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FÍSICA E FORMAÇÃO DA IMAGEM EM RM contrária (antiparalelamente) .

A orientação paralela é a de menor energia


potencial e, portanto, representa a situação mais estável. Na orientação
As partículas elétricas, prótons e elétrons, possuem um movimento antiparalela os prótons encontram-se num estado excitado possuindo uma
giratório em torno do próprio eixo (Spin). Ou seja, os prótons giram como maior energia potencial, superior à energia do estado paralelo.
se fossem planetas. Este movimento acaba por fazer com que os elétrons
e prótons transformem-se em pequenos ímãs, conhecidos por dipolos. Os prótons escolherão a orientação que exija menor energia potencial;
assim uma maior quantidade de prótons ocupará o nível mais baixo de
O núcleo mais simples é o do hidrogênio, o qual consiste em um único energia, isto é, terão seus momentos magnéticos orientados em direção ao
próton. Os prótons e os nêutrons têm uma propriedade chamada spin ou campo magnético.
momento angular que nada mais é do que uma rotação similar à rotação
da Terra sob o seu próprio eixo. Em adição ao seu spin, o próton tem Porém, se colocados em um campo magnético externo (Bo) poderoso, os
também um momento magnético, o que significa que ele se comporta spins se alinham na mesma direção do campo magnético, no mesmo
como um magneto. sentido do seu vetor ou em sentido contrário. E B1: pulso de frequência
que corresponde a WL.
O segredo da imagem por ressonância magnética está no fato de um corpo
magnetizado precessar ao redor de um forte campo magnético estático Colocando um paciente no campo magnético de uma unidade de
(sem alteração). Este fenômeno de precessão ocorre sempre que uma Ressonância Magnética, o próprio paciente transforma-se num ímã, isto é,
força externa age sobre um objeto em rotação, ou seja, é a oscilação em adquire um campo magnético próprio. Nele, os vetores dos prótons que
torno de um eixo o campo magnético aplicado a Bo, onde oscilam a alguns não se cancelam entre si, somam-se. E por estar essa magnetização
graus de distância do eixo central. A frequência de precessão é conhecida direcionada ao longo do campo magnético externo é denominada de
como frequência de Larmor, sendo proporcional à potência do campo. magnetização longitudinal. ]

Esse pulso de radiofreqüência de Larmor, denominado pulso de 90 graus, Prótons em um tecido tendem a alinhar-se nos campos magnéticos
é aplicado por tempo suficiente para desviar a magnetização longitudinal externamente aplicados agindo como pequenos magnetos resultando em
(Mo) exatamente 90 graus no plano transverso onde ela pode ser medida um vetor. Vetor efetivo de campo magnético Mo é a soma de todos as
e reconstruída para se obter uma imagem. rotações magnéticas rotacionais com uma seta ou vetor único, parelalo á
Bo.
Os prótons agem como pequenos ímãs - alinham-se espontaneamente ao
longo das linhas de força do campo magnético externo. Os prótons, no Este vetor magnetização será o responsável pela geração da imagem, no
entanto, podem orientar seus momentos magnéticos em duas direções: momento em que ele receber a energia proveniente da onda
em direção ao campo magnético externo (paralelamente) ou em direção eletromagnética gerada pela bobina.
Suscetibilidade magnética – grau em que um tecido responde ao campo
magnético aplicado.
Sistema de gradientes do Campo Magnético

O sistema para localizar espacialmente o sinal é preciso localizá-los em


Para ter sinal de RM o vetor de magnetização efetivo deve ser reorientado
relação aos três eixos do plano ortogonais através de uma codificação que
ao plano transversal, onde vai produzir sinal nas bobinas de
possibilita a sua identificação tridimensional aonde quer que ele se
radiofrequência, sendo que para isto ocorra é necessário aplicar um
encontre. Esta codificação que permite a localização de um ponto do
segundo campo magnético. Também é necessário trazer os prótons a um
paciente em relação aos eixos das imagens é uma tarefa executada pelos
alinhamnto de fase( todos em rotações juntos).
gradientes.
Transmissão de energia  recepção de energia
O magneto coloca o paciente num campo magnético estável e muito
= a geração de energia por RF é concebida como a emissão de energia intenso, enquanto que os magnetos criam um campo variável. Os
quando os núcleos passam ao estado de menor energia, similar aos Raios gradientes são produzidos ao longo do eixo do paciente (eixo z) por duas
–X. bobinas, a corrente flui em direções opostas criando um campo magnético.

Tipos de Magnetos: Ccontrolam três conjuntos de bobinas independentes e não refrigeradas


pelo sistema de criogenia (hélio) que irão produzir uma pequena variação
1) Magnetos de resistência com núcleos de ar (MRNA): são no campo magnético o mais linear possível numa dada direção (x, y ou z).
contituídos de quatro bobinas coaxiais. Necessita de resfriamento
hídrico para remover a carga térmica. Até 0.2T. Os dois gradientes ortogonais restantes são produzidos com arranjos de
2) Magnetos super condutores: é ao longo do orifício tubular do bobinas (x/y). Combinando-se os três sistemas de fios gradientes é possível
magneto. Resfrias as bobinas com o zero absoluto com hélio ou gerarem gradientes lineares em cada um dos eixos ortogonais.
nitrogênio liquído. Uma camada de hidrogênio é usado como
As tarefas principais são:
isolante.
3) Magnetos de resistência com núcleo de ferro (híbridos): 1) Seleção de cortes;
necessidade de força e resfriamento menor. Podem ser montados 2) Localização espacial de um sinal ao longo do eixo da anatomia;
no local. Até 0,6T.
Tipos de gradientes:

1) X : altera o campo e a frequência ao longo do campo horizontal – Tipos de Bobinas


cortes coronais.
2) Y: altera o campo e a frequência ao longo do eixo vertical – cortes 1) Bobina de superfície: melhoram a qualidade de formação da
coronais. imagem e a relação sinal ruído. Melhor resolução espacial e é
3) Z: altera o campo e a frequência ao longo do eixo longitudinal – voltada para estruturas próximas da superfície.
cortes axiais. 2) Bobina de superfície (receptora): se ajustam de forma
anatômica aos diferentes órgãos, quanto menor for e melhor
Sistema de Radiofrequência/Bobina envolver o órgão, melhor vai ser o estudo. Melhora a relação
sinal ruído.
Finalidade de aplicar ao paciente pulsos de RF e também detectar 3) Bobina de quadrantura: duas ou mais bobinas de superfície
o sinal de magnetização trasnversa. Tem como primeira função conjugada de tal forma a obter simultaneamente o sinal de
sintetizar e transmitir o sinal de RF à frequência ressonante pela uma mesma região, melhor relação sinal ruído quando
bobina transmissora ao espécime de estudo. comparada às bobinas de superfície comum.
4) Bobinas de corpo: localizada no corpo do próprio magneto,
Devem funcionarr apenas durante a fase de transmissão de RF de grandes dimensões, utilizadas em exames que requerem
estando desativadas durante o processio de recepção de sinal. grandes campos de exploração - FOV >30cm.
5) Bobina de arranjo de fase: São bobinas transceptoras
(transmissão e recepção sinal de RF) construídas com
múltiplos receptores de sinais que aumenta a qualidade da
Relação Sinal Ruído(RSR) imagem.

Vários ruídos acontecem – influência térmica, artefatos devido a


movimentos do paciente. Um campo magnético mais forte no trará
mais precisão. Quanto maior o seu valor, menor sera a influência
dos fatores que contribuem para a degradação da imagem.

O ruído se caracteriza por uma imagem granulada que se sobrepõe Leo


à imagem real do objeto, dificultado a sua vizualização.

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