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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ

UENP - CAMPUS LUIZ MENEGHEL


CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

SÉRGIO PEDRO JUNIOR

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

LEVANTAMENTO DE PLANTAS HERBÁCEAS DE UM


FRAGMENTO DE FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL
DO NORTE DO PARANÁ

BANDEIRANTES – (PR)
MARÇO/2021
SÉRGIO PEDRO JUNIOR

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

LEVANTAMENTO DE PLANTAS HERBÁCEAS DE UM


FRAGMENTO DE FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL
DO NORTE DO PARANÁ

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Ciências
Biológicas da UENP – CLM como requisito
parcial para obtenção do título de
Bacharel em Ciências Biológicas.

Orientador: Prof. Dr. Diego Resende


Rodrigues

BANDEIRANTES – (PR)
MARÇO/2021
SÉRGIO PEDRO JUNIOR

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

LEVANTAMENTO DE PLANTAS HERBÁCEAS DE UM


FRAGMENTO DE FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL
DO NORTE DO PARANÁ

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Ciências
Biológicas da UENP-CLM como requisito
parcial para obtenção do título de
Bacharel em Ciências Biológicas,
conferido pela Banca Examinadora
composta por:

Prof. Dr. Diego Resende Rodrigues – UENP - CLM

Profª. Dra. Carla Gomes de Araujo – UENP - CLM

Prof. Dr. Yves Rafael Bovolenta– Faculdade Pitágoras

Bandeirantes, 18 de março de 2021.


AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente aos meus pais, por tudo aporte emocional e financeiro
durante a realização deste trabalho, bem como no decorrer de toda a faculdade.
Agradeço à Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) por ceder espaço
para realização deste estudo e pela minha formação acadêmica.
Agradeço também ao Instituto Água e Terra (IAT) pela autorização para ser realizado
no Parque Estadual Mata São Francisco (PEMSF), especialmente para o funcionário
João Garcia por todo o suporte prestado.
Agradeço ao meu orientador Diego Resende Rodrigues (Pardal) por todo o auxílio
antes e durante a realização do trabalho independente do dia da semana ou do
horário. Agradeço à professora Carla Gomes de Araújo, curadora do herbário da
universidade por todo o conhecimento passado desde o primeiro ano da faculdade,
bem como pelo empréstimo de equipamentos de campo e equipamentos para
produção das exsicatas.
Agradeço por fim os integrantes da banca por aceitarem participar e terem feito
observações muito pertinentes para a qualidade do trabalho, e também as pessoas
que me auxiliaram de qualquer forma, tanto no campo, como na identificação das
espécies e produção das exsicatas.
Resumo Geral - O Brasil é o país com a maior diversidade vegetal do mundo, mas
devido ao desmatamento, a urbanização e a fragmentação do habitat natural houve
uma grande perda da área de florestas, principalmente a Mata Atlântica, que hoje no
Paraná encontra-se só em 13,1% do território natural, no norte do estado onde o
trabalho foi realizado este percentual é ainda menor, estando em torno de 3%.
Conhecer o estrato herbáceo é de fundamental importância para se conhecer a
estrutura florestal em um contexto geral, principalmente a dinâmica populacional, a
sucessão vegetal e regeneração natural para assim buscar um plano de manejo
mais adequado para a área em questão. Objetivou-se com este trabalho efetuar um
levantamento do estrato herbáceo no Parque Estadual Mata São Francisco (PEMSF)
e aumentar o conhecimento da vegetação no fragmento que ainda é escasso. O
trabalho foi realizado entre os anos de 2020 e 2021 no PEMSF que se encontra
entre os municípios de Cornélio Procópio e Santa Mariana, na área analisada foi
utilizado o método de transectos para coleta das amostras, sendo 1, a trilha do
parque e outros 4 posicionados com 50 metros cada, na borda e no interior. Os
espécimes para análise e incorporação no herbário da UENP – CLM foram coletados
de 1 à 3 indivíduos de cada espécie, seguidamente sendo prensado o material,
colocado para secagem em estufa e preparação das exsicatas. Todas as plantas
foram fotografadas para a identificação das famílias e espécies. Foi realizado
consultas em herbários online, brasileiros e internacionais, como: Flora do Brasil
2020, Reflora, GBIF e consultoria com especialista. Foram obtidos 44 espécimes no
parque, que após classificação corresponderam a 2 clados, sendo eles: pteridófitas e
angiospermas, o primeiro sendo composto de 4 famílias e 4 espécies e o segundo
por 9 famílias e 12 espécies, vale lembrar que 3 espécimes de Commelinaceae
ainda não foram identificadas devido à falta de material reprodutivo para análises
mais detalhadas. Concluímos assim com este trabalho que possivelmente a baixa
diversidade da área está relacionada com o nível de conservação e a alta taxa de
competição devido à presença de espécies exóticas.

Palavras-chave: Mata Atlântica. Transecto. Commelinaceae. Paraná. Ecologia


Vegetal.
General Abstract - Brazil is the country with the greatest plant diversity in the world,
but due to deforestation, urbanization and fragmentation of natural habitat, there has
been a great loss of forest area, especially the Atlantic Forest, which today in Paraná
is found only in 13, 1% of the natural territory, in the north of the state where the work
was carried out, this percentage is even lower, being around 3%. Knowing the
herbaceous strata is of fundamental importance to know the forest structure in a
general context, mainly the population dynamics, the plant succession and natural
regeneration in order to seek a more adequate management plan for the area in
question. The objective of this work was to carry out a survey of the herbaceous layer
in the Mata São Francisco State Park (PEMSF) and to increase the knowledge of the
vegetation in the fragment that is still scarce. The work was carried out between the
years 2020 and 2021 at the PEMSF, which is located between the cities of Cornélio
Procópio and Santa Mariana. Positioned 50 meters each, on the edge and inside.
The specimens for analysis and incorporation in the UENP - CLM herbarium were
collected from 1 to 3 individuals of each species, then the material was pressed,
placed for drying in an oven and preparation of the exsiccates. All plants were
photographed for the identification of families and species. Consultations were carried
out in online, Brazilian and international herbariums, such as: Flora do Brasil 2020,
Reflora, GBIF and consultancy with a specialist. 44 specimens were obtained in the
park, which after classification corresponded to 2 clades, namely: pteridophytes and
angiosperms, the first being composed of 4 families and 4 species and the second by
9 families and 12 species, it is worth remembering that 3 specimens of
Commelinaceae still were not identified due to the lack of reproductive material for
more detailed analysis. We concluded with this work that possibly the low diversity of
the area is related to the level of conservation and the high rate of competition due to
the presence of exotic species.

Keywords: Atlantic Forest. Transect. Commelinaceae. Paraná. Plant Ecology.


Sumário

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................1
1.1. Mata Atlântica...................................................................................................1
1.2. Processos de desmatamento no Paraná.........................................................1
1.3. O Parque Estadual Mata São Francisco..........................................................3
1.4. Estrato herbáceo..............................................................................................3
1.5. Objetivos do Trabalho......................................................................................4
1.6. Referências.......................................................................................................6

Artigo.............................................................................................................................8

1. Introdução..........................................................................................................10

2. Material e Métodos............................................................................................11
2.1. Área de estudo...............................................................................................11
2.2. Desenho Amostral..........................................................................................11

3. Resultados e Discussão...................................................................................13

4. Conclusão..........................................................................................................18

5. Referências........................................................................................................19

I. Anexo..................................................................................................................21

II. Anexo..................................................................................................................22
1

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1. Mata Atlântica

Segundo MYERS (2000) “hotspots” são locais onde a conservação é de


fundamental importância, e nos últimos 10 anos está entre os tópicos mais
importantes para a preservação da biodiversidade mundial, além de apresentarem
forte endemismo, o que faz que que as espécies ali presentes não existam em outros
locais do planeta.
O Brasil é o país com a mais vasta flora do mundo, tendo em torno de 35.000
espécies de plantas, das quais mais de 15.000 estão localizadas na Mata Atlântica,
sendo o bioma mais rico do país (FILLARDI et al, 2018), o que torna sua
conservação de fundamental importância não só para o nosso país, como para o
mundo todo (FORZZA, 2012).
O país vem sofrendo com a perda de espécies há mais de 500 anos, quando
os colonizadores chegaram. A Mata Atlântica, localizada nas regiões leste, foi e é um
dos biomas mais afetados pelo desmatamento. A região litorânea vem sendo
habitada há muito tempo antes dos portugueses chegarem ao Brasil. Há relatos de
tribos indígenas Tupis e Tupinambás que praticavam agricultura, mas não se tinha
uma diminuição da cobertura vegetal, como é relatado por Holanda (1995), inclusive
descrito por viajantes e estudiosos da época como uma riquíssima vegetação.

1.2. Processos de desmatamento no Paraná

O Paraná já possuiu nos primórdios do descobrimento do Brasil uma área de


99% formada por Mata Atlântica, mas graças a exploração desenfreada, atualmente
esta formação vegetal cobre aproximadamente 13,1% do estado (Fundação SOS
Mata Atlântica, 2019).
Segundo WACHOWICZ (1977), o histórico de desmatamento no estado do
Paraná começou em meados da década de 1820, quando Buenos Aires e o
Paraguai, que eram conhecidos como a região platina, passaram por dificuldades no
sistema de comunicação e precisaram importar o erva-mate -amplamente consumida
nesta região- de outro lugar.
A congonha (nome utilizado na época para a erva-mate) começou a ser
importada então do Brasil, mais especificamente do estado do Paraná através de
2

Paranaguá. O autor cita inclusive que em determinadas épocas está exportação era
responsável por 85% da economia do estado, esta atividade está fortemente ligada
aos processos de intervenção na floresta de araucária, pressupõe, então, que a
exportação de erva-mate foi responsável pelo início do desmatamento.
WACHOWICZ (1977) também cita que este comércio teve seu declínio por
volta de 1930, pós Primeira Guerra Mundial. O estado já possuía rodovias
importantes e o transporte por caminhões estava se difundindo pelo interior do
estado, tendo assim a exploração de madeira, como nova fonte de renda, mais
especificamente o Pinheiro do Paraná ou Araucária (Araucariaangustifolia (Bert) O.
Kuntze), antes a madeira utilizada era o Pinheiro-de-riga (Pinus sylvestris L.) mas a
qualidade da madeira não era tão boa quanto a da Araucária, que começou a ser
utilizada tanto no estado quanto ser exportada, principalmente para Buenos Aires.
Durante a década de 1940, o geólogo e explorador alemão Reinhard Maack
viajou por todo o estado do Paraná, publicando um dos registros mais importantes
quanto às formações vegetais do estado, descrevendo cinco grandes formações
vegetais: Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Mista, Floresta Estacional
Semidecidual, Estepe e Savana (TRINDADE, 2019). Entre 2017 e 2018, o Paraná foi
o terceiro estado com maior desmatamento do Brasil, com 1643 hectares devastados
(Fundação SOS Mata Atlântica, 2019; TRINDADE, 2019).
MAACK (1981) grande estudioso do estado do Paraná já havia em seu livro
“geografia física do Paraná” mostrado preocupação quanto aos processos de
desmatamento das florestas de Araucárias, e já citava que este processo de
exploração estava modificando tanto os processos físicos e químicos do solo, como
também a temperatura e umidade das regiões exploradas. Além disso, também cita
o alinhamento com a Organização de Agricultura e Alimentação (FAO), órgão da
ONU, onde expõe a urgência no aumento de reservas florestais, com finalidade de
atender às demandas mundiais de madeira.
Com os exaustivos processos de desmatamento decorrentes não só do pós-
guerra, mas como também do aumento do valor agregado a produtos de origem
madeireira como papel, papelão e móveis, valorizando em mais de 500% o valor
nesta época, a devastação aumentou ainda mais, chegando a um ponto onde o
próprio governo estadual, após observar a exaustão das florestas criou um plano de
incentivo fiscal em 1966, para o reflorestamento destas áreas exploradas, e o
abastecimento da indústria futuramente (HAUER, 2010). Este processo classificou a
3

economia do Paraná como sendo estritamente capitalista, seguindo padrões


universais segundo MARX (1867).
Já no norte do estado as principais atividades exploratórios foram a extração
da madeira, onde as serrarias eram nômades e devastavam uma área até o
esgotamento de recursos, para posteriormente se mudar para a próxima, e também
o cultivo do café, que nesta época acreditava-se ser necessário o plantio em áreas
virgens, ou seja, o café só era plantado em áreas recém desmatadas, ajudando
assim o aumento do desmatamento pós mecanização da cultura do café, em
meados dos anos 1950 (ZEQUI et al, 2019)

1.3. O Parque Estadual Mata São Francisco

Apesar de trabalhos de levantamentos florísticos terem sido realizados no


Parque Estadual Mata São Francisco (TOMÉ et al., 1999; ZAMA et al., 2012), o
protagonismo sempre se deu ao estrato arbório, não sendo encontrado por mim
trabalhos específicos deste estrato. Segundo Guislon (2016), este estrato é
essencial para manutenção de diferentes relações ecológicas, não só entre plantas
como planta-animal também, além disso, é de fundamental importância para a
compressão da sucessão ecológica do local, tendo em vista que a composição do
herbáceo pode influenciar negativa ou positivamente no desenvolvimento de
plântulas arbóreas (NETO, 2003).
O Parque foi criado em 1994 e apresenta alto nível de degradação e interação
humana, tendo como uma das principais atividades a retirada seletiva de madeira,
sendo um exemplo a peroba rosa (Aspisdosperma polyneuron Müll. Arg.), caça ilegal
e incêndios, sendo essas consideradas as principais causas para a degradação do
fragmento em questão (ZAMA et al. 2012; RODRIGUES et. al, 2016; RODRIGUES
et. al, 2019).

1.4. Estrato herbáceo

O estrato herbáceo é caracterizado pela presença de uma camada de ervas,


plantas que não apresentam caule lenhoso, e possuem habito terrestre, chegando a
no máximo 1.5m de altura (POLISEL, 2011).
Alguns especialistas descrevem as florestas tropicais como “florestas sobre
florestas”, onde pôde-se observar diferentes estratos, que por sua vez formam
4

nichos diferentes, abrigando diversas comunidades diferentes entre si (MANTOVANI,


1987).
O componente herbáceo ainda é pouco conhecido no Brasil, tendo em vista a
enorme diversidade de sua flora e a complexidade ambiental das florestas que se
desenvolvem (SANTOS-JUNIOR, 2014). Além disso, as herbáceas terrícolas
apresentam grau mais elevado de extinção natural se comparado com os outros
estratos, fazendo com que florestas que sofreram degradação e/ou perderam os
arredores para a monocultura apresentem populações herbáceas com diferenças
fitofisionomicas.
Dado ao alto índice de extinção estas plantas também servem como
indicadoras da qualidade do fragmento, tendo em vista que determinadas espécies
só se desenvolvem em condições muito específicas, fazendo com que fragmentos
que sofreram impacto ambiental não as apresentam (FUHRO, 2005; GUISLON,
2016), isto se dá pelo curto período de vida destes tipos de plantas, bem como a raiz
ser considerada superficial, fazendo com que pequenas mudanças ambientais
alterem drasticamente a composição (POLISEL, 2011).
Com essa degradação o estabelecimento de espécies herbáceas é inevitável,
tendo em vista que este tipo de vegetação tende a se desenvolver nestes tipos de
situações (CERON et al, 2016). A retirada de vegetação e/ou a implementação de
culturas agrícolas comumente realizada por gramíneas forrageiras é ponto chave
para a diminuição da diversidade regional e reflete diretamente nas relações
ecológicas destes ecossistemas, (CHEUNG, 2009).
Para compreender a regeneração natural e estabelecer protocolos de
aceleração da restauração ecológica em áreas florestais, um importante passo é
medir estas variações no estrato herbáceo (MARASCHIN-SILVA, 2009).

1.5. Objetivos do Trabalho

O objetivo do presente trabalho é a realização do levantamento da


composição de plantas do estrato herbáceo no Parque Estadual Mata São Francisco,
bem como aumentar os conhecimentos das plantas presentes no parque e observar
possíveis espécies endêmicas presentes.
Os objetivos específicos são:

a. Levantamento e identificação de espécies vegetais herbáceas;


5

b. Auxiliar com as informações alcançadas para práticas mais efetivas em


relação à conservação do meio ambiente;

c. Contribuir com a coleção do herbário da UENP – CLM.


6

1.6. Referências

ATLÂNTICA, SOS Mata. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica–


período 2017-2018. São Paulo: Fundação SOS Mata Atlântica, 2019.

CERON, K. Potencial medicinal e alimentício da vegetação herbácea terrícola ciliar


no sul do Brasil. Interciencia, v. 41, n. 6, p. 393-400, 2016.

CHEUNG, K. C.; MARQUES, M.; LIEBSCH, D. Relação entre a presença de


vegetação herbácea e a regeneração natural de espécies lenhosas em pastagens
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v. 23, n. 4, p. 1048-1056, 2009.

DE CARVALHO ARAÚJO, F.; DOS SANTOS, R. M.; COELHO, P. A. O papel do


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Santa Catarina, Brasil. Rev. Ambient. Água, Taubaté, v. 11, n. 3, p. 650-664, 2016.

HAUER, M. As florestas no Paraná: um processo de involução. Reforma agrária e


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7

revisão: Paul Singer. Tradução de: Regis Barbosa e Flávio R. Kothe. São Paulo:
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WACHOWICZ, R. C. História do Paraná. Editora Gráfica Vicentina, 1977.

ZAMA, M. Y. Bovolenta, Y. R. Carvalho, E. S. Rodrigues, D. R., de Araujo, C. G, et


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ZEQUI, J. A. C.; ORSI, M. L.; SOUZA-SHIBATA, L. (org), Fauna e flora do Parque


estadual Mata São Francisco – Norte do Paraná. Londrina: EDUEL, 2019.
8

Artigo

LEVANTAMENTO DAS PLANTAS HERBÁCEAS DE UM FRAGMENTO DE


FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DO NORTE DO PARANÁ

Sérgio Pedro Junior 1*, Diego Resende Rodrigues 2

1*
Discente do Curso de Ciências Biológicas; Universidade Estadual do Norte do Paraná;
Bandeirantes/PR - Brasil.
E-mail: <sergiopj25@gmail.com>
2Docente de Ciências Biológicas, Centro de Ciências Biológicas UENP/CLM – Bandeirantes – PR

* Autor para correspondência.

REVISTA HOEHNEA

Levantamento de plantas herbáceas de um fragmento de Floresta


Estacional Semidecidual do Norte do Paraná
9

Resumo – O presente estudo teve como objetivo o levantamento das espécies


herbáceas no Parque Estadual Mata São Francisco, onde foi utilizado a metodologia
de transectos para coleta das plantas. O levantamento florístico foi realizado entre
outubro de 2020 e fevereiro de 2021, considerando indivíduos herbáceos com no
máximo 1,30m de altura e sem a presença de caule lenhoso. Como resultado
obtivemos 2 clados, sendo as pteridófitas e as angiospermas, o primeiro com 4
famílias e 4 espécies e o segundo com 9 famílias e 13 espécimes classificados. Em
comparação com estudos anteriores realizados no PE a diversidade de herbáceas é
razoavelmente grande, porém nenhum dos trabalhos tinha como foco o estrato
herbáceo.
Palavras-chave: Mata Atlântica. Transectos. Commelinaceae. Paraná. Ecologia
Vegetal.

Abstract – The present study aimed to survey the herbaceous species in the Mata
São Francisco State Park, where the transect methodology was used to collect the
plants. The floristic survey was carried out between October 2020 and February
2021, considering herbaceous individuals with a maximum height of 1.30 m and
without the presence of a woody stem. As a result, we obtained 2 clades,
pteridophytes and angiosperms, the first with 4 families and 4 species and the second
with 9 families and 13 classified specimens. Compared to previous studies carried out
in the EP, the diversity of herbaceous plants is reasonably large, but none of the
studies focused on the herbaceous layer.

Keywords: Atlantic Forest. Transects. Commelinaceae. Parana state. Plant Ecology.


10

1. Introdução

O Brasil é considerado um dos 17 países com maior biodiversidade do mundo,


ou seja, detentor de grande parte da diversidade biológica mundial (MMA, 2002;
NEVES, 2017; TRINDADE, 2019), apresentando atualmente em torno de 47.000
espécies vegetais (REFLORA, 2020).
A Mata Atlântica abriga cerca de 35 mil espécies de plantas sendo que 50%
delas são consideradas endêmicas, ou seja, plantas que não existem em nenhum
outro lugar do mundo, fazendo com que hoje este bioma seja considerado junto com
outros 24, locais considerados como hotspots mundiais, que são formações com
grande importância para manutenção e preservação da biodiversidade mundial
(MMA, 2002; FORZZA, 2012; ZAPPI et al, 2015; FILLARDI et al, 2018).
É fundamental para o conhecimento da Biodiversidade dentro das Unidades
de Conservação a realização de levantamentos florísticos. O acelerado processo que
vivemos de ocupação humana e consequente urbanização foi causa importante para
a perda de patrimônio natural. Tendo isso em vista, é indispensável para qualquer
estudo sério o inventário das espécies que ocorrem em um local, não só para
distinguir o correto valor de um ecossistema, como seu gerenciamento e
conservação (FUHRO et al, 2005).
Devido à intensa devastação da Mata Atlântica e a intensa atividade
urbana, industrial e agropastoril, atualmente este bioma foi praticamente dizimado.
Isto não é uma atividade atual, mas se dá a séculos desde o descobrimento do
nosso país, restando entre 5-8% da cobertura original (ZIPPARRO, 2005; Fundação
SOS Mata Atlântica, 2019). Tendo estes números em vista atualmente, sabemos que
a preservação deste bioma é de fundamental importância não só para o Brasil, mas
para todo o mundo.
O estrato herbáceo necessita de muito mais pesquisas, já que seu
conhecimento é raso e possui função importantíssima no ecossistema, quando se
realiza levantamentos florísticos normalmente é a nível de arvores e arbustos, mas o
estudo das herbáceas é fundamental para entender os estágios de sucessão vegetal
(NETO, 2003; CERON et al, 2016).
Fragmentos degradados tendem a possuir grande número de espécies
herbáceas, tendo em vista que as comunidades secundárias são as primeiras a
surgirem, por sucessão natural, nestes ambientes (MARASCHIN-SILVA, 2009),
11

sendo assim o conhecimento deste estrato é essencial para um melhor manejo e


para entender mais profundamente a sucessão natural em fragmentos degradados.

2. Material e Métodos

2.1. Área de estudo

Esta pesquisa foi realizada no Parque Estadual Mata São Francisco (PEMSF),
localizado sob as coordenadas geográficas: 23º09’32”S 50°34’18”W (centro do
fragmento), o Parque se localiza na região norte do estado do Paraná, entre os
municípios de Cornélio Procópio e Santa Mariana (Figura 1). O parque está dentro
da fisionomia de Floresta Estacional Semidecidual, e possui área de 832,87 ha
(ZAMA et al, 2012).
O clima da área é classificado por Köppen (1948) como Cfa com chuva média
de 1.200 a 1.400 mm espalhada no ano todo, e temperatura média de 22.1 a 23º C
(NITSCHE, 2019).

Figura 1: Parque Estadual Mata São Francisco (PEMSF) localizado entre Cornélio Procópio (PR) e
Santa Mariana (PR), o ponto vermelho localiza a entrada do parque. O círculo amarelo mostra toda a
área de coleta, onde os cinco transectos estão localizados. A linha amarela ilustra o TR1 (parte do
início da trilha de visitação até a primeira intersecção com o córrego das Araras.

2.2. Desenho Amostral

O trabalho foi realizado no período de outubro a fevereiro do ano de


12

2020/2021. O método utilizado para coleta das amostras foi através de transectos,
no total foram utilizados cinco.
O primeiro foi a trilha de visitação do parque, da sua entrada até a primeira
intersecção do córrego das araras, onde em todo esse decorrer era analisada 5
metros para a esquerda e 5 metros à direita da trilha (TR1).(figura 1) Os outros
quatro transectos foram posicionados sentido leste/oeste com 50 metros de
comprimento, e os mesmos 5 metros para a esquerda e 5 metros para a direita, dois
estando no interior próximo ao córrego das araras (TR2 e TR3), onde foi possível
observar que a área era interior de floresta, e dois estando na borda do fragmento
(TR4 e TR5).
O material botânico foi coletado entre 1 e 3 espécimes, foi fotografado, as
medidas de altura e Diâmetro a altura do Solo (DAS) retiradas, posteriormente
prensado, colocado em estufa e as amostras foram incorporadas no herbário da
Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Campus Luiz Meneghel,
Bandeirantes - PR, Brasil.
A classificação das amostras foi feita com base em artigos publicados com
plantas herbáceas na região, bem como consulta a especialistas na área de
taxonomia, e a herbários online onde haviam chaves para classificação destas
espécies, como Flora do Brasil, o Reflora, GBIF e o SiBBr.
13

3. Resultados e Discussão

O levantamento das herbáceas do Parque Estadual Mata São Francisco


resultou em 44 espécimes incorporadas no herbário da UENP – CLM no setor da
biologia, e destes 44 indivíduos foram classificados em dois clados: pteridófitas e
angiospermas, o primeiro com 4 famílias e 4 espécies e o segundo com 9 famílias e
15 espécies (Tabela 1).

Tabela 1. Lista contendo as famílias, espécies, a origem (exótica ou nativa), e a distribuição entre os 5
transectos (TR1, TR2, TR3, TR4 e TR5 das 19 plantas identificadas neste trabalho no Parque
Estadual Mata São Francisco (PEMSF) entre ou municípios de Santa Mariana (PR) e Cornélio
Procópio (PR).

TR TR TR TR TR
Famílias/Espécies Origem
1 2 3 4 5
PTERIDÓFITAS
Dryopteridaceae
Lastreopsis amplissima (C.Presl) Tindale Nativa x x x
Lindsaeaceae
Lindsaea lancea (L.) Bedd Nativa x x x
Pteridaceae
Doryopteris concolor (Langsd. & Fisch.) J.Sm. Nativa x
Thelypteridaceae
Christella dentata (Forssk.) Brownsey & Jermy Exótica x x x
ANGIOSPERMAS
Araceae
Asterostigma tweedianum Schott Nativa x x
Asteraceae
Chaptalia nutans (L.) Pol. Nativa x
Emilia fosbergii (L.) Benth. Exótica x x
Commelinaceae
Dichorisandra paranaensis D.Maia Cervi & Tardivo Nativa x x x
Tradescantia zanonia (L.) Sw. Nativa x x x x x
Tradescantia zebrina Heynh. ex Bosse Exótica x x x x
Não identificado 1 - x x x
Não identificado 2 - x x
Costaceae x
Costus sp. Nativa x
Malvaceae
Sida sp. Exótica x x
Orchdaceae
Corymborchis flava (Sw.) Kuntze Nativa x
Oeceoclades maculata (Lindl.) Lindl Exótica x
Plantaginaceae
Stemodia verticillata (Mill.) Hassl. Nativa x x
14

Poaceae
Não identificado 3 - x
Talinaceae
Talinum paniculatum (Jacq.) Gaertn. Exótica x x

A família com maior riqueza encontrada foi a Commelinaceae com 5


espécies, representando 26,31% do total, três foram classificadas a nível de espécie
e duas permanecem sem classificação. Em segundo lugar, estão às famílias
Asteraceae e Orchidaceae com duas espécies cada (10,52%), o restante das
famílias (Araceae, Plantaginaceae, Talinaceae, Malvaceae, Costaceae, Poaceae,
Pteridaceae, Thelypteridaceae, Lindsaeaceae e Dryopteridaceae) foram encontrados
apenas uma espécie de cada, que representam 5,26% cada família (Figura 2).

Figura 2: Número total de espécies em cada família encontrada, sendo a mais abundante a família
Commelinaceae com cinco espécies. As quatro primeiras famílias no gráfico representam as
Pteridófitas, e as demais as angiospermas.

6
Dryopteridaceae
5 Lindsaeaceae
Pteridaceae
Thelypteridaceae
4
Commelinaceae
Asteraceae
3 Orchdaceae
Araceae
2 Costaceae
Malvaceae
1 Plantaginaceae
Poaceae
0 Talinaceae
Famílias

De todas as plantas identificadas, seis são consideradas exóticas pelo GBIF


(2021), sendo elas: Chistella dentata (Forssk.) Brownsey & Jermy
(Thelypteridaceae), Oeceoclades maculata (Lindl.) Lindl (Orchidaceae), Tradescantia
zebrina Heynh. ex Bosse (Commelinaceae),Talinum paniculatum (Jacq.) Gaertn.
(Talinaceae), Sida SP (Malvaceae), e Emília fisbergii (L.) Benth (Asteraceae),
31,57% do total de plantas.
Já entre as treze espécies nativas foi possível a identificação de uma planta
endêmica do Brasil (AONA, 2008), (Dichorisandra paranaensis D. Maia Cervi &
Tardivo), uma espécie da família Commelinaceae, e como todas as plantas
15

endêmicas sua conservação é de fundamental importância para manutenção da


biodiversidade (FORZZA, 2012).
Em trabalhos semelhantes realizados no Sul no Brasil podemos observar que
o estrato herbáceo apresenta uma ampla diversidade de espécies, e conforme
constatado por SANTOS JÚNIOR (2014) o estágio de conservação de uma floresta
altera a cobertura vegetal e as espécies herbáceas observadas. Onde uma floresta
impactada apresentaria predominância de angiospermas, e uma floresta conservada
uma predominância de pteridófitas.
Segundo CARVALHO (2012) esta diferença no número de pteridófitas entre
floresta conservada e floresta impactada se dá por plantas desse grupo terem uma
maior sensibilidade tanto em relação à umidade, - tendo em vista que dependem
dela para reprodução – quanto em relação a luminosidade, já que este grupo
dificilmente se adapta a ambientes com sol pleno. Sendo assim são consideradas
bioindicadoras de floresta conservada.
No presente estudo as pteridófitas foram encontradas nos transectos 1,2 e 3,
no TR1 só foram observadas na região próxima ao córrego das araras, no TR2 e
TR3 como foram posicionados em locais de interior de mata houve também a grande
presença destas espécies, compactuando com os resultados encontrados por
Carvalho e Santos Junior.
Já se analisarmos as espécies presentes nos transectos da borda (TR4 e
TR5) podemos constatar a presença de apenas angiospermas, sendo esses dois
também os transectos com menor diversidade, TR4 com apenas 4 espécies e o TR5
com 5 espécies, sendo em ambos a maioria exótica.
Foi identificado por SANTOS JUNIOR (2014), em Mata Atlântica localizada em
Santa Catarina 18 famílias e 38 espécies entre floresta conservada (18 espécies) e
floresta degradada (26 espécies), está diferença entre o número de espécies é
explicada no artigo devido a maior taxa de luminosidade em uma floresta degradada,
possibilitando espécies não florestais que precisam de uma incidência luminosa
maior, conquistarem este ambiente.
Este pensamento corrobora com as hipóteses do não-equilibro, onde
ambientes que sofreram distúrbios tendem a possuir uma biodiversidade maior, do
que ambiente em nível sucessional mais avançado, já que estes ambientes tendem a
ser dominados por poucas espécies que criam condições ambientais próprias (DE
CARVALHO ARAÚJO, 2016).
16

A hipótese do distúrbio intermediário (HDI) é umas das hipóteses do não-


equilibro mais aceita, onde, o distúrbio permite o aparecimento de novas espécies no
ambiente, antes dominado por apenas algumas, fazendo assim com que a
diversidade aumente depois de certo tempo, e posteriormente diminua novamente,
devido à exclusão competição (KARIUKI & KOOYMAN, 2005),
No PEMSF está hipótese não é aceita, pois os distúrbios que ali aconteceram
passam do nível intermediário devido a frequência, bem como o tamanho e o tempo
e atingem um patamar mais alto, sendo assim, invés de auxiliar no aumento da
biodiversidade, ele está prejudicando.
Devido ao corte seletivo ocorrido no Parque Estadual Mata São Francisco há
algumas décadas, para extração de madeira, e queimadas ocorreram à formação de
clareiras, alterando assim luminosidade no estrato herbáceo (RODRIGUES et al.,
2016; RODRIGUES et al., 2019).
Essa maior luminosidade pode beneficiar algumas espécies mais tolerantes à
luz. Já que espécies exóticas dificilmente conseguem se estabelecer no interior de
florestas, devido à sensibilidade a ambientes sombreados (DE MATOS et al., 2014).
É o caso das espécies do gênero Tradescantia encontradas no Fragmento de
estudo. Foram encontradas duas espécies, porém, dois espécimes continuam sem
classificação no herbário, devido ao gênero apresentar alta taxa de plasticidade foliar
(DE MATOS et al, 2014) e não ter havido coleta destes espécimes com flores o que
impossibilita uma identificação mais precisa.
Comparando-se este trabalho e o trabalho de SANTOS JUNIOR (2014)
pudemos observar que a composição do estrato herbáceo entre as duas áreas
estudadas se difere bastante, sendo que a família com maior número de indivíduos
neste trabalho foi a Commelinaceae, e a com maior ocorrência encontrada por
Santos Junior foi a Poaceae. Fora que de um total de 38 espécies identificadas por
ele, somente duas foram encontradas no PEMSF, sendo elas Chaptalia nutans (L.)
Pol. (Nativa) e Lastreopsis amplissima (C.Presl) Tindale (nativa).
A primeira encontrada por Santos Junior na floresta degradada e por mim nas
áreas de borda da mata, e a segunda encontrada por ele na floresta preservada e
por mim na área com dossel mais fechado e próximo a um riacho, corroborando
assim os dois trabalhos.
Já KOZERO (2020) em levantamento realizado em uma floresta estacional
semidecidual do Paraná encontrou 19 espécies de herbáceas, sendo 2 famílias e 3
17

espécies de pteridófitas e 8 famílias e 16 espécies de angiospermas. As duas


famílias de pteridófitas encontradas por ele também foram identificadas neste
trabalho, e das oito famílias de angiospermas cinco foram listadas também, mais
uma vez a família com maior número de espécies é a Poaceae, com 5 espécies,
contrastando com o dado obtido nesta pesquisa onde somente uma espécie desta
família foi identificado.
Analisando o resultado das coletas com as informações já existentes no Plano
de Manejo do PEMSF Volume 1 – Levantamentos temáticos, podemos notar a
necessidade de estudos mais detalhadas deste estrato, já no plano de manejo a
informação é de 15 espécies herbáceas encontradas no PE Mata São Fracisco, e
neste trabalho onde não ocorreu a amostragem da área toda obtivemos 19,
mostrando que a diversidade é muito maior do que a já conhecida.
O gênero Tradescantia da família Commelinaceae é conhecido por ser um
ótimo competidor, e algumas espécies, como a Tradescantia zebrina é exótica e
pode diminuir a taxa de crescimento de espécies arbóreas nativas, devido à exclusão
competitiva (MANTOANI et al, 2013; VOLTOLINI, 2016). Demonstrando que o
estágio de conservação de uma floresta pode ser avaliado parcialmente pela
composição de espécies vegetais encontradas no estrato herbáceo.
Portanto, um número alto de indivíduos do gênero Tradescantia pode ser um
indicador de distúrbio ou ação antrópica, através do aumento da luminosidade que
não deveria ocorrer em demasia no interior de florestas.
DE SANTOS et al. (2014) demonstrou que a alta abundância de Tradescantia
zebrina altera negativamente a diversidade de espécies herbáceas nativas, portanto
o manejo desta espécie exótica é de fundamental importância para o aumento da
biodiversidade em fragmentos florestais, já que foi comprovado que sua presença
impacta negativamente a riqueza e a diversidade não apenas do estrato herbáceo,
mas de toda a comunidade.
18

4. Conclusão

Comparando com outros estudos, os resultados obtidos nesta pesquisa


demonstram a riqueza do estrato herbáceo no fragmento estudado é baixa, devido
ao impacto causado por recorrentes distúrbios. Esta condição pode estar relacionada
à abundância de uma espécie exótica altamente competitiva e distribuída no
fragmento florestal no interior da Floresta. Ocorre então uma competição assimétrica
por espaço e luminosidade, alterando a estrutura e a riqueza da flora. Este foi o
primeiro trabalho de levantamento do estrato herbáceo realizado no PEMSF,
portanto, há necessidade de estudos para melhor entender-se a dinâmica vegetal
deste estrato, e posteriormente a proposição de estratégias de conservação e
manejo da área.
19

5. Referências

AONA, L. Y. S., et al. Revisão taxonômica e análise cladística do gênero


Dichorisandra JC Mikan (Commelinaceae). 2008.

CARVALHO, E. DE SOUZA. Influência de samambaias sobre a regeneração de


espécies da Floresta Estacional Semidecidual, 2012.

DE CARVALHO ARAÚJO, F.; DOS SANTOS, R. M.; COELHO, P. A. O papel do


distúrbio na regeneração natural dos ecossistemas florestais. Revista de Ciências
Agroambientais, v. 14, n. 1, 2016.

DE MATOS, W. R; DE MATTOS, C. M. J.; DA SILVA SANTOS, G. Características


foliares e impacto da espécie exótica Tradescantiazebrina Hort. Ex Bosse.
(Commelinaceae) na diversidade e na riqueza do estrato herbáceo no Parque
Natural Municipal da Taquara, Duque de Caxias, RJ. Almanaque Multidisciplinar de
Pesquisa, v. 1, n. 2, 2014.

Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.


Disponível em: < http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ >. Acesso em: 24 mar. 2020

ISERNHAGEN, I; SILVA, S. M.; GALVÃO, F. A fitossociologia florestal no Paraná:


listagem bibliográfica comentada. Publicação online, acessada em 16 de março
de 2020, v. 6, 2001.

KARIUKI, M.; KOOYMAN, R. M. Floristic changes and regeneration patterns for a 12 ‐


year period during the 3rd and 4th decades following selection logging in a
subtropical rainforest. Austral Ecology, v. 30, n. 8, p. 844-855, 2005.

KÖPPEN, W. Climatologia. México. Fundo de Cultura Econômica, 1948.

KOZERA, C. et al. Espécies herbáceas de uma Floresta Estacional Semidecidual do


oeste do Paraná, Brasil. Acta Biológica Paranaense, v. 48, n. 1-2, 2020.

MANTOVANI, W. Análise florística e fitossociológica do estrato herbáceo-


subarbustivo do cerrado na Reserva Biológica de Moji Guaçu e em Itirapina, SP.
Tese de doutorado Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 1987.

MANTOANI, M. C. et al. Efeitos da invasão por Tradescantia zebrina Heynh. sobre


regenerantes de plantas arbóreas em um fragmento de floresta estacional
semidecidual secundária em Londrina (PR). Biotemas, v. 26, n. 3, p. 63-70, 2013.

NETO, M.; ALVES, J. A.; MARTINS, F. R. Estrutura do sub-bosque herbáceo-


arbustivo da mata da silvicultura, uma floresta estacional semidecidual no município
de Viçosa-MG. RevistaÁrvore, v. 27, n. 4, p. 459-471, 2003.

NEVES, D. M. Dissecting a biodiversity hotspot: The importance of environmentally


marginal habitats in the Atlantic Forest Domain of South America. Diversity and
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NITSCHE, P. R. Atlas Climático do Estado do Paraná. Londrina, PR: IAPAR, 2019.


20

RODRIGUES, D. R. Bovolenta, Y. R. Pimenta, J. A. Bianchini, E.. Selective logging


alters allometric relationships of five tropical tree species in seasonal semi-deciduous
forests. Journal of Forestry Research, v. 30, n. 5, p. 1633-1639, 2019.

RODRIGUES, D. R. Bovolenta, Y. R. Pimenta, J. A. Bianchini, E.. Height structure


and spatial pattern of five tropical tree species in two seasonal semideciduous forest
fragments with different conservation histories. Revista Árvore, v. 40, n. 3, p. 395-
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SANTOS JUNIOR, R. Comunidades herbáceas terrícolas em floresta atlântica


primária e secundária no sul do Brasil. 2014.

SOUZA, P. G.; DE QUEIROZ, T. M.; SILVA, D. J. Práticas alternativas na busca pelo


uso sustentável da biodiversidade brasileira. Natural Resources, v. 8, n. 1, p. 62-69,
2018.

TOMÉ, M.; MIGLIORANZA, E.; VILHENA, A. H. T.; FONSECA, E. P. Composição


florística e fitossociológica do Parque Estadual Mata São Francisco. Revista do
Instituto Florestal, v. 11, n. 1, p. 13–23, 1999.

TRINDADE, W. C. F. Modelagem de distribuição das formações vegetais do Estado


do Paraná: passado, presente e futuro. 2019.

VOLTOLINI, J. C..impacto e manejo da invasora exótica Tradescantiazebrina heynh.


Ex bosse (commelinaceae) sobre plantas nativas em um fragmento de floresta
atlântica no sudeste do brasil.

ZAPPI, D. C. Growing knowledge: an overview of seed plant diversity in Brazil.


Rodriguésia, v. 66, n. 4, p. 1085-1113, 2015.

ZIPPARRO, V. B. Levantamento florístico de floresta atlântica no sul do estado de


São Paulo, Parque Estadual Intervales, Base Saibadela. Biota Neotropica, v. 5, n.
1, p. 127-144, 2005.
21

I. Anexo

Tabela com as espécies identificadas no PE Mata São Francisco: A) Lastreopsis amplissima (C.Presl)
Tindale, B) Lindsaea lancea (L.) Bedd, C) Doryopteris concolor (Langsd. & Fisch.) J.Sm., D) Christella
dentata (Forssk.) Brownsey & Jermy, E) Asterostigma tweedianum Schott, F) Chaptalia nutans (L.)
Pol., G) Emilia fosbergii (L.) Benth., H) Dichorisandra paranaensis D.Maia Cervi & Tardivo, I)
Tradescantia zanonia (L.) Sw., J) Tradescantia zebrina Heynh. ex Bosse, K) Costus sp., L) Sida sp.,
M) Corymborchis flava (Sw.) Kuntze, N) Oeceoclades maculata (Lindl.) Lindl, O) Stemodia verticillata
(Mill.) Hassl., P) Talinum paniculatum (Jacq.) Gaertn.
22

II. Anexo

Normas da revista Hoehnea

Informações Gerais - Os originais deverão ser enviados ao Editor-Chefe e estar de


acordo com as Instruções aos Autores. Trabalhos que não se enquadrem nesses
moldes serão imediatamente devolvidos ao(s) autor(es) para reformulação. Os
trabalhos que estejam de acordo com as Instruções aos Autores, serão enviados aos
Editores Associados, indicados pelo Editor-Chefe. Em cada caso, o parecer será
transmitido anonimamente aos autores. Os trabalhos serão publicados na ordem de
aceitação pelo Corpo Editorial, e não de seu recebimento.

Preparo do original - utilizar Word for Windows versão 6.0 ou superior, fonte Times
New Roman, tamanho 12, em espaço duplo, alinhando o texto pela margem
esquerda, sem justificar. Formatar as páginas para tamanho A4, com margens de 2
cm. Para versões impressas usar papel branco de boa qualidade. As páginas devem
ser, obrigatoriamente, numeradas e notas de rodapé evitadas. Não ultrapassar 50
(cinquenta) laudas digitadas, incluindo tabelas e figuras. Nota científica deve limitar-
se a cinco laudas.

Adicionar, obrigatoriamente, numeração contínua de linha à margem lateral de cada


linha do documento. Os Assessores Científicos e os Editores Associados utilizarão
essa numeração para apontar correções/sugestões aos Autores, em arquivos à
parte.

Primeira página - deve conter o título do artigo em negrito, grafado com maiúsculas e
minúsculas; nome completo dos autores (grafados segundo decisão dos autores),
com as iniciais maiúsculas e demais minúsculas; nome da instituição, endereço
completo dos autores e endereço eletrônico do autor para correspondência (estes
devem ser colocados como notas de rodapé, indicados por numerais); título
resumido. Indicar no título por numeral sobrescrito se o trabalho faz parte da Tese,
Dissertação ou Trabalho de Conclusão de Curso. Auxílios, bolsas e números de
processos de agências financiadoras, quando for o caso, devem constar do item
Agradecimentos. Após o manuscrito submetido passar pelo processo de editoração
científica, não será possível mudar a lista de autores. Os contatos do Corpo Editorial
de Hoehnea só serão feitos com o Autor para correspondência.

O artigo deve conter as informações estritamente necessárias para sua


compreensão e estar rigorosamente dentro das normas da Revista.

Segunda página - deve conter ABSTRACT e RESUMO (ou RESUMEN), precedido


pelo título do trabalho na língua correspondente entre parênteses, em parágrafo
único e sem tabulação, com até 150 palavras. Keywords e Palavras-chave (ou
Palabras clave), até cinco, separadas por vírgula, sem ponto final, em ordem
alfabética. Não utilizar como palavras-chave aquelas que já constam do título.

Texto - iniciar em nova página. Os títulos de capítulos devem ser escritos em negrito,
com letras maiúsculas e minúsculas, centralizados, com os seguintes tópicos,
quando aplicáveis: Introdução, Material e métodos, Resultados, Discussão,
Agradecimentos e Literatura citada. Resultados e Discussão podem ser combinados.
23

Subtítulos desses tópicos deverão ser escritos com fonte Regular com letras
maiúsculas e minúsculas e separados do texto correspondente com um hífen.
Nomes científicos (categorias abaixo de gêneros) devem ser grafados em itálico.

Abreviaturas de obras e de nomes de autores de táxons - devem seguir Brummitt&


Powell (1992). Nos cabeçalhos das espécies, em trabalhos taxonômicos,
abreviaturas de obras raras devem seguir o TaxonomicLiterature (TL-2) e a de
periódicos, o Botanico-Periodicum-Huntianum/Supplementum (B-P-H/S).

Citação de figuras e tabelas - devem ser referidas por extenso, numeradas em


arábico e na ordem em que aparecem no texto. Em trabalhos de taxonomia, a
citação de figuras dos táxons deve ser colocada na linha abaixo do táxon, como no
exemplo:

Bauhinia platypetala Burch. ex Benth. in Mart, Fl. Bras. 15(2): 198. 1870


= Bauhiniaforficata Link var. platypetala (Burch. ex Benth.)
Wunderlein, Ann. Missouri Bot. Gard. 60(2): 571. 1973. Tipo: BRASIL. Tocantins:
Natividade, s.d., G. Gardner 3118 (síntipo OFX).
Figuras 7-8

Citação de literatura - usar o sistema autor-data, apenas com as iniciais maiúsculas;


quando no mesmo conjunto de citações, seguir ordem cronológica; quando dois
autores, ligar os sobrenomes por &; quando mais de dois autores, mencionar o
sobrenome do primeiro, seguido da expressão et al.; para trabalhos publicados no
mesmo ano por um autor ou pela mesma combinação de autores, usar letras logo
após o ano de publicação (ex.: 1944a, b, etc.); não utilizar vírgula para separar autor
do ano de publicação e sim para separar diferentes citações (ex.: Dyer & Lindsay
1996, Hamilton 1988); citar referências a resultados não publicados da seguinte
forma: (M. Capelari, dados não publicados).

Citação de material de herbário - detalhar as citações de material de herbário de


acordo com o seguinte modelo: BRASIL. São Paulo (grafado com efeito versalete):
São Paulo, Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, data de coleta (ex.: 10-IX-
1900), coletor e número de coleta (acrônimo do herbário). Quando houver número de
coletor, basta citar o acrônimo do herbário; quando não houver, citar o acrônimo do
herbário seguido do número de registro no herbário entre parênteses, sem espaço
[ex.: (SP250874)]. Quando não houver data utilizar a abreviação s.d.

Unidades de medida - utilizar abreviaturas sempre que possível; nas unidades


compostas utilizar espaço e não barras para indicar divisão (ex.: mg dia -1 ao invés de
mg/dia, µg L-1 ao invés de µg/L, deixando um espaço entre o valor e a unidade (ex.:
200 g; 50 m); colocar coordenadas geográficas sem espaçamento entre os números
(ex.: 23º46'S e 46º18'W).

Para medida aproximada, usar cerca de (ca. 5 cm); para faixa de variação de
medidas não usar ca. (2-5 cm); para forma aproximada, usar ca. (ca. 3 x 5 cm); para
temperatura (20 ºC), para valor único de percentagem (60%); para faixa de variação
de percentagens (30% - 50%).
24

Literatura citada - digitar os autores em negrito, com iniciais maiúsculas e demais


minúsculas; seguir ordem alfabética dos autores; para o mesmo autor ou mesma
combinação de autores, seguir ordem cronológica; para um conjunto de referências
com o mesmo primeiro autor, citar inicialmente os trabalhos do autor sozinho, depois
os do autor com apenas um co-autor e, finalmente, do autor com 2 ou mais
coautores; citar títulos de periódicos por extenso; evitar citar dissertações e teses;
não citar resumos de congressos, monografias de cursos e artigos no prelo.
Obedecer aos exemplos a seguir.

Artigos em Anais de Eventos


Giannotti, E. & Leitão Filho, H.F. 1992. Composição florística do cerrado da Estação
Experimental de Itirapina (SP). In: R.R. Sharif (ed.). Anais do 8° Congresso da
Sociedade Botânica de São Paulo, Campinas, pp. 21-25.

Artigos em periódicos
Pôrto, K.C., Gradstein, S.R., Yano, O., Germano, S.R. & Costa, D.P. 1999. New an
interesting records of Brazilian bryophytes. Tropical Bryology 17: 39-45.
Veasey, E.A. & Martins, P.S. 1991. Variability in seed dormancy and germination
potential in Desmidium Desv. (Leguminosae). Revista de Genética 14: 527-545.

Livros
Cronquist, A. 1981. An integrated system of classification of flowering plants. 2 ed.
New York Botanical Garden, New York.
IPT. 1992. Unidades de conservação e áreas correlatas no Estado de São Paulo.
Instituto de Pesquisas Tecnológicas, São Paulo.

Capítulos de livros e obras seriadas


Benjamin, L. 1847. Utriculariae. In: C.F.P. Martius (ed.). Flora Brasiliensis.
Typographia Regia, Monachii, v. 10, pp. 229-256, t. 20-22.
Ettl, H. 1983. Chlorophyta, I. Phytomonadina. In: H. Ettl, J. Gerloff, H. Heynig & D.
Mollenhauer (eds.). Süswasser Flora von Mitteleuropa, Band 9. Gustav Fischer
Verlag, Sttutgart, pp. 1-809.
Heywood, V.H. 1971. The Leguminosae - a systematic review. In: J.B. Harbone, D.
Boulter & B.L. Turner (eds.). Chemotaxonomy of the Leguminosae. Academic Press,
London, pp. 1-29.

Documentoseletrônicos

Poorter, H. 2002. Plant growth and carbon economy. Encyclopediaof Life Sciences.
Disponível em http://www.els.net (acesso em 20-XI-2004).

Teses ou dissertações

Trufem, S.F.B. 1988. Fungos micorrízicosvesículo-arbusculares da Ilha do Cardoso,


SP, Brasil. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Obras com Coordenador, Editor, Organizador


25

Mamede, M.C.H., Souza, V.C., Prado, J., Barros, F., Wanderley, M.G.L. &Rando,
J.G. (orgs.). 2007. Livro vermelho das espécies vegetais ameaçadas do Estado de
São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo.

Legislação

Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. 2004. Resolução SMA-48, de


21-IX-2004. Lista de espécies da flora ameaçadas de extinção no estado de São
Paulo. Diário Oficial do Estado de São Paulo, Poder Executivo, São Paulo, 22-IX-
2004. Seção I, v. 114, n. 179, pp. 26-29.

Obras de autores corporativos

ABNT. 2002. NBR 6023: Informação e documentação - Referências - Elaboração.


Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro.

Tabelas - utilizar os recursos de criação de tabela do Word for Windows, fazendo


cada tabela em página separada; não inserir linhas verticais; usar linhas horizontais
apenas para destacar o cabeçalho e para fechar a tabela. Iniciar por "Tabela" e
numeração em arábico, na ordem em que aparece no texto, seguidas por legenda
breve e objetiva. Evitar abreviaturas (exceto para unidades) mas, se inevitável,
acrescentar seu significado na legenda. Em tabelas que ocupem mais de uma
página, acrescentar ao final da tabela "continua" e nas páginas seguintes, no canto
superior esquerdo "Tabela 1 (continuação)", repetindo o cabeçalho, mas não a
legenda. Nos manuscritos em Português ou Espanhol, as legendas das tabelas
devem ser enviadas na língua original e também em Inglês.

Figuras - na submissão impressa, enviar o original das figuras; colocar cada figura
ou conjunto de figuras em páginas separadas, identificadas no verso, a lápis, com o
nome do autor; as legendas devem ser colocadas em sequência, em página à parte
no final do manuscrito, nunca junto às figuras. Cada figura (foto, desenho, gráfico,
mapa ou esquema) deve ser numerada em arábico, na ordem em que aparece no
texto; letras minúsculas podem ser usadas para subdividir figuras (observar a cor da
figura - para fundo escuro usar letras brancas; para fundo claro usar letras pretas); a
colocação do número ou letra na figura deve ser, sempre que possível, no canto
inferior direito (utilizar fonte Time New Roman). Nos gráficos de barra, indicar as
convenções das barras na legenda da figura. A altura máxima para uma figura ou
grupo de figuras é de 230 mm, incluindo a legenda, podendo ajustar-se à largura de
uma ou de duas colunas (81 mm ou 172 mm) e ser proporcional (até duas vezes) à
área final da ocupação da figura (a área útil da revista é de 230 mm de altura por 172
mm de largura). Desenhos devem ser originais, feitos com tinta nanquim preta, sobre
papel branco de boa qualidade ou vegetal; linhas e letras devem estar nítidas o
suficiente para permitirem redução. Fotografias e gráficos são aceitos em branco e
preto, e também coloridos. A escala adotada é a métrica, devendo estar
graficamente representada no lado esquerdo da figura. Utilizar fonte Times New
Roman nas legendas de figuras e de gráficos. Figuras digitalizadas são aceitas,
desde que possuam nitidez e sejam enviadas em formato .tif com, pelo menos, 600
dpi de resolução gráfica e, na versão final, não devem ser coladas no MS Word ou
no Power Point. Figuras com baixa qualidade gráfica ou fora das proporções não
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serão aceitas. Nos manuscritos em Português ou Espanhol, as legendas das figuras


devem ser enviadas na língua original e também em Inglês.

Informações adicionais

No caso de dúvidas quanto às normas, recomenda-se que os autores consultem um


artigo recente publicado em Hoehnea, na mesma área de conhecimento do
manuscrito que estiver preparando. Todos os artigos são revisados por, no mínimo,
dois Assessores Científicos, especialistas na área contemplada pelo manuscrito.

O Editor-Chefe, Editores Associados e Assessores Científicos reservam-se o direito


de solicitar modificações nos artigos e de decidir sobre a sua publicação.

No caso de artigos aceitos com modificação, os autores devem responder um a um


os comentários dos avaliadores, numa tabela com duas colunas: a da esquerda com
o comentário do avaliador, a da direita com a resposta do autor, justificando seu
atendimento ou não às sugestões.

São de exclusiva responsabilidade dos autores as opiniões e conceitos emitidos nos


artigos.

Estas normas estão disponíveis nos sites do Instituto de Botânica


(http://www.ambiente.sp.gov.br/hoehnea/instrucoes-aos-autores/) e do Portal do
SciELO Brazil (http://www.scielo.br/revistas/hoehnea/pinstruc.htm)

Informações adicionais

1. A Revista Hoehnea publica quatro fascículos a cada ano (março, junho, setembro


e dezembro).

2. A Revista Hoehnea pode efetuar alterações de formatação e correções


gramaticais no manuscrito para ajustá-lo ao padrão editorial e linguístico. As provas
finais são enviadas aos autores para a verificação final. Nesta fase, apenas os erros
tipográficos e ortográficos podem ser corrigidos.

3. A Revista Hoehnea não cobra qualquer tipo de taxas dos autores. Informações


adicionais podem ser obtidas por e-mail hoehneaibt@gmail.com. Para informações
sobre um determinado manuscrito, deve-se fornecer o número de submissão.

4. Política de Plágio: a Revista Hoehnea não aceita plágio de qualquer forma.


Contamos com o auxílio da Equipe Editorial para verificar possíveis más condutas
graves. E se informado, ou detectado o plágio, em qualquer fase, será investigado e
o manuscrito será retirado imediatamente, com veemente repreensão aos Autores.

5. Copyright: ao encaminhar um manuscrito, os autores devem estar cientes de


que, se aprovado para publicação, o copyright do artigo deverá ser concedido
exclusivamente para a Revista Hoehnea.

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