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Ressonância

Magnética Nuclear

1
Introdução
• Utilização de RMN : Física, Química, Biologia, Bioquímica, Medicina;

• Propriedades magnéticas de núcleos Atômicos;

• Técnica não destrutiva;

• Fase líquida e fase sólida;

• Apresenta muita informação;

• Técnica pouco sensível

• Utilização rotineira

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Introdução
A Espectroscopia é uma técnica de análise da estrutura das moléculas,
geralmente com base nas diferenças de absorção de radiação
eletromagnética.

As mais importantes na química orgânica:


1. Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear
2. Espectroscopia de infravermelho IV
3. Espectroscopia de ultravioleta (UV)
4. Espectroscopia de Massas (EM)

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Interação
“A realização de um experimento de RMN pressupõe a existência
de uma interação entre o
núcleo atômico e os campos eletromagnéticos presentes nas
suas vizinhanças, tais como os que
existem em uma molécula ou em uma rede cristalina ou ainda os
de origem externa”

4
Interação= momentos multipolares eletromagnéticos do núcleo

• momento de dipolo magnético


(que governa a interação do núcleo com campos magnéticos)

• momento de quadrupolo elétrico


(responsável pela interação com gradientes de campo elétrico).

Relacionam-se com o número quântico I (inteiro ou semi-


inteiro), denominado de spin nuclear

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Spin nuclear= energia magnética nuclear = 2I + 1,

Explica a possibilidade ou não de ocorrência do fenômeno de


RMN (apenas núcleos com I diferente de zero apresentam essa
possibilidade)

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Particulas subatomicas podem ser imaginadas [eletrons,
protons (=nucleons) e neutrons] as spinning (girando) sobre
seus eixos.

A maioria dos atomos tem spin (giro) neutro – no spin


Regra:
Se o nº de neutrons e o nº de protons são AMBOS pares, o núcleo NÃO TEM
spin.

Se o nº de neutrons MAIS o nº de protons É IMPAR, o núcleo tem spin NÃO-


INTEIRO (i.e. 1/2, 3/2, 5/2)

Se o nº de neutrons e o nº de protons são AMBOS impares, o núcleo tem spin


inteiro (i.e. 1, 2, 3)

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Ressonância magnética nuclear (RMN)

Introdução

Raios-X são as radiações mais energéticas e que causam ionização;


Radiação na região UV-Vísivel: causam transições electrônicas


dentro das moléculas;


Radiação na região do IV: causam vibrações moleculares

Radiação na região da rádio frequência: (são de baixíssima


energia) causam transições de spin nuclear. São usadas no RMN.


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Ressonância magnética nuclear (RMN)

Ressonância magnética nuclear (RMN) é uma técnica que


permite determinar propriedades de uma substância através do
correlacionamento da energia absorvida contra a frequência, na faixa de
megahertz (MHz) do espectro eletromagnético, caracterizando-se como
sendo uma espectroscopia.

Usa as transições entre níveis de energia rotacionais dos núcleos


componentes das espécies (átomos ou íons) contidas na amostra. Isso dá-se
necessariamente sob a influência de um campo magnético e sob a
concomitante irradiação de ondas de rádio na faixa de frequências acima
citada.

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Spins nucleares

Muitos núcleos atômicos giram em torno de um eixo e, portanto, têm um spin


nuclear.
A diferença de energia é
proporcional à força do
campo magnético.

A existência desses dois


estados de energia diferentes
é a condição necessária para
a espectroscopia.

A irradiação da amostra na
frequência exata para igualar
a diferença de energia entre
os estados α e β produz a
ressonância, isto é,
absorção de enrgia ΔE,
quando um hidrogênio β
“inverte-se” e passa ao
estado de spin α.

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No estado normal,
a orientação dos spins é aleatória

Núcleos com uma massa ou número atômico


ímpar possuem "spin nuclear "

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Na presença de um campo magnético,
os spins se orientam na direção do campo
B0 N

spin, I, tem 2I + 1 orientações


possíveis

S
Nº quântico magnético
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Os spins tambem precessam ao redor do campo
Precessão – inclinação do eixo

B0

http://www.youtube.com/watch?v=cquvA_IpEsA&feature=fvwrel

http://www.youtube.com/watch?v=s0sUNRtteVk
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Ressonância magnética nuclear (RMN)
Quando a emissão de RF é desligada, os protons tendem a retornar
ao estado de menor energia. Esta “relaxação” ao estado onde seus
spins ficam paralelos ao campo magnetico estático, produz uma
pequena quantidade de radiação RF, a qual é detectada como o sinal
do RMN.
2 constantes de tempo diferentes sao tipicamente observadas:

T1 - longitudinal time constant. It is also called the spin-lattice (longitudinal) relaxation


time. (spin-rede)
T2- It is also called the spin-spin (transverse) relaxation time.

T1 e T2 são captadas e convertidas em FID – Free induced decay


- Decaimento livre de indução
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Depois da devida amplificação, a rf é medida em
intervalos muito curtos de tempo. Cada medida é
armazenada em uma posição de memória do
computador.

Ao fim de 2-3 min. o computador


armazenou milhares de medidas, cujos pontos,
representados de forma consecutiva, formam uma função
senoidal completa, denominada FID.

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Quando a aquisição ( AQ) é terminada, se da
um novo pulso de rf e se mede de novo a
relaxação.
O FID obtido se soma a anterior.
A cada 2-3 min registramos um FID que
somamos ao anterior. Ao fim de 1 h por
exemplo, temos somado 1200-1800 FID,
dependendo da AQ. Isto faz com que se
possa obter espectros com pequenas
quantidades de amostra (1 mg) e de núcleos
de pequena abundancia natural (como o
13C).

O FID é por tanto uma medida da volta ao equilíbrio.


Para isso, o sinal de rf é convertido (digitalizado) em milhares de pontos (TD) durante o tempo
de medida, denominado tempo de aquisição (AQ). O FID é constituído por uma composição de
sinais senoidais, cada um correspondente a um sinal do espectro. Este sinal necessita de um
tratamento posterior para ser convertido em espectro.

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Jean Baptiste Joseph Fourier
21/03/1768 (Auxerre)
16/05/1830 (Paris)

A aplicação da
Transformada de
Fourier, proporcionou
velocidade dessa
técnica, como também,
o acúmulo de múltiplos
pulsos do mesmo
espectro aumenta a
sensibilidade.
As frequências vão se acumulando em um Decaimento Livre de Indução (FID) e
podem ser reveladas em espectro, mediante uma operação matemática: transformada
de Fourier (FT). Após a aplicação da equação integral completa FT a cada ponto do
FID, se obtém um novo conjunto de pontos, que é o verdadeiro espectro.

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Ressonância magnética nuclear (RMN)
Finalmente, o espectro...

Não deveria ter um sinal só?


Por que ele tem vários sinais?
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Por que um espectro de RMN tem vários sinais?
Cada núcleo sofre influencia da
eletrosfera: blindagem eletrônica:
↑blindagem ↑densidade ē
ē produzem seu próprio
campo magnético,
modificando o campo
induzido

frequencia

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Blindagem Magnética
➢ A posição de uma absorção na RMN também chamada de Deslocamento
Químico, depende da densidade de elétrons em torno do hidrogênio.

➢ Os hidrogênios ligados estão cercados por orbitais cuja densidade eletrônica


varia, dependendo da polaridade da ligação, da hibridação do átomo a ele
ligado e da presença de grupos doadores ou aceitadores de elétrons.

➢ O grau de blindagem depende da densidade eletrônica em torno do núcleo.


A adição de elétrons aumenta a blindagem, a remoção de elétrons provoca
a desblindagem.

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Prótons em uma molécula

• Dependendo do seu ambiente químico, os


prótons em uma molécula são protegidos por
diferentes quantidades.

Maior blindagem,
absorve em campo forte
Menor blindagem,
absorve em campo fraco

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Qual o efeito da blindagem sobre a posição relativa
de uma absorção de RMN?

✓ A blindagem desloca o pico de absorção para direita do espectro,


e a desblindagem para esquerda.

✓ Ou, a blindagem do o pico está em campo mais alto, ou


deslocado para o campo alto (á direita). Por outro lado, a
desblindagem faz o sinal aparecer em campo mais baixo (à
esquerda)

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Porque um espectro de RMN tem vários sinais?
Consequentemente, o deslocamento químico é função do núcleo e seu ambiente
químico

Mesmo ambiente, mesmo ;


Ambientes ≠,  ≠

HO-CH2-CH3

Freqüência maior Velocidade de precessão


Freqüência menor

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e ainda…a área ou altura dos sinais é proporcional a quantidade
de núcleos:
 Integração das áreas dos sinais = nº de hidrogenios

HO-CH2-CH3
A área sob cada sinal em um
espectro de RMN de 1H é 3
proporcional ao número de
átomos de hidrogênio que
produzem esse sinal.
2
1

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Sinais de RMN
• O número de sinais mostra quantos tipos diferentes de hidrogênios (prótons) estão
presentes.

• A localização dos sinais mostra como o núcleo do hidrogênio é protegido ou


desprotegido.

• A intensidade do sinal mostra o número de prótons desse tipo.

• A divisão do sinal mostra o número de prótons nos átomos adjacentes.

• Um sinal com um deslocamento químico mais à esquerda no espectro do que outro


sinal (isto é, com um valor de δ ou ppm mais alto) tem uma frequência mais alta.

• Um sinal à direita de outro sinal tem uma frequência mais baixa.

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Sinais de RMN

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Sinais de RMN
Desblindagem cumulativa nos
clorometanos

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Sinais de RMN

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Sinais de RMN
Ex: Em que faixa de ppm você esperaria encontrar os prótons de: (a) acetona
(CH3COCH3) e (b) etanol?

a) A acetona é uma cetona tendo átomos de hidrogênio nos carbonos adjacentes ao seu
grupo carbonila.
➢ As cetonas são listadas na Tabela 9.1 como uma subestrutura representativa cujos prótons
têm uma faixa de deslocamento químico de 2,1–2,6 ppm. Assim, esperamos o sinal de
RMN de prótons da acetona no intervalo de 2,1–2,6 ppm. Haverá um sinal para todos os
átomos de hidrogênio na acetona porque, devido à rotação livre, eles podem ocupar
ambientes magnéticos equivalentes em um dado instante qualquer.

b) É esperado que o etanol apresente três sinais no RMN de próton, um para cada um dos
seus três ambientes de hidrogênio distintos. O etanol contém um próton de hidroxila de
álcool, que a Tabela 9.1 lista na faixa de 0,5–6,0 ppm; dois prótons no carbono adjacente ao
grupo hidroxila, que, de acordo com a Tabela 9.1 esperamos no intervalo de 3,3–4,0 ppm; e
um grupo metila que não está ligado a nenhum grupo funcional, que, como um grupo alquila
primário, deve aparecer no intervalo de 0,8–1,2 ppm.

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adicionalmente, os sinais se desdobram em função dos
núcleos vizinhos:

 Multiplicidade dos sinais

HO-CH2-CH3

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Acoplamento (Desdobramento do Sinal)

O acoplamento é provocado pelo efeito magnético de átomos de hidrogênio não


equivalentes que estão a uma distância de 2 ou 3 ligações dos hidrogênios que
produzem o sinal.

➢ O efeito dos hidrogênios próximos é desdobrar (ou se acoplar com) os níveis


de energia dos hidrogênios cujo sinal está sendo observado, e o resultado é um
sinal com picos múltiplos.

➢ Um grupo de átomos equivalentes produz um sinal que pode ser desdobrado


em múltiplos picos

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Acoplamento (Desdobramento do Sinal)
O acoplamento é provocado pelo efeito magnético de átomos de hidrogênio não
equivalentes que estão a uma distância de 2 ou 3 ligações dos hidrogênios que
produzem o sinal.

➢ O efeito dos hidrogênios próximos é desdobrar (ou se acoplar com) os níveis


de energia dos hidrogênios cujo sinal está sendo observado, e o resultado é um
sinal com picos múltiplos.

➢ Um grupo de átomos equivalentes produz um sinal que pode ser desdobrado


em múltiplos picos

➢ O acoplamento típico que observamos é de hidrogênios não


equivalentes vicinais, isto é, de hidrogênios ligados a carbonos adjacentes,
separados por três ligações dos hidrogênios que produzem o sinal

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Acoplamento (Desdobramento do Sinal)
O acoplamento é provocado pelo efeito magnético de átomos de hidrogênio não
equivalentes que estão a uma distância de 2 ou 3 ligações dos hidrogênios que
produzem o sinal.

➢ O efeito dos hidrogênios próximos é desdobrar (ou se acoplar com) os níveis


de energia dos hidrogênios cujo sinal está sendo observado, e o resultado é um
sinal com picos múltiplos.

➢ Um grupo de átomos equivalentes produz um sinal que pode ser desdobrado


em múltiplos picos

➢ O acoplamento típico que observamos é de hidrogênios não


equivalentes vicinais, isto é, de hidrogênios ligados a carbonos adjacentes,
separados por três ligações dos hidrogênios que produzem o sinal

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36
Acoplamento (Desdobramento do Sinal)

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Acoplamento (Desdobramento do Sinal)
EX: Apresente o número de picos esperados para o acoplamento do
etanol no espectro RMN de 1H:

Solução

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Acoplamento (Desdobramento do Sinal)
EX: Apresente o número de picos esperados para o acoplamento do
etanol no espectro RMN de 1H:
Solução
1. No etanol existem prótons em três ambientes distintos;
assim, esperamos três sinais.

2. Os deslocamentos químicos previstos são


- 3,3–4,0 ppm para os dois prótons no carbono do álcool,
- 0,8–1,2 ppm para os três prótons da metila,
- e 0,5–6,0 ppm para o próton da hidroxila. (Observe: É aceitável mostrar que esse
último sinal pode estar em qualquer lugar dentro dessa faixa larga de deslocamento.

3. - Com relação aos padrões de acoplamento, o hidrogênio do álcool não acopla.


- O grupo —C H2 — do álcool tem três prótons vicinais (o grupo metila); seguindo a
regra n + 1, esse vai aparecer como um quadrupleto.
- O grupo metila tem dois prótons vicinais (o grupo —C H2 — do álcool), assim, esse
será um tripleto.

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Acoplamento (Desdobramento do Sinal)

4. As áreas relativas dos sinais são 1 : 2 : 3, de acordo com o número de prótons que
produzem cada sinal, o que indicamos como 1H, 2H e 3H no nosso esboço.

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Acoplamento (Desdobramento
A divisão do sinal do Sinal)

Picos

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Vamos interpretar o espectro de RMN de 1H para um
composto com fórmula molecular C3H7Br.
A divisão do sinal 1. Primeiramente, observamos
que existem três sinais distintos,
com deslocamentos químicos de
aproximadamente δ 3,4, 1,8 e
1,1.

2. Um desses sinais (δ 3,4) tem visivelmente um deslocamento químico em frequência


mais alta do que os outros, indicando que os átomos de hidrogênio, provavelmente, estão
próximos de um grupo eletronegativo.

3. Em seguida, medimos (ou estimamos) as alturas dos degraus de integração e as


reduzimos para razões entre números inteiros. Ao fazer isso, descobrimos que a razão é de
2 : 2 : 3 (para os sinais em δ 3,4, 1,8 e 1,1, respectivamente).

42
Vamos interpretar o espectro de RMN de 1H para um
composto com fórmula molecular C3H7Br.
4. Avaliamos agora a multiplicidade dos sinais. O sinal em δ 3,4 é um tripleto, indicando
que existem dois átomos de hidrogênio no carbono adjacente.
4.1. Uma vez que esse sinal está em uma frequência significativamente maior (δ 3,4) do
que os outros e tem um valor de integral sugerindo dois hidrogênios, concluímos que esse
sinal é do grupo CH2Br, e que ele está próximo a um grupo CH2.

5. O sinal em δ 1,8 é um sexteto, indicando cinco átomos de hidrogênio em carbonos


adjacentes. A presença de cinco átomos de hidrogênio vizinhos (n = 5, produzindo seis
picos) é consistente com um grupo CH2 em um lado e um grupo CH3 do outro lado.

6. Finalmente, o sinal em δ 1,1 é um tripleto, indicando dois átomos de hidrogênio


adjacentes. Juntando esses fragmentos moleculares no papel ou em nossa mente
obtemos BrCH2CH2CH3 como a fórmula estrutural.

43
Vamos interpretar o espectro de RMN de 1H para um
composto com fórmula molecular C3H7Br.

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EX2: Que composto com fórmula C3H6Cl2 é consistente com o espectro de RMN
de 1H mostrado na Fig. Interprete os dados associando cada aspecto do espectro
com a estrutura que você propuser. (Em outras palavras, explique como os
deslocamentos químicos, áreas do sinal e padrões de desdobramento suportam sua
conclusão.)

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EX2: Solução

1. A presença de dois sinais no espectro de RMN de 1H significa que existem dois


ambientes distintos para prótons na molécula.

2. O deslocamento químico do sinal de campo baixo (a), é compatível com prótons e


um cloro no mesmo carbono.

3. A muitiplicidade tripleto indica dois hidrogênios no carbono adjacente.

4. O quinteto alto (b) indica quatro hidrogênios adjacentes e equivalentes, o que


requer dois hidrogênios em cada um dos dois carbonos.
5. Os dados de integração indicam uma proporção de aproximadamente 2:1, que
nesse caso, é de 4:2.
6. Das estruturas isoméricas com a fórmula C3H6Cl2, apenas
Cl a Cl
a a
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48
Deslocamento Químico ()
O que é deslocamento químico?
Os deslocamentos resultam da circulação dos elétrons nas ligações químicas, eles são
chamados de deslocamentos químicos.

✓ Os deslocamentos químicos são medidos em relação à absorção de prótons de


compostos de referência.
✓ Definição da escala  em ppm (ppm = parte por milhão, escala relativa)
✓ Uma referência é usada, já que é impraticável medir o valor real do campo magnético
onde ocorrem as absorções.
✓ O composto de referência usado mais freqüuntemente é o tetrametilsilano (TMS).
✓ Normalmente adiciona-se uma pequena quantidade de tetrametilsilano à amostra cujo
espectro está sendo medido, e toma-se o sinal relativo aos 12 prótons equivalentes do
TMS para estabelecer o ponto zero na escala delta (8).
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Deslocamento Químico ()
PONTO DE REFERÊNCIA –Tetrametilsilano (TMS)
CH3
Tetrametilsilano H3C Si CH3
CH3

• O TMS é adicionado à amostra - Solvente

• Como o silício é menos eletronegativo do que o carbono, os protons


TMS são altamente blindados. Sinal definido como zero.

• Os prótons orgânicos absorvem o campo descendente (para a


esquerda) do sinal TMS.

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Deslocamento Químico ()
Por que foi escolhido TMS como padrão
interno?
(TMS) = 0 ppm
1. Contem 12 protons equivalentes, altamente blindados – fornece apenas um sinal, e pode
ser usado em pequenas quantidades,
2. É quimicamente inerte, magneticamente isotropico e não-associante,
3. Possui baixo PE (26,5 ºC)

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DESLOCAMENTO QUÍMICO

O deslocamento químico é
independente da frequência em
que opera o espectrômetro

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DESLOCAMENTO QUÍMICO

Determine para o benzeno, sendo o deslocamento químico


dos prótons do benzeno é 2181 Hz quando o instrumento está
operando a 300 MHz.

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DESLOCAMENTO QU[MICO EQUIVALENTE E
PRÓTONS NÃO-EQUIVALENTES

▪ Dois ou mais prótons que estão em ambientes idênticos possuem o mesmo


deslocamento químico, e, assim, fornecem apenas um sinal de 1H RMN.

Átomos de Hidrogênio Homotópicos

▪ Uma maneira simples de decidir se dois ou mais prótons de um dado composto têm
equivalência de deslocamento químico é substituir cada hidrogênio, por sua vez, por
algum outro grupo. O grupo pode ser real ou imaginário.

▪ os átomos homotópicos (ou grupos) têm equivalência de deslocamento químico.

▪ Se a substituição dos hidrogênios por um átomo diferente dá o mesmo composto,


os hidrogênios são chamados de homotópicos.

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DESLOCAMENTO QU[MICO EQUIVALENTE E
PRÓTONS NÃO-EQUIVALENTES
Considere o 2-metilpropeno como exemplo:

➢ Neste caso, existem dois grupos de hidrogênios homotópicos.

➢ Os seis hidrogênios metílicos (b) formam um conjunto; a substituição de qualquer


um deles por cloro, por exemplo, leva ao mesmo composto, 3-cloro-2-metilpropeno.

➢ Os dois hidrogênios vinílicos (a) formam o outro conjunto; a substituição de um


deles leva ao 1-cloro-2-metilpropeno. Assim, o 2-metilpropeno dá dois sinais em
1H RMN.

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DESLOCAMENTO QU[MICO EQUIVALENTE E
PRÓTONS NÃO-EQUIVALENTES
Faça uma análise semelhante para o 1,4-dimetilbenzeno e mostre quantos
sinais em 1H RMN?

➢ Neste caso, existem dois grupos de hidrogênios homotópicos.

➢ Tem apenas dois conjuntos de prótons de deslocamento químico equivalentes.

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DESLOCAMENTO QU[MICO EQUIVALENTE E
PRÓTONS NÃO-EQUIVALENTES
Considere o 2-metilpropeno como exemplo:

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DESLOCAMENTO QU[MICO EQUIVALENTE E
PRÓTONS NÃO-EQUIVALENTES
✓ Se a substituição dos hidrogênios por um átomo diferente leva a compostos
diferentes, os hidrogênios são chamados de heterotópicos.

✓ Átomos heterotópicos têm diferentes deslocamentos químicos e não têm


deslocamento químico equivalente.

Substituindo qualquer um dos dois hidrogênios do CH2 pelo cloro produz-se o 1,1-
dicloroetano, enquanto a substituição de qualquer um dos três hidrogênios do CH3 produz
um composto diferente,
O cloroetano, portanto, possui dois conjuntos de hidrogênios que são heterotópicos entre
eles, os hidrogênios do CH3 e os hidrogênios do CH2. Os hidrogênios dos dois conjuntos não
têm deslocamento químico equivalente e o cloroetano apresenta dois sinais na RMN de 1H.

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DESLOCAMENTO QU[MICO EQUIVALENTE E
PRÓTONS NÃO-EQUIVALENTES
EX3: Considere o 2-metilpropeno determine se eles são homotópicos ou
heterotópicos?

➢ Os seis hidrogênios dos grupos metila (b) formam um conjunto de hidrogênios


homotópicos; a substituição de qualquer um deles por cloro, por exemplo, leva ao
mesmo composto, 3-cloro-2-metilpropeno.

➢ Os dois hidrogênios vinílicos (a) formam outro conjunto de hidrogênios homotópicos; a


substituição de qualquer um deles leva ao 1-cloro-2-metilpropeno. O 2-metilpropeno,
portanto, apresenta dois sinais na RMN de 1H.

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Área dos Sinais

61
 Área dos sinais

→A área ou a intensidade dos sinais é


proporcional ao numero de hidrogenios na
molécula

→È uma relação interna na molécula.

62
Multiplicidade dos sinais

Acoplamento de Spins

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 Multiplicidade:Acoplamento
→Os spins sentem a presença dos spins vizinhos

→Os spins dos núcleos tendem a se alinhar com os


spins dos elétrons. (explicar)
Principio de Pauli: os eletrons de ligação se emparelham com os spins antiparalelos

→Interagem através dos elétrons das ligações


químicas

→O acoplamento se da através das ligações


químicas

→Todos os spins acoplam entre si, uns mais outros


menos
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 Multiplicidade:Acoplamento

→Dois spins se acoplam somente quando estes


estiverem em ambientes químicos diferentes, ou
seja hidrogenios com deslocamentos químicos
diferentes.

→Os três hidrogenio do CH3 não se acoplam.

65
 Constante de Acoplamento (J)
✓ Prótons acoplados compartilham algo chamado constante de acoplamento,
representada pelo símbolo J.

✓ Quanto maior for a densidade eletrônica entre dois spins mais forte será o
acoplamento.

✓ A intensidade do acoplamento é medida através da constante de acoplamento


(J), dada em Hz.

FIGURA 6: Um padrão de
desdobramento teórico para
um grupo etila.

66
 Constante de Acoplamento (J)
✓ Prótons acoplados compartilham algo chamado constante de acoplamento,
representada pelo símbolo J.

✓ Quanto maior for a densidade eletrônica entre dois spins mais forte será o
acoplamento.

✓ A intensidade do acoplamento é medida através da constante de acoplamento


(J), dada em Hz.

FIGURA 6: Um padrão de
desdobramento teórico para
um grupo etila.

67
 DESDOBRAMENTO DE SINAL: ACOPLAMENTO SPIN-SPIN (J)

✓ O desdobramento de sinal é causado pelo efeito dos campos magnéticos dos


prótons sobre os átomos vizinhos..

EX: Desdobramento de sinal no espectro do 1,1,2-tricloroetano


1. O sinal referente aos dois prótons
equivalentes do grupo -CH2Cl do
1,1,2-tricloroetano está dividido em
dois picos por causa do efeito do único
próton do grupo CHCl2-.

2. O sinal do próton do grupo CHCl2- está


dividido em três picos por causa do efeito
dos dois prótons do grupo -CH2Cl.

O desdobramento de sinal é proveniente de um


fenômeno conhecido como acoplamento spinspin.
68
 DESDOBRAMENTO DE SINAL: ACOPLAMENTO SPIN-SPIN (J)

Fig. 7 Desdobramento de sinal devido ao acoplamento spin-spin com um próton não-


equivalente de um átomo de hidrogênio vizinho.
- Uma análise teórica é mostrada em (a) e a aparência real do espectro é mostrada em
(h). A distância entre os centros dos picos do dubleto é chamada de constante de
acoplamento, Jab que é expressa em hertz.
- As magnitudes das constantes de acoplamento não dependem da intensidade do
campo aplicado, e os seus valores (em Hz) são os mesmos, independente da
frequência de operação do espectrômetro.

69
 DESDOBRAMENTO DE SINAL: ACOPLAMENTO SPIN-SPIN (J)

✓ Dois prótons equivalentes em um átomo de


carbono adjacente (ou em átomos de carbono
equivalentes adjacentes) dividem o sinal do
próton sob análise em um tripleto 1:2:1. A Fig.
8 lado ilustra como ocorre esse padrão de
desdobramento.

✓ Dois prótons equivalentes em um átomo de


carbono adjacente (ou em átomos de carbono
equivalentes adjacentes) dividem o sinal do
próton sob análise em um tripleto 1:2:1. A Fig.
Ao lado ilustra como ocorre esse padrão de
Fig. 8 Dois prótons equivalentes (H6) desdobramento.
em átomos de carbono adjacentes
dividem o sinal de H. em
um

tripleto 1:2:1.

70
 DESDOBRAMENTO DE SINAL: ACOPLAMENTO SPIN-SPIN (J)

Fig. 9. O espectro de 1H RMN


a 300 MHz do 1,1,2,3,3-
pentacloropropano.
As expansões dos sinais são
mostradas nos insertos dos
gráficos.

✓ O próton do grupo CHC12 - do 1, 1 ,2-tricloroetano é um exemplo de próton que possui dois


prótons equivalentes em um carbono adjacente. O sinal do grupo CHC12 (Fig. 9) aparece
como um tripleto 1:2: l.
✓ o sinal do grupo -CH2Cl do 1,1 ,2-tricloroetano é dividido em um dubleto 1: 1 pelo próton
do grupo CHC12-.

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