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Instituto de Física
Departamento de Física do Estado Sólido
Física Geral e Experimental IV
INTRODUÇÃO
RESUMO DA TEORIA
A diferença de fase φ entre elas não depende do tempo. A depender do valor dessa
diferença de fase, a polarização pode ser linear (φ = nπ, n inteiro), circular (φ = (2n + 1) π/2), ou
elíptica (para todos os outros valores de φ).
- Atividade ótica
O termo atividade ótica refere-se à rotação da direçãot de polarização de luz linearmente
polarizada quando esta atravessa certas substâncias ou soluções ditas oticamente ativas. O efeito
ocorre também para ondas eletromagnéticas de outras faixas de freqüências fora da região
visível, permanecendo a mesma denominação. No caso das microondas, pequenas espirais de
arame causam uma rotação do plano de polarização de uma microonda, o que é análogo à
atividade ótica de uma solução de açúcar ou de um cristal de quartzo.
Corneta emissora;
Corneta receptora;
Grade polarizadora;
Cristal oticamente ativo;
Substância oticamente ativa;
Placa semi-refletora;
Placa metálica refletora.
TRATAMENTO DE DADOS
É armado um dispositivo de modo que as cornetas fiquem frente a frente e com suas
antenas na vertical. Ao girarmos a corneta receptora em torno do seu eixo foi observado um
decréscimo da corrente, até chegar em zero quando o giro é de 90º. Tal fato se deve porque a
corneta emissora irradia sinais linearmente polarizados na vertical e quando posicionamos a
corneta receptora na horizontal ela não consegue captar os sinais que estão na vertical.
Colocando a grade polarizadora entre as cornetas e fazendo-a girar, no sentido de deixá-la
na posição vertical, a corrente tende a diminuir até adquirir um valor nulo quando sua posição é a
vertical. Isso porque os elétrons da grade, que é de material condutor, absorvem a energia
transportada pelas microondas. Os elétrons da grade são induzidos, então, a oscilar, refletindo as
ondas de volta para o emissor, impedindo assim que as ondas cheguem ao receptor.
Por outro lado, quando a grade tende a ficar na posição horizontal, a corrente vai
adquirindo valores cada vez maiores até atingir o seu máximo na própria posição horizontal. Isso
porque os elétrons não conseguem oscilar na mesma direção do campo elétrico (vertical).
Agora, com as cornetas lado a lado, colocamos a placa metálica na frente delas e ajustamos
a corrente para o valor de 0,8 mA. Esse valor foi obtido após ajustes nas posições dos elementos
(que foram deixados com suas antenas na vertical) e dos potenciômetros. Substituímos a placa
pela grade na posição vertical e a corrente medida no amperímetro foi máxima. Mais uma vez a
’
E
grade se comportou como “espelho” refletindo as microondas. Já com a grade na posição
horizontal, as microondas passam por ela sem serem refletidas, o que é evidenciado pela corrente
nula medida.
Física III – Laboratório 5
E’
E
E’
Eabs Antena
45°
grade 45° E’’
Armamos o dispositivo de forma que a corneta emissora transmita o campo elétrico à 45°
com a bancada ( horizontal ) e reflita com um ângulo de 45° numa placa refletora e numa grade
polarizadora. Esses raios refletidos foram captados pela corneta receptora à 45° com a placa. A
distância entre a placa e a grade foi variada e os resultados obtidos, quando giramos a corneta
receptora em torno do seu eixo, foram correntes que variavam de valor ou ficavam
aproximadamente constantes. Isto acontece porque o raio ao incidir primeiro na grade é
decomposto em duas componentes ortogonais, sendo, neste caso, a componente vertical refletida
pela grade e a horizontal, refletida pela placa. A distância entre a grade e a placa é o que define o
tipo da polarização resultante. Quando a corrente variava bastante era porque a diferença de fase
entre as 2 componentes refletidas era um valor diferente de 90 o (ou múltiplos ímpares). Quanto
mais próximo esse valor de defasagem se aproximava de 90 o (ou múltiplos ímpares), mais
próxima a polarização era do tipo circular e a corrente, nesse caso, se mantinha
aproximadamente constante. Sabemos também que se a defasagem for igual a 180o, a
polarização será linear. Isto quer dizer que o vetor campo elétrico tem mesma intensidade pra
qualquer direção na polarização circular e varia para a polarização elíptica. Já no caso da
polarização linear o vetor terá diferentes valores de intensidade, mas sempre na mesma direção.
Física III – Laboratório 6
Neste item colocamos um meio oticamente ativo entre as cornetas e verificamos a rotação
do plano de polarização. Para isso ajustamos as cornetas, uma em frente a outra, de forma que a
leitura no amperímetro fosse zero. Então, colocamos o meio oticamente ativo entre elas e
procuramos um ângulo em que a leitura do amperímetro voltasse a ser zero. Esse ângulo é o
ângulo de giro.
Calculando a constante de rotação dos meios:
Kr = / L;
Onde é o ângulo de giro e L é o comprimento do meio.
Para o meio I (bolinhas de simulando uma solução oticamente ativa):
Kr = (π/12)/0,40m = 0,65 rad/m
Para o meio II (bloco de isopor simulando um cristal):
Kr = (π /18)/0,40m = 0,44 rad/m
Percebemos, então, que a constante de rotação é maior para meios mais desordenados.
CONCLUSÃO