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Direito Administrativo Diferencas Praticas Entre Cargos Empregos e Funcoes Publicas
Direito Administrativo Diferencas Praticas Entre Cargos Empregos e Funcoes Publicas
Sumário
INTRODUÇÃO.....................................................................................................................3
4. CONCURSO PÚBLICO.................................................................................................10
6. RESUMO........................................................................................................................16
7. QUESTÕES COMENTADAS.........................................................................................17
GABARITO........................................................................................................................43
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Renato Borelli
Juiz Federal do TRF1. Foi Juiz Federal do TRF5. Exerceu a advocacia privada e pública. Foi servidor
público e assessorou Desembargador Federal (TRF1) e Ministro (STJ). Atuou no CARF/Ministério da
Fazenda como Conselheiro (antigo Conselho de Contribuintes). É formado em Direito e Economia, com
especialização em Direito Público, Direito Tributário e Sociologia Jurídica.
INTRODUÇÃO
Olá!
Você sabe quais são as diferenças existentes entre cargos, empregos e funções públicas?
No estudo de hoje, iremos abordar as diferenças mencionadas não apenas sob a ótica
legal, mas também doutrinária e jurisprudencial! Ao final, temos uma bateria de 30 (trinta)
questões de concursos públicos, todas comentadas, para melhor fixação do conteúdo.
Vamos lá?
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de Mello, entre outros, essa visão mais moderna não é compartilhada, dado que entendem
que os juízes não seriam agentes políticos em razão de não terem a atribuição de definir as
políticas públicas ou a possibilidade de serem eleitos.
Outra categoria de agentes públicos é a dos particulares em colaboração com o Poder
Público. Nessa classe encontram-se as pessoas físicas que prestam serviços ao Estado,
sem vínculo de trabalho, com ou sem remuneração. Exemplos:
a) titulares de serviços notariais e de registro público não oficializados;
b) jurados;
c) convocados para prestar serviço eleitoral etc.
A terceira categoria de agentes públicos é composta pelos militares, que, anteriormente
ao advento da EC nº19/1998, eram tratados como “servidores militares”. São militares aque-
les que prestam serviços às Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica), às Polícias
Militares ou aos Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, Distrito Federal e territórios,
sob vínculo jurídico estatutário e com remuneração paga pelos cofres públicos. Em que pese
se submeterem a um regime jurídico indiscutivelmente estatutário (disciplinado em lei), os
militares se submetem a regras jurídicas diversas daquelas aplicadas aos servidores civis
estatutários, o que justifica o enquadramento numa categoria própria de agentes públicos.
Sem prejuízo da legislação específica a que estão submetidos, a Constituição Federal
assegurou aos militares alguns direitos sociais conferidos aos trabalhadores em geral, quais
sejam: 13º salário, salário-família, férias anuais remuneradas com acréscimo de pelo menos
um terço da remuneração normal; licença à gestante com a duração de 120 dias; licença-
-paternidade e assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até cinco
anos de idade em creches e pré-escolas.
Além disso, submetem-se por força constitucional a algumas regras próprias dos servi-
dores públicos civis: teto remuneratório, irredutibilidade de vencimentos, proibição de vincu-
lação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para efeito de remuneração e
proibição de que acréscimos pecuniários já auferidos repercutam no cálculo de novos acrés-
cimos pecuniários.
Não obstante tais semelhanças, aos militares são aplicadas vedações que constituem,
em regra, direito dos demais agentes públicos, como são os casos da sindicalização, da
greve e, quando em serviço ativo, da filiação a partido político.
Por fim, temos os servidores públicos (servidores civis). Em sentido amplo, servidor
público são todas as pessoas físicas que prestam serviços às entidades federativas ou as
pessoas jurídicas da Administração Indireta em decorrência de relação de trabalho e com
remuneração paga pelos cofres públicos, integrando o quadro funcional dessas pessoas
jurídicas.
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No caso de cargos do Poder Legislativo, a criação não depende propriamente de lei, mas
de uma norma que, apesar de possuir a mesma hierarquia de uma lei, não depende de deli-
beração executiva (sanção ou veto do chefe do Executivo). Tais normas, em regra, denomi-
nam-se “Resoluções”, configurando verdadeiras “leis sem sanção”.
É também a norma criadora do cargo que define a denominação, as atribuições e a remu-
neração correspondentes.
Questão de grande relevância é a iniciativa da lei que cria, extingue ou transforma cargos.
No caso dos cargos do Executivo, a iniciativa é privativa do chefe desse Poder (CRFB, art.
61, § 1º, II, “a”). Já em relação aos cargos da estrutura do Poder Judiciário, dos Tribunais
de Contas e do Ministério Público a lei em questão será de iniciativa dos respectivos Tribu-
nais ou Procuradores-Gerais (para o Ministério Público). Quanto ao Legislativo, como foi dito
anteriormente, os cargos serão criados, extintos ou transformados por atos normativos inter-
nos desse Poder (Resoluções), cuja iniciativa é da respectiva Mesa Diretora.
Antes da EC 32/2001, os cargos e as funções públicas só podiam ser extintos por lei.
Todavia, a referida emenda constitucional alterou a redação do art. 84, VI, “b”, da CF, pas-
sando a admitir que o Presidente da República possa extinguir funções ou cargos públicos
por meio de decreto, quando os cargos ou funções se encontrarem vagos.
Aplicando-se o princípio da simetria, tem-se por consequência que os Governadores e
Prefeitos também podem extinguir por decreto funções ou cargos públicos vagos nos Esta-
dos, Distrito Federal e Municípios, se houver semelhante previsão nas respectivas Constitui-
ções Estaduais ou Leis Orgânicas.
Em outras palavras, os cargos ou funções públicas, embora sejam criados por lei, podem
ser extintos por lei ou por decreto do chefe do Poder Executivo, se estiverem vagos. Res-
saltamos que, se o cargo estiver ocupado, só poderá ser extinto por lei, não se admitindo a
edição de decreto com essa finalidade.
Os cargos podem ser organizados em carreira ou isolados. Os cargos organizados em
carreira são aqueles cujos ocupantes podem percorrer várias classes ao longo da sua vida
funcional, em razão da progressão do servidor na carreira. Por exemplo, a carreira de médico
de determinado órgão pode ser dividida em três classes funcionais: 1ª, 2ª e 3ª Classes, de
modo que a antiguidade e o merecimento do profissional sirvam como critérios para a suces-
siva progressão entre tais classes. Já os cargos não organizados em carreira são chamados
de cargos isolados, não permitindo a progressão funcional dos seus titulares.
No tocante às garantias e características especiais que lhe são inerentes, os cargos
podem ser classificados em:
a) vitalícios;
b) efetivos; e
c) comissionados.
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O art. 37, I, da Constituição Federal, com redação dada pela EC 19/1998, estabelece
atualmente que “os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei”.
Vale a pena registrar que a referida emenda constitucional, ao alterar a redação do art. 37,
I, da CRFB, passou a admitir, de modo geral, a possibilidade de estrangeiro ocupar cargo,
emprego e funções públicas, na forma da lei. Todavia, conforme já decidiu o Supremo Tribu-
nal Federal, a norma constitucional que confere esse direito ao estrangeiro é de eficácia limi-
tada (depende de regulamentação para produzir efeitos); portanto, não é autoaplicável (RE
544.655-AgR, Rel. Min. Eros Grau, j. 09.09.2008, 2ª Turma, DJE 10.10.2008).
Embora na redação original do dispositivo constitucional referido não houvesse menção
aos estrangeiros, já se admitia à época que estes fossem contratados temporariamente em
caso de excepcional interesse público, com base no art. 37, IX, da CF. Tanto assim que a Lei
8.745/1993, confirmando essa tese e regulamentando essa hipótese, estabeleceu, no art.
2º, V, a possibilidade de a Administração Direta Federal, assim como as autarquias e funda-
ções públicas federais, admitirem professor e pesquisador visitante estrangeiro, em caso de
necessidade temporária de excepcional interesse público.
Na esteira da evolução constitucional sobre o assunto, a Emenda Constitucional 11/1996
incluiu dois parágrafos no art. 207, passando a admitir a possibilidade de contratação de pro-
fessores, técnicos e cientistas estrangeiros pelas universidades e instituições de pesquisa
científica e tecnológica.
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Em razão dessa modificação constitucional, foi editada a Lei 9.515/1997, que incluiu o
§ 3º ao art. 5º da Lei nº 8.112/1990 (regime jurídico dos servidores públicos civis da União,
das autarquias e das fundações públicas federais), estabelecendo que “as universidades e
instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com
professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimen-
tos dessa Lei.
No tocante aos brasileiros, o art. 37, I, da Constituição Federal não faz distinção entre
brasileiros natos e naturalizados, bastando apenas que atendam aos requisitos legais para
terem a possibilidade de acesso aos cargos, empregos e funções públicas. Contudo, de
acordo com o art. 12, § 3º, da Constituição Federal, os seguintes cargos são privativos de
brasileiros natos:
a) Presidente e Vice-Presidente da República;
b) Presidente da Câmara dos Deputados;
c) Presidente do Senado Federal;
d) Ministro do Supremo Tribunal Federal;
e) carreira diplomática;
f) oficial das Forças Armadas;
g) Ministro de Estado da Defesa. É importante esclarecer que a norma constitucional que
confere aos brasileiros o direito de acesso aos cargos, empregos e funções públicas é de
eficácia contida (para os estrangeiros a norma é de eficácia limitada), o que significa que a
princípio qualquer cargo, emprego ou função pública é acessível a todos os brasileiros (res-
peitados os cargos que por disposição constitucional são privativos de brasileiros natos), mas
a legislação infraconstitucional poderá estabelecer limitações ao exercício desse direito, a
exemplo dos requisitos de idade, escolaridade etc.
O art. 37, I, da Constituição Federal estabelece que o acesso aos cargos, empregos e
funções públicas depende do preenchimento dos requisitos estabelecidos em lei, que, por
exemplo, pode estabelecer requisitos de escolaridade, idade mínima e máxima, experiência
profissional etc.
A exigência desses requisitos deve guardar previsão legal. Os nossos tribunais judiciá-
rios têm considerado que ofende a Constituição a exigência de requisitos previstos apenas
em edital de concurso público ou em ato administrativo infralegal. A título de exemplo, é pos-
sível citar o seguinte entendimento do STF: A exigência de experiência profissional prevista
apenas em edital importa em ofensa constitucional (RE 558.833-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie,
j. 08.09.2009, 2ª Turma, DJE 25.09.2009).
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4. CONCURSO PÚBLICO
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O concurso público deve ser aberto a todos os interessados, não se admitindo atualmente
os chamados “concursos internos” (ou seja, aqueles abertos apenas aos que já são servido-
res públicos), a “transferência” de servidores de um cargo para outro sem concurso público,
ou a “transformação” do cargo original em cargo diferente, com atribuições distintas daquelas
pertencentes ao cargo legitimamente ocupado. A Suprema Corte entende que todas essas
hipóteses implicam violação da Constituição Federal, já que resultam no provimento do ser-
vidor em novo cargo sem a realização de concurso público de provas ou de provas e títulos.
Atualmente, tal entendimento está cristalizado na Súmula Vinculante 43, onde foi assentado
que: “é inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se,
sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não
integra a carreira na qual anteriormente investido”.
É também do STF o entendimento cristalizado na Súmula 684, segundo o qual “é incons-
titucional o veto não motivado à participação de candidato a concurso público”.
O enunciado sumular deixa claro que o veto proibido é o arbitrário, sem qualquer fun-
damento legal, contudo é possível aquele suficientemente motivado por circunstâncias que
legalmente o justifiquem. A título de exemplo, é válido o veto à participação num concurso
para cargo policial, de interessado que, na data da solicitação de inscrição, já tenha ultrapas-
sado o limite máximo de idade para exercício do cargo pretendido. A realização de concurso
é obrigatória tanto para os cargos e empregos da Administração Direta quanto para os da
Administração Indireta, inclusive no caso das entidades regidas predominantemente pelo
direito privado (empresas públicas e sociedade de economia mista).
Em respeito à regra do concurso público, a jurisprudência tem entendido pacificamente
que, ressalvadas as exceções constitucionalmente admitidas (estudadas no tópico a seguir),
as admissões realizadas sem concurso público em data posterior à Constituição Federal de
1988 são nulas, não gerando efeitos trabalhistas. Registramos, por oportuno, que, nos casos
em que sociedade de economia mista ou empresa pública firma contrato de trabalho nulo em
virtude da ausência de concurso público e posteriormente é privatizada, a nulidade é sanada
e o contrato é convalidado desde a data da admissão, continuando a gerar seus efeitos após
a privatização. É que, como a exigência de concurso não se aplica a entidades alheias à
administração pública, seria excesso de formalismo anular-lhes os contratos trabalhistas em
virtude justamente da falta de concurso no passado.
Foi inspirado nesse raciocínio que o Tribunal Superior do Trabalho editou a Súmula 430,
com a seguinte redação: “Convalidam-se os efeitos do contrato de trabalho que, considerado
nulo por ausência de concurso público, quando celebrado originalmente com ente da Admi-
nistração Pública Indireta, continua a existir após a sua privatização”.
Mesmo que reconhecida a nulidade da admissão, para que não haja indevido enriqueci-
mento sem causa por parte do Estado, que efetivamente recebeu a prestação de serviços, os
servidores ilicitamente admitidos têm o direito ao recebimento do saldo de salários dos dias
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efetivamente trabalhados (STF, AI 680.939-AgR). Digno de nota que, além do pagamento das
horas trabalhadas, o Tribunal Superior do Trabalho tem reconhecido ao trabalhador admitido
sem concurso o direito aos valores referentes aos depósitos do FGTS (Súmula 363 do TST).
Também em virtude da exigência constitucional de concurso público, o servidor que sofre
desvio de função em data posterior à Constituição de 1988 não terá direito a ser enqua-
drado no cargo cujas atribuições indevidamente exercia, afinal, não prestou concurso para
tal cargo. No entanto, caso a remuneração desse cargo seja superior à do cargo efetivo do
servidor, ele terá direito à diferença das remunerações a título de indenização. Se assim não
fosse, também estaria configurado o enriquecimento sem causa por parte do Estado, que
seria beneficiado por pagar menos por um serviço que legalmente deve ser remunerado com
um valor mais elevado (STF, AI 594.942-AgR).
O concurso público pode ser de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e
a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei (CRFB, art. 37, II). Em outras
palavras, não se admite que o concurso seja somente de títulos. A opção pelo concurso ser
apenas de provas ou conter também o exame de títulos deve levar em consideração as atri-
buições a serem exercidas. Assim, nos cargos e empregos de menor complexidade, a exem-
plo daqueles destinados ao exercício de funções administrativas básicas, não será exigido o
exame de títulos. Em sentido contrário, em cargos como o de Juiz ou Promotor de Justiça a
avaliação dos títulos do candidato deverá se constituir em fase do concurso.
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Nos casos em que é possível a acumulação, esta pode se dar no mesmo regime ou em
regimes diversos. Vale dizer, a acumulação pode ser de dois cargos, dois empregos (cele-
tista) ou de um cargo e um emprego. Nesses termos, o Supremo Tribunal Federal decidiu que
“é possível a acumulação de um cargo de professor com um emprego (celetista) de profes-
sor. Interpretação harmônica dos incisos XVI e XVII do art. 37 da CF” (RE 169.807, Rel. Min.
Carlos Velloso, j. 24.06.1996, 2ª Turma, DJ 08.11.1996).
O conceito de cargo técnico ou científico, em razão da ausência de uma explicitação
legal, tem provocado algumas controvérsias que a doutrina e a jurisprudência têm se encar-
regado de resolver. Para o STJ, “Cargo científico é o conjunto de atribuições cuja execução
tem por finalidade investigação coordenada e sistematizada de fatos, predominantemente de
especulação, visando a ampliar o conhecimento humano. Cargo técnico é o conjunto de atri-
buições cuja execução reclama conhecimento específico de uma área do saber” (RMS 7.550/
PB, 6ª Turma, Rel. Min. Luiz Vicente Cernicchiaro, DJ 02.03.1998).
É importante registrar que, para que um cargo seja considerado “técnico” para efeito de
possibilitar a acumulação remunerada, não é suficiente que sua denominação formal conte-
nha o termo “técnico”. Por outro lado, o fato de o cargo ocupado exigir apenas nível médio
de ensino, por si só, não exclui o caráter técnico da atividade, pois o texto constitucional não
exige formação superior para tal caracterização. O que importa para que o cargo seja con-
siderado “técnico” para fins de acumulação é o desempenho de funções que exigem uma
formação específica, que não se confundem com funções rotineiras, simples e burocráticas.
Com efeito, a jurisprudência do STJ, apenas para exemplificar, tem considerado que
não se enquadram como “técnico” ou “científico” os seguintes cargos: analista técnico-jurí-
dico, técnico judiciário (nível médio), técnico de finanças e controle da Controladoria-Geral
da União, agente de polícia civil, policial militar, técnico administrativo educacional, auxiliar
administrativo, atendente de telecomunicações etc.
A respeito da hipótese de acumulação prevista no art. 37, XVI, “c”, vale o registro de que
a redação do mencionado dispositivo foi alterada pela EC 34/2001. Anteriormente, a hipó-
tese prevista era de acumulação de “dois cargos privativos de médico”. Todavia, após a EC
34/2001, a norma constitucional passou a fazer referência à possibilidade de acumulação de
“dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamen-
tadas”. Por profissionais de saúde devem ser entendidos aqueles que exercem atividade
técnica diretamente ligada ao serviço de saúde, a exemplo de médicos, enfermeiros, den-
tistas etc.
O STF já decidiu que a possibilidade da acumulação de cargos privativos de profissionais
de saúde inclui também os assistentes sociais que exercem suas funções em unidades de
saúde (RE 553.670-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, j. 14.09.2010, 2ª Turma, DJE 1º.10.2010).
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6. RESUMO
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7. QUESTÕES COMENTADAS
Para finalizar, vamos resolver mais algumas questões de prova para consolidar o assunto:
COMENTÁRIO
O STF já decidiu que a possibilidade da acumulação de cargos privativos de profissio-
nais de saúde inclui também os assistentes sociais que exercem suas funções em unida-
des de saúde:
1. O assistente social tem sua profissão regulamentada pela Lei nº 8.662/93, a qual foi ca-
racterizada como de profissional da área de saúde pela Resolução nº 383/99 do Conselho
Federal de Serviço Social (CFESS) e pela Resolução nº 218/97 do Conselho Nacional de
Saúde (CNS). 2. Ao servidor público investido em dois cargos públicos de assistente social,
demonstrada a ausência de choque entre as cargas horárias respectivas, deve ser assegu-
rado o direito à acumulação dos referidos cargos, porquanto preenchidos os requisitos exi-
gidos pelo artigo 37, XVI, "c", da Constituição Federal, a saber: compatibilidade de horários
e exercício de cargos privativos de profissionais de saúde, com profissão regulamentada.
(ARE 859682, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, julgado em 15/02/2015, publicado em
DJe-035 DIVULG 23/02/2015 PUBLIC 24/02/2015).
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COMENTÁRIO
O exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais
civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança públi-
ca. ARE 654432/GO, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes,
julgamento em 5.4.2017. (ARE-654432).
COMENTÁRIO
a) INCORRETA. Art. 37. CF III - o prazo de validade do concurso público será de até dois
anos, prorrogável uma vez, por igual período;
b) INCORRETA. Súmula 686 STF: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a ha-
bilitação de candidato a cargo público.
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c) CORRETA. Súmula 683 STF: O limite de idade para a inscrição em concurso público
só se legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela
natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.
d) INCORRETA. Súmula do STF nº 679, “A fixação de vencimento dos servidores públicos
não pode ser objeto de convenção coletiva”.
e) INCORRETA. Súmula Vinculante nº 42 STF: É inconstitucional a vinculação do reajus-
te de vencimentos de servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção
monetária.
COMENTÁRIO
a) INCORRETA. Art. 37, IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determi-
nado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;
"Nos casos em que a CF atribui ao legislador o poder de dispor sobre situações de rele-
vância autorizadoras da contratação temporária de servidores públicos, exige-se o ônus da
demonstração e da adequada limitação das hipóteses de exceção ao preceito constitucio-
nal da obrigatoriedade do concurso público". [ADI 3.237, rel. min. Joaquim Barbosa, DJE
de 19-8-2014.]
b) INCORRETA. "A redução de vencimentos de servidores públicos processados crimi-
nalmente colide com o disposto nos arts. 5º, LVII, e 37, XV, da Constituição, que abrigam,
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COMENTÁRIO
a) CORRETA. Trata-se da figura do DECRETO AUTÔNOMO, que, em âmbito estadual,
deve observância à CF/88. Assim:
"Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
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COMENTÁRIO
a) INCORRETA. A Lei nº 7.783, que dispõe sobre o exercício do direito de greve no setor
privado, indica no § único do art. 3º ser a antecedência mínima de 48 horas, sendo de 72
horas no caso de serviços essenciais, conforme ar. 13.
b) INCORRETA. Apesar de não haver uma proibição expressa na CF/88, o STF decidiu que
os policiais civis não podem fazer greve. Aliás, o Supremo foi além e afirmou que nenhum
servidor público que trabalhe diretamente na área da segurança pública pode fazer greve.
c) CORRETA. É obrigatória a participação do Poder Público em mediação instaurada pelos
órgãos classistas das carreiras de segurança pública, nos termos do art. 165 do CPC, para
vocalização dos interesses da categoria.
d) INCORRETA. A administração pública deve proceder ao desconto dos dias de paralisa-
ção decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores públicos, em virtude da
suspensão do vínculo funcional que dela decorre. É permitida a compensação em caso de
acordo. O desconto será, contudo, incabível se ficar demonstrado que a greve foi provoca-
da por conduta ilícita do Poder Público.
e) INCORRETA. O Auditor Fiscal não é proibido de fazer greve.
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COMENTÁRIO
O exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais
civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança públi-
ca. STF. Plenário. ARE 654432/GO, Rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexan-
dre de Moraes, julgado em 5/4/2017 (repercussão geral) (Info 860).
COMENTÁRIO
a) INCORRETA. O cadastro de reserva caracteriza-se como meio idôneo para o aproveita-
mento dos candidatos aprovados durante a validade do concurso. Basta analisar os atuais
editais de concurso. A maioria destes, atualmente, coloca poucas vagas nos concursos e
abre muitas vagas para o cadastro de reserva, pois a Administração Pública, ao fazer isso,
não se compromete com os candidatos aprovados para formação de cadastro reserva, já
que estes não possuem, via de regra, direito subjetivo à nomeação, mas sim mera expec-
tativa de direito.
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COMENTÁRIO
a) INCORRETA. Teto constitucional incide em cada cargo nos casos em que é permitida a
acumulação.
Art. 37 [...] da CF/88:
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibili-
dade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI (teto remuneratório do ser-
viço público): a) a de 2 cargos de professor; b) a de 1 cargo de professor com outro técnico (aquele
que depende de ensino técnico para o seu desempenho) ou científico (aquele que depende de
conhecimentos específicos obtidos pelo ensino superior para o seu desempenho); c) a de 2 cargos
ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas (ex.: médico).
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COMENTÁRIO
A questão trata da avaliação a que o servidor em estágio probatório ser sujeita. Caso se ve-
rifique que não atendeu aos seus deveres funcionais, o servidor será exonerado, devendo
haver fundamentação do ato, por não ser servidor estável. Portanto, a não estabilidade não
o impede de ser exonerado, mas também não o priva de exercer a ampla defesa.
COMENTÁRIO
De acordo com o informativo 845: "A Administração pública deve proceder ao desconto dos
dias de paralisação decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores públicos
em virtude da suspensão do vínculo funcional que dela decorre. É permitida a compensa-
ção em caso de acordo. O desconto será, contudo, incabível se ficar demonstrado que a
greve foi provocada por conduta ilícita do Poder Público".
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COMENTÁRIO
Editais de concurso público não podem estabelecer restrição a pessoas com tatuagem,
salvo situações excepcionais, em razão de conteúdo que viole valores constitucionais (STF
RE 898450).
COMENTÁRIO
a) INCORRETA. Poderá optar por permanecer no Estado. A perda da posse no cargo de
Delegado Estadual não seria automática.
b) INCORRETA. Fala-se em recondução. Sabemos que o retorno do servidor demitido é
chamado de reintegração. A recondução dá-se, por exemplo, se houver inabilitação em
estágio probatório no cargo de delegado da polícia estadual, e não foi o caso.
c) INCORRETA. Rafael ingressou legitimamente contra a União, o fato de ter assumido
outro cargo público não viola o citado princípio, já que não se trata de comportamento
contraditório do requerente. Por isso, não há o que se falar em extinção da ação.
d) CORRETA. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormen-
te ocupado quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial. No
caso sob análise, a questão fala que "ao fim do estágio probatório foi reprovado", ou seja,
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ele era estável, já que foi demitido da administração. Assim, para ser REINTEGRADO ao
cargo de Delegado Federal, deverá pedir exoneração do cargo de Delegado Estadual, por
serem incompatíveis, conforme art. 37, XVI da CF.
e) INCORRETA. Pois os cargos são inacumuláveis.
COMENTÁRIO
a) INCORRETA. Súmula vinculante 44 Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a
habilitação de candidato a cargo público.
b) INCORRETA. Concurso público. Correção de prova. Não compete ao Poder Judiciário,
no controle de legalidade, substituir banca examinadora para avaliar respostas dadas pe-
los candidatos e notas a elas atribuídas (STF RE-RG 632.853).
c) INCORRETA. A posse ou o exercício em cargo público por força de decisão judicial de
caráter provisório não implica a manutenção, em definitivo, do candidato que não atende
a exigência de prévia aprovação em concurso público (CF, art. 37, II), valor constitucio-
nal que prepondera sobre o interesse individual do candidato, que não pode invocar, na
hipótese, o princípio da proteção da confiança legítima, pois conhece a precariedade da
medida judicial.
Em suma, não se aplica a teoria do fato consumado para candidatos que assumiram o car-
go público por força de decisão judicial provisória posteriormente revista. (STF. Plenário.
RE 608482/RN, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 7/8/2014) (Info 753).
d) CORRETA. Servidor público: firmou-se o entendimento do Supremo Tribunal, no sentido
de que o desvio de função ocorrido em data posterior à Constituição de 1988 não pode
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COMENTÁRIO
A Lei nº 8.112/90 dispõe em seu art. 126 que a responsabilidade administrativa do servidor
será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.
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COMENTÁRIO
Ementa: DIREITOS CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. DIREITO DE GREVE.
SERVIDORPÚBLICO EM ESTÁGIO PROBATÓRIO. FALTA POR MAIS DE TRINTA DIAS.
DEMISSÃO.SEGURANÇA CONCEDIDA. 1. A simples circunstância de o servidor público
estar em estágio probatório não é justificativa para demissão com fundamento na sua
participação em movimento grevista por período superior a trinta dias. 2. A ausência de
regulamentação do direito de greve não transforma os dias de paralização em movimento
grevista em faltas injustificadas. 3. Recurso extraordinário a que se nega seguimento. (RE
226966/RS).
a) I
b) I e III
c) III
d) I e IV
e) II e III
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COMENTÁRIO
Assertiva I está CORRETA: Provimento originário: pressupõe a inexistência de uma rela-
ção jurídica anterior mantida entre o Servidor e a Administração. A única forma de Provi-
mento Originário é a nomeação, que pode ser realizada em caráter Efetivo ou para Cargos
de Provimento em Comissão
Assertiva II está INCORRETA: Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor ESTÁ-
VEL no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quan-
do invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de
todas as vantagens
Assertiva III está CORRETA: Art. 28 § 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual
ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou aproveitado
em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.
Assertiva IV está INCORRETA: Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor
aposentado.
I – por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da apo-
sentadoria;
II – no interesse da administração.
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COMENTÁRIO
Percebam que a questão diz respeito à impossibilidade de cumulação de proventos de apo-
sentadoria (de Juiz Federal) com remuneração de cargo público (de juiz de direito de mato
grosso). Por esta razão, o fundamento da resposta está contido no artigo 37, § 10, da CF:
§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art.
40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressal-
vados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos
em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
Dessa forma, a Constituição Federal só permite a cumulação de vencimento com provento
de aposentadoria em se tratando de: a)cargos acumuláveis; b) cargos eletivos; c) cargos
em comissão.
Cumpre informar que os cargos anunciados no caso concreto (Juiz Federal e Juiz de Direi-
to) não são acumuláveis, por força do artigo 95, parágrafo único, da CF, que veda ao Juiz
o exercício de outro cargo ou função, salvo uma de magistério.
COMENTÁRIO
O conteúdo da presente assertiva se mostra em absoluta sintonia com o teor do entendi-
mento externado pelo E. STF, por ocasião do julgamento do RE 598.099/MS, de relatoria
do Ministro Gilmar Mendes, 10.08.2011: "RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUS-
SÃO GERAL. CONCURSO PÚBLICO. PREVISÃO DE VAGAS EM EDITAL. DIREITO À
NOMEAÇÃO DOS CANDIDATOS APROVADOS. I. DIREITO À NOMEAÇÃO. CANDIDA-
TO APROVADO DENTRO DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTAS NO EDITAL. Dentro do
prazo de validade do concurso, a Administração poderá escolher o momento no qual se
realizará a nomeação, mas não poderá dispor sobre a própria nomeação, a qual, de acor-
do com o edital, passa a constituir um direito do concursando aprovado e, dessa forma,
um dever imposto ao poder público. Uma vez publicado o edital do concurso com número
específico de vagas, o ato da Administração que declara os candidatos aprovados no cer-
tame cria um dever de nomeação para a própria Administração e, portanto, um direito à
nomeação titularizado pelo candidato aprovado dentro desse número de vagas. II. ADMI-
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COMENTÁRIO
a) INCORRETA. O conceito apresentado equivale ao de cargo público.
b) CORRETA. A propósito dos cargos efetivos, confiram-se as palavras de Fernanda Ma-
rinela: “Os cargos efetivos, ao contrário dos anteriores [em comissão], contam com maior
garantia. São cargos que dependem de prévia aprovação em concurso público, a nomea-
ção é feita em caráter definitivo e o seu ocupante tem a possibilidade de, preenchidos os
requisitos constitucionais, adquirir a estabilidade (art. 41, CF)" (Direito Administrativo, 6ª
edição, 2012, p. 620). Não há dúvidas, ademais, que representam a imensa maioria dos
cargos existentes nos quadros funcionais, sendo os cargos em comissão a minoria, até
mesmo em homenagem ao princípio do concurso público.
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COMENTÁRIO
a) CORRETA. Ementa: ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CONTRATO TEM-
PORÁRIO SEM CONCURSO PÚBLICO. DEPÓSITO DE FGTS. OBRIGATORIEDADE.
PRECEDENTES. DECISÃO MANTIDA. 2. O STF entende que "é devida a extensão dos
direitos sociais previstos no art. 7º da Constituição Federal a servidor contratado tempora-
riamente, nos moldes do art. 37 , inciso IX , da referida Carta da Republica , notadamente
quando o contrato é sucessivamente renovado" (Fundo de Garantia por Tempo de Servi-
ço). (CORRETA)STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL AgRg no REsp
1434719 MG 2014/0027296-9 (STJ) Data de publicação: 02/05/2014.
b) CORRETA. Súmula 377 do STJ: O portador de visão monocular tem direito de concorrer,
em concurso público, às vagas reservadas aos deficientes.
c) CORRETA. REVERSÃO: é o retorno do servidor aposentado por invalidez quando os
motivos causadores da inatividade desapareceram. A cessação das causas do ato de apo-
sentadoria deverá ser comprovada por junta médica oficial.
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COMENTÁRIO
Literalidade do art. 37, inciso I, da CF - os cargos, empregos e funções públicas são aces-
síveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos
estrangeiros, na forma da lei.
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COMENTÁRIO
O art. 37, I da CF/88 aduz que os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangei-
ros, na forma da lei.
COMENTÁRIO
Dispõe a lei 8112/90 - Art. 13, § 3º A posse poderá dar-se mediante procuração específica.
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COMENTÁRIO
a) INCORRETA. Não depende de nenhum outro requisito, apenas idade.
b) CORRETA.
c) INCORRETA. Esse direito abrange o servidor público em estágio probatório, não poden-
do ser penalizado pelo exercício de um direito constitucionalmente garantido. Entendimen-
to respaldado pelo Poder Judiciário, conforme recente decisão da 1ª Turma do Supremo
Tribunal Federal que, em julgamento do dia 11 de novembro do ano de 2008, manteve, por
votação majoritária, acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul que
concedera a segurança para reintegrar servidor público exonerado, durante estágio proba-
tório, por faltar ao serviço em virtude de sua adesão a movimento grevista.
d) INCORRETA. Art. 40 § 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acu-
muláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentado-
ria à conta do regime de previdência previsto neste artigo. - Ou seja, no caso de acúmulo
de cargo de professor, poderá sim acumular a aposentadoria.
e) INCORRETA. Art. 40, § 1º - I - por invalidez permanente, sendo os proventos propor-
cionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia
profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei; - Ou seja, o servidor
só terá direito a aposentadoria integral se a invalidez permanente for por: acidente em ser-
viço, doença trabalhista ou moléstia grave ou incurável. Nos demais casos a aposentadoria
será proporcional ao tempo de serviço.
COMENTÁRIO
Se for prorrogado, então será sempre pelo ''mesmo'' período, nem para mais e nem
para menos.
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COMENTÁRIO
Informativo 636 do STF: Quando se afirma que a Administração Pública tem a obrigação
de nomear os aprovados dentro do número de vagas previsto no edital, deve-se levar em
consideração a possibilidade de situações excepcionalíssimas que justifiquem soluções
diferenciadas, devidamente motivadas de acordo com o interesse público. Não se pode
ignorar que determinadas situações excepcionais podem exigir a recusa da Administração
Pública de nomear novos servidores.
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COMENTÁRIO
CF/88, art 40, §§18 e 21:
"§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas
pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os be-
nefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual
ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos.
§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de
proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabele-
cido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 desta
Constituição, quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante".
COMENTÁRIO
a) CORRETA. CF, art. 37, III - o prazo de validade do concurso público será de até dois
anos, prorrogável uma vez, por igual período;
b) CORRETA. CF, art. 37, VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associa-
ção sindical;
c) INCORRETA. CF, art. 37, IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo de-
terminado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;
d) CORRETA. CF, art. 37, X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que
trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observa-
da a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma
data e sem distinção de índices;
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e) CORRETA. CF, art. 37, XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos,
exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o dispos-
to no inciso XI: a) a de dois cargos de professor;
COMENTÁRIO
a) CORRETA. CF/88, Art. 41, dispõe que: São estáveis após três anos de efetivo exercício
os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
b) INCORRETA. EMENTA: ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. INEXISTÊNCIA
DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. LEGITIMIDADE DE ALTERAÇÃO DA
FÓRMULA DE CÁLCULO DE VANTAGEM PECUNIÁRIA, DESDE QUE RESPEITADA A
IRREDUTIBILIDADE DE REMUNERAÇÃO. AGRAVO IMPROVIDO. I – A jurisprudência
desta Corte firmou entendimento no sentido de que os servidores públicos não têm direito
adquirido a regime jurídico, sendo legítima a alteração da fórmula de cálculo de vantagem
pecuniária, desde que não provoque decesso remuneratório. Precedentes. II – Agravo re-
gimental improvido. (RE n. 603.453-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, 1ª Tur-
ma, DJe de 01.02.11).
c) CORRETA. A CF/88 assim dispõe no art. 41. São estáveis após três anos de efetivo
exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concur-
so público.
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de
desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
d) CORRETA. "O regime jurídico dos ocupantes de cargos em comissão vem parcialmente
disciplinado, no âmbito federal, pela Lei n. 8.112/90 – o Estatuto do Servidor Público. Tais
cargos são acessíveis sem concurso público, mas providos por nomeação política. De
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GABARITO
1. c
2. a
3. c
4. e
5. a
6. c
7. E
8. e
9. e
10. c
11. c
12. a
13. d
14. d
15. b
16. C
17. b
18. d
19. C
20. b
21. d
22. a
23. E
24. E
25. b
26. E
27. C
28. e
29. c
30. b
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