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Colégio Marquês de Olinda

Curso Técnico em Radiologia

Aula 9

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Física e Sinais em RMN

Dra Débora S Perezin


Biomédica Especialista em Imaginologia, Ressonância Magnética e Tomografia
Computadorizada
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

A obtenção de imagens através da Ressonância magnética nuclear


(RMN) pode ser definida como o uso de campo magnético e ondas
de radio para obter uma imagem matemática reconstruída de uma
estrutura anatômica.
PRINCÍPIOS FÍSICOS

A RM é um fenômeno físico que se dá através da atração da


força de ondas eletromagnéticas aplicadas a corpos em
movimento.
Aplicada ao diagnóstico por imagem, a RM acontecerá através
da troca de energia entre os átomos de hidrogênio que é
constituído por ter uma carga positiva em seu núcleo e uma
negativa na sua eletrosfera, apresentando um movimento de
rotação em torno de seu próprio eixo, fenômeno conhecido
como Spin Nuclear, e, com as ondas eletromagnéticas, pelo
campo magnético oscilatório, quando a frequência dessa onda
atingir a mesma frequência do núcleo do átomo de hidrogênio
acontecerá uma troca de energia.
PRINCÍPIOS FÍSICOS

O hidrogênio apresenta um
campo magnético que é formado
pela rotação do próton que é uma
carga positiva em movimento.

O momento magnético do
hidrogênio é denominado vetor
de magnetização efetiva (VME).
O campo magnético estático
externo é designado B0. A
interação do (VME) com o (B0) é
a base da RM.
FÍSICA NA RM

 A- Representação dos
prótons no corpo de forma
aleatória: os vetores se
cancelam não havendo
formação de momento
magnético.

 B- Alinhamento dos prótons


após serem colocados sob
um campo magnético forte
(B 0), criando uma pequena
magnetização de equilíbrio
FÍSICA NA RM

 C- Representação da
precessão dos prótons ao
redor do eixo z do campo
magnético
FÍSICA NA RM

A aplicação de pulsos de radiofreqüência (RF) à amostra, faz com que os núcleos


absorvam energia por ressonância e rompam o alinhamento com B 0.

Quando o pulso de freqüência é subitamente desligado, os núcleos voltam à sua


posição normal, se realinham, e nessa circunstância eles emitem um sinal que é
captado por uma bobina.

E esse sinal é utilizado pelo computador que, através de complexos princípios


matemáticos, o transforma em imagens. O campo externo aplicado ao núcleo
atômico – B, na direção z da figura – é produzido por um aparelho chamado
magneto supercondutor.

Para estudos de proteínas, ele assume valores de 10 a 20 Tesla.


FÍSICA NA RM

Esses pulsos de radiofreqüência são aplicados através de uma


bobina que se adapta a parte do corpo que se quer gerar a
imagem.

Quando o pulso de radiofreqüência é desligado, os prótons de


hidrogênio começam a retornar lentamente aos seus
alinhamentos naturais dentro do campo magnético e liberam o
excesso de energia armazenada.

Ao fazer isso, eles emitem um sinal que a bobina recebe e envia


para o computador, formando o espectro de RMN.
FÍSICA NA RM

Esses pulsos de radiofreqüência são aplicados através de uma bobina


que se adapta a parte do corpo que se quer gerar a imagem.

Quando o pulso de radiofreqüência é desligado, os prótons de


hidrogênio começam a retornar lentamente aos seus alinhamentos
naturais dentro do campo magnético e liberam o excesso de energia
armazenada.

Ao fazer isso, eles emitem um sinal que a bobina recebe e envia para o
computador, formando o espectro de RMN. Freqüências das ondas
eletromagnéticas..
FÍSICA NA RM

A intensidade do sinal da RMN de um determinado tecido está


relacionada com a quantidade de água que estes possuem.

Quanto maior for o conteúdo em água, mais forte é o sinal da


RMN e melhor a imagem resultante.

Os tecidos com lesões têm alteração no conteúdo de água, e


normalmente têm mais água que um tecido saudável.
FÍSICA NA RM

O hidrogênio (H) é o átomo mais


simples, e o mais importante para RM. Está
presente em grande abundância nos sistemas
biológicos (humanos possuem cerca de 2/3 de
átomos de H pelo corpo).

A Ressonância Magnética emprega um ímã de


supercondução e sinais de radiofrequência para
fazer com que os núcleos de hidrogênio emitam
seu próprio sinal.
Os computadores utilizam estes Sinais para
construir imagens seccionais detalhadas do
corpo.
FÍSICA NA RM

Magnetização longitudinal Relaxação longitudinal (T1)


Magnetização transversal Relaxação transversal (T2)
FÍSICA NA RM

Em T1, os componentes
cranianos são observados em
ordem decrescente de
intensidade: gordura (branca),
substância branca (cinza claro),
substância cinzenta (cinza
escuro), líquor (preta).

Basicamente temos água com


imagem escura e tecido adiposo com
imagem brilhante (Tecido claro e
líquido escuro);
FÍSICA NA RM

Em T2, observamos os componentes


cranianos em ordem decrescente de
intensidade: líquor (branca),
substância cinzenta (cinza claro),
substância branca (cinza escuro),
gordura (preta).

Basicamente temos água com imagem


brilhante e tecido adiposo com imagem
escura. (líquido claro e tecido escuro);
FÍSICA NA RM

Contraste tipo Densidade de Prótons é o


Intermediário entre T1 e T2 (isointensos)
-Áreas com elevada DP (brilhantes);
-Áreas com baixa DP (escuras).

Podemos classificar as imagens como:


- Brilhantes: se o sinal for intenso;
- Escuras: se o sinal for fraco;
- Tons de cinza intermediários devido às
variações na intensidade do sinal (DP).
FÍSICA NA RM

A cor obtida em T2 é oposta à obtida em T1.


O Contraste da Imagem

É a discriminação entre os tecidos. As imagens obtêm contraste pelos


mecanismos de recuperação T1, declínio T2 e densidade de prótons (DP) de
um tecido que é o número de prótons por unidade de volume deste tecido.
O contraste nas imagens se baseia na diferença de intensidade do sinal em
áreas de estrutura diferentes.

Uma área tem contraste quando apresenta:


- áreas de sinal intenso (HIPERSINAL);
- áreas de sinal intermediário (ISOSINAL);
- áreas de sinal fraco (HIPOSINAL).
SEQUÊNCIAS DE PULSO

A forma como os pulsos de RF são aplicados influenciam o


contraste das imagens. É possível a partir da aplicação de pulsos
de diferentes ângulos obter diferentes contrastes entre os
tecidos.

Alguns conceitos são importantes para uma boa compreensão


da dinâmica das sequências.
TEMPO DE REPETIÇÃO (TR) E TEMPO DE ECO (TE)

 Após o pulso de RF de 90 , os H+ irão perder a coerência muito rapidamente,


por isso é dado outro pulso a seguir, agora de 180 que vai inverter o vetor de
magnetização transversal, demorando mais para voltarem ao estado básico.

O TR indica o tempo entre o primeiro pulso de 90 até ser dado o próximo pulso
de 90. Representa o intervalo entre a aplicação do pulso inicial de RF (ou
excitação) e o próximo pulso inicial.

TE é o tempo medido do pulso de 90 até a amplitude máxima de sinal (eco) de


RM, na prática, é o tempo entre a aplicação do pulso de RF de 90º e o pico do eco
(sinal) que será lido na bobina.
TEMPO DE REPETIÇÃO (TR) E TEMPO DE ECO (TE)

TR controla a magnetização longitudinal ou a ponderação T1

TE controla a magnetização transversal ou a ponderação T2


Tempo de Repetição (TR)

 É o intervalo de tempo entre um pulso de 90 (1ª excitação) e outro pulso


de 90 (2ª excitação).

 O TR estabelece o quanto de magnetização longitudinal se recuperou


entre sucessivos pulsos de 90º
Tempo de Repetição (TR)
Tempo de Eco (TE)

 É o intervalo de tempo entre um pulso de 90 e a leitura do sinal (eco).

 É o intervalo de tempo entre a aplicação do pulso de RF e o valor máximo


do sinal induzido nas bobinas.
 O TE determina o quanto de relaxação no transversal (T2) estará presente
no eco, ou seja, o tempo em que os prótons se realinham.
Tempo de Eco (TE)
Tempo de Eco (TE) e Tempo de Repetição (TR)
SPIN ECO (SE)

 É definido por um pulso de 90 seguido por um pulso de refasamento de


180 .

 Sua desvantagem é demorar mais tempo mais completar a sequência, por


apenas um pulso de refasamento de 180º.
SPIN ECO (SE)
SPIN ECO (SE)
FAST SPIN ECO (FSE) OU TURBO SPIN ECO (TSE)
FAST SPIN ECO (FSE) OU TURBO SPIN ECO (TSE)
FAST SPIN ECO (FSE) OU TURBO SPIN ECO (TSE)
STIR (Short TI Inversion- Recovery)
inversão-recuperação com tempo de inversão curto
STIR (Short TI Inversion- Recovery)
inversão-recuperação com tempo de inversão curto
FLAIR (fluid atenuated acquision in inversion recovery)
SEQUÊNCIA ECO DE GRADIENTE OU FAST FILD ECHO
(FFE)
SEQUÊNCIA ECO DE GRADIENTE OU FAST FILD ECHO
(FFE)
SEQUÊNCIA ECO DE GRADIENTE OU FAST FILD ECHO
(FFE)
SEQUÊNCIA ECO DE GRADIENTE OU FAST FILD ECHO
(FFE)
OBRIGADA

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