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Introdução
1 Polarização – 2012-rev2017
Não vamos nos preocupar com a descrição quântica da radiação
eletromagnética porque para as experiências que pretendemos
realizar a descrição clássica baseada na teoria de Maxwell funciona
muito bem.
2 Polarização – 2012-rev2017
Índice
Introdução Página 1
Birrefringência Página 27
3 Polarização – 2012-rev2017
Procedimento para o estudo da Birrefringência
Placas de ¼ de onda Página 48
4 Polarização – 2012-rev2017
Radiação Eletromagnética
y
x
5 Polarização – 2012-rev2017
A polarização linear é o estado mais simples de polarização da
luz e ocorre quando o campo elétrico é sempre paralelo a um plano
definido, chamado plano de polarização da onda. A onda
representada na figura 3.1 é uma onda plano-polarizada ou onda
linearmente polarizada no plano-xy. O campo elétrico pode ser
escrito como:
2π
k= (3.2)
λ
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Quando o vetor campo elétrico descreve uma elipse, a onda é
chamada elipticamente polarizada. Matematicamente, a onda
elipticamente polarizada pode ser descrita como a superposição de
duas ondas, de amplitudes diferentes, linearmente polarizadas em
direções perpendiculares e defasadas de 90°. Em particular, a
superposição de duas ondas, de mesma amplitude, defasadas de
90°, resulta numa onda circularmente polarizada. Deve ser
observado que a superposição de duas ondas ortogonais linearmente
polarizadas e em fase resulta numa onda linearmente polarizada.
Na figura 3.2 a e b, a seguir, vemos uma onda circularmente
polarizada e uma onda elipticamente polarizada, respectivamente.
7 Polarização – 2012-rev2017
A onda elipticamente polarizada é o estado mais geral de
polarização definida para uma onda eletromagnética no espaço livre.
Além disso, existem os estados de polarização não muito bem
definidos. Quando a polarização varia rapidamente e de maneira
completamente aleatória no tempo, a onda é considerada não
polarizada. Em certos casos, a luz é polarizada, mas a polarização
varia lentamente com o tempo. Além disso, a radiação pode ser
parcialmente polarizada, que é a superposição de radiação não
polarizada com radiação de polarização definida. Fontes luminosas
comuns emitem luz chamada de natural ou não polarizada. Em
geral, a luz, seja de origem artificial ou natural, não é nem
completamente não polarizada, nem completamente polarizada. Os
dois casos são extremos, normalmente toda luz é parcialmente
polarizada.
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observado que existem outros polarizadores, tais como tela de fios
paralelos para radiação infravermelha distante, cristais birrefrigentes
que permitem separar duas polarizações (efeito de dupla refração) e
prismas especiais.
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Objetivos desta experiência
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Outro tipo de material birrefringente é aquele que apresenta o
fenômeno da atividade óptica cujo efeito é fazer o plano de
vibração do campo elétrico de um feixe de luz polarizada sofrer uma
rotação contínua, à medida que se propaga em determinados meios.
No caso, vamos estudar um meio líquido opticamente ativo e
relacionar algumas propriedades desse meio ao ângulo de rotação
sofrido pelo plano de vibração do campo elétrico da luz polarizada. O
resumo teórico encontra-se na página 35 e o procedimento
experimental na página 52.
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Polarização por Dicroísmo
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Os materiais sintéticos chamados polaróides, só transmitem
campo elétrico numa dada direção, como mostra a figura 3.4. A
onda polarizada na direção perpendicular à direção de transmissão
(indicada na figura como a linha hachuriada) é absorvida. Uma boa
descrição do funcionamento desses materiais é dada na seção 8.3.3,
capítulo 8 do livro Optics de E. Hecht.
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Um dos inconvenientes do polaróide comum é a absorção
relativamente alta, da ordem de 50%, também para a polarização
que deve ser transmitida. Além deste problema, polaróides comuns
não funcionam muito bem para luz ultravioleta e para infravermelho.
Mesmo nos extremos do espectro visível (vermelho e violeta), já é
possível observar a deficiência.
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Lei de Malus
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polarizada é totalmente simétrica, ou seja, a amplitude do campo
elétrico resultante em qualquer direção é a mesma. Assim, se
colocarmos P1 com o eixo alinhado com a direção y, somente serão
transmitidas as componentes na direção y do campo elétrico
incidente, a somatória ou resultante dessas componentes podemos
chamar de E0.
Et = E0 cosθ (3.3)
It = I0 cos2 θ (3.4)
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polarizadores são ideais, ou seja, não há absorção por qualquer outra
razão). Quando θ=90o a intensidade transmitida é nula, porque o
campo elétrico transmitido pelo primeiro polarizador é perpendicular
ao eixo de transmissão do segundo, que é o analisador (esse arranjo
de polarizadores é dito cruzado). Este resultado, equação 3.4, é
conhecido como Lei de Malus.
It = I0 cos2 θ + I f (3.5)
onde If é uma irradiância residual, que pode existir para θ=90°, que
dá conta de todos os efeitos indesejáveis descritos acima.
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Polarizadores de Grade
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Paralelamente a esse efeito, os elétrons de condução acelerados ao
longo dos fios irradiam nas duas direções: para frente e para trás.
Nessas condições, a onda incidente tende a ser cancelada pela onda
re-irradiada para frente, resultando em pouca ou nenhuma
transmissão da componente y do campo elétrico. A radiação emitida
para trás vai aparecer como uma onda refletida.
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Polarização por Reflexão
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Figura 3.7: Onda incidente, num meio dielétrico, polarizada
perpendicularmente ao plano de incidência.
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carga positiva (o átomo onde o elétron está ligado). Essa
configuração de cargas, por sua vez, re-irradia e essa radiação é,
obviamente, do tipo dipolar.
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http://www.sparknotes.com/physics/optics/phenom/section3/page/2/
Figura 3.9: Onda incidente num meio dielétrico, polarizada
paralelamente ao plano de incidência, mostrando os elétrons
oscilantes.
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Nessas condições, (θ r+θ t)=90o, se a onda incidente for
não polarizada, (lembrando que ela pode ser decomposta em
duas componentes polarizadas, ortogonais e incoerentes), apenas
a componente polarizada na direção normal ao plano de
incidência (e, portanto com a direção de vibração paralela à
superfície do dielétrico) será refletida. A outra componente,
polarizada paralelamente ao plano de incidência, desaparece.
nt (3.9)
tgθ B =
ni
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A equação 3.9 é conhecida como Lei de Brewster em
homenagem a Sir David Brewster, professor da St. Andrews University
e inventor do caleidoscópio, que a descobriu empiricamente na
segunda metade do século XIX.
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Coeficientes de Reflexão
por:
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tg 2 (θi −θ t )
R// = 2
tg (θi +θ t )
(3.11)
sen 2 (θi −θ t )
R⊥ =
sen 2 θ +θ
( i t )
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O coeficiente R// se anula quando (θ i + θ t ) = 90°, porque o
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Birrefringência
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Placas de onda
O princípio de funcionamento de uma placa de onda é simples.
O que esse tipo de elemento óptico faz é atrasar um dos dois estados
coerentes de polarização de uma onda em relação ao outro. Ao
emergir do elemento a onda que incidiu linearmente polarizada pode
emergir circularmente polarizada (ou vice-versa), ou o plano de
vibração da onda linearmente polarizada pode sofrer uma rotação,
dependendo do valor do atraso. Vamos estudar dois tipos de placas
de onda, a placa de ½ onda e a placa de ¼ de onda.
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https://images.fineartamerica.com/images-medium-large/birefringence-in-a-calcite-crystal-dirk-
wiersma.jpg
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nessa figura que esses dois feixes têm estados de polarização
perpendiculares entre si, isso fica evidente pelos dois polaróides. Um
esquema da trajetória dos feixes pode ser visto na figura 3.13 a
seguir:
http://www.science20.com/files/images/birefringence.jpg
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e9/Ordinay_extraordinary_ray_in_birefring
ence.pn
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Placa de ½ onda
Λ = d ( no −ne ) (3.12)
33 Polarização – 2012-rev2017
Λ = c ( to −te ) (3.13)
⎛ ⎞
2π ⎟ d ⎛⎜ n −n ⎞⎟
Δφ = ⎜⎜ ⎟ ⎝ o e ⎠ (3.14)
⎝ λ0 ⎠
wikipedia
Figura 3.14: Funcionamento de uma placa de meia onda.
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Para a placa de ½ onda Δϕ pode ser qualquer múltiplo ímpar
de π: π, 3π, 5π, etc, o importante é que uma das componentes do
campo elétrico da onda incidente sofra um atraso que gere uma
diferença de fase de π nessa componente. O que vai fazer com
que, na saída, apareça uma onda, linearmente polarizada, cujo
plano de vibração sofreu uma rotação de 2θ em relação ao plano
de vibração da onda incidente, como se pode ver na figura
3.14. Portanto, para observar esse comportamento, a espessura da
placa deve ser tal que:
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Placa de ¼ de onda
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afetada por qualquer tipo de retardador ou placa de onda. Não é
possível ter uma diferença de fase relativa sem ter duas componentes
de campo elétrico, cada uma vibrando na direção de um eixo
principal.
http://www.olympusmicro.com/primer/techniques/polarized/quarterwavelengthplate.html
Figura 3.15 (b): ação da placa de ¼ de onda
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d ⎛⎜⎝ no −ne ⎞⎟⎠ = (
4m+1) λ0
m = 0,1,2,...... (3.16)
4
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Atividade Óptica
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Pode ser verificado analiticamente que esse modelo funciona,
para isso veja a seção 8.10 do capítulo 8 do livro Optics de E.
Hecht.
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