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RELATÓRIO DE MADEIRAS
CURITIBA
2021
1. INTRODUÇÃO
O presente relatório irá abordar o tema de madeiras por meio das atividades propostas em aula
pelo professor. A tarefa designada consistiu em comparar três grupos de dados incluindo 15
corpos de provas distintos, fornecidos pelo professor. A partir desses elementos, foi necessário
calcular o valor de suas propriedades por meio das formulas fornecidas pelo professor nos
materiais de estudo, que incluem densidade, umidade, retratibilidade, resistência à
compressão, resistência a flexão e por fim, a partir desses dados, determinar qual era a
classificação da madeira. Para realizar os testes, 8 corpos de provas foram secados, após isso
4 deles foram destinados a saturação para depois realizar uma comparação com os secos.
Mais 4 amostras foram separadas para realizar os testes de flexão e as 3 restantes foram
utilizadas para testes de retratibilidade.
2. CÁLCULOS
A primeira etapa consistiu em realizar uma análise de ensaios laboratoriais fornecidos pelo
professor realizados por outros alunos de turma anteriores. Os grupos de dados fornecidos
foram os grupos 6, 8 e 25. A partir desses dados foi possível realizar os cálculos propostos
na atividade e tornou-se possível realizar a comparação das amostras.
Cada grupo de dados contém informações sobre 15 corpos de provas que foram subdivididos
com finalidades específicas. 8 amostras foram secadas em uma estufa a 100ºC e após isso
foram separadas para a realização dos testes e cálculo dos valores de massa específica,
umidade e resistência a compressão. Metade desse grupo foi imerso em água por 7 dias a
fim de atingir a saturação do material. Para a realização dos testes de retratibilidade, apenas
3 amostras foram separadas e secadas na estufa. A fim de realizar os testes de resistência e
flexão, 4 corpos de prova com 140mm de comprimento foram separados, sendo 2 deles no
estado saturado e os outros 2 no estado seco.
𝑀ℎ𝑛𝑎𝑡 𝑀ℎ𝑛𝑎𝑡 𝑔
𝑭ó𝒓𝒎𝒖𝒍𝒂 𝟏: 𝛾= = [ 3]
𝑉 𝑎 ∗ 𝑏 ∗ 𝑐 𝑐𝑚
2
𝑀𝑠𝑒𝑐𝑎 𝑀𝑠𝑒𝑐𝑎 𝑔
𝑭ó𝒓𝒎𝒖𝒍𝒂 𝟐: 𝛾= = [ 3]
𝑉 𝑎 ∗ 𝑏 ∗ 𝑐 𝑐𝑚
𝑴𝒔𝒔𝒔 𝑴𝒔𝒔𝒔 𝒈
𝑭ó𝒓𝒎𝒖𝒍𝒂 𝟑: 𝜸= = [ 𝟑]
𝑽 𝑎 ∗ 𝑏 ∗ 𝑐 𝒄𝒎
Sendo que:
𝛾 = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎
𝑀ℎ𝑛𝑎𝑡 = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 𝑛𝑜 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑛𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙
𝑀𝑠𝑒𝑐𝑎 = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 𝑛𝑜 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑠𝑒𝑐𝑜
𝑀𝑠𝑠𝑠 = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 𝑛𝑜 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑠𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑑𝑜 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓í𝑐𝑖𝑒 𝑠𝑒𝑐𝑎
𝑉 = 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑣𝑎
2.2 UMIDADE
A partir das massas das amostras em cada estado, também foi possível calcular a taxa de
umidade de cada material nos seus diferentes estados. A fórmula 4 foi utilizada para calcular
os valores de umidade da amostra natural e a fórmula 5 para chegar nos valores de umidade
da amostra saturada.
𝑀ℎ𝑛𝑎𝑡 − 𝑀𝑠𝑒𝑐𝑎
𝑭ó𝒓𝒎𝒖𝒍𝒂 𝟒: 𝑈𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = ∗ 100 [%]
𝑀𝑠𝑒𝑐𝑎
𝑀𝑠𝑠𝑠 − 𝑀𝑠𝑒𝑐𝑎
𝑭ó𝒓𝒎𝒖𝒍𝒂 𝟓: 𝑈𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑠𝑠𝑠 = ∗ 100 [%]
𝑀𝑠𝑒𝑐𝑎
Sendo que:
2.3 RETRATIBILIDADE
3
Para a realização dos cálculos nesta etapa foram separados 3 corpos de prova. O teste foi
executado a fim de coletar a distancia dos pregos no estado natural e depois de seco na
estufa à temperatura de 100°C, posicionando dois pregos em três direções: axial, tangencial
e radial. O cálculo da retratibilidade demonstra a taxa de expansão do material e para
determinar esse valor utilizam-se três fórmulas. A fórmula 6 onde é calculada a contração
linear, a fórmula 7 para a contração tangencial e a fórmula 8 para contração radial.
Para essa etapa da atividade foram separados três corpos de provas, foram posicionado
dois pregos nas direçôes axial, tagencial e radial para coletar a distancia dos pregos no
estado natural e depois de seco na estufa a 100°C. A retatiblilidade é a taxa de expansão do
material, para chegar em seu resultado é calculado a contração linear a partir da fórmula 6,
fórmula 7, fórmula 8 para direcões axial, tagencial e radial respectivamente.
Após seco e após determinar os valores de contração linear, torna-se possível determinar a
retratibilidade volumétrica por meio da fórmula 9.
𝑉ℎ 𝑛𝑎𝑡 − 𝑉𝑠𝑒𝑐
𝑭ó𝒓𝒎𝒖𝒍𝒂 𝟗: 𝐶𝑉 = ∗ 100 [%]
𝑉𝑠𝑒𝑐
Sendo que:
𝐶𝑉 = retratibilidade volumétrica
𝑉ℎ 𝑛𝑎𝑡 = volume no estado natural
𝑉𝑠𝑒𝑐 = volume no estado seco
4
Imagem 1: Realização do ensaio de retratibilidade
De acordo com a norma ABNT NBR 7190 de 1997, a madeira tem de apresentar 12% de
umidade normativa que pode ser calculada por meio da Fórmula 10.
Sendo que:
𝛾ℎ𝑛𝑎𝑡 = massa específica da madeira com umidade natural
1−𝑣
𝛿 = coeficiente de variação da massa específica, sendo que: 𝛿 =
100
𝐶𝑉𝑚é𝑑
𝑉 = coeficiente de retratibilidade volumétrica, onde: 𝑣 =
𝐻
𝐶𝑉𝑚é𝑑 = retratibilidade volumétrica média
𝐻 = umidade natural
5
A resistência à compressão é a capacidade de um material a resistir a um esforço que tende
a encurtar seu comprimento. Para a realização deste teste, foram separados 4 corpos de
prova no estado seco e outros 4 no estado saturado, sendo que em cada estado 2 deles
foram sujeitos a compressão na direção paralela às fibras e os outros dois foram sujeitos a
compressão na direção normal às fibras. Os valores podem serr calculados pela fórmula 11 e
12, respectivamente.
𝑃
𝑭ó𝒓𝒎𝒖𝒍𝒂 𝟏𝟏: 𝜎=
𝐴5𝑥5
𝑃
𝑭ó𝒓𝒎𝒖𝒍𝒂 𝟏𝟐: 𝜎=
𝐴5𝑥10
Sendo que:
𝜎 = resistência à compressão
𝑃 = força (N)
𝐴5𝑥5 = área da base paralelo às fibras
𝐴5𝑥10 = área da base normal às fibras
3∗𝑃∗𝐿 𝑁
𝜎= [𝑀𝑃𝑎 = ]
2𝑎𝑏 2 𝑚𝑚2
Sendo que:
𝜎 = resistência à tração na flexão
𝑃 = força [N]
𝐿 = vão
𝑎 = largura
𝑏 = altura
3. RESULTADOS
Por meio da realização de todos os cálculos supracitados e da análise dos dados obtidos, foi
possível chegar aos dados não fornecidos e solicitados pelo professor.
6
Todos os resultados obtidos para o conjunto de dados 6, fornecido pelo professor, estão sendo
apresentado pelas tabelas 2 até 9.
Tabela 2: resultado da densidade estado natural
7
Tabela 6: resultados de contração linerar e retratibilidade volumétrica
8
Tabela 9: Média e desvio padrão de todos os resultados, classificação e umidade normativa
9
Tabela 12: resultado da densidade estado saturado e umidade saturada
10
Tabela 16: resultados dos teste de resistência a flexão
Tabela 17: Média e desvio padrão de todos os resultados, classificação e umidade normativa
11
Tabela 19- resultado da densidade estado seco e umidade natural
12
Tabela 23- resultados do ensaio de resistência a compressão
13
4. PERGUNTAS
Ao final das análises sobre os três grupos de madeiras e dos cálculos dos ensaios foi
possível reunir as informações necessárias para responder às três perguntas propostas
na atividade.
4.1 DAS 3 MADEIRAS ANALISADAS, QUAL É MELHOR NOS QUESITOS: MAIOR
DENSIDADE, MENOR UMIDADE NATURAL, MENOR ABSORÇÃO, MAIORES
RESISTÊNCIAS?
4.1.1 MAIOR DENSIDADE
Por meio de uma analise comparativa dos valores de massa específica nos estados
natural, seco e saturado do corpo de prova que estão contidos no Gráfico 1 pode-se
concluir que o Grupo de Dados 6 é o que apresenta maior densidade nos três estados.
Gráfico 1: comparativo entre massas específicas
Massa Específica
14
4.1.3 MENOR ABSORÇÃO
Por meio da realização dos cálculos utilizando a Fórmula 14, foi possível determinar que a
menor taxa de absorção é dos corpos de prova do Grupo de Dados 6.
(𝑀𝑠𝑠𝑠 − 𝑀𝑠𝑒𝑐𝑜 )
𝑭ó𝒓𝒎𝒖𝒍𝒂 𝟏𝟒: 𝐴𝑏𝑠𝑜𝑟çã𝑜 = ∗ 100 [%]
𝑀𝑠𝑒𝑐𝑜
Sendo que:
𝑀𝑠𝑠𝑠 = massa da amostra no estado saturado superfície seca
𝑀𝑠𝑒𝑐𝑎 = massa da amostra no estado seco
Gráfico 3: comparativo entre taxa de absorção
Absorção [%]
24,50%
6,06% 6,33%
Resistência à Compressão
Resistência à compressão normal às
fibras (MPa) (SATURADO)
Resistência à compressão normal às
fibras (MPa) (SECO)
Resistência à compressão paralela às
fibras (MPa) (SATURADO)
Resistência à compressão paralela às
fibras (MPa) (SECO)
Resistência à Flexão
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
DADOS 6 DADOS 8 DADOS 25
16