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Simulação econômica de um sistema iLPF com Mogno Africano.

no município de Terra Alta, Pará.


Jade da Silva BRITO ; Carine Hikaru BABA2; Célia Maria Braga Calandrini de AZEVEDO3
1
1
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais. Universidade do Estado
do Pará, Brasil.
2
Graduada em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará, Brasil.
3
Pesquisadora Embrapa Amazônia Oriental, Brasil, E-mail: celia.azevedo@embrapa.br

RESUMO
A pecuária é uma das atividades econômicas mais importantes na Amazônia,
entretanto, seu crescimento é preocupante pelos seus impactos ambientais e ecológicos,
principalmente relacionados ao desmatamento. Sendo assim, tem-se buscado testar sistemas
de uso da terra que possam conciliar o aumento da produtividade agropecuária com a
conservação ambiental e melhoria da renda dos produtores rurais. Entre os sistemas que vem
sendo desenvolvidos destacam-se os Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
(iLPF). O objetivo do trabalho é avaliar a viabilidade economia de um sistema de integração
lavoura-pecuária-floresta (iLPF) com mogno africano (Khaya ivorensis A. Chev.), milho
(cultivar BRS 1030) e pastagem (Brachiaria brizantha (Hochst. ex A. Rich.) Stapf)) no
município de Terra Alta, Pará. O estudo está sendo conduzido na Fazenda Experimental da
Embrapa Amazônia Oriental, localizada no município de Terra Alta, Pará. A área
experimental é dividida em sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta com Mogno
Africano consorciado com pastagem e lavoura homogênea; e Mogno em monocultivo. A
viabilidade econômica da produção foi realizada através dos seguintes critérios de análise
econômica: Valor Presente Liquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR), Relação Beneficio
Custo (Rb/c) e Ponto de Equilíbrio (PE), utilizando-se uma taxa de atratividade de 10% ao
ano. De acordo com os resultados, o mogno apresenta altos retornos líquidos, baixo risco
financeiro, e alta relação B/C.
Palavras-chave:Sistemas integrados, iLPF, Mogno Africano.

1. Introdução
Na Amazônia Brasileira, o desmatamento tem como principais causas diretas a
pecuária, a agricultura de larga escala e a agricultura de corte e queima. Dessas causas, a
expansão da pecuária bovina é a mais importante (MEIRELLES FILHO, 2014; CARVALHO
& DOMINGUES, 2016). Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE, 2016),
em 2016, a área total desmatada na Amazônia Legal alcançou aproximadamente 777 mil km²,
isso representa cerca de 15% de sua área geográfica. E de acordo com dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2016) o rebanho bovino na região Norte do país
cresceu de 18 milhões de cabeças de gado em 1996 para aproximadamente 50 milhões em
2016, isso mostra um crescimento de 64%, apenas no estado do Pará esse crescimento chega a
70% no aumento de cabeças de gado.
O Programa de Agricultura de Baixo Carbono (Programa ABC) consiste na
disponibilização de linhas de crédito que incentiva o uso de técnicas de baixa emissão de
gases do efeito estufa (GEE), por parte dos produtores agropecuários brasileiros. As técnicas
financiáveis pelo Programa, que remetem a uma agricultura sustentável são: plantio direto na
palha, recuperação de áreas degradadas, integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF), plantio
de florestas comerciais, fixação biológica de nitrogênio e tratamento de resíduos animais.
(OBSERVATÓRIO ABC, 2013).
A iLPF é uma estratégia que visa a produção sustentável, que integra atividades
agrícolas, pecuárias e florestais na mesma área, em cultivo consorciado, em sucessão ou
rotacionado, e busca efeitos sinérgicos entre os componentes do agroecossistema,
contemplando a adequação ambiental, a valorização do homem e a viabilidade econômica e
funciona como alternativa para a agricultura de corte e queima e pecuária (BALBINO &
BARCELLOS, 2010). É uma modalidade em que se tem a implantação do componente
arbóreo, de uma cultura agrícola e da pastagem, com a inclusão, a partir do primeiro ou
segundo ano, de animais pastejando entre ou abaixo das árvores (DIEL et al., 2014). Neste
Sistema, o produtor forma o pasto após a colheita da lavoura, o que garante a oferta de
alimento para os animais no período de entressafra de forragem, e ainda obtém uma renda
futura com a madeira e a venda da produção de grãos ou forragem, o que acarretará em
retorno econômico a pequeno, médio e longo prazo (EPAMIG, 2012).
A iLPF pode contribuir para a recuperação de áreas degradadas, manutenção e
reconstituição da cobertura florestal, promoção e geração de emprego e renda, adoção de boas
práticas agropecuárias, melhoria das condições sociais, adequação da unidade produtiva à
legislação ambiental e valorização de serviços ambientais oferecidos pelos agroecossistemas
(BUNGENSTAB, 2012). Dentre as vantagens econômicas está o aumento das oportunidades
de renda por unidade de área; maior variedade de produtos e, ou, serviços; amortização dos
custos de plantio e manutenção florestal; redução de capinas e melhoria da distribuição de
mão-de-obra ao longo do ano (BALBINO et al., 2011). Entretanto, pela utilização de
diferentes combinações entre os componentes dos sistemas, e para auxiliar os produtores na
tomada de decisões e também para subsidiar instituições de fomentos e programas de governo
estudos de viabilidade econômica são necessários.
Este estudo foi uma ação do projeto “Transição Produtiva e Serviços Ambientais -
FASE I” desenvolvido pela Embrapa, sendo liderado pela Embrapa Cerrados. No Bioma
Amazônia a Embrapa Amazônia Oriental é a responsável e tem como entidades parceiras
locais: Associação de Desenvolvimento Comunitário de Nova Olinda (ASDCONO),
Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (CAMTA), Associação de Produtores e Produtoras
Familiar do Município de Tomé-Açu (APPRAFAMTA), órgãos governamentais e outras
associações de produtores.
Neste sentido, o trabalho objetivou avaliar a viabilidade economia de um sistema de
integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF) commogno africano (Khaya ivorensis A. Chev.),
milho (cultivar BRS 1030) e pastagem (Brachiaria brizantha (Hochst. ex A. Rich.) Stapf)) no
município de Terra Alta, Pará.
2. Fundamentação Teórica
2.1 A problemática da pecuária na Amazônia
Durante muitos anos, os herbívoros ruminantes eram criados pelo homem nas áreas de
pastagens nativas, as quais faziam parte de um ecossistema estável e as áreas eram pouco
alteradas pelo pastejo (VEIGA et al., 2000). Ainda segundo o autor, com o aumento da
população mundial, houve um aumento muito grande na demanda por produtos animais,
especialmente para suprir a alimentação da população, fazendo com que as áreas de pasto para
a criação desses animais expandissem e assim ocupassem cada vez mais as florestas.
De acordo com Nascimento et al. (2015) o processo de ocupação na Amazônia
também contribuiu significativamente para o aumento de áreas de pastagens na região, a partir
das décadas de 60 e 70, durante o governo dos militares e através de incentivos fiscais e
aberturas de estradas, extensas áreas de florestas foram derrubadas e substituídas por
pastagens cultivadas. Dessa forma, a floresta sofreu grandes perdas principalmente no “arco
do desmatamento”, que se concentra em uma faixa que se estende desde o Maranhão até
Rondônia, a qual é considerada a principal área na região com grandes índices de
desmatamento (LEMOS, 2011).
Segundo dados do Relatório Anual da Pecuária no Brasil (ABIEC, 2017) o PIB do
agronegócio e da pecuária segue caminho crescente, entre 2015 e 2016 houve crescimento de
15,34% no PIB do agronegócio (R$1,48 trilhão) e aumento de 12% no PIB da pecuária
(R$458,2 bilhões em 2016), e em 2016 o Brasil atingiu o número de aproximadamente 220
milhões de cabeças de gado em seu rebanho, com notável aumento do número de cabeças de
gado na Região Norte, a partir da década de 80.
O último Censo Agropecuário realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE, 2006) confirma este fenômeno, apesar da enorme relevância do Centro-
Oeste, que ainda concentra a maior porcentagem de áreas de pastagem, é indiscutível que a
pecuária brasileira vem se deslocando para a Amazônia, com destaque para o Pará, com 18,6
milhões de cabeças, e Rondônia, com 12,7 milhões de cabeças, que registram o maior
crescimento na produção de carne e leite do país. Ainda de acordo com o mesmo estudo, a
área de estabelecimentos agropecuários com destinação à pastagens naturais no Estado do
Pará corresponde a 1.862.911 ha, em relação às áreas de pastagens degradadas, o número de
estabelecimentos agropecuários é de 1.088.059 hectares e por fim, as áreas de pastagem em
boas condições correspondem a aproximadamente 8.120.134 hectares (IBGE, 2006).
Aliado a esse crescimento, Romeiro et al., (2004) menciona que as pastagens são
responsáveis por causar grandes perdas na biodiversidade, gerar degradação e modificar o
ecossistema, alterando o habitat e as relações entre os seres vivos que encontram-se naquela
área.Contudo, apesar de existirem diversos aspectos negativos relacionados a atividade, Veiga
et al., (2000) relata que não se pode deixar de afirmar que a pecuária é uma atividade
econômica de grande importância, especialmente no Estado do Pará, pois corresponde por
cerca de 80% do valor da produção agropecuária regional, ocupando 14% da força de trabalho
rural e cobrindo 80% da área total explorada.
Alves & Júnior (2013) também mencionam que o processo itinerante da agricultura
amazônica, a qual envolve a prática de corte e queima da vegetação, levanta grandes críticas
de estudiosos, pois áreas de floresta são derrubadas e queimadas para o cultivo de outras
espécies vegetais, e através da queima dessa vegetação, ocorre a liberação de gases que
contribuem para o aquecimento global. Pereira & Vieira (2001) esclarecem também que essa
prática leva a uma diminuição na fertilidade do solo através do uso indevido e desenfreado do
fogo, superlotação de animais e plantio de sementes forrageiras de baixo valor cultural para a
implantação dos pastos e as consequências geradas por esse conjunto de ações é o
aparecimento de grandes áreas alteradas e degradadas. Gerando assim a necessidade de
substituição de tais modelos produtivos por alternativas economicamente viáveis e
sustentáveis.
2.2 Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF)
Diante do exposto, Balbino et al. (2011) conceituou a iLPF como uma alternativa que
visa a produção sustentável, integrando atividades agrícolas, pecuárias e florestais realizadas
em uma mesma área, em cultivo consorciado, em sucessão ou rotacionado, envolvendo
produtos diversificados, tanto de origem animal quanto vegetal, e que busca efeitos e
benefícios ambientais, sociais e econômicos entre todos os componentes do sistema.O sistema
de integração é viável para a produção de grãos, fibras, madeira, energia, leite ou carne na
mesma área, em plantios em rotação, consorciação e/ou sucessão (ALVARENGA et al.,
2010).E funciona través do plantio, durante o verão, de culturas agrícolas anuais e de árvores,
associado a espécies forrageiras. Há várias possibilidades de combinação entre os
componentes agrícola, pecuário e florestal, considerando espaço e tempo disponível.
(VILELA et al., 2011)
De acordo com Anghinoni et al., (2012) os sistemas de iLPF devem ser
adequadamente planejados, levando-se em conta os diferentes aspectos socioeconômicos e
ambientais das unidades de produção. Silva (2007) destaca que eles podem ser adotados por
qualquer produtor rural, independente do tamanho do estabelecimento agropecuário, e
evidentemente, a forma e a intensidade da adoção do conjunto de tecnologias que compõem a
iLPF dependerão, entre outros fatores, dos objetivos e da infraestrutura disponível de cada
produtor.
Diversos benefícios estão associados a utilização da iLPF, dentre eles destacam-se a
recuperação de áreas degradas, redução no risco de erosão; melhoria da qualidade da água;
maior ciclagem de nutrientes; incremento na produção anual de produtos; novos arranjos de
uso da terra; geração de empregos; aumento da oferta de alimentos de qualidade; aumento da
renda dos empreendimentos rurais, etc. (BALBINO et al., 2011; FERNANDES et al., 2010;
BUNGENSTAB et al., 2012). No entanto, o maior benefício na utilização da iLPF no Brasil é
sua capacidade de auxiliar na recuperação de áreas degradas por pastagens. O País passou por
um intenso processo de utilização da pecuária nas décadas de 60 e 70, havendo um
crescimento substancial em seus rebanhos bovinos e nas áreas de pastagem plantadas. Esse
fenômeno acarretou na década seguinte, em uma procura de algum sistema capaz de substituir
o anterior e recuperar tais áreas degradadas (BRANDÃO et al., 2005).
No entanto, apesar dos potenciais benefícios na adoção do sistema, sua utilização no
país ainda é relativamente pequena, pois, de acordo com Fernandes et al., (2007) a migração
do sistema anterior para um novo, mais complexo, demanda mais recursos em investimentos,
infraestrutura, equipes especializadas por atividade e maior capacidade gerencial, diversas são
as barreiras para adoção do sistema, entre elas, barreiras econômicas, operacionais e culturais.
Veiga et al., (2000) e Consenza et al., (2016) também destacam os diversos fatores que
impedem a utilização de sistemas consorciados em larga escala e a importância de seu
planejamento físico e principalmente econômico, havendo assim a necessidade de se
estabelecer mais estudos nesses cenários.
3. Metodologia
3.1 Área de estudo
O estudo está sendo conduzido em área originalmente sob vegetação de pastagem
degradada, na Fazenda Experimental da Embrapa Amazônia Oriental, localizada no
município de Terra Alta, Pará, região nordeste paraense, como mostra a Figura 1, em uma
altitude de 35 metros a 1° 1’36,60” S de latitude e a 47° 53’58” W de longitude. O clima é
classificado como Am, segundo classificação de Koppen. O solo é classificado como
Latossolo amarelo textura média. A área experimental é de 8,35 ha totais, dividida em sistema
de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta com mogno africano (4,75 ha); pastagem (2,51 ha);
lavoura homogênea (0,65 ha) e sistema mogno africano em monocultivo (0,44 ha).
Figura 1: Mapa da área do experimento
Fonte: Autores
3.2 Tratamento da área
A área estava coberta com capim quicuio (Brachiaria humidicola (Rendle)
Schweick.)) e foi inicialmente arada e gradeada, sendo posteriormente realizada aplicação de
1.500 kg de calcário/há. A espécie arbórea mogno africano (K. ivorensis) foi plantada em
fevereiro de 2009, no espaçamento de 5x5 metros, tanto no monocultivo quanto no sistema
iLPF. No sistema iLPF foram plantadas quatro linhas da espécie intercaladas por um
espaçamento de 50 metros para a plantação das culturas agrícolas, inicialmente, e
posteriormente a forragem, como mostra o croqui da área na figura 2. Por ocasião do plantio
foi aplicado nas covas 300 g de fosfato Arad. Foi feita uma adubação de cobertura em março,
com 60 g de uréia e 40 g de KCl por cova, e outra em maio de 2009, aplicando-se 100 g por
cova da formulação 20-00-20.
Figura 2 –
Croqui da área
em estudo.

Fonte: Autores.

O milho (cultivar BRS 1030) foi semeado em fevereiro de 2009, 2010, 2011 e 2012.
Foi feita uma adubação de base com 330 kg ha -1 da formulação 10-28-20, e uma adubação de
cobertura no final de março de cada ano, com 200 kg ha -1 da formulação 20-00-20. A colheita
do milho foi realizada manualmente no final de julho e início de agosto de 2009 e mecanizada
nos anos de 2010 a 2012.
Após a colheita do milho foi realizada roçagem na área e feita à aplicação do herbicida
Glifosato (3,5 L ha-1).A avaliação da produção do milho foi realizada através da coleta de
amostras em duas linhas de 5 metros lineares por faixa (área útil da parcela 8 m²), onde foi
determinada a produtividade de grãos da cultura em kg ha-1.
O período de permanência do milho no sistema foi quatro anos, após a sua
implantação. A partir da saída do mesmo, houve o plantio da espécie forrageira B. brizantha,
popularmente conhecida como Piatã, para a formação de pastagem. Em seguida, no mesmo
ano, houve a introdução do componente animal, caracterizado pelo bovino de corte. O tempo
de permanência dos animais considerado foi de cinco anos até o abate, estabelecendo então
três ciclos de permanência dos mesmos até o final do sistema. O primeiro ocorreu do 4º-8º
ano, o segundo do 9º-13º e o último do 14º-18º ano.
Para melhor visualização, as espécies foram divididas com base no espaçamento,
densidade e funções de cada uma no sistema, conforme a tabela 1,já o tempo de permanência
das mesmas está descrito na tabela 2.
Tabela 1 – Cultura, espaçamento, densidade e funções de cada componente no sistema.
Cultura Espaçamento (cm) Densidade (planta há-1) Funções
Mogno 5x5 400 Madeira
Milho 1 x 0,5 13.000 Agricultura
Piatã 0,5 x 0,5 0 Pastagem
Bovino - - -
Fonte: Autores.

Tabela 2 – Tempo de permanência de cada componente do sistema.


Anos
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Cultura
Milho x x x x
Mogno x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
Gado x x x x x x x x x x x x x x x
Piatã x x x x x x x x x x x x x x x
Fonte: Autores.

3.3 Coleta de dados


Os valores adotados para amostragem de solo, limpeza da área, atividades como
aração, gradeação, aplicação de fertilizantes e corretivos, colheita manual e mecanizada, além
dos insumos adquiridos para o plantio de cada espécie, foram obtidos através de coletas
secundárias dos valores empregados na região e também com base nas literaturas de Rego
(2015) e Queiroz et al., (2017). Já os preços de venda dos produtos foram obtidos no Boletim
de Preços Mínimos de Mercado (SEFA-PA, 2017) para o kg do milho e m³ da madeira em pé,
e no IBGE (2017) para o valor da arroba do boi, conforme mostra a tabela 3.
Tabela 3 – Parâmetros utilizados na simulação dos modelos analisados.
Valor
Parâmetros Especificação Unidade
(R$)
Gerais Amostragem de solo homem/dia 30
Limpeza da área hora/máquina 140
Aração hora/máquina 140
Gradeação hora/máquina 140
Aplicação de fertilizantes homem/dia 30
Aplicação de corretivos homem/dia 30
Colheita manual homem/dia 30
Colheita mecanizada hora/máquina 140
Roçagem hora/máquina 140
Preço de venda dos produtos Bovino (corte) Arroba 133,73
Mogno-madeira m³/tora 2.421,87
Milho Kg 0,36
Piatã Kg 7,88

Insumos: plantio mogno Calcário kg 2


Fosfato arad kg 1,32
Uréia kg 17
KCL kg 2,2
N-P-K (20-00-20) kg 2,66

Insumos: plantio milho Herbicida Glifosato l 25,6


N-P-K (10-28-20) kg 2,45
N-P-K (20-00-20) kg 2,66

Insumos: Carne bovina Bebedouro unid 600


Cocho unid 600
Vacina (aftosa) unid 1,2
Vermífugo l 0,0001
Sal mineral kg 1,32
Aquisição de animais unid 687

Insumos: plantio da pastagem Aquisição de sementes kg 7,88


Fomte: Autores.

3.4 Avaliação da viabilidade econômica


Utilizou-se a metodologia de fluxo de caixa por meio do modelo de planilha
eletrônica, elaborada por Arco Verde & Amaro (2012), para levantamento dos aspectos
econômicos da implantação de cada um dos sistemas estudados. A partir do fluxo de caixa
foram calculados os indicadores Valor Presente Líquido (VPL), Razão Benefício Custo (B/C),
Taxa Interna de Retorno (TIR), e Payback para analisar a viabilidade econômica a uma taxa
de juros de 7% a.a. A seguir são apresentados os métodos de análise econômica utilizados na
avaliação dos projetos.
3.4.1 Payback atualizado
De acordo com Silva & Fontes (2005) o payback, ou payout, é utilizado como
referência para julgar a atratividade relativa das necessidades de investimento e deve ser
encarado com reservas, apenas como um indicador, não servindo para seleção entre
alternativas de investimento.Verifica ainda o tempo de retorno do capital, ou seja, o tempo
necessário para que o somatório das receitas iguale ao somatório dos custos, o projeto que o
Payback for menor que o horizonte de planejamento é economicamente viável, sendo
considerado o melhor projeto aquele que apresentar o menor Payback. (LIMA et al., 2013)
3.4.2 Valor presente líquido (VPL)
Corresponde à soma algébrica dos valores de um fluxo de caixa de um projeto,
atualizados à taxa ou taxas adequadas de desconto. Esta taxa corresponde ao ganho alternativo
(numa aplicação sem risco) ou ganho mínimo associado ao risco que o projeto envolve, em
outras palavras, corresponde ao custo de oportunidade do capital que vai ser investido.
(REZENDE & OLIVEIRA, 2013).
O VPL, é a diferença entre o valor presente das receitas e o valor presente dos custos
para uma determinada taxa de desconto, o projeto que apresenta o VPL maior que zero é
economicamente viável, sendo considerado o melhor projeto aquele que apresentar maior
VPL (SILVA & FONTES, 2005) e sua formula consta na figura 3.

Figura 3 – Formula VPL.

Fonte: Autores.
VPL é um bom coeficiente para determinação do mérito do projeto, uma vez que ele
representa, em valores atuais, o total de recursos que permanece em mãos da empresa ao final
de toda sua vida útil. Em outras palavras, o VPL representa o retorno líquido atualizado
gerado pelo projeto. (SVIECH & MANTOVAN, 2013). O autor pontua ainda que o VPL não
é tomado, de uma maneira geral, como o critério básico para a determinação do mérito do
projeto, devido a dificuldades em determinar o valor exato da taxa de desconto a ser aplicada
para a atualização. Para um investidor, o custo de colocar uma certa quantidade de capital
num projeto corresponde ao que ele deixa de ganhar ao não aproveitar outras alternativas de
investimento viáveis.
Portanto, para que se faça o cálculo do VPL, basta que se tenha uma determinada taxa
de juros, a qual pode ser a taxa mínima requerida pelo empresário, conhecida como Taxa
Mínima de Atratividade (TMA) e descontem-se os fluxos de caixa do projeto (GUIMARÃES
JÚNIOR, 2017). Ainda segundo o autor o custo de oportunidade do capital pode ser definido
como a taxa de rentabilidade que o capital pode ganhar na melhor alternativa de utilização,
além do projeto. Nesse caso, para atualizar os fluxos do projeto, o avaliador deve utilizar
como taxa de desconto a taxa de rentabilidade da melhor alternativa de investimento
disponível. Entretanto, a determinação correta dessa taxa apresenta quase sempre dificuldades
para o investidor e para os projetistas.
É importante pontuar que a taxa de atratividade mínima tem variado no país entre 10 a
20%, sendo comum efetuar análises com 10%, 15% e 20% aa, no caso do projeto ser
financiado a taxa de desconto não deve ser inferior àquela paga no financiamento, descontado
seu impacto no imposto de renda, pois, caso contrário, seria preferível utilizar mais capital
próprio (CORREA, 2008).
3.4.3 Relação benefício/custo (B/C)
Este parâmetro consiste em relacionar valor presente dos benefícios e o valor presente
dos custos, a uma determinada taxa de juros ou desconto. Sendo assim, um projeto é
considerado economicamente viável se a relação for maior do que 1. Quando se compara dois
ou mais projetos, o mais viável é aquele que apresenta o maior valor de B/C.(REZENDE &
OLIVEIRA, 2013).
O valor calculado B/C representa a rentabilidade proporcionada pelo investimento, ou
seja, representa o número de unidades monetárias retornadas para cada unidade monetária
investida, já corrigida pela taxa de juros e sua formula está descrita na figura 4 (SILVA &
FONTES, 2005).
Figura 4 – Formula R b/c.

Fonte: Autores.

3.4.4 Taxa interna de retorno (TIR)


É a taxa de desconto que iguala o valor atual das receitas futuras ao valor atual dos
custos futuros do projeto, constituindo uma medida relativa que reflete o aumento no valor do
investimento ao longo do tempo, com base nos recursos requeridos para produzir o fluxo de
receitas(REZENDE & OLIVEIRA, 2013).Sua formula consta na figura 5.

Figura 5 – Formula TIR.

Fonte: Autores.
Em que:
Rt= fluxo de receitas no ano t;
Ct = fluxo de custo no ano t;
n = número de anos;
i = taxa de juros de longo prazo;
TIR = taxa interna de retorno;
4. Resultados
4.1 Produtividade e saldo total:
Na tabela 4 encontram-se os valores de produtividade, custo, receita e saldo
total por hectare para cada produto no sistema analisado. Na tabela 5 consta os valores
previstos para a produtividade de cada componente do sistema em 20 anos. E na figura 6 os
valores discriminados de custo e receita por cultura no horizonte de 20 anos.
Tabela 4 – Produtividade e saldo dos componentes dos sistemas por hectare.
Unid Produtiv Custo Receita Saldo
Item
ade idade (R$) (R$) (R$)
Mogno (ano 4.988, 774.998,4 770.010
m³ 320
20) 00 0 ,40
Milho (ano 1 Kg 13.625 3.064, 4.905,00 1.705,1
ao 4) 10 2
Bovino (anos 8, 13 e
Arroba 225 12.796,98 30.089,25 17.292,27
18)
Piatã (ano 4 ao 18) Kg - 764,31 - -764,31
Fonte: Autores.

Com relação aos custos, o componente com maior contribuição de gastos foi o gado,
59% aproximadamente, seguido dos custos de implantação da espécie madeireira mogno
africano (23%), em seguida está o cultivo agrícola, milho, com 14% aproximado. A espécie
forrageira, Piatã, apresenta um percentual de 4% no modelo, no entanto não produz receita, o
que é compensado posteriormente com a receita do gado.
Com base na produção, a maior contribuição para receita será a venda da espécie
madeireira, com 96%. Seguido da contribuição da carne bovina, 4%. Embora a contribuição
do cultivo agrícola, milho, na receita tenha sido pequena, 0,6%, ele permitiu lucro nos
primeiros anos do sistema, enquanto o componente animal não era abatido.
Tabela 5 – Estimativa da produtividade anual do sistema iLPF em 20 anos.
Bovino
Anos Madeira (m3/ha) Milho (kg/ha)
(arroba/ha)
1 - 3.095,00 -
2 - 3.450,00 -
3 - 3.480,00 -
4 - 3.600,00 -
8 - - 75
13 - - 75
18 - - 75
20 320 - -
Fonte: Autores.

O milho foi o primeiro componente a ser semeado, e sua produção no sistema iLPF
consorciado com Mogno Africano foi de 3.095, 3.450, 3.480 e 3.600 kg ha-1, respectivamente,
no primeiro, segundo e terceiro ciclo de cultivo, correspondente aos anos e 2009, 2010, 2011
e 2012. Rendendo R$ 1.114,20; R$ 1.242,00; R$ 1.252,80 e R$ 1.296,00 respectivamente.
Seus custos totais estão estimados em adubação (R$ 2.524,10), colheita manual (R$ 60,00),
colheita mecanizada (R$ 420,00) e roçagem (R$ 60,00).

Para o componente animal foi feita uma projeção em três ciclos de corte de cinco anos,
tendo sua inserção no quarto ano do sistema, com produção no final dos primeiros cinco anos
de 2 U.A/ha, rendendo 75 arrobas e um preço de venda total de R$ 10.029,75, valor que
repetirá nos ciclos seguintes, no 13º e 18º anos de sistema. Seus custos estão avaliados em
roçagem (R$ 3.360,00), vaqueiro (R$ 900,00) e insumos (R$ 8.536,95).

A pastagem não irá render receita para o sistema, pois sua utilização objetiva apenas a
alimentação animal, no entanto possui custos, seu plantio mecanizado (R$ 140,00),
manutenção (R$ 450,00) e aquisição da pastagem (R$ 174,31).
O componente madeireiro Mogno Africano apresenta uma linha temporal de 20 anos,
utilizando a densidade de 400 plantas/ha e produção estimada no final do ciclo de 320m³/ha
(média 0,8m³/árvore). O preço de venda desta espécie foi estimado em R$ 2.421,87m³ a
madeira em pé de acordo com o Boletim de Preços Mínimos de Mercado (SEFA-PA, 2017).
O Mogno então poderá render em 20 anos R$774.998,40.
Os custos apresentados no estabelecimento desta espécie referem-se ao preparo do terreno
(R$ 3.480,00), plantio (R$ 60,00), adubação (R$ 738,00), controle de poda (R$ 60,00),
replantio (R$ 30,00), poda (R$ 60,00) e manutenção (R$ 420,00), valores de acordo com os
preços de homem/dia e custos com insumos.
Os expressivos valores da receita do Mogno Africano também são descritos por Silva et
al., (2018) em uma avaliação econômica de um sistema agroflorestal em Breu Branco-PA,
espera-se lá que 94% da receita venha do valor de venda da madeira do mogno em 20 anos,
confirmando a maior rentabilidade da espécie em sistemas integrados, e o seu alto preço na
região.
4.2 Receita, custos e fluxo de caixa
As figuras 6 e 7 apresentam os gráficos com a relação entre os custos, receitas e fluxo de
caixa do sistema, a figura 6 mostra essa relação nos primeiros 10 anos e a 7 já no horizonte de
20 anos. É possível observar custos mais altos no ano 0 e no ano 1 por conta dos gastos com a
implantação do modelo, os custos voltam a subir no ano 4 devido a inserção do componente
animal no sistema, e aparecem relativamente altos também no ano 9, onde há a aquisição de
novos animais para um novo ciclo de corte, resultado esperado igual no ano 14.
Nota-se que existe receita nos anos 1, 2, 3 e 4, período de cultivo do milho no sistema, e
nos anos 1 e 4, essa receita é inferior aos custos, portanto seu fluxo de caixa aparece negativo,
devido aos altos custos com implantação do sistema no ano 1 e com a inserção do
componente animal no ano 4. Nos anos 2 e 3 a receita do milho supera os custos, custos esses
apenas com manutenção.
Já nos anos 5, 6, e 7 não há receita, apenas custos com a manutenção das culturas. A
receita aparece pela primeira vez alta no ano 8, ano de abate dos animais, superando os custos
em aproximadamente R$ 10.000,00. Esse pico na receita é esperado nos três anos de abate (8,
13 e 18), seguidos de receitas inexistentes no restante dos anos.
A receita do Mogno Africano é observada apenas no vigésimo ano, quando será
realizada a colheita da madeira, receita esta que alcança aproximadamente R$ 775.000,00, por
conta do alto valor obtido sob o preço do m³ da madeira em pé.
Figura 6 – Relação custo, receita e fluxo de caixa nos 10 primeiros anos.
Receitas Custos Fluxo de Caixa
12,000.00
9,000.00
6,000.00
Valores (R$)

3,000.00
0.00
-3,000.00
-6,000.00
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30
Período (anos)

Fonte: Autores.
Figura 7 – relação custo, receita e fluxo e caixa nos 20 anos.

Receitas Custos Fluxo de Caixa


800,000.00

600,000.00
Valores (R$)

400,000.00

200,000.00

0.00

-200,000.00
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30
Período (anos)

Fonte: Autores.
4.3 Indicadores financeiros:
Na tabela 6, estão dispostos os valores dos indicadores financeiros do sistema de
produção com teca sujeitos as taxas de desconto de 4% aa, 7% aa, e 14% aa para testar a
sensibilidade do projeto.
Tabela 6 – Indicadores financeiros do Sistema ILPF com mogno.
Indicadores financeiros 4%a.a 7%a.a 14%a.a
Período de simulação 20 anos 20 anos 20 anos
Taxa de juros (%) 10% 10% 10%
TIR (%) 29,65% 29,65% 29,65%
VPL R$ 395.509,59 R$ 202.057,28 R$ 54.170,88
Rb/c 14,2 14,2 14,2
Payback (anos) 12 12 12

Fonte: Autores.

O Valor Presente Líquido (VPL) correspondente foi positivo em todas as taxas


testadas, significando que a diferença entre soma das receitas atualizadas e o total dos custos
atualizados foi positiva, atestando a viabilidade econômica do sistema. No entanto, este valor
foi baixo em comparação ao de Lucena et al. (2016), R$ 688.087,23, em seus estudos sobre a
viabilidade econômica de sistemas agroflorestais utilizando cacau e essências florestais, entre
elas o mogno, com uma taxa de desconto de 6,75%a.a, este fato está associado ao retorno
financeiro do cacau durante os anos, ao retorno da venda de sementes do mogno africano.
Em comparação ao trabalho de Sanguino et al. (2007), com taxa de 8%a.a, o valor do
VPL encontrado foi mais alto, R$ 44.105,78 e R$ 69.650,27 para avaliação financeira de dois
sistemas agroflorestais no Pará utilizando mogno, pode-se atribuir este valor mais baixo a não
utilização do componente animal nos sistemas e apenas espécies agrícolas e florestais,
confirmando uma maior viabilidade econômica em sistemas integrados com a inserção deste
componente.
A Taxa Interna de Retorno (TIR) foi igual a 29,65%, comprovando sua viabilidade
econômica, pois o valor da TIR apresenta-se superior à taxa de desconto de 10% adotada
(SANTANA, 2005). Paraense et al., (2013) e Oliveira et al., (2013) encontraram valores da
TIR também positivos, 51% e 54%, em trabalhos avaliando a rentabilidade de modelos
consorciados de mogno com culturas agrícolas e de eucalipto em consórcio com gado de corte
e milho, respectivamente, essa variação possivelmente é resultado no primeiro trabalho do
maior valor de venda da madeira considerado pelos autores e à um horizonte também maior,
25 anos, já no segundo à cultura da soja e à uma maior área de pastagem e de cultivo, no
entanto, as duas taxas corroboram para sistemas rentáveis utilizando o mogno consorciado e a
inserção do componente animal.
O payback foi igual a 12, indicando que no décimo segundo ano após sua implantação,
o Sistema ILPF já começa a apresentar receitas maiores do que despesas. Mendes (2016)
também encontrou valores positivos para o payback, em análises de três sistemas em
consórcio utilizando eucalipto, feijão, milho, braquiária, gado e sorgo, no sistema integrado
com o gado o valor para o payback foi 5,17, esse menor valor, ou seja, menor tempo de
retorno, está aliado as culturas anuais plantadas, que rendem receitas durante todos os anos do
sistema.
Na Relação Benefício/Custo (RB/C) o resultado gerado foi igual a 14,2, havendo
viabilidade para valores maiores que 1, o sistema é considerável viável. Esse valor é maior
que o encontrado por Gil et al., (2017) ao analisar a viabilidade econômica de um plantio
comercial de mogno africano em monocultivo em Uruana, GO, 4,99. O acréscimo entre os
dois valores comprova também uma maior rentabilidade em sistemas integrados em
detrimento de monoculturas.
5. Conclusão
Pode-se concluir que diante da análise econômica do sistema que esse apresenta-se
rentável economicamente em 20 anos, uma vez que os indicadores financeiros calculados
foram todos positivos.
O alto valor da receita do mogno africano no final do projeto se mostra bastante
atrativo para o produtor, no entanto, o tempo de retorno dessa receita para culturas florestais é
longo, esse modelo de sistema desmotiva o pequeno produtor, por isso a escolha de sistemas
integrados, que irão render receitas durante os anos de cultivo até a venda da madeira em pé.

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