A INFLUÊNCIA DOS DIFERENTES TIPOS DE METAL NA EFICIÊNCIA

TÉRMICA

Renan Lopes da Cruz1

Rodrigo Botan2

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo fazer a comparação entre a eficiência térmica entre
cilindros secadores de uma máquina de papel, fabricados em ferro fundido e aço
carbono. Mantendo as mesmas pressões e temperaturas do vapor de alimentação.
Corroborando então com a hipótese de que o aço carbono seria mais eficiente que o ferro
fundido, como material de construção para cilindros secadores.

PALAVRAS-CHAVE: Transferência de Calor. Materiais. Aço Carbono.

ABSTRACT

This work aims to compare the thermal efficience between paper machines dryers, can
made by differents alloiw materials, cat iron and carbon steel. According to the results
shwr, we got 8% higher efficience in heat transfer using the carbon steel. As dryer con,
even keeping the same pressure and temperature of the feeding steam. Wit these results,
was possible corroborating that carbon steel is more effiecient in heat transfer than cast
iron as conduction material. To dryer cans.
KEY WORDS: Heat transfer. Materials. Carbon steel.

1. INTRODUÇÃO

A máquina de papel, a qual foi realizado o estudo, possui um total de 49 cilindros

utilizados para secagem de papel. Fora analisado a mudança do material destes
cilindros. Especificamente, na mudança de Ferro Fundido para Aço Carbono

1
Aluno da 10ª Fase do Curso de Engenharia Química, Disciplina de Ciências dos
Materiais, do Centro Universitário Facvest – UNIFACVEST.
2
Professor Doutor da Disciplina de Ciências dos Materiais, do Centro
Universitário
Facvest – UNIFACVEST.
Em virtude final de vida útil de secadores que apresentam vazamentos, houve a
necessidade de substituição. Os secadores originais da máquina foram fabricados em
FoFo “ferro fundido”. Com o desenvolvimento de novas tecnologias de fabricação de
equipamentos e processos de soldagem e alivio de tensões, possibilitou e viabilizou a
fabricação de cilindros secadores de Aço Carbono, a qual possui grandes vantagens em
relação ao de FoFo tais como: menor custo de produção, menor peso, maior segurança e
finalmente e mais importante para o objetivo do estudo, maior coeficiente de
transmissão de calor.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Transferência de Calor

Transferência de Calor é a ciência que explica e prediz quão rápida ocorre a troca de
energia como calor. É a ciência que integra as várias ferramentas analíticas e empíricas
provendo um fórum, um corpo de conhecimento, para projetistas,
construtores, operadores, gerentes e pesquisadores de forma mais acurada estudar calor
como uma troca de energia (UNESP, 2021).

2.2 Mecanismos de Transferência de Calor

Há três mecanismos conhecidos para transferência de calor: radiação, condução e

convecção. A radiação consiste de ondas eletromagnéticas viajando com a velocidade da

luz. Como a radiação é a única que pode ocorrer no espaço vazio, esta é a principal
forma pela qual o sistema Terra-Atmosfera recebe energia do Sol e libera energia para o
espaço (UFPR, 2021).
A condução ocorre dentro de uma substância ou entre substâncias que estão
em contato físico direto. Na condução a energia cinética dos átomos e moléculas (isto é,
o calor) é transferida por colisões entre átomos e moléculas vizinhas. O calor flui
das temperaturas mais altas (moléculas com maior energia cinética) para as temperaturas
mais baixas (moléculas com menor energia cinética). A capacidade das substâncias
para conduzir calor (condutividade) varia consideravelmente. Via de regra, sólidos
são melhores condutores que líquidos e líquidos são melhores condutores que gases.
Num extremo, metais são excelentes condutores de calor e no outro extremo, o ar é um
péssimo condutor de calor. Consequentemente, a condução só é importante entre a
superfície da Terra e o ar diretamente em contato com a superfície. Como meio de
transferência de
calor para a atmosfera como um todo a condução é o menos significativo e pode
ser omitido na maioria dos fenômenos meteorológicos (UFPR, 2021).
A convecção somente ocorre em líquidos e gases. Consiste na transferência de calor
dentro de um fluído através de movimentos do próprio fluído. O calor ganho na camada
mais baixa da atmosfera através de radiação ou condução é mais frequentemente
transferido por convecção. A convecção ocorre como consequência de diferenças
na densidade do ar. Quando o calor é conduzido da superfície relativamente quente para
o ar sobrejacente, este ar torna-se mais quente que o ar vizinho. Ar quente é menos
denso que o ar frio de modo que o ar frio e denso desce e força o ar mais quente e menos
denso a subir. O ar mais frio é então aquecido pela superfície e o processo é repetido
(UFPR,
2021).

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Foi utilizado material referencial obtidos do fabricante dos cilindros secadores e

medições área das temperaturas dos cilindros secadores de FoFo e Aço Carbono,
utilizando para teste um mini termômetro da marca Fluke modelo 62 Max.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Inicialmente, fazendo uso da tabela 1, disponibilizada pelo fornecedor dos cilindros,

de Aço Carbono, foi possível calcular a eficiência térmica, conforme segue abaixo.
 Tabela 1: Dados para os diferentes materiais.

Fonte: Cortesia Hergen.

A seguir encontram-se os cálculos realizados fazendo uso dos dados disponibilizados

pela empresa.
𝑈
𝐹�𝐹�= 1
1 1
�
+ +
𝐻���� 𝐾
𝐻����

Aço Carbono (19mm):

𝑈
𝐹�𝐹�=
1
1 + 0, 019+ 1
2271, 3 46 482,7

𝑊
𝑈 = 341,88 .𝑘
𝑚2

Ferro Fundido (33mm):

𝑈
𝐹�𝐹�= 1
1 0. 033 1
+
2271,3 47,58+ 482,7

𝑊
𝑈 = 311,96 .
𝑚2

∆ 𝑪���𝒊�𝒊���� ������ ��
𝑻�������ê��𝒊� �� 𝑪����
𝑨ç� 𝑪������ (����) =
𝑹����ê��𝒊�
 ����� ����𝒊�� (����) = ���, �� ∗ ��� = ��.
��� → ���, ��𝒙 → 𝑿
��. ���
= → 𝑿~ ��. �� → ~ − �, ��%
���, ��

Após a realização dos cálculos preliminares, foi feita a troca de uns dos cilindros,
conforme segue abaixo:

Figura 1: Troca do material de 1 cilindro.

Fonte: O Autor.
 Então, finalmente realizaram-se os testes. Ambos os cilindros foram testados a uma
pressão de entrada de vapor de 10,42 Kgf/mc 2 e temperatura do vapor de 195
ºC, conforme segue.

Figura 2: Comprovação de condições de temperatura e pressão iguais.

Fonte: O Autor.

Figura 3: Comprovação de condições de temperatura e pressão iguais.

Fonte: O Autor.
Figura 4: Temperatura medida no cilindro de ferro fundido.

Fonte: O Autor.
Figura 5: Temperatura medida no Cilindro de aço carbono.

Fonte: O Autor.

𝑷���� 𝑹��� ��� 𝑽������ ��

𝑪����çã� �� 𝑪����:
���, � −
���
~ − �, ��%
���, � −
 5. CONCLUSÃO

Conforme resultado nos cálculos do balanço térmico realizado nos secadores de Aço
Carbono e FoFo, confirmamos que o secador de Aço Carbono possui uma capacidade de
secagem de aproximadamente 8,7% maior que de FoFo. Isto se dá pelo fato de que o
coeficiente de condução de calor o aço carbono é maior do que o do FoFo, além de que
devido a maior resistência mecânica do aço carbono, possibilita fabricar o secador com
espessura menor, o que possibilita maior condução de temperatura.
Durante as medições de temperatura, do cilindro de aço carbono teve temperatura
elevada de 10,2º maior que a temperatura do cilindro de FoFo, tendo ganho em produção
com as mesmas condições de trabalho.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HERGEN. Site da Empresa. Disponível em:

https://www.hergen.com.br/. Acesso em: 05/12/2021.

UNESP. Transferência de Calor e Massa. Disponível em:

http://www.dem.feis.unesp.br/intranet/tcm1_capitulo1.pdf. Acesso em: 05/12/2021.

UFPR. Mecanismos de Transferência de Calor. Disponível em:

https://fisica.ufpr.br/grimm/aposmeteo/cap2/cap2-9.html. Acesso em: 05/12/2021.