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ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MINAS E PETRÓLEO

PROJETO 2020

PMI3309 – Mecânica de Rochas II

Henrique Rennó Urbanavicius – Nº USP 10845832

São Paulo, 2020


SUMÁRIO
Dados .................................................................................................................................. 3

Simulação 1 ........................................................................................................................ 4

Simulação 2 ........................................................................................................................ 6

Simulação 3 ........................................................................................................................ 9

Simulação 4 ...................................................................................................................... 11

Simulação 5 ...................................................................................................................... 13

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1. Dados

Os dados apresentados a seguir foram utilizados como os parametros de inserção


para o programa de análise por modelos materiais, o Rockscience2D.

 γ = 0,023 MN/m3
 E = 20000 MPa
 ν = 0.25
 σt = 2 MPa
 c = (5 + (2/9)*2) = 5.45 MPa
 ϕ = (40 + (5/33)*32) = 44.45°
 L = (2.5 + (2/9)*2) = 2.95 m
  a = 1.47 m

Teoria da Elasticidade: Equações da Solução de Kirsch

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2. Simulação 1: Túnel horizontal de secção circular, e θ = 0º

Dados:

 σ1 = 20 MPa
 σ2 = 20 MPa
 σz = 20 MPa
 θ = 0º

Imagem 1: Ilustração da distribuição de tensões σ1 em torno da escavação

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Imagem 2: Ilustração da distribuição de tensões σ 3 em torno da escavação

Imagem 3: Ilustração da distribuição de tensões σz em torno da escavação

Analisando as imagens acima, pode-se perceber que as distribuições das tensões são
simétricas e isso se deve ao fato das tensões em situ serem iguais e ao formato
circular da escavação. Além disso, podemos notar também que após uma distância de
aproximadamente 5,8m do centro da escavação, as distribuições de tensões voltam
aos valores das tenções naturais do maciço rochoso.
Em relação á teoria, seguem abaixo as análises retiradas das contas apresentadas no
item 1, e também as informações retiradas do próprio programa, para a comparação.
Aplicação das Fórmulas de Kirsch:
 Nas paredes da escavação:
o r=a
o θ = 0°
o σr=0 MPa
o Trθ=40 MPa
o σθ=0 MPa
 No teto da escavação:
o r=a
o θ = 90°
o σr=0 MPa
o Trθ=40 MPa

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o σθ=0 MPa

 Nas proximidades:
o r=5,8 m
o θ = 0°
o σr=18,71 MPa
o Trθ=0 MPa
o σθ=21,28 MPa

Podemos observar que em nenhum dos casos há a presença de tração. Os cálculos


teóricos chegam muito perto dos resultados do programa quando analisamos as soluções
para as proximidades (r=5,8m), e chegam próximos, porém com um erro maior, quando
analisamos as soluções para o teto e para as paredes (diferem de 1 a 3 Mpa).

3. Simulação 2: Túnel horizontal de secção circular, e θ = 90º

Dados:

 σ1 = 20 MPa
 σ2 = 5 MPa
 σz = 20 MPa
 θ = 90º

Imagem 4: Ilustração da distribuição de tensões σ 1 em torno da escavação

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Imagem 5: Ilustração da distribuição de tensões σ 3 em torno da escavação

Imagem 6: Ilustração da distribuição de tensões σz em torno da escavação

Analisando as imagens acima sobre a simulação 2, podemos perceber que há também


uma simetria tanto no eixo x quanto no eixo y, porém eles não são simétricos entre sí,
e isso se dá pela diferença dos valores de σ 1 e σ3 .
A seguir, são apresentados, novamente, os cálculos das tensões utilizando as
fórmulas das soluções de Kirsch.

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 Nas paredes da escavação:
o r=a
o θ = 0°
o σr= 0 MPa
o Trθ= 0 MPa
o σθ= 55 MPa
 No teto da escavação:
o r=a
o θ = 90°
o σr= 0 MPa
o Trθ= 0 MPa
o σθ= -5 MPa
 Nas proximidades:
o r=4m
o θ = 0°
o σr= 14,67 MPa
o Trθ= 0 MPa
o σθ= 6,27 MPa

Analisando as imagens e correlacionando-as com os resultados apresentados acima,


podemos perceber que há uma defasagem de 2 a 4 Mpa em relação aos resultados
obtidos no programa, que nos apresenta os valores iguais a 51,65 e -2,64 Mpa, para o
cálculo do σθ nas paredes e no teto, respectivamente. Quando os resultados das análises
nas proximidades da escavação, pode-se notar que os valores de σr obtidos pelas
equações de Kirsch possuem uma diferença relativamente grande quanto aos valores
obtidos pelo programa, porém, os valores obtidos para σθ são muito próximos, ainda que
estejam diferentes.

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4. Simulação 3: Túneis horizontais de secções circulares e
espaçamento igual a 12ª

Imagem 7: Ilustração da distribuição de tensões σ1 em torno da escavação

Imagem 8: Ilustração da distribuição de tensões σ 3 em torno da escavação

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Imagem 9: Ilustração da distribuição de tensões σ z em torno da escavação

Analizando as imagens, fácilmente percebemos que existe interação das


tensões geradas entre as escavações, porém, pelo grande
distanciamento, as tensões permanecem parecidas com o caso da
simulação 1, onde há apenas uma escavação (de mesmo raio e tensões
em situ similares). A espectativa é de que quanto menor a distância entre
as escavações, maiores são as interações e, portanto, menor é a
estabilidade do maciço rochoso. Seguem os cálculos para a comparação
com os resultados obtidos pelo programa e pela teoria.
 Nas paredes da escavação:
o r=a
o θ = 0°
o σr= 0 MPa
o Trθ= 0 MPa
o σθ= 100 MPa
 No teto da escavação:
o r=a
o θ = 90°
o σr= 0 MPa
o Trθ= 0 MPa
o σθ= 100 MPa
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 Nas proximidades:
o r=4m
o θ = 0°
o σr= 43.25 MPa
o Trθ= 0 MPa
o σθ= 56.75 MPa

Podemos ver que existe, novamente, uma pequena diferença entre os


valores obtidos pelo programa e os valores obtidos na teoria, visto que
este nos deu umtensão nas paredes e no teto de 100 Mpa, e aquele nos
retornou tensões de aproximadamente 101 e 99 MPa. Essa diferença se
dá pela interação entre as duas escavações, que mesmo sendo mínima,
ainda existe.

5. Simulação 4: Túneis horizontais de secções circulares e


espaçamento igual a 4a

Imagem 10: Ilustração da distribuição de tensões σ 1 em torno da escavação

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Imagem 11: Ilustração da distribuição de tensões σ 3 em torno da escavação

Imagem 12: Ilustração da distribuição de tensões σz em torno da escavação

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Agora com a distância entre as escavações reduzida para um terço da distância da
simulação 3, podemos notar que as interações são muito maiores e as tensões se unem,
formando uma tensão resultante significativamente maior no maciço como um todo,
reduzindo drásticamente os fatores de segurança e pondo em risco toda a operação da
mina, como podemos observar na imagem 13 a seguir.

Imagem 13: Ilustração da distribuição do Fator de Segurança em torno da escavação

Vale ressaltar que valores de fator de segurança baixos como 0.4, que podemos observar
no entorno da escavação, são extremamente baixos e para a operação de qualquer tipo
de escavação, deveriamos ter um valor de FS no mínimo 4 vezes maior. Portanto,
podemos concluir com essa simulação que a distância entre as escavações é um fator
crucial para qualquer operação subterrânea e quanto maior essa distância, maior o fator
de segurança e sua estabilidade.

6. Simulação 5: Túnel horizontal de secção quadrada

Nesta simulação, temos um túnel horizontal de secções quadradas, de


lado=a, escavado a 2000m de profundidade, com HSR=OPSR=0,333.

Como os valores das tensões são desconhecidos, foi necessário utilizar o


método de análise de tensões em situ gravitacional, diferentemente das

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análises feitas anteriormente, e os resultados estão exemplificados nas
seguintes imagens.

Imagem 14: Ilustração da distribuição de tensões σ 1 em torno da escavação

Imagem 15: Ilustração da distribuição de tensões σ 3 em torno da escavação

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Imagem 16: Ilustração da distribuição de tensões σ z em torno da escavação

Imagem 17: Ilustração da distribuição do Fator de Segurança em torno da escavação

Analisando as imagens, podemos perceber que a distribuição das tenções não é


homogênea em torno da escavação, mas sim concentrada no eixo y, principalmente na
região do teto e do piso da escavação, e isso se dá principalmente pelo formato da
mesma. Podemos notar, segundo a imagem 17, que o fator de segurança no teto da
escavação é de aproximadamente 0,20 em diversos pontos, assim como no piso dela, o
que indica prováveis fraturas na estrutura e desabamento iminente da escavação.

Quanto á comparação à teoria, foram utilizadas as seguintes fórmulas para os cálculos


das tensões em situ:
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𝑣
σv = ϒ𝑧 e σh = 1−𝑣 ∗ σv

Resolvendo as duas equações, foram obtidos os seguintes resultados:

σv=48 MPa

σh=16 MPa

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