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Compartilhado: português
interpretação/ coesão/ coerência FGV
( https://tec.ec/s/QyZ6d )
Português
Questão 1: FGV - Ana Leg (ALERO)/ALERO/Redação e Revisão/2018
Assunto: Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores - Pronomes relativos,
Conjunções etc)
Assinale a opção que indica o vocábulo sublinhado que se refere a um termo que aparece
posteriormente na progressão do texto.
 a) “Não importa se o remédio é ou não farinha, o que cura é a bula.”
 b) “Tomei comprimidos, mas desisti de me matar por esse método.”
 c) “O homem é aquilo que ele come.”
 d) “A única maneira de se conservar a saúde é comer o que não se quer, beber o que não se
gosta e fazer aquilo que se preferiria não fazer.”
 e) “Deus fez o homem à Sua imagem e semelhança, e este pagou- lhe na mesma moeda.”
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Questão 2: FGV - AJ (TJ RO)/TJ RO/Psicólogo/2015
Assunto: Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores - Pronomes relativos,
Conjunções etc)
Texto 1 –
 
Facebook

Vimos que o Vale do Silício é um tecnopolo importante, com indústria avançada, de ponta, em que
são feitos altos investimentos. Mas, às vezes, uma simples ideia pode valer mais do que muita
tecnologia. É o caso da maior rede social do mundo, o Facebook.

Segundo o seu criador Mark Zuckerberg, em seu segundo ano da Universidade de Harvard (2004),
ele e seus amigos tinham muito a compartilhar: suas fotos, o que estudavam, de que gostavam,
entre tantas outras coisas que os amigos curtem. Pensando nisso, Mark elaborou – em duas
semanas e com apenas 19 anos de idade – a primeira versão do que se tornaria essa famosa rede
social.

Mas há quem diga que a história inicial não foi tão sublime, mas que tudo começou como uma
brincadeira: Mark teria colocado as fotos das garotas da Universidade na internet, à revelia, para
que os colegas escolhessem qual a mais bonita. Outro detalhe não menos importante seria que o
desenvolvimento do Facebook contou com a colaboração de mais colegas, entre eles o brasileiro
Eduardo Saverin, reconhecido como o co-fundador do site.

De qualquer forma, e intrigas à parte, inovação e agilidade transformaram esse pequeno


projeto/brincadeira em uma empresa extremamente lucrativa, com mais de 500 milhões de
usuários, faturamento bilionário e um valor de 50 bilhões de dólares, estimado pelo Banco Sachs
em janeiro de 2011, maior do que o da Time Warner.
 
(Paulo Roberto Moraes, Urbanização e Metropolização, São Paulo, 2011)
 
O segmento do terceiro parágrafo do texto 1 que mostra um problema de incoerência é:
 a) “Mas há quem diga que a história inicial não foi tão sublime...”;
 b) “Mark teria colocado as fotos das garotas da Universidade na internet, à revelia...”;
 c) “Outro detalhe não menos importante seria que o desenvolvimento do Facebook contou
com a colaboração de mais colegas”;
 d) “entre eles o brasileiro Eduardo Saverin, reconhecido como o co-fundador do site”;
 e) “mas que tudo começou como uma brincadeira”.
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Questão 3: FGV - AJ (TJ PI)/TJ PI/Judiciária/Oficial de Justiça e Avaliador/2015
Assunto: Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores - Pronomes relativos,
Conjunções etc)
Texto 1

O site Cracked separou sete coisas que ninguém sabia sobre os celulares. São várias teorias sobre
a nocividade dos aparelhos sobre o corpo humano. Quer saber quais são elas? Então vamos à
lista:

1. Celulares são responsáveis pela destruição de famílias

Antes dos telefones celulares, os casais eram muito mais fiéis. Atualmente, a grande maioria dos
casos de adultério é combinada por telefones pessoais, pois dessa forma não há tanto risco de
outra pessoa atender às ligações. Isso sem falar em reuniões familiares, que são constantemente
atrapalhadas (ou ignoradas) por filhos e filhas que preferem as mensagens de texto às conversas
com os pais.

2. Ele põe sua vida em risco

No Brasil, falar ao celular enquanto se está no volante é uma infração de trânsito. Isso acontece
porque o telefone realmente tira a atenção dos motoristas. Mas há relatos de que a distração
causada pelos celulares vai muito mais além: até mesmo quando estamos caminhando, ficamos
mais suscetíveis a acidentes quando estamos em ligações.

3. Seu telefone é uma colônia de bactérias

Um dos principais problemas dos celulares são os micróbios. Muitos utilizam os aparelhos no
banheiro, o que pode infectá-los com bactérias dos mais variados tipos. Sujeiras dos bolsos, chão
e mesas também afetam os telefones. Em suma, os celulares são verdadeiras colônias de germes
e outros pequenos vilões da saúde humana.

4. Mensagens estão em nosso subconsciente

Um estudo alemão mostrou que grande parte das pessoas de até 30 anos está com os caminhos
para a digitação de mensagens gravados no subconsciente. Isso significa que, mesmo sem um
teclado visível, os usuários conseguem saber onde estão as letras de seus celulares.

Parece o mesmo que acontece com os teclados de computadores, mas nos experimentos somente
os números eram mostrados e, incrivelmente, as pessoas envolvidas conseguiam decifrar os
códigos mais rapidamente.
5. Você está perdendo seus sentidos

Em uma velocidade muito baixa, mas isso está acontecendo. Possivelmente os celulares estejam
fazendo com que seus olhos sejam afetados (a radiação faz com que eles sejam aquecidos). Além
disso, a audição pode estar sendo afetada por volumes muito altos em fones de ouvido.

6. Eles deixam as crianças malcriadas

Estudos mostram um dado curioso. Mulheres que usam celular durante a gravidez e durante os
primeiros anos de vida de seus bebês têm 50% a mais de chances de terem filhos com sérios
problemas comportamentais. A causa disso? A radiação por celulares estaria estimulando a
liberação de melatonina (um hormônio que regula várias funções corporais).

7. Celulares podem causar esterilidade

Segundo apontam cientistas, celulares emitem radiação eletromagnética. É ela que,


supostamente, causa danos ao cérebro. Novas teorias apontam para o fato de que essa mesma
radiação poderia ser responsável por afetar também o sistema reprodutor dos homens. Como os
celulares ficam muito tempo nos bolsos, isso poderia ser uma causa da esterilidade.
 
“O site Cracked separou sete coisas que ninguém sabia sobre os celulares. São várias teorias
sobre a nocividade dos aparelhos sobre o corpo humano. Quer saber quais são elas? Então vamos
à lista”.

Num texto aparecem termos cuja finalidade é estabelecer relações semânticas com elementos
anteriores, criando coesão. Nesse segmento do texto 1, o termo que NÃO se refere ou substitui
um termo anterior é:
 a)  que;
 b)  teorias;
 c)  aparelhos;
 d)  quais;
 e)  elas.
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Questão 4: FGV - AA (FBN)/FBN/"Sem Área"/2013
Assunto: Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores - Pronomes relativos,
Conjunções etc)
Texto 1
 
Biblioteca da infância
 
Eu era pequena, me lembro, no Bigorrilho. Na mesma rua que hoje virou um grande corredor de
corrida de carros cada vez mais vorazes de velocidade, a vida passava em outro ritmo. Nessa rua
brincávamos com os vizinhos, corríamos e apertávamos campainhas. Primeiro veio a grande
notícia, uma praça, onde era a caixa d’água do Bigorrilho, hoje pomposamente chamado de
Reservatório Batel. E a grande novidade se alastrou pela rua… onde ficávamos sabendo de todas
as notícias do bairro. Inaugurou uma biblioteca!!!

Eu, já leitora voraz, assim como os carros nas ruas por velocidade, fiquei encantada! Éramos
pobres, não viajávamos nas férias e, livros, eu só ganhava no Natal. Aquela pequena casinha que
parecia antiga, amarelinha, ampliou meu mundo para além das ruas do Bigorrilho.
 
Hora do Conto, aulas de flauta, de cerâmica, o curso de História da arte espanhola, El Greco…
Ainda lembro exatamente do quebra‐cabeça com uma pintura de Arcimboldo. Foram tantas as
referências, não só literárias, que me acompanharam a vida toda!
 
Eu lia dois livros por dia, não podia perder tempo, eram muitos… Emprestava um de manhã, lia
durante o almoço, em casa. À tarde devolvia e logo pegava outro para a noite… A minha
velocidade era outra. Eu passava minhas férias inteiras lá!
 
Cresci, frequentei outras Bibliotecas, a Pública do Paraná, principalmente, mas a Franco Giglio me
acompanhou a vida toda. Ao visitar o Louvre, quando vi pela primeira vez uma tela de El Greco,
aquele momento emocionante me remeteu diretamente à Roseli e suas aulas de arte.
 
Quando tive meus filhos e tentei descobrir qual herança eu deixaria para eles, pensei: minha
infância dentro daquela maravilhosa biblioteca. E criei a Bisbilhoteca, que é a minha leitura da
Franco Giglio, minha homenagem à biblioteca que me trouxe tanta alegria. E não longe da
original, no Bigorrilho, mesmo bairro onde nasci e cresci.

E, para além da nostalgia de uma infância em meio aos livros e à cultura dentro da Franco Giglio,
aquela biblioteca, assim como imagino que outras pela cidade, marcaram infâncias,
proporcionaram outras leituras do mundo a muitos adultos que hoje produzem e transmitem essa
paixão pelos livros a muitas outras crianças!
 
Passo quase todos os dias em frente à Franco Giglio e observo o abandono. No início achei que
era por causa das obras da rua, mas logo se vê que aquela casinha de sonhos, tombada, está
jogada à própria sorte. Não temos mais Suzanas e Roselis, apaixonadas por livros, crianças e
cultura…
 
Temos pessoas que cumprem seu horário de trabalho. É certo que o mundo mudou e as crianças
não andam mais sozinhas pelas ruas, que as pesquisas são feitas em casa, na internet. Mas a
vocação de encontro e de lazer desses espaços públicos jamais deve ser perdida. As bibliotecas,
Casas de Leitura como são chamadas hoje, devem ser abertas todos os dias, inclusive finais‐de‐
semana, com uma programação atraente, trazendo crianças e suas famílias para desfrutarem do
que jamais poderiam ter em casa: a convivência com o mundo da cultura e a convivência com
outras pessoas.
 
(Cláudia Serathiuk)
 
“É certo que o mundo mudou e as crianças não andam mais sozinhas pelas ruas, que as
pesquisas são feitas em casa, na internet”. Esse segundo período do último parágrafo tem valor
 a) concessivo.
 b) adversativo.
 c) explicativo.
 d) comparativo.
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Questão 5: FGV - AJ (TJ AL)/TJ AL/Oficial de Justiça Avaliador/2018
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto – Além do celular e da carteira, cuidado com as figurinhas da Copa
 
Gilberto Porcidônio – O Globo, 12/04/2018
 
A febre do troca-troca de figurinhas pode estar atingindo uma temperatura muito alta.
Preocupados que os mais afoitos pelos cromos possam até roubá-los, muitos jornaleiros estão
levando seus estoques para casa quando termina o expediente. Pode parecer piada, mas há até
boatos sobre quadrilhas de roubo de figurinha espalhados por mensagens de celular.
 
Em relação ao segmento “Pode parecer piada...” do texto, o que justifica a possibilidade de
“piada” é que:
 a)  haja a divulgação por mensagens de celular alertando para a existência de quadrilhas de
roubos de figurinhas;
 b)  ocorra a necessidade de jornaleiros levarem para casa o estoque de figurinhas de suas
bancas;
 c)  existam notícias falsas, como ocorrem com crimes mais sérios, sobre formação de
quadrilhas de roubos de figurinhas;
 d)  aconteçam roubos que envolvam coisas de nenhum valor econômico, como as figurinhas
da Copa;
 e)  sejam divulgados fatos que envolvam quadrilhas de roubos de figurinhas pela internet.
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Questão 6: FGV - Proc (ALERJ)/ALERJ/2017
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Em seu livro Verissimas, Luis Fernando Verissimo faz a seguinte observação:
 
“Dizem que Kurosawa nunca teve no Japão o prestígio que teve no Ocidente. Talvez não tenha
sido um dos melhores diretores do Japão, mas foi um dos melhores diretores do mundo.
Kurosawa nunca fez o espetáculo só pelo espetáculo e até uma carga de cavalaria num filme seu
podia ser uma reflexão humanista”.
 
Sobre a estruturação argumentativa desse texto, somente é correto afirmar que:
 a)  toda a argumentação de Verissimo se apoia exclusivamente em sua própria opinião;
 b)  Verissimo, ainda que discorde da opinião japonesa sobre Kurosawa, faz uma concessão
aos que pensam de forma diferente;
 c)  segundo Verissimo, a opinião universal, particularmente do Ocidente, atribui um valor
oposto ao que Kurosawa recebe no Japão;
 d)  a afirmação de que Kurosawa é o melhor diretor cinematográfico do Japão se apoia na
flagrante defesa do humanismo na produção de cenas comuns;
 e)  de acordo com Verissimo, o cinema é um tipo de arte que deve apoiar-se na produção do
espetáculo pelo espetáculo, por não ser um veículo adequado à Filosofia.
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Questão 7: FGV - Ana Tec (MPE BA)/MPE BA/Tecnologia/2017
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
TEXTO – CHINA
 
Estou há pouco mais de dois anos morando na China, leitor, e devo dizer que a minha admiração
pelos chineses só tem feito crescer. É um país que tem coesão e rumo, como notou o meu colega
de coluna neste jornal Cristovam Buarque, que passou recentemente por aqui.
 
Coesão e rumo. Exatamente o que falta ao nosso querido país. E mais o seguinte: uma noção
completamente diferente do tempo. Trata-se de uma civilização milenar, com mentalidade
correspondente. Os temas são sempre tratados com uma noção de estratégia e visão de longo
prazo. E paciência. A paciência que, como disse Franz Kafka, é uma segunda coragem.
 
Nada de curto praxismo, do imediatismo típico do Ocidente, que têm sido tão destrutivos e
desagregadores.
 
Esse traço do chinês é até muito conhecido no resto do mundo. Há uma famosa observação do
primeiro-ministro Chou En-Lai, muito citada, que traduz essa noção singular do tempo. Em certa
ocasião, no início dos anos 1970, um jornalista estrangeiro lançou a pergunta: “Qual é afinal,
primeiro-ministro, a sua avaliação da Revolução Francesa?” Chou En-Lai respondeu: “É cedo para
dizer”.
 
Recentemente, li aqui na China que essa célebre resposta foi um simples mal-entendido. Com os
percalços da interpretação, Chou En-Lai entendeu, na verdade, que a pergunta se referia à revolta
estudantil francesa de 1968! Pronto. Criou-se a lenda.
 
Pena que tenha sido um mal-entendido. Seja como for, é indubitável que para os chineses o
tempo tem outra dimensão. Para uma civilização de quatro mil anos ou mais, uma década tem
sabor de 15 minutos.
 
(O Globo, 15/9/2017)
 
“Estou há pouco mais de dois anos morando na China, leitor, e devo dizer que a minha admiração
pelos chineses só tem feito crescer. É um país que tem coesão e rumo, como notou o meu colega
de coluna neste jornal Cristovam Buarque, que passou recentemente por aqui”.

A função textual da inclusão de Cristovam Buarque no texto é a de:


 a)  dar importância ao tema escolhido para a crônica;
 b)  dar autoridade e credibilidade às observações do autor;
 c)  demonstrar o valor de sua coluna no jornal;
 d)  criticar indiretamente os gastos do Poder Legislativo;
 e)  indicar que o tema já foi tratado pelo jornal.
Esta questão possui comentário do professor no site.www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/553285
Questão 8: FGV - Ana Tec (MPE BA)/MPE BA/Tecnologia/2017
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Observe a charge a seguir.
 
 
Nessa charge a resposta da menina:
 a)  demonstra não haver entendido a fala do outro personagem;
 b)  critica a baixa qualidade do estudo de língua portuguesa;
 c)  indica pouco conhecimento de figuras de linguagem;
 d)  ironiza a situação do Poder Legislativo no Brasil;
 e)  mostra a distância cultural entre os personagens.
Esta questão possui comentário do professor no site.www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/553386
Questão 9: FGV - Tec NS (Salvador)/Pref Salvador/Suporte Administrativo/Operacional/2017
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto 
 
“Enquanto Kim Jong-um e Donald Trump travarem suas desavenças por Twitter, nada há a temer.
A terceira rodada em 140 toques, na qual @realDonaldTrump proclamou na manhã de sexta-feira
que ‘soluções militares estão totalmente posicionadas, travadas e carregadas caso a Coreia do
Norte aja imprudentemente...´, foi rebatida pela DPRK, a agência noticiosa do regime de
Pyongyang, com um florido ‘as últimas idiotices vomitadas da mente de Donald Trump são
descartadas como delírios de um bufão impotente´”.
 
O GLOBO, julho de 2017.
 
O início do Texto critica, basicamente,
 a)  a inutilidade da tecnologia em momentos de crise aguda.
 b)  a falta de real comunicação entre os presidentes, limitada pela breve extensão do Twitter.
 c)  a tentativa de ambos os presidentes de mascararem problemas internos bastante graves.
 d)  a verborragia de estilo falsamente literário dos presidentes.
 e)  a irresponsabilidade dos autores dos textos veiculados no artigo.
Esta questão possui comentário do professor no site.www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/640023
Questão 10: FGV - Tec NS (Salvador)/Pref Salvador/Suporte Administrativo/Operacional/2017
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto 
 
“Enquanto Kim Jong-um e Donald Trump travarem suas desavenças por Twitter, nada há a temer.
A terceira rodada em 140 toques, na qual @realDonaldTrump proclamou na manhã de sexta-feira
que ‘soluções militares estão totalmente posicionadas, travadas e carregadas caso a Coreia do
Norte aja imprudentemente...´, foi rebatida pela DPRK, a agência noticiosa do regime de
Pyongyang, com um florido ‘as últimas idiotices vomitadas da mente de Donald Trump são
descartadas como delírios de um bufão impotente´”.
 
O GLOBO, julho de 2017.
 
Sobre o conteúdo do Twitter de Donald Trump, assinale a afirmativa correta.
 a)  Produzido para agradar os leitores americanos, mostrando a potência de seus arsenais.
 b)  Reflexo do exibicionismo que possui a imagem do presidente Trump.
 c)  Demonstração de uma ameaça implícita por meio de preparação bélica antecipada.
 d)  Discurso vazio, com referências a fatos inexistentes.
 e)  Oferecimento de outros canais, além do bélico, para a solução do conflito.
Esta questão possui comentário do professor no site.www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/640026
Questão 11: FGV - Tec NS (Salvador)/Pref Salvador/Suporte Administrativo/Administração/2017
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
TEXTO 
 
BELEZA COMO MANDAMENTO
 
Posso falar de arte e artistas outra vez? Tenho afeição pelo tema. Espero que, em algum lugar aí
no Brasil, haja leitores e leitoras, mesmo poucos, que se interessem pela figura singular e tão
fundamental do artista. Ou quem sabe se dou sorte e há um ou outro artista aí fora, extraviado
nesta coluna?
 
[....] Sempre me pareceu que o artista verdadeiro sacrifica qualquer “conteúdo”, qualquer
“coerência”, por uma bela frase, por um belo gesto, por um belo efeito plástico ou cênico. Como
dizia Oscar Wilde, “coerência é a virtude dos que não têm imaginação”. Dos não artistas, portanto.
 
O que distingue o artista é a busca incondicional pela beleza, em detrimento da verdade, do
equilíbrio, do bom senso, da ética, da saúde e até da própria vida. Além disso, leitor, o artista é
frequentemente um pobre ser ameaçado, com instalação precária no mundo. E, se faz
concessões, corre o risco de se desvirtuar, de perder o rumo.
 
Assim, o artista precisa sacrificar, ou deixar em segundo plano, a verdade e a moral. A
objetividade e os bons princípios são temas para outros tipos humanos, para o cientista e para o
sacerdote, respectivamente. [....] Quando um artista migra para outros terrenos (ciência, moral,
filosofia, pensamento social, crítica literária), o que acaba dominando, em última análise, é a
expressão da beleza. Para o verdadeiro artista, a beleza é o único mandamento. Para o bem e
para o mal, ela interfere o tempo todo. E a obra artística resvala para a mentira, para o engano,
para a fabulação. Tangencia a imoralidade, o crime, a perversão.
 
(Paulo Nogueira Batista Jr., O Globo, 04/08/2017 – adaptado)
 
No primeiro parágrafo, o texto fala de “um ou outro artista aí fora, extraviado nesta coluna?”.
 
Nesse caso, os artistas estariam “extraviados” porque
 a)  o colunista não deve tratar de temas relacionados à arte.
 b)  a coluna aborda temas de forma diferente.
 c)  o acaso pode levar alguns artistas a gostarem da coluna.
 d)  os leitores de jornais diários não gostam de arte.
 e)  elaborariam obras de arte distantes do interesse do público.
 
Esta questão não possui comentário do professor no site.www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/643193
Questão 12: FGV - OF CHAN (MRE)/MRE/2016
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto 1
 
Um país em berço de sangue

O maior país da América Latina, com a maior população católica do mundo, não nasceu de forma
tranquila. Neste livro, com o realismo dos documentos originais, vemos claramente a brutalidade
do extermínio dos índios na costa brasileira, berço de sangue cujo marco determinante é a
fundação da cidade do Rio de Janeiro.

O Brasil real começou a ser construído por homens como o degredado João Ramalho, que raspava
os pelos do corpo para se mesclar aos índios e construiu um exército de mestiços caçadores de
escravos mais poderoso que o da própria Coroa; personagens improváveis como o jesuíta Manoel
da Nóbrega, padre gago incumbido de catequizar um povo de língua indecifrável, esteio da
erradicação dos “hereges” antropófagos; líderes implacáveis como Aimberê, ex-escravo que tomou
a frente da resistência e Cunhambebe, cacique “imortal”, que dizia poder devorar carne humana
porque era “um jaguar”.

Incluindo protestantes franceses, que se aliaram aos índios para escapar dos portugueses e da
Inquisição, além de mamelucos, os primeiros brasileiros verdadeiramente ligados à terra, que
falavam tupi tanto quanto o português e partiram do planalto de Piratininga para caçar índios e
estenderam a colônia sertão adentro, surge um povo que desde a origem nada tem da
autoimagem do “brasileiro cordial”.
 
(Texto da orelha do livro A conquista do Brasil, de Thales Guaracy, Planeta, Rio de Janeiro, 2015)
 
O texto 1, retirado da orelha do livro indicado, tem como finalidade destacar qualidades da obra
a que alude; NÃO é uma dessas qualidades o seguinte tópico:
 a) a preocupação com a autenticidade das fontes;
 b) a revelação de aspectos inesperados de nossa história;
 c) a negação de verdades estabelecidas pela tradição;
 d) a presença de testemunhos autorizados;
 e) a inclusão de informações históricas estrangeiras.
Esta questão possui comentário do professor no site.www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/322945
Questão 13: FGV - OF CHAN (MRE)/MRE/2016
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto 1
 
Um país em berço de sangue

O maior país da América Latina, com a maior população católica do mundo, não nasceu de forma
tranquila. Neste livro, com o realismo dos documentos originais, vemos claramente a brutalidade
do extermínio dos índios na costa brasileira, berço de sangue cujo marco determinante é a
fundação da cidade do Rio de Janeiro.

O Brasil real começou a ser construído por homens como o degredado João Ramalho, que raspava
os pelos do corpo para se mesclar aos índios e construiu um exército de mestiços caçadores de
escravos mais poderoso que o da própria Coroa; personagens improváveis como o jesuíta Manoel
da Nóbrega, padre gago incumbido de catequizar um povo de língua indecifrável, esteio da
erradicação dos “hereges” antropófagos; líderes implacáveis como Aimberê, ex-escravo que tomou
a frente da resistência e Cunhambebe, cacique “imortal”, que dizia poder devorar carne humana
porque era “um jaguar”.

Incluindo protestantes franceses, que se aliaram aos índios para escapar dos portugueses e da
Inquisição, além de mamelucos, os primeiros brasileiros verdadeiramente ligados à terra, que
falavam tupi tanto quanto o português e partiram do planalto de Piratininga para caçar índios e
estenderam a colônia sertão adentro, surge um povo que desde a origem nada tem da
autoimagem do “brasileiro cordial”.
 
(Texto da orelha do livro A conquista do Brasil, de Thales Guaracy, Planeta, Rio de Janeiro, 2015)
 
“O maior país da América Latina, com a maior população católica do mundo, não nasceu de forma
tranquila”.

A estruturação desse primeiro período do texto 1 mostra:


 a) informações históricas relativas ao início de nossa história;
 b) características iniciais que fazem supor um nascimento diferente;
 c) oposição implícita entre as características iniciais;
 d) afirmação final independente das marcas inicialmente fornecidas;
 e) importância geográfica e econômica do Brasil de hoje.
Esta questão possui comentário do professor no site.www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/322948
Questão 14: FGV - Ana (MPE RJ)/MPE RJ/Processual/2016
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto – Problemas Sociais Urbanos
 
Brasil escola
 
Dentre os problemas sociais urbanos, merece destaque a questão da segregação urbana, fruto da
concentração de renda no espaço das cidades e da falta de planejamento público que vise à
promoção de políticas de controle ao crescimento desordenado das cidades. A especulação
imobiliária favorece o encarecimento dos locais mais próximos dos grandes centros, tornando-os
inacessíveis à grande massa populacional. Além disso, à medida que as cidades crescem, áreas
que antes eram baratas e de fácil acesso tornam-se mais caras, o que contribui para que a grande
maioria da população pobre busque por moradias em regiões ainda mais distantes.
 
Essas pessoas sofrem com as grandes distâncias dos locais de residência com os centros
comerciais e os locais onde trabalham, uma vez que a esmagadora maioria dos habitantes que
sofrem com esse processo são trabalhadores com baixos salários. Incluem-se a isso as precárias
condições de transporte público e a péssima infraestrutura dessas zonas segregadas, que às vezes
não contam com saneamento básico ou asfalto e apresentam elevados índices de violência.
 
A especulação imobiliária também acentua um problema cada vez maior no espaço das grandes,
médias e até pequenas cidades: a questão dos lotes vagos. Esse problema acontece por dois
principais motivos: 1) falta de poder aquisitivo da população que possui terrenos, mas que não
possui condições de construir neles e 2) a espera pela valorização dos lotes para que esses se
tornem mais caros para uma venda posterior. Esses lotes vagos geralmente apresentam
problemas como o acúmulo de lixo, mato alto, e acabam tornando-se focos de doenças, como a
dengue.
 
PENA, Rodolfo F. Alves. “Problemas socioambientais urbanos”; Brasil Escola. Disponível em http://brasilescola.uol.com.br/brasil/problemas-
ambientais-sociais-decorrentes-urbanização.htm.
 
Acesso em 14 de abril de 2016.

“Além disso, à medida que as cidades crescem, áreas que antes eram baratas e de fácil acesso
tornam-se mais caras, o que contribui para que a grande maioria da população pobre busque por
moradias em regiões ainda mais distantes”.
 
Segundo o texto, os mais pobres residem em locais distantes dos grandes centros porque:
 a)  estão em contato direto com a natureza;
 b)  passam a residir em locais menos caros;
 c)  são obrigados a morar em locais mais humildes;
 d)  desejam livrar-se dos problemas dos grandes centros;
 e)  são levados à pobreza pelo desemprego.
Esta questão possui comentário do professor no site.www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/349871
Questão 15: FGV - Prof III (Paulínia)/Pref Paulínia/Português/2016
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Ataque a hospital mata crianças
 
O último pediatra de Aleppo e várias crianças estão entre os 27 mortos no bombardeio que atingiu
um hospital apoiado por Médicos Sem Fronteiras na cidade síria. Atribuído às forças de Bashar al-
Assad, o ataque ressalta a escalada de violência num país onde uma pessoa é morta a cada 25
minutos, segundo levantamento da ONU.
 
(O Globo, 29/04/2016)
 
O texto da notícia considera como de conhecimento geral um conjunto de elementos; os
elementos que estão nesse caso são
 a)  Aleppo e Médico sem Fronteiras.
 b)  Médico Sem Fronteiras e Bashar al-Assad.
 c)  Bashar al-Assad e ONU.
 d)  ONU e Aleppo.
 e)  Aleppo e cidade síria.
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Questão 16: FGV - Fisc Post (Niterói)/Pref Niterói/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Mandamentos do consumismo I

A publicidade cerca-nos de todos os lados - na TV, nas ruas, nas revistas e nos jornais – e força-
nos a ser mais consumidores que cidadãos. Hoje, tudo se reduz a uma questão de marketing.
Uma empresa de alimentos geneticamente modificados pode comprometer a saúde de milhões de
pessoas. Não tem a menor importância, se uma boa máquina publicitária for capaz de tornar a sua
marca bem aceita entre os consumidores. Isso vale também para o refrigerante que descalcifica
os ossos, corrói os dentes, engorda e cria dependência. Ao bebê-lo, um bando de jovens
exultantes sugere que, no líquido borbulhante, encontra-se o elixir da suprema felicidade.

A sociedade de consumo é religiosa às avessas. Quase não há clipe publicitário que deixe de
valorizar um dos sete pecados capitais: soberba, inveja, ira, preguiça, avareza, gula e luxúria.
Capital significa cabeça. Ensina meu confrade Tomás de Aquino (1225-1274) que são capitais os
pecados que nos fazem perder a cabeça e dos quais derivam inúmeros males.

A soberba faz-se presente na publicidade que exalta o ego, como o feliz proprietário de um carro
de linhas arrojadas ou um portador de cartão de crédito que funciona como a chave capaz de
abrir todas as portas do desejo. A inveja faz as crianças disputarem qual de suas famílias tem o
melhor veículo. A ira caracteriza o nipônico quebrando o televisor por não ter adquirido algo de
melhor qualidade. A preguiça está a um passo dessas sandálias que convidam a um passeio de
lancha ou abrem as portas da fama com direito a uma confortável casa com piscina. A avareza
reina em todas as poupanças e no estímulo aos prêmios de carnês. A gula, nos produtos
alimentícios e nas lanchonetes que oferecem muito colesterol em sanduíches piramidais. A luxúria,
na associação entre a mercadoria e as fantasias eróticas: a cerveja espumante identificada com
mulheres que exibem seus corpos em reduzidos biquínis.
 
(Frei Betto, 08/05/2011)
 
A publicidade de um desodorante, dizia: “Use Avanço, que elas avançam”; nesse caso,
considerando o texto, é correto afirmar que esse anúncio apela para:
 a)  avareza;
 b)  luxúria;
 c)  inveja;
 d)  ira;
 e)  soberba.
 
 
 
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Questão 17: FGV - AJ (TJ BA)/TJ BA/Apoio Especializado/Tecnologia da Informação/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto
 
 
A estratégia argumentativa do texto apela para:
 a)  o medo;
 b)   a sedução;
 c)  a competição;
 d)  o interesse;
 e)  o constrangimento.
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Questão 18: FGV - AJ (TJ BA)/TJ BA/Apoio Especializado/Tecnologia da Informação/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto

O FUMO NÃO PRODUZ CÂNCER

Os cientistas soviéticos afirmam que chegaram à conclusão de que não há nenhuma relação entre
o tabagismo e o câncer. Informam que depois de minuciosas experiências com aplicação de
tabaco nos lábios e na pele de ratos, não conseguiram produzir o câncer. ‘É possível, contudo,
esclarecem, que o nosso tabaco georgiano não contenha cancerígenos’.

Os norte-americanos, entretanto, na pessoa do Dr. Cuyler Hammond, diretor de Pesquisas


Estatísticas da Sociedade Americana de Câncer e professor de biometria da Universidade de Yale,
declaram que o cigarro é responsável por numerosos casos de câncer, nos Estados Unidos. [...] ‘O
Estudo não deixou dúvida alguma – prossegue – que o tipo de câncer que mais aumenta nos
Estados Unidos, o câncer de pulmão masculino, é mais comum entre os fumantes do que entre os
não fumantes’[...] (IV Congresso Internacional do Câncer)

Os dois trechos do texto acima mostram:


 a)  posições opostas diante do tabagismo, mas reveladoras de interesses comerciais
nacionais;
 b)  posições de caráter científico, que abordam sob pontos de vista diferentes a relação entre
câncer e tabagismo;
 c)  posições semelhantes, já que ambas se fundamentam em pesquisas científicas;
 d)  uma relativização nas afirmações de que as relações entre câncer e tabagismo estão
definitivamente estabelecidas;
 e)  posições opostas, mas de valorização do conhecimento científico.
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Questão 19: FGV - AJ (TJ PI)/TJ PI/Administrativa/Analista Judicial/2015
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto 1

O site Cracked separou sete coisas que ninguém sabia sobre os celulares. São várias teorias sobre
a nocividade dos aparelhos sobre o corpo humano. Quer saber quais são elas? Então vamos à
lista:

1. Celulares são responsáveis pela destruição de famílias

Antes dos telefones celulares, os casais eram muito mais fiéis. Atualmente, a grande maioria dos
casos de adultério é combinada por telefones pessoais, pois dessa forma não há tanto risco de
outra pessoa atender às ligações. Isso sem falar em reuniões familiares, que são constantemente
atrapalhadas (ou ignoradas) por filhos e filhas que preferem as mensagens de texto às conversas
com os pais.

2. Ele põe sua vida em risco

No Brasil, falar ao celular enquanto se está no volante é uma infração de trânsito. Isso acontece
porque o telefone realmente tira a atenção dos motoristas. Mas há relatos de que a distração
causada pelos celulares vai muito mais além: até mesmo quando estamos caminhando, ficamos
mais suscetíveis a acidentes quando estamos em ligações.

3. Seu telefone é uma colônia de bactérias

Um dos principais problemas dos celulares são os micróbios. Muitos utilizam os aparelhos no
banheiro, o que pode infectá-los com bactérias dos mais variados tipos. Sujeiras dos bolsos, chão
e mesas também afetam os telefones. Em suma, os celulares são verdadeiras colônias de germes
e outros pequenos vilões da saúde humana.

4. Mensagens estão em nosso subconsciente

Um estudo alemão mostrou que grande parte das pessoas de até 30 anos está com os caminhos
para a digitação de mensagens gravados no subconsciente. Isso significa que, mesmo sem um
teclado visível, os usuários conseguem saber onde estão as letras de seus celulares.

Parece o mesmo que acontece com os teclados de computadores, mas nos experimentos somente
os números eram mostrados e, incrivelmente, as pessoas envolvidas conseguiam decifrar os
códigos mais rapidamente.

5. Você está perdendo seus sentidos

Em uma velocidade muito baixa, mas isso está acontecendo. Possivelmente os celulares estejam
fazendo com que seus olhos sejam afetados (a radiação faz com que eles sejam aquecidos). Além
disso, a audição pode estar sendo afetada por volumes muito altos em fones de ouvido.

6. Eles deixam as crianças malcriadas

Estudos mostram um dado curioso. Mulheres que usam celular durante a gravidez e durante os
primeiros anos de vida de seus bebês têm 50% a mais de chances de terem filhos com sérios
problemas comportamentais. A causa disso? A radiação por celulares estaria estimulando a
liberação de melatonina (um hormônio que regula várias funções corporais).

7. Celulares podem causar esterilidade

Segundo apontam cientistas, celulares emitem radiação eletromagnética. É ela que,


supostamente, causa danos ao cérebro. Novas teorias apontam para o fato de que essa mesma
radiação poderia ser responsável por afetar também o sistema reprodutor dos homens. Como os
celulares ficam muito tempo nos bolsos, isso poderia ser uma causa da esterilidade.
 
 
Observe a charge abaixo:
 

 
A primeira teoria informa que “Celulares são responsáveis pela destruição de famílias”. Trata-se de
uma:
 a)  informação fundamentada em pesquisa;
 b)  constatação a partir de fatos;
 c)  opinião profundamente exagerada;
 d)  observação baseada em preconceitos;
 e)  afirmação criada por mentes conservadoras.
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Questão 20: FGV - AP (TCE-BA)/TCE-BA/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
A festa cristão
 
A Igreja Católica denuncia a amoralidade e o materialismo pelo vazio espiritual da moderna
civilização. A decomposição das famílias, a violência, a corrupção, as drogas, a dissolução dos
costumes e a falta de solidariedade com os menos afortunados seriam sintomas de um mundo
sem fé.
 
“Ao lado do racionalismo grego, nada influenciou tanto a história do Ocidente quanto o
cristianismo”, registra o filósofo Karl Popper. “O cristianismo foi o principal ingrediente do
pensamento europeu. Mesmo sob ataque, manteve seus críticos em sua órbita. São ainda
condenados a esgrimir com a ética e a moralidade cristã até mesmo os ateus” , observa o
historiador Fernand Braudel. Humanistas prisioneiros de métodos científicos, desamparados pela
fé, celebram também com o Papa Francisco “o Natal como anúncio de alegria, esperança e
ternura”.
 
O historiador Paul Johnson argumenta que “a ascensão cristã não foi acidental, mas sim o
atendimento de uma ampla, urgente e mal formulada necessidade de um culto monoteísta no
mundo grego. As divindades tribais não forneciam mais explicações satisfatórias para uma
sociedade cosmopolita em expansão, com crescentes padrões de vida e pretensões intelectuais”.
Era a versão mediterrânea da globalização derrubando deuses locais.
 
O mesmo pode ser dito da contaminação viral das ideias socialistas. A “morte” de Deus e o
“desencantamento” do mundo exigiram uma nova religião secular e universal. O marxismo e suas
pretensas bases científicas revelaram‐se não apenas um formidável equívoco intelectual mas
também um trágico experimento político, social e econômico. Mas disseminaram‐se por seu apelo
a nossos ancestrais instintos de solidariedade e altruísmo, heranças da moralidade dos pequenos
bandos e das grandes religiões. Pois, afinal, “a predisposição à crença religiosa é a mais
complexa, poderosa e provavelmente irremovível força da natureza humana”, considera o biólogo
Edward Wilson.
 
Por outro lado, apesar de criticados por sua impessoalidade e incompreendidos pelas massas, os
mercados globais formam uma extensa rede de cooperação social abrangendo bilhões de
indivíduos. “Nossas dificuldades resultam de que precisamos ajustar nossas vidas, pensamentos e
emoções a esses dois mundos diferentes”, diagnostica o economista Friedrich von Hayek.
 
(Paulo Guedes, O Globo, 23/12/2013)
 
O título do texto – A festa cristã – indica
 a) uma ironia aos tempos modernos.
 b) uma tentativa de recuperar valores antigos.
 c) um sinal de permanência de valores humanos.
 d) uma festa contaminada pelo consumismo.
 e) uma prova da força da Igreja Católica no mundo antigo.
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Questão 21: FGV - TNS (ALBA)/ALBA/Redação e Revisão Legislativa/Letras/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Observe a tira a seguir.
Uma das marcas de textualidade dessa tira é a presença de intertextualidade, presente
 a) na referência de “antidemocrático” em relação a Fidel Castro.
 b) na presença do vocábulo “Fidel” no segundo quadrinho.
 c) na alusão a textos de cartilha de alfabetização.
 d) na exemplificação dos vocábulos citados no primeiro quadrinho.
 e) na citação de nomes próprios conhecidos socialmente.
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Questão 22: FGV - ACI (Pref Recife)/Pref Recife/Tecnologia da Informação/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto
 
Jeffrey Archer, cujos livros sempre marcaram presença nas listas de best-sellers em todo o
mundo, com mais de 250 milhões de exemplares vendidos em 97 países e mais de 37 línguas, já
escreveu romances, contos e obras de não ficção que alcançaram o topo das vendas.
 
O autor estudou na Oxford University e durante cinco anos foi membro da Câmara dos Comuns,
durante dezesseis, da Câmara dos Lordes, e por dois anos trabalhou no serviço penitenciário de
Sua Majestade – o que inspirou muitas de suas histórias.
 
(Jeffrey Archer)

O texto acima está impresso na contracapa de um dos livros de Jeffrey Archer. Sua função, na
situação em que se encontra, é
 a) divulgar a vida e a obra do autor.
 b) informar o leitor sobre o autor, ainda pouco conhecido.
 c) fazer a publicidade do livro em que esse texto foi impresso.
 d) valorizar as obras de literatura policial.
 e) mostrar aspectos novos da literatura contemporânea.
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Questão 23: FGV - TAJ (TJ RJ)/TJ RJ/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
TEXTO – ANTES QUE A FONTE SEQUE
 
José Carlos Tórtima, O Globo, 04/10/2014
 
Na deslumbrada primeira visão da nossa terra, Pero Vaz de Caminha, o empolgado escrivão da
frota de Cabral, não conteria a euforia ao  anunciar, em sua célebre epístola ao rei Dom Manuel,
que as águas da nova colônia eram não só muitas, mas “infindas”. Só não imaginava Caminha que
com sua bela carta de apresentação da ambicionada Índia Ocidental aos nossos ancestrais
lusitanos poderia estar lançando as sementes da arraigada e onipresente cultura de esbanjamento
do precioso líquido e do mito de sua inesgotabilidade. Cultura esta que até hoje se faz presente
nas cenas de desperdício explícito nas cidades e no campo. E também na timidez de políticas
públicas direcionadas à preservação e ao bom uso das reservas do mineral.

Ainda que só tenhamos o primeiro parágrafo do texto, pelo que nele vai escrito e por sua
veiculação em jornal de prestígio, podemos inferir que sua finalidade maior é:
 a) criticar o ufanismo do escrivão da frota de Cabral;
 b) denunciar o desperdício de água em todo o país;
 c) defender políticas públicas de preservação de minerais;
 d) alertar para a falta de água nas cidades e no campo;
 e) aconselhar medidas de preservação da água.
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Questão 24: FGV - AnaT (DETRAN MA)/DETRAN MA/2013
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Não é a chuva (fragmento)

Tem saído nos jornais: chuvas deixam São Paulo no caos. É verdade que os moradores estão
sofrendo além da conta, quer estejam circulando pela cidade com seus carros ou nos ônibus e
metrô, quer estejam em casa ou no trabalho. Três fatores criam a confusão: semáforos
desligados; alagamentos nas ruas; falta de energia. Então, tudo culpa da chuva, certo? Errado.

Semáforos, por exemplo. Eles poderiam ter a fiação enterrada ou a fonte de energia e os sistemas
de controle automático protegidos por caixas blindadas. Isso não é nenhuma maravilha da
tecnologia,algo revolucionário. Existe em qualquer cidade organizada. E tanto é acessível que já
há projetos para a instalação desses equipamentos em São Paulo. Se não avança, é culpa dos
administradores – não da chuva.

Quanto aos alagamentos, ocorrem por falta de algum serviço ou obra, esta já prevista. Podem
reparar. Sempre aparece alguma autoridade municipal ou estadual dizendo que a enchente aqui
será resolvida com um piscinão, ali com a canalização de um córrego, em outra rua com a simples
limpeza dos bueiros, e assim vai. De novo, sabe‐se o que é preciso fazer, mas não se faz.
Também não é culpa da chuva.
A falta de energia é outro estrago. Caem postes, desabam árvores, fiações são destruídas,
transformadores pifam. Um amigo conta a situação na sua rua: os galhos de uma árvore
cresceram muito e encostaram no transformador; quando chove com vento, os galhos vão 
batendo no transformador, já molhado, até desligá‐lo. Sempre acontece isso.

Ora, por que não podam a árvore? Porque é preciso uma autorização formal da prefeitura, o que
significa uma solicitação formal, um trâmite formal, a visita pessoal de um fiscal. Não sai antes da
próxima chuva.

Podem reparar: em toda queda de árvore, sempre aparece um morador para dizer que aquilo era
esperado, que já havia sido solicitada a poda ou a retirada. De novo, não tem nada a ver com a
chuva.

(Carlos Alberto Sardenberg. O Globo, 28/02/2013)


 
“Semáforos, por exemplo. Eles poderiam ter a fiação enterrada ou a fonte de energia e os
sistemas de controle automático protegidos por caixas blindadas. Isso não é nenhuma maravilha
da tecnologia, algo revolucionário. Existe em qualquer cidade organizada. E tanto é acessível que
já há projetos para a instalação desses equipamentos em São Paulo”. Ao escrever o que aparece
sublinhado nesse segmento do texto, o autor do texto se defende previamente de um argumento
oposto, que é o de que se trata de uma solução
 a) já ultrapassada.
 b) demasiadamente cara.
 c) exageradamente sofisticada.
 d) comprovadamente ineficaz.
 e) bastante simples.
 
Esta questão possui comentário do professor no site.www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/128255
Questão 25: FGV - TecGes Admin (ALEMA)/ALEMA/Taquígrafo/2013
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
“A Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados aprovou o projeto que limita a autoridade do
STF, mas entre seus votantes estavam dois deputados cassados no processo do mensalão”.

Nesse caso,
 a) em lugar de falar dos dados errados do projeto, o texto passa a ataques pessoais.
 b) apresenta‐se uma generalização excessiva, já que nem todos os projetos são aprovados.
 c) nota‐se uma fuga do assunto, deixando a essência da discussão de lado.
 d) apresenta‐se uma possibilidade como certeza.
 e) Ocorre uma troca indevida entre causa e efeito.
Esta questão possui comentário do professor no site.www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/137025
Questão 26: FGV - TecGes Admin (ALEMA)/ALEMA/Taquígrafo/2013
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Assinale a alternativa que indica o raciocínio em que se nota a presença de um círculo vicioso.
 a) A televisão brasileira produz muitas matérias que envolvem violência, daí que possamos
considerar a TV como grande incentivadora da violência.
 b) O acadêmico Fábio é o melhor candidato à presidente porque ninguém é mais qualificado
do que ele.
 c) o Colégio Santo Antônio educa seus alunos como militares no quartel, dando‐lhes noções
de disciplina e solidariedade.
 d) Ele não queria reeleger‐se, mas candidatou‐se à reeleição por exigência do partido a que se
filiara.
 e) Nunca tantos deveram tanto a tão poucos.
Esta questão possui comentário do professor no site.www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/137026
Questão 27: FGV - Del Pol (PC MA)/PC MA/2012
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto para a questão

O Brasil e as drogas

Algumas recentes notícias divulgadas na mídia, especialmente a que dá conta de que o Brasil
ocupa a 2ª colocação no ranking mundial de consumo de cocaína e derivados (crack, por
exemplo), atrás apenas dos Estados Unidos, aumentaram a preocupação das autoridades e da
população em geral com relação ao problema das drogas em nosso país.

Certamente, a indesejada posição no ranking mundial de consumo de drogas levanta a questão


sobre o papel de cada entidade pública e de cada cidadão no enfrentamento da questão das
drogas. Contudo, é preciso avaliar inúmeros outros aspectos na constante busca de
aperfeiçoamento da atividade de cada envolvido, de forma que se possa dar a devida contribuição
para o enfrentamento da questão com eficiência.

O combate militarizado ao tráfico, de forma isolada, certamente será medida ineficiente na luta
contra as drogas. Seu efeito, ao contrário, somente aumentará o custo da operação do tráfico, o
que aumentará ainda mais sua lucratividade e fomentará a corrupção.

(Fábio Sérgio do Amaral)


 
“O combate militarizado ao tráfico, de forma isolada,  certamente será medida ineficiente na luta
contra as drogas. Seu efeito, ao contrário, somente aumentará o custo da operação do  tráfico, o
que aumentará ainda mais sua lucratividade e  fomentará a corrupção”.

Deduz-se desse segmento do texto que


 a) o combate às drogas deva ser feito não só pela polícia militar, mas também pela polícia
civil.
 b) o combate ao tráfico deve ser feito por aqueles setores da sociedade preparados para
confrontos.
 c) já que o combate social do tráfico vai dificultar a venda de drogas, seu preço se tornará
mais alto.
 d) os traficantes passam a ter mais lucros quando a polícia militar, por sua corrupção, deixa
de combater o tráfico.
 e) a luta contra as drogas só terá sucesso se o corrupção for combatida.
Esta questão possui comentário do professor no site.www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/199969
Questão 28: FGV - ARE (AP)/SEAD AP/2010
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)

Corrupção, ética e transformação social


Em toda História do Brasil, talvez nunca tenhamos visto um momento em que notícias de
corrupção tenham sido tão banais nos meios de comunicação, e tão discutidas por grande parte
da população.Em qualquer lugar (mesmo que seja um ônibus, por exemplo), sempre há alguém
falando sobre a crise na saúde, a crise na educação e, inclusive, a crise ética na política brasileira.

Contudo, é preciso notar também que, muitas vezes, enquanto cidadãos, nós mesmos raramente
decidimos fazer alguma coisa pela transformação da realidade - isso, quando fazemos algo. Certo
comodismo nos toma de assalto e reveste toda a nossa fala de uma moral vazia, estéril, que se
reduz à crítica que não busca alterar a realidade. Afinal de contas, em época de eleições, como a
que estamos prestes a vivenciar, nós notamos nas propagandas políticas dos partidos a presença
dos mesmos políticos e das mesmas propostas políticas, as mesmas já prometidas nas eleições
anteriores, e que jamais foram executadas. Logicamente há as exceções de certos governantes
que fazem por onde efetivar suas promessas, mas esses, infelizmente, continuam sendo uma
minoria em todo o Brasil.

Numa outra perspectiva, é interessante perceber também quão contraditória consiste ser a
distância entre o que nós criticamos em nossos políticos e as ações que nós reproduzimos em
nosso cotidiano. De uma forma ou de outra, reproduzimos a corrupção que nós percebemos na
administração pública nacional quando empregamos o chamado jeitinho brasileiro, em que o peso
de um sobrenome ou o peso da influência do status social passa a ser um dos elementos
determinantes para a obtenção de certos fins. É nesse sentido que podemos apontar aqui um
grave problema social brasileiro, uma das principais bases para se buscar o fim da corrupção
política no Brasil: a existência de uma ética baseada em uma falta de ética. Como poderemos
superar essa incongruência?

Com certeza, a Educação pode ser a saída ideal. Mas tem de ser uma Educação voltada para
desenvolver nas crianças, nos jovens e até mesmo nos universitários - independentemente de
frequentarem instituições públicas ou privadas - uma preocupação para com o bem público, isto é,
para com a sociedade. Uma Educação que os leve a superar uma concepção de mundo utilitarista,
segundo a qual toda sociedade humana não passa de um somatório de indivíduos e seus
interesses pessoais, que tão bem se acomoda ao jeitinho brasileiro, será o primeiro passo para se
desenvolver uma sociedade mais justa, uma sociedade em que a preocupação com o público, com
o coletivo, será a forma ideal para buscar a felicidade individual, que tanto preocupa certos
conservadores.

Para tanto, sabemos que é preciso não uma "educação política", mas sim uma educação
politizada. Uma educação que reconheça que a solução para a corrupção centra-se em conceber a
política não apenas como um instrumento para se alcançar um determinado fim, consolidando-se,
portanto, numa mera razão instrumental. Uma educação na qual a própria política, a partir do
momento em que buscar ser de fato um meio para se alcançar o bem de todos - como ao que se
propõe o nosso modelo democrático -, vai estruturar uma ética que localizará no comodismo e no
jeitinho brasileiro as raízes de nosso analfabetismo político, substituindo-os por outras formas de
ação social ao longo da construção de uma cultura cívica diferente.

(adaptado de MOREIRA, Moisés S. In www.mundojovem.com.br:)

De acordo com o texto, é incorreto afirmar que:

 a) A concepção de democracia no Brasil inclui, contraditoriamente, a razão instrumental como


filosofia.
 b) O fato de fazermos uso do jeitinho como instrumento é uma das evidências de nosso
analfabetismo político.
 c) O conceito de Educação politizada implica a negação do modelo de civismo em voga na
sociedade atual.
 d) A ideia de justiça social deve ter como corolário a noção de que a felicidade de um é a
felicidade de todos.
 e) A equivalência entre bem público e sociedade é um dos pontos de partida para o sucesso
da educação pública.
Esta questão possui comentário do professor no site.www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/39535
Questão 29: FGV - AFRE RJ/SEFAZ RJ/2007
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)

Lei de Responsabilidade Fiscal, correlação entre


metas e riscos fiscais e o impacto dos déficits
públicos para as gerações futuras

            É certo que o advento da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, representou
um avanço significativo nas relações entre o Estado fiscal e o cidadão. Mais que isso, ao enfatizar
a necessidade da accountability, atribuiu caráter de essencialidade à gestão das finanças públicas
na conduta racional do Estado moderno, reforçando a idéia de uma ética do interesse público,
voltada para o regramento fiscal como meio para o melhor desempenho das funções
constitucionais do Estado.
            (...)
            Percebe-se que os dois temas [a correlação entre metas e riscos fiscais e o impacto dos
déficits públicos sobre as futuras gerações] se vinculam à função prospectiva da noção de
responsabilidade fiscal. Enquanto o primeiro, normalmente, se adstringe a situações futuras
próximas, o segundo vincula-se a situações futuras a longo prazo.

            Portanto, além de a responsabilidade fiscal cumprir o papel de proporcionar recursos de
imediato a fim de que o Estado realize as funções a que constitucionalmente está vinculado, busca
controlar a situação orçamentária a fim de não comprometer nem o futuro imediato, muito menos
o futuro mais distante.
            (...)
            O estudo das relações entre déficits fiscais e seus efeitos nas gerações futuras, ao menos
na economia, não é novo. Economistas clássicos e contemporâneos - dentre eles David Ricardo,
Martin Feldstein, James Buchanan e Keynes - trataram do assunto sob perspectivas diferentes.

            A reflexão jurídica sobre o assunto, contudo, não se tem mostrado tão farta quanto
aquela encontrada na economia. Isso se deve, talvez, à associação feita ao tema dos efeitos na
utilização de recursos entre gerações especificamente no campo ambiental - fortalecida,
principalmente, após a década de 70, quando o movimento ambientalista passou a formular um
discurso jurídico mais sólido, angariando adeptos das mais variadas formações, em diversas partes
do planeta.

            Não pode, no entanto, a noção jurídica de efeitos entre gerações se restringir à temática
ambientalista. Obviamente, ela possui contornos bem definidos naquela área, uma vez que a
própria ética ambientalista se funda na distribuição de recursos entre gerações, alicerce para a
sobrevivência da própria humanidade.
            Mas a alocação de recursos públicos através do equilíbrio orçamentário também se mostra
indispensável para que as gerações futuras não sejam privadas de políticas públicas propostas
para serem minimamente efetivas, por falta de disponibilização orçamentária suficiente. Isso leva
a crer que um dos objetivos da idéia de responsabilidade fiscal é preservar a capacidade de
financiamento de políticas públicas para as futuras gerações.

            Do mesmo modo que a ética ambientalista tem enfatizado que os recursos ambientais
não são inesgotáveis, colocando-se a possibilidade de as gerações presentes virem a exauri-los,
privando as futuras gerações da própria existência, não é menos razoável pensar que os recursos
públicos, também exauríveis, podem vir a comprometer o desenvolvimento humano e a existência
de grupos menos favorecidos, carentes da ação estatal que vise a minorar as desigualdades.

            Percebe-se que os gastos públicos normalmente beneficiam muito mais as gerações
atuais que as gerações futuras. Entre outros fatores, isso se deve ao fato de que as decisões
políticas tendem a visualizar um período estreito de tempo a fim de se concretizarem. Natural -
mas não ideal -  que assim seja. Tomadores de decisões políticas freqüentemente ficam adstritos
ao período de seus mandatos, uma vez que percebem que os efeitos de suas decisões são
sentidos mais a curto que a longo prazo. Acrescente-se a isso o fato de que muitos eleitores
ignoram completamente a complexidade das decisões, não percebendo ou relevando o limitado
escopo de tais decisões, não se prolongando no tempo e beneficiando, primordialmente, as
gerações atuais.

            Pode-se argumentar, a contrário, com três situações. A primeira delas é de que não se
pode estabelecer uma relação tão rígida no sentido de que déficits públicos terão o efeito
prolongado a ser sentido pelas gerações futuras. Um exemplo disso seria o famoso "erro de
Malthus".Ao afirmar que a produção de alimentos cresce em progressão aritmética, enquanto o
aumento da população se dá em progressão geométrica, Malthus não levou em consideração a
evolução tecnológica como transformadora da capacidade de produção de alimentos, pressupondo
mesmo uma sociedade estanque.

            Nesse sentido, seria possível afirmar que poderiam surgir novas formas de alocação de
recursos que eliminariam os déficits, não necessariamente impondo ônus adicionais às gerações
futuras.

            Esse raciocínio baseia-se, contudo, numa falsa comparação. Primeiramente, porque a
alocação de novos recursos nada tem a ver, em princípio, com o impacto tecnológico. O avanço
deste não acarreta necessariamente impacto positivo daquela.

            Um segundo fator diz respeito ao argumento de que a existência de déficits públicos pode
promover o desenvolvimento nacional, o que a experiência brasileira não parece confirmar.

            O terceiro argumento contra a idéia de que déficits imporiam ônus às gerações futuras é
o de que não se sabe qual será a postura das futuras gerações quanto aos bens materiais. Uma
vez que uma postura antimaterialista, já existente na contemporaneidade, pode se disseminar
para uma grande parte da população dentro de um Estado, podese facilmente defender que
futuras gerações se preocuparão pouco com a alocação de recursos públicos e sua utilização
através de políticas públicas, importando-se mais com, v.g., valores espirituais, em detrimento dos
valores materiais.

            A fraqueza dessa tese está no fato de ser ela, meramente, uma suposição. Destarte, não
há nenhum dado seguro para afirmar que determinadas gerações futuras serão antimaterialistas
ou que se importarão pouco com alocação de recursos destinados à promoção de políticas
públicas. Esquecer-se das gerações futuras, tendo em vista a possibilidade de estas se tornarem
antimaterialistas, é um exercício de mera futurologia, exercício irresponsável, instituidor de
compromissos que poderão ou não ser honrados pelas gerações futuras.

            Portanto, a necessidade de as gerações atuais preservarem recursos para as gerações
futuras também se dá no que tange aos recursos públicos. A Lei de Responsabilidade Fiscal, ao
impor o regramento das contas públicas, racionalizando-as, compromete-se com esse objetivo, ao
propugnar que o controle orçamentário repercutirá a curto prazo - incidindo sobre as gerações
atuais - e a longo prazo - resguardando a viabilidade fiscal do Estado para as gerações futuras.
            (...)
            A função da responsabilidade fiscal, como já dito, é de mero meio. É o conceito
instrumento essencial para a atuação do Estado moderno. Não mais se concebe uma atuação
estatal efetiva sem uma apurada reflexão sobre os gastos públicos, seus limites e sua aplicação.

            As alternativas atuais para a construção de uma economia sólida e menos suscetível
passam necessariamente pelo controle de gastos públicos. Alguns países desenvolvidos, tendo em
vista essa perspectiva, buscaram limitar gastos e muitas vezes editaram leis para esse fim. É
impossível, na atualidade, visualizar qualquer Estado que se proponha ao desenvolvimento sem
um minucioso projeto de controle de gastos públicos.

            Imprescindível é, pois, que toda a reflexão sobre a necessidade de um conceito de
responsabilidade fiscal não seja perdida da vista dos administradores públicos, assim como dos
cidadãos. Somente assim, com a atuação de todos os atores sociais, poder-se-á buscar o controle
de gastos públicos, visando a fomentar um crescimento econômico sustentado e garantidor,
principalmente, dos direitos e garantias fundamentais dispostos na Constituição Federal de 1988.

(Gilmar Ferreira Mendes , com adaptações. Disponível em:


<http://www.mt.tr f1.gov.br/judice/jud7/impacto.htm>)

Com base na leitura do texto, analise os itens a seguir:

I. Em "Portanto, a necessidade de as gerações atuais preservarem recursos para as gerações


futuras também se dá no que tange aos recursos públicos", o termo grifado colabora com a
identificação de um pressuposto.
II. Em "Não mais se concebe uma atuação estatal efetiva sem uma apurada reflexão sobre os
gastos públicos, seus limites e sua aplicação", na identificação dos implícitos, observa-se um
pressuposto.
III. Em "Enquanto o primeiro, normalmente, se adstringe a situações futuras próximas, o segundo
vincula-se a situações futuras a longo prazo", a leitura só se efetiva se o leitor identificar os
subentendidos.
 
 
Assinale:
 a)  se somente os itens II e III estiverem corretos.
 b)  se somente os itens I e II estiverem corretos.
 c)  se todos os itens estiverem corretos.
 d)  se nenhum item estiver correto.
 e)  se somente os itens I e III estiverem corretos.
 
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Questão 30: FGV - Ana Proc (PGE RO)/PGE RO/Relações Públicas/2015
Assunto: Tipologia Textual
Texto 2

Na madrugada do dia 26 de abril de 1986, uma sequência de explosões ocorrida na usina nuclear
de Chernobyl, localizada na Ucrânia, República federada à URSS, resultou em um dos maiores
acidentes químicos e nucleares que a história registra.

Uma primeira explosão de vapor no reator número 4, também conhecido como Chernobyl-4, e o
incêndio resultante levaram a uma sequência de explosões químicas que gerou uma imensa
nuvem radioativa de iodo-131 e césio-137 que alcançou a União Soviética, Europa Oriental,
Escandinávia e Reino Unido. Ao contrário do que comumente se afirma, não houve explosão
nuclear em Chernobyl.

As causas do acidente são tanto humanas quanto técnicas e ocorreram durante a realização de
testes de segurança no reator. O reator foi destruído, matando no momento cerca de 30
trabalhadores que se encontravam no local, sendo que nos três meses seguintes vários
trabalhadores morreram em decorrência do contato com os materiais radioativos.

Entretanto, em virtude da propagação da nuvem radioativa, milhões de outras pessoas sofreram


as consequências do contato com o iodo e o césio liberados na explosão, resultando em doenças e
más-formações das pessoas nascidas de mães e pais contaminados. As áreas que mais foram
afetadas foram a Rússia, Ucrânia e Bielorrússia, sendo que este último país concentrou 60% do pó
radioativo em seu território. O acidente de Chernobyl foi mais radioativo que as duas bombas
atômicas lançadas pelos EUA ao final da II Guerra Mundial nas cidades japonesas de Hiroshima e
Nagasaki.
 
(Mundo Educação)
 
O texto 2 deve ser classificado como:
 a) didático, pois tenta ensinar aos mais jovens acontecimentos históricos importantes;
 b) argumentativo, pois condena a energia nuclear por seu caráter destrutivo;
 c) informativo, pois dá a conhecer uma série de fatos ocorridos no acidente de Chernobyl;
 d) preditivo, pois prevê novos acidentes nucleares com outras milhares de vítimas;
 e) narrativo, pois apresenta os fatos ocorridos de forma cronológica.
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Gabarito
1) D 2) D 3) D 4) A 5) C 6) A 7) A 8) A 9) B 10) C 11) A 12) E 13) D 14) C 15) E 16) E 17)
E 18) D 19) C 20) C 21) C 22) C 23) E 24) B 25) A 26) B 27) C 28) E 29) B 30) A

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