens, como o baixo custo de
manutenção, o retardamento da corrosão
(como acontece em telhados metálicos) e a
falta de ruídos. Contudo, essa solução não
ajuda a renovar o ar interno, pode ter um
alto custo de aplicação e ainda, no caso do
polipropileno, esse material é responsável
por reter poeira.
Resfriamento evaporativo por névoa
Esse é um sistema relativamente novo capaz de
controlar a temperatura e a umidade do ar de um
ambiente através da evaporação da água. Para isso, são
usados bicos micro aspersores que conseguem produzir
uma névoa de evaporação rápida, que não molha e não
precipita, promovendo a troca de calor entre o ar e a
água, reduzindo a temperatura do ambiente.

Algumas vantagens podem ser citadas sobre esse


método, como o custo reduzido de instalação, a
facilidade de adaptação em vários tipos de ambientes,
a redução da temperatura e o controle sobre a
umidade relativa do ar.

Mas, também existem algumas desvantagens que


devem ser consideradas, como o custo de manutenção,
a possibilidade de entupimento dos bicos, a falta de
renovação do ar interno e o consumo de água.
Resfriamento evaporativo
Nesse sistema, o resfriamento do ar é feito de
maneira natural e simples sem o uso de complexos
componentes de refrigeração mecânica, que podem
consumir energia, substituindo, assim, o uso de
aparelhos de ar condicionado.

As principais vantagens desse método são: a melhora


na qualidade do ar, já que opera 100% com ar
externo, o menor consumo de energia do que os
aparelhos de ar condicionado (cerca de 75% menos),
a redução da temperatura ambiente, o não uso de
gases poluentes, o baixo custo de manutenção e a
possibilidade de uso em locais abertos.

As desvantagens, contudo, são o consumo de água e


o custo de instalação maior que os demais sistemas.
Conclusão
Buscar o conforto térmico na indústria é algo extremamente
importante. Além de ele ser tema de várias normas reguladoras,
ainda é responsável por melhorar a produtividade dos seus
funcionários, a segurança no chão de fábrica e, claro, oferecer um
ambiente adequado para o trabalho.

Indústrias que não se atentam a essa questão podem sofrer com


problemas como baixa produtividade, aumento no número de
acidentes, aumento no número de afastamentos e faltas, aumento na
taxa de turn-over, falta de comprometimento das equipes, baixa
atenção e até multas e processos trabalhistas.

O calor excessivo, junto da baixa umidade relativa do ar, é uma das


principais preocupações das indústrias brasileiras e ele pode trazer
muitos problemas aos trabalhadores, como desidratação, fadiga,
desatenção, câimbras, problemas respiratórios e problemas oculares.
Além disso, vários estudos relacionam essas questões a aumento das
chances de AVC e até de alguns tipos de cânceres.
Para resolver toda essa situação, é muito importante que algumas medidas sejam tomadas, como aumentar o número de
paradas durante os turnos de calor mais intenso, promover uma hidratação adequada a todos os trabalhadores, oferecer
equipamento de proteção individual, se atentar ao tipo de uniforme usado e fazer um revezamento das equipes, buscando
expor o mínimo possível seus trabalhadores a essa situação degradante.

Se o problema é algo crônico, contudo, e não está restrito a alguns dias do ano, é necessário rever a estrutura da sua indústria,
analisando os termos técnicos da sua construção e buscando soluções de ventilação que ajudem a promover um conforto
térmico adequado.

Hoje, existem muitas soluções interessantes, como sistemas de resfriamento, de insuflamento e de ventilação. Cada uma
dessas soluções possuem suas vantagens e desvantagens e podem ser mais ou menos indicadas para o seu caso.

Antes de se decidir por alguma, considere as variáveis importantes, como:


• Número de funcionários expostos ao calor excessivo;
• Presença de problemas adicionais como baixa umidade relativa do ar, odores, fumaça,
poeira, entre outros;
• Tipo de construção da fábrica (principalmente os revestimentos usados no telhado);
• Tipo de produção realizada;
• Necessidade de redução da temperatura ou de apenas melhora na sensação térmica;
• Análise da relação de custo-benefício da aplicação do sistema na realidade da sua indústria.
• Lembre-se que, o custo para esses sistemas, com certeza será revertido rapidamente com aumento da produtividade,
redução do número de acidentes, maior comprometimento das equipes e redução da necessidade de contratação de mão-
de-obra extra ou da realização de horas extras, tornando a sua indústria muito mais competitiva.
Sobre a empresa
A Tecvent é referência nacional no desenvolvimento e fabricação de
equipamentos para ventilação industrial e exaustão. Com mais de duas décadas
de experiência, a empresa é responsável por desenvolver projetos para indústrias
e comércios de todos os portes, tamanhos e segmentos, levando mais conforto e
saúde para inúmeros trabalhadores, com projetos que aliam economia a
excelentes resultados.

Temos como objetivo revolucionar o segmento de ventilação industrial e


exaustão, por isso nos empenhamos em satisfazer todas as necessidades dos
nossos clientes, proporcionando aos mais variados ambientes conforto e bem
estar com ventilação sensitiva.

Contamos com soluções inovadoras e inteligentes, desenvolvendo sistemas que


exijam um menor número de intervenções e manutenções, contribuindo, dessa
maneira, para a redução do custo operacional direto, além de trazer vantagens
competitivas comprovadas pelos nossos clientes.

Além de todas essas vantagens, ainda oferecemos um atendimento


especializado, serviços de pós-venda e de engenharia, estudo do ambiente a ser
beneficiado, implantação do projeto e garantia de eficiência de todos os
equipamentos.

Quer melhorar o conforto térmico na sua indústria? Entre em contato agora


mesmo com um dos nossos consultores e saiba como podemos ajuda-lo!

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