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Resumo
Contexto
As temáticas até aqui levantadas, apesar das questões inerentes a elas terem
se agravado nos últimos anos, têm sido motivo de luta dos movimentos sociais do
campo, dos ambientalistas, dos povos tradicionais ao longo de décadas. É nesse
contexto combativo que a Jornada de Agroecologia foi constituída a partir de uma
coalizão política em 2001 em nome da “Terra Livre de Transgênicos e Sem
Agrotóxico”, contando a participação de mais de 600 camponeses e camponesas,
sujeitos sociais e políticos no ato de lançamento de seu Manifesto Político
(JORNADA DE AGROECOLOGIA, 2022). A Jornada ocorre desde 2002 em
diferentes cidades do estado do Paraná , entre elas Ponta Grossa, Francisco
Beltrão, Londrina, Maringá,Irati e Lapa, sendo ela a expressão do campesinato em
movimento, “sendo realizados segundo o contexto estratégico e conjuntural de cada
período, considerando ora a oportunidade de se dar em territórios hegemonizado
pelo agronegócio, e ora com marcante presença histórica do campesinato e
estimulando e orientando o contínuo intercâmbio das experiências
técnico-produtivas, de seus processos organizativos de produção,
agroindustrialização e comercialização coletivos, de realização de feiras municipais
e regionais de sementes crioulas e ampla agrobiodiversidade, de atividades
culturais, de formação e educação em agroecologia” (JORNADA DE
AGROECOLOGIA, 2022).“Este evento se concretiza com uma marcha pública como
ato de abertura, e segue com a Feira da Biodiversidade e Alimentos Agroecológicos,
conferências em plenária, oficinas de intercâmbio das experiências e seminários,
atividades culturais, e encerra com o ato político com autoridades governamentais e
parlamentares, entre outros. Neste ato político, entrega a Carta da Jornada de
Agroecologia, onde expressa sua posição estratégica e conjuntural e suas
reivindicações, que passam a ser objeto das ações coletivas no transcorrer de cada
ano (JORNADA DE AGROECOLOGIA, 2022).
Descrição da Experiência
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Resultados
A maneira de se comunicar com o público foi acertada, a intervenção chamou
atenção de todas as idades e origens, sejam urbanas ou do campo, possibilitou a
discussão dos temas propostos, trocas de experiência, relatos pessoais e conseguiu
transmitir informações que muitas vezes passam despercebidas no dia a dia. A
questão dos agrotóxicos contaminantes na água foi o que mais gerou surpresa,
muitas pessoas não sabiam que sequer eles estavam presentes na água, quanto
mais a diversidade de substâncias encontradas. A quantidade e diversidade de
agrotóxicos encontrados nos vegetais também chamou muita atenção, apesar de
saberem que eles estavam presentes nos alimentos dos mercados, a maioria do
público se presente no estande se espantou com os nomes dos elementos químicos,
e com os diferentes tipos e formulações , podendo, por exemplo, chegar a mais de
50 agrotóxicos s por cultura, a exemplo do pimentão. A interação com o cartaz sobre
o preço dos alimentos gerou diversas conversas sobre como é perceptível a inflação
nos itens básicos de alimentação, as implicações da alta no dia a dia e possibilitou a
introdução do tema de como o agronegócio exportador influencia no preço do óleo,
carne, leite e grãos. A participação no evento cumpriu seu objetivo educativo,
reflexivo e participativo, além disso ajudou a divulgar o curso de tecnologia em
agroecologia e seus projetos de extensão no Setor Litoral da UFPR, localizado em
Matinhos - PR. Em futuras intervenções, existem possíveis complementos à essa
experiência, como a produção de materiais educativos sobre temáticas da
agroecologia que o público possa levar consigo e também a construção de
intervenções similares a essa nas adjacências do evento, chamando e divulgando o
cronograma da Jornada.
Referências bibliográficas