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Wilhelm Reich viveu entre anos de 1897 à 1957, natural da Galícia foi médico
e psicanalista. No ano 1918 ingressou na escola médica e terminou os seus estudos no
ano 1922. O interesse pela sexualidade levou-o a ter um encontro com a psicanálise e a
ser discípulo de Freud.
1
Definição da teoria da personalidade
Muitos e de muitas formas foi definida a pessoa, mas a definição mais aceite de
pessoa é de severino Boécio. Para ele a pessoa é uma substância individual dotada de
razão. Essa individualidade manifesta-se nas diversas formas de reacções, aquilo que
lhe é característico quanto ao agir e ao reagir aos estímulos que lhe é específico. No dia-
a-dia notamos facilmente essa individualidade porque cada um tem a sua maneira de
expressar, de falar, de reagir, de agir, de comer, de pensar, de se viciar, de se comportar,
etc., ou seja, tudo varia de indivíduo para indivíduo.
1
Cfr. PINILLOS, Luís José, princípios de psicologia. 8ª ed. Madrid: alianza universidad, 1980. p. 599.
2
Cfr. GONZÁLEZ, Lucas; LUAKUTI, Hélder, personalidade obsessivo-compulsiva. P.2.
3
Cfr. PERVIN, Lawrence A; JONH, Oliver P. trad. Ronaldo Costa. Personalidade: teoria e pesquisa.
8ªed. Porto alegre: artmed, 2004. P.23.
2
Na verdade, em determinados momentos da história da psicologia, a maneira
de entender a pessoa, a sua natureza, as suas actividades e o seu estado foi variando
porque cada psicólogo olha ou entende a pessoa de forma diferente; isto influenciou nas
diversas teorias da personalidade. De facto, todas as teorias procuram responder ou
descobrir três coisas fundamentais: o “que”, o “como” e o “porque”. Assim, conhecer as
características das pessoas (que), conhecer o que determina a personalidade de um
indivíduo (como), e conhecer os motivos que impulsionam o comportamento do
indivíduo (porque).
Como resultado dos seus primeiros trabalhos, Wilhelm percebeu que, quando
um paciente esta deitado, fala livremente, e quando o seu corpo começa a expressar-se,
ele tomado de raiva, a mesma raiva é notada por causa das alterações físicas como os
olhos vermelhos e também o tamanho do pescoço é diferente. Depois desta análise, a
maneira como se sentava um paciente, como falava, como se vestia, como andava
passou a ter um valor importante, ou seja, não se analisava só o conteúdo verbal, senão
também as expressões do corpo enquanto fala, pois, as palavras podem mentir, mas o
comportamento não mente.4
3
Carácter: é a composição de atitudes habituais de uma pessoa e da forma
como ele responde às várias situações firmemente, quer dizer, aquilo que fazemos no
nosso dia-a-dia e a maneira como nos resistimos às diversas situações do dia. Todos os
valores e atitudes conscientes como timidez, agressividade, postura e movimentos
permanentes (mexer a mão enquanto se fala) fazem parte do carácter. Como
consequência, passou-se a analisar o carácter e a natureza do paciente e não os seus
sintomas.5
5
Cfr. FADIMAN, James; FRAGER, Robert, trad. Camila Pedral Sampaio. teorias da personalidade. P.
92
4
O diafragma: é composto pelo mesmo diafragma, pelo estômago, o
plexo solar, vários órgãos internos e músculos ao longo das vértebras
torácicas baixas6. É responsável por dificultar a saída do ar.
6
Cfr. FADIMAN, James; FRAGER, Robert, trad. Camila Pedral Sampaio. teorias da personalidade. P.
97.
7
Cfr. Ibidem. P. 98.
5
muscular, porque antes de se romperem as couraças musculares não se sente com
frequência essas sensações, isto é, são raras essas sensações.
8
Cfr. PERVIN, Lawrence A; JONH, Oliver P. trad. Ronaldo Costa. Personalidade: teoria e pesquisa.
P.24.
6
Traço psicopata: refere-se às pessoas com características de
manipuladoras, boas negociantes e que negam os seus próprios
sentimentos e os sentimentos dos outros.
7
ser amado, e, caso não o fizermos, somos rejeitados. Nesta fase
desenvolve-se o traço psicopático.
Fase dos 5 anos: é fase em queremos toda a atenção dos nossos pais,
de modo especial da nossa mãe. Queremos tudo para nós e passamos a
disputar a atenção da mãe com os nossos irmãos mais novos ou mais
velhos. Nesta fase desenvolve-se o traço rígido.
Patologia
Ora, quando falamos de patologia, estamos a referir-nos à doença. Wilhelm fala
da neurose e da psiconeurose. Para ele, a neurose é uma doença gerada por
determinadas condições sociais e a psiconeurose tem como causa a estagnação da libido
no corpo. Quanto à psiconeurose, a descarga da libido por meio do orgasmo genital em
adultos é a solução, quer dizer, os órgãos genitais se encarregaram de descarregar a
libido acumulada.9
Por outro lado, a terapia da análise do carácter é aquela que vê a personalidade
como um todo, a mesma busca analisar não só os sintomas, mas também os traços do
carácter. Wilhelm ao se aperceber que muitas pessoas tinham os sentimentos naturais
destruídos e distorcidos, os sentimentos sexuais inibidos, e que dificilmente atingiam o
orgasmo ou a satisfação completa, criou a terapia com a finalidade de romper com as
couraças musculares que são as responsáveis pela destruição e pela inibição dos
sentimentos. A perda da couraça muscular, por intermédio dessa terapia, permitirá que
haja energia em todo o corpo de forma livre e homens livres e soltos para atingir o
orgasmo.
9
Cfr.ALBERTINI, Paulo, na psicanálise de Wilhelm Reich. São Paulo, 2015. P. 62.
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Conclusão
Muitas vezes nos martirizamos pelo facto de não percebermos o porque de ser
“não carinhosos” com as pessoas, ou o ser um manipulador. A nossa forma pensar, a
nossa estrutura física, os medos que temos, na análise do carácter nos é ajudado a
perceber que são fruto dos traumas vividos na nossa infância. A partir de um
movimento corporal do paciente, o terapeuta identificará os seus traumas e a sua
doença. Enfim, o nosso corpo revela muitas vezes o nosso mundo interior, os nossos
sentimentos, a nossa personalidade, os conflitos internos e os desejos que são sufocados
por nós.
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Referências bibliograficas
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