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Introdução
Descontinuidade: Separação física dentro do material, perda da continuidade. Não é necessariamente um defeito.
Ex: Trinca, porosidade, falta de penetração, falta de fusão ou mordeduras.
Defeito: É a descontinuidade com poder danoso. Podem ser pontuais, lineares, superficiais ou volumétricos.
Ex: Átomos intersticiais ou lacunas (pontual), discordâncias em aresta ou espiral (lineares)
Maior área de contato da trinca Maior área de contato da trinca Menor área de contato da
sofrendo a tração. (mais crítico) sofrendo a tração. (mais crítico) trinca sofrendo a tração.
Tamanho do defeito
Temperatura em serviço:
Ex: T alta: Pode favorecer corrosão, oxidação, fluência..
T criogênica (muito baixa): Fragilização.
Tipo de solicitação: Ex: Esforço cíclico (promove fratura por fadiga), esforço simples (rompimento
por tração ou compressão) ou esforço cíclico em meio corrosivo.
Garantia de qualidade: Avaliação da empresa como um todo. Mostra a confiabilidade da empresa (sua imagem):
RH da empresa.
Relacionamento cliente-empresa.
Relacionamento cliente-meio ambiente.
Radiografia
Objeto: Interação
fóton com a matéria
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Aumenta a Intensidade dos fótons.
Resultado:
Aumentando a corrente da fonte
o Raio γ
( )
A0 λ
radioativa.
ln
A
Alterar a energia de radiação:
λ Mudar a fonte (cada fonte tem uma faixa de energia de radiação). Não
existe ddp (voltagem) quando se trata de radiação gama, apenas existem os parâmetros tempo e tipo de
fonte para alterar.
Aumentar a intensidade: Aumentar o tempo de exposição.
energia (MeV )
1,17 1,37
Comparação: Raio X vs Raio γ
Raio X Raio γ
Aparência Idênticos
Origem Gerado pela eletrosfera Gerado pelo núcleo
Espectro Contínuo + discreto Discreto
Emissão Controlada: Por meio de aplicação de ddp Espontânea e contínua
Por que então usar raio γ ? Necessidade de realizar radiografia em lugares de difícil acesso à energia (ex: pré sal).
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o Interação dos fótons com a matéria: Atenuação do fóton.
1) Efeito Fotoelétrico
2) Efeito Compton
3) Produção de Par Elétron ejetado
com certa
1) Efeito Fotoelétrico: Elétron absorve toda energia cinética
a energia do fóton
Raio x ou
Raio γ
vacânci
vacânci
Elétron muda
para a vacância Raio x característico
Comentário: Muito utilizado em blindagem. Ex: Blindagem de Pb para radiografia (maior segurança para as pessoas)
Quanto maior o número atômico = maior absorção de fóton = menor radiação emitida = maior elétrons emitidos.
Costuma ocorrer nas camadas mais internas.
Elétron absorve toda Elétron ejetado
Elétrons Auger Elétron ejetado
a energia do fóton
Raio x ou
Raio γ
vacâncias
2) Efeito Compton (Espalhamento de Compton): O elétron colidido absorve parte da energia do fóton.
Elétron ejetado
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de energia reduzida, pelo espalhamento de compton. Elementos de maior o número atômico = maior a
probabilidade de ocorrência.
Comentário: Ocorre para altas energias (E≥ 1 MeV ), quando o fóton é absorvido pelo núcleo, gera duas partículas:
elétron e pósitron. O pósitron se junta com outro elétron e são aniquilados (pelas cargas opostas), gerando dois
fótons neste processo (fótons de aniquilação) em direções opostas. Esse efeito cria ruído, por sua alta energia.
Comum ocorrer em indústrias. É necessário E≥ 511 KeV para gerar o elétron ou o pósitron.
o Detecção:
Após a radiografia:
Banhos:
−¿¿ +¿ ¿
1. Revelador: Separa o Ag0 do Br , quando AgBr . Essa dissociação é rápida.
–
Obs: A dissociação AgBr → Ag+¿+ Br ¿é lenta.
+¿ ¿
2. Parada: Interrompe a dissociação do AgBr , não dando tempo para ocorrer a dissociação do AgBr .
3. Fixador: Fixa o Ag0 (prata metálica) na celulose.
Obs: Se demorar muito, o AgBr também é fixado. (não é o interesse deste processo)
4. Parada: Para não dar tempo de ocorrer fixação do AgBr .
5. Lavagem e secagem: Permite analisar e produzir os laudos.
Desvantagem:
Imagem indireta (latente): Custo de ter que refazer e custo do tempo de espera.
Sensibilidade à luz.
Descarte e compra de químicos: Lixo perigoso ao meio ambiente e possui coleta específica.
Radiografia depois de pronta não pode ser reutilizada: é rejeito.
Resolução espacial está associada ao tamanho do grão de AgBr.
Armazenamento com umidade e iluminação controlados: alto custo para algo já de pouco valor. A
norma obriga que a radiografia seja guardada por 10 anos.
Custo de manutenção: Compra dos filmes e químicos permanentemente, pois eles são consumidos no
processo da radiografia e revelação.
Obs: Quanto maior o grão mais rapidamente será sensibilizado. pior resolução
Resolução: menor distância entre dois pontos distinguíveis.
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Curva característica do filme:
Densidade Óptica
1 Base Fog: Celulose pura, sem o Ag0
3
2 Trabalho
2 3 Saturação: rejeito
2
1
Obs: Só pode laudar se Densidade Óptica ≥ 2.
2) Radiografia Digital
I) Filme convencional + scanner
II) Image Plate (radiografia computadorizada)
III) Flat Panel (radiografia digital direta)
I) Filme convencional + scanner: Filme convencional (celulose + Prata metálica) digitalizado. Para digitalizar, um
laser passa pelo filme. Quando o laser entra em contato com a:
- Celulose: transmite mais
- Prata metálica transmite menos.
O conversor identifica a diferença de intensidade e interpreta digitalmente. Após a digitalização, a resolução
fica dependente do tamanho do feixe do laser. Como o feixe tem diâmetro maior do que o grão de Ag, a
resolução digitalizada sempre é pior.
Sensibilização do filme (Oxidação do Europo): O Eu2+¿ ¿ é sensibilizado pela radiação e seus elétrons da
banda de valência são removidos (oxidação do Eu2+¿ ¿ Eu3+ ¿¿) e aprisionados em “armadilhas” da rede
cristalina da camada sensível.
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Revelação: O laser emite um feixe que varre as armadilhas, fornecendo energia aos elétrons presos. Os
elétrons conseguem energia suficiente para voltar para suas camadas de origem. Para voltar, é necessário
gastar energia no processo, então, o elétron emite luz (fóton). O fóton é, então, capturado pelo guia de luz e
direcionado para o tubo fotomultiplicador. A fotomultiplicadora recebe a luz incidente (fóton) e transforma
em elétron (no fotocatodo) e depois multiplica em vários elétrons a partir do choque com os dinodos. A
fotomultiplicadora pode filtrar e receber apenas fótons de comprimentos de onda específicos, garantindo
que os fótons do laser não sejam confundidos com os fótons do processo de revelação.
Resolução espacial: Depende do tamanho do feixe do laser e da velocidade que o image plate se movimenta
(varredura do laser) 25 a 50 μm
Vantagens:
Filme reutilizável.
Filme flexível.
Variedade de tamanhos do filme.
Dose reduzida de radiação: O Eu se sensibiliza mais do que o AgBr, então, pode ser utilizada dose menor
de radiação. Ideal para o setor da saúde.
Revelação e armazenamento digitais: Facilidade e baixo custo para armazenar.
Desvantagens:
Imagem indireta (latente): É necessário uma segunda etapa, para revelar. Talvez seja necessário refazer a
radiografia.
Filme sensível à luz.
Custo inicial (equipamento) alto, mas o custo benefício a longo prazo é vantajoso.
Falta de normatização: Por ser recente, não há normas suficientes para a prática.
Resolução espacial não tão boa.
Cintilado Semicondutor
r
Fótons de luz elétrons
Fotodiodo
TFT
elétrons
TFT
Semicondutor: Converte fótons de raio X ou raio ϒ em
elétrons diretamente. Geralmente, é feito de selênio
Cintilador: Converte fótons de raio X ou raio ϒ em fótons amorfo. Após conversão, aplica-se uma ddp para que os
de luz. Feito de material cristalino, para direcionar a luz elétrons cheguem ao TFT no ponto mais próximo
(ex: iodeto de césio) possível a eles. (menor distância líquida)
Fotodiodo: Converte os fótons de luz em elétrons. TFT (Transmissor de filmes finos): Capta os elétrons
Geralmente, é feito de silício amorfo. para formação de sinal.
TFT (Transmissor de filmes finos): Capta os elétrons para Menor ruídos por envolver menos etapas.
formação de sinal.
Resolução espacial: Depende do tamanho do TFT. Melhor hipótese: 100 μm, em média 200 μm.
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Obs: Inicialmente o cintilador era de fósforo (P), mas não era possível controlar a dispersão da luz por ser um
material amorfo.
Vantagens:
Imagem direta (ao vivo): É possível ver o resultado enquanto ocorre a radiografia.
Menor dose de radiação: Dentro todos os outros.
Filme reutilizável.
Possibilidade de fazer várias imagens: Menor chance de diminnuir o ruído.
Desvantagens:
Resolução espacial ruim: As novas normas tentam compensar a resolução ruim com alto contraste.
Filme rígido: Não é flexível.
Custo inicial (equipamento) é alto.
Falta de normas.
Pouco portátil.
Sensível a intemperismo: chuva, sol.. danificam o TFT.
Limitação de temperatura: O semicondutor é feito de selênio, material com baixa temperatura de serviço (5
a 50°C)
o Qualidade da Imagem
1) Resolução espacial (S.R): menor distância entre dois pontos distinguíveis. É o principal parâmetro que
afeta a qualidade da imagem. Para determinar a resolução, utiliza-se o Indicador de Qualidade de
Imagem (IQI) de fio duplo.
IQI: Barra de plástico com 13 pares de fios metálicos de diâmetros específicos, em ordem de tamanho do
diâmetro crescente. O espaçamento entre eles é igual ao diâmetro dos fios. Ele participa da radiografia
do material.
a) Método digital: Se for filme convencional, precisa escanear.
Densidade Óptica MTF
Transformando amplitude do maior fio S . R=¿ 1 ¿
em 1, é criada a curva MTF (Função de 1 2. MT F20 %
Transferência de Modulação)
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x ( posição)
0,2
b) Método visual: Não há necessidade de escanear. É o número do primeiro fio que já não se vê na
radiografia.
2) Resolução em contraste: É a diferença de densidade ótica entre duas regiões adjacentes. Para
possibilitar a identificação, é necessário que o material analisado tenha diferença de densidade. A
imagem, portanto, precisa ser formada por regiões claras e escuras.
MAIOR contraste = MAIOR segurança na interpretação = MAIOR qualidade
Tipos de contraste:
Contraste físico: Depende do objeto (densidade, número atômico, espessura..)
Contraste do sujeito: Contraste físico + energia do fóton incidente.
Contraste da imagem: Contraste do sujeito + exposição + sistema de detecção de imagem
Contraste (%)
Fatores que influenciam o contraste:
1) Radiação espalhada (espalhamento de Compton): Sem espalhamentos.
100
Diminui o contraste, mascarando detalhes importantes
na imagem. O contraste diminui exponencialmente
com o aumento da radiação espalhada.
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2. Maior espessura radiação foi mais absorvida (sensibilizou menos o detector)
partes mais claras de cada energia
3) Tempo: MENOR tempo = MENOR contraste (sem mudar corrente, voltagem, energia, etc) porque
uma menor quantidade de fóton chega.
Nitidez da Imagem: Associada ao grau de visualização de detalhes na radiografia, ou seja, associa contraste e
resolução espacial.
Ruído: Incerteza ou imprecisão com que um sinal é registrado. MAIOR ruído = MENOR detectabilidade de
falhas
S Sendo S : média do sinal de certa região daimagem
SNR=
σ
σ : Desvio padrão dessamédia
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Comentário: A profundidade padrão ( δ ) é a profundidade quando a corrrente possui 37% de sua densidade na
superfície do material.
Profundidade de Penetração
Densidade da corrente
√
37% 100%
ρ MAIOR f = MENOR profundidade
δ=So
f . μr
δ
Objetivos da técnica:
Caracterizar o material: Quando o material muda seu comportamento magnético, por uma mudança de
permeabilidade ou resistência, causada por uma mudança na sua microestrutura.
Ex: A ferrita é ferro magnética e a austenita é para-magnética. Então, em um aço que ocorra um erro na
fabricação e surja a fase σ (não magnética), é possível detectar pois é um material que se esperava
comportamento magnético o qual não foi detectado.
Detecção de trinca: A trinca é uma descontinuidade, ou seja, é uma região que deveria ter material mas
tem ar no lugar. A trinca causa uma distorção nos padrões circulares do fluxo de correntes parasitas, pois
a corrente não percorre o ar (dentro da trinca), então ela precisa adaptar seu percurso (aumentando ou
diminuindo o seu raio naquela região.) Isso culmina em uma diminuição da densidade da corrente’,
alterando o campo magnético secundário, que pode ser identificado no detector.
É um ensaio comparativo: Para tal, é necessário ensaiar o tipo de material que se quer investigar SEM DEFEITOS
(perfeito) antes de analisar o que se deseja a procura de defeitos. Além disso, utiliza-se a mesma bobina e os
materiais (o de trabalho e o de referência) devem ter a composição química e espessuras o mais próximo possível.
Impedância: É a total resistência (oposição) à passagem de corrente. |Z|= √ V R +V xL , com defasagem de 90°.
V XL
VL X L =2 πfL
∅ =arct ( )
VR
Onde L depende do nº de espiras e do diâmetro do fio.
|Z| X L= Reatância Indutiva (é a resistência do indutor)
∅ Fatores que influenciam: Frequência, Condutividade, Permeabilidade e geometria.
VR
Lift-off (ArAço): A corrente parasita aumenta, conforme a bobina se aproxima, reduzindo a corrente da
bobina. Em materiais magnéticos, a reatância indutiva (xL) também aumenta pois o material reage ao campo
magnético, atraindo ele. (Como: O material magnético puxa as linhas de campo da bobina, concentrando o
campo magnético em torno da bobina, sem alterar a intensidade.) Essa reação dificulta a passagem de
corrente na bobina, aumentando xL. R aumenta pois corrente na bobina diminui. reduz i aumenta R
aumenta xL
Trinca: Igual ao caso do não-magnético. aumenta i reduz R aumenta xL
Aplicação: Medida de revestimento não-condutor (aplicados XL Normalizado (Ar e Alumínio no mesmo xL):
sobre materiais condutores)
O revestimento não é condutor, então é “sentido” como Ar. É Ar Al1 Al2 Al3
uma distância que o sensor terá do material condutor, nunca
tocando nele. É possível identificar desnivelamento do R
recobrimento.
Al1 Al2
Vantagens: Al3
Variedade de normas bem definidas. Revestimento
Resultado imediato e equipamento portátil. não nivelado (tinta)
Serve em difícil acesso.
Metal
Permite analisar diferentes geometria e tamanhos
Análise de Revestimento
Várias sondas.
Não é necessário contato da sonda com o material (evita desgaste) Material A
Caracterizar o material XL
Desvantagens: Ar
Material B
Apenas para material elétrico
Ensaio comparativo (necessidade de um material perfeito) Material C R
O lift-off pode criar um sinal que confunde o operador em caso
Material A: Magnético
de rugosidade ou mal acabamento, podendo ser interpretado como trinca.
Material B: Não magnético, gera
Difícil interpretação, requer muito treinamento menos corrente parasita. (menor R)
Material C: Não magnético, gera
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mais corrente parasita (maior R)
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