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2015/2016
microondas, o polarizador que vamos usar é simplesmente formado por uma série de barras
de metal paralelas. Um objecto destes é altamente anisotrópico do ponto de vista da sua
condutividade eléctrica macroscópica: a sua condutividade para campos eléctricos aplicados
paralelos às barras é essencialmente a do metal das barras. Pelo contrário, para campos
aplicados perpendiculares às barras a chapa é um dieléctrico, pois não passa corrente
eléctrica de barra para barra (é essencial que o espaçamento entre barras seja inferior ao
comprimento de onda da radiação).
Imagine agora a resposta deste dispositivo a uma onda electromagnética nele incidente com
uma polarização paralela às barras. O material comporta-se como um metal, pois o campo
eléctrico é capaz de criar fortes correntes eléctricas nas barras, e é praticamente anulado; as
microondas serão por isso reflectidas, como o são por uma placa de metal maciça. Se a
polarização for tal que o campo eléctrico incidente é perpendicular às barras, no entanto, o
dispositivo comporta-se como um dieléctrico; o campo eléctrico não é anulado, e a onda é
transmitida.
Este dispositivo é portanto um polarizador: de uma onda incidente com uma polarização
qualquer, apenas é transmitida a componente com o campo perpendicular às barras; a outra
componente, com polarização paralela às barras, é reflectida.
No caso da radiação visível, iremos utilizar como polarizador linear um polaroide, que é um
filme composto por uma substância anisotrópica, isto é, uma substância que oferece mais
resistência à passagem da luz numa direção do que noutra (analogia molecular com a grelha
de fios condutores).