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Teatro de Catequese
Brasil Colônia
Casas de Ópera
Comédia de Costumes
Romantismo no Brasil
Autores/ Atores:
José de Anchieta (1534/1597);
Manoel Botelho (1636/1711);
Antônio José da Silva, o Judeu (1705/1739) “Guerras do alecrim e da manjerona”;
João Caetano (1808/1863);
Gonçalves de Magalhães (1811/1882) “Antônio José, o poeta e a Inquisição” -1838;
Martins Pena (1815/1848) “O Diletante”; “O jogo de prendas” (finalização: Suzana
Abranches)
Joaquim Manoel de Macedo (1820/1882) “O primo da Califórnia”; por email
Gonçalves Dias (1823/1864) “Leonor de Mendonça” - 1846; email
José de Alencar (1829/1877) “Mãe” - 1859; por email
Qorpo Santo (1829/1883); “As relações naturais”
França Júnior (1838/1890); “Caiu o ministério”, ou “Maldita Parentela” email
Artur Azevedo (1855/1908) “A Capital Federal” ou “O Mambembe”;
Leopoldo Fróes (1882/1932);
Renato Viana (1894/1953) “A última encarnação de Fausto”
TEATRO DE CATEQUESE
As peças eram encenadas nos pátios das igrejas, e misturavam português, espanhol,
latim e tupi guarani, às vezes na mesma cena.
Os jesuítas eram obrigados a aprender os idiomas dos nativos, além das técnicas
teatrais, que eram mais interessantes do que os sermões.
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Aproveitavam as danças, adereços, lutas e músicas dos índios, que também usavam
cortejos e procissões para chamar chuva ou a produção de algodão. Usavam teatro e
poesia.
Figuras como diabo, eram corporificadas, sempre com nomes do chefes indígenas
que resistiam ao catecismo. Ensino de moral. Os Autos ato público, gênero medieval
/ diferentes dos sermões/ hagiografias / personagens alegóricos (Temor de Deus, O
Governo / O Mundo / A Carne / A Ingratidão / A Alma).
Entre 1580 e 1640 Portugal e Espanha formavam um reino unido (Portugal anexado à
Espanha) e chegou-se a pensar em ter o espanhol como língua nacional.
A noção de espaço comportaria uma divisão entre sagrado e profano. Céu e inferno.
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26 de Abril de 1500 – Primeira Missa – Em latim, celebrada por Frei Henrique
Soares (o capelão da frota), Praia Coroa Vermelha, mil homens convocados (oficiais,
marinheiros), 200 índios, que imitavam os gestos dos portugueses, demonstrando,
segundo relato de Caminha, respeito e adoração.
Pintura – Victor Meirelles (1832/1903).
1553 – Chegada de José de Anchieta ao Brasil, com outros três jesuítas, a pedido de
Manoel da Nóbrega, na comitiva do segundo governador geral, Duarte da Costa.
Objetivos: civilizar os gentios (poligamia, nudez, canibalismo, nomadismo,
embriaguêz), alertar os colonos. Batismo, conversão e catequese. O único pecado
para o qual não havia perdão era a não aceitação da palavra de D’us. A condenação
era a queimação no inferno.
Segundo DAP, "É possível que a dispersão deste heteróclito universo ficcional se
justificasse, em parte, pelo caráter itinerante do espetáculo, desenvolvido muitas
vezes em formato de procissão, com paradas em diferentes lugares, cada uma dando
origem a um episódio relativamente autônomo, dentro do tema religioso geral."
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Reaproveitamento de enredos, adaptados para a ocasião em que eram apresentados:
Natal, festa de São Lourenço, ou a substituição do Padre Anchieta pelo Padre Marçal,
recebimento de imagens de santos, relíquias, encerramento do ano escolar,
aniversários de padroeiros.
1625 - Lope de Vega escreveu "El Brasil restituído", sobre as batalhas contra os
holandeses e a libertação da Bahia.
1686 - Manuel Beckman expulsou os jesuítas do Maranhão. A briga ali era porque os
a população estava insatisfeita com os altos preços e a baixa qualidade dos produtos
oferecidos pela Companhia de Comércio do Maranhão, além da escassês de produtos,
que demoravam a chegar. Havia também a falta de mão de obra escrava. Os
proprietários rurais queriam escravizar os índios, mas os jesuítas não deixavam. Os
irmãos Manuel e Tomás Beckman, apoiados pelos comerciantes locais, invadiram a
Cia de Comércio do Maranhão, expulsaram os jesuítas e tiraram o poder do
governador. Novo governador foi mandado por Portugal. Os irmãos Beckman foram
enforcados.
Decadência na vida cultural. Jesuítas atuam mais nas sombras, para não chamar
muito a atenção de Portugal.
Atividades religiosas em declínio.
Desenvolvimento de festas populares. Ex: bumba meu boi.
Eventos político-sociais.
Desfiles de escravos mascarados, cantando e dançando, com trages dos patrões e
donos. Pré Carnaval?
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1759 - Os jesuítas foram expulsos definitivamente por Marquês de Pombal.
1553 - Chegou ao Brasil aos 19 anos. A população contava com 57.000 habitantes.
Para os índios era médico, sacerdote e educador.
Ensinou latim aos índios.
Ficou conhecido como Apóstolo do Brasil. Mediava conflitos entre colonos e índios.
Foi influenciado pela dramaturgia de Gil Vicente (“Farsa de Inês Pereira”, “A barca
do Inferno”)
De seus sermões dramáticos, mandados em manuscritos à Roma, oito chegaram até
os dias de hoje, recuperados durante o processo de sua beatificação.
1595 – Escreve "Arte da gramática da língua mais falada na Costa do Brasil" (tupy),
em Coimbra.
Escreveu o "Poema em louvor à Virgem Maria", com 5732 versos, alguns escritos na
areia da praia.
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Realizou peças inteiras em tupi. Outras vezes misturava na mesma cena os três
idiomas. Ao todo, chegaram aos dias de hoje oito textos seus, que foram mandados à
Roma durante o seu processo de beatificação.
1694 – Graças ao empréstimo de vinte e dois mil cruzados que fez para a criação da
Casa da Moeda, conseguiu ser nomeado capitão - mor dos distritos de Gameleira,
Jacobina e Rio do Peixe.
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suavidade do seu canto, acharam muitos engenhos, que imitando os poetas de Itália e
Espanha, se aplicassem a tão discreto entretenimento, para que não se queixasse esta
última parte do mundo, que assim como Apolo lhe comunica os raios para os dias,
lhe negasse as luzes para os entendimentos. Ao meu, posto que inferior aos de que é
tão fértil este país, ditaram as Musas as presentes rimas que me resolvi expor à
publicidade de todos para ao menos ser o primeiro filho do Brasil, que faça pública a
suavidade do metro, já que o não sou em merecer outros maiores créditos na poesia."
Vale lembrar que, durante todo o século XVII, o Brasil foi disputado por Portugal,
Holanda e Espanha. Os holandeses chegaram a criar um centro de cultura em Recife.
Século tomado por muitas lutas: contra os franceses no Maranhão, os holandeses na
Bahia e Pernambuco, colonos contra jesuítas em São Paulo.
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com grande aparato cênico: palácios, salas, jardins, naus, bosques, relâmpagos, raios,
mar, nuvens...
No aniversário do rei Joao V, o vice- rei inaugurou um local permanente para o teatro
na sala de reuniões da Camara Municipal da Bahia, com proscênio. Os espectadores
ficavam na escadaria.
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1768 - Em Ouro Preto, por ocasião do aniversário do Governador José Luis de
Menezes, foi apresentado "O Parnaso obsequioso", drama do árcade Claudio Manuel
da Costa, um dos inconfidentes. Os protagonistas são Apolo, Mercúrio, Calíope, Clio,
Talia, Melpomenes. Louvores ao governador.
1770 - Teatro em Ouro Preto (Vila Rica), numa rua íngreme, sala pequena e bastante
desconfortável, com quatro ordens de camarotes, elegantes balaustradas, reservadas
às mulheres. Os homens sentavam-se em bancos, nas plateias. A iluminação era feita
com velas entre os camarotes. O pano de boca tinha uma pintura que representava as
quatro partes do mundo. Nesse teatro foram apresentadas peças das quais só sabemos
os títulos, provavelmente eram adaptações de autores espanhóis. A entrada era cara.
Os atores eram mulatos. Fracos.
Manuel Luis formou também uma das primeiras companhias permanentes de teatro,
composta por mulatos. Os mais conhecidos eram: Joaquim da Lapa, José Inácio da
Costa, o Capacho (mais tarde sargento mor do regimento dos mulatos, além de
comendador da Ordem de São Tiago. A cantora Joaquina Maria da Conceição Lapa,
a Lapinha, que cantou em Lisboa, também fazia parte da companhia.
Brasil - Por volta da metade do século XVIII, na Rua do Fogo, atual Rua dos
Andradas, havia o teatro do Padre Ventura, que era um mulato corcunda, que fazia
tudo em cena: dirigia, regia a orquestra, tocava violão, dançava fado e lundu. Riqueza
em seus cenários. Apresentava em seu teatro obras d' O Judeu, de Metastasio,
Molière e Voltaire. No palco, mulatos de rosto pintado de branco ou vermelho.
Cacciaglia - pg 23/4 DAP pg.23
1779 a 1790 - O Vice-rei era Luis de Vasconcelos e Sousa, que não apreciava o
Teatro. Mas nessa época formou-se uma companhia dirigida pelo tenente coronel
Antonio Nascentes Pinto, que, tendo vivido na Itália, para agradar ao Vice- rei,
traduziu e apresentou as óperas "La italiana in Londra" (Cimarosa) e "Pieta d'Amore"
(Millico).
1790 a 1801 - O vice- rei era José Luis de Castro, Conde de Resende, que achava que
o Teatro era um perigoso foco de subversão.
1705 - Nasce no Rio de Janeiro, filho do advogado e poeta João Mendes da Silva e de
Lourença Coutinho (filha de cristão novo, proprietário de plantações de cana de
açúcar), portugueses. Seus avós paternos, André Mendes da Silva e Maria Henriques
já moravam no Brasil.
1712 – Sua mãe é presa e deportada para Portugal, a bordo da nau Candelária. Seu
pai segue com os filhos Antônio, Baltazar e André. Antônio era o mais novo.
1713 - Dez meses depois seus pais são condenados, ficam presos, têm os bens
confiscados, além de serem obrigados a abjurar. "Tirana ausência que me roubaste e
me levaste da alma o melhor. Ai de quem sente de um bem ausente a ingrata dor."
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1726 - Cursa Direito em Coimbra, destaca-se pela inteligência e como poeta.
Frequenta a casa do conde de Ericeira, junto com outros intelectuais, como Francisco
Xavier de Oliveira e o Padre Álvares de Aguiar. O satirista Tomás Pinto Brandão
também era seu amigo.
Ele e seus amigos desdenham de uma obra que falava mal de judeus. Dias depois, é
preso e torturado, junto com sua mãe e seus irmãos. Perguntado qual era sua religião
diz que só vai à igreja por “cumprimento do mundo”. Ao ser pressionado a dedurar
parentes pelo judaísmo, acusa uma tia que já falecera. Após gritar muito por súplica,
perde a fala e fica parcialmente inválido. Obrigado a abjurar. Solto no mesmo ano.
"Oh! D'us, se sois justo/Como assim tiranamente /a este mísero inocente/chegas hoje
a castigar".
1728 - Vai para Lisboa, onde exerce a advocacia, junto com seu pai. Baltazar e André
são soltos. Moram no Pátio das Comédias, onde havia um teatro público.
1734 - Casa-se com sua prima Leonor Maria de Carvalho, que já sofrera perseguições
da Inquisição.
Escreve “Esopaida ou Vida de Esopo” que só será publicada após a sua morte, por
Francisco Luís Ameno.
1735 - Nasce sua filha Lourença. Escreve “Os encantos de Medeia” que só será
publicada após a sua morte, por Francisco Luís Ameno. A peça estreia no Teatro do
Bairro Alto, bairro popular de Lisboa.
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Preso novamente, junto com sua mãe, agora viúva, acusada por uma escrava, Leonor
Nunes, de guardar o Shabat. Sua esposa, grávida, também foi presa, além de sua tia, o
irmão e a cunhada. Antônio ficou um ano na cela 6.
A PROPÓSITO:
No Brasil e em Portugal, o teatro de bonecos gozava de prestígio e eram três formas:
• títeres de porta (manipulados por alguém situado atrás de um pano estendido
entre os batentes de uma porta, organizadas para angariar dinheiro dos
estrangeiros. Na plateia, prostitutas em profusão),
• títeres de capote (manipulados por um garoto escondido atrás de um capote
aberto pelos braços de um adulto) e
• títeres de sala (exibidos no teatro da Rua do Carmo (hoje Sete de Setembro),
acompanhados de violino. Repertório de peças edificantes, conversão de
infiéis. As mulheres ficavam nos camarotes, atrás de cortinas, e os homens na
plateia.
1739 - Após longo processo, é condenado por ser "convicto, negativo e relapso".
Estrangulado e queimado morto. (Os que não se arrependiam, eram queimados vivos)
em Lisboa, no Terreiro do Trigo, num Auto de Fé, cerimônia presidida por D. João
V, o Magnânimo, que começava com um sermão e terminava com a morte do
acusado na fogueira. Nesse dia foram queimados mais dez “judaizantes”. "Ouve D'us
os ecos, os clamores, de um mísero infeliz a quem a sorte dá na vida o rigor da
mesma morte."
1744 - Francisco Luís Ameno publica suas oito peças no livro "Teatro Cómico
Português", sem menção à autoria. No prólogo, escrito em versos, pode-se ler o seu
nome sob a forma de acrônimos (ONG/ONG – PCP/ BANERJ).
Influenciado por Plauto, Metastasio, Gil Vicente, Antônio Ferreira e Almeida Garret,
pela comédia espanhola e pela Commedia Dell’Arte.
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1992 – “Vínculos de fogo: Antônio José da Silva, o Judeu, e outras Histórias da
Inquisição em Portugal e no Brasil”, de Alberto Dines, Cia das Letras. Sete anos de
pesquisa.
1995 – Portugal - Jom Tob Azulay, brasileiro, faz o filme "O judeu". Produção
Brasil/Portugal. Estrelado por Felipe Pinheiro, que morreu durante as filmagens.
2005 – Alberto Dines, junto com Victor Eleutério, lança, em edição bilingue
(português e espanhol) “O judeu em cena: o prodígio do Amarante”, comprovando a
autoria da obra de Antônio José. EDUSP.
Prosa, misturada com versos rimados, figuras de linguagem, declamações, árias, com
“plebeísmo”.
Mudanças de cenário.
Final feliz.
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Claudio Manuel da Costa teve parte de sua obra desaparecida.
JOÃO CAETANO
(1808 / 1863- Itaborai /Rio de Janeiro) coração.
MARTINS PENA
(1815/1848 – Rio de Janeiro/ Lisboa) tuberculose
"O teatro é um campo de batalha, onde se está sempre lutando, tanto por ideias, como
por espaço." JC
1808 - Vinda da Coroa portuguesa para o Brasil/ Abertura dos Portos/ 01 de junho
Fundação do Correio Brasiliense, ou Armazém Literário (mensal, 80 páginas), por
Hipólito da Costa (jornalista, maçom, diplomata brasileiro, cadeira 17 da ABL) em
Londres. Durou até 1822, quando passou a circular clandestinamente. Primeira
publicação em língua portuguesa, pregava a independência do Brasil, a liberdade de
expressão, e criticava os aristocratas parasitas e a explorarão de Portugal sobre o
Brasil. Morreu em Londres, e, em 2001, a Fundação Assis Chateaubriand promove o
traslado de seus restos mortais para Brasilia.
Primeira livraria, Biblioteca Pública, teatros, escolas superiores.
Nasce João Caetano. O pai era militar. Chegou a ser cadete, mas não seguiu. O pai, a
princípio, não o perdoou por não seguir seus passos. Lutou na Guerra da Cisplatina.
Foi ensaiador, encenador, empresário.
Parecia-se com Napoleão e tinha habilidade para cenas de batalha.
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1810 - Decreto de D.Joao VI sobre construção de teatro: "nesta capital... Se erija um
teatro decente e proporcionado à população e ao maior grau de elevação e grandeza
em que se acha pela minha residência nela..."
1813 - Real Theatro São João - O marquês Fernando José de Portugal e Castro (ex
vice rei do Brasil) e seu ex barbeiro Fernando José de Almeida Castro - o
Fernandinho - constroem, com isenção alfandegária para todo o material, seis loterias
beneficentes e blocos de pedras que serviriam para erguer uma nova catedral.
Inaugura com ópera "O juramento de Numes", libreto de de um tenente da Marinha.
Na inauguração, a parte dramática ficou a encargo da companhia da atriz portuguesa
Mariana Torres, "a mais famosa atriz portuguesa do primeiro quartel do século
passado"
Nas núpcias de D.Pedro e Leopoldina houve baile com cenário de Debret.
Apresentações de óperas de Rossini, Mozart.
Foto do teatro em 1928 DAP pg 34
1822 - Independência do Brasil. Na Casa de Ópera, em São Paulo, horas após bradar
a Independência do Brasil, D. Pedro aparece para assistir ao espetáculo da companhia
Zachelli e a multidão o recebe com gritos de "Independência ou Morte!"
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No Teatro São João, em 15 de setembro, logo após a Independência do Brasil,
D.Pedro aparece num dos camarotes com uma faixa verde e amarela no braço escrito
"Independência ou Morte". Ovacionado pelo público.
Em outubro, D.Pedro recebe o título de Imperador Constitucional e Defensor
Perpétuo do Brasil, é representada a peça "O príncipe amante da liberdade ou a
independência da Escócia", adaptada para a ocasião.
1825 - MP fica órfão de mãe. Tutela do avô e depois, um tio materno. Comerciantes.
1827 - Estreia de João Caetano no Teatro de Itaboraí, com "O carteiro de Livônia”.
1829 - Primeira Exposição de Arte no Brasil, organizada por Jean Baptiste Debret.
D.Pedro I traz uma companhia de teatro de Portugal (20 componentes, primeira
dama, segundas damas, primeiro galã, galã central e tirano, velho sério, primeiro
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gracioso, petimetre, segundo gracioso, etc). A primeira dama era Ludovina Soares da
Costa (1802/1868), filha e neta de atores.
Martins Pena é apresentado ao entremez (peça breve, personagens populares, tom
jocoso), que, junto com os números musicais, servia para arejar as peças longas.
1832 - JC se une com Estela Sezefreda, atriz e bailarina. Esta se torna sua
companheira de vida. Numa cena de "Os seis degraus do crime" calça os joelhos no
peito dela e quase a estrangula com seus próprios cabelos, em cena, por ciúmes reais.
Gritava "Morre, diabo!", para desespero da plateia e do público. O próprio ator
comentava o fato, dizendo que um ator jamais deveria se deixar levar pelo papel,
citando Diderot em "O paradoxo do comediante".
MP estuda Comercio
1833 - JC Funda a Cia Dramática Nacional – elenco todo brasileiro – no ano seguinte
Companhia Nacional João Caetano. Estreia no Teatro Niteroiense.
1833 (provável) - 1 ato - "O juiz de paz na roça" - três redações, revisões, cortes e
acréscimo de cenas em 1833, 1837 e 1838. No início, era uma peça de entreato. As
peças de entreato, até então, eram farsas portuguesas. Juiz conciliador prega a
conciliação entre todos os envolvidos em seus julgamentos.
1834 - Irmã de MP, Carolina se casa com Joaquim Francisco Viana, um alto
funcionário da Alfândega, depois deputado geral do Partido Conservador da
Província do Rio de Janeiro.
1838 - Martins Pena Ingressa na Escola Imperial de Belas Artes (fundada por D.João
VI), com ajuda do cunhado. Acaba abandonando as matérias pintura, estatuária e
arquitetura, para se dedicar à música, e canto, inglês, francês e italiano.
Nomeado amanuense (escriturário) da Mesa do Consulado da Corte.
Em 13 de março, João Caetano, com a Companhia Dramática, encena, no Teatro
Constitucional Fluminense (rebatizado com esse nome entre abril e junho), no Largo
do Rossio, hoje Praça Tiradentes, "Antônio José, ou o poeta da Inquisição", tragédia
em cinco atos, versos brancos, de Gonçalves de Magalhães, Visconde de Araguaia
1811/1882 (escreveu a peça em temporada em Bruxelas, em 1836, com influência
romântica). Respeito à regra das três unidades, com inspiração romântica.
Considerada por alguns a primeira obra romântica do Brasil. Triângulo amoroso entre
Antônio José, Mariana (colega de palco) e Frei Gil. O conde de Ericeira, que traduziu
"Arte poética", de Boileau, tenta dissuadi-lo a seguir com o seus discursos públicos
por liberdade artística e por uma pátria que acolhesse o gênio.
Foi a primeira montagem brasileira de autor brasileiro, elenco brasileiro e tema
brasileiro. DAP pg, cita comentário de Jose Veríssimo, educador, jornalista, escritor,
ABL. João recebe a medalha de bronze "Talma Brasileiro". A história permitia um
paralelo com a opressão que o Brasil colonial sofria de Portugal.
Em 4 de outubro João Caetano e sua companhia apresentam "O juiz da roça", depois
"O juiz de paz na roça". Martins Pena ainda não assina. Estela Sezefreda faz o papel
de Aninha. Em novembro a peça é levada a Niterói, com sucesso. Anúncio no Jornal
do Commercio dizia que Estela Sezefreda levaria um novo drama romântico
(espanhol) em três atos intitulado "A conjuração de Veneza", seguindo- se a nova
farsa "O juiz da roça" que termina com uma tocata e dança própria do lugar. Estava
fundada a comédia de costumes brasileira.
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Criada uma comissão de censura a cargo do cônego Januário da Cunha Barbosa.
Homens de letras passavam a ajudar a policia no oficio de fiscalizar.
O teatro mais importante do Brasil na época era o São Pedro, ou Constitucional
Fluminense, ocupado por portugueses. João Caetano mexe seus pauzinhos na corte
para que sua companhia o ocupe. Inspirado na Comèdie Française, almeja uma
subvenção para sua companhia, mas com liberdade de expressão. Os atores deveriam
ser funcionários públicos. Excursiona pelo Rio (Itaborai, Niterói) e, pelo Brasil
(Pernambuco, Rio Grande do Sul, na época do segundo incêndio do teatro)
1844 - GD escreve "Beatriz Cenci" - tragédia releitura de obra europeia sobre amor e
morte juvenil
MP escreve 5 peças:
"O judas em sábado de aleluia" (VA = "obra prima em 12 cenas, manuscrito recheado
de cortes e rasuras)
"Os irmãos das almas" - ao fundo, o dobrar dos sinos em dia de Finados. Igreja e
maçonaria como tema. "Deus não se ocupa com consintas tão pequeninas nem com
indivíduos como eu. Lá com essas coisas de grande vulto, é outro caso. Um
cometa,...um terremoto, ...um temporal, que afunda navios, uma eleição, isso sim!" J
... "Tirar esmolas para almas e para os santos é um dos melhores e mais cômodos
ofícios que eu conheço." Garnier, o protagonista, inventa uma máquina de
transformar boi em bifes, um sistema de tirar açúcar de ossos humanos. Exploração
da fé.
"O diletante" - paródia de Norma, de Vicenzo Bellini (1831). Norma é uma
sacerdotisa druida que vai libertar o povo do jugo dos romanos. Ela tem dois filhos
ocultos do romano Polione, que agora tem um caso com Adalgisa, subordinada de
Norma.
"Os três médicos" - briga entre alopatas, homeopatas e hidropatas.
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"O namorador ou a noite de São João" - 1 ato - segundo VA, uma das mais bem
urdidas de Pena "conjugando também três fios: o enredo amoroso, a farsa rústica
portuguesa, com palavras chulas e pancadarias, e a farsa propriamente dita." Relações
entre pessoas de diferentes condições econômicas, idades, estado civil, bonitos, feios.
Fogueira como metáfora de fogo da paixão.
"Os ciúmes de um pedestre ou o terrível capitão do mato" - peça que causou a maior
polêmica na época. Paródia jocosa de "Otelo" João Caetano, referência a fatos
ocorridos na época (fait divers): corpo de escravo encontrado em saco e a sedução de
uma jovem por um homem conhecido da sociedade. Paródias sem cerimônia de
"Otelo" e "Pedro sem". Critica ao melodrama e à máquina escravista. JF. Ducis
(1733/1816) era um autor francês, que não falava inglês, mas pegava traduções de
clássicos, muitas peças de Shakespeare, e adaptava ao gosto clássico, mirando
excessos.
1846 - Gonçalves Dias lança "Leonor de Mendonça". A ação se passa em 1512, Vila
Viçosa, Portugal. O Duque de Bragança mata sua mulher. Os Bragança eram a
dinastia da qual o Brasil descendia. Ataque ao patriarcalismo e ao desmando dos
poderosos. Segundo DAP, Gonçalves Dias "nunca definiu bem se queria ser o ultimo
20
clássico ou o primeiro romântico" E na Pg.48. Gonçalves Dias sobre João Caetano.
“Leonor...” foi montada pela primeira vez em 1939, pelo Teatro do Estudante,
dirigida pela português Esther Leão. 1954 - Segunda montagem - TBC , direção de
Adolfo Celi, com Cleyde Yaconis, Paulo Autran, Sergio Cardoso, Leonardo Vilar,
Beyla Genauer. 1957 - No Rio, direção de Ziembinski, com Cleyde Yaconis,
Leonardo Vilar, Célia Biar, Raul Cortez
1850 – JC encena "A Gargalhada", de Jacques Arago, que o saudou pelo papel, além
de Lapuerta, ator que fazia o personagem na Espanha, que o chamou de mestre. A
peça conta a historia de um homem que rouba dinheiro de seu lugar de trabalho para
salvar a vida de sua mãe. Quando vai devolver, é pego e preso. Enlouquece e passa a
se expressar unicamente com uma gargalhada fantasmagórica. Um médico consegue
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reverter o quadro, forjando a morte de sua mãe, ao que o personagem reage com
choro. João fez pesquisa em hospício.
1851 O Teatro pega fogo. JC vende uma temporada inteira antecipadamente para
angariar fundos para a reconstrução do Teatro
1897 - Artur Azevedo, um dos fundadores da ABL, escolhe Martins Pena como
patrono de sua cadeira.
1898 - Aos 50 anos do falecimento de MP, Melo Morais publica antologia de Martins
Pena e declara "É preciso que a atual geração brasileira percorra essas páginas, para
ficar sabendo que o nosso pais produziu um escritor dramático de grande
originalidade, cujos trabalhos, longe de serem simples produtos de assimilação,
revelam um talento criador, uma individualidade única."
À época, alguns diziam que MP escrevia mal, desleixadamente, coloquial, e que não
se interessava por questões sociais, queria apenas fazer rir. Brasilidade comparável a
Jose de Alencar e Mario de Andrade.
Transfere a responsabilidade da ação cômica das mãos dos criados, para outras
situações, fugiu da centralização do tema do amor, o escravo não aparece mais como
simples palhaço'.
Raramente foi encenado por atores brasileiros e sim por portugueses.
Compôs árias, cantava em teatros particulares tendo inserido na tragédia lírica
Gemma di Vergy, de Gaetano Donizetti (1834)
Iluminismo brasileiro
Observador dos tipos brasileiros (soldado fanfarrão, o sacristão, o parzinho, a criada
ladina), da violência nas relações familiares e sociais, entre escravos e senhores, a
corrupção da justiça.
Cenas de pancadaria - Circo/ Molière, teatro de bonecos e entremezos e Commedia
dell’Arte.
Entre Parênteses:
1755 - Lessing publicara "Miss Sarah Sampson" - primeira tragédia alemã, heroína
classe média
1757 - Diderot publicara "O filho natural"
1758 - Diderot escreve "O pai de família" , publicado em 1788
1776 - "Sturm und Drang" "Tempestade e ímpeto", de Friedrich M. Klinger
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1827 - "Do grotesco e do sublime" - Prefácio de "Cromwel", de Victor Hugo.
Segundo Théophile Gautier, irradiava aos olhos dos jovens "como as tábuas da lei no
Monte Sinai"
"Porque a verdadeira poesia, a poesia completa, está na harmonia dos contrários" -
LERPG69!!!
1858 - Primeira greve no Brasil, dos tipógrafos. Quase houve também a dos
acendedores de lampião.
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falta os estudos preparatórios e a prática indispensável para ser, não diremos um
mestre, mas um artista regular. (...)
1861 - JC recusa-se a fazer "O jesuíta", de Jose de Alencar, que ele mesmo havia
encomendado. Alencar, deputado, escritor renomado, trama no parlamento a retirada
da subvenção a companhia de Joao Caetano. A justificativa para o ato e o incentivo a
livre concorrência. Joao Caetano tenta manter a subvenção, mas não consegue.
Joaquim Manuel de Macedo (que se referia a Joao como "dotado pela própria
natureza") intercede a seu favor, tentando que o Estado lhe pague uma dívida que
teria com ele, mas nada consegue.
1898 - Aos 50 anos do falecimento de MP, Melo Morais publica antologia de Martins
Pena e declara "É preciso que a atual geração brasileira percorra essas páginas, para
ficar sabendo que o nosso pais produziu um escritor dramático de grande
originalidade, cujos trabalhos, longe de serem simples produtos de assimilação,
revelam um talento criador, uma individualidade única."
1897 - Artur Azevedo, um dos fundadores da ABL, escolhe Martins Pena como
patrono de sua cadeira.
1825 - O pai se casa com outra mulher, assume a guarda do filho e o inscreve no
curso de latim, francês e filosofia do professor Ricardo Leão Sabino.
1829 - Primeira exposição de Arte no Brasil, organizada por Jean Baptiste Debret.
D. Pedro I traz uma companhia de teatro de Portugal (20 componentes, primeira
dama, segundas damas, primeiro galã, galã central e tirano, velho sério, primeiro
gracioso, petimetre, segundo gracioso, etc). A primeira dama era Ludovina Soares da
Costa (1802/1868), filha e neta de atores.
1843/5 - "Beatriz Cenci" (Itália) Jovem mata o pai por vingança de estupro.
Condenada pelo Papa Clemente VIII, foi executada em praça pública. Terras da
família confiscadas pela Igreja. Único sobrevivente da tragédia foi o irmão mais
novo. Proibida pelo Conservatório, segundo o presidente, Diogo Soares da Silva de
Bivar, "À vista da censura e do que dispõe o Imperial Decreto de 19 de julho de
1845, no artigo IV, não pode representar-se o drama intitulado Beatriz Cenci, Rio de
Janeiro 21 de setembro de 1846." Considerada imoral, mas a justificativa pelo
estudioso de de literatura Afrânio Coutinho, foi por "conter erros crassos de
linguagem". Gonçalves Dias guardou os manuscritos das proibições e, posteriormente
foram parar nas mãos de D.Pedro II, que os encadernou. Ele, que havia proibido as
peças.
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Imortalizada, também pelo Poeta inglês Shelley, 1819, por , Stendhal, e pelo italiano
Guerrazzi. "Canção do exílio" Montagem da cia. Paulista Teatro do Incêndio, sobre o
texto de Artaud, dirigida por Marcelo Marcus Fonseca.
1850 - "Boabdil", história de amor, invasão dos mouros em Granada, disputa do amor
de Zorayma pelos amigos Boabdil e Ibrahim. Há quem diga que foi encenada na
Alemanha. Não e certo.
1852 - Casa-se com Olímpia Carolina da Costa, com quem teve uma filha, morta na
primeira infância. Mas o amor da sua vida foi Ana Amélia Ferreira do Vale, de 14
anos, com quem tentou se casar aos 28.
1856 - Separação.
1862 - Volta ao Rio. Traduz "A noiva de Messina", de Schiller, que consta em alguns
livros de coletâneas de suas obras.
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1864 - Vai tratar da saúde na Europa, e, ao voltar no navio Ville de Bologne,
naufragado, morre, sendo a única vítima do acidente.
1939 - Teatro do Estudante do Brasil, criado por Paschoal Carlos Magno, sob a
direção da atriz, professora e diretora Esther Leão, portuguesa.
1954 - TBC, direção de A. Celi, com Cleyde Yáconis, Sergio Cardoso, Paulo Autran,
Leonardo Villar e Beyla Genauer.
1957 - TBC Rio - Direção de Ziembinski, com Cleyde Yáconis, Leonardo Vilar,
Egydio Eccio, Fredi Kleeman, Célia Biar, Jorge Chaia e Raul Cortez. LER Alfredo
Mesquita, in email.
1974 - Teatro Popular do SESI, dirigida por Osmar Rodrigues Cruz, com Claudio
Corrêa e Castro, Ana Maria Dias, Ewerton de Castro (Ricceli) e Abraão Farc.
2006 - Cia. De Teatro Encena - Dir: Orias Elias - Sala experimental Teatro Augusta
Poeta, indianista, considerado o maior romântico brasileiro.
"Primeiros Cantos", "Segundos Cantos", "Últimos Cantos", "Os Timbiras",
"Dicionário da Língua Tupi", "Sextilhas de Frei Antão" (português arcaico), "Juca
Pirama"
Enquanto viveu, nenhuma de suas quatro peças (Paktul, Beatriz Cenci, Leonor de
Mendonça, Boabdil) foi encenada no Rio ou São Paulo. Houve montagem no
Maranhão.
JOSÉ DE ALENCAR
(1829/1877) Fortaleza / Rio de Janeiro - tuberculose
Filho do padre, senador, Jose Martiniano de Alencar e sua prima Ana Josefina de
Alencar.
Sua avó, D. Barbara de Alencar, foi, juntamente com seu pai, heroína da Revolução
de 1817. Presos quatro anos. Revolução emancipacionista, insatisfação com o
funcionamento da Corte portuguesa no Brasil.
Colégio da Instrução Elementar. Rio de Janeiro (carreira política do pai)
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1844 - Cursa Direito em São Paulo, Mas faz o terceiro ano em Olinda.
Formado, advoga no Rio de Janeiro. Colabora com o jornal "Correio Mercantil" e
escreve para "Jornal do Commercio" (folhetins reunidos em 1874 intitulados "Ao
correr da pena").
1861 - JC recusa-se a fazer "O jesuíta", de José de Alencar, que ele mesmo havia
encomendado. Alencar, deputado, escritor renomado, trama no parlamento a retirada
da subvenção a companhia de JC. A justificativa para o ato e o incentivo a livre
concorrência. JC tenta manter a subvenção, mas não consegue. Joaquim Manuel de
Macedo (que se referia a JC como "dotado pela própria natureza" intercede a seu
favor, tentando que o Estado lhe pague uma dívida que teria com ele, mas nada
consegue).
Alencar, sobre “O Jesuíta” – “As mágicas e espalhafatos que se dão na cena
fluminense, em todo caso, são um esboço de teatro brasileiro, de que sem eles não
existiriam tais vestígios. Em vez de desacreditá-los, devemos animá-los; e fique à boa
sociedade o vexame de seu atraso. O povo tem um teatro brasileiro; a alta classe
frequenta os estrangeiros.”
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FRANÇA JR.
(1838 Rio de Janeiro/1890 Poços de Caldas) - Joaquim José
24 peças, 12 de um ato.
Segundo Sábato, é mais realista, elaborado, às vezes vulgar.
Foi Promotor Público e Curador da Vara de Órfãos do Rio de Janeiro. Pintor,
Jornalista.
1881 – “Como se faz um deputado” - 3 Atos - França Jr. está desanimado com o
teatro. A Azevedo insiste para que ele termine a peça, prometendo fazer de tudo para
montá- la. Durante os ensaios foi promulgada a Lei Saraiva (José Antônio Saraiva,
ministro do Império, voto direto, título eleitoral, voto vedado a analfabetos.
Estrangeiros e não católicos podiam se eleger se tivessem 200 mil reis), e o autor
teve que mudar o nome para "Fazia". Um recém formado em Direito do interior do
estado quer ser deputado. O pai do rapaz combina o apoio ao filho com o casamento
deste com a filha de um político. Quando o rapaz diz ao pai que não tem opinião
política, o pai retruca "Pois olha, és mais político do que pensava." Pg.136.
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1889 – “As Doutoras” - Carlota, advogada, pedante. Dra. Luisa se casa com um
colega de turma. Ciúmes profissionais. Separação. No processo de Divórcio, Carlota
se insinua para o marido de Luisa. A vinda de um bebê reconcilia o casal. Carlota
também se casa e tem filho. Ambas abandonam a profissão.
ARTUR AZEVEDO
(1855 Sao Luiz /1908 Rio de Janeiro)
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Trabalhou durante trinta anos pela construção do Teatro Municipal, que só foi
inaugurado em 1909
1889 - Publica Contos possíveis, dedicado a Machado de Assis, seu mais severo
critico, com quem trabalhou na Secretaria de Viação.
Inauguração do Teatro por sessões, por Cinira Polônio – concorrência com cinema.
Várias por dia.
O TRIANON
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1911 – Vem ao Brasil com nova cia, com Dolores, alguns morrem de febre amarela
nbo Norte e Nordeste. Cia e namoro terminam.
1914 – Conhece, no Brasil, Lucília Peres – portuguesa, cia Eduardo Vitorino – galã
numa comédia. Os dois fundam a sua companhia. Sucessos – mais de cem
apresentações: “Flores de Sombra” (Claudio de Souza) rompimento com Lucília; “O
simpático Jeremias” (Gastão Tojero), mais de cem mil espectadores; e “Longe dos
Olhos” (Abadie Faria Rosa)
REFERÊNCIAS:
CACCIAGLIA, Mario. Pequena história do teatro no Brasil.Ed. da Universidade de
São Paulo, 1986. Apresentação de Sabato Magaldi. Tradução de Carla de Queiroz
PRADO, Décio de Almeida. História concisa do teatro brasileiro: (1570/1908). Ed.
da Universidade de São Paulo, 1999.
CORREA, Rosita Silveirinha Paneiro Corrêa. O teatro colonial brasileiro; AREAS,
Vilma. Martins Pena: um crítico social; AGUIAR, Flávio. João Caetano: o mestre
aprendiz, in O teatro através da História - Teatro Brasileiro. Vol.2, Coordenação
Profa. Tânia Brandão. Ed. Centro Cultural Banco do Brasil.1994.
PAVIS, Patrice. Dicionário de teatro. 1996. Tradução sob direção de J.Ginsburg, de
Maria Lúcia Ferreira. Perspectiva. São Paulo. 1999.
FO, Dario. Manual mínimo do ator; Franca Rame (organização); Lucas Baldovino,
Carlos David Szlak (tradução); 2a ed. - São Paulo: Ed. SENAC São Paulo, 1999.
ARÊAS, Vilma. Martins Pena: Comédias. Ed. Martins Fontes, São Paulo. 2007-
Coleção Dramaturgos do Brasil.
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MAGALDI, Sábato. Panorama do Teatro Brasileiro. Coleção Ensaios, Vol. 4. DAC -
FUNARTE -Rio de Janeiro. Seg. Edição. Primeira em 1962.
www.pequenogesto.com.br seção Folhetim
www.ceart.udesc.br/ppgt/urdimento
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