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A palavra espectroscopia é normalmente usada para definir separação, - Número de onda ( ν ): Número de ondas por unidade de distância,
detecção e registro de mudanças de energia envolvendo núcleos, átomos, 1/λ, unidade em cm-1.
íons ou moléculas. Essas mudanças podem ser decorrentes de emissão, - Freqüência (ν): Número de ondas passando por um ponto na
absorção, dispersão da radiação eletromagnética ou partículas. Os métodos unidade de tempo. Unidades: s-1 (hertz)
espectroscópicos baseiam-se na interação da radiação eletromagnética com a - Período (p): Intervalo de tempo entre dois máximos sucessivos.
amostra, para a determinação quantitativa e qualitativa dos analitos. Relações entre as propriedades:
2) Radiação eletromagnética: 1 λ
ν= mas c= (a velocidade da radiação é igual a “c”
λ t
Forma de energia radiante que se propaga no espaço possuindo
somente no vácuo)
características ondulatórias e corpusculares.
1 1 ν ν
3) Propriedades ondulatórias: ν= ∴ c = λν ⇒ = ⇒ ν=
t λ c c
A figura abaixo mostra a contribuição dos campos magnético e elétrico no
4) Propriedades corpusculares:
movimento ondulatório.
A radiação eletromagnética é constituída de partículas discretas de
energia, os fótons.
Energia do fóton: E = hν
Onde: h = constante de Planck (6,63.10-34 J s-1) e ν = freqüência.
Como c = λν temos:
h⋅c
E= = hν
λ
Absorção, emissão,
o
fluorescência e - Elétrons internos
6) Espectro Eletromagnético 0,1 – 100 A
difração de raios X
Absorção
10 – 180 nm 1.106 a 5.104 Elétrons de ligação
É o arranjo das radiações conforme seus comprimentos de onda. ultravioleta
no vácuo
Assim, o espectro eletromagnético foi dividido em várias regiões de acordo
Absorção, emissão, e
180 - 780 nm 5.104 a 1,3.104 Elétrons de ligação
com a freqüência, origem das radiações e as fontes para a sua produção. fluorescência
ultravioleta-visível
Absorção
infravermelha e 0,78 - 300 µm 1,3.104 a 3,3.101 Rotação/vibração de
espalhamento moléculas
Raman
Absorção de 0,75 – 3,75 mm 13 - 27 Rotação de moléculas
microondas
Ressonância de spin 3 cm 0,33 Spin dos elétrons em
eletrônico um campo magnético
Ressonância 0,6 – 10 m 1,7.10-2 a 1.103 Spin dos núcleos em
magnética nuclear um campo magnético
QUANTITATIVOS QUALITATIVOS
radiação emergente.
A absorção de radiações no visível, ultravioleta e raios-x
normalmente resultam em transições eletrônicas. Átomos ou moléculas
excitadas retornam ao estado fundamental rapidamente por perda de
DETERMINAÇÃO - Espectroscopia no infravermelho
ELEMENTAR energia na forma de calor ou por emissão de radiação eletromagnética
- Espectroscopia Raman
- Espectrometria de Absorção (luminescência ou fluorescência).
Atômica (FAAS e GF-AAS) - Espectroscopia de Ressonância
Magnética Nuclear (RMN) 7.1) Absorção atômica
- Espectrometria de Emissão
Atômica com Chama (FAES) - Difração de Raio-X É a energia absorvida por átomos isolados.
- Espectroscopia de Emissão Ótica Exemplo: O átomo de sódio absorve energia de comprimento
com Plasma Induzido de Argônio
(ICP-OES) 589,6 nm por deslocamento de um elétron do nível 3s ao nível 3p
- Espectrometria de Fluorescência equivalente a 2,10 eV.
Atômica (AFS) DETERMINAÇÃO 5p
MOLECULAR 4,0
4p
- Espectrometria de Fluorescência
de Raio X (XRF) - Espectrofotometria de Absorção
Molecular Ultravioleta-Visível (UV-Vis) 3,0
Energia (eV)
Absorvância
- Espectrofotometria de Fluorescência
Molecular
2,0 3p
285 nm
330 nm
590 nm
1,0
200 300 400 500 600
Comprimento de onda (nm)
(a) 3s
(b)
A energia de uma molécula pode ser considerada como a soma das Quando uma luz policromática (luz branca), que contém todos os
contribuições das energias eletrônicas, rotacional e vibracional. Assim: comprimentos de onda do espectro na região do visível, é passada por
ETotal = Eele + Erot + Evib um objeto, este objeto irá absorver alguns comprimentos de onda,
deixando passar outros que não são absorvidos e serão transmitidos.
Onde: Eele = Energia eletrônica da molécula
Estes comprimentos de onda transmitidos serão observados na forma
Erot = Energia rotacional da molécula
de cor. Esta cor é chamada de cor complementar da cor absorvida.
Evib = Energia vibracional da molécula
J
V 560 - 580 verde amarelado violeta
2
580 - 595 amarelo azul
J Estado 595 - 650 alaranjado azul esverdeado
1 eletrônico
∆J ∆V fundamental 650 - 780 vermelho verde azulado
0 > 780 infravermelho -
Diagrama esquemático dos níveis energéticos de uma molécula O espectro visível compreende a região de 380 a 780 nm
diatômica com a indicação das seguintes transições: ∆J, rotacional
pura; ∆V, vibracional-rotacional; ∆E, eletrônica.
9 10
8.1 – Transmitância
amostra
absorvente de
concentração “c”
P
T=
Po
P
Ou em porcentagem T (%) = ⋅ 100
Po
Ex 1) O paládio reage com a cetona Thio-Michler’s formando um complexo Ex 2) Um determinado indicador HIn de Ka = 1,42.10-5 absorve na região de
colorido de estequiometria 1:4. Uma solução contendo 0,20 mg L-1 de 430 nm e 570 nm. Os valores de ε para as duas espécies absorventes HIn e
paládio forneceu uma absorvância de 0,390 a 520 nm usando uma cela de In- nos dois comprimentos de onda são dados abaixo. Determine a
1,00 cm. Calcule a absortividade molar (ε) para o complexo paládio cetona absorvância de uma solução 2,00.10-5 mol L-1 do indicador em 430 e 570
Thio-Michler’s. nm.
9) O ESPECTRO DE ABSORÇÃO (a) - Espectro de uma solução aquosa de azul de bromotimol 10-5 mol L-1
(laranja). (b) - Espectro de uma solução etanólica de fluoresceína 10-5 mol
L-1 (amarela)
(a) (b)
15 16
10) Desvios da Lei de Beer-Lambert - Desvios para soluções diluídas de alta concentração eletrolítica
O gráfico obtido pela aplicação da lei de Beer-Lambert Em meios com baixa concentração de espécies absorvedoras, mas com
(absorvância em função da concentração) deve fornecer uma linha reta concentrações elevadas de outras espécies, especialmente eletrólitos,
passando pela origem e com uma inclinação igual a εb. ocorre a alteração da absortividade molar da espécie absorvente, devido
Desvios da lei de Beer-Lambert ocorrem quando o gráfico citado interações eletrostáticas. Este efeito é diminuído por diluição.
apresenta uma fuga da linearidade. Os fatores que causam estes desvios - Desvios para soluções muito diluídas
podem ser reais, instrumentais e químicos.
Para que a absorvância seja uma função linear da concentração é
10.1) Limitações Reais preciso que o aumento da concentração seja proporcional à quantidade
Ocorrem como conseqüência de interações que envolvem as de luz absorvida.
espécies absorventes e a variação do índice de refração com a Ex. Transmitância 25% 50 %
concentração.
Absorvância 0,60 0,30
-1
- Desvios para soluções de altas concentrações ( > 0,01 mol L )
Transmitância 97,8% 99,8% Perda da
A lei de Beer-Lambert descreve o comportamento da absorção em
Absorvância 0,01 0,001 linearidade
meios, em que a concentração do analito é relativamente baixa. Em
concentrações maiores que 0,01 mol L-1, a distância média entre as 10.2) Desvios Químicos
moléculas responsáveis pela absorção diminui a ponto de cada Ocorrem quando as espécies absorventes sofrem associação,
molécula afetar a distribuição de carga das moléculas vizinhas. Isto dissociação, formação de complexos, polimerização ou solvólise, para
altera a capacidade das moléculas de absorver um determinado dar um produto que tem um espectro de absorção diferente do analito.
comprimento de onda da radiação. Neste caso, ocorre um desvio aparente, pois a lei de Beer-Lambert
A absortividade molar depende do índice de refração (n) da solução. estabelece que a absorvância é proporcional à concentração da espécie
-2 -1
Para soluções com concentração superior a 10 mol L deve-se utilizar absorvente e não necessariamente à concentração analítica de um
a seguinte variação da lei de Beer-Lambert: componente.
b⋅ε⋅ n
A= 2
( n + 2) 2
17 18
λ= 430 nm 1,0
0,6
Absorvância
ε1= 1000
0,8 ε2= 1000
0,4 λ= 570 nm
ε1= 1500
Absorvância
0,6 ε2= 500
0,2
ε1= 1750
0,4
ε2= 250
0,0
0,0 -5 -5 -4 -4 0,2
4,0x10 8,0x10 1,2x10 1,6x10
-1
Concentração do indicador (mol L )
0,0
2) Radiação espúria:
3) Largura da fenda:
-1 2+
Fe
-2
-3 Fe
3+
log C
-4
-5
-6
-8
1 2 3 4 5 6 7 8 9
acontecer que a cor não se desenvolva devido à presença de 10.5) Erros fotométricos:
interferentes. Devido à relação entre a transmitância e a concentração ser
e) Estabilidade: Se o complexo formado não for muito estável a medida logarítmica, pequenos erros na medida de transmitância (T) causam
de absorvância deve ser feita o mais rápido possível. erros relativos elevados na concentração determinada. A concentração
das soluções deve ser ajustada para que a absorvância se situe no
f) Mascarantes: A adição de agentes mascarantes (complexantes) pode
intervalo de 0,2 a 0,7 (faixa de transmitância de 20 a 60%)
eliminar a interferência de outros metais.
concentração; 10
8
h) Concentração salina: Alta concentração de eletrólitos, muitas vezes
6
decréscimo na absorção. 2
0 20 40 60 80 100
Transmitância (%)
em um orbital molecular ligante, de energia mais baixa, e um orbital A ligação dupla em uma molécula orgânica contém dois tipos de
molecular antiligante, de energia mais alta. No estado fundamental, os orbitais moleculares: um orbital sigma (σ) correspondente a um par dos
elétrons ocupam primeiro o orbital ligante. elétrons ligantes e um orbital molecular pi (π) associado a outro par. Os
orbitais pi são formados pela superposição paralela de orbitais p atômicos.
Além dos elétrons σ e π, muito compostos orgânicos contém elétrons
não-ligantes. Esses elétrons não-compartilhados são designados pelo
símbolo n.
Ex.
b)
Nesta transição um elétron em um orbital σ ligante de uma molécula é A maior parte das aplicações da espectroscopia UV-Vis a compostos
excitado ao orbital antiligante correspondente pela absorção da radiação. A orgânicos está baseada em transições de elétrons n ou π para o estado
energia necessária para induzir a transição σ → σ∗ é alta, correspondendo a excitado π∗, porque as energias necessárias para estes processos situam-se
freqüências na região ultravioleta de vácuo. em uma região espectral experimentalmente conveniente (200 a 700 nm).
Ex. CH4 (C-H) λ = 125 nm; CH3CH3 (C-H) λ = 135 nm Estes dois tipos de transições requerem a presença de um grupo funcional
insaturado para fornecer os orbitais π. A estes centros de absorção que o
termo cromóforo se aplica.
11.5) - Transições n → σ∗ As absortividades molares para picos associados a excitação ao estado
n, π∗ são geralmente pequenas e comumente variam de 10 a 100 L mol-1 cm-
Compostos saturados contendo átomos com pares de elétrons não 1
; os valores para transições π → π∗ estão entre 1000 e 10000. Outra
compartilhados (elétrons não-ligantes) são capazes de transições n → σ∗. Em diferença é o efeito exercido pelo solvente sobre o comprimento de onda dos
geral, essas transições requerem menos energia que o tipo σ → σ∗ e podem picos. Picos associados a transições n → π∗ geralmente são deslocados para
ser produzidas por radiação na região entre 150 e 250 nm, com maior parte comprimentos de onda menores (deslocamento hipsocrômico ou
dos picos aparecendo abaixo de 200 nm. deslocamento para o azul) ao se aumentar a polaridade do solvente. Este
As absortividades molares associadas a esse tipo de absorção são efeito surge devido a maior solvatação do par de elétrons n não ligado, o que
pequenas e intermediárias em magnitude e normalmente entre 100 e 3000 L abaixa a energia do orbital n.
cm-1 mol-1. Uma tendência oposta (deslocamento batocrômico ou deslocamento
Os máximos de absorção para transições n → σ∗ tendem a se deslocar para ou vermelho) é observada para as transições π → π∗. No deslocamento
para comprimentos de onda menores na presença de solventes polares, como batocrômico, forças de atração de polarização entre o solvente e o absorvente
água ou etanol. O número de grupos funcionais orgânicos com picos n → σ∗ tendem a abaixar os níveis de energia, tanto dos estados não-excitados como
na região do ultravioleta facilmente acessível é relativamente pequeno. dos excitados. O efeito no estado excitado, no entanto, é maior e as
diferenças de energia tornam-se menores ao se aumentar a polaridade do
Exemplos de absorção devido a transições n → σ∗ solvente.
11.7) Cromóforos
CH3
CH3 CH3 CH3
H3C
CH3
CH3 CH3 CH3
CH3
Estrutura do β-caroteno
37 38
e) Dispositivo para medir a intensidade do sinal observado. 12.1) Fonte de energia radiante contínua
Esquema de um espectrofotômetro de feixe simples As duas fontes mais utilizadas na espectroscopia UV-VIS são a
lâmpada de deutério e lâmpada de filamento de tungstênio.
39 40
Lâmpada de
240 – 2200 nm UV-VIS/IV próximo
Tungstênio/Halogênio
Devido a essa relação deve-se estabelecer um controle rigoroso 12.2) Seletores de comprimento de onda
sobre a temperatura para se ter um espectro contínuo e bastante estável. Para a maior parte das análises espectroscópicas é necessário
Na região do visível, a energia emitida por uma lâmpada de radiação constituída de um grupo estreito de comprimentos de onda
tungstênio varia aproximadamente com a quarta potência da voltagem denominado de banda.
de operação. Em conseqüência, há a necessidade de se obter uma fonte
de radiação estável.
12.2.1) Filtros
São utilizados dois tipos de filtros: filtros de interferência e filtros
de absorção.
Os filtros de absorção estão restritos à região visível do espectro.
Estes filtros isolam uma certa banda espectral absorvendo
preferencialmente os demais comprimentos de onda.
43 44
Os filtros mais usados são os vidros coloridos. Em geral possuem 12.2.2) Monocromadores
larguras efetivas de banda de 30 a 50 nm e transmitância máxima entre Possibilitam variar o comprimento de onda da medida (varredura do
5 a 20%. espectro).
O funcionamento dos filtros de interferência baseia-se no fenômeno Os elementos ópticos encontrados nos monocromadores incluem:
da interferência óptica. Estes filtros são constituídos por um dielétrico - fenda de entrada que produz uma imagem retangular;
transparente (CaF2 ou MgF2), que ocupa o espaço entre dois filmes - uma lente colimadora que produz um feixe paralelo de radiação;
metálicos semitransparentes. A espessura da camada dielétrica é - um prisma ou uma rede de difração;
cuidadosamente controlada e determina o λ da radiação transmitida. - elemento de focagem para projetar as imagens retangulares da
fenda de entrada;
- fenda de saída que isola a faixa espectral de interesse.
nλ’ = 2t/cos θ
Atualmente, quase todos os monocromadores comercializados são 12.3) Recipiente para amostra
baseados em redes de difração, devido ao menor custo e a melhor Normalmente empregam-se cubetas de vidro ou quartzo. A cubeta
separação de comprimentos de onda para um mesmo tamanho de mais utilizada é a de 1,0 cm. Existem, porém, cubetas de 0,1 cm a 10
elemento dispersor e dispersam a radiação linearmente ao longo do cm, dependendo da necessidade da análise.
plano focal.
As redes de difração contém normalmente 300 a 2000
ranhuras/mm com as de 1200 a 1440 sendo as mais comuns. São feitas
a partir de uma rede-mestre.
e 5 mm 1750 µl
10 mm 3500 µl
20 mm 7000 µl
40 mm 14000 µl
50 mm 17500 µl
100 mm 35000 µl
1 mm 350 µl
2 mm 700 µl
5 mm 1750 µl
10 mm 3500 µl
20 mm 7000 µl
40 mm 14000 µl
50 mm 17500 µl
100 mm 35000 µl
47 48
Este logo de identificação indica vidro tipo UK5 da SCHOTT Glaswerke. É Código do Material
usado para as cubetas que no catálogo constam como "vidro ótico
especial". Este vidro nobre é feito de materias primas excepcionalmente
pura, que dão uma transmissão expressiva na escala ultravioleta próxima. Percurso Ótico 40 mm
Dimensões Externas
Altura 45 mm
Largura 12.5 mm
Profundidade 42.5 mm
Este logo de identificação indica que o quartzo é de elevado grau de pureza
e de homogeneidade. É também chamado de quartzo sintético, ou seja,
quartzo SUPRASIL da Heraeus Quarzglas GmbH. Dimensões Internas
Altura 9.5 mm
Faixa de comprimento de onda de 170 nm a 2500 nm
100
As células mais empregadas são:
Número de Catálogo
Código do Material - células retangulares: são células simples que pode-se encher
Percurso Ótico 10 mm manualmente. As células de 1 cm são as mais utilizadas.
Volume 3500 µl Células micro
Dimensões Externas
Altura 45 mm
Largura 12.5 mm
Profundidade 12.5 mm
Dimensões Internas
9.5 mm
Altura
Quantidade de Janelas
2
184 → 1 = vidro
284 → 2 = quartzo
Estes tipos de células estão disponíveis em três graus:
Grau A - tolerância do caminho ótico < 0,1% Todas as cubetas que tiverem este número impresso na janela terão a
mesma transmitância.
Ex: 10 ± 0,01 mm
As células devem ser calibradas uma contra a outra regularmente com
Grau B - tolerância do caminho ótico < 0,5 %
uma solução absorvente.
Ex: 10 ± 0,04 mm
12.4 Sistemas de detecção (detectores)
Grau C - tolerância do caminho ótico ~ 3,0 %
Os tipos de detectores usados em espectroscopia UV-VIS são:
Ex: 10 ± 0,3 mm
Fototubo - 150 a 1000 nm
As melhores células são as que têm janelas perfeitamente normais à
direção do feixe (90 o), para minimizar as perdas por reflexão. Por essa Fotomultiplicador - 150 a 1000 nm
razão evita-se o uso de células cilíndricas.
Fotodiodo de silício - 350 a 1100 nm
Cuidados:
Arranjo de diodos - 350 a 1100 nm
Impressões digitais, gordura ou outros depósitos nas paredes
alteram significativamente as características de transmissão de uma
célula.
51 52
(figura abaixo). Desta forma, a leitura torna-se extremamente rápida e 13) CALIBRAÇÃO
possibilita a construção de equipamentos multicanais.
13.1- Curva de calibração
1,3
1,2
1,1
A = 0,00671 + 0,04127.C λ = 522 nm
1,0 R = 0,99985
0,9
0,8
Absorvância
0,7
0,6
0,5
0,4
λ = 480 nm
0,3
0,2
Esquema de um espectrofotômetro multicanal 0,1 A = 0,00194 + 0,01575.C
0,0 R = 0,99993
-0,1
12.5) Dispositivo para medir a intensidade do sinal observado 0 5 10 15 20 25 30
-1
Concentração (mg mL )
Os dispositivos utilizados para a medida do sinal podem ser
simples mostradores analógicos ou digitais. Atualmente, a maioria dos Curvas de calibração para determinação de KMnO4 nos comprimentos
especiais próprios para o tratamento dos dados obtidos nas análises Sensibilidade (S): é definida como a variação da resposta de um
A sensibilidade de um método analítico corresponde ao coeficiente onde: Sbr = é o sinal médio do branco
angular da curva de calibração. k = fator relacionado ao nível de confiança
s br = desvio padrão do branco
-1
S (λ = 480 nm) = 0,01575 mL mg
S (λ = 522 nm) = 0,04127 mL mg-1 Limite de quantificação (LQ): o limite de quantificação corresponde a
menor concentração de analito presente em uma amostra que pode ser
Quanto maior a sensibilidade do método, maior a possibilidade de se quantificada com um nível de precisão razoável.
determinar com confiabilidade concentrações menores.
A precisão é uma medida dos resultados obtidos por meio de um
método analítico.
Limite de detecção (LD): é a menor concentração que pode ser
distinguida do sinal do branco com um certo nível de confiança. Toda a A exatidão corresponde à concordância entre o valor obtido através da
técnica analítica tem um limite de detecção. Para os métodos que análise e o valor verdadeiro.
empregam uma curva analítica, o limite de detecção é definido como a
LQ = Sbr + ksbr ; k geralmente é igual a 10.
concentração analítica que gera uma resposta com um fator de
confiança k superior ao desvio padrão do branco (sb). 13.2 - Método da adição de analito (ou padrão)
1 2 3 4 5
Concentração
0,00 0,75 1,50 2,25 3,00
20 mL 20 mL 20 mL 20 mL 20 mL Fe3+ adicionado
(amostra) (amostra) (amostra) (amostra) (amostra)
Absorvância 0,215 0,424 0,621 0,826 1,020
+ + + + +
H2O destil 5 mL 10 mL 15 mL 20 mL
Construindo o gráfico:
(analito) (analito) (analito) (analito)
+ + + + 1,0
H2O destil H2O destil H2O destil H2O destil A = 0,2188 + 0,26827.C
R = 0,99993
0,8
Absorvância
0,6
Volume (mL)
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 0,4
Fe3+ adicionado
0,0
-1,0 -0,5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
3+ -1
Concentração de Fe adicionada (mg mL )
63 64
0,4
0,3
0,2
0,1
0,0
-3 -2 -1 0 1 2 3 4
3+ -1
Concentração de Fe adicionado (mg mL )