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OBJETIVO – 01 – Entender as leis de Newton

O movimento ocorre em todo lugar ao seu redor - pessoas andando, carros sendo dirigidos nas estradas, aviões
voando, água fluindo nos rios, bolas sendo arremessadas etc.
 As três leis de Isaac Newton explicam todos os tipos de movimento.
A primeira lei de Newton de movimento – A Lei da Inércia
A 1º lei de Newton diz que um corpo tende a permanecer em repouso ou em uma velocidade linear constante, exceto
quando forçado por uma força externa a mudar esse estado. Ou seja, isso significa que é preciso de uma força
necessária para começar, parar, diminuir ou aumentar a velocidade, ou alterar a direção do movimento linear.
A aplicação da primeira lei de Newton para o movimento rotacional afirma que um corpo tende a permanecer em
repouso ou em uma velocidade angular constante ao redor de um eixo de rotação a menos que levado a mudar seu
estado por um torque externo. Isso significa que é preciso um torque para iniciar, parar, aumentar ou diminuir a
velocidade ou alterar a direção do movimento rotacional. Se o movimento é linear ou rotacional, a primeira lei de
Newton descreve o caso no qual o corpo está em equilíbrio. Um corpo está em equilíbrio estático quando suas
velocidades linear e rotacional são zero - o corpo não está em movimento. Reciprocamente, o corpo está em equilíbrio
dinâmico quando sua velocidade linear e rotacional não é zero, mas é constante. Em todos os casos de equilíbrio, as
acelerações linear e rotacional do corpo são zero.
o Um corpo em movimento tende a permanecer em movimento retilíneo e na mesma velocidade se sobre
ele não atuar nenhuma força; assim como um corpo em repouso tende a permanecer em repouso na ausência da
atuação de força sobre ele.
Em termos de movimento humano, inércia denota resistência à aceleração ou à desaceleração. Inércia é a tendência
do estado atual a manter-se inalterado, quer o segmento do corpo em questão esteja se deslocando a uma determinada
velocidade quer esteja imóvel.
Os músculos produzem a força necessária para iniciar, interromper, acelerar ou desacelerar o movimento, ou para
alterar a direção do movimento. Em outras palavras, inércia é a relutância à mudança de estado, que somente pode
ocorrer mediante a atuação de uma força. Quanto maior a massa de um objeto, maior a sua inércia.
Consequentemente, quanto maior a massa, maior a força necessária para alterar significativamente a inércia de um
objeto.
A 2º Lei de Newton – Lei da Aceleração
A 2ºlei de Newton traz que a aceleração linear de um corpo é diretamente proporcional à força que a causa, tomando
a mesma direção na qual a força age, e é inversamente proporcional à massa do corpo. Essa lei gera uma equação que
relaciona força (F), massa (m) e aceleração (a) -> F= m . a (essa equação define a relação entre força e aceleração);
Considera uma relação de causa e efeito, onde a força (F) pode ser considerada como uma causa porque representa
um impulso ou arranque exercido sobre um corpo. E m x a, representa o efeito desse impulso ou arranque.
Nesta equação, F corresponde à soma de, ou agrupa, forças que agem sobre um corpo. Se a soma das forças atuantes
sobre um corpo é zero, a aceleração também é zero e o corpo está em equilíbrio linear. Onde este caso é descrito pela
primeira lei de Newton. Se, no entanto, a rede de força produz aceleração, o corpo irá acelerar na direção da força
resultante. Neste caso, o corpo não estará mais em equilíbrio.

A 3º Lei de Newton – Lei da Ação e Reação


A 3º afirma que a cada ação corresponde a uma reação igual e de sentido contrário; em que a intensidade da reação é
sempre igual à intensidade da ação, e ocorre no sentido oposto (ex. quando uma pessoa pula sobre uma cama elástica;
a AÇÃO é pular, empurrando a cama elástica para baixo; e a REAÇÃO vai ser o impulso da cama elástica, com a mesma
força que empurra a pessoa na direção oposta à qual ela pulou – então quanto mais forte pular, maior será o impulso).
Lembrar que não há movimento sem força! Existe basicamente 2 tipos de força que causam o movimento do corpo
humano.
1- As forças podem ser internas: com a contração muscular, a contenção ligamentar ou a sustentação óssea;
2- As forças externas: como a gravidade ou qualquer resistência aplicada externamente, como o peso, o atrito
e assim por diante.
OBJETIVO – 02 – Discutir os princípios da biomecânica
A biomecânica está dividida em:
Estática-> vai estar relacionada ao estudo dos fatores associados a sistemas imóveis e moveis (corpos
parados, ou movimentos constantes).
Dinâmica-> vai estudar fatores associados a sistemas moveis (corpos que aceleram e desaceleram, e
mudam suas direções e para isso eles precisam de força que os movam) e pode ser dividida em:
 Cinética: a qual engloba as forças que produzem o movimento em um sistema (ela investiga essas forças e
quem levam esses corpos a se mover);
Se concentra nas forças que produzem o movimento ou resistem a ele;
 Cinemática: abrange os aspectos relativos ao tempo, ao espaço e a massa (vai descrever esses movimentos
desses corpos;
Preocupa-se com os tipos de deslocamento ou movimento sem se relacionar com as forças que produzem esse
movimento.
Cinemática é o ramo da mecânica que descreve o movimento de um corpo sem se preocupar com as forças ou os
torques que podem produzi-lo. Na biomecânica, o termo corpo é utilizado de forma flexível para descrever um corpo
inteiro ou de uma de suas partes ou segmentos. De modo geral, existem dois tipos de movimento: translação e rotação.
- A translação descreve um movimento linear, sendo que todas as partes de um corpo se movem paralelamente a todas
as outras e na mesma direção. Pode ocorrer em linha reta (retilínea) ou em curva (curvilínea).
- A rotação é definida como movimento em que um corpo rígido se move de forma circular ao redor de um pivô central,
o qual é tido como eixo de rotação para o movimento angular. Para a maioria das articulações, o eixo de rotação está
situado no interior das articulações.
Ao analisarmos o movimento do corpo humano, observamos que ocorre a translação do centro de massa, o qual está
localizado imediatamente anterior ao sacro.
- A artrocinemática descreve o movimento que ocorre entre as superfícies articulares, pois existem três movimentos
fundamentais entre as superfícies articulares curvas: rolamento, deslizamento e giro. No movimento de rolamento,
ocorre o contato entre múltiplos pontos de uma superfície articular em rotação com a outra superfície; já no
movimento de deslizamento, ocorre o contato de um único ponto de uma superfície articular com múltiplos pontos da
outra superfície articular e, por último, o movimento de giro no qual um único ponto na superfície articular faz contato
com um único ponto em outra superfície.
 A biomecânica ela se apropria desses conceitos da mecânica, principalmente da dinâmica – cinemática e
cinética, juntamente com os conhecimentos da cinesiologia – que a anatomia funcional/anatomia do movimento.
CONCEITO: A Biomecânica examina o corpo humano e seus movimentos, fundamentando-se nas leis, princípios e
métodos mecânicos e conhecimentos anatomo-fisiológicos.
 A biomecânica, portanto, é uma das ferramentas de análise do movimento, cujo propósito é alcançar a
eficiência do movimento, isto é, realizar o movimento correto com uma melhor relação entre gasto metabólico e
gasto mecânico.
 A biomecânica descreve, analisa e modela os sistemas biológicos, com o propósito de explicar como as
formas de movimento dos corpos dos seres vivos acontecem na natureza a partir de parâmetros cinemáticos e
dinâmicos.
Essa definição serve para qualquer profissional de biomecânica, como o dentista, ortopedista, o fisioterapeuta que vai
estuda as forças a serem exercidas pelos aparelhos de tração, para levar a uma recuperação de uma determinada
amplitude articular.
 A biomecânica estuda os movimentos (cinemática) e o que os gera (força cinética) a partir dos parâmetros
da mecânica.
O seu objetivo é analisar o movimento em diferentes aspectos. Naturalmente, esses aspectos são amplamente
dinâmicos e devem admitir avanços científicos que colaborem para o crescimento da própria biomecânica.

OBJETIVO – 03 – Compreender torque, potência, centro de massa e força


 Força
Os músculos são a principal fonte de força que produz ou altera os movimentos de um segmento do corpo, de todo o
corpo ou de um objeto arremessado, atingido ou parado. As forças empurram ou puxam um objeto na tentativa de
afetar o seu movimento ou a sua forma. Sem a atuação das forças sobre os objetos, não há movimento. A força é o
produto da massa multiplicada pela aceleração. A massa de um segmento do corpo ou de todo o corpo multiplicada
pela velocidade de aceleração determina a força.
A força pode ser de empurrar – que vai produzir compressão; ou de puxar – que produz tensão (tração); o movimento
ocorre se um lado empurrar – ou puxar, com maior intensidade que o outro.
As forças são grandezas vetoriais. Uma grandeza vetorial descreve tanto a magnitude quanto a direção. Uma pessoa que
puxa um objeto pesado com uma corda é um exemplo de vetor. A tensão na corda representa a magnitude do vetor, e a
direção da tração representa a direção do vetor.
Uma força vetorial pode ser representada graficamente por uma linha reta que apresenta comprimento e direção
apropriados. A Figura 8.2 mostra duas pessoas que representam P forças) empurrando uma cômoda, mas em direções
perpendiculares. As características da força são:
 Torque
 É a grandeza física relacionada a rotação de um corpo sobre a qual é aplicada uma força; sempre vai ter um
eixo de rotação (um ponto onde o sistema gira/rotacional)
É conhecida como momento de força, ou seja, é a capacidade da força de produzir rotação em torno de um eixo; o
torque pode ser considerado uma força rotatória; ele corresponde à magnitude da força necessária para que uma
contração muscular promova o movimento de rotação articular.
O torque possível depende da intensidade (magnitude) da força e da distância perpendicular entre a linha de tração da
força e o eixo de rotação; essa distância perpendicular é denominada braço de momento ou braço de torque. Portanto,
o braço de momento de um músculo é a distância perpendicular entre a linha de tração do músculo e o centro da
articulação (eixo de rotação).
O torque é máximo quando o ângulo de tração é igual a 90°, e diminui à medida que o ângulo da tração diminui ou
aumenta em relação à posição perpendicular; e nenhum torque é produzido se a força está direcionada exatamente no
eixo de rotação (embora isso não seja possível no caso de um musculo, chega muito perto – ex. a contração do musculo
bíceps braquial em extensão total ou quase total do cotovelo produz um torque muito pequeno; isso vai acontecer pois
a distancia perpendicular entre o eixo da articulação e a linha de tração é muito pequena. Além disso, essa força gerada
pelo músculo é basicamente uma força de estabilidade, em que quase toda força gerada é direcionada de volta a
articulação, aproximando assim, os dois ossos.
Por outro lado, quando o ângulo de tração é de 90° (Figura 8.10A), a distância perpendicular entre o eixo da articulação
e a linha de tração é muito maior. Assim, a força gerada pelo músculo é basicamente uma força angular, ou força de
movimento, em que a maior parte da força gerada é rotatória, e não estabilizadora da articulação.
Durante a contração de um músculo ao longo de sua amplitude de movimento (ADM), a magnitude da força angular
ou estabilizadora varia. À medida que aumenta a forca angular do músculo, diminui a força estabilizadora e vice-versa. A
90°, ou a meio caminho da amplitude, a força angular do músculo é máxima. Além de 90°, a força estabilizadora torna-
se uma força de deslocamento, porque a força é direcionada a se afastar da articulação (Figura 8.10C). Nas Figuras 8.10B
e C, quando as forças estabilizadora e de deslocamento estão aumentando, a força angular (de rotação) está
diminuindo. Em outras palavras, um músculo é mais eficiente em movimentar, ou rodar, uma articulação quando a
articulação forma um ângulo igual ou próximo a 90°. A eficiência de movimento ou rotação é menor quando o ângulo da
articulação está no inicio ou perto do fim da amplitude de movimento. Alguns músculos têm uma força estabilizadora
muito maior que a força angular durante toda sua amplitude de movimento e, portanto, são mais eficazes na
estabilização do que na movimentação da articulação.
O músculo coracobraquial da articulação do ombro é um bom exemplo (ver Figura 10,17). Sua linha de tração é
principal- mente vertical e está muito próxima do eixo da articulação do ombro, portanto, tem um braço de momento
muito curto, o que torna este músculo mais eficaz na estabilização da cabeça do úmero na cavidade glenoidal durante a
movimentação da articulação do ombro.
A força angular do músculo quadríceps femoral é aumentada pela presença da patela. A patela, um osso sesamoide
encapsulado no tendão, aumenta o braço de momento do referido músculo, mantendo seu tendão afastado do fémur.
Isso modifica o ângulo de tração e possibilita que o músculo tenha maior força angular (Figura 8.11A). Sem a patela, o
braço de momento é menor, o que torna a linha de tração do músculo mais vertical e grande parte da força do músculo
quadríceps femoral é direcionada para a articulação (Figura 8.11B). Embora isso favoreça a estabilidade, não é eficaz
para o movimento. Para que haja movimento eficaz do joelho, é essencial que o músculo quadríceps femoral produza
uma grande força angular.
 Em resumo, se o braço de momento é maior, então a força angular (ou seja, o torque) também é maior. O
braço de momento vai ser determinado pela medida da distância perpendicular entre o eixo da articulação e a linha
de tração do músculo. Se o ângulo da articulação estiver próximo de 0° (quase reto), o braço de momento é
pequeno e a força é uma ação estabilizadora que aproxima os dois ossos da articulação . Se o ângulo da articulação
estiver mais próximo de 180° (flexão completa), o braço de momento é pequeno e a força está deslocando, ou seja,
afastando os dois ossos um do outro. Se o ângulo da articulação estiver no meio de sua amplitude movimento, o
braço de momento é máximo, e a capacidade de mover a articulação também é máxima. O braço de momento, o
tamanho do músculo e a força contrátil do músculo determinam o quanto o músculo é eficaz na movimentação da
articulação.
 Estabilidade:
Quando um objeto está estabilizado, todos os torques que agem sobre ele são iguais e diz que ele está em Estado de
equilíbrio. A segurança ou a precariedade desse estado de equilíbrio depende principalmente da relação entre o centro
de gravidade do objeto e sua base de sustentação.
A gravidade é a atração mútua entre a terra e o objeto; A força gravitacional é sempre vertical, de cima para baixo, em
direção ao centro da Terra.
Na prática, a força gravitacional aponta sempre em direção ao solo, Centro de gravidade (CG) é o ponto de equilíbrio
de um corpo no qual o torque é igual de todos os lados. Também é o ponto de interseção dos planos do corpo humano.
No corpo humano, o CG está localizado na linha mediana, aproximadamente no mesmo nivel que a segunda vértebra
sacral do adulto, embora um pouco anterior em relação à vértebra. Como as proporções do corpo variam com a idade, o
CG = haja da criança é mais alto que o do adulto. Para demonstrar isso, passe o braço direito sobre a cabeça e toque a
orelha esquerda (Figura 8.13A). Após, peça a uma criança de 3 anos para fazer o mesmo. Nota-se que enquanto você
consegue tocar a orelha com facilidade, a mão da criança só chega até a região superior entre da cabeça (Figura 8.13B).
A cabeça da criança é proporcional mente muito maior que os braços e o restante do corpo.
Vale lembrar que a proporção altura-envergadura ganhou fama com a ilustração de Leonardo da Vinci. No adulto, o
Engulo comprimento dos braços estendidos (envergadura) é igual à sua altura (Figura 8.14).
 Centro de massa
Cada corpo possui um ponto chamado de centro de massa, sobre o qual a massa é uniformemente distribuída em
todas as direções. Ao ser exposto à gravidade, o centro de massa de um corpo coincide rigorosamente com o centro de
gravidade. Por definição, o centro de gravidade é o ponto sobre o qual os efeitos da gravidade estão perfeitamente
equilibrados. O centro de massa de um corpo em posição anatômica decai sobre a segunda vértebra sacral, todavia essa
posição se altera conforme a pessoal muda de posição.
Cada segmento do corpo humano possui um centro de massa definido. A localização do centro de massa dentro de
cada segmento isolado (exemplo: coxa, perna e pé) permanece fixa, aproximadamente no seu ponto médio; em
contrapartida, o centro de massa do membro inferior como um todo altera sua localização conforme ocorre o
movimento.

OBJETIVO – 04 - Relacionar os princípios da biomecânica com a prática na fisioterapia


Biomecânica pode ser considerada uma parte inerente à Fisioterapia, pois, ao lidar com disfunções do movimento, a
Fisioterapia precisa da descrição desta, feita pela cinemática. Uma cinemática anormal precisa ser explicada pelas forças
atuantes sobre o corpo, geradoras do movimento. Para isso, princípios da cinética precisam ser considerados.
 A cinemetria é um método de medição cinemática que busca, a partir da aquisição de imagens da execução
do movimento, observar o comportamento de variáveis dependentes, tais como: velocidade, aceleração,
deslocamento, posição e orientação do corpo e seus segmentos. O instrumento básico para medidas cinemáticas é
baseado em câmeras de vídeo que registram o movimento, e então, por meio de sistemas específicos de análise, as
variáveis cinemáticas podem ser obtidas.

A biomecânica ela tem origem da área da mecânica dentro da física,


A toda ação se tem uma reação de mesma intensidade, de mesma direção e sentido oposto.

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