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Pessoa Física, Natural ou de Existência Visível
Tema II
1. Personalidade Jurídica.
Ente dotado de estrutura, complexidade biopsicológica. Não mais é o ente biologicamente criado, pois há métodos
artificiais de criação.
Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei
põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
2.2 Nascituro.
b) TEORIA CONCEPCIONISTA
Art. 124, CP – Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lhe provoque:
Pena: detenção, de um a três anos.
b) pode receber doação aceita pelo seu representante (curador) (Art 542 do CC);
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Art. 542. A doação feita ao nascituro valerá, sendo aceita pelo seu representante legal.
d) pode ser-lhe nomeado curador para a defesa dos seus interesses (art. 1.779 do CC);
Art. 1.779. Dar-se-á curador ao nascituro, se o pai falecer estando grávida a mulher, e não
tendo o poder familiar.
Parágrafo único. Se a mulher estiver interdita, seu curador será o do nascituro.
e) Tem direito à realização do exame de DNA, para efeito de aferição de paternidade (STF, Reclamação
Constitucional 2040 - Caso Gloria Treves / Relator: Min. Neri da Silveira/ Julgamento do Pleno/ Data: 21/02/02)
Confira-se, neste ponto, o julgado do Supremo Tribunal Federal no caso “Glória Trevis”
(Rcl 2040 QUESTÃO DE ORDEM NA RECLAMAÇÃO, Relator(a): Min. NÉRI DA
SILVEIRA, Julgamento: 21/02/2002 , Órgão Julgador: Tribunal Pleno, Publicação: DJ
DATA-27-06-2003 PP-00031 EMENT VOL-02116-01 PP-00129), em que podemos
observar a aplicação da teoria da “ponderação de interesses”, visando a dirimir
eventuais conflitos entre direitos constitucionais. Embora se buscasse, em verdade, a
apuração de um crime, o fato é que o nascituro mereceria, em nosso sentir, no caso
em tela, o beneficio da produção da prova pericial, para que, após seu nascimento,
não houvesse que carregar o peso das circunstâncias duvidosas da sua
concepção: “EMENTA: - Reclamação. Reclamante submetida ao processo de
Extradição n.º 783, à disposição do STF. 2. Coleta de material biológico da placenta,
com propósito de se fazer exame de DNA, para averiguação de paternidade do
nascituro, embora a oposição da extraditanda. 3. Invocação dos incisos X e XLIX
do art. 5º, da CF/88. 4. Ofício do Secretário de Saúde do DF sobre comunicação do Juiz
Federal da 10ª Vara da Seção Judiciária do DF ao Diretor do Hospital Regional da Asa
Norte - HRAN, autorizando a coleta e entrega de placenta para fins de exame de DNA e
fornecimento de cópia do prontuário médico da parturiente. 5. Extraditanda à disposição
desta Corte, nos termos da Lei n.º 6.815/80. Competência do STF para processar e julgar
eventual pedido de autorização de coleta e exame de material genético, para os fins
pretendidos pela Polícia Federal. 6. Decisão do Juiz Federal da 10ª Vara do Distrito
Federal, no ponto em que autoriza a entrega da placenta, para fins de realização de
exame de DNA, suspensa, em parte, na liminar concedida na Reclamação. Mantida a
determinação ao Diretor do Hospital Regional da Asa Norte, quanto à realização da coleta
da placenta do filho da extraditanda. Suspenso também o despacho do Juiz Federal da
10ª Vara, na parte relativa ao fornecimento de cópia integral do prontuário médico da
parturiente. 7. Bens jurídicos constitucionais como "moralidade administrativa",
"persecução penal pública" e "segurança pública" que se acrescem, - como bens
da comunidade, na expressão de Canotilho, - ao direito fundamental à honra (CF,
art. 5°, X), bem assim direito à honra e à imagem de policiais federais acusados de
estupro da extraditanda, nas dependências da Polícia Federal, e direito à imagem
da própria instituição, em confronto com o alegado direito da reclamante à
intimidade e a preservar a identidade do pai de seu filho. 8. Pedido conhecido como
reclamação e julgado procedente para avocar o julgamento do pleito do Ministério Público
Federal, feito perante o Juízo Federal da 10ª Vara do Distrito Federal. 9. Mérito do pedido
do Ministério Público Federal julgado, desde logo, e deferido, em parte, para autorizar a
realização do exame de DNA do filho da reclamante, com a utilização da placenta
recolhida, sendo, entretanto, indeferida a súplica de entrega à Polícia Federal do
"prontuário médico" da reclamante”.
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g) Segundo o STJ, o falecimento do nascituro ocasiona pagamento do DPVAT. Cita-se:
1. STJ/ 4 Turma/ Resp 399028/SP/ Rel Min Sálvio de Figueiredo/ Data: 26.02.02:
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- É devida correção monetária sobre o valor da indenização por dano moral fixado a partir
da data do arbitramento. Precedentes.
- Os juros moratórios, em se tratando de acidente de trabalho, estão sujeitos ao regime
da responsabilidade extracontratual, aplicando-se, portanto, a Súmula nº 54 da Corte,
contabilizando-os a partir da data do evento danoso. Precedentes
- É possível a apresentação de provas documentais na apelação, desde que não fique
configurada a má-fé da parte e seja observado o contraditório. Precedentes.
- A sistemática do processo civil é regida pelo princípio da instrumentalidade das formas,
devendo ser reputados válidos os atos que cumpram a sua finalidade essencial, sem que
acarretem prejuízos aos litigantes.
Recurso especial dos autores parcialmente conhecido e, nesta parte,
provido. Recurso especial da ré não conhecido.
- Não se podia "medir" a dor moral sofrida pela viúva e pela família, com base no fato de o nascituro não ter podido
conhecer o pai: "Maior do que a agonia de perder um pai, é a angústia de jamais ter podido conhecê-lo, de
nunca ter recebido um gesto de carinho, enfim, de ser privado de qualquer lembrança ou contato, por mais
remoto que seja, com aquele que lhe proporcionou a vida", afirmou a ministra
3. Capacidade Civil.
# Capacidade Plena ou Capacidade Jurídica Geral – Soma das duas capacidades anteriores.
# Legitimação:
Prazo?
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Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para
pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato.
Súmula 494, STF: A ação para anular venda de ascendente a descendente, sem
consentimento dos demais, prescreve em vinte anos, contados da data do ato, revogada a
Súmula 152.
Cuidado! Novidade por conta da Lei 13.146/15 (Estatuto da Pessoa com Deficiência – EPD).
Cuidado! Novidade por conta da Lei 13.146/15 (Estatuto da Pessoa com Deficiência – EPD).
5. Fim da Incapacidade.
6. Emancipação.
É a antecipação da cessação da incapacidade. O ato de emancipação é irrevogável e irretratável. Pode ser (art 5,
Parágrafo Único do CC):
a) Voluntária
b) Judicial
c) Legal
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Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz,
ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de
emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos
tenha economia própria.
a) Se a mãe for separada do pai, e detém a guarda, ela poderá sozinha conceder a emancipação (ou vice-versa)?
c) A emancipação voluntária é ato irrevogável, mas os pais podem ser responsabilizados pelos danos causados
pelo emancipado?
E.41 – Art. 928: a única hipótese em que poderá haver responsabilidade solidária do
menor de 18 anos com seus pais é ter sido emancipado nos termos do art. 5º, parágrafo
único, inc. I, do novo Código Civil.
Hipóteses:
a) PELO CASAMENTO (art. 5º, parágrafo único, II, NCC e art. 9º, § 1º, II, CC- 16):
b) EXERCÍCIO DE EMPREGO PÚBLICO EFETIVO (art. 5º, parágrafo único, III, NCC e art. 9º, § 1º, III, CC-16):
c) COLAÇÃO DE GRAU DE ENSINO SUPERIOR (art. 5º, parágrafo único, IV, NCC e art. 9º, § 1º, IV, CC-16)
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