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Polarização

Ondas transversais:

1. Para uma corda vibrante, uma onda em equilíbrio ao


longo de x, os deslocamentos podem ocorrer ao
longo de y. Nesse caso, sempre fica contida no plano
xy.

2. Para um deslocamento em z, a corda sempre fica


contida no plano xz.

 Uma onda é linearmente polarizada quando desloca


em uma única direção. Os casos 1 e 2 são linearmente polarizadas na direção y e z;
 Pode-se criar filtro polarizador ou polarizador, na
qual deixa apenas passar componente em uma
direção;

Para ondas eletromagnéticas- uma onda


transversal- os campos elétricos e magnéticos se
propagam perpendicularmente entre si e entra a direção de propagação. Considera
apenas o vetor campo elétrico ⃗ E , pois os detectores funcionam pela ação da força
elétrica. Assim, a onda eletromagnética é descrita por:


E ( x , t )= j Emax cos ( kx−ωt )
B ( x1 t )=k^ Bmax cos ( kx−ωt )

É polarizado em y, já que ⃗
E está nessa direção.

Filtros Polarizadores

Antenas dipolo elétrico, assim como diversas antenas, são linearmente


polarizadas, mas para ondas oriundas de várias fontes atuando
independentemente, como luzes incandescentes. Para esse caso de luz,
os milhares átomos, fontes independentes, os campos elétricos podem
ser separados em x e y que variam aleatoriamente, pois não há
correlação entre as fontes, sendo uma luz natural ou não polarizada.

 Os filtros podem apresentar diferentes construções,


dependendo do comprimento de onda;
 Para micro-ondas, por exemplo, uma grade de fios condutores,
que, ao ser colocado paralelamente a direção de propagação ou
ao campo elétrico, ocorre a polarização, pois gera corrente e não passa nenhuma
onda, já se os fios forem perpendiculares, a onda é transmitida;
 Um filtro para luz visível é o polaroide, material que possui o dicroísmo, propriedade
seletiva de absorção. O polaroide transmite 80% ou mais da intensidade da direção
paralela ao eixo de transmissão ou eixo de polarização, e 1% da luz perpendicular a
esse eixo;
 O polarizador ideal, deixa passar 100% da luz polarizada e bloqueia completamente
em outras direções, esses polarizadores são inatinfível, servem apenas para estudo;

Polarização por absorção

A polarização por absorção é o mesmo esquema do micro-ondas. A lógica é a mesma para


receptor de ondas oriundas de dipolo elétrico. A luz passa pelo filtro e todo vetor do campo
elétrico paralelo ao eixo de transmissão é transmitido e em outras direções, no caso
perpendicularmente ao eixo de transmissão, são absorvidas. O eixo de transmissão é
perpendicularmente as cadeias- linhas de fios condutores- por isso, os vetores do campo
elétrico passam.

Uma luz não polarizada incida em uma lâmina polarizadora, com o eixo de transmissão no eixo
x, posteriormente, passa por uma segunda lâmina polarizadora, o analisador, cujo transmissão
faz um θ com eixo x. Se E é a amplitude do campo elétrico, então os componentes do feixe em
relação ao eixo de transmissão são:

 Paralelo: E∥ =E cos θ
 Perpendicular: E⊥ =E sin θ

O filtro transmite E∥ e absorve E⊥ . Assim, como a intensidade é proporcional ao quadrado da


amplitude do campo elétrico, a intensidade da luz transmitida é:

I =I 0 cos 2 θ

Em que, I 0 é a intensidade a luz incidente (intensidade máxima). Essa é a lei de Malus.

Para feixe de luz não polarizado incidindo em uma lâmina, a direção do campo elétrico varia de
1
posição a posição na lâmina no tempo. Em cada posição, o valor médio é I = I 0. Como pode-
2
se decompor o campo elétrico em paralelo e perpendicular ao eixo de transmissão, como só
transmite o no eixo paralelo, diz somente a metade da intensidade é transmitida. Isso para
filtro ideal. Quando o polarizador e analisador estiver perpendicular, não transmitirá nada,
intensidade zera.

Polarização por refl exão

Quando a luz não polarizada é refletida por uma superfície entre dois meios transparentes, a
luz é parcialmente polarizada. O grau de polarização depende do ângulo de incidência e da
razão entre as velocidades de transmissão da luz nos meios.

Para alguns ângulos de incidência, quando o campo elétrico é:

 Perpendicular ao plano de incidência, ou paralelo superfície, são refletidas


 Paralelo ao plano de incidência ou perpendicular a superfície, são transmitidas ou
refratadas.

O ângulo de polarização θ p , o ângulo de incidência, pode ser relacionado ao índice de refração


dos meios por Snell

n1 sin θ p=n2 sin θ b

Para θ como o ângulo de refração. A soma dos ângulos θ e θ


b p b

é igual a 90° graus, assim θb =90 °−θ p . Portanto, a lei de Snell


se torna:

n1 sin θ p=n2 sin ( 90° −θ p ) =n2 cos θ p

O que se torna:

n2
tanθ p=
n1
Essa é a Lei de Brewster.

Se o campo elétrico tiver polarizado no plano incidente


(paralelo a plano incidente), não terá luz refletida.
Polarização por espalhamento

O fenômeno de absorção e irradiação é chamado de irradiação. O espalhamento pode ser


mostrado pelo feixe de luz do laser passando pelo pó de giz, tornando visível. Um outro
exemplo são as moléculas de ar que espalham a luz de comprimentos de onda curtos,
formando céu azul. Pode entender os átomos como uma antena dipolo elétrico.

Considerando um feixe de luz não polarizado que


viaja ao longo de z que incide em uma partícula na
origem. O campo elétrico tem componentes x e y,
perpendicular a direção de movimento. O campo
elétrico provoca oscilações na partícula na direção
x e y, sendo que, as oscilações em x produz
irradiação ao longo de y e oscilações em y produz
irradiação ao longo de x. Consequentemente, a luz
irradiada ao longo de x está polarizada com seu
campo elétrico na direção y e assim vice-versa. O
eixo z não sofre polarização.

Polarização por Birrefringência

 Birrefringência ocorre em calcita e em outros cristais não cúbicas e plásticos


tensionados, como celofane;
 A maioria dos materiais são isotrópica, isto é, a velocidade da luz através do material é
independente da polarização;
 A estrutura microscópica, matérias birrefringentes são anisotrópicos. A velocidade da
luz depende da polarização e a direção de propagação da luz. Quando um raio incide
nesses materiais, eles podem ser separados em raio ordinário e raio extraordinário,
esses raios são polarizados em direções perpendiculares entre si e viajam com
velocidades diferentes;
 O eixo óptico é a direção em que os raios se
propagam com a mesma velocidade.
Entretanto, se a luz incidir em um ângulo
em relação ao eixo óptico, os raios viajam
em direções diferentes e saem separados
no espaço, o raio extraordinário e gira no
espaço e em torno do raio ordinário o;

Um feixe incide perpendicularmente com a placa birrefringente e o eixo óptico, os raios viajam
em direções iguais e velocidade diferentes (também tem comprimento diferente por λ= v/f ). O
raios saem com diferença de fase que depende da espessura da placa e do comprimento de
onda:
Para espessura:

 Placa de meio quarto de onda: A diferença de fase é de 90° de um comprimento de


onda em particular
 Placa de meia onda: Diferença de fase de 180°

A luz está linearmente polarizada com o campo elétrico a 45° do eixo óptico. Os raios
ordinários e extraordinários estão fora de fases e tem amplitude iguais. Para:

 Placa de meio quarto de onda: O campo elétrico resultante dos componentes são
E x =E0 sin ωt e E y =E0 sin ωt+ 900=E 0 cos ωt . Portanto, o vetor campo elétrico gira
e tem magnitude constante. Está circularmente polarizada.
 Placa de meia onda: O campo elétrico resultante está linearmente polarizado com o
0
componente E x =E0 sin ωt e E y =E0 sin ωt+ 180 =−E 0 sin ωt . A direção
polarizada gira 90° com a luz incidente.

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