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Radiação gama

Radiação gama ou raio gama é um tipo de radiação eletromagnética de alta frequência


produzida geralmente por elementos radioativos, processos subatômicos como a
aniquilação de um par pósitron e elétron. Este tipo de radiação muito energética também é
produzido em fenômenos astrofísicos de grande violência.

Radiação gama
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Física nuclear

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 v
 d
 e

Ilustração da emissão de raios gama a partir do núcleo atômico


Radiação gama ou raio gama (γ) é um tipo de radiação eletromagnética de
alta frequência produzida geralmente por elementos radioativos, processos
subatômicos como a aniquilação de um
par pósitron e elétron. Este tipo de radiação muito
energética também é produzido em Radiação Gama (γ)
fenômenos astrofísicos de grande violência.
Possui comprimento de onda de alguns picômetros até
comprimentos muito menores. Entretanto, as leis da Física deixam de funcionar
em comprimentos menores que 1,6 × 10−35 m, conhecido como comprimento de
Planck, e este é, teoricamente, o limite inferior para o comprimento de onda
dos raios gama.[1][2]
Por causa das altas energias que possuem, os raios gama constituem um tipo
de radiação ionizante. Além disso, os raios gama são capazes de penetrar na
matéria mais profundamente que a radiação alfa ou beta. Por estes dois
motivos, a radiação gama é perigosa aos seres vivos. Devido à sua elevada
energia e alta profundidade de penetração na pele, podem causar danos no
núcleo das células sadias do corpo humano.
Raios gama podem ser usados para esterilizar equipamentos médicos e
alimentos.[3]
A energia deste tipo de radiação é medida em Megaelétron-volts (MeV). Um
MeV corresponde a fótons gama de comprimentos de onda inferiores a  metros
ou frequências superiores a  Hz.

Índice

 1Produção
 2História
 3No espaço
o 3.1Erupções de raios gama
o 3.2Erupções solares
 4Na medicina
 5Ver também
 6Referências
 7Ligações externas

Produção
Os raios gama são produzidos na passagem de um núcleo atômico de um nível
excitado para outro de menor energia, e na desintegração de isótopos
radioativos. Estão geralmente associados com a energia nuclear e aos reatores
nucleares. A radioatividade se encontra no nosso meio natural, desde os raios
cósmicos que bombardeiam a Terraprovenientes do Sol, das estrelas e
das galáxias fora do nosso sistema solar, até alguns isótopos radioativos que
fazem parte do nosso meio natural.

História
Em 1900, o francês Paul Ulrich Villard (1860 - 1934), químico e físico, enquanto
estudava as propriedades dos elementos químicos urânio e rádio no
departamento de química da escola normal da rua d'Ulm, em Paris, descobre
uma radiação misteriosa, que mais tarde seria conhecida como os raios gama.
No estudo, notou-se que essa energianão podia ser desviada de campos
elétricos e magnéticos, supondo-se então que se tratava de radiações
eletromagnéticas.[4]

No espaço

Representação artística de um modelopara as erupções de raios gama.

Os raios gama produzidos no espaço não chegam à superfície da Terra, pois


são absorvidos na parte mais alta da atmosfera. Para observar
o universo nestas frequências, é necessária a utilização de balões de
grande altitude ou observatórios espaciais.[5] Em ambos os casos se utiliza
o efeito Compton para detectar os raios gama, que são produzidos em
fenômenos astrofísicos de alta energia como em explosões de supernovas ou
núcleos de galáxias ativas.[6]
Erupções de raios gama
Ver artigo principal: Erupção de raios gama
Em astrofísica se denominam erupções de raios gama (Gamma Ray Bursts) as
fontes de raios gama que duram alguns segundos ou algumas poucas horas,
sendo sucedidas por um brilho decrescente da fonte em raios X. Ocorrem em
posições aleatórias do céu e sua origem está associada à explosão de
supernovas originando buracos negros ou à colisão de duas estrelas de
nêutrons. No primeiro caso, temos o que chamamos de "pulso longo". No
segundo caso temos a formação de um "pulso curto" de raios gamas. Em todo
caso parecem constituir os fenômenos mais energéticos do universo. [6][7]
Erupções solares
Ver artigo principal: Erupção solar
Os raios gama são também encontrados no sol, devido aos fótons de alta
energia (raios gamas) gerados pela fusão nuclear são absorvidos por núcleos
presentes no plasma solar e emitidos novamente em uma direção aleatória,
dessa vez com uma energia um pouco menor. Depois são novamente
absorvidos e o ciclo se repete. Como consequência, a radiação gerada pela
fusão nuclear no núcleo solar demora muito tempo para chegar à superfície.
Estimativas do tempo de viagem variam entre 10 a 170 mil anos.
Na medicina
Ver também: Medicina nuclear
A radiação gama é amplamente utilizada na radioterapia no tratamento de
enfermidades como o câncer em um processo denominado teleterapia, onde o
paciente é exposto a uma fonte radioativa emissora gama sem que haja
contato físico com a tal fonte por um tempo pré determinado. É utilizado
também em cirurgias sem corte para eliminação de tumores intracranianos que
é feita por um aparelho denominado Gamma Knife. Sua aplicação mais
conhecida é a tomografia por emissão de pósitrons, onde a emissão gama é
direcionada em vários feixes gama em direção a detectores que posteriormente
remontam fatia a fatia toda a estrutura corpórea a ser analisada. [8][9]

Ver também
 Erupção de raios gama
 Fóton
 Radioisótopo
 Radioatividade

Referências
1. ↑ «Radiações»  (PDF)
2. ↑ «RADIAÇÃO GAMA»  (PDF)
3. ↑ «Radiação gama»
4. ↑ Paul Ulrich Villard (em castelhano)
5. ↑ Abdalla, M.C.B.; Villela, T (2005).  Novas Janelas para o Universo. São Paulo:
Editora UNESP. p.  23-26.  ISBN  85-7139-573-X
6. ↑ Ir para:a b «Explosões Cósmicas de Raios Gama»
7. ↑ «Erupção de raios gama»
8. ↑ «Simulação da Atenuação da Radiação Gama em Materiais empregados em
Barreiras em Medicina Nuclear»  (PDF)
9. ↑ «Avaliação dos Efeitos da Radiação Gama nos Teores de Carotenoides, Ácido
Ascórbico e Açúcares do Fruto Buriti do Brejo (Mauritia flexuosa L.)»  (PDF)

Raios gama
FÍSICA
Os raios gama são uma forma de radiação eletromagnética ionizante nociva à saúde e
com alto poder de penetração.
Os raios gama interagem com a matéria arrancando-lhe elétrons.
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 Os raios gama, também chamados de radiação gama, são um tipo


de radiação eletromagnética de alta frequência, que tem alto poder de
penetração na matéria e é nocivo à saúde. A radiação gama é
produzida, na maioria dos casos, pelo decaimento radioativo de
núcleos atômicos instáveis.
Os raios gama são extremamente energéticos e são as ondas com as
maiores frequências de todo o espectro eletromagnético (superiores a
1018 Hz). Esse tipo de radiação é empregado na esterilização de
ferramentas cirúrgicas, na irradiação de alimentos, em cirurgias
complexas e nas observações astronômicas.
Em razão de sua enorme energia, os raios gama podem arrancar
elétrons de diversos materiais, bem como causar danos às moléculas
de DNA dos seres vivos, por isso dizemos que esse tipo de radiação é
ionizante. Os processos pelos quais os raios gama são capazes de
ionizar a matéria são:
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 Efeito fotoelétrico: Nesse processo, os fótons dos raios gama
colidem-se com a superfície dos materiais, ejetando seus elétrons com
energias inferiores à energia dos fótons gama incidentes;
 Espalhamento Compton: Nesse processo, os fótons da
radiação gama são absorvidos pelos átomos que emitem novos fótons
de energia e frequência menor que os fótons incidentes;
 Produção de pares: Quando fótons gama de alta energia
colidem-se com o núcleo atômico, sua energia resulta na geração de
um par elétron-pósitron que se aniquilam, produzindo outros dois
fótons de raios gama de menor energia.
Veja também: Fontes de radiação cotidianas
Propriedades dos raios gama

Os raios gama podem ser medidos por dispositivos como o apresentado na foto.
Por se tratar de uma radiação eletromagnética, os raios gama não
apresentam carga elétrica nem massa. Por não serem dotados de carga
elétrica, os raios gama não podem ser defletidos por campos elétricos
e magnéticos.

Por não apresentarem carga elétrica, os raios gama não são defletidos pelo campo magnético.
Os raios gama propagam-se no vácuo com a velocidade da luz, cerca
de 3,0.108 m/s. Além disso, por se tratarem de ondas, teoricamente, os
raios gama estão sujeitos a todos os fenômenos ondulatórios que
outras frequências de luz exibem, como
a reflexão, refração, difração e polarização.
Entre todas as formas de radiação conhecidas, é a que apresenta o
maior poder de penetração, sendo capaz de se propagar em
praticamente qualquer meio. Para se ter uma ideia, se quisermos
reduzir a intensidade da radiação gama pelo fator 1 bilhão, seria
necessário que ela atravessasse aproximadamente 40 cm de chumbo.

Entre as radiações ionizantes, os raios gama têm o maior poder de penetração.


Veja também: Física Nuclear
Fontes de raios gama
As principais fontes de raios gama são:

 Reações nucleares: A radiação gama é produzida por um


decaimento nuclear de mesmo nome, o decaimento gama, que pode
ocorrer juntamente com os decaimentos alfa e beta. Os fótons dessa
radiação transportam consigo energias da ordem dos megaelétron-
volts (MeV – 106 eV). Confira um exemplo de decaimento nuclear que
resulta na emissão de fótons da radiação gama:

Exemplo de decaimento gama juntamente à emissão de um elétron e um neutrino eletrônico.


 Aniquilação de pares: Quando partículas e antipartículas
encontram-se, como elétrons e antielétrons, elas se aniquilam
produzindo fótons gama de alta energia;
 Raios cósmicos: Raios gama oriundos de todas as direções do
espaço, vindos de outras galáxias ou produzidos por explosões de
estrelas colidem-se com átomos da atmosfera, resultando na produção
de pares que se aniquilam logo em seguida;
 Raios: As descargas atmosféricas são capazes de aquecer os
átomos ao ponto de fazer-lhes emitir breves pulsos de radiação gama;
 Magnetares e pulsares: Pulsares e magnetares são tipos de
estrelas de nêutrons extremamente densos, quentes e que rotacionam
em enormes velocidades, emitindo raios-X e radiação gama pelos seus
polos;

 Erupções solares: A atividade da superfície e atmosfera solar faz


com que o Sol produza uma grande quantidade de raios gama.

Veja também: Conheça a Física moderna


Efeitos dos raios gama
A radiação gama é capaz de produzir diversos efeitos biológicos. No
entanto, esses efeitos são determinados por alguns fatores, como o tipo
do tecido que sofre a irradiação, o tempo de exposição e a intensidade
da radiação.

Quando a radiação gama interage com as moléculas presentes nos


tecidos, ela arranca-lhe elétrons, formando íons. Em alguns casos, as
ligações químicas podem ser rompidas, dando origem a radicais
livres: moléculas capazes de degradar as células e causar danos ao
organismo afetando o processo de divisão celular. As consequências
dessas mutações são o surgimento de tumores, anemias, mutações
genéticas, entre outras.
→ A radiação gama é ionizante?
A radiação é considerada ionizante quando ela é capaz de arrancar
elétrons de átomos e moléculas. Entretanto, diferentes átomos e
moléculas apresentam valores distintos para suas energias de
ionização e, por isso, a definição de radiação ionizante é um pouco
imprecisa.
Porém, sabemos que as ondas de rádio, as micro-ondas, a luz visível e
raios infravermelhos não têm energia suficiente para ionizar
moléculas. Ademais, os tipos de onda que se encontram além da
frequência da luz visível – o ultravioleta, os raios x e os raios gama,
são capazes de ionizar moléculas se a energia de seus fótons tiverem
energias maiores que 10 eV. Portanto, a radiação gama é, de fato, uma
radiação ionizante.

Benefícios e malefícios dos raios gama


Confira alguns benefícios e malefícios no uso da radiação gama:

→ Benefícios
 A radiação gama pode ser usada para esterilizar diversos tipos
equipamentos, matando microrganismos;

 Os raios gama podem destruir tumores de remoção complexa,


reduzindo os riscos cirúrgicos;

 Podemos usar a radiação gama para a irradiação de alimentos,


como os vegetais, matando os microrganismos que reduzem a
validade;

 Pode ser usada para a determinação de diversas características


físicas de materiais sólidos.

→ Malefícios
 O uso da radiação gama deve ser feito com cautela e segurança,
em razão de sua grande capacidade de penetração;

 A radiação gama é ionizante e pode causar danos sérios aos


organismos vivos, como o surgimento de tumores.

Radiação alfa, beta e gama


As radiações alfa, beta e gama são produzidas majoritariamente por
decaimentos nucleares. Enquanto as radiações alfa e beta são
corpusculares (são feitas de partículas), a radiação gama é de natureza
eletromagnética.
 Radiação alfa: é formada por núcleos do átomo de hélio (He), ou
seja, dois prótons e dois nêutrons. Essa forma de radiação apresenta
baixo poder de penetração, no entanto, pode ser ionizante, caso a
energia cinética das partículas alfa seja suficientemente alta.

 Radiação beta: é formada por elétrons. Esse tipo de radiação é


ionizante e apresenta um moderado poder de penetração.

 Radiação gama: é formada por fótons de altas energias e


frequências. Trata-se de uma radiação ionizante e com alto poder de
penetração.

Por Me. Rafael Helerbrock

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou


acadêmico? Veja:

HELERBROCK, Rafael. "Raios gama"; Brasil Escola. Disponível


em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/raios-gama-1.htm. Acesso
em 07 de agosto de 2021.

Detector a cintilação
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Animação de um Contador a Cintilação

O detector a cintilação - também conhecido por cintilador - é um dos


dispositivos de detecção de partículas mais frequentemente e amplamente
utilizado em física nuclear e de partículas atualmente. Esse detector opera
devido ao fato de que certos materiais, quando atingidos por uma partícula
nuclear ou por radiação ionizante, emitem um pequeno raio de luz (fóton), ou
seja, uma cintilação.[1]
O cintilador é um dos mais antigos tipos de detector de radiação, a detecção
era feitas através de um filme fotográfico. Imagens podiam ser recolhidas e
medições de intensidade podiam ser feitas. As medidas eram feitas com o olho
humano observando o brilho da freqüência de flashes no cintilador. O contador
de cintilação, em seguida, passou por uma fase de estagnação tecnológica de
15 anos, enquanto o contador Geiger e os novos produtos eletrônicos
dominaram a cena. O advento do tubo fotomultiplicador provocou o
renascimento do contador de cintilação, e assim novos modelos de expressão
e novos materiais foram desenvolvidos para substituir aqueles herdados do
período clássico.[2]

Índice

 1História
 2Partes e funcionamento
o 2.1Cintiladores
o 2.2Fotomultiplicadora
 3Informações obtidas
o 3.1Sensibilidade à energia
o 3.2Tempo de resposta rápido
o 3.3Discriminação da forma do pulso
 4Ver também
 5Referências

História
Willian Crookes construiu o primeiro contador de cintilação em 1903. Ele
utilizou uma tela sulfeto de zinco e um microscópio para fazer a observação
visual dos flashes de luz quando a radiação ionizante, no caso partículas alfa,
atingisse o material cintilador.[3] Quando visto por um microscópio em uma sala
escura, as cintilações poderiam ser distinguidas a olho nu, embora alguma
prática fosse necessária. Era tedioso de usar,e, por isso, não se tornou muito
popular, apesar de ter sido empregado por Geiger e Mardsen em seu famoso
experimento de espalhamento de partículas alfa, orientados por Rutherford.
Porém, com a invenção dos detectores de ionização de gás, o contador de
cintilação caiu em desuso rapidamente.[1]
Esta era a situação até 1939, mas durante os anos 1939-1945, durante a
guerra, necessidades surgiram na área de instrumentação e essas
necessidades estavam muitas vezes relacionadas a problemas no
desempenho dos instrumentos até então utilizados. Por exemplo, a fragilidade
e a sensibilidade à presença de campos magnéticos se tornou uma objeção ao
uso da câmara de ionização o que limitava seu uso a certos tipos de
investigação. Além disso, experiência e conhecimento considerável eram
necessários por parte dos operadores dos equipamentos. Nesta situação, a
primeira forma simples do contador a cintilação moderno foi introduzido por
Curran e Baker em 1944. Basicamente, o contador foi montado a partir do
antigo contador a cintilação e a ele foi adicionado um tubo fotomultiplicador
capaz de gerar pulsos de corrente, um por cintilação, e isso poderia ser
registrado por uma eletrônica apropriada. [4]

Partes e funcionamento
Um detector a cintilação é constituído geralmente por um material cintilador que
está opticamente acoplado diretamente ou via uma guia de onda à uma
fotomultiplicadora. Quando a radiação passa pelo cintilador, ela excita os
átomos e as moléculas fazendo com que o material cintilador emita luz. Essa
luz é transmitida à fotomultiplicadora onde esse sinal é convertido em uma
fraca corrente de fotoelétrons que será posteriormente amplificada por um
sistema multiplicador de elétrons. A corrente resultante é então analisada por
um sistema eletrônico e dessa forma é possível obter uma variedade de
informações a respeito da radiação incidente. [1]
Cintiladores

Cristal cintilador e em volta detectores a cintilação.

Um cintilador é uma substância sólida ou líquida na qual a energia da radiação


incidente é transferida aos elétrons do material, sendo depois emitida na forma
de radiação eletromagnética de frequência menor. No geral, existem quatro
classes de cintiladores:

 Cristais inorgânicos: NaI, KI, CsI, LiI, usados na detecção de fótons


gama;
 Cristais orgânicos: antraceno, usado na detecção de fótons gama;
 Plásticos: poliestireno, usado para detecção de alfa, beta, gama e
nêutrons;
 Líquidos; soluções de substâncias como 2,5-difeniloxasol em tolueno, p-
dioxano, etc, usados na detecção de partículas beta e fótons gama de baixa
energia.
O mecanismo de cintilação nos sólidos inorgânicos é baseado na disposição
das bandas de energia dos semicondutores. A banda de valência representa os
elétrons essencialmente ligados aos sítios do cristal, enquanto a banda de
condução representa aqueles que têm energia suficiente para migrar através
do cristal. No cristal puro, níveis dos elétrons não são encontrados na banda
proibida.
Como resultado da interação da radiação incidente com o cristal, pode ocorrer
a excitação de elétrons até a banda de condução, deixando lacunas na banda
de valência, normalmente preenchida. No cristal puro, as alturas típicas das
bandas proibidas são tais que os fótons resultantes do retorno do elétron para
a banda de valência têm energia muito acima da região visível do espectro.
Entretanto, a adição de pequenas quantidades controladas de impurezas ao
cristal cira sítios na rede cristalina, cujos estados de energia situam-se na
banda proibida. O elétron pode desexcitar-se através desses estados até a
banda de valência. Como a diferença de energia é menor que a da banda
proibida, essa transição pode resultar num fóton de comprimento de onda no
visível ou no ultravioleta próximo, servindo para o processo de detecção. [5][6]
Fotomultiplicadora

Esquema de uma fotomultiplicadora acoplada a um cintilador.

No contador a cintilação, a fotomultiplicadora desempenha a função muito


importante de converter os flashes de luz a partir da cintilação em pulsos de
corrente. A fim de obter os melhores resultados com um tal contador, é
desejável que a fotomultiplicadora funcione como um amplificador linear rápido
de alto ganho e baixo ruído. O sucesso da aplicação do método de cintilação é
devido, em grande parte, ao fato de que hoje em dia a fotomultiplicadora
consegue cumprir os requisitos anteriores. Os elementos básicos de uma
fotomultiplicadora é um fotocátodo, que serve para converter uma fração dos
fótons incidentes em elétrons, e uma série de dínodos, que amplificam o pulso
inicial de fotoelétrons por emissão secundária [7]

Informações obtidas
Ao se utilizar um detector a cintilação é possível obter diversas informações
sobre a radiação incidente. As principais, que tornam esse tipo de detector
utilizado até os dias de hoje são:
Sensibilidade à energia
Acima de um certo mínimo de energia, a maioria dos cintiladores se comporta
de maneira quase linear em relação à energia depositada, ou seja, a saída de
luz do cintilador é diretamente proporcional à energia excitante. A
fotomultiplicadora também é um dispositivo linear, logo, a amplitude do sinal
elétrico final também será proporcional a esta energia. Isso faz com que o
cintilador possa ser usado como um espectrômetro, embora não seja o
instrumento ideal para esta finalidade.
Tempo de resposta rápido
Detectores a cintilação são instrumentos rápidos no que diz ao seu tempo de
resposta e de recuperação. Essa resposta rápida permite informações de
tempo, ou seja, informações sobre a diferença de tempo entre dois eventos
podem ser obtidos com uma boa precisão. Além disso, o rápido tempo de
recuperação do dispositivo permite que o contador aceite altas taxas de
contagens.
Discriminação da forma do pulso
Alguns tipos de cintiladores são capazes de distinguir os diferentes tipos de
partículas detectadas fazendo uma análise do formato do pulso de luz emitido
durante a cintilação. Isso ocorre por causa dos diferentes tipos de mecanismos
de fluorescência pelas partículas de diferentes potenciais de ionização. [1]

Ver também
 Espectrógrafo
 Cintilografia

Referências
1. ↑ Ir para:a b c d W.R Leo, "Techniques for Nuclear and Particles Physics Experiements",
Springer-Verlag, 1987
2. ↑ J.B. Birks, "Scintillation Counters", McGraw-Hill Book Co, 1953
3. ↑ Stephen A. Dyer, "Wiley Survey of Instrumentation and Measurement", 2001
4. ↑ S.C. Curran, "Luminescence and the scintillation counter", London, Butterworths
Scientific Pulications, 1953
5. ↑ UFRGS, "Detectores de Cintilação", Roteiro de laboratório
6. ↑ Glenn F. Knoll, ''Radiation Detection and Measurement'', Third edition
7. ↑ Arthur H. Snell, "Nuclear Instruments and their uses", John Wiley and sons

O que é contador de cintilação – Detector de


cintilação – Definição
julho 22, 2020 Por Nick Connor

Um contador de cintilação ou detector de cintilação é um detector de radiação que


utiliza o efeito conhecido como cintilação.  A cintilação é um flash de luz produzido em
um material transparente pela passagem de uma partícula.  Dosimetria de Radiação
Aparelho com
cristal cintilante, fotomultiplicador e componentes de aquisição de dados. Fonte:
wikipedia.org Licença CC BY-SA 3.0
Um contador de cintilação ou detector de cintilação é um detector de
radiação que usa o efeito conhecido como cintilação . A cintilação é um flash
de luz produzido em um material transparente pela passagem de uma partícula
(um elétron, uma partícula alfa, um íon ou um fóton de alta energia). A
cintilação ocorre no cintilador, que é uma parte essencial de um detector de
cintilação. Em geral, um detector de cintilação consiste em:
 Cintilador . Um cintilador gera fótons em resposta à radiação incidente.
 Fotodetector . Um fotodetector sensível (geralmente um tubo
fotomultiplicador (PMT), uma câmera de dispositivo acoplado a carga
(CCD) ou um fotodiodo), que converte a luz em um sinal elétrico e
eletrônico para processar esse sinal.
O princípio básico de operação envolve a reação da radiação com um cintilador,
que produz uma série de flashes de intensidade variável. A intensidade dos
flashes é proporcional à energia da radiação. Esse recurso é muito
importante. Esses contadores são adequados para medir a energia da radiação
gama ( espectroscopia gama ) e, portanto, podem ser usados para identificar
isótopos emissores gama.
Os contadores de cintilação são amplamente utilizados em proteção contra
radiação , ensaio de materiais radioativos e pesquisa em física porque podem
ser feitos de maneira barata e com boa eficiência e podem medir a intensidade
e a energia da radiação incidente. Hospitais em todo o mundo possuem
câmeras gama baseadas no efeito de cintilação e, portanto, também são
chamadas de câmeras de cintilação.
As vantagens de um contador de cintilação são sua eficiência e as altas taxas de
precisão e contagem possíveis. Esses últimos atributos são uma conseqüência
da duração extremamente curta dos flashes de luz, de cerca de 10
a 9  (cintiladores orgânicos) a 10 a 6 (cintiladores inorgânicos)
segundos. A intensidade dos flashes e a amplitude do pulso da tensão de
saída são proporcionais à energia da radiação . Portanto, os contadores de
cintilação podem ser usados para determinar a energia, bem como o número,
das partículas excitantes (ou fótons gama). Para espectrometria gama, os
detectores mais comuns incluem contadores de cintilação de iodeto de sódio
(NaI) e detectores de germânio de alta pureza.
Contador de Cintilações – Princípio de Operação
A operação dos contadores de cintilação é resumida nos seguintes pontos:

 Conta
dor de Cintilação – Princípio de Operação. Fonte: wikipedia.org Licença:
Public Domain
A radiação ionizante entra no cintilador e interage com o material do
cintilador. Isso faz com que os elétrons sejam elevados a um estado
excitado .
 Para partículas carregadas, a trilha é o caminho da própria
partícula.
 Para raios gama (sem carga), sua energia é convertida em um
elétron energético via efeito fotoelétrico , espalhamento de
Compton ou produção de pares .
 Os átomos excitados do material cintilador de-excite e
rapidamente emitir um fotão na visível (ou próximo do visível) gama de
luz. A quantidade é proporcional à energia depositada pela partícula
ionizante. Diz-se que o material fluorescente.
 Três classes de fósforo são usadas:
 cristais inorgânicos,
 cristais orgânicos,
 fósforos de plástico.
 A luz criada no cintilador atinge o fotocatodo de um tubo
fotomultiplicador , liberando no máximo um fotoelétron por fóton.
 Usando um potencial de voltagem, esse grupo de elétrons primários é
eletrostaticamente acelerado e focado para atingir o
primeiro dínodo com energia suficiente para liberar elétrons adicionais.
 Esses elétrons secundários são atraídos e atingem um segundo dínodo
liberando mais elétrons. Esse processo ocorre no tubo fotomultiplicador.
 Cada impacto subsequente do dínodo libera mais elétrons e, portanto,
há um efeito de amplificação de corrente em cada estágio do
dínodo. Cada estágio tem um potencial maior que o anterior para
fornecer o campo de aceleração.
 O sinal primário é multiplicado e essa amplificação continua por 10 a 12
estágios.
 No dínodo final , elétrons suficientes estão disponíveis para produzir
um pulso de magnitude suficiente para amplificação adicional. Esse
pulso carrega informações sobre a energia da radiação incidente
original. O número desses pulsos por unidade de tempo também fornece
informações sobre a intensidade da radiação.
Um detector de cintilação ou contador de cintilação é obtido quando um
cintilador é acoplado a um sensor de luz eletrônico, como:
 um tubo fotomultiplicador (PMT),
 uma câmera de dispositivo acoplado a carga (CCD),
 foto-diodo
Todos esses dispositivos podem ser usados em contadores de cintilação e todos
convertem a luz em um sinal elétrico e contêm componentes eletrônicos para
processar esse sinal. Um tubo fotomultiplicador (PMT) absorve a luz emitida
pelo cintilador e a reemite na forma de elétrons pelo efeito fotoelétrico. O PMT
tem sido a principal escolha para detecção de fótons desde então, porque eles
têm alta eficiência quântica e alta amplificação. Ultimamente, no entanto, os
semicondutores começaram a competir com o PMT, o fotodiodo, por exemplo,
que possui maior eficiência quântica na faixa visível e acima, menor consumo de
energia e menor tamanho.
Os fotodiodos a vácuo são semelhantes, mas não amplificam o sinal, enquanto
os fotodiodos de silício, por outro lado, detectam os fótons recebidos pela
excitação de portadores de carga diretamente no silício.
Várias câmeras gama portáteis para geração de imagens médicas
usam detectores baseados em cintiladores e CCD . Nesse caso, um cintilador
converte a radiação incidente (geralmente raios X) em fótons visíveis, que
podem ser detectados diretamente pela câmera CCD.
Observe que o termo eficiência quântica (QE) pode ser aplicado à razão de
fóton incidente a elétron convertido (IPCE) de um dispositivo fotossensível. A
eficiência quântica para o fotodiodo é alta (60-80%) em comparação com o
PMT (20-30%), o que fornece uma resolução de energia mais alta.
Materiais de Cintilação – Cintiladores
Cintiladores são tipos de materiais que fornecem fótons detectáveis na parte
visível do espectro da luz, após a passagem de uma partícula carregada ou de
um fóton. O cintilador consiste em um cristal transparente , geralmente um
fósforo, plástico ou líquido orgânico que fluorescente quando atingido por
radiação ionizante. O cintilador também deve ser transparente às suas próprias
emissões de luz e deve ter um curto período de decaimento. O cintilador
também deve ser protegido contra toda a luz ambiente, para que os fótons
externos não inundem os eventos de ionização causados pela radiação
incidente. Para conseguir isso, uma película fina e opaca, como o mylar
aluminizado, é frequentemente usada, embora deva ter uma massa
suficientemente baixa para minimizar a atenuação indevida da radiação
incidente sendo medida.
Existem basicamente dois tipos de cintiladores em uso comum na física nuclear
e de partículas: cintiladores orgânicos ou plásticos e cintiladores inorgânicos ou
cristalinos.
Cintiladores Inorgânicos

Cristal de cintilação CsI (Tl). Fonte:


wikipedia.de Licença: CC BY-SA 3.0
Cintiladores inorgânicos são geralmente cristais cultivados em fornos de alta
temperatura. Eles incluem iodeto de lítio (LiI), iodeto de sódio (NaI) , iodeto de
césio (CsI) e sulfeto de zinco (ZnS). O material de cintilação mais utilizado é
o NaI (Tl) (iodeto de sódio dopado com tálio). O iodo fornece a maior parte do
poder de parada no iodeto de sódio (uma vez que possui um alto Z = 53). Esses
cintiladores cristalinos são caracterizados por tempos de alta densidade, alto
número atômico e decaimento de pulso de aproximadamente 1 microssegundo
( ~ 10 a 6 segundos) A cintilação em cristais inorgânicos é tipicamente mais
lenta que nos orgânicos. Eles exibem alta eficiência na detecção de raios gama e
são capazes de lidar com altas taxas de contagem. Os cristais inorgânicos
podem ser cortados em tamanhos pequenos e dispostos em uma configuração
de matriz para fornecer sensibilidade à posição. Esse recurso é amplamente
utilizado em imagens médicas para detectar raios-X ou raios gama . Os
cintiladores inorgânicos são melhores na detecção de raios gama e raios X do
que os cintiladores orgânicos. Isto é devido à sua alta densidade e número
atômico, o que fornece uma alta densidade de elétrons. Uma desvantagem de
alguns cristais inorgânicos, por exemplo, NaI, é a higroscopicidade, uma
propriedade que exige que sejam alojados em um recipiente hermético para
protegê-los da umidade.
Cintiladores orgânicos
Cintiladores orgânicos são tipos de materiais orgânicos que fornecem fótons
detectáveis na parte visível do espectro da luz, após a passagem de uma
partícula carregada ou de um fóton. O mecanismo de cintilação em materiais
orgânicos é bastante diferente do mecanismo em cristais inorgânicos. Em
cintiladores inorgânicos, por exemplo NaI, CsI, a cintilação surge devido à
estrutura da rede cristalina. O mecanismo de fluorescência em materiais
orgânicos decorre de transições nos níveis de energia de uma única molécula e,
portanto, a fluorescência pode ser observada independentemente do estado
físico (vapor, líquido, sólido).
Em geral, os cintiladores orgânicos têm tempos de decaimento rápidos
(normalmente de 10 a 8 segundos ), enquanto os cristais inorgânicos são
geralmente muito mais lentos (cerca de 10 a 6 segundos), embora alguns
também tenham componentes rápidos em sua resposta. Existem três tipos de
cintiladores orgânicos:
 Cristais orgânicos puros . Cristais orgânicos puros incluem cristais de
antraceno, estilbeno e naftaleno. O tempo de decaimento desse tipo de
fósforo é de aproximadamente 10 nanossegundos. Este tipo de cristal é
freqüentemente usado na detecção de partículas beta . Eles são muito
duráveis, mas sua resposta é anisotrópica (que prejudica a resolução de
energia quando a fonte não é colimada) e não pode ser usinada com
facilidade, nem pode ser cultivada em tamanhos grandes. Portanto, eles
não são usados com muita frequência.
 Soluções orgânicas líquidas . Soluções orgânicas líquidas são
produzidas dissolvendo um cintilador orgânico em um solvente.
 Cintiladores de plástico . Os fósforos plásticos são produzidos
adicionando produtos químicos de cintilação a uma matriz plástica. A
constante de decaimento é o menor dos três tipos de fósforo, chegando
a 1 ou 2 nanossegundos. Os cintiladores de plástico são, portanto, mais
apropriados para uso em ambientes de alto fluxo e em medições de
alta taxa de dose. O plástico tem um alto teor de hidrogênio, portanto, é
útil para detectores rápidos de nêutrons . É necessário
substancialmente mais energia para produzir um fóton detectável em um
cintilador do que um par de elétrons-íons por ionização (normalmente
por um fator de 10), e como os cintiladores inorgânicos produzem mais
luz que os cintiladores orgânicos, eles são consequentemente melhores
para aplicações com baixas energias .
Tubo fotomultiplicador
Os tubos fotomultiplicadores (PMTs) são um dispositivo de detecção de fótons
que usa o efeito fotoelétrico combinado com a emissão secundária para
converter luz em um sinal elétrico. Um fotomultiplicador absorve a luz emitida
pelo cintilador e a reemite na forma de elétrons pelo efeito fotoelétrico . O PMT
tem sido a principal escolha para detecção de fótons desde então, porque eles
têm alta eficiência quântica e alta amplificação.
Componentes do tubo fotomultiplicador
O dispositivo consiste em vários componentes e esses componentes são
mostrados na figura.

 Aparelho com cristal cintilante,


fotomultiplicador e componentes de aquisição de dados. Fonte:
wikipedia.org Licença CC BY-SA 3.0
Photocathode . Logo após uma fina janela de entrada, existe um
fotocátodo, feito de material no qual os elétrons de valência estão
fracamente ligados e têm uma seção transversal alta para converter
fótons em elétrons pelo efeito fotoelétrico. Por exemplo, Cs 3 Sb (césio-
antimônio) pode ser usado. Como resultado, a luz criada no cintilador
atinge o fotocatodo de um tubo fotomultiplicador, liberando no máximo
um fotoelétron por fóton.
 Dínodos . Usando um potencial de voltagem, esse grupo de elétrons
primários é eletrostaticamente acelerado e focado para atingir o primeiro
dínodo com energia suficiente para liberar elétrons adicionais. Há uma
série (“estágios”) de dínodos feitos de material com função de trabalho
relativamente baixa. Esses eletrodos são operados com potencial cada
vez maior (por exemplo, ~ 100-200 V entre dínodos). No dínodo, os
elétrons são multiplicados por emissão secundária. O próximo dínodo
tem uma voltagem mais alta, o que faz com que os elétrons liberados do
primeiro acelerem em sua direção. Em cada dínodo 3-4 electrões são
introduzidas em cada electrões incidente, e com 6 a 14 dínodos o ganho
total, ou do factor de amplificação de electrões, será na gama de ~ 10 4 -
107 quando atingem o ânodo. As tensões operacionais típicas estão na
faixa de 500 a 3000 V. No dínodo final, elétrons suficientes estão
disponíveis para produzir um pulso de magnitude suficiente para
amplificação adicional. Esse pulso carrega informações sobre a energia
da radiação incidente original. O número desses pulsos por unidade de
tempo também fornece informações sobre a intensidade da radiação.
Eficiência quântica
A sensibilidade de um fotocátodo é geralmente citada em termos de eficiência
quântica . Em geral, o termo eficiência quântica (QE) pode ser aplicado
à razão de fóton incidente para elétron convertido ( IPCE ) de um dispositivo
fotossensível. A eficiência quântica do fotocatodo é definida como a
probabilidade de conversão de fótons incidentes em um sinal elétrico e é
definida como:

A eficiência quântica de qualquer dispositivo fotossensível é uma forte função


do comprimento de onda da luz incidente e é feito um esforço para
corresponder a resposta espectral do fotocatodo ao espectro de emissão do
cintilador em uso. No tubo fotomultiplicador, a eficiência quântica é limitada
a 20 a 30% , mas a eficiência quântica média no espectro de emissão de um
cintilador típico é de cerca de 15 a 20% .
O padrão para cotação é o número de fotoelétrons por perda de energia de keV
por elétrons rápidos em um cintilador NaI (Tl) . Para o pico de eficiência
quântica, são produzidos cerca de 8 a 10 fotoelétrons por cada perda de
energia de keV. Portanto, a perda média de energia necessária para criar um
único fotoelétron é de ~ 100 eV, que é muito maior que os valores em
detectores cheios a gás ou semicondutores.
O PMT tem sido a principal escolha para detecção de fótons desde então,
porque eles têm alta eficiência quântica e alta amplificação. Ultimamente, no
entanto, os semicondutores começaram a competir com o PMT, o fotodiodo,
por exemplo, que tem maior eficiência quântica na faixa visível e acima, menor
consumo de energia e menor tamanho. A eficiência quântica para o fotodiodo é
alta (60-80%) em comparação com o PMT (20-30%), o que fornece uma
resolução de energia mais alta.
Fotodiodos – Contador de Cintilações
Um detector de cintilação ou contador de cintilação é obtido quando um
cintilador é acoplado a um sensor de luz eletrônico, como:
 um tubo fotomultiplicador (PMT),
 uma câmera de dispositivo acoplado a carga (CCD),
 foto-diodo
Todos esses dispositivos podem ser usados em contadores de cintilação e todos
convertem a luz em um sinal elétrico e contêm componentes eletrônicos para
processar esse sinal. Um fotodiodo é um dispositivo semicondutor que converte
luz em corrente elétrica. Este é um dispositivo semicondutor que consiste em
uma fina camada de silício, na qual a luz é absorvida, após a qual são criados
portadores de carga livre (elétrons e orifícios). Um fotodiodo convencional
geralmente se refere a um diodo PIN. PIN significa que os lados d e n dopados
são separados por uma região i empobrecida. Elétrons e orifícios são coletados
no ânodo e no cátodo do diodo. Isso resulta em uma fotocorrente que é a saída
do diodo. A carga, no entanto, não é amplificada, diminuindo a amplitude do
sinal de saída. Isso torna o fotodiodo sensível ao ruído eletrônico. Por outro
lado,
Detecção de radiação alfa, beta e gama usando contador de cintilação
Os contadores de cintilação são usados para medir a radiação em uma
variedade de aplicações, incluindo medidores portáteis de pesquisa de radiação,
monitoramento pessoal e ambiental de contaminação radioativa , imagens
médicas, ensaios radiométricos, segurança nuclear e segurança de usinas
nucleares. Eles são amplamente utilizados porque podem ser fabricados de
maneira barata e com boa eficiência e podem medir a intensidade e a energia
da radiação incidente.
Os contadores de cintilação podem ser usados para
detectar radiação alfa , beta e gama . Eles podem ser usados também para
a detecção de nêutrons . Para esses fins, diferentes cintiladores são usados:
 Partículas Alfa e Íons Pesados . Devido ao alto poder ionizante dos íons
pesados, os contadores de cintilação geralmente não são ideais para a
detecção de íons pesados. Para energias iguais, um próton produzirá de
1/4 a 1/2 da luz de um elétron, enquanto as partículas alfa produzirão
apenas cerca de 1/10 da luz. Onde necessário, cristais inorgânicos, por
exemplo, CsI (Tl), ZnS (Ag) (normalmente usados em chapas finas como
monitores de partículas α), devem ser preferidos aos materiais
orgânicos. O CsI puro é um material cintilante rápido e denso com
rendimento de luz relativamente baixo que aumenta significativamente
com o resfriamento. As desvantagens de CsI são um gradiente de alta
temperatura e uma ligeira higroscopicidade.
 Partículas beta . Para a detecção de partículas beta, cintiladores
orgânicos podem ser usados. Cristais orgânicos puros incluem cristais de
antraceno, estilbeno e naftaleno. O tempo de decaimento desse tipo de
fósforo é de aproximadamente 10 nanossegundos. Este tipo de cristal é
freqüentemente usado na detecção de partículas beta. Os cintiladores
orgânicos , com um Z menor que os cristais inorgânicos, são mais
adequados para a detecção de partículas beta de baixa energia (<10
MeV).
 Raios gama . Os materiais com alto teor de Z são mais adequados
como cintiladores para a detecção de raios gama. O material de
cintilação mais utilizado é o NaI (Tl) (iodeto de sódio dopado com
tálio). O iodo fornece a maior parte do poder de parada no iodeto de
sódio (uma vez que possui um alto Z = 53). Esses cintiladores cristalinos
são caracterizados por tempos de alta densidade, alto número atômico e
decaimento de pulso de aproximadamente 1 microssegundo (~ 10  -
6
sec). A cintilação em cristais inorgânicos é tipicamente mais lenta que
nos orgânicos. Eles exibem alta eficiência na detecção de raios gama e
são capazes de lidar com altas taxas de contagem. Os cristais inorgânicos
podem ser cortados em tamanhos pequenos e dispostos em uma
configuração de matriz para fornecer sensibilidade à posição. Esse
recurso é amplamente utilizado em imagens médicas para detectar raios-
X ou raios gama. Cintiladores inorgânicos são melhores na detecção de
raios gama e raios-X. Isto é devido à sua alta densidade e número
atômico, o que fornece uma alta densidade de elétrons.
 Nêutrons . Como os nêutrons são partículas eletricamente
neutras, elas estão sujeitas principalmente a fortes forças nucleares, mas
não a forças elétricas. Portanto, os nêutrons não são diretamente
ionizantes e geralmente precisam ser convertidos em partículas
carregadas antes que possam ser detectados. Geralmente, todo tipo de
detector de nêutrons deve estar equipado com conversor (para converter
a radiação de nêutrons em radiação detectável comum) e um dos
detectores de radiação convencionais (detector de cintilação, detector de
gases, detector de semicondutores, etc.).  Os nêutrons rápidos (> 0,5
MeV) dependem principalmente do próton de recuo nas reações (n,
p). Materiais ricos em hidrogênio, por exemplo, cintiladores plásticos,
portanto, são mais adequados para sua detecção. Os nêutrons
térmicos dependem de reações nucleares, como as reações (n, γ) ou (n,
α), para produzir ionização. Materiais como LiI (Eu) ou silicatos de vidro
são, portanto, particularmente adequados para a detecção de nêutrons
térmicos.
Espectroscopia gama usando contador de cintilação
Veja também: Espectroscopia gama usando contador de cintilação
Veja também: Espectroscopia gama
Em geral, a espectroscopia gama é o estudo dos espectros de energia de
fontes de raios gama, como na indústria nuclear, investigação geoquímica e
astrofísica. Espectroscópios, ou espectrômetros, são dispositivos sofisticados
projetados para medir a distribuição espectral de potência de uma fonte. A
radiação incidente gera um sinal que permite determinar a energia da partícula
incidente.
Figura: Legenda: Comparação dos
espectros de NaI (Tl) e HPGe para o cobalto-60. Fonte: Radioisótopos e
metodologia de radiação I, II. Soo Hyun Byun, notas de aula. Universidade
McMaster, Canadá.
A maioria das fontes radioativas produz raios gama , que são de várias energias
e intensidades. Os raios gama frequentemente  acompanham a
emissão  de  radiação alfa  e  beta . Quando essas emissões são detectadas e
analisadas com um sistema de espectroscopia, um espectro de energia de
raios gama pode ser produzido. Raios gama de decaimento radioativoestão na
faixa de energia de alguns keV a ~ 8 MeV, correspondendo aos níveis típicos de
energia nos núcleos com vida útil razoavelmente longa. Como foi escrito, eles
são produzidos pela decomposição dos núcleos à medida que passam de um
estado de alta energia para um estado inferior. Uma análise detalhada desse
espectro é normalmente usada para determinar a identidade e
a quantidade de emissores gama presentes em uma amostra e é uma
ferramenta vital no ensaio radiométrico. O espectro gama é característico dos
nuclídeos emissores de gama contidos na fonte.

Spectroscopy using Scintillation Counter


Source:
wikipedia.org License: Public Domain
In general, gamma spectroscopyis the study of the energy spectra of gamma ray
sources, such as in the nuclear industry, geochemical investigation, and
astrophysics. Spectroscopes, or spectrometers, are sophisticated devices designed
to measure the spectral power distribution of a source. The incident radiation
generates a signal that allows to determine the energy of the incident particle.
Most radioactive sources produce gamma rays, which are of various energies and
intensities. Gamma rays frequently accompany the emission of alpha and beta
radiation. When these emissions are detected and analyzed with a spectroscopy
system, a gamma-ray energy spectrum can be produced. Gamma
rays from radioactive decay are in the energy range from a few keV to ~8 MeV,
corresponding to the typical energy levels in nuclei with reasonably long lifetimes.
As was written, they are produced by the decay of nuclei as they transition from a
high energy state to a lower state. A detailed analysis of this spectrum is typically
used to determine the identity and quantity of gamma emitters present in a
sample, and is a vital tool in radiometric assay. The gamma spectrum is
characteristic of the gamma-emitting nuclides contained in the source.
Gamma Ray Spectrometer – Gamma Ray Spectroscope

The gamma spectroscope consists of a suitable scintillator crystal,


a photomultiplier tube, and a circuit for measuring the height of the pulses
produced by the photomultiplier. The advantages of a scintillation counter are its
efficiency and the high precision and counting rates that are possible. These latter
attributes are a consequence of the extremely short duration of the light flashes,
from about 10-9(organic scintillators) to 10-6 (inorganic scintillators) seconds. The
intensity of the flashes and the amplitude of the output voltage pulse are
proportional to the energy of the radiation. The pulses are counted and sorted by
their height, producing a x-y plot of scintillator flash brightness vs number of the
flashes, which approximates the energy spectrum of the incident radiation, with
some additional artifacts. A monoenergetic gamma ray produces a photopeak at its
energy. The scintillation detector also shows response at the lower energies, caused
by Compton scattering, two smaller escape peaks at energies 0.511 and 1.022 MeV
below the photopeak for the creation of electron-positron pairs when one or both
annihilation photons escape, and a backscatter peak. Higher energies can be
measured when two or more photons strike the detector almost simultaneously,
appearing as sum peaks with energies up to the value of two or more photopeaks
added.
The scintillation based spectrometers have the advantage of availability in large size
and high density which can result in high interaction probabilities for gamma rays.
On the other hand, their energy resolution scintillators is poor, when compared to
high purity germanium detectors. Germanium detectors are better choice for
separation of closely spaced gamma energies. The typical energy resolution of a
good germanium system is few tenths of a percent compared to 5-10 % for sodium
iodide.

Gamma Spectrum Structure – The Cobalt-60 Spectrum


Analysis of gamma spectra is very interesting, since it has a structure and workers
must distinguish between true pulses to be analyzed and accompanying pulses
from different sources of radiation. We will show the structure of the gamma
spectrum on the example of cobalt-60 measured by NaI(Tl) scintillation
detector and by the HPGe detector. The HPGe detector allows the separation of
many closely spaced gamma lines, which is very beneficial for measuring multi-
gamma emitting radioactive sources.

Cobalt-60  is an artificial radioactive isotope of cobalt with a half-life of 5.2747


years. It is synthetically produced by neutron activation of cobalt-59 in nuclear
reactors. Cobalt-60 is a common calibration source found in many laboratories. The
gamma spectrum has two significant peaks, one at 1173.2 keV and another
at 1332.5 keV. Good scintillation detectors should have adequate resolution to
separate the two peaks. For HPGe detectors, these peaks are perfectly separated.
As can be seen from the figure, there are two gamma ray photopeaks. Both
detectors also show response at the lower energies, caused by Compton
scattering, two smaller escape peaks at energies 0.511 and 1.022 MeV below the
photopeak for the creation of electron-positron pairs when one or both annihilation
photons escape, and a backscatter peak. Higher energies can be measured when
two or more photons strike the detector almost simultaneously, appearing as sum
peaks with energies up to the value of two or more photopeaks added.

Figure:
Caption: Comparison of NaI(Tl) and HPGe spectra for cobalt-60. Source:
Radioisotopes and Radiation Methodology I, II. Soo Hyun Byun, Lecture Notes.
McMaster University, Canada.
 

General structure of gamma rays spectrum usually has the following principle


features:
 Photopeaks are full energy peaks, that are created, when γ-ray transfers its
full energy (hω −Ebinding) into the sensitive material (scintillation crystal or
germanium crystal). Than a single delta function should be observed in the
spectrum.The cobalt-60 spectrum contains two photopeaks, one at 1173.2
keV and another at 1332.5 keV.
 Compton Continuum. In the crystal, a gamma ray undergoes a number of
interactions, but for intermediate energies compton scattering dominates. In
compton scattering, the incident gamma ray photon is deflected through an
angle Θ with respect to its original direction. The photon transfers a portion
of its energy to the recoil electron. The energy transferred to the recoil
electron can vary from zero to a large fraction (maximum E) of the incident
gamma ray energy, because all angles of scattering are possible.  The size of
the scintillation crystal changes the ratio between photopeak and Compton
continuum. For an infinitely large spherical detector centered around a
source no photons would be able to escape and only a photopeak would be
seen on the spectrum. For very small detectors the chance for a photon to
leave after Compton scattering is high and the Compton continuum would
be large compared to the photopeak.
 Compton Edge.  The Compton edge is a feature of the spectrograph that
results from the Compton scattering in the scintillator or detector. This
feature is due to photons that undergo Compton scattering with a scattering
angle of 180° and then escape the detector. When a gamma ray scatters off
the detector and escapes, only a fraction of its initial energy can be
deposited in the sensitive layer of the detector. It depends on the scattering
angle of the photon, how much energy will be deposited in the detector.
This leads to a spectrum of energies. The Compton edge energy
corresponds to full backscattered photon.  The counts between Compton
edge and the photopeaks are caused by multiple Compton scattering
events, where scattered gamma photon exits the sensitive material.
Sometimes the structure of gamma rays spectrum has the following secondary
features:

 Compton edge of 60Co on


gamma spectrometer Na(Tl).
Backscatter Peak. A Compton backscatter peak is found when γ-rays enter
the material around the detector and are scattered back into the detector.
Gamma photon can interact by Compton mechanism in shield or
surrounding materials and is backscattered out of a material into sensitive
volume. Maximum photon energy in this interaction is ~200 keV regardless
of initial photon energy. This results in a secondary peak at -200 keV.
 X-ray Peaks. When the gamma rays undergoes photoelectric effect in
surrounding materials (for example lead shield) the outgoing X-ray can be
captured again by the detector. This gives an characteristic X-ray peak with
an energy depending on the material it came from. In case of lead the
characteristic X-ray energies is in the 72-84 keV range. Photoelectric
absorption by K-shell electron in lead of shielding, resulting in a K-shell
vacancy. The K -> L transition for lead = 72 keV. If this characteristic x-ray is
absorbed in the crystal then a secondary peak at 72 keV is observed.
 Coincidence Peak.  Simultaneous absorption of two gamma photons in
crystal, resulting in a peak higher in energy than the photopeak. The gamma
photons may result from serial isomeric transitions (e.g. 2 keV plus 1332.5
keV in case of cobalt-60) or simultaneous decays in separate radionuclides
(e.g. 2 x 1173.2 keV in case of cobalt-60).
 Annihilation Peak. For high energy gamma rays (greater than 1.02 MeV),
electron-positron pair production is a possible interaction. But a positron
may then annihilate in the detector or in the surrounding material. If both
0.51 MeV annihilation photons are absorbed in the crystal, a secondary peak
1.02 MeV below the photopeak can be found. If one annihilation photon is
absorbed and the second exits the crystal, then 0.51 MeV is removed from
the photopeak, resulting in a secondary peak 0.51 MeV below the
photopeak. The probability is greater that one annihilation photon will be
absorbed.

Espectro de emissão
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Esta página cita fontes, mas estas não cobrem todo o conteúdo. Ajude
a inserir referências. Conteúdo não verificável poderá ser removido.—
Encontre fontes: Google (notícias, livros e acadêmico) (Março de 2021)

Os espectros de emissão atômicos se baseiam na quantização da energia,


consequência imediata da resolução da equação de Schrödinger.
Os elétrons de um determinado átomo, que se encontram num
determinado nível energético, são elevados a um nível mais alto de energia –
um estado excitado – e retornam ao estado anterior emitindo um fóton, cuja
energia é igual à diferença de energia entre esses dois níveis.
Quantitativamente, a energia do fóton emitido é descrita como:
.
Nessa expressão  é a Constante de Planck,  é a frequência da radiação
emitida,  é a velocidade da luz no vácuo e  é o comprimento de onda da
radiação. Cada elemento tem um espectro de emissão diferente. [1]

Índice

 1Instrumentos
 2O espectroscópio
 3Calibração
 4Alguns dados
 5Referências
 6Ligações externas
Instrumentos
Para chegar a um espectro de emissão, são usados uma ampola com o gás
do elemento químico do qual se quer ter o espectro com dois terminais
metálicos nas suas extremidades que serão conectados por meio de dois fios a
uma fonte de alta tensão de corrente alternada (um VARIAC), para excitar os
elétrons (a matéria no interior da ampola permanece no estado plasma e emite
luz), e um espectroscópio para separar a luz em diferentes raias e determinar
seus comprimentos de onda.

O espectroscópio

Dispersão da luz provocada por um prisma - separa a luz em diverentes raias, no Espectroscópio.

O Espectroscópio (que deve ser calibrado antes da tomada de dados, com uma
referência, como por exemplo, Hélio ou Mercúrio) possui em uma fina fenda por
onde a luz chega e passa por um rede de difração, que desvia os diferentes
comprimentos de onda e incide sobre um filme preto, onde podem ser vistas as
diferentes raias do plasma analisado através de uma ocular. Conforme se varia
o ângulo do prisma, o que implica diferentes comprimentos de onda, pode-se ir
observando as diferentes raias na ocular. No espectroscópio, o botão que é
girado para mudar o ângulo do prisma já vem com o valor para comprimento de
onda, em nanômetros. A ampola deve ser posicionada o mais próximo possível
da fenda e o prisma deve ser girado até que a raia fique exatamente sob um
marcador e o valor deve ser tomado.

Calibração
É usada uma lâmpada de referência, com hélio ou mercúrio, que têm seus
comprimentos de onda tabelados na literatura. Os dados são tomados e a partir
deles, pode ser construída uma tabela com os comprimentos de onda
observados e os de referência. A partir da tabela, é construído um gráfico de
valor observado x valor de referência e a melhor reta passando pelos pontos
será a reta para corrigir os valores observados.

Alguns dados
Espectro de emissão do hidrogênio.

Dados de uma referência para as transições no hélio:


intensidad
 (Å)
e
3964,73 20
4009,27 1
4026,19 50
4026,36 5
4120,82 12
4120,99 2
4143,76 3
4387,93 10
4437,55 3
4471,48 200
4471,68 25
4685,40 6
4685,70 30
4713,15 30
4713,38 4
4921,93 20
5015,68 100
5047,74 10
5411,52 5
5875,62 500
5875,97 100
6560,10 8
6678,15 100
6867,48 3
7065,19 200
7065,71 30

Fluorescência
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Fluorita sob luz branca (esquerda) e de onda curta UV (direita)

Arte em cores fluorescentes. (Artista: Beo Beyond)

Fluorescência é o fenômeno pelo qual uma substância emite luz quando


exposta a radiações do tipo ultravioleta, raios catódicos ou raios X. As
radiações absorvidas (invisíveis ao olho humano) transformam-se em luz
visível, ou seja, com um comprimento de onda maior que o da radiação
incidente.[1][2]
A fluorescência ocorre usualmente em "tempo real", com o material
fluorescente brilhando apenas enquanto exposto à fonte primária de energia,
ao passo que a fosforescência abarca os casos especiais onde a conversão de
energia ocorre lenta e gradualmente por períodos muito posteriores ao término
da exposição à fonte primária.[3]
A fluorescência tem origem nas transições eletrônicas que levam elétrons
previamente deslocados pela radiação incidente a estados excitados na
estrutura da matéria novamente aos estados fundamentais. A fosforescência é
um tipo de fluorescência onde encontram-se envolvidos estados de excitação
eletrônica metaestáveis.[3]

Índice

 1Princípios fotoquímicos
 2Aplicações
 3Fluorescência na natureza
o 3.1Biofluorescência
o 3.2Bioluminescência
o 3.3Biofosforescência
 4Ver também
 5Referências
 6Ligações externas

Princípios fotoquímicos
A fluorescência ocorre quando um elétron de uma molécula, um átomo ou
nanoestrutura relaxa ao seu estado fundamental ao emitir um fóton de luz
depois de ser excitados para um estado quântico mais elevado por algum tipo
de energia.[4]
O comprimento de onda da radiação emitida é sempre maior (possui menor
energia) que o comprimento de onda da radiação incidente, pois há conversões
internas, não radioativas, entre a excitação e a emissão que podem ser
observadas pelo Diagrama de Jablonski.[2]

Aplicações

Neurônios do PVH de ratos Long-Evans marcados com fluoróforo fluoro-gold.

Um exemplo, é o fenômeno que faz com que certos materiais brilhem à


exposição de UV emitida por uma lâmpada "luz negra".
O fenômeno da fluorescência consiste na absorção de energia por um elétron,
passando do estado fundamental (S0) para o estado excitado (S1); este elétron
ao retornar ao estado fundamental é acompanhado pela libertação de energia
em excesso através da emissão de radiação. Na fluorescência todo o processo
ocorre em tempo inferior a 0,00001 segundos. É o mesmo que fosforescência,
só que com um processo rápido.
A diferença relativamente à fosforescência, é que, geralmente, a fluorescência
dura apenas enquanto houver estímulo.
A aplicação mais habitual deste fenômeno são as lâmpadas fluorescentes,
onde uma substância branca que recobre o seu interior de cristal emite luz
quando se cria uma corrente elétrica no interior do tubo. Outro uso prático da
fluorescência é de detectar bilhetes falsos, já que só os verdadeiros levam
impressos uma tinta fluorescente que são visíveis apenas com auxílio de uma
"luz negra".
A fluorescência também é utilizada em pesquisas biofísicas e bioquímicas,
decorrente da sua sensibilidade a polaridade do meio que circunda um
fluoróforo (molécula fluorescente). Considere um sistema líquido composto por
moléculas fluorescentes e um solvente, de modo geral, o momento de dipolo
do fluoróforo pode levar a reorganização dos momentos de dipolo do solvente
que, consequentemente, gerará um campo elétrico reativo. A relaxação da
molécula fluorescente no estado excitado a leva para uma nova configuração,
portanto a energia do fóton emitido será dependente da polaridade do meio que
circunda o fluoróforo.[5]
Outro uso da fluorescência é na pesquisa da área bioquímica. É rotineiro seu
uso como marcadores de moléculas, através da ligação direta ou indireta
(através de anticorpos ligados a fluoróforos). [carece  de fontes]

Fluorescência na natureza
Existem muitos compostos naturais que exibem fluorescência, e eles têm
várias aplicações. Alguns animais do fundo do mar, como o olho-verde, usam
fluorescência.
Biofluorescência
A biofluorescência é a absorção de comprimentos de onda eletromagnética do
espectro de luz visível por proteínas fluorescentes em um organismo vivo e a
emissão de luz em um nível de energia mais baixo. Isso faz com que a luz
emitida seja de uma cor diferente da luz absorvida. [6]
Bioluminescência
A bioluminescência difere da biofluorescência na medida em que é a produção
natural de luz por reações químicas dentro de um organismo, enquanto a
biofluorescência é a absorção e a reemissão de luz do ambiente. [6] Um vaga-
lume e um tamboril são bioluminescentes.[7]
Biofosforescência
A biofosforescência é semelhante à biofluorescência em sua exigência de
comprimentos de onda de luz como um fornecedor de energia de excitação. A
diferença aqui está na relativa estabilidade do elétron energizado. [6]

Ver também
 Espectroscopia de fluorescência
 Radiação ultravioleta
 Lâmpada Fluorescente

Referências
1. ↑ VOGEL, A.R.; MENDHAM, J.; DENNEY, R.C.; BARNES, J.D.; THOMAS, M.
(2002). Análise Química Quantitativa  6 ed. [S.l.]: LTC.  ISBN  9788521613114
2. ↑ Ir para:a b LAKOWICZ, Joseph R (2009). Principles of fluorescence spectroscopy (em
inglês) 3 ed. [S.l.]: Springer.  ISBN  978-0-387-46312-4
3. ↑ Ir para:a b LENZ, Guido (1997).  «Métodos Fotométricos - Biofísica»  (PDF).
Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
4. ↑ Turro, Nicholas J, Modern molecular photochemistry, 1ª edição, University
Science Books, 1991.
5. ↑ Ito, Amando Siuiti (2016). Fluorescência e aplicações em Biofísica. São Paulo:
Livraria da Física. pp.  57–64
6. ↑ Ir para:a b c «Fluorescence in marine organisms». Gestalt Switch Expeditions.
Arquivado do original em 21 de fevereiro de 2015
7. ↑ Utsav (2 de dezembro de 2017).  «Top 10 Amazing Bioluminescent Animals on
Planet Earth». Earth and World (em inglês). Consultado em 30 de março de 2019

Fotomultiplicador

Fotomultiplicador
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Tubos fotomultiplicadores (fotomultiplicadores ou PMTs, abreviados), são


membros da classe de tubos de vácuo e, mais especificamente, fototubos a
vácuo. São detectores de luz extremamente sensíveis nas faixas ultravioleta,
visível e próxima ao infravermelho do espectro eletromagnético. Esses
detectores multiplicam a corrente produzida pela luz incidente em até 100
milhões de vezes (160 dB)[1], em múltiplos estágios de dínodo
(eletrodos especiais), permitindo, por exemplo, que indivíduos sejam
detectados quando o fluxo incidente de luz é baixo.
A combinação de alto ganho, baixo ruído, resposta de alta frequência ou,
equivalentemente, resposta ultrarrápida e grande área de coleta, tem mantido
os fotomultiplicadores como um local essencial em espectroscopia de baixa
luminosidade, microscopia confocal, espectroscopia Raman, espectroscopia de
fluorescência, física nuclear e de partículas, astronomia, diagnósticos médicos,
incluindo exames de sangue, imagens médicas, varredura de filmes
cinematográficos (telecine), interferência de radar e scanners de imagens de
alta qualidade, conhecidos como "scanners de tambor".
Elementos de tecnologia fotomultiplicadora, quando integrados de forma
diferente, são a base dos dispositivos de visão noturna. Pesquisas que
analisam a dispersão de luz, como o estudo de polímeros em solução,
geralmente usam um laser e um PMT para coletar os dados de luz dispersa.
Dispositivos semicondutores, particularmente fotodiodos de avalanche, são
alternativas para fotomultiplicadores; no entanto, os fotomultiplicadores são
especialmente adequados para aplicações que exigem detecção de luz de
baixo ruído e alta sensibilidade, que é colimada imperfeitamente.
Os fotomultiplicadores são tipicamente construídos com um invólucro de vidro,
usando uma vedação de vidro contra metal, extremamente rígida e durável
como outros tubos de vácuo, contendo um fotocátodo, vários eletrodos
(dínodos) e um ânodo. Os fótons incidentes atingem o material do fotocátodo,
que geralmente é uma fina camada condutora depositada por vapor no interior
da janela de entrada do dispositivo. Os elétrons são ejetados dessa superfície
como consequência do efeito fotoelétrico. Um eletrodo de foco concentra o
feixe em direção ao multiplicador de elétrons, onde são multiplicados pelo
processo de emissão secundária.
O multiplicador de elétrons consiste em vários eletrodos chamados dínodos.
Cada um é mantido em um potencial mais positivo que o anterior, por volta de
100 volts. Um elétron primário sai do fotocátodo com a energia do fóton
incidente (cerca de 3 eV para fótons azuis) e se move em direção ao primeiro
dínodo, porque é acelerado por um campo elétrico. Ao atingir o primeiro
dínodo, mais elétrons de baixa energia são emitidos, e esses elétrons, por sua
vez, são acelerados em direção ao segundo dínodo. A geometria do conjunto é
tal que ocorre uma reação em cascata com um número exponencialmente
crescente de elétrons sendo produzidos em cada estágio. O último estágio é
chamado de ânodo, onde a chegada dos elétrons aparece sob a forma de um
pulso de corrente acentuado, facilmente detectável por um instrumento,
revelando a incidência do fóton no fotocátodo, aproximadamente
50 nanosegundos antes.
Fotomultiplicador

Índice

 1História
o 1.1Efeito fotoelétrico
o 1.2Emissão secundária
 2A câmera de televisão
o 2.1Primeiro fotomultiplicador, estágio único
o 2.2Fotomultiplicadores magnéticos (1934 a 1937)
o 2.3Materiais de fotocátodos
o 2.4Materiais da janela
o 2.5Considerações de uso
 3Aplicações
o 3.1Aplicações de alta sensibilidade
 4Referências

História
A invenção do fotomultiplicador baseia-se em duas realizações anteriores, as
descobertas separadas do efeito fotoelétrico e da emissão secundária.
Efeito fotoelétrico
A primeira demonstração do efeito fotoelétrico foi realizada em 1887
por Heinrich Hertz usando luz ultravioleta.[2] Significativo para aplicações
práticas, Elster e Geitel, dois anos depois, demonstraram o mesmo efeito
usando luz visível, atingindo metais alcalinos (potássio e sódio).[3] A adição
de césio, outro metal alcalino, permitiu que a faixa de comprimentos de onda
sensíveis fosse estendida para comprimentos de onda mais longos na porção
vermelha do espectro visível.
Historicamente, o efeito fotoelétrico está associado a Albert Einstein, que se
baseou no fenômeno para estabelecer o princípio fundamental da mecânica
quântica em 1905,[4] uma realização pela qual Einstein recebeu o Prêmio Nobel
de 1921. Vale a pena notar que Heinrich Hertz, trabalhando 18 anos antes, não
havia reconhecido que a energia cinética dos elétrons emitidos é proporcional à
freqüência, mas independente da intensidade óptica. Este fato implicava na
concepção de uma natureza discreta da luz, isto é, a existência de quanta, pela
primeira vez.
Emissão secundária
O fenômeno da emissão secundária (a capacidade de elétrons causarem a
emissão de elétrons adicionais ao colidir com um eletrodo) foi, a princípio,
limitado a fenômenos e dispositivos puramente eletrônicos (não
necessariamente fotossensíveis). Em 1899, o efeito foi relatado pela primeira
vez por Villard.[5] Em 1902, Austin e Starke relataram que as superfícies de
metal impactadas por feixes de elétrons emitiam um número ainda maior de
elétrons.[6] A aplicação da recém-descoberta emissão secundária à amplificação
de sinais só foi proposta após a Primeira Guerra Mundial pelo cientista
da Westinghouse, Joseph Slepian, em uma patente de 1919.[7]

A câmera de televisão
Os ingredientes para inventar o fotomultiplicador foram se unindo durante a
década de 1920, à medida que o ritmo da tecnologia de tubos de
vácuo acelerava. O principal objetivo para muitos, se não a maioria, dos
trabalhadores era a necessidade de uma tecnologia prática de câmera de
televisão. A televisão foi perseguida com protótipos primitivos por décadas,
antes da introdução da primeira câmera viável, em 1934 (o iconoscópio). As
primeiras câmeras de televisão não tinham sensibilidade. A tecnologia
fotomultiplicadora foi desenvolvida para permitir que os tubos de imagem, como
o iconoscópio e, mais tarde, o ortichon, fossem sensíveis o suficiente para
serem práticos. Assim, projetou-se combinar os fenômenos duplos de
fotoemissão com emissão secundária, para criar um fotomultiplicador prático.
Primeiro fotomultiplicador, estágio único
A primeira demonstração documentada do fotomultiplicador remonta às
conquistas iniciais de 1934, por uma equipe da RCA, baseada em Harrison, NJ.
Harley Iams e Bernard Salzberg foram os primeiros a integrar um cátodo de
efeito fotoelétrico e um estágio de amplificação por emissão secundária na
mesma válvula, caracterizando seu desempenho como um fotomultiplicador
(Proceedings of Institute of Radio Engineers - Proc. IRE).[8] O dispositivo
consistia em um fotocátodo semicilíndrico, um emissor secundário montado no
eixo e uma grade coletora em torno do emissor secundário. O tubo teve um
ganho aproximado de oito e operou em frequências bem acima de 10 kHz.
Fotomultiplicadores magnéticos (1934 a 1937)
Na época, o ganho máximo que poderia ser alcançado era de
aproximadamente 10. Ganhos mais altos foram alcançados com os
fotomultiplicadores de múltiplos estágios, nos quais o rendimento poderia ser
multiplicado sucessivamente em várias etapas. O desafio era fazer com que os
fotoelétrons colidissem em eletrodos de voltagem mais alta sucessivamente,
em vez de viajar diretamente para o eletrodo final (ânodo). Inicialmente, este
desafio foi superado usando campos magnéticos fortes para dobrar as
trajetórias dos elétrons. Tal esquema já havia sido concebido pelo inventor J.
Slepian em 1919.  
Materiais de fotocátodos
Os fotocátodos podem ser feitos de uma variedade de materiais, com
diferentes propriedades. Normalmente, os materiais têm baixa função de
trabalho e, portanto, propensos à emissão termiônica, causando ruído e
corrente escura, especialmente os materiais sensíveis ao infravermelho;
resfriar o fotocátodo reduz esse ruído térmico.
Os materiais de fotocátodo mais comuns são: [9]
- Ag-O-Cs (também chamado de S1), sensível de 300 a 1200 nm. Alta corrente
escura; usado principalmente em infravermelho próximo, com o fotocátodo
resfriado;
- GaAs: Cs, arsenieto de gálio ativado por césio, resposta plana de 300 a 850
nm, passando para ultravioleta e para 930 nm;
- InGaAs: Cs, arsenieto de índio-gálio ativado por césio, maior sensibilidade ao
infravermelho do que GaAs: Cs, entre 900–1000 nm, relação sinal / ruído muito
mais alta que Ag-O-Cs;
- Sb-Cs, (também chamado S11) antimônio ativado por césio, usado para
fotocátodos em modo reflexivo; intervalo de resposta de ultravioleta a visível,
amplamente utilizado;
- Bialkali (Sb-K-Cs, Sb-Rb-Cs), antimônio-rubídio ativado por césio ou liga de
antimônio-potássio, com maior sensibilidade e menor ruído. pode ser usado
para o modo de transmissão;
- Bialkali de alta temperatura (Na-K-Sb), pode operar até 175 ° C, usado em
poço de registro, baixa corrente escura à temperatura ambiente;
- Multialkali (Na-K-Sb-Cs), (também chamado S20), ampla resposta espectral
do ultravioleta ao infravermelho próximo, o processamento especial do cátodo
pode se estender até 930 nm, usado em espectrofotômetros de banda larga;
- Solar-cego (Cs-Te, Cs-I), sensível ao vácuo-UV e ultravioleta, insensível à
luz visível e infravermelho (Cs-Te tem corte a 320 nm, Cs-I a 200 nm).
Materiais da janela
As janelas dos fotomultiplicadores atuam como filtros de comprimento de onda;
isso pode ser irrelevante se os comprimentos de onda de corte estiverem fora
da faixa de aplicação ou fora da faixa de sensibilidade do fotocátodo, mas
cuidados especiais devem ser tomados para comprimentos de onda
incomuns. Vidro de borossilicato é comumente usado
para infravermelho próximo a cerca de 300 nm. Vidros de borossilicato ricos
em borato também existem em versões de alta permeabilidade UV e ao redor
de 254 nm.[10] Vidro com muito baixo teor de potássio pode ser usado com
fotocátodos bialkali para baixar a radiação de fundo do isótopo potássio-40. O
vidro ultravioleta permeia luz visível e ultravioleta até 185 nm. Usado em
espectroscopia. A sílica sintética até 160 nm, absorve menos UV do que a
sílica fundida. O selo é vulnerável a choques mecânicos. O fluoreto de
magnésio permeia ultravioleta até 115 nm.
Considerações de uso
Os tubos fotomultiplicadores tipicamente utilizam de 1.000 a 2.000 volts para
acelerar os elétrons dentro da cadeia de dínodos. A tensão mais negativa é
conectada ao cátodo e a tensão mais positiva é conectada ao ânodo.
Fontes de alta voltagem negativas (com o terminal positivo aterrado) são
frequentemente preferidas, porque essa configuração permite que a
fotocorrente seja medida no lado de baixa tensão do circuito para amplificação
por circuitos eletrônicos subseqüentes operando em baixa tensão. No entanto,
com o fotocátodo em alta tensão, as correntes de fuga às vezes resultam em
pulsos indesejados de "corrente escura" que podem afetar a operação. As
tensões são distribuídas aos dínodos por um divisor de tensão resistivo,
embora variações como projetos ativos (com transistoresou diodos) sejam
possíveis. O design do divisor, que influencia a resposta de frequência ou o
tempo de subida, pode ser selecionado para se adequar a diversas aplicações.
Alguns instrumentos que utilizam fotomultiplicadores possuem disposições para
variar a tensão do ânodo para controlar o ganho do sistema.
Enquanto alimentados (energizados), os fotomultiplicadores devem ser
protegidos da luz ambiente para evitar sua destruição por superexcitação. Em
algumas aplicações, essa proteção é realizada mecanicamente por
intertravamentos elétricos ou persianas que protegem o tubo quando o
compartimento fotomultiplicador é aberto. Outra opção é adicionar proteção de
sobrecorrente no circuito externo, de modo que quando a corrente anódica
medida excede um limite seguro, a alta tensão é reduzida.
Se usado em um local com campos magnéticos fortes, que podem curvar a
trajetória de elétrons, os fotomultiplicadores são geralmente blindados
magneticamente por uma camada de ferro macio ou mu-metal. Este escudo
magnético é frequentemente mantido no potencial do cátodo. Quando este é o
caso, a blindagem externa também deve ser isolada eletricamente por causa
da alta voltagem. Fotomultiplicadores com grandes distâncias entre o
fotocátodo e o primeiro dínodo são especialmente sensíveis aos campos
magnéticos.[9]

Aplicações
Fotomultiplicadores foram os primeiros dispositivos de olho elétrico, sendo
usados para medir interrupções em feixes de luz. Os fotomultiplicadores são
usados em conjunto com os cintiladores para detectar radiação ionizante e
radiação de partículas, em experimentos de física. [11] Em laboratórios de
pesquisa, para medir a intensidade e o espectro de materiais emissores de luz,
como semicondutores compostos e pontos quânticos. Como detectores em
muitos espectrofotômetros. São, ainda, usados em vários projetos de
equipamentos médicos, como análise de sangue, para determinar a
concentração relativa de vários componentes, em combinação com filtros
ópticos e lâmpadas incandescentes.
Aplicações de alta sensibilidade
Após 50 anos, durante os quais componentes eletrônicos de estado sólido
substituíram amplamente as válvulas, o fotomultiplicador continua sendo um
componente optoeletrônico único e importante. Talvez a sua qualidade mais útil
seja que ele atue, eletronicamente, como uma fonte de corrente limpa, devido à
alta voltagem, facilitando a extração das minúsculas correntes associadas aos
sinais de luz fraca. Não existe nenhum ruído de Johnson associado a correntes
desses sensores, apesar de serem grandemente amplificadas, por exemplo,
100 mil vezes (isto é, 100 dB) ou mais.
Para fluxos pequenos de fótons, o fotomultiplicador pode ser operado no modo
de contagem Geiger. Assim, o ganho do fotomultiplicador é ajustado de forma
tão alta (usando alta voltagem) que um único elétron resultante de um único
fóton incidente na superfície primária gera uma corrente muito grande no
circuito de saída. No entanto, devido à avalanche de corrente, é necessário um
reset do fotomultiplicador.
Um fotomultiplicador poderá produzir uma pequena corrente mesmo sem
fótons incidentes; isso é chamado de corrente escura. Aplicações de contagem
de fótons geralmente exigem fotomultiplicadores projetados para minimizar a
corrente escura.
No entanto, a capacidade de detectar fótons únicos atingindo a superfície
fotossensível primária revela o princípio de quantização que Einstein
apresentou. A contagem de fótons (como é chamada) revela que a luz, não
apenas sendo uma onda, consiste de partículas discretas (ou seja, fótons).

Referências
1. Decibels are power ratios. Power is proportional to I  (current squared). Thus a current gain of
2

10  produces a power gain of 10 , or 160 dB


8 16

2. H. Hertz (1887). "Ueber einen Einfluss des ultravioletten Lichtes auf die electrische
Entladung". Annalen der Physik. 267 (8): 983–
1000. Bibcode:1887AnP...267..983H.doi:10.1002/andp.18872670827.
3. Elster, Julius; Geitel, Hans (1889). "Ueber die Entladung negativ electrischer Körper durch das
Sonnen- und Tageslicht". Annalen der Physik. 274 (12):
497.Bibcode:1889AnP...274..497E. doi:10.1002/andp.18892741202.
4. A. Einstein (1905). "Über einen die Erzeugung und Verwandlung des Lichtes betreffenden
heuristischen Gesichtspunkt" (PDF).Annalen der Physik. 322 (6): 132–
148.Bibcode:1905AnP...322..132E. doi:10.1002/andp.19053220607. Archived (PDF) from the
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5. Arifov, U. A. (14 December 2013). "Interaction of Atomic Particles with a Solid Surface /
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Атомных Частиц С Поверхностью Твердого Тела". Springer. Archived from the original on 12
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6. H. Bruining, Physics and applications of secondary electron emission, (McGraw-Hill Book Co.,
Inc.; 1954).
7. J. Slepian, Westinghouse Electric, "Hot Cathode Tube" U.S. Patent 1,450,265, Issued April 3,
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8. Iams, H.; Salzberg, B. (1935). "The Secondary Emission Phototube". Proceedings of the IRE.23:
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11. "HP-265 Pancake G-M Probe". www.drct.com.

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