Difratometria de raios X

Prof. Sérgio Francisco Santos

 Difração de Raios X

Difração é o espalhamento de ondas por fendas com dimensões comparáveis ao

comprimento de onda, .
 Difração de Raios X

Produção de raios X
 Difração de Raios X

Radiação contínua

= hf
 Difração de Raios X
Radiação contínua
(Bremsstrahlung)
Intensidade relativa

Sucessivas colisões desaceleram os

elétrons reduzindo a energia cinética,
dão origem a fótons com uma
distribuição continua de energia:

K = Kinicial – Kfinal = hc/

A intensidade depende da fonte de

alta tensão.

Comprimento de onda (nm)

 Difração de Raios X
Radiação característica

Desenho esquemático da interação de prótons com elétrons do orbital K, sua remoção e o

preenchimento da lacuna por um elétron do orbital L e a emissão de raios X em virtude
dessa transição eletrônica do orbital L, para K.
 Difração de Raios X

Radiação contínua

Intensidade relativa
Radiação
característica

Raios X do
molibdênio
Radiação contínua
(Bremsstrahlung)

Radiação característica

Comprimento de onda (nm)

 Difração de Raios X

Linha tracejada = Filtro

Intensidade

Comprimento de onda,  (Å)

Espectro de raios X (radiações continua

+ características)
 Difratômetria

Característico

OBS: A difratometria é geralmente muito complexa. No entanto as análises de por meio do

fenômeno de difração de raios X experimental, assim como a teórica, foram e continuam a
ser usadas para definir diversas técnicas para determinação de estruturas e fases
cristalinas dos materiais.
 Difratômetria
Fora de
Em fase fase

n=1 Sen  /2d

Ambos Condição necessária, mas

em fase
não é suficiente para
satisfazer a Lei de Bragg.

Sen = /2d
 Difratômetria
Lei de Bragg

Note que os raios X não é

refletido de fato. Isso é apenas
um artifício geométrico para
facilitar os cálculos! A difração
dos raios X pelo cristal é, na
verdade, bastante complexa, mas
o efeito é equivalente ao
fazermos essa idealização.
 Difração de Raios X

Estrutura cúbica

n = 2dhkl sen 

➢ Os picos de alta intensidade ocorrem quando a condição de difração de Bragg é satisfeita

por algum conjunto de planos cristalográficos.
 Difratômetria
Lei de Bragg

Correlação dos parâmetros de rede com a distância interplanar e os índices de Miller

para cada sistema cristalino.
 Difratômetria

Lei de Bragg

Correlação dos parâmetros de rede com a distância interplanar e os índices de Miller

para cada sistema cristalino.
 Difratômetro

O equipamento mais utilizado para, principalmente, analisar materiais

policristalinos por meio de difração de raios X é o difratômetro.
Difratometria

S – Amostra
T – Feixe incidente
C – Contador
O – Eixo de rotação
 Difração de Raios X
Difratômetro

Relação entre o ângulo de Bragg () e o ângulo de difração (2)

experimentalmente medido.
 Difratometria

Policristalino - Difratômetro

O equipamento mais utilizado para, principalmente, analisar materiais

policristalinos por meio de difração de raios X é o difratômetro.
 Difratometria
z
z c
c (110)
z
Intensidade (relativa)

y
c a b
y x (211)
a b
x y
a b
x (200)

Ângulo de difração (2)

➢ Perfil de difração para uma amostra em pó de chumbo.

➢ Os picos de alta intensidade ocorrem quando a condição de difração de Bragg é satisfeita

por algum conjunto dos planos cristalográficos.
 Difratômetria
Lei de Bragg

Como, para estruturas cúbicas,

dhkl = a (TAREFA!)
√h2+k2+l2
a difração de raios X permite determinar o parâmetro de rede a.

Regras para determinação dos planos difratores {hkl} em cristais cúbicos

 Difratômetria

❑ No entanto, a lei de Bragg é uma condição necessária, porém não é

suficiente, para que a difração, por cristais reais, seja construtiva. Ela
especifica quando a difração construtiva irá ocorrer para células unitárias
que possuem átomos posicionados somente nos vértices da célula.

❑ Para a estrutura cristalina CCC, a soma h + k + l deve ser par para que a
difração ocorra, ao passo que para CFC, h,k, e l devem todos ímpares ou
pares.

Obs: Zero é considerado par.

 Difratômetria

Obs: Zero é considerado par.

Difratômetria
 Difratograma
Material Semicristalino

Difratogramas sobrepostos de
cada fase.

Amostra de cimento

Difratograma
resultante.

Difratograma resultante de matriz

cimentícia com uma microestrutura
com fases cristalinas e amorfas
Difratograma
Search match - Software

Difratograma observado de
um material com várias
fases

Difratogramas da
base da dados do
programa de
identificação de
fases
 Difratometria

Exemplos de espectros (difratogramas) produzidos no difratômetro.

 Difratometria

Outras aplicações

❑Orientações cristalográficas de monocristais

❑Identificações de fases qualitativas e quantitativas

❑Determinação da tensão residuais

❑Determinação do tamanho cristalino

Difratometria – Exemplos
Difratometria – Exemplos
 Difratometria – Exemplos

Exemplo 4: O metal rubídio Rb apresenta estrutura cúbica de corpo centrado.

Quando é usada uma radiação X tendo comprimento de onda =0,0711nm, o
ângulo de difração (2) para o conjunto de planos (321) ocorre em 27.00° (reflexão
de primeira ordem). Massa atômica do Rb = 85,47 g/mol. Calcule:
a) Espaçamento interplanar para este conjunto de planos.
b) Raio atômico para o rubídio.
c) Densidade real do Rb.
Do enunciado e da lei de Bragg temos:
Difratometria – Exemplos
 Difratometria – Exemplos

CFC ou CCC?
Intensidade (contagem)

Ângulo de difração, 2
Leituras Obrigatórias
❑ Notas de aula

❑ Capítulo 3 (Estrutura cristalina dos sólidos) – Introdução a ciência e engenharia de

materiais – 8o ed. – W. Callister.

❑ Allen, S.M.; Thomas, E.L., The Structure of Materials, MIT-Wiley, 1998.

❑ Cullity B. D. ; Stock S. R. Elements of X-ray Diffraction (3rd edition) , 2001.