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Instituto de Química
Química I
Origem dos elementos e moléculas
Rutherford/Bohr Heisenberg/Schrodinger
Sommerfeld De Broglie
❖ Desde tempos remotos se sabia que as cores do arco-íris são geradas pela decomposição da
luz solar. Porém, só no século XVII (1672), Isac Newton descreveu de forma apropriada,
tanto a decomposição quanto a recomposição da luz ao atravessar prismas.
❖ O conjunto das cores geradas pela interferência do prisma constitui o espectro da luz
visível.
❖ Pelos seus trabalhos sobre ótica, Newton é considerado como o precursor da espectroscopia.
➢ Natureza da luz - Interpretação de Newton.
Luz branca
Luz branca
Prisma Prisma
➢ Newton acreditava que a luz era composta por partículas. Huygens considerava que a
luz era de natureza ondulatória. De certo modo, os dois acertaram, pois, na teoria
quântica, a luz é interpretada como sendo, ao mesmo tempo, onda e partícula.
Dupla natureza da luz: ondulatória e corpuscular
x
z
Direção de
propagação
➢ Vista dessa maneira, pode até parecer que uma onda eletromagnética tem uma
estrutura contínua, única. Mas, na realidade, elas se propagam pela geração
simultânea de campos elétricos e campos magnéticos, um gerando o outro, e se
propagando ad infinitum, desde que não sejam absorvidas por um meio material.
Correlações dimensionais das faixas espectrais com objetos
E1, 1, 1 E2, 2, 2 E3, 3, 3 E4, 4, 4, E5, 5, 5, E6, 6,6, E7, 7, 7
700 600 500 400 nm
Vácuo 49 °
90 °
Feixe de luz incidente
ῡ = 3cm-1
em Hz
em m
6,98 nm 400 nm
Espectro eletromagnético do hidrogênio
Estudos sobre este espectro foram
fundamentais para as proposições de Bohr
na criação do seu modelo atômico
Espectro eletromagnético do hidrogênio
Linhas Nome em Å em nm n
Vermelha Hα 656 6565 3
Verde Hβ 486 4863 4
Azul H 434 4342 5
Violeta H 410 4103 6
𝒏𝟐 b é a constante de Balmer
➢ Equação de Balmer 𝒏 = 𝒃 𝟐 b = 3.644 →Å
𝒏 − 𝟐𝟐
b = 364,6 → nm
b = 1,097.107 → m-1
𝒏𝟐 𝒏𝟐 𝟏 𝟏 𝟏
𝒏 = 𝟑. 𝟔𝟔𝟒 𝟐 𝒏 = 𝟑𝟔𝟒, 𝟒 𝟐 = 𝟏, 𝟏. 𝟏𝟎𝟕 𝟐 − 𝟐
𝒏 − 𝟐𝟐 𝒏 − 𝟐𝟐 𝝀 𝒏 𝟐
Espectro eletromagnético do hidrogênio
Espectro do hidrogênio do ultravioleta ao infravermelho
𝒏𝟐 1 𝟕
𝟏 𝟏
𝝀𝒏 = 𝒃 𝟐 = 𝟏, 𝟎𝟗𝟕. 𝟏𝟎 −
𝒏 − 𝟐𝟐 λ 𝒏𝟐𝒇 𝒏𝟐𝒊
𝟑𝟐 𝟏 𝟕
𝟏 𝟏
𝝀 = 𝟑𝟔𝟒, 𝟓 𝟐 𝟐
= 𝟔𝟓𝟔, 𝟏 𝒏𝒎 = 𝟏, 𝟏. 𝟏𝟎 𝟐
− 𝟐 = 𝟏, 𝟓𝟑. 𝟏𝟎𝟔 𝒎−𝟏
𝟑 −𝟐 𝝀 𝟐 𝟑
Linhas Nome em Å em nm n
Vermelha Hα 656 6565 3
Verde Hβ 486 4863 4
Azul H 434 4342 5
Violeta H 410 4103 6
Comprimentos de onda e números de onda das linhas da série de Balmer
𝒏𝟐 1 𝟕
𝟏 𝟏
𝝀𝒏 = 𝒃 𝟐 = 𝟏, 𝟎𝟗𝟕. 𝟏𝟎 −
𝒏 − 𝟐𝟐 λ 𝒏𝟐𝒇 𝒏𝟐𝒊
𝟑𝟐 𝟏 𝟕
𝟏 𝟏
𝝀 = 𝟑𝟔𝟒, 𝟓 𝟐 𝟐
= 𝟔𝟓𝟔, 𝟏 𝒏𝒎 = 𝟏, 𝟏. 𝟏𝟎 𝟐
− 𝟐 = 𝟏, 𝟓𝟑. 𝟏𝟎𝟔 𝒎−𝟏
𝟑 −𝟐 𝝀 𝟐 𝟑
𝟒𝟐 𝟏 𝟏 𝟏
𝝀 = 𝟑𝟔𝟒, 𝟓 𝟐 = 𝟒𝟖𝟔, 𝟎 𝒏𝒎 = 𝟏, 𝟏. 𝟏𝟎 𝟕
− 𝟐 = 𝟐, 𝟎𝟔. 𝟏𝟎𝟔 𝒎−𝟏
𝟒 − 𝟐𝟐 𝝀 𝟐 𝟐 𝟒
𝟓𝟐 𝟏 𝟏 𝟏
𝝀 = 𝟑𝟔𝟒, 𝟓 𝟐 𝟐
= 𝟒𝟑𝟒, 𝟎 𝒏𝒎 = 𝟏, 𝟏. 𝟏𝟎 𝟕
− 𝟐 = 𝟐, 𝟎𝟔. 𝟏𝟎𝟔 𝒎−𝟏
𝟓 −𝟐 𝝀 𝟐 𝟐 𝟓
𝟔𝟐 𝟏 𝟏 𝟏
𝝀 = 𝟑𝟔𝟒, 𝟓 𝟐 𝟐
= 𝟒𝟏𝟎, 𝟎 𝒏𝒎 = 𝟏, 𝟏. 𝟏𝟎 𝟕 − 𝟐 = 𝟐, 𝟎𝟔. 𝟏𝟎𝟔 𝒎−𝟏
𝟔 −𝟐 𝝀 𝟐 𝟐 𝟔
Obs.: a notação nf refere-se ao nível para o qual o elétron retornou após ser excitado
para o nível ni.
O vídeo seguinte é bastante esclarecedor sobre o espectro do hidrogênio
https://www.youtube.com/watch?v=bi_-Wl08sAM
Quantização da energia radiante
Séries espectrais do hidrogênio
Nome da série Descoberta Região do espectro Valor de m Valor de n
Lyman 1906-1914 UV 1 2, 3, 4, …..
Balmer 1885 UV/Visível 2 3, 4, 5, …..
Paschen 1908 IR 3 4, 5, 6, …..
Brackett 1922 IR 4 5, 6, 7, …..
Pfund 1924 IR 5 6, 7, 8, …..
Humpreys 1953 IR 6 7, 8, 9, .....
1 1 1
= R ( 2 - 2 ) Equação de Rydberg
n f ni
25
24
23
Linhas de emissão de transições de
níveis superiores para o nível 2. (ni → 2)
Fonte de
luz branca Espectro de absorção de linhas do hidrogênio
H2
Quantização da energia radiante
E = h = hc/ = hcῡ
h = 6,63 x 10-34 Js
8kT
I= 4
Equação de Plank
Uma das primeiras falhas observada nas teorias clássicas da Física surgiu em estudos sobre a emissão de
radiações eletromagnéticas por um corpo negro.
Corpo negro é idealizado como sendo qualquer corpo capaz de absorver todas as radiações que incidam
sobre ele e, consequentemente, capaz de emitir radiações de todos os comprimentos de onda.
Analisando as intensidades das radiações emitidas por um corpo cujo comportamento se aproxime ao que
é idealizado para um corpo negro, Rayleigh-Jeans e Boltzaman definiram a intensidade das radiações de
cada comprimento de onda emitidas se relaciona com a temperatura conforme a equação:
Por essa equação, percebe-se que a emissão de radiações em cada temperatura aumenta com a diminuição
do comprimento de onda das radiações, tendendo a valores infinitos para as radiações de menores λ, até
mesmo em baixas temperaturas. Tal possibilidade ficou conhecida como catástrofe do ultravioleta. Se
ocorresse, se contraporia ao princípio da conservação da energia..
Max Planck, com suas teorias sobre as radiações eletromagnéticas, desenvolveu uma equação que
solucionou os problemas contidos na equação de Rayleigh-Jeans e Boltzaman.
Quantização da energia radiante
Radiação de um corpo negro
E = h = hc/ = hcῡ
h = 6,63 x 10-34 Js
Quantização da energia radiante – Amostra 1
Intensidade de emissões →
3
2
1
Comprimento de onda (λ) →
❖ Transições possíveis: ocorrem de um nível para outro, sem estados intermediários.
❖ Emissão mais energética: ∞ → 1. Emissão menos energética: ∞ → (∞ - 1).
❖ O nível ∞ é o nível de ionização da amostra. Neste exemplo, em T = 5.000 K
elétrons não alcançam o nível de ionização da amostra.
5,00E+00
500 K
Equação de Planck para radiação
emitida por um corpo negro:
4,00E+00
3,00E+00
2,00E+00
0,00E+00
0,00E+00 5,00E-06 1,00E-05 1,50E-05 2,00E-05 2,50E-05 3,00E-05 3,50E-05 4,00E-05 4,50E-05
-1,00E+00
3,00E+01
700 K
2,50E+01
1,50E+01
1,00E+01
0,00E+00
0,00E+00 5,00E-06 1,00E-05 1,50E-05 2,00E-05 2,50E-05 3,00E-05 3,50E-05 4,00E-05 4,50E-05
-5,00E+00
Quantização da energia radiante
Outra evidência da quantização da energia radiante
O Efeito Fotoelétrico - Heinrich Hertz
E = h Ec = h - I
Luz UV Elétrons
➢ Lenard (1903) – Mostrou que a energia dos elétrons emitidos independe da intensidade da
luz incidente (I).
➢ Schweidler (1904) – Mostrou que a energia dos elétrons emitidos depende da frequência
das radiações incidentes.
➢ Einstein (1905) – postulou que 1 quantum de luz transfere toda sua energia para
1 elétron e que a energia cinética do elétron ejetado é dada por:
Ec = h - f (f é a função trabalho, igual a energia de ionização)
Quantização da energia radiante
O Efeito Fotoelétrico – Conclusões de Einstein
Ei = E0 + Ec
➢ A energia cinética dos elétrons ejetados depende da energia dos fótons incidentes.
➢ A corrente medida no amperímetro depende da intensidade de incidência de fótons,
Pequena história sobre o efeito fotoelétrico
Heinrich Hertz (1887), estudando a produção de descargas elétricas entre duas esferas metálicas
com potenciais diferentes, observou que uma faísca proveniente desse dispositivo gerava uma
faísca secundária em outro dispositivo semelhante. Para melhor visualizar, Hertz construiu uma
proteção para evitar a dispersão da luz. Ele constatou que o fenômeno não era de natureza
eletrostática, pois não havia diferença se a proteção era feita de material condutor ou isolante.
Hertz, confirmou que a luz poderia gerar faíscas e concluiu que o fenômeno deveria ser devido à
luz incidente (ultravioleta).
Em 1888, Wilhelm Hallwachs mostrou que corpos metálicos irradiados com luz ultravioleta
adquiriam carga positiva. Para explicar o fenômeno, Lenard e Wolf publicaram um artigo na
Annalen der Physik, sugerindo que a luz ultravioleta faria com que partículas do metal com carga
elétrica negativa deixassem a superfície do mesmo.
Dez anos após a descoberta de Hertz, Thomson determinou a relação e/m do elétron e três anos
depois postulou que o efeito fotoelétrico consistia da emissão de elétrons. Para comprovar seu
postulado, demonstrou que o valor de e/m das partículas emitidas no efeito fotoelétrico era igual ao
dos elétrons associados aos raios catódicos. Verificou ainda que esta carga era aproximadamente
igual à carga adquirida pelo átomo de hidrogênio em reações de eletrólise. O valor de e encontrado
por ele (6,8 x 10-10 esu) é próximo do que é aceito atualmente (4,77 x 10-10 esu ou 1,60x10-19 C).
A ESTRUTURA ATÔMICA
O Átomo de Bohr
h
mvr = n
2
h = E = E2 - E1
O modelo atômico de Bohr
➢ Nas orbitas estacionárias as forças de atração eletrostática entre o elétron e o
núcleo são iguais às forças centrípetas causadas pelos movimentos do elétron.
h
mvr = n
2 2
mv K 0e
= 2 K0 é a constante eletrostática no vácuo.
2
r r K0 = 8,99.109 N.m2 /C2,
K 0e 2 𝑛ℎ
v= 𝑣=
2𝜋𝑚𝑟
mr
K 0e 2
nh n2h2
= r=
mr 2mr 4 2 K 0 me 2
➢ Nessas equações apenas n e r são variáveis.
➢ Os raios das orbitas variam em potências de 2 dos valores de n.
O modelo atômico de Bohr
➢ Em cada orbita estacionária a força de atração eletrostática entre o elétron e o
núcleo é igual à força centrípeta resultante do movimento do elétron nessa órbita.
2 2 Observação:
mv K 0e h
= 2 mvr = n K0 é a constante eletrostática
r r 2 no vácuo, e se correlaciona à
permissividade no vácuo pela
K 0e 2 𝑛ℎ
v= 𝑣= equação: K0 =
1
mr 2𝜋𝑚𝑟 4 0
K 0e 2 nh n2h2
= r=
2mr 4 2 K 0 me 2
K0 = 8,99.109 NmC-2
mr
ε0 = 8,8541878.10-12 C2.N-1.m-2
𝒏𝟐 𝒉𝟐 𝟏𝟐 . 𝟔, 𝟔𝟑. 𝟏𝟎−𝟑𝟒
𝒓= =
𝟒𝝅𝟐 𝑲𝟎 𝒎𝒆𝟐 𝟒𝒙𝟑, 𝟏𝟒𝟐 𝒙𝟖, 𝟗𝟗. 𝟏𝟎𝟗 𝒙𝟗, 𝟏𝟏. 𝟏𝟎−𝟑𝟏 𝒙(𝟏, 𝟔𝟏. 𝟏𝟎−𝟏𝟗 )𝟐
r = n a0
2
r = raio de uma órbita qualquer do hidrogênio.
n2
r = a0 r = raio de uma órbita qualquer de um hidrogenóide.
Z
Energias do elétron nas orbitais de Bohr
𝐾0 𝑍𝑒 2 𝑛2 ℎ2
𝑟= 2
𝐸= 4𝜋 𝐾0 𝑚𝑒 2
2𝑟
𝐾0 𝑍𝑒 2 1 𝐾0 𝑍𝑒 2 4𝜋 2 𝐾0 𝑚𝑒 2
𝐸= =
2 𝑟 2 𝑛2 ℎ2
𝒁𝟐 𝒏𝟐
𝑬𝒏 = 𝑨 𝟐 𝒓= 𝒂𝟎
𝒏 𝒁
n Energia (Joules) Energia (eletron-volt) Raio (nm)
0 0
6 -0,61.10-19 -3,81.1018 1,9000
5 -0,87.10-19 -5,44.1018 1,3200
4 -1,36.10-19 -8,49.1018 0,8460
3 -2,42.10-19 -1,51.1019 0,4760
2 -5,45.10-19 -3,40.1019 0,2120
1 -2,18.10-18 -1,36.1019 0,0529
Energias dos elétrons nas orbitais de Bohr
➢ A diferença de energia entre órbitas do átomo de Bohr é dada por:
𝟏 𝟏 𝟏
= 𝑹 ൭ 𝟐 − 𝟐ቇ
𝝀 𝒏𝟏 𝒏𝟐
25
24
23
Linhas de emissão de transições de
níveis superiores para o nível 2. (ni → 2)
2Z 2 0 me 4
2
E= ➢Arnaud Sommerfeld propôs mudanças na
n2h2 equação para explicar as estruturas finas do
espectro.
➢Massa reduzida me m p
=
➢Orbitas elípticas
me + m p
O átomo de Bohr – aperfeiçoamento de Sommerfeld
Primeiro nível
Segundo nível
Terceiro nível
a=3
𝐸𝑖𝑥𝑜 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑎
= =1, 2, 3, ... b
a
b=1
𝐸𝑖𝑥𝑜 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑏 a =2
b=1
Órbitas do nível 5
k=6
k=5
k=3
k=2
k=1
O átomo de Bohr – aperfeiçoamento de Sommerfeld
Números quânticos principal e azimutal
𝟐𝝅𝟐 𝒌𝟐 𝒁𝟐 𝒆𝟒 𝝁 𝒁𝟐 𝜶 𝟐 𝟏 𝟑
𝑬𝒏,𝒌 = 𝟏 + −
𝒏𝟐 𝒉𝟐 𝒏 𝒌 𝟒𝒏
Louis De
Broglie - 1924
Comportamento Ondulatório do Elétron
2 r = n
Estado estacionário de uma órbita de Bohr-Sommerfeld.
Para de Broglie, o comprimento da onda associada ao
elétron deveria ser submúltiplo do comprimento da
órbita de Bohr-Sommerfeld.
Natureza dualística da matéria – Louis De Broglie
Efeito fotoelétrico
Figuras de difração
➢ Vejam que um feixe único de elétrons, após incidir sobre o cristal de ouro, se
projeta sobre o anteparo em círculos de alta densidade eletrônica e círculos de
densidade eletrônica tendendo para zero.
George Paget Thomson – 1927
George Paget Thomson era filho J. J. Thomson (descobridor do elétron)
Difração de elétrons incidentes sobre alumínio em pó
a) Representação esquemática da difração.
b) Difração de um feixe de raios X.
c) Difração de um feixe de elétrons.
➢ Ao momento angular próprio do elétron foi dado o nome de spin (que é a palavra
inglesa para giro), representado por s, cujo valor é sempre 1/2. (Os valores do
momento angular de spin, ms, podem ser +1/2 ou -1/2).
A estrutura atômica – spin eletrônico
➢ Número quântico spin
s = 1/2
ms = ± ½
➢ Os desvios do feixe de gás de prata, observados por Stern e Gerlack, deve-se ao spin.
ℏ h
∆𝒑∆𝒙 ≥ ou ∆𝒑∆𝒙 ≥
𝟐𝝅 𝟒𝝅
➢ Essa constatação foi deduzida por Werner Heisemberg em 1925, e é conhecida
como Princípio da Incerteza.
O Princípio da Incerteza e o microscópio imaginário de Bohr
➢ Para localizar o elétron seria necessário observá-lo usando fótons como sonda.
➢ Ao incidir sobre o elétron, o fóton seria espalhados mudando sua quantidade de
movimento (efeito Compton), só podendo ser captado na objetiva se:
𝟐𝒉 ΔF(x) – incerteza na “visualização” do fóton
∆𝑭 𝒙 = 𝟐𝒑. 𝒔𝒆𝒏𝜽 = 𝒔𝒆𝒏𝜽
❖ Lembre-se que estamos falando de uma experiência imaginária.
O Princípio da Incerteza e o microscópio imaginário de Bohr
➢ Ao ser atingido pelo fóton, a posição do elétron é alterada, e essa alteração depende
do comprimento de onda do fóton incidente, em conformidade com a equação:
𝟐𝒉
∆𝒙 = ∆𝑭 𝒙 = 𝟐𝒑. 𝒔𝒆𝒏𝜽 = 𝒔𝒆𝒏𝜽
𝒔𝒆𝒏𝜽
➢ Como as incertezas nas quantidades movimento do fóton e do elétron são e iguais, a
incerteza total é dada pelo produto das duas incertezas.
𝟐𝒉 h
∆𝒙∆𝒑𝒙 = 𝒔𝒆𝒏 = 𝟐𝒉 ∆𝒙∆𝒑𝒙
𝒔𝒆𝒏𝜽 𝟒𝝅
➢ Este resultado é quase 25 vezes maior do que o estabelecido por Heisenberg. Mas lembre-se
que estamos falando de um experimento imaginário, usado como um exercício de visualização
sobre a incerteza na posição ou na quantidade de movimento do elétron.
➢ Resultados mais próximos dos obtidos por Heisenberg podem ser feitos considerando-se
interferências entre um grande numero de ondas eletromagnéticas utilizadas na tentativa de
determinar a posição ou a quantidade movimento de um elétron em um átomo.
➢ Importante é ver que, nos dois casos, a incerteza nessas determinações ficam bem caracterizadas.
Exercício – cálculos utilizando o princípio da incerteza
Calcular a incerteza na posição do elétron na primeira
órbita de Bohr, considerando a velocidade do elétron
igual a 2,2.106 m/s.
r = a0 = 52,918 53 pm (d = 2 x r = 1,06 x 10-10 m)
m = 9,11 x 10-31 kg
1) Supondo incerteza (Inc.) de 10 % na velocidade
2) Supondo incerteza (Inc.) de 5 % na velocidade
𝒏𝒉 ℎ
Segundo Bohr 𝒗=
𝟐𝝅𝒎𝒓 Incerteza ∆𝑝∆𝑥
4𝜋
1) Com incerteza igual a 10 % na velocidade → incerteza de 10 % em p
Com metade da incerteza na velocidade (ou em p), a incerteza na posição ficou quase 5
vezes superior ao diâmetro da órbita.
O Princípio da Incerteza – Heisemberg (1925)
px ≥ h / 2
Considerações sobre esta relação foram fundamentais para a
utilização da equação de Schrodinger na criação do Modelo
atômico orbital.
O Modelo de Schrodinger-Heisenberg
Arquitetura dos orbitais atômicos
px py pyz
➢ Descreve os elétrons nos átomos como sistemas de ondas estacionárias nas quais a
quantificação das energias relacionam-se às probabilidades de distribuição
espacial dessas ondas estacionárias em relação ao núcleo.
Ψ(r, Θ, Ф) = R(r).Θ(Θ).Ф(Ф)
( r , , ) = R( r ) .( ) .( )
❖ R(r) – relacionada à distância do elétron ao núcleo.
❖ e Ф - relacionadas à dependência angular (formas e orientações
dos espaços em que o elétron pode estar localizado).
O modelo atômico atual
O modelo atômico e a equação de Schrodinger
𝜓(x, y, z) → 𝜓(r, , )
3dz2
O modelo atômico atual
O modelo atômico e a equação de Schrodinger
( r , , ) = R( r ) .( ) .( )
➢ Função de onda radial, para os 3 primeiros orbitais do hidrogênio:
𝒁 𝟑ൗ −𝒁𝒓/𝒂
Para n = 1, l = 0 e ml = 0 (1s) 𝑹 = 𝟐( ) 𝟐 𝒆 𝟎 = 𝑲 𝒆−𝒁𝒓/𝒂𝟎
𝟏𝒔
𝒂𝟎
𝒁 𝒁 𝟑ൗ 𝒛𝒓 −𝒁𝒓/𝟐𝒂
Para n = 2, l = 0 e ml = 0 (2s) 𝑹 = 𝟐( )( ) 𝟐 (𝟐 − )𝒆 𝟎
𝟐 𝟐 𝒂𝟎 𝒂𝟎
𝒁𝒓 −𝒁𝒓/𝟐𝒂
𝑹 = 𝑲𝟐𝒔 (𝟐 − )𝒆 𝟎
𝒂𝟎
𝟏 𝒁 𝟑ൗ 𝒁𝒓 −𝒁𝒓/𝟐𝒂
Para n = 2, l = 1 e ml = 0 (2pz) 𝑹=( )() 𝟐 𝒆 𝟎
𝟐 𝟔 𝒂𝟎 𝒂𝟎
𝑹 = 𝑲𝟐𝒑 𝒓𝒆−𝒁𝒓/𝟐𝒂𝟎
Para n = 1, l = 0 e ml = 0 (1s)
𝑹 = 𝑲𝟏𝒔 𝒆−𝒁𝒓/𝒂𝟎 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟓𝟏𝟔𝒆−𝒁𝒓/𝒂𝟎
𝒁𝒓 −𝒁𝒓/𝟐𝒂
Para n = 2, l = 0 e ml = 0 (2s) 𝑹 = 𝑲𝟐𝒔 (𝟐 − )𝒆 𝟎
𝒂𝟎
Zr − Zr / 2 a0
R = K 2 s (2 − )e
a0
3s
2s
3p
1s
2p 3d
Gráficos da função radial (R)
➢ Max Born (1926) propôs que a posição do elétron seria dada em termos de
probabilidade, definida como sendo o quadrado da função de onda (ψ2)
Distância do núcleo
Função de probabilidade radial (R2) para n = 2 e l = 0 e 1
R2(2s) R2(2p)
Função de probabilidade radial (R2) numa camada de espessura dr
Volume de uma esfera:
V = 4r3/3 𝒁 𝟑ൗ −𝒁𝒓/𝒂
𝑹𝟏𝒔 = 𝟐( ) 𝟐 𝒆 𝟎
dV = 4r2dr 𝒂𝟎
R2dV = 4r2R2dr
∞
න 4r2R2dr
𝟎
𝟏ൗ 𝟑ൗ
𝟏 𝟐 𝒁 𝟐 −𝒁𝒓ൗ
𝟏𝒔 = 𝒆 𝒂𝟎
𝟒𝝅 𝒂𝟎
Ψn, l, m
l
Orbital 1s
Funções relativas ao orbital 1s
Z 3 2 -Zr / a0
R = 2( ) e
a0
➢ Gráfico da função 4r2R2 (1s) para um ➢ Gráfico da função 4r22 (1s) para 0 < r <
dado r no plano xz para de 0 a 360 º. em três dimensões.
Gráficos das funções de probabilidade radial de orbitais s, p e d
Raio
Densidades de probabilidade radial do orbital 2s
Densidades de
probabilidade
Cada ponto corresponde
a um valor de 4r2R2
Densidades de probabilidade radial do orbital 3s
❖ Angulares – superfícies que passam pelo núcleo, podendo ser planos ou cônicos.
➢ Paul Dirac (1928) - usando argumentos relativísticos mostrou que não existe espaço
em um orbital cuja probabilidade de localização de um elétron seja zero. Pode ser
muito baixa mas não é nula. Argumento para explicar.
A ESTRUTURA ATÔMICA
O modelo atômico e a equação de Schrodinger
𝜳(𝒓,𝜽,𝝋) = 𝑹(𝒓) . 𝜣(𝜽) . 𝜱(𝝋)
Para n = 2, l = 1 e ml = 0 (2pz)
= [(3 / 4)]1/ 2 cos
Gráfico do cos de 0 a 180 ° Gráfico do cos de 180 a 360 ° 2pz independe de , o gráfico do
cos gira em torno de z com r 0 a .
Equação de Schrodinger para o orbital 2pz
Representações das densidades de probabilidade eletrônica
em diagramas de contorno em orbitais 2pz
Diagrama de contornos do orbital 3pz do carbono
Ψ(r, Θ, Ф) = R(r).Θ(Θ).Ф(Ф)
Orbitais s: l = 0 e ml = 0
Orbitais p: l = 1 e ml = 1, 0, -1
Orbitais d: l = 2 e ml = 2, 1, 0, -1, -2
Ψ(r, Θ, Ф) = R(r).Θ(Θ).Ф(Ф)
Orbitais s: l = 0 e ml = 0
Orbitais p: l = 1 e ml = 1, 0, -1
Orbitais d: l = 2 e ml = 2, 1, 0, -1, -2
5f
5g
Origem dos símbolos s, p, d, f, g, ....
❖ Quando o número quântico do momento angular orbital (l) foi usado para
descrever ou explicar esses grupos de linhas, verificou-se que o valor obtido
para as linhas sharp era l = 0; para as linhas principal, era l = 1; para as
linhas difuse, l =2; e para as linhas fundamental, era l = 3. A partir daí, s, p, d
e f, foram adotados como os símbolos para as linhas observadas nos
espectros desses elementos, sendo, depois, estendidos para designar os
orbitais atômicos. Para valores de l maiores do 3, os símbolos (g, h, i, ...)
seguem-se em ordem alfabética.
Síntese de formas dos orbitais atômicos
➢ Essa correlação foi expressa pela primeira vez por Bohr ao postular que a
quantidade de movimento do elétron nas órbitas do seu modelo para o átomo de
hidrogênio era dada por:
h
mvr = n
2
Assim, contribuições de energias pelos números quânticos são:
❖ Número quântico principal: n = (1, 2, 3, 4, ....) h/2
❖ Número quântico secundário: l = (0, 1, 2, 3, 4, ....) h/2
❖ Número quântico magnético: ml = (-l, ..., 0, ..., +l) h/2
❖ Número quântico spin: s = (1/2) h/2
❖ Número quântico do momento de spin: ms = (+1/2 e -1/2) h/2
Energias do elétron em orbitais de hidrogenóides
Z 2 me 4
➢ Equação de Bohr E=− 2
n 80 h 2
n = 1, 2, 3, 4, 5, 6, .......,
E0 E = 0
➢ Equação de Bohr/Sommerfeld
Z 2 me 4 n = 1, 2, 3, 4, 5, 6, .......,
E=− 2
n 80 h 2 E0 E = 0
hidrogenóides.
método do campo autoconsistente (ACF), mas os resultados obtidos não são exatos.
➢ Com os resultados obtidos nesses cálculos, verifica-se que a sequência das energias
s < p < d < f < g < .... Enxofre (Z = 16): 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6
ns < np < (n - 1)d < (n - 2)f Bismuto (Z = 83): [Xe] 6s², 6p3, 5d10, 4f14
➢ Em ionizações considera-se que os elétrons sempre são retirados dos orbitais com
25Mn
Configurações eletrônicas
➢ Em virtude da complexidade das interações eletrônicas nos átomos, não existe
uma forma que possibilite o estabelecimento das configurações eletrônicas de
todos os elementos através de regras ou procedimentos simples.
➢ Utilizando-se as regras ou o diagrama de Bohr/Madelung/Pauling é possível se
definir as configurações eletrônicas de cerca de 80 % dos elementos.
Observações:
1) O diagrama de Pauling falha mais ainda na definição de configurações
eletrônicas de cátions de metais de transição.
2) Com a regra de máxima probabilidade de Hund é possível explicar algumas das
exceções observadas ao se utilizar o diagrama de Pauling. Exemplos:
Cr: 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3ps6, 3d4 e 4s2 (Por Pauling)
Cr: 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3ps6, 3d5 e 4s1 (Real, multiplicidade maior)
Cu: 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3ps6, 3d9 e 4s2 (Por Pauling)
Cu: 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3ps6, 3d10 e 4s1 (Real, Multiplicidades iguais nos 2 casos)
Configurações eletrônicas
➢ Em virtude da complexidade das interações eletrônicas nos átomos, não existe uma forma
que possibilite o estabelecimento das configurações eletrônicas de todos os elementos
através de regras ou procedimentos simples.
Exercícios:
1) Escreva as configurações eletrônicas dos elementos: 17Cl, 22V, 24Cr, 29Cu, 41Nb e do 46Pd.
Cr: 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3ps6, 3d4 e 4s2 (Configuração por Pauling) Ʃspins: S = 2
Cr: 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3ps6, 3d5 e 4s1 (Configuração real) Ʃspins: S = 3
❖ Este caso pode ser explicado pela regra de máxima multiplicidade de Hund.
Cu: 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3ps6, 3d9 e 4s2 (Por Pauling) Ʃspins: S = 1/2
Cu: 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3ps6, 3d10 e 4s1 (Configuração real) Ʃspins: S = 1/2
Este caso não é explicado pela regra de máxima multiplicidade de Hund porque as
duas configurações tem multiplicidades iguais, ambas 1/2.
Algumas configurações eletrônicas não paulinguianas
1° período de transição externa 2° período de transição externa
21 Escândio [Ar] 4s2 3d1 39 Ítrio [Kr] 5s2 4d1
22 Titânio [Ar] 4s2 3d2 40 Zircônio [Kr] 5s2 4d2
1° período de transição interna
23 Vanádio [Ar] 4s2 3d3 41 Nióbio [Kr] 5s1 4d4
57 Lantânio [Xe] 6s2 5d1
24 Crômio [Ar] 4s1 3d5 42 Molibidênio [Kr] 5s14d5
58 Cério [Xe] 6s2 4f1 5d1
25 Manganês [Ar] 4s2 3d5 43 Tecnécio [Kr] 5s24d5
26 Ferro [Ar] 4s2 3d6 44 Rutênio [Kr] 5s14d7 59 Praseodímio [Xe] 6s2 4f3
27 Cobalto [Ar] 4s2 3d7 45 Ródio [Kr] 5s14d8 60 Neodímio [Xe] 6s2 4f4
28 Níquel [Ar] 4s2 3d8 46 Paládio [Kr] 4d10 61 Promécio [Xe] 6s2 4f5
29 Cobre [Ar] 4s1 3d10 47 Prata [Kr] 5s14d10 62 Samário [Xe] 6s2 4f6
30 Zinco [Ar] 4s2 3d10 48 Cádmio [Kr] 5s24d10 63 Európio [Xe] 6s2 4f7
64 Gadolínio [Xe] 6s2 4f7 5d1
3° período de transição externa
65 Térbio [Xe] 6s2 4f9
70 Itérbio [Xe] 6s2 4f14
66 Disprósio [Xe] 6s2 4f10
71 Lutécio [Xe] 6s2 4f14 5d1
72 Háfnio [Xe] 6s2 4f14 5d2 67 Hólmio [Xe] 6s2 4f11
73 Tântalo [Xe] 6s2 4f14 5d3 68 Érbio [Xe] 6s2 4f12
74 Tungstênio [Xe] 6s2 4f14 5d4 69 Túlio [Xe] 6s2 4f13
75 Rênio [Xe] 6s2 4f14 5d5 70 Itérbio [Xe] 6s2 4f14
76 Ósmio [Xe] 6s2 4f14 5d6 71 Lutécio [Xe] 6s2 4f14 5d1
77 Irídio [Xe] 6s2 4f14 5d7
78 Platina [Xe] 6s1 4f14 5d9
79 Ouro [Xe] 6s1 4f14 5d10
80 Mercúrio [Xe] 6s2 4f14 5d10
Configurações eletrônicas de cátions de elementos de transição
➢ Configurações de cátions de elementos de transição não seguem o
diagrama de Pauling.
➢ Para defini-las, primeiro define-se a configuração eletrônica do elemento.
➢ Em seguida, retira-se um número de elétrons igual à carga do cátion, com
essa retirada sendo feita sempre a partir dos orbitais de maior n.
Co (Z = 27): 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s2, 3d7
Bi (Z = 83): 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 3d10, 4s2, 4p6, 4d10, 4f14, 5s2 5p6, 5d10, 6s2, 6p6
Bi: [Xe] 6s², 6p3, 5d10, 4f14
Co: [Ar] 4s² 3d7 Bi: [Xe] 6s², 6p3, 5d10, 4f14
Co2+: [Ar] 4s0 3d7 Bi3+: [Xe] 6s², 6p0, 5d10, 4f14
Co3+: [Ar] 4s0 3d6 Bi5+: [Xe] 6s0, 6p0, 5d10, 4f14
Energias dos elétrons em átomos multieletrônicos
Alguns fatores:
Momentos angulares orbitais e de spin
Cargas nucleares efetivas
Repulsões intereletrônicas
Fatores determinantes das energias dos elétrons nos átomos
z
𝑳 = 𝒍𝟏 + 𝒍𝟐 𝑺 = 𝒔𝟏 + 𝒔𝟐
Ocupado x
Se 𝒍𝟏 = 𝒍𝟐 = 1 Se 𝒔𝟏 + 𝒔𝟐 = 1/2
Ocupado
𝑳=𝟏+𝟏=𝟐 𝑺 = 𝟏/𝟐 + 𝟏/𝟐 = 𝟏
𝑱Ԧ = 𝑳 + 𝑺
S = s 1 + s2
S=½+½=1
Zef = Z – S, onde
Zef = carga nuclear efetiva
Z = número atômico carga nuclear
S = fator de blindagem ❖ Elétrons 3s são menos penetrantes e, por efeito de
blindagem, sentem carga nuclear inferior a 12.
Para o Mg
Carga nuclear efetiva
❖ Em cada átomo, cada elétron é blindado em relação ao
20Ca
núcleo pelos outros elétrons.
Z* = Z - S
Cálculos da carga nuclear efetiva (Z*)
Cálculo da Z* Z* = Z – S S é constante de blindagem
b) Cada elétron do grupo n onde está o elétron em estudo contribui com 0,35.
2 x 1,00 = 2,00
e) S = (elétrons no grupo n x 0,35) + (elétrons no grupo n – 1 x 0,85)
+ (elétrons à esquerda do grupo n – 1 x 1,00)
S = (2 x 0,35) + ( 8 x 0,85) + (2 x 1,00)
S = 0,70 + 6,80 + 2,00 S = 9,50
Regra de Slater
Substituindo os valores na equação Zef = Z – S, temos:
Para o 3p do Al
Z = 13 e S = 9,50
Portanto:
Zef = 13 – 9,50 = 3,50
Carga nuclear efetiva varia na ordem direta ou inversa de muitas propriedades atômicas.
➢Na realidade, a carga nuclear efetiva é um dos determinantes dessas propriedades.
8
Z* do elétron de valência
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Números atômicos
CARGA NUCLEAR EFETIVA (Zef ou Z*)
Z* sobre elétrons de valência dos primeiros 36 elementos
Z Slater Clementi Z Slater Clementi 3d 4p
1 1s1 1,00 1,000 19 4s1 3d0 4p0 2,20 3,495
2 1s2 1,65 1,688 20 4s2 3d0 4p0 2,85 4,398
3 2s1 2p0 1,30 1,279 21 4s2 3d1 4p0 3,00 4,632 7,120
4 2s2 2p0 1,95 1,912 22 4s2 3d2 4p0 3,15 4,817 8,141
5 2s2 2p1 2,60 2,241 23 4s2 3d3 4p0 3,30 4,981 8,983
6 2s2 2p2 3,25 3,136 24 4s1 3d5 4p0 2,95 5,133 9,757
7 2s2 2p3 3,90 3,834 25 4s2 3d5 4p0 3,60 5,283 10,528
8 2s2 2p4 4,55 4,453 26 4s2 3d6 4p0 3,75 5,434 11,18
9 2s2 2p5 5,20 5,100 27 4s2 3d7 4p0 3,90 5,576 11,855
10 2s2 2p6 5,85 5,758 28 4s2 3d8 4p0 4,05 5,711 12,513
11 3s1 3p0 2,20 2,507 29 4s1 3d9 4p0 3,70 5,885 13,201
12 3s2 3p0 2,85 3,308 30 4s2 3d10 4p0 4,35 5,965 13,878
13 3s2 3p1 3,50 4,066 31 4s2 3d10 4p1 5,00 7,067 15,093 6,222
14 3s2 3p2 4,15 4,285 32 4s2 3d10 4p2 5,65 8,044 16,251 6,780
15 3s2 3p3 4,80 4,886 33 4s2 3d10 4p3 6,30 8,944 17,378 7,449
16 3s2 3p4 5,45 5,482 34 4s2 3d10 4p4 6,95 9,758 18,477 8,287
17 3s2 3p5 6,10 6,116 35 4s2 3d10 4p5 7,60 10,553 19,559 9,028
18 3s2 3p6 6,75 6,764 36 4s2 3d10 4p6 8,25 11,316 20,626 9,769
Correlações entre Z* de Slater e de Clementi e Raimondi
Z* dos elementos de Z = 1 a Z = 36
25,00
C
20,00
Carga nuclear efetiva
15,00
B
10,00
A
5,00
0,00
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Números atômicos
Valores de Z* segundo Clementi e Raimondi são maiores sobre (n-1)d do que sobre ns do que os
valores de Slater. Portanto, elétrons d são mais ligados ao núcleo do que elétrons s.
Penetrabilidade dos subníveis 3d e 4s
3d 4s
Probabilidade
Distância do núcleo
Configurações eletrônicas
Fundamentação:
❖ Interações eletrostáticas entre cada elétron e o núcleo.
❖ Influências da carga nuclear e da penetrabilidade dos
subníveis.
Diagramas de Rich e Suter
Aspectos positivos:
➢ Se aplica assertivamente a todos os elementos do bloco d e a maioria dos elementos do
bloco f, excetuando-se apenas ao Ce (6s2 4f1 5d1), Pa (7s 2 6d 1 5F 2), U (7s 2 6d 1 5f 3),
Np (7s 2 6d 1 5F 4) e Cm (7s 2 6d 1 5F 7).
➢ Talvez se aplique a 100 % dos cátions dos elementos dos blocos d e f.
➢ Procura definir cada estado energético tendo por base as atrações eletrostáticos
elétron/núcleo.
Aspecto negativo:
➢ Não é único. Existe um diagrama para cada período nos elementos neutros e outro
para esses elementos em estados catiônicos.
Observação:
➢ As configurações eletrônicas dos elementos representativos são muito bem
estabelecidas através do diagrama de Madelung/Pauling.
∗ ∗
𝒁 𝒎𝒆𝟒 𝒁 𝒎𝒆𝟒 ∗
𝒁 𝒎𝒆𝟒
𝑬𝐧𝐥 = − 𝟐 𝑬𝟒𝐬 = − 𝟐 𝑬𝟑𝐝 = − 𝟐
𝒏 𝟖𝝅𝜺𝟎 𝒉𝟐 𝟒 𝟖𝝅𝜺𝟎 𝒉𝟐 𝟑 𝟖𝝅𝜺𝟎 𝒉𝟐
Energia →
24 Crômio [Ar] 4s1 3d5 4s↓
2
25 Manganês [Ar] 4s 3d
5 4s↑
Nb 4d ↑ ↑ ↑ ↑ ↑ ?
Exercício 02 – Mais uma vez, mostre que as configurações do quadro são corretas.
Configurações eletrônicas nos subníveis 5d e 6s
Diagrama de
Diagrama deRich/Suter
Rich/Sulter
Logicamente, a perda de um segundo
elétron torna o efeito descrito no
slide anterior ainda mais acentuado,
Exercício 05:
Com base no diagrama acima, defina as
configurações eletrônicas dos íons M2+
da primeira série de transição.
Configurações eletrônicas nos subníveis 4d e 5s
Exercício 02:
Usando o diagrama de Rich/Suter, complete as configurações dos elementos da
segunda série de transição.
[Kr] 5s 4d
39 Ítrio
[Kr] 5s 4d
40 Zircônio
[Kr] 5s 4d
41 Nióbio
[Kr] 5s 4d
42 Molibidênio
[Kr] 5s 4d
43 Tecnécio
[Kr] 5s 4d
44 Rutênio
[Kr] 5s 4d
45 Ródio
[Kr] 5s 4d
46 Paládio
[Kr] 5s 4d
47 Prata
[Kr] 5s 4d
48 Cádmio
Exercício 06:
Como seriam as configurações eletrônicas de íons M2+ destes elementos?
Olé turma do PROFQUI 2024
Concluímos nossas aulas sobre o desenvolvimento
do modelo atômico, analisando fatos de uma
história não concluída.
Modelo atômico
Em que nível estão nossos conhecimentos sobre o modelo atômico?
Graus de certeza sobre um fato
Conclusão: sobre o modelo atômico, por enquanto o que temos são teorias.