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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM

RAIO-X • O número de elétrons na nuvem está


diretamente relacionado com a quantidade da
• Descoberto em 1895, por Wilhelm Conrad corrente elétrica que passa pelo filamento,
Roentgen; que por sua vez é regulada pela
• São produzidos pela interação de elétrons fora miliamperagem (mA), sendo equivalente a
do núcleo; potência de uma lâmpada;
• Depende da energia do elétron que interage • A diferença de potencial de voltagem entre o
com um átomo; filamento e o alvo, é medida por
• Formando por: quilovoltagem (kV);
Fonte Geradora de Raio-x • A corrente que chega nos aparelhos de raio-x,
Sistema de Geração de Imagem será de 120 ou 240W, mas está será
Interpretação da Imagem intensificada para o kV, através de um
transformador;
• O metal utilizado para o alvo, é o Tungstênio;
GERANDO O RAIO-X • O Tungstênio, além de possuir um alto ponto
de fusão, tem seu número atômico elevado,
aumentando a eficácia da produção de raios-
x;
• Ao manipular a nuvem de elétrons, é possível
regular o tamanho da difusão de radiação para
Nuvem de elétrons
é
Cá todo animais de tamanhos diferentes;
Ânodo é
• ↑kV: ↑ velocidade; ↑potência;
Alvo
↑penetração; ↑ contraste;
Carga -
Carga que
+ que é repele

• ↑mA: ↑nitidez; ↑ definição/contorno;
atrai

Átomos com grande quantidade


de prótons, possui grande

Energia de Calor – 98% quantidade de elétrons;

Luz – 1,8%
Elétrons mais longe do núcleo,
são mais fáceis de serem kV mA
Frenagem “expelidos” quando em contato
Raio-x – 0,2% com uma rede elétrica negativa;
Tons de cinza Nitidez
Contraste Contorno
• Um tubo de raio-x contém um alvo
carregado positivamente, o ânodo, e um Potência
filamento carregado negativamente, o
cátodo; A escala de cinza varia
• Um corrente elétrica passa através do conforme a densidade Gerador de raio-x
do tecido 100
filamento, gerando calor que permite que os
elétrons “fervam” para fora da superfície do
filamento em uma nuvem de elétrons;
• Por estarem carregados negativamente,
esses elétrons serão atraídos pela carga
Radiotransparente

positiva do alvo (cargas opostas se atraem);


• Ao chegarem ao alvo, esses elétrons se Ar Pb
Radiopaco

chocam, gerando uma energia de frenagem,


que irá gerar o raio-x;
+preto
Placa +branco

100 80 30 20 X
GERANDO A IMAGEM AMPLIANDO A IMAGEM
Gerador de raio-x
100 • Aumentar o tamanho da imagem para se ter
melhor projeção, causa uma distorção
anatômica (tamanho grande irreal);
• Se resolve, com o uso de um Marcador
Esférico, fixado na altura do local que está
investigando;
* índi ces conhecidos
Ar Pb
𝑇𝑏𝑜𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 ∗ 𝑇𝑜𝑠𝑠𝑜
=
𝑇𝑏𝑜𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑅𝑋 ∗ 𝑇𝑜𝑠𝑠𝑜 𝑅𝑋 ∗
Haletos de Prata
Emulsão de Sais
• O filme de raio-x, é formado por uma
emulsão de sais sensível à luz, contendo POSICIONAMENTOS
haletos de prata;
• Esses cristais de prata são sensibilizados e se RADIOGRÁFICOS
precipitam durante o desenvolvimento,
O que esta investigando deve
formando depósitos neutros que aparecem estar mais perto da placa
preto no filme processado; D E
• Os cristais não expostos são removidos
durante a fixação, deixando áreas brancas;
• Hoje, temos imagens geradas digitalmente, Ventrodorsal
Laterolateral Esquerda
onde sensores na placa irão “transferir” a
(coração)
imagem para um computador, através de
Laterolateral Direita
scanners (Computadorizada) ou por (pulmão)
bluetooth/wifi (Direta); Lateromedial (pequenos)
• Na computadorizada, a placa possui uma Mediolateral (equinos)
película de fósforo, enquanto que da direta, Dorsopalmar
temos uma placa de emulsão de gadolínio Dorsoventral
ou césio; Rostrocaudal
Ventrodorsal
Craniocaudal
PONTO FOCAL Dorsoplantar
Plantardorsal

paciente

• Dado a partir da placa, não do paciente;


• Quanto maior a distância, o
escurecimento do filme diminui;
POSICIONAMENTOS ESTUDO DAS FRATURAS
RADIOGRÁFICOS OBLÍQUOS
• Trauma
Do • Propagação da força
• Fratura Patológica (enfraquecimento do osso)
• Hiperparatireoidismo (↑osteoclasto)
• Tumor (osteosarcoma)
M L • Osteomielite (Infec/infl do osso)
• Calo Ósseo

Epífise (1/3 proximal)


Pa

Dorsolateral-Palmaromedial Oblíqua Metáfise


Dorsomedial-Palmarolateral Oblíqua

Pr Diáfise (1/3 médio)

Metáfise
45°

Epífise (1/3 distal)


Do Pa

LAUDO RADIOGRÁFICO
Di
• Identificação/Resenha
Proximopalmar-Distodorsal Oblíqua • Suspeita Clínica: requisição do clínico;
• Impressão (s) Diagnóstica (s): projeções;
• Achados Radiográficos: descrição detalhada da
Do lesão;
• Diagnóstico Sugerido: o que se sugere vendo a
radiografia;

M L
ACHADOS RADIOGRÁFICOS

Tipo
de Formato Local Osso
Pa lesão
Dorsomedial-Palmarolateral Oblíqua 10°
Parcial Bizel/Oblíqua Epífise
Dorsomedial-Palmarolateral Oblíqua 45° Total Transversal Metáfise
Mediodorsal-Lateropalmar Oblíqua 10° Diáfise
LAUDOS RADIOGRÁFICOS
A partir do raio-x, é possível sugerir trauma/lesão
em tecidos moles, pelo afastamento dos ossos

Slide 5

Slide 5

Crânio Caudal

Médio Lateral
ACHADOS RADIOGRÁFICOS:
Tipo
de Formato Local Osso
lesão
Perda total de em sentido no terço médio/ da tíbia
continuidade oblíquo diáfise esquerda
óssea
DIAGNÓSTICO SUGERIDO:
Tipo
de Formato Local Osso
lesão
Fratura em sentido no terço médio/ da tíbia
completa oblíquo diáfise esquerda
ACHADOS RADIOGRÁFICOS:
Slide 7
Tipo
de Formato Local Osso
lesão

Perda parcial no terço médio da falange


de em sentido e terço distal/ distal
continuidade oblíquo diáfise e torácica
óssea epífise distal esquerda

DIAGNÓSTICO SUGERIDO:
Tipo
de Formato Local Osso
lesão

Dorso Palmar no terço médio da falange


Fratura em sentido e terço distal/ distal
Incompleta oblíquo diáfise e torácica
epífise distal esquerda

Slide 8 Slide 8

Médio Lateral Crânio Caudal

ACHADOS RADIOGRÁFICOS:
Perda total da continuidade óssea em sentido oblíquo no 1/3 médio do fêmur direito com presença
de ao menos 4 fragmentos ósseos

DIAGNÓSTICO SUGERIDO:
Fratura Completa Multifragmentar em sentido oblíquo no 1/3 médio do fêmur direito
ACHADOS RADIOGRÁFICOS:
Perda total da continuidade óssea em sentido
transversal no 1/3 médio (diáfise) do fêmur direito
com presença de ao menos 4 fragmentos ósseos
com encavalamento

Encavalamento = deslocamento

DIAGNÓSTICO SUGERIDO:
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Fratura Completa Multifragmentar no 1/3 médio
(diáfise) do fêmur direito com encavalamento

Médio Lateral

Slide 9

ACHADOS RADIOGRÁFICOS:
Perda total da continuidade óssea em sentido
oblíquo no 1/3 proximal (epífise) da tíbia direita
com presença de inúmeros fragmentos ósseos

Inúmeros fragmentos = Cominutiva

DIAGNÓSTICO SUGERIDO:

Fratura Completa Cominutiva oblíqua no 1/3


proximal (epífise) da tíbia direita

Médio Lateral
ACHADOS RADIOGRÁFICOS:
Perda total da continuidade óssea em sentido
transversal no 1/3 proximal (epífise proximal) da
tíbia direita

Avulsão = fratura em linha de crescimento

DIAGNÓSTICO SUGERIDO:

Fratura por Avulsão transversal no 1/3 proximal


(epífise proximal) da tíbia direita

Também chamada de Fratura de Salter-Harris


ESTUDO SOBRE A COLUNA Vértebras
Cervicais - 7
Torácicas - 13
Lombares - 7
Sacrais - 3
Coxígeas - 3
Processo Espinhoso

Faceta Articular Direita Faceta Articular Esquerda

Processo Transverso Direito Processo Transverso Esquerdo

Medula Espinhal
Arco Vertebral

Canal Vertebral

Ligamento Supra Espinhoso

Articulação Dorsal Processo Espinhoso

Ligamento Inter Espinhoso Forame Intervertebral


Faceta
Faceta Articular
Articular Caudal
Cranial

Medula Incisura Caudal


Espinhal

Ligamento
Incisura Cranial Espinhal Dorsal

Entesis Ligamento
Anel Fibroso
Núcleo Pulposo Espinhal Ventral
Processo Transverso

Disco
Intervertebral
• Quando o disco intervertebral se desloca
para cima ou para baixo ocorre compressão
dos nervos no forame intervertebral;
• Mas comum o deslocamento para cima, pois
o ligamento supra espinhoso apresenta
menor resistência em comparação com o
ligamento espinhal ventral;
• A compressão pode ocorrer de 2 maneiras:

EXTRUSÃO PROTUSÃO

Ponte
Anquilosante

• Nem toda redução de espaço intervertebral ACHADOS RADIOGRÁFICOS


causa lesão de medula, podendo ocorrer ↓ Espaço InterVertebral
apenas uma compressão; Subluxação/Luxação/Fratura
• Para resolver, é necessário um procedimento ↓Forame InterVertebral
cirúrgico, onde uma parte da vértebra é Entesófito (ventral ou dorsal)
removida, para que a medula possa voltar a Ponte Anquilosante
fluir novamente; Calcificação de Disco
Estreitamento de Canal Vertebral

Entesófito
Calcificação de Entesis
“Bico de Papagaio”
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T13

L1

L2

L3
T13 L1 L2 L3 S1
L4 L5 L6 L7
L4

L5

L6

L7

S1

Laterolateral direita Ventrodorsal

ACHADOS RADIOGRÁFICOS:
Presença de redução do forame intervertebral de L2-L3, L3-L4 e possível redução em L7-S1;
Presença de Entesófito ventral em T13, L1, L2, L3, L4, L5 e L7;
Presença de Ponte Anquilosante em formação em L2-L3, e uma já formada em L7-S1;
Estreitamento do Canal Vertebral no canal sacral;

DIAGNÓSTICO SUGERIDO:
Neuropatia de raiz nervosa em L2-L3, L3-L4 e possível em L7-S1;
Espondilose ventral em T13, L1, L2, L3, L4, L5 e L7;
Espondilite Anquilosante em formação em L2-L3, e uma já formada em L7-S1;
Estenose do canal sacral;

CONSIDERAR ACOMETIMENTO POR SÍNDROME DA CAUDA EQUINA

T13 L1
ESTUDO DIRIGIDO - IMAGENS

DORSOVENTRAL DA
CABEÇA

LATEROLATERAL DIREITA DA PORÇÃO


LOMBOSSACRAL DA COLUNA MEDIOLATERAL DO
VERTEBRAL COTOVELO DIREITO
LATEROLATERAL
ESQUERDA DA CAUDA

DORSOMEDIAL-
PALMAROLATERAL OBLÍQUA
LATEROMEDIAL DA CANELA DO LATEROMEDIAL DO DA CANELA DO MEMBRO
MEMBRO PÉLVICO ESQUERDO JOELHO ESQUERDO TORÁCICO DIREITO

VENTRODORSAL DO QUADRIL; CRANIOCAUDAL DA COXA DIREITA


ESTUDO DIRIGIDO - IMAGENS
PROXIMOPALMAR-DISTODORSAL
OBLÍQUA FLEXIONADA DO CASCO DO
MEMBRO TORÁCIO ESQUERDO

LATEROMEDIAL FLEXIONADA DO BOLETO DO


MEMBRO TORÁCICO ESQUERDO

DORSOMEDIAL-PALMAROLATERAL
OBLÍQUA DO BOLETO DO MEMBRO
TORÁCICO ESQUERDO

DORSOLATERAL-PALMAROMEDIAL
OBLÍQUA DO BOLETO DO MEMBRO
TORÁCICO ESQUERDO
ESTUDO DIRIGIDO - PERGUNTAS

1) Defina radiação ionizante, radioatividade, raios-x e onda eletromagnética.


É toda forma de radiação que carrega energia suficiente para arrancar os elétrons dos átomos.

2) Quais são os componentes de uma ampola de raio-x?


Ela possui dois eletrodos: um catodo e um anodo.

3) Quais são os tipos de ampola de raio-x?


?
4) Como é formado o raio-x? Seja detalhista.
A carga negativa do cátion expulsa a carga positiva que viaja para o anodo, gerando a nuvem de elétrons
que causa o fechamento da eletrosfera, por conta das cargas positivas e negativas, respectivamente. Os
elétrons que vão do cátodo ao ânodo se chocam com o elétron instável do ânion fazendo com que ative
a anergia de frenagem ao diminuir a velocidade, produzindo 98% de calor, 1,2% de luz e 0,2% de raio X.

5) O que é quilovolt (kV) e miliamper (mA)? Qual é a influência de cada um deles na formação do raio-x
na ampola?
Quanto maior o kV, maior a velocidade do elétron, portanto, maior a radiotransparência. Quanto maior o
mA, melhor a nitidez. Porém depende do paciente (gordura, largura, etc).
Se o mA for muito alto ele queima a ampola.

6) O que é Radiotransparente e radiopaco?


Radiotransparente é o que aparece escuro é porque muitos raios-x passaram (como ar e gordura),
radiopaco é o que aparece branco é onde os raios-x não passaram ou passarem pouco (como osso,
metal, partes mais densas do corpo).

7) Como o ajuste de kV e mA influenciam na radiotransparência, na radiopacidade e na nitidez?


Quanto maior o kV, maior a velocidade do elétron, portanto, maior a radiotransparência. Quanto maior o
mA, melhor a nitidez. Porém depende do paciente (gordura, largura, etc).
Para contrabalancear o mA alto, deve-se utilizar menor tempo de raio, assim não queima a ampola.
ESTUDO DIRIGIDO - PERGUNTAS

8) O que é distância focal e como ela influencia na imagem? Explique a teoria do quadrado inverso da
distância focal e como ela influencia a imagem.
A distância focal é dada a partir da placa, não do paciente. A potência diminui sempre que o raio vai se
afastando do centro. Sempre que o paciente é afastado da placa ocorre magnificação da imagem, para
resolver é só pegar um ponto em que está a bolinha encostada na placa e fazer regra de 3 com o
tamanho do osso na mesma direção da bolinha. Tbolinha/Tbolinha raio-x = x/Tosso raio-x

9) Defina e explique o funcionamento dos sistemas de formação de imagem analógico, CR e DR.


Imagem analógica: registrada em uma espécie de filme, composto a base de sais de halogeneto de
prata, que eram colocados em contato com líquidos processadores para “revelar” a imagem.
CR – Radiologia Computadorizada: foi a primeira forma de digitalização, utiliza chassis com placas de
fósforo em vez do filme radiográfico convencional, que são expostos a radiação e depois digitalizados
em aparelhos de scanner.
DR – Radiologia Digital: o scanner é substituído por sistemas capazes de transferir as imagens
diretamente dos aparelhos onde são geradas para os computadores e servidores.

10) Quais as vantagens e desvantagens da utilização de softwares para a interpretação de imagens?


Vantagens: back-ups, maior eficiência e produtividade, permite a utilização de ferramentas
muito mais modernas e completas no que diz respeito à gestão e armazenamento de exames.
Desvantagens: manutenção, quebra, preço alto,

11) Quais devem ser os cuidados durante a interpretação de imagem?


Somente laudar o que está no centro do raio, para não haver erro de magnificação de imagem, se não
tiver certeza colocar possível.....

12) Quais os cuidados devem ser tomados para promover proteção contra a radiação?
Utilizar colete, pescoceira, óculos e luvas de chumbo quando for segurar o animal abaixo do emissor.

13) Faça uma relação das cinco principais áreas radiografadas na espécie do seu interesse e relate quais
são os posicionamentos radiográficos realizados para cada região, incluindo as projeções oblíquas. É
importante correlacionar o nome da projeção com a imagem que aparece na radiografia.

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