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Aula 15

Capitulo III

Retorno da vida corpórea

A vida espiritual

I – A alma após a morte

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Reflexão: A alma depois da morte volta ao plano espiritual de onde veio. É como se estivesse
numa universidade em continuo aprendizado e, ao terminar o curso, voltasse ao campo de
trabalho maior a fim de sentir-se mais livre no exercício de suas obrigações. A carne é uma
benção de Deus que nos mostra experiencias maravilhosas. O espirito encarnado deve sempre
meditar nas comunicações dos espíritos com os homens e na reencarnação pois esse estudo
filosófico irá abrindo caminhos para novos conhecimentos da verdade. A esperança aliada à
inteligência ajuda a suportar os entraves da vida, renovando forças para vencer todos os
problemas, aprendendo a conservar a alegria em todos os momentos por saber que estamos
cercados de espíritos compatíveis com nossos pensamentos. Atraímos pelo o que somos,
nossas companhias espirituais são de acordo com nossos sentimentos, porem Deus nos
favorece com a presença dos anjos mesmo vivendo na inferioridade para despertar os nossos
valores.

Portanto, cabe a nós reconhecer que Deus é pai de amor e atentarmo-nos ao chamado divino
para acendermos a luz dentro de nós pelos processos de uma vida reta e caminhos favoráveis,
onde Jesus está sempre nos dando as mãos e nos ensinando como caminhar assim quando
desencarnarmos estaremos preparados para tal evento com serenidade e perseverança e
preparados para voltar ao mundo quantas vezes forem necessárias para nossa felicidade. E
assim vamos pedindo a Deus que nos ajude a compreender melhor os desígnios dos céus,
tornando-nos luz, servindo assim de instrumento para animar, ajudar e servir os nossos irmãos
que sofrem, os resgates da ignorância.

150, a e b.

Reflexão: quando a alma descobre que não morreu a sua alegria intensa e a sua esperança é
maior. Deseja poder voltar ao convívio de seus familiares e amigos para dar manifesto dessa
verdade. Daí o fato de alguns desses entes queridos por vezes poder vislumbra-los ou mesmo
senti-los. A alma ocupa-se de outros corpos sutis quando desencarna para a continuação da
imortalidade. Podemos permanecer com a ultima forma física que tivemos ou outra de antigas
existências terrenas. O corpo espiritual é sensível ao pensamento do espirito que, pela
vontade, pode transforma-lo como desejar. se for chamado para renascer em outro mundo o
perispírito deixa a forma que obtinha para ocupar outra mais condizente com esse novo
planeta. No entanto, devemos compreender que os corpos dos espíritos são diversos. Quanto
mais acenderem em evolução mais corpos surgem como instrumentos de sua engenhosa
personalidade. As percepções crescem pelo crescimento de seus aparelhos espirituais. Ainda é
cedo para compreender o valor e a necessidade dos corpos espirituais da alma. Se já
conhecemos alguma coisa ainda estamos no período preparatório da sabedoria espiritual. O
que importa saber é que ninguém leva para o mundo espiritual o que possui de bens terrenos,
mas sim os valores morais.

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Reflexão: alguns espiritualistas acreditam que a alma, depois do fenômeno da morte, entra no
Todo Universal e nos parece que ela se desfaz, perdendo a consciência do existir. Cabe a nós
positivar que isso não acontece. A alma não perde a sua individualidade, conservando-se
sempre. Por vezes perde a consciência temporariamente para depois retornar com toda a sua
lucidez. Não se perde os dons da vida. A doutrina dos espíritos é o consolador prometido pelo
Mestre como instrutor permanente das criaturas. Muitos dizem: “o cristo voltará” sem atinar
em como será essa volta. Ele já veio para muitos e continua a vir para os que estão maduros de
sentimentos. Ele aparece pelos processos do amor. O espirito é imortal e, como prova dessa
verdade, podemos analisar os escritos em todo o mundo, principalmente os que fundamentam
as religiões. Todas elas nasceram das comunicações dos espíritos por processos diversos. A
própria bíblia da Gêneses ao Apocalipse apresenta vários relatos de comunicações dos anjos
com os homens e essas comunicações continuam por métodos diferentes, mas são os mesmos
espíritos anunciando as mesmas coisas: que ninguém morre, que Deus é uma realidade, que
nós devemos nos esforçar para viver em paz com a consciência.

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Reflexão: a reencarnação é outra prova de que a alma continua viva depois do túmulo. A prova
mais irrecusável e evidente vibra dentro de cada criatura, segregando nas sensibilidades de
suas consciências que a vida continua em todas as direções e esta é a maior alegria do espirito
em saber que o tumulo não é o fim. Compete a cada um trabalhar nessa descoberta de si
mesmos, estudar e meditar sobre esse transcendental assunto e não esquecer de orar,
pedindo a Deus para crermos nessas verdades estabelecidas por Ele mesmo, o que tanto nos
conforma e anima. A razão, por vezes, nos dá noticia de que a alma sobrevive à chamada da
morte, mas somente a intuição nos livra de todas as dúvidas. As provas irrecusáveis são
sentidas e não aceitas por argumentos; esses as vezes nos levam a sensibilidades maiores.

153 e 153 a)

Reflexão: o espirito usa o corpo como se usam roupas: se temos necessidades de vestir vários
corpos para o seu aprumo espiritual, essa é a lei que assegura as vidas sucessivas. Alguns
pensam que a alma tem alguma forma definitiva quando nem mesmo o perispírito a tem mas
esse toma a forma que a vontade determinar, desde que essa vontade saiba o que fazer das
suas forças espirituais. Podemos comparar o espirito com a água e o ar: toma a forma que
encontra no recipiente que lhe prende a porção. Sendo a comparação fraca, dizemos que o
espirito lhe impõe a forma que desejar ao seu corpo perispiritual e esse lhe obedece qual o
corcel ao cavaleiro. Podemos estudar a nós mesmos todos os dias e isso é dever de todos os
encarnados e desencarnados, porém conhecer com mais profundidade a alma depende da
maturidade. Todos os espíritos têm sua vida eterna, basta que possamos conquistar a
felicidade eterna que é estágio de consciência imperturbável da alma. Estamos todos a
caminho, cada um na sua posição, mas todos dotados de poderes para conquistar a felicidade
e o que nos motiva é a esperança.

II – Separação da alma e do corpo

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Reflexão: essa separação é um processo comum e natural para a humanidade terrena embora
não exista um semelhante ao outro ocorrendo de pessoa para pessoa. Tal conhecimento que
vamos adquirindo em relação ao mundo espiritual a dor do espaço para a esperança e a
sensatez. Tudo o que sentimos na carne e fora dela é pelo processo mental. Na morte do
corpo os laços se desatam e não se quebram por serem eles diferentes do corpo de carne; são
altamente sensíveis e na separação se recolhem ao ponto de origem. Antes de se ligarem aos
primeiros instantes de vida o desenlace é feito por espíritos especializados gradativamente
como também acontece com a evolução da alma. Nos espíritos altamente evoluídos, eles se
desatam a si mesmos. O sofrimento é mais psicológico por estar se mudando para um lugar
“desconhecido”. Por isso se faz necessário o entendimento da vida pós morte e da infinitude
do ser. Há uma regra em relação à desistência da vida, no entanto que se responderá pela
violência que praticar contigo mesmo ou para com o próximo. A morte natural é a morte
divina onde deixamos o corpo como se soltasse um pássaro de uma gaiola. Sigamos os
ensinamentos do Mestre e nada teremos a temer. Viver no bem para morrer bem!

155 e 155a)

Reflexão: não existe violência em nenhum campo da vida. Os laços do espirito com o corpo
físico desata de acordo com aquilo que vivemos, portanto não esperemos a morte chegar para
compreender o sentido da vida espiritual. Comecemos logo com nossa educação moral a fim
de educar nossos impulsos inferiores para que eles não sirvam de espinhos nos nossos
caminhos além do túmulo.

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Reflexão: isso é possível embora raro. Depende muito da situação psíquica do espirito e isso se
dá por mérito. Exemplo: cristãos morrendo de forma trágica no coliseu, seus espíritos se
desprendiam antes do sofrimento chegar, assim como Paulo de Tarso na decapitação. É um
dever de todo pai terreno preparar os seus filhos para o desencarne assim como de os
preparar para a vida na Terra.

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Reflexão: no momento do desenlace, nossos sentidos são aguçados, podendo algumas vezes
deslumbrar o futuro, tendo pressentimento de que vai morrer quando aproxima esse
momento; sabe que vai partir e não se assusta, no entanto pode vir a sentir fortes emoções.
Raras são as criaturas terrenas que mantêm a tranquilidade nessa hora devido ao nosso estado
evolutivo. Esse processo é natural, mas somente o entenderemos quando tivermos
conhecimento da verdade que liberta da ignorância e nos prende aos liames matérias por
causa da nossa rebeldia em querer viver apegados ao materialismo. Muitos materialistas,
mesmo os mais estudiosos, têm medo desse momento, principalmente quando saem do corpo
com mais lucidez para outra vida. Conhecimento sem prática não tem mérito algum no mundo
espiritual. Somente através de nossos bons atos é que evoluímos. Há muitos espíritos
trabalhando em desdobramento com os encarnados para que o sono e os sonhos sejam algo
mais, intercalando-se com o desdobramento consciente para que a vida lhe seja mais feliz. Há
muitas escolas espirituais que desenvolvem o estudo da alma com os encarnados. Na
desencarnação os sentidos se aguçam, mas é necessário que tenhamos educação espiritual
para sabermos discernir e nos comportar nessas duras provas que nos levam a uma vida
melhor. Abracemos a fé com o Cristo pois somente assim serão iluminados todos os nossos
caminhos da vida ou na morte.

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Reflexão: no caso da lagarta poderá acontecer uma associação com a ressureição, visto que
ela transforma o próprio corpo físico em borboleta. Já no caso da reencarnação o espirito
deixa o corpo para depois renascer em outro diferente e em diferentes grupos familiares.
Devemos pedir a Deus nas orações compreensão para assimilação das verdades contidas
dentro de nós.

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Reflexão: o céu começa na Terra. O desleixado na moral sofre as consequências do seu


desleixo, mas o que viveu trabalhando o seu auto aprimoramento recebe, ao chegar no além,
o prêmio dos seus esforços e a luz de Deus dar-lhe-à a luz da vida. Coloquemos o Evangelho
em nossa vida e começaremos a melhorar. A consciência registra tudo o que se faz e, quando
se escreve nela o que está em desacordo com as vontades de Deus, os reflexos surgem por
muitos meios que chamamos de tristeza, medo, desespero, violência, orgulho, vaidade,
egoísmo, fazendo com que a nossa ignorância domine os nossos passos. Eis aí a infelicidade da
alma criada por ela mesma. Viver de acordo com a vida de Jesus não nos fará errar e
saberemos que o caminho está certo. Procuremos a leitura de livros decentes. O homem que
não gosta de leitura demora a compreender as próprias leis que o dirigem. Deus nos ajuda por
meios diferentes, mas constantes e Jesus não nos abandona, usando todos os recursos
possíveis para nos despertar para a vida do além, mesmo quando nos movemos na carne. É
certo, porém, que, se não vivermos segundo os preceitos de Deus no bem, ao chegarmos no
além pelos processos da morte do corpo, a tristeza e o arrependimento parecerão nos matar
de novo.

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Reflexão: isso pode não acontecer depende da escala espiritual que se encontrava ao
desencarnar. Isso acontece quando os que desencarnaram antes estão bem de consciência.
Podemos rever os nossos parentes e amigos que já fizeram a passagem e dos mais elevados
podemos receber ajuda para nos fortalecer e aos mais importunados prestamos auxilio mesmo
que eles não nos vejam (ver exemplo de André Luís em relação aos seus pais).
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Reflexão: se o espirito se encontra em grau de evolução suficiente, ele não perde a sua
consciência seja qual for a sua morte, o que garante a sua lucidez espiritual. Porem em quase
toda morte por desastre, a alma fica em estado de sono como permanece ligada aos restos por
tempo variável, assim como há casos em que o ser fica ligado por muitos anos ao corpo físico
em um coma por causa de uma doença e, ao morrer, continua a residir na própria casa por
apego aos bens materiais. Não se pode fazer uma escala definitiva da reencarnação, por isso
varia de pessoa para pessoa. Se queres saber o que pode acontecer contigo na desencarnação
examina a vida que levas e terás um retrato do que pode acontecer. Nossa conduta ditará
onde será a nossa nova morada e a forma como chegaremos até a ela.

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Reflexão: cada alma é um mundo diferente na sua estrutura espiritual e poucos são os que
conservam a consciência no ato da decapitação. Alguns espíritos deixam o corpo antes desse
momento (Paulo de Tarso). Outros, só de pensar no caso, já sentem tudo com antecipação,
perdendo logo a consciência, só acordando depois de muito tempo. O suplicio é uma prova na
qual a dolorosa lição, via de regra, serve de resgate redentor como carma que só o passado
pode explicar. A guilhotina foi responsável pelo rolar de muitas cabeças que no passado
fizeram compromisso com as trevas. O inventor desse instrumento de morte foi inspirado por
massa enorme de pensamentos inferiores produzidos pelos maus feitores que deveriam
morrer nele como resgate do mal que cometeram no seio da sociedade. No entanto, nem
todos os que ali estavam foram movidos por dividas de um tempo que passou. Em muitos
casos foi um processo de despertamento das criaturas. Alguns espíritos, antes de
reencarnarem, pediram esse meio para exemplificar coragem e fé, mostrando por esse fato
que existe o mundo dos espíritos e que ninguém morre. Para espíritos evoluídos qualquer
morte é um simples acontecimento como o de vestir uma roupa, por exemplo. O medo de
morrer para o ignorante vem por força instintiva de conservação e sempre passa dos limites
por falta de conhecimento da verdade. No caso de Francisco de Assis, por exemplo, ele deixou
o corpo como se deixa uma roupa suja e usada com plena consciência do seu estado de vida na
sua lucidez imperturbável. Jesus se submeteu a cruz para mostrar à humanidade que ela deve
suportar todos os problemas da vida que a dor desabrocha nos corações muitos poderes e que
as portas do céu se abrem pela dor bem compreendida. Para cumprir sua promessa ele voltou
provando que a morte não existe. A missão do espiritismo é essa também. Seja qual a maneira
pela qual fazemos a passagem vai depender da nossa própria confiança.

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