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História da Educação e

da Pedagogia
Conflitos entre os Modelos
educacionais Jesuíticos e de Portugal
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Carlos de Oliveira Varella

Núcleo de Educação a Distância (NEAD)


Lúcia Inês Kronemberger Andrade
Sumário
Conflitos entre os Modelos educacionais Jesuíticos e
de Portugal
Para Início de Conversa... ................................................................................ 4
Objetivos ....................................................................................................... 4
1. O Processo de Colonização do Brasil ...................................................... 5
2. Reforma Pombalina e a Educação no
Brasil Colônia .................................................................................................. 9
Referências .......................................................................................................... 12

História da Educação e da Pedagogia 3


Para Início de Conversa... Objetivos
Como vimos, em muitos momentos da História Ocidental e Oriental, a Reconhecer o contexto histórico da educação jesuítica no Brasil Colônia.
educação esteve relacionada diretamente à religião. Dando continuidade
Reconhecer as consequências para a educação brasileira da expulsão
a tal tema, chegamos ao Novo Mundo, na grande colônia portuguesa
dos jesuítas do Brasil Colonial.
denominada de Brasil.

A organização da ocupação efetiva da colônia se deu a partir de 1549,
com a chegada do governador geral Tomé de Souza, acompanhado pela
primeira leva de jesuítas, que tinham como missão manter, converter e
catequizar para a fé católica cristã tanto colonos quantos os indígenas
originários.

Assim, a evangelização dos povos indígenas centrada em aldeias,


colégios e missões, marcou profundamente a educação no Brasil,
deixando marcas indeléveis até os dias atuais.

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1. O Processo de Colonização do Brasil
O ano de chegada dos portugueses ao Brasil é sabidamente reconhecido
como 1500, mas não significou o início imediato de ocupação e
colonização das terras. Entre os anos de 1500 e 1530, os interesses
portugueses estavam, principalmente, voltados para a exploração das
rotas comerciais com a Ásia, passando por pontos estrategicamente
estabelecidos na África. Ao Brasil, restava uma
parca presença lusitana, que utilizava a
mão de obra para a extração da valiosa
madeira do pau-brasil e para garantir
a posse das terras aos portugueses.

Após as pressões de outros


países pela ocupação do
território se acentuarem, o Figura 1: O processo de colonização no Brasil. Fonte: Wikimedia.

governo português começou


Preocupado com o interesse dos holandeses e as investidas de franceses,
a enviar expedições com o
o governo português optou pela terceirização da colonização da terra,
objetivo de fundar povoados
com a divisão do território em capitanias hereditárias e em sesmarias.
e aumentar a exploração das
As Capitanias foram doadas à nobreza, à rica burguesia e aos altos
terras, principalmente, após a
burocratas. Os donatários ficaram responsáveis pela ocupação, defesa
vinda de Martim Afonso de Souza
e desenvolvimento econômico das terras doadas, eximindo a Coroa
e da fundação da Vila de São Vicente,
Portuguesa de grandes investimentos financeiros na colônia. (SILVA,
no atual litoral paulista.
1990, p. 56-57)

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O sistema de Capitanias não deu certo, revelando-se um fracasso, com A nova organização político-militar e a presença da Companhia de
terras abandonadas e as resistências dos povos indígenas. O então rei de Jesus propiciaram uma nova fase de colonização e desenvolvimento
Portugal, D. João III, colocou em prática uma inovação na administração no Brasil. Soma-se a isso, a criação da Diocese de Salvador, em 1551,
com a criação de um Governo-geral em 1548. Como o próprio nome já com sua Sé administrada pelos inacianos. Era um projeto articulado e
informava, o objetivo era centralizar o governo da colônia coadunando simultâneo colocado em prática por Portugal. Assim, a proposta de
a defesa das terras contra o ataque de piratas e invasores, assim como educação na colônia estava diretamente relacionada à política de
também buscava controlar os indígenas que se rebelavam contra o colonização portuguesa que pretendia lucrar e, para tanto, a presença
sistema implantado. Por isso, em 1549, foi enviado ao Brasil o primeiro
da evangelização dos indígenas não poderia preterir a educação dos
Governador Geral, Tomé de Souza, e com ele um destacamento de
filhos dos colonos, muitas vezes, oriundos da pequena nobreza e da
religiosos da recém-criada Companhia de Jesus (SILVA, 1990).
burguesia, conforme constava nos planos do padre Manuel da Nóbrega
A capitania escolhida para ser a sede do novo governo foi a da Bahia, (HOLANDA, 1993).
que passou a ser uma Capitania Real com a criação de uma capital,
Salvador, fundada em 1549. Com a nova forma de administração, foi A atuação da Companhia se deu em todo o território colonial, com a
criado todo um aparato da administração do Governo-geral: o Capitão- criação dos Colégios e das Missões, nos quais atuavam diretamente
mor, responsável pela defesa militar; o Provedor-mor, responsável pelo na evangelização dos povos indígenas por meio de um sistema que
abastecimento e finanças; o Ouvidor-mor, encarregado da justiça; e o congregava o ensino religioso e o trabalho. Os religiosos responsáveis
Alcaide-mor, incumbido da governança de Salvador(SILVA, 1990). por tais tarefas chegaram à colônia com o governador Tomé de Sousa,
comandados por Manuel da Nóbrega. Entre 1549 e 1553, aportaram,
A Companhia de Jesus foi fundada por Inácio de Loyola, em 1534, durante
no Brasil, os nomes que são até hoje reconhecidos como aqueles que
o movimento da Contrarreforma. O objetivo principal da Companhia era
mais deixaram relatos sobre esse período histórico: o próprio Manuel
a evangelização e disseminação da fé cristã católica pelo mundo, tanto
que os inacianos passaram a ser conhecidos como “Soldados de Cristo” da Nóbrega, Leonardo Nunes, João de Azpilcueta Navarro, em 1549; o
e seu lema era “Ad Majorem Dei Gloriam” (Para a Maior Glória de Deus) Bispo Simão da Gama chegou em 1550 e, em 1553, foi a vez de José de
(NISKIER, 2011). Anchieta. O padre Antônio Vieira só chegou ao Brasil em 1614.

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‘‘ Aparece
Ordem dos Jesuítas não foi, entretanto, criada só com fins educacionais; ademais,
que no começo não figuravam esses entre os propósitos, que eram antes a
confissão, a pregação e a catequização. Seu recurso principal eram os chamados
“exercícios espirituais”, que exerceram enorme influência anímica e religiosa
entre os adultos. Todavia pouco a pouco a educação ocupou um dos lugares mais
importantes, senão mais importante, entre as atividades da Companhia.
‘‘
O objetivo inicial era a evangelização dos gentios, mas rapidamente
perceberam a importância da educação das crianças, tanto indígenas
quanto portuguesas. Já em 1549 foi fundada em Salvador a primeira
escola de letras, chamada de “escola de ler e escrever”. Portugal, até
então, não possuía tradição escolar ou educativa, as escolas mais
conhecidas eram as das Igrejas, vinculadas às Catedrais, uma herança
medieval que se perpetuava.

‘‘ diminuto
[...] se o sistema escolar português de 1549 era, como acabamos de ver, ainda
e embrionário, nem por isso diríamos que Portugal estava nesse ponto
em grande atraso em relação à maior parte dos países da Europa. A situação
era mais ou menos a mesma na Espanha, no sul da Itália, na Bélgica, Holanda,
Inglaterra, Irlanda, Países Escandinavos, Polônia, Rússia e nos Bálcãs. (MATTOS

Figura 2: O missionário espanhol José de Anchieta (na imagem) e Manuel da Nóbrega foram os
1958, p. 41-42)
’’
primeiros jesuítas que Inácio de Loyola enviou para a América. Fonte: Wikimedia. O Padre Manuel da Nóbrega organizou o plano de trabalho no Brasil, o
Catálogo da Missão Brasileira, distribuindo cargos entre os subordinados e
A criação dos colégios cresceu rapidamente pela colônia. Inicialmente, as pensando de que forma superar o primeiro obstáculo: Como evangelizar
escolas serviam para abrigar os religiosos, indígenas e recém-chegados. os indígenas, de diversas nações, se não falavam a mesma língua? (
Segundo Luzuriaga (1975, p. 118-119): MATTOS, 1958, p. 37-38)

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O plano de estudos consistia em duas fases: a primeira era a Os jesuítas submetiam os indígenas ao regime de trabalho, utilizando
alfabetização, com o ensino do português e da doutrina católica. Vale sua mão-de-obra na produção agrícola, tornando-se contrários ao
salientar que a utilização de autos, representações de festas cristãs, apresamento de escravidão dos gentios. Tais ações foram fontes de
da música, era uma forma muito comum e utilizada para o ensino e a constantes conflitos com colonos, como os bandeirantes, que acusavam
cristianização dos indígenas. Concluída a primeira fase o aluno poderia os jesuítas de utilizar a presença dos nativos para
escolher entre o ensino profissionalizante e o que era considerado como enriquecer. (SILVA, 1991)
ensino médio. Como estímulo aos estudos, previa-se um prêmio que era
uma viagem de estudos em uma universidade europeia. Já no final do século XVI, foi publicado
o “Ratio Atque Institutio Studiorum
Uma das estratégias adotadas por Manuel da Nóbrega na conversão dos gentios
Societatis Jesu”, ou simplesmente
foi a construção de aldeias de catequização, que se situavam próximas das vilas e
cidades portuguesas. Essas aldeias eram habitadas pelos padres jesuítas e pelos
“Ratio Studiorum”, pelo padre
índios a serem convertidos e destinavam-se a atingir três objetivos: Geraldo Cláudio Aquaviva e
visava à formação do homem
▪ objetivo doutrinário – que visava ensinar a religião e a prática cristão, de acordo com a fé e a
cristã aos índios; cultura cristã. Era um manual
▪ objetivo econômico – visava a instituir o hábito do trabalho como que apresentava aos jesuítas as
princípio fundamental na formação da sociedade brasileira; práticas e métodos sistematizados
▪ objetivo político – visava a utilizar os índios convertidos contra os a serem utilizados em suas aulas,
ataques dos índios selvagens e, também, dos inimigos externos. surgia uma metodologia jesuíta.
▪ (NETO, 2008, p. 169-189) Consistia em uma metodologia baseada
na filosofia aristotélica e tomista, com
A partir do Catálogo da Missão Brasileira, foram criadas cinco escolas influência renascentista e calcada na formação
de instrução elementar, também chamadas de “casas professas”: Porto humanista, com o emprego da literatura e da música
Seguro, Ilhéus, Espírito Santo, São Vicente e São Paulo de Piratininga; e (NETO, 2008).
três Colégios: Bahia (1553), Pernambuco (1568) e Rio de Janeiro (1567).

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secundários duravam de cinco a seis anos, com uma formação literária
e humanista, sendo o curso que mais floresceu no Brasil. Os cursos
superiores eram constituídos pelos cursos de filosofia e artes, duravam
três anos e tinham, em seu currículo, as disciplinas de Lógica, Metafísica,
Ética, Matemática, Ciências Físicas e Ciências Naturais. No Brasil, o Ratio
Studiorum foi adaptado às necessidades que a colônia apresentava
(RIBEIRO, 1998, p. 21-22):

(...) diversificada, com o objetivo de atender à diversidade de interesses


e de capacidades. Começando pelo aprendizado do português, incluía
o ensino da doutrina cristã, a escola de ler e escrever. Daí em diante,
continua, em caráter opcional, o ensino de canto orfeônico e de música
instrumental, e uma bifurcação tendo em um dos lados, o aprendizado
profissional e agrícola e, de outro, aula de gramática e viagem de estudos
à Europa.

2. Reforma Pombalina e a Educação no


Brasil Colônia
Figura 3: Padre Geraldo Cláudio Aquaviva. Fonte: Wikimedia.
No período conhecido como União Ibérica, no qual Portugal e Espanha
O Ratio Studiorum proporcionava três opções de curso: o secundário tinham a mesma administração, o padre visitador Cristóvão de Gouvêa
e dois cursos superiores: o de Filosofia e o de Teologia. Os cursos descreveu nesses termos o colégio da Bahia (CARDIM, s.d, p. 144-145):

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Após o fim do período conhecido como União Ibérica (1540-1680) em
‘‘ Os padres têm aqui collegio novo quasi acabado; é uma quadra formosa com boa
capella, livraria, e alguns trinta cubículos, os mais delles têm as janellas para o que as coroas de Portugal e Espanha estiveram unidas, pretendeu-se
mar. O edifício é todo de pedra e cal de ostra, que é tão boa com a de pedra de reorganizar o poder do estado, interna e externamente, visto que (PRADO
Portugal. Os cubiculos são grandes, os portaes de pedra, as portas d’angelim, JR., 1969, p. 49):
forradas de cedro; das janelas descobrimos grande parte da Bahia (...). A igreja é
capaz, bem cheia de ricos ornamentos de damasco branco e roxo, veludo verde e
carmesim, todos com tela d’ouro; tem uma cruz e thuribulo de prata (...). O Collegio
‘‘ Portugal sairia arruinado da dominação espanhola, a sua marinha destruída o seu
império colonial esfacelado (..). Efetivamente, só lhe sobraria o antigo império
tem tres mil cruzados de renda, e algumas terras adonde fazem mantimentos; ultramarino, o Brasil e algumas posses na África. Estas aliás só valerão como
residem nelle de ordinario sessenta; sustentam-se bem de mantimentos, carne
e pescados da terra; nunca falta um copinho de vinho de Portugal (...) vestem e
fornecedores de escravos para o Brasil.
‘‘
calçam como em Portugal; estão empregados em uma lição de Theologia, outra O reinado de D. José I buscou reafirmar o poder do Estado Absolutista,
de casos, um curso d’artes, duas classes de humanidades, escola de ler e escrever; dentro da doutrina do Despotismo Esclarecido, com o apoio e estímulo
confessam e pregam em nossa igreja, sé, etc. Outros empregam-se na conversão à indústria, ao comércio mercantilista, permitindo a recuperação dos
dos índios.
‘‘ lucros. Com tal objetivo em mente, Sebastião José de Carvalho e Melo,
o Marquês de Pombal, foi nomeado para ministro. Na administração da
Mesmo com suas adaptações às necessidades da colônia, o ensino
colônia, os atritos entre os jesuítas e o Marquês de Pombal surgiram da
continuava sendo no estilo europeu, destinado à formação dos filhos dos
oposição jesuíta à libertação dos indígenas e secularização das missões
colonos e da formação de futuros sacerdotes. Aos indígenas restava a
eclesiásticas e do cumprimento dos Tratados de Limites entre Portugal e
catequese. É válido informar que não somente os inacianos mantiveram
Espanha (NEVES, 1978).
escolas no Brasil, outras ordens assim o fizeram também, como os
Beneditinos, os Franciscanos e os Carmelitas, todos em suas casas. Porém,
nenhum deles esteve tão intrinsecamente ligado ao projeto colonizador
como os membros da Companhia de Jesus e é, por isso, que sua expulsão
dos territórios portugueses no século XVIII, provocou consequências
duradouras na educação brasileira.

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a expulsão dos inacianos do Grão-Pará e Maranhão, em 1751, para
culminar com a expulsão de toda a Ordem em 1759. Com a saída dos
religiosos, extinguiu-se todo o sistema de ensino que funcionava na
colônia até então (NEVES, 1978).

Para suprir a falta das escolas jesuítas, o Marquês de Pombal fez a Reforma
dos Estudos Menores e criou o cargo de Diretor Geral dos Estudos, ao
qual todos os professores ficavam subordinados; determinação de
exames para os professores postulantes ao cargo. Mas as diretrizes
encontraram extremas dificuldades para vigorarem, sobretudo, a falta de
recursos. Assim, em 1772, foi criado o “Subsídio Literário” que pretendia
abastecer os professores e as escolas com recursos financeiros. (FÁVERO,
2000, p.87-102)

‘‘ suavissimamente,
O fundo monetário que há de manter este projeto pode estabelecer-se
e com muita satisfação dos Povos, que para ele hão de
contribuir na imposição de um Real em cada canada de vinho, e quartilho de
Figura 4: Sebastião José de Carvalho e Melo. Fonte: Wikimedia. aguardente, no Reino e Ilhas, em cada arrátel de vaca na Ásia, América e África.

Em 1750, foi assinado o Tratado de Madri que colocou a área dos Sete
(FÁVERO, 2000, p.99)
’’
Povos das Missões, na região sul do Brasil, à disposição de Portugal em Com isso, foram criadas escolas de ler e escrever no Rio de Janeiro (02),
troca da colônia do Sacramento e com isso, foi determinada a saída dos Bahia (4), Pernambuco (4), São Paulo (1), Mariana (1), Vila Rica (1), Sabará
jesuítas. Mas nem os religiosos nem os indígenas aceitaram o acordo, (1), São João dei Rei (1), Pará (1) e Maranhão (1). De gramática latina: Rio
promovendo o que ficou conhecido como Guerra Guaranítica, uma série de Janeiro (2), Bahia (3), Pernambuco (4), Mariana (1), São Paulo (1), São
de conflitos entre os índios e a aliança de Portugal com a Espanha. João dei Rei (1), Pará (1) e Maranhão (1). E também aulas de retórica: Rio
Sucedeu-se, então, o fim da presença jesuíta em terras brasileiras com de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Pará, Mariana e São Paulo.

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As escolas criadas continuavam a receber, em sua maioria, filhos de
colonos e pouquíssimos mestiços, os negros eram de todo excluídos Referências
da educação, desde o tempo dos jesuítas. Houve, também, a solicitação CARDIM, F. Narrativa Epistolar de uma Viagem e Missão Jesuítica. In:
para a criação de uma universidade na colônia, mas não foi autorizada. Tratados da terra e gente do Brasil. [s.d] [S.l].
As primeiras universidades do Brasil só foram criadas com a chegada
da Corte em 1808. Em 210 anos de presença da Companhia de Jesus FÁVERO, L. L. Heranças - a educação no Brasil colônia. In: Revista Anpoll,
no Brasil, os indígenas foram catequizados, em detrimento de sua n. 8, jan./jun., p. 87-102, 2000.
constituição cultural, formaram os filhos dos colonos, gerando novos
HOLANDA, S. B. História geral da civilização brasileira: o Brasil
sacerdotes e uma elite intelectual, difundiram e unificaram a língua
monárquico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1993.
portuguesa por todo território, além da fé cristão católica.

Nesse ínterim de 210 anos, catequizaram maciçamente os índios, LUZURIAGA, L. História da educação e da pedagogia. São Paulo: Nacional,
educaram os filhos dos colonos, formaram novos sacerdotes e a elite 1975.
intelectual brasileira. Sobretudo, promoveram o controle da fé e da MATTOS, L. A. Primórdios da educação no Brasil: o período heróico (1549-
moral dos habitantes e a difusão e unificação da língua portuguesa de 1570). Rio de Janeiro: Aurora, 1958.
Norte a Sul do país.
NETO, A. S.; MACIEL, L. S. B. O ensino jesuítico no período colonial
brasileiro: algumas discussões. Educar, Curitiba, n. 31, 2008, p. 169-189.

NEVES, L. F. B. O combate dos soldados de Cristo na terra dos


papagaios. colonialismo e repressão cultural. Rio de Janeiro: Forense-
Universitária, 1978.

NISKIER, A. História da Educação Brasileira. De José de Anchieta aos dias


de hoje, 1500/2010. São Paulo: Europa, 2011.

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PRADO JR., C. História econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1969.

SILVA, F. C. T. Conquista e colonização da América Portuguesa. In: LINHARES,


Maria Yedda (Org.). História Geral. Rio de Janeiro: Campus, 1990.

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